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ANALISE ACUSTICA DA AVALIAÇAO VOCAL 1:
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TAREFAS FONATORIA E MEDIDAS ACUSTICAS.
ACOUSTIC ANALYSIS OF VOICE ASSESSMENT:
PHONATORY TASKS AND ACOUSTIC PARAMETERS.
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MENDES, A.. E CASTRO E
pulodorizado permitindo a obtenção de outros Poro o análise ocúslico do voz exi~te uma
parâmetros adicionoi5 importantes poro além vo<o«<ade de equipamento, desde software
dos espectrogromos•• 1
• gratuito disponível na lnte<net, passando pelo
Os pa râmetro& a cústicos são o resultado software econômico ao mais sofisticado o dis·
complexa da fonte gl6tico e da ressonância do pendioso.
lracto vocal. Entre o sofrwore gratuito podemos cantor
ReRectem os corocteris.ticos biomec6nicos e com: EMU Speech Doto System•, Proot>,
oerodinõmicos dos sistemas kníngeo e supro- Speec:h Ftlling Sy>lem', Wov....-fe<' e Windows
laríngeo. Tools fot Speech Analy..,•.
No coso destes sistemas apresentarem alte- O software moi> ocessivel: Dr. Speech" ,
rações onotómicos ou fisiológicos poro o Yox Metrio" , Esfill Yoice p tint e Vídeo Yoice
Idade ou ~xo, os resultados acústicos serão Speoc:h Trainig System".
desviantes dos. dados acústicos normativos e O software mais sofisticado e dispendio•o
podem ser indieotii/Os de patologia. onclui o Computer Speech lob", e o Multi-Spe-
A onóli>e ocúshca ê um complemento do ech do Kay Elemetrics", getalmente utilizados
on6lise perceptivo-aud itiva e não devo substi- poro investigoçõo.
tuf.la' . No escolho do equipamento, o factor mais
O ouvido humano parece ser mais fióvel impo.rtonle o ter em conta é o objectivo que se
poro analisor o voz dito "normal' , mos hó prete nde atingir, i.e., clínico ou investigação.
diferenças individuais consideráveis no análise A selecçâo dos tarefas fonotórios é igua~
do voz patológico', mente ctucial tendo em consideroçâo o volido-
Contudo, é o ouvido que possui a sensibili- de e fiobifidade da onóli•o ocúslica.
dade poro determinar o grau de desogradobi- Es.to artigo tem como objectivo descrever os
lidode do voz. e o limitação social quo determi- procedimentos dos vôríos tarefas fonot6rios e
nado disfonio condiciono 1• os porômetros acústicos que se podem exlrair
dolos.
A selecçõo e comporoçõo dos vários
EQUIPAMENTO equipamentos hordwore e soltwote poro o
anóll$8 acústica não sôo objecto desle artigo e
Poro a obtenção do um sinal a cústico robus· serão ap<esentados noutro trabalho.
to dos amostras do voz é necess6,io utilizar um
microfone de alto qualidade, um gravador di-
gital, omplilicodore• e otenuadore>, VOZ FALADA E CANTADA
A distância e o õngulo microfon•boco pre-
cbom de ser constantes. A voz foloda e o voz contada porHihom o
Esta necessidade devE>-se oo facto do inten- mesmo mecanismo do produção$ contudo fisio-
sidade do som ser inversamente proporcional logica mente sôo direrontes.
ao quadrado do distância . A voz falado re•ulto de uma octividode
Por seu lodo, o ângulo do microfone deve motora que é determinado por factores genêti·
ser de 45• poro reduzir o captoçâo do sinal cos, linguisticos, sociots e cu:lturois.
opertódk:o rronsitório resuhanle dos consooo-- A sua produçâo envolve um processo cera.
les e.xpla.sivos. dinômico e biomecànico que necessito do co-
Um tom de colibroçõo gravado antes e/ou ardo noção neurornusculor de três sistemas o no~
dopais de cada sessão de gravação é neces- t6micos, i.e., resplrot6rio, lonngeo e suprolo-
sário como medido de referência. tingeo.
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O sistema respirot6rio, em consonância com O tempo máximo de fonoçõo ITMF) é o
o sistema laríngeo, gero o prenõo subglótica medido de duroçõo máximo do fonoçõo de
necessório poro iniciar o manter o vibração uma vogal, gera lmente /o/, contudo os vogais
dos pregos vocais. /1/ e /u/ •õo por vezes usados.
