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Algo por Eles Neste Natal

Compadece-te de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar. Estão eles em
toda parte...

Quase sempre são vítimas da inquietação e do medo. Observa quantos já transpuseram


as linhas da própria segurança.

São casais que não se toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união
em que se compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias,
cedo se encaminham para sofrimento maior;

são mães que rejeitam os filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto,
recusando a presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e
reconforto no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio;

são homens que repelem os problemas inerentes às tarefas que lhes dizem respeito,
escapando para situações duvidosas, sob a alegação de que procuram distração e
repouso, quando apenas estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes
propiciariam refazimento e descanso;

são amigos doentes ou desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da


vida e se inclinam para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que
transportariam para a conquista da vitória e da paz em si mesmos;

são jovens, famintos de liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a


satisfações imediatas, se engolfam no abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades
com que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade porvindoura.

Neste NATAL, façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não
querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.

Pronuncia algumas frases de otimismo e encorajamento; escreve algum bilhete que os


reanime para a bênção de viver e servir; estende simpatia em algum gesto espontâneo de
gentileza; repete consideração e concurso amigo nos diálogos que colaborem na
sustentação da paz e da solidariedade.

Não te declares sem possibilidade de contribuir, nem digas que tens todas as tuas horas
repletas de encargos e serviços dos quais não te podes distanciar.

Faze algo, no soerguimento do bem.

Nas realizações da fraternidade, quem ama faz o tempo.

XAVIER, Francisco Cândido. Deus Aguarda. Pelo Espírito Meimei. GEEM.


O Advogado da Cruz
No mundo antigo, o apelo à Justiça significava a punição com a morte. As dívidas
pequeninas representavam cativeiro absoluto. Os vencidos eram atirados nos vales
imundos. Arrastavam-se os delinqüentes nos cárceres sem esperança. As dádivas
agradáveis aos deuses partiam das mãos ricas e poderosas. Os tiranos cobriam-se de
flores, enquanto os miseráveis se trajavam de espinhos.

Mas, um dia, chegou ao mundo o Sublime Advogado dos oprimidos. Não havia, na
Terra, lugar para Ele. Resignou-se a alcançar a porta dos homens, através de uma
estrebaria singela.

Em breve, porém, restaurava o templo da fé viva, na igreja universal dos corações


amantes do bem. Deu vista aos cegos. Curou leprosos e paralíticos. Dignificou o
trabalho edificante, exaltou o esforço dos humildes, quebrou as algemas da ignorância,
instituiu a fraternidade e o perdão.

Processaram-no, todavia, os homens perversos, à conta de herético, feiticeiro e ladrão.

Depois do insulto, da ironia, da pedrada, conduziram-no ao madeiro destinado aos


criminosos comuns.

Ele, que ensinara a Justiça, não se justificou; que salvara a muitos, não se salvou da
crucificação; que sabia a verdade, calou-se para não ferir os próprios verdugos.

Desde esse dia, contudo, o Sublime Advogado transformou-se no Advogado da Cruz e,


desde o supremo sacrifício, sua voz tornou-se mais alta para os corações humanos. ele,
que falava na Palestina, começou a ser ouvido no mundo inteiro; que apenas conversava
como o povo de Israel, passou a entender-se com as várias nações do Globo; que
somente se dirigia aos homens de pequeno país, passou a orientar os missionários retos
de todos os serviços edificantes da Humanidade.

Que importam, pois, nos domínios da Fé, as perseguições da maldade e os ataques da


ignorância? A advogado da Cruz continua operando em silêncio e falará, em todos os
acontecimentos da Terra, aos que possuam "ouvidos de ouvir".

Pelo Espírito Emmanuel

XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.


Atualidade do Natal
Andando sem rumo, sob o flagício de mil aflições, o homem moderno deixa-se dominar
pelo desânimo ou pela ansiedade, malbaratando o valioso contributo da inteligência e do
sentimento com que a vida o enriqueceu, exaurindo-se, ora no consumismo insensato,
ora na revolta desastrada por falta de recursos econômicos ou emocionais para realizar-
se.

