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A Psicopedagogia e seu campo de atuação

RESUMO

Este artigo tem por objetivo relatar a Psicopedagogia e seu campo de atuação que ainda é um
campo pouco conhecido pela sociedade. Nos dias de hoje são crescentes os problemas
referentes as dificuldades de aprendizagem e a Psicopedagogia surgiu para auxiliar na
intervenção e prevenção destes problemas.
A Psicopedagogia é a área de atuação que possibilita ao psicopedagogo investigar o processo
de aprendizagem podendo dessa maneira, encontrar soluções que permitam a prevenção de
problemas na aprendizagem dos alunos permitindo, que eles se sintam seguros e motivados
para que sejam capazes de construir seu próprio conhecimento.

PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogia; Dificuldades de Aprendizagem; Instituição escolar.

ABSTRACT

This article aims to report the psychopedagogy and its field that is still a little known field by
society. These days are growing problems related learning difficulties and psychopedagogy
appeared to assist in intervention and prevention of these problems.
The educational psychology is the area of expertise that enables the psychopedagogists
investigate the learning process can thus find solutions to the prevention of problems in
student learning allowing them to feel safe and motivated to be able to construct their own
knowledge .

KEYWORDS: Psychopedagogy; Learning difficulties; school institution.


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SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................................................ 3

2. O que é psicopedagogia? .................................................................................................... 4

3. As áreas de atuação da psicopedagogia .............................................................................. 6

4. As dificuldades de aprendizagem ........................................................................................ 7

5. Conclusão ............................................................................................................................. 9

6. Referências ......................................................................................................................... 10
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1. INTRODUÇÃO

Este artigo explica o que é Psicopedagogia e descreve como é a forma de trabalho em


suas áreas de atuação Clínica e Institucional. A área de atuação da Psicopedagogia surgiu da
necessidade de descobrir as causas das dificuldades de aprendizagem dos indivíduos que
ocasionam nos dia de hoje a evasão escolar.
A Psicopedagogia lida com o processo de aprendizagem considerando a influência
que a tríade família/escola/sociedade tem no desenvolvimento da aprendizagem humana. A
área da Psicopedagogia é compreendida como um campo de possibilidades para o
enfrentamento das dificuldades de aprendizagem dos alunos. Essa área de atuação investiga o
processo de aprendizagem e está associada à aprendizagem de uma forma geral abrangendo
assim a todos os indivíduos.
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2. O que é Psicopedagogia?

A psicopedagogia é um campo de atuação em saúde e educação que lida com o


processo de aprendizagem considerando a influência que a família, escola e sociedade têm no
desenvolvimento da aprendizagem humana. É um campo de conhecimento caracterizado pela
interdisciplinaridade, por utiliza-se de várias correntes teóricas como a epistemologia
genética, a linguística, a psicanálise, a psicologia, fonoaudiologia e pedagogia, tem como
objetivo melhorar a compreensão do processo de aprendizagem. De acordo com o código de
ética do psicopedagogo na Associação Brasileira de Psicopedagogia, 2011:
Art. 1º A Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que se
ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a
sociedade e o contexto sócio-histórico, utilizando procedimentos próprios,
fundamentados em diferentes referenciais teóricos.

Sendo assim, como a Psicopedagogia busca conhecimentos em outros campos muitas


são as formas de trabalho do profissional desta área que se estruturam de acordo com os
modelos e referenciais teóricos aos quais se apoiam. Esta área de atuação busca
conhecimentos de várias áreas para criar seu próprio recurso para resolução das
problemáticas.
Este campo de conhecimento teve origem na Europa ainda no século XIX e chegou
aqui no Brasil por influência de trabalhos realizados na Argentina e surgiu a partir da
preocupação com os problemas de aprendizagens que ocasionam o fracasso escolar. Esta área
é relativamente nova no Brasil, os primeiros psicopedagogos se formaram em 1980 em São
Paulo. Em 1985 transformou-se em Associação Brasileira e ao mesmo tempo em que
descentralizou seus trabalhos, a psicopedagogia deixou de ser apenas clínica para entrar nas
escolas e se institucionalizar.
Apesar de esta profissão ser muito importante e da realização de vários manifestos,
congressos e cursos pela ABPp - Associação Brasileira de Psicopedagogia, até 2009 ela não
era reconhecida, foi apenas depois do Projeto Lei da Câmara de Nº 31, de 2010 que o
exercício da atividade de Psicopedagogia é reconhecida e em seu artigo 1º estabelece que “é
livre, em todo o território nacional, o exercício da atividade de Psicopedagogia, observadas as
disposições desta Lei” o que permite aos psicopedagogos exercer esta atividade em todo país.
A formação do psicopedagogo é feita em cursos de graduação e/ou em especialização
em universidades públicas e particulares. De acordo com a ABPp os cursos de
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Psicopedagogia se orientam nos seguintes eixos temáticos para a construção de seu