O sistema loríngeo é o fonte de vozeomen- Estas vogais representam os e)(tens&u orti·
to culot6<ios máximos do Português-Europeu.
O sistema suprolaríngeo modulo o energia E•to• farelos devem ser repetida trê• vezes
produzido pelo fonte sono<o num sinal acústico no mínimo.
que é percebido pelo ouvinte. O TMF corTesponde à medido de maior d u-
Estes sistemas sôo ambos utilizados para o ração dos três e não à médio delas.
voz foloclo e contada. Tamb6m sóo necessórios o feedback vi sual,
Contudo, o voz contado requer o moximi- instruções rigorosos e encora jamento ao utente
z.oçõo do saído vocal. através do coordenação poro obtermo• um TMF com validad e".
do respiração, fonoçõo e resson6nclo'~· 16• A duração máximo dos fricotivos ;.; e /z/
é outro medido que também reRecte o coord.,.
noç-õo eficiente entre o si.stemo respira tório e
TA.REFAS FONATÓRJAS fonatório "
E•to úlhmo tarefa serve poro obter o índice
Exlstem vários testes podron1zodos que sõo •Iz que também reqv..- ··~ repetições.
utilizados nos avaliações protocolares do voz A leitura em voz oito é uma torelo fonoló<oo
falado e contada. do voz fokldo com exigências fisiol6gicos e
As tarefas podem ser douiflcodos em ter· resultados ocúsricos semelhantes ao do d iscur·
mo,s de esforço que pode ~er m6ximo ou sub- so espontôneo', contudo, tem o vantagem de
m6xlmo. permitir fozer comparações intro- e inter~tentos.
As tarefas de esforço m6ximo têm o objecti- A leitura em voz alto deve ser produzido
vo de testar os limites superiores de desempe- com uma a ltura tonal, intensidade subjectivo e
nho, i.e., os limites fisiológico.s do sistema o ser débito verbal confortável poro o utente.
estudado. Os morerio is o ler podem incluir uma lista
As tarefas de eslatço sub-m6ximo sôo p<~ de palavras, poràgrofos e/ ou texto•.
d uzidas de formo conlor16vel e examinam o O ideal é o le ilura de um texto lonetica·
desempenho ~siológico sem recurso 6 forço, mente equilibrado, i.e., um corpus represento·
amplitude de movimento e velocidade. tlvo da língua padrão, em que o número de
As tarefas fonotórios podem a inda ser dos- fonemas que o compõem, ocorre com o fre-
silicodos em tarefas do voz falado ou contado. quôncio relativo do d iscurso espontâneo
comum do• falantes.
Vor. Falada Este texto deve ser baseado em dados nar·
As tarefas do voz falado consistem na pro- motivos em termos das pousos necessórias
dução de sons sustentados, le if\Jro em voz alto poro formar os grupos respiratórios adequo-
e d iscurso e:SpOntõneo. dos, bem corno, os contornos de entooçào, em
As vogais e fricotivos sustenkK:Ios são lor&- eonsequêncio das variações de frequêncio fun-
fo• que locilitom o avaliação do e•tobilidode damental (Fo) e intensidade objecliva PO)
do sistema fonot6rio. O discurso esponlóneo é a tarefa fooot6rio
Através do produção dos vogais sustento· que providencio informoçõo mais reoli•to do
dos podemos obter vários medidos: frequên· comportamento vocal do ut&nte em condições
cio, intensidode, formantes, etc. ditos habituais poro este.
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Esta ta refa é meno' exigente poro o utente, O registo pul•6til ó excluído por não ser
porque reduz o rormolismo da leHuro em voz usado no diseurso tUpontôneo continuo10.
alto assim como os limitoçõe.s de IHerocio e A EMFV é obtido otrovés do emporelhomen·
pouive~s dificuldades visuais. lo do oltvro tonal com uma frequêncio de refe.
A volidode e fiobilidode do> re>ultodo> rêncio fornecida por um osdlógrofo, piano
de•to tarefa podem ser controlados a través do keyboord ou diopo>ão.
selecçõo e restrição prévio dos tópicos a ~rem Este procedimento pode ser grodaUvo ou
a bordados. om glissondo.