A insatisfação é a tônica do comportamento individual e social que vige na Terra.

Aqueles indivíduos que experimentam carência de qualquer natureza lamentam-se e


rebolcam-se na rebeldia, que degenera em violência, enquanto aqueloutros que se
encontram afortunados, deixam-se dominar pelas extravagâncias ou pelo tédio,
derrapando, uns e outros, nas viciações perturbadoras ou na dependência de substâncias
químicas de funestas conseqüências.

As admiráveis conquistas da Ciência e da Tecnologia não os tornaram mais felizes nem


menos tensos, pelo contrário, empurraram-nos na direção trágica da neurastenia ou da
depressão nas quais estorcegam.

Indubitavelmente trouxeram incomparável ajuda para a solução de diversos sofrimentos


e situações penosas, de progresso materiall e social, porém, não conseguiram penetrar o
cerne dos seres humanos, modificando-lhes as disposições íntimas em relação à
existência terrena e aos seus objetivos essenciais.

Considerando a vida apenas do ponto de vista material, sem as conseqüentes avaliações


em torno do Espírito imortal, o comportamento materialista domina as mentes e os
corações, que acreditam na felicidade em forma de valores amoedados, satisfações dos
sentidos, destaque social e harmonia física...

Vive-se o apogeu da glória tecnológica diante dos descalabros comportamentais que


jugulam os seres humanos aos estados primevos da evolução.

Há conquistas do Infinito sem realização pessoal, sorrisos de triunfo sem sustentação de


felicidade, que logo se transformam em esgares, situações invejáveis mas alicerçadas na
miséria, na doença e no desconforto das pessoas excluídas...

Faltando-lhes, porém, a vivência dos compromissos ético-morais, logo se lhes


apresentam os desapontamentos íntimos, e os conflitos se lhes instalam devoradores.

Uma tormenta inigualável paira nos céus da sociedade moderna, ameaçando-a com
tragédias inomináveis.

*
Em período idêntico, no passado, salvadas as distâncias compreensíveis, veio Jesus à
Terra.
O mundo encontrava-se conturbado pelo poder mentiroso, pela falácia dos dominadores,
pelas ambições desmedidas, pelas conquistas arbitrárias, pelas ilusões tresvariadas...

Predominavam o luxo e a ostentação em alguns segmentos da humanidade, enquanto


nos porões do abandono em que desfaleciam, incontáveis criaturas espiavam
angustiadas o passar do tufão devorador...

Apareceu Jesus, e una aragem abençoada varreu o mundo, modificando-lhe a psicosfera.

Sua voz levantou-se para profligar contra o crime e a insensatez, contra a indiferença
dos fortes em relação aos seus irmãos mais fracos, contra a hipocrisia e o egoísmo então
vigentes e dominantes como hoje ocorrem......

Misturando-se aos mutilados do corpo e da alma, ergueu-os do pó em que se


asfixiavam, conduzindo-os na direção da glória estelar, demonstrando-lhes que a vida
física é experiência transitória, e que os valores reais são os que pertencem ao Espírito
imortal.

Utilizou-se da cátedra da Natureza e ensinou a felicidade mediante o desapego e o


despojamento das alucinantes prisões às coisas e às paixões materiais.

Cantou a esperança aos ouvidos da angústia e proporcionou a saúde temporária a


quantos se Lhe acercaram, alentando-os com a certeza da plenitude após vencidas as
etapas de regeneração e de resgate que todos os seres se impõem no processo da
evolução.

Atendeu a dor de todos os matizes, defendeu os pobres e oprimidos, os esfaimados e


sedentos de justiça, a quem ofereceu os preciosos recursos de paz. No entanto, quando
acusado, abandonado, marchando para o testemunho, elegeu o silêncio, a submissão à
vontade de Deus, a fim de ensinar pelo exemplo resignação e misericórdia para com os
maus e perversos, confirmando a indiferença pelos valores do mundo físico destituídos
de utilidade

... E permanece até hoje como o Triunfador não conquistado, que prossegue alentando
os padecentes, convocando-os à transformação moral para a conquista dos imperecíveis
tesouros internos do amor, do perdão, da caridade, da paz...