planejamento:
1- Especificidade e conceituação: contextualização (história, objeto de
estudo, ética no trabalho, metodologia e produção de conhecimento,
bases epistemológicas, cultura, sociedade e ideologia, pensamento
contemporâneo).
2- Áreas do conhecimento: desenvolvimento sócio-afetivo e implicações
na aprendizagem, desenvolvimento cognitivo, aquisição de
conhecimentos e habilidades intelectuais, desenvolvimento psicomotor
e aplicação na aprendizagem, aquisição e desenvolvimento da leitura e
da escrita, processos de pensamento lógico-matemático, aprendizagem
e contextos sociais: família, escola, comunidade.
3- Avaliação e intervenção: fundamentos teóricos do atendimento,
avaliação da aprendizagem individual e grupal com a utilização de
instrumentos próprios da psicopedagogia, intervenção em diferentes
contextos de aprendizagem.
4- Articulações: pesquisa em psicopedagogia, atuação supervisionada,
trabalho de conclusão de curso articulando teoria e prática.
Recomendam-se seminários que levam a uma consciência
multidisciplinar.
A Psicopedagogia trabalha com o processo de aprendizagem humana apoiando a todos
os indivíduos tanto crianças e adolescentes como os adultos. Ela estuda o processo de
aprendizagem levando sempre em consideração o ambiente em que o indivíduo está inserido,
pois é através do conhecimento do cotidiano das crianças que é possível verificar as causas de
suas dificuldades de aprendizagem.
Segundo Neves (apud, BOSSA, 2007, p. 21).
A psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as
realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais,
procurando estudar a construção do conhecimento em toda sua complexidade,
procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que
lhe estão implícitos.
A construção do conhecimento depende das crenças e valores que o indivíduo constrói
dentro de sua família e também está na relação entre seus professores e colegas. Estas
relações se não forem bem trabalhadas e se não andarem juntas no trabalho do
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desenvolvimento integral do sujeito poderão ocasionar problemas que dificultarão a


aprendizagem do aluno.

3. As áreas de atuação da Psicopedagogia


A Psicopedagogia lida com os problemas de aprendizagem e tem duas áreas de
atuação: Psicopedagogia Institucional e Clínica. Os trabalhos exercidos nestes dois ambientes
são realizados pelo psicopedagogo e exigem metodologias de trabalho específicas, de acordo
com Bossa (2007, p. 84 - 85 ), “ sempre se deve levar em consideração as circunstâncias, ou
seja, o contexto no qual o sujeito está inserido (família, escola, comunidade)”.
A Psicopedagogia Clínica é realizada em consultório particular em uma clínica
psicopedagógica ou hospitais. Este profissional busca compreender o motivo que faz com que
o indivíduo não aprenda e para isto ele realiza um diagnóstico onde é possível conhecer as
particularidades e a realidade do sujeito, permitindo assim proceder com a intervenção que
consiste no próprio tratamento, o diagnóstico é um processo contínuo que auxilia no
acompanhamento. Pode-se dizer que esse trabalho pode acontecer em duas fases: “diagnóstica
e de intervenção” Bossa (2007, p. 93 - 94). No primeiro momento, o foco é a investigação
onde o profissional procura o sentido da problemática que lhe permite decidir a melhor forma
de conduzir seu trabalho e posteriormente vem a fase de intervenção.
A Psicopedagogia Institucional é realizada em escolas e/ou em instituições não
escolares, como empresas, hospitais. O profissional desta área trabalha para construção e
socialização de conhecimento, promove o desenvolvimento cognitivo, verifica como é a
proposta de trabalho da escola, observa como é o cotidiano escolar dos alunos, auxilia
professores, funcionários e diretores a refletirem sobre suas práticas permitindo a criação de
novas formas de trabalho, busca a construção de diálogo e parceria entre escola/família/aluno,
realiza seu trabalho respeitando as crenças, costumes e valores dos alunos. A escola participa
do processo de aprendizagem e é mediadora na inserção do indivíduo na sociedade.
Como a Psicopedagogia trabalha com disposições afetivas e intelectuais o trabalho do
psicopedagogo pode ser preventivo e clínico. No trabalho preventivo o psicopedagogo atua
nas escolas com o objetivo de diminuir os problemas de aprendizagem, solucionando
problemas já instalados, detectando possíveis causas para prevenir e eliminar qualquer tipo de
dificuldade que venha atrapalhar o desenvolvimento dos alunos prevenindo o aparecimento de
problemas futuros. O trabalho clínico é mais complexo o psicopedagogo precisa conhecer
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como a aprendizagem se estabelece na vida do sujeito e “compreender o que é aprender e