U>ondo o TMF e um e>pectrógrolo poro O utente recebe instruções poro sustentar
onolisor o amostra de voz. os espécttogromos umo vogal com uma altura tonal considerado
podem regista r vários medidos acústicos tais conrorlável e conforme o frequêndo do estímu·
como fo, omplii\Jde, índice >inolruido, medi- lo auditivo que lhe é lornecodo vai modificando
do> de perturbação, etc. o >uo produção.
Poro obter uma amostro repre.Ml'nkltivo des- O estimulo vai descendo progressivamente
tes valores é necessório ter om conta o número om semitons {ST) a té chega r ao tom mais grava
de repetições por tarefa que são necessórios. do regísto modol do utente sem chegar ao
Por exemplo, paro obter uma amostro repre- registo pulsátíl.
sentolivo de va lores de per turboçôo, quer seja Seguidamente, o estimulo auditivo do fre-
do frequêooo ou amplitude, >ão retomendo· quêncio aumento desde o oJturo tor'lol con·
do> sei> tenlotiiiOs poro o voz normal. fortóvel do regi>lo modol até ao moi> ogudo
Este número de repetições deve aumentar do reg isto lol>ete' •"
com o gra u de seve<idode do patologia vocal Cada um destes procedimentos é realizado
Poro determinar o índice hormóniccrruído três vezes.
&ÕO preci$0S pelo menos dez repetições19• Os tons mais agudo> e mais greves pro-
duzidos correspondem aos extremos do EMFV
Vox Contada do ut-e nte e representam os limites fisiológicos
As tarefas do voz contodo com.istem tom· do •is"'mo loringeo.
bém no produção de son> SU$Ientodos, mos A EMfV é expre>so em Hertz {Hz), ST ou
usando o voz contado. O ltovo.S.
Esto> incluem o produçõo de con~gos. o A fiobilidode intro- e inter-examinado-res
exten$ÕO máxima do frequência vocal e o apresento uma grande variabilidade e pode ser
exlonsõo dinâmica. ofectodo pela prático, motivaçã o do utente e
E>tos duas últimos >ÕO tarefas de esforço tipo de instruções.
môx.imo porque reRectem os limites fisiológicos A e>tensõo dlnõmlco iED) é também obtido
do voz do utente. durante o produção de vogais sustentados.
Poro o exlensõo máximo de frequêncio Esta extensão de intensidade é dependento
vocal {EMFV}, lombém de>tgnodo de exten>ão do sexo. do idade, do frequêncio o que o fono-
lonotório, são utilizados os vogais / o/ e /;e/. ção é produzido e dos procedimentos de
A EMFV determino o intervalo de lrequên· mcdiçõo'~ 1 •
elos que o utente pode produzir, de>de o fre- o estimulo auditivo é apresentado o rro·
qu&ncio mais grave do reglsto modol oté ô quências seleccionodas do EMFV.
moi> agudo do registo lol•ote. O utente produz os vogais / o/, /u/ o /i/
0> regi>lo> modo! e lol•ete •ào ombo> emparceirondo o altura ronol com o frequincia
incluídos no EMfV devido õ dificuldade per· do es~mulo IO<necido.
cepruol em os diferencior com ~obilidode. Poro obter o tnlensiôode mínimo., o ulenle
deve 5er instruído o produzir o vogal o mais A Fo do voz falado é o médio do Fo do di,.
fraco possfvel s.em entrar no sussurro. curso e5pontôneo e da leitura em vo z alto.
A intensidade m6ximo é obtido pelo pro- O soxo masculino apresento uma Fo entre
dução do mesmo vogal e frequêncio o mais 100 e 150 Hz e o sexo feminino entre 180 e
forre pouível sem gritar. 250 Hz.
Vário~ repetições .sõo necess.6rio5 poro A variabilidade de Fo é o desvio padrão
obter o mínimo & o m6ximo do eof. do Fo e oscilo en~e 2 e 4 ST poro o sexo mas-
A1. omoslros do voz conlodo oblidos dos culino e feminino durante o conver$0ÇÕO
vogais sustenlodos podem ser utilizados poro ospontôneo1 • ' 1•
realizar e specttogrornos e outros onóli5e5 ocús~ Esles dodoslombém são confirmados no p<>
ticos de parâmetros, tais como, o vibroto voca l puloç.õo Portugueso-europeio'"·
e o fermente dos ca ntores. A olluro lonol (referenciado no literatura In-
Outros lorefos fonotório> do vo~ contado ternaciona l como pitch) é um porómelro psico-
consislem no produçã o de frase> con1odos e o cústico perceptivo, medido om Me ls e não
canções. deve ser confundido com Fo, o qual conslilui
uma medido obiectiva do sinal acústico.