*
Recorda-te de Jesus neste Natal e reaproxima--te dEle, analisando como te encontras e
de que forma deverias estar moralmente, conscientizando-te do que já fizeste e de
quanto ainda podes e deves investir em favor de ti mesmo e do teu próximo mais
próximo, no lar, na rua, na humanidade...

O Natal é presença constante do amor e do bem na atualidade de todos os tempos.

Não te esqueças que a evocação do nascimento do Excelente Filho de Deus entre as


criaturas humanas, é um convite para que O permitas renascer no teu íntimo, se estiver
desaparecido da tua emoção, ou prosseguir vivo e atuante nos teus sentimentos,
convidados à construção da solidariedade, do dever e da lídima fraternidade que deve
viger entre todos os seres sencientes que vagueiam no Planeta .

... E deixa que Jesus te fale novamente à acústica do coração e aos escaninhos da mente,
repetindo-te o poema imortal das Bem-aventuranças.

Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Página psicografada pelo médium Divaldo P.
Franco, no dia 20 de setembro de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

Cartão de Natal
Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que
te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos
olhos e te adoça o sentimento, qual se trouxesses uma harpa de ternura escondida no
peito.

Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.

Ainda que não quisesses, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as


canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos
braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de
velhas afeições que te parecem distantes.

Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória: entretanto,


vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração...É que ele te fala no íntimo,
rogando perdão para os que erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na
vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas
trevas.

Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo! ... Sorri de novo para os que te ofenderam;
abençoa os que te feriram; divide o famel com os irmãos em necessidade; entrega um
minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que moram, sozinhos,
sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte,
sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas,
que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade
de uma criança esquecida.

Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te
deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de
quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os
instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tomando diariamente ao nosso convívio
e sustentando-nos para sempre.

Pelo Espírito Meimei

XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.


O Conquistador Diferente
Os conquistadores aparecem no mundo, desde as recuadas eras da selvageria primitiva.
E, há muitos séculos, postados sem soberbos carros de triunfo, exibem troféus
sangrentos e abafam, com aplausos ruidosos, o cortejo de misérias e lágrimas que
deixam à distância. Sorridentes e felizes, aceitaram as ovações do povo e distribuem
graças e honrarias, cobertos de insígnias e incensados pelas frases lisonjeiras da
multidão. Vasta fileira de escritores congrega-se-lhes em torno, exaltando-lhes as
vitórias no campo de batalha. Poemas épicos e biografias romanceadas surgem no
caminho, glorificando-lhes a personalidade que se eleva, perante os homens falíveis, à
dourada galeria dos semideuses.

Todavia, mais longe, na paisagem escura, onde choram os vencidos, permanecem as


sementeiras de dor que aguardarão os improvisados heróis na passagem implacável do
tempo. Muitas vezes, contudo, não chegam a conduzir para o túmulo as medalhas que
lhes brilham no peito dominador, porque a própria vida humana se incumbe de
esclarece-los, através das sombras da derrota, dos espinhos da enfermidade e das
amargas lições da morte.

Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos, impôs
terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida, a
amargura e a derrota, à frente dos gregos.

Alexandre Magno, por tantos motivos admirado na história do mundo, titulou-se


generalíssimo dos helenos, em plena mocidade e, numa série de movimentos militares
que o celebrizaram para sempre, infligiu inomináveis padecimentos aos lares gregos,
egípcios e persas; todavia, apesar das glórias bélicas com que desafiava cidades e
guerreiros, fazendo-se acompanhar de incêndios e morticínios, rendeu-se à doença que
lhe imobilizou os ossos em Babilônia.

Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou o terror e a humilhação entre os romanos,


em sucessivas ações heróicas que lhe imortalizaram o nome, na crônica militar do
Planeta; contudo, em seguida à bajulação dos aduladores e à falsa concepção de poder,
foi vencido por Cipião, transformando-se num foragido sem esperança, suicidando-se,
por fim, num terrível complexo de vaidade e loucura.

Júlio César, o famoso general que pretendia descender de Vênus e de Anquises,


constitui um dos maiores expoentes do engenho humano; submeteu a Gália e desbaratou
os adversários em combates brilhantes, governando Roma, na qualidade de magnífico
triunfador; no entanto, quando mais se lhe dilatava a ambição, o punhal de Bruto, seu
protegido e comensal, assassinou-o, sem comiseração, em pleno Senado.

Napoleão Bonaparte, o imperador dos franceses, depois de exercer no mundo uma


influência de que raros homens puderam dispor na Terra, morre, melancolicamente,
numa ilha apagada, ao longo da vastidão do mar.

Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de vozes, após
a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e cruéis para os
adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, caem ruidosamente
dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a serem julgados pelas
mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.

Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do poder, a


caminho os mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade, sempre
deixam algum bem no campo das relações humanos, pelas novas estradas abertas e
pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o progresso
amaldiçoa-lhes a personalidade, porque as lágrimas das mães, os soluços dos lares
desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da natureza
ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis sinais.

Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de sua


missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos, nem
mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de dominação.
Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou "amigos".
Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os oprimidos,
consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em compensação
aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou acusações para que
ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não experimentassem a
angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava, separou-se dos seus, recebeu,
sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em que foi imolado e na sua morte
passou por ser a de um ladrão.

Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia, consolidou o


seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o conquistador
diferente, começou a estender o seu divino império no mundo, prosseguindo no serviço
sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul, nas mais
cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra aperfeiçoada e feliz, que continua a ser
construída, em bases de amor e concórdia, fraternidade e justiça, acima da sombria
animalidade do egoísmo e das ruínas geladas da morte.

Pelo Espírito Irmão X

XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 3.

O Cristo Consolador
"Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de
coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu
fardo." (S. Mateus, 11:28 a 30)

Uma das características que mais marcaram a presença de Jesus quando esteve entre
nós, trazendo e exemplificando o seu Evangelho, foi, sem dúvida, o caráter consolador
da sua ação.
Aceitando a designação de mestre, dedicou-se à sua missão de esclarecimento e
assistência, orientação e amparo, revelando-se como guia e modelo para toda a
Humanidade.

Convidando todos os homens a buscá-lo, oferece a recompensa do alívio para os aflitos


e sobrecarregados.

Na fase de incertezas, de insegurança e de violência que o mundo atravessa, Jesus


descortina à nossa frente um caminho de paz e renovação: revela que somos seres
imortais em constante processo de aprimoramento; confirma os mandamentos da Lei de
Deus, anunciados a Moisés, mostrando, porém, a sua misericórdia; coloca em prática o
amor, no seu sentido mais elevado, que consiste em fazer aos outros o que queremos
que os outros nos façam; cura cegos e aleijados; liberta os sofredores de processos
obsessivos; tolera a agressividade humana; pratica, enfim, a caridade no seu sentido
mais amplo - "benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos
outros, perdão das ofensas".

Entretanto, para que ocorra o alívio que Ele oferece, é necessário colocar em prática os
seus ensinos, verdadeiro resumo das Leis de Deus, as quais dão sentido à nossa
existência, bem como carregar o fardo leve das boas ações, que se caracterizam pelo
exercício do amor e decorrem da vivência dessas mesmas Leis, explicitadas e
exemplificadas no Evangelho.

Em dezembro, quando se comemora o nascimento de Jesus, a meditação em torno dos


seus ensinos e a aceitação de seu convite para ir até Ele pode representar não apenas o
alívio para nossas dores, mas, também, o encontro de um caminho novo que nos liberta
e o início de uma jornada que nos felicitará para sempre.