ensinar e como a sociedade e a escola influenciam em seu processo educativo” (BOSSA,
2007, p. 32 - 33).

4. As dificuldades de aprendizagem
Desde que nasce o indivíduo está em formação e desenvolvimento, a aprendizagem é
um processo contínuo que ocorre durante toda vida do ser humano. O desenvolvimento do
indivíduo será resultado de suas potencialidades genéticas e das habilidades que vai
adquirindo durante sua vida.
O processo de aprendizagem é um fenômeno natural do ser humano que envolve uma
série de fatores cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem
na criança se desenvolve de acordo com os valores, costumes, crenças que ela adquire dentro
de sua família e da sociedade a qual ela faz parte.
As dificuldades de aprendizagem estão muito presentes na realidade de hoje e
ocasionam a evasão e o fracasso escolar. As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou
mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento
do processo educativo. Os problemas de aprendizagem podem aparecer por diferentes
motivos como conflitos familiares, violência, ansiedade, depressão, fobias, timidez,
síndromes neurológicas, transtornos de linguagem, sociabilidade, currículo e ambiente
escolar.
Quando a criança não aprende ela é repreendia, as pessoas próximas a ela muitas vezes
associam o não saber à preguiça, desorganização, agitação entre outros fatores. Em sala de
aula os colegas muitas vezes riem das dificuldades do colega e o professor também por
desconhecer os problemas e dificuldades de seu aluno muitas vezes o repreende e acaba
deixando esta criança de lado gerando nela medos, angústias que desmotivam a
aprendizagem.
Para que os cidadãos tenham um desenvolvimento completo para sua vida é preciso
que eles tenham uma formação plena que os tornem capazes de viver em uma sociedade, para
que isto se torne possível é preciso que haja uma combinação entre a educação formal e o
conhecimento que eles adquirem no ambiente em que vivem. Todas as pessoas precisam ter
acesso a todas estas formas de educação, pois, todas elas têm sua importância e ensinamentos
que auxiliarão seu desenvolvimento. Segundo Fernández (1991, p. 52) “não aprendemos de
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qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar”, por
isto, a escola tem que oferecer um ambiente acolhedor a seus alunos e o professor não deve
perder de vista que a aprendizagem de um novo conceito envolve a interação com o já
aprendido. Portanto, as experiências e vivências que o aluno traz favorecem novas
aprendizagens e estes novos conhecimentos devem vir baseados na confiança, interação e
parceria entre a escola, o aluno e a família.
Para detectar quando uma criança está tendo problemas para processar as
informações e não está conseguindo realizar as atividades propostas na escola é preciso que o
professor e os pais estejam atentos aos sinais que indicam a presença de dificuldades na
aprendizagem como: não compreender instruções, não lembrar o que foi acabado de ser
falado em sala ou em casa, não distinguir direita e esquerda, não ter coordenação para realizar
atividades rotineiras, não compreender conceito de tempo.
Pessoas com dificuldades de aprendizagem não dominam habilidades básicas de
leitura, escrita e matemática tendo assim um baixo rendimento escolar. Estes problemas
podem ser observados quando:

 A criança se aproxima muito do livro;


 diz palavras em voz alta;
 omite e inverte as palavras;
 vê duplicado, pula e lê a mesma linha duas vezes;
 não lê com fluidez;
 gagueja muito ao ler;
 tem pouca compreensão na leitura oral;
 tende a esfregar os olhos e queixar-se de que coçam;
 apresentam problemas de limitação visual e soletração;
 criança inverte e troca letras maiúsculas;
 não deixa espaço entre palavras e não escreve em cima das linhas;
 pega o lápis desajeitado e não tem definido se é destro ou canhoto;
 move e coloca o papel de maneira incorreta;
 tem o pensamento pouco organizado;
 escreve espelhado;
 confunde letras e números que apresentam grafias parecidas;
 não segue mais de uma instrução por vez;
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 põe a televisão e o rádio em volume muito alto, etc;


 o aluno inverte os números;
 tem dificuldade para saber as horas;
 não compreende conceitos matemáticos.
O trabalho do professor é de extrema importância para que aconteçam as mudanças
escolares e os problemas educacionais sejam superados. Porém, não cabe apenas ao professor
a exclusiva responsabilidade pela falta do aprender e pela construção do conhecimento dos
seus alunos, a família é essencial para o desenvolvimento integral da criança. “O contato do
sujeito da aprendizagem com um adulto significativo que compartilhe com ele seu próprio
prazer em conhecer, como algo que o completa, que lhe faz sentir-se pleno, promoverá o
desejo de conhecer no sujeito da aprendizagem” (RUBINSTEIN, 2003, p. 108).

5. CONCLUSÃO

A Psicopedagogia surgiu da necessidade de se entender o processo de


aprendizagem e os problemas que são as causas do fracasso escolar. A atuação
psicopedagógica tem caráter interdisciplinar originada pela apropriação de
conhecimentos de diversas áreas, a Psicologia, Psicanálise, Pedagogia entre outras. As
dificuldades de aprendizagem ocorrem por fatores emocionais, sociais e cognitivos.
A intervenção psicopedagógica veio introduzir uma contribuição mais rica no
enfoque pedagógico. O processo de aprendizagem, bem como as dificuldades de
aprendizagem, deixam de ser localizadas somente no aluno e no professor e passa a ser
vista como um processo maior com inúmeras variáveis que precisam ser apreendidas
com bastante cuidado pelo professor e psicopedagogo.
A atuação psicopedagógica possibilita levar o sujeito que aprende a tornar-se
mais consciente e ativo no seu próprio processo de aprender. Sendo o centro da
aprendizagem a criança consegue se apropriar de conhecimentos que a auxiliarão em
sua vida em sociedade.
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6. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Paula Fernandes Corrêa de. A Psicopedagogia seria uma possibilidade
para o enfrentamento das dificuldades de aprendizagem? Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia. São Paulo: 2014. Disponível em:
<http://ibict.metodista.br/tedeSimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3477>.
Acesso em: 22 de out. 2016.

BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3ª ed.


Porto Alegre: Artmed, 2007.

Código de ética do psicopedagogo. Disponível em: < http://www.abpp.com.br/codigo-


de-etica-do-psicopedagogo>. Acesso em: 23 de out. 2016.

FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: Abordagem psicopedagógica


clínica de crianças e sua família. Tradução Iara Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1991.

MASINI, Elsie F.S. (org). Psicopedagogia na escola: buscando condições para


aprendizagem significativa. 3ª ed. São Paulo: Unimarco Loyola, 1994.

PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 4ª ed. Porto


Alegre: Artes Médicas, 1992.

RAMOS, Maria Beatriz Jacques; FARIA, Elaine Turk. Aprender e ensinar: diferentes
olhares e práticas. Porto Alegre: PUCRS, 2011.

RUBINSTEIN, Edith Regina. O estilo de aprendizagem e a queixa escolar: entre o


saber e o conhecer. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

SERRA, Dayse Carla Gênero. Teorias e práticas da psicopedagogia institucional.


Curitiba: IESDE Brasil, 2012.

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