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MENDES, A , E CASTRO E.
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ANÁUSf ACÚSOCA DA AVAJJAÇÃQ VOCAl ~ lAAffAS fONATÓRIA E MEDIDAS ACÚSTICAS.
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MENDES A. f CASTiO. E.
localizo onde o som do orquestro é bastante Potencialmente, oslo~ medidos podem ser
fraco. padronizados poro utilização clínico nacional.
O formante dos cantores, bem como, o Os. procedimentos devem ser os mesmos
vibroto vocal, parecem ser amplamente desen· poro qualquer avaliação vocal poro que o erro
volvidos pelo treino vocal" . de mediçõo oleot6rio seja reduzido.
Tonto o voriobllidode intro-.sujeito como
inter~ujeilo são grandes e hobituolmenle rela-
CONCLUSÕES cionados com;
1) o eleito do pr6~co, motivação ou in""'"
A avaliação acústico do voz lolodo e con- mentaçõo;
tado é um meio objectivo, nõo-invosivo e que 21 o efeito do idade, sexo ou outro vori6vel
pode ter aplicação clinico, pedagógico e de físico do utente; e
investigação do Função voc<JI. 3) o validade dos tarefas.
Em aplicação clinico esse método podo •or
utilizado poro: Apesar do abundância e longevidade dos
o) rosleio e prevenção de patologia vocal, dados normativos dos lolonJes do lnglé"Am•
b) avaliação de distúrbios vocais ricono no literot~.~ro de arquivo, est&s dados não
c) feedbock oodiovi>uol durante o reobilrlo· têm aplicabilidade internocioool.
ção vocal, e A moiono do• dados nonnotiv<>s opresenk>
d) avaliação do eficácia do terapêutico. dos neste trabalho re>uho de produção de lo-
lonles do lnglé,.Americono.
As tarefas Fonotórios e os porõmetros acús-- A ovolioçõo acúsflca começa o ser utilizado
tico• devem ser e>colhido• com base nos objec· no prótico clinico portuguesa, contudo, carece
tivos clínicos ou de investigação. oindo de protocolos especificas que podre·
Em oplicoçào pedagógico vocal, o análise nizom os procedimentos de análise e interpre·
acústico pode ser usodo poro monitorlzor o toçõo do• resultados.
treino vocal de contares. É, por isso, neeess6rio desenvolver bases de
Apltcodo no Lnvestigaçõo, o an6liMt ocósJic-a dados do Portuguê>-éuropeu, abrangendo o
pode - usado como um in>trumeniO poro mel- ciclo vital do Homem com inclusão de ambos
hor compreendet o hrnçõo vocal dos rndividuo• os sexO$, poro oplicaç:õo dinico e de inve.stigo·
normais ou om estudos de patologia vocal. çào, bem como o consolidoçõo dos resul!odos
Este trabalho refere. resumidamente. os tare- por outros oulore• poro >uo pleno fiobilidode e
fas fonot6rios e os porõmetros acústicos mais volidoçõo.
frequentemente utilizadas poro avaliação do A principal concluJào que pode ser retirado
função vocal, discutindo o suo aplicabilidade deste trabalho ó o de que, o análise acústico
clinico e recomendo normas de lnterpretoçõo constitui um m6todo obiectivo não invosivo po-
poro potenciot o volor do análise acústico no deroso, poro ovollor o voz fofodo e COI\todo
ovolioçõo do voz conlodo e falado. contudo, devem ser lomodos precauções no
A ausência de procedimentos e material interpreloçào dos dados.
podronizoclos consfolui um obstáculo séroo poro Meteria! especifico, instruções cuidadosos e
o oplicoção clinico generalizado do owlioçào ensaios repetidos sôo necessórios poro obter
ocú>lieo. medidos válidos e fidedignos.
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22 . Guimarães, I. Frequêndo fundamental tomento do• Disfonias. Sõo Paulo: lovise,
do voz de adultos. Revi>la Parlu(lu&>o do 1995.
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Journal of Speech ond Heoring lhe Acoostic Poromelers oi lhe Singing
Reseorch 23: 5-19, 1979. Voice. Jou<nol oi Voice 17: 529-543, 2003.
24. Horii, Y. Vocal shimmer in sustoined 28. Sundberg, J. Arllculoto<y inlerpretotion
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