Editorial do Reformador de Dezembro de 2007.

Crônica do Natal
Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não
se falava na Palestina senão no Salvador que viria enfim...

Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David, chegaria em
suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do Povo Escolhido.

Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas
em várias nações do mundo.

Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na Etiópia e no Egito.

Dos confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam notícias da suspirada


reforma...

E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor.

Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesaréia, tapetes primorosos eram tecidos
em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de
remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados à cobiça cediam verdadeiras
fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos
tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição
espontânea com que desejavam formar nas homenagens ao Celeste Renovador.

Tudo era febre de expectação e ansiedade.

Palácios eram reconstruídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente podados, touros


e carneiros, cabras e pombos eram tratados com esmero para o regozijo esperado.

Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite.

Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia... Uma estrela
estranha rutila no firmamento.

O Enviado, porém, elege pequena manjedoura para seu berço de luz.

Milícias angelicais rejubilam-se em pleno céu...

Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra lhe assistem a
consagração comovente e sublime.

São pastores humildes que se aproximam, estendendo-lhe os braços.

Camponeses amigos trazem-lhe peles surradas.

Mulheres pobres entregam-lhe gotas de leite alvo.

E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também...

- "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os Homens!..."

Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo...

E o povo com Ele inicia uma nova era...

......................................................

É por isso que o Natal é a festa da bondade vitoriosa.

Lembrando o Rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu irmão tua
alegria e tua esperança, teu pão e tua veste.

Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e
benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e
singela.

Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um
dia...
Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em todas as
horas de nossa vida.

Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz
do Céu a sussurrar-te, sutil:

- Jesus nasceu! Jesus nasceu!...

E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo
eternamente.

Pelo Espírito Irmão X

XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 47.

Indagação de Natal
A soberania das nações esfacelava-se sob o vigor das tropas que as submetiam à
condição de vergonha.

Os tronos, erguidos sobre os cadáveres do passado, ruíam em escombros que


sepultavam outras vidas.

O predomínio da força transferia as rédeas do poder de umas para outras mãos mais
vigorosas, enquanto a alucinação sanguissedenta devorava as mais belas florações do
sentimento humano.

Os bárbaros, que se destacavam pela violência e se notabilizavam pelo vigor das glórias
conseguidas nos campos de batalha, escravizavam os filósofos.

A espada silenciava o pensamento.

O direito da força predominava, estiolando a grandeza do direito à vida, ao amor, à


fraternidade.

A liberdade fizera-se apanágio dos poderosos, que se compraziam em vilipendiar e


destruir, violando todas as conquistas do gênero humano.

O medo abraçava a bajulação, e a urdidura da intriga e do crime selecionava aqueles que


tinham o direito à vida e ao gozo, sempre, no entanto, transitórios, de alto preço.

É nesse clima sócio-político-moral que nasceu Jesus.

Em pleno fastígio do império de Augusto, Ele surge no silêncio de uma noite fria e
inicia a Era da Paz.
Com Ele surgem a esperança e a liberdade, os direitos humanos e a glória da
imortalidade.

Quando alcança a idade da razão, altera a marcha da História e insculpe, nos metais das
vidas, os indestrutíveis símbolos do amor e da felicidade.

Instala o reinado da ternura e estabelece a diretriz do perdão, como elementos


indispensáveis à vivência ditosa.

Protótipo da coragem, faz-se Homem Integral e Cósmico, ensinando a resistência ao


mal e a utilização da humildade em detrimento da opressão e da soberba da violência.

Liberta todos aqueles que O buscam, mesmo que aparentemente estejam submissos e
escravizados.

Jesus é o Herói de todas as batalhas, que verte suor e sangue, doando-se em holocausto
vivo, que abala a consciência dos tempos.

*
Estes são outros tempos, não muito diferentes daqueles, os tempos nos quais Ele nasceu.

Há também predomínio da força e esmagamentos dos ideais, ganância e loucura nos


quais os homens se locupletam, vitimados em si mesmos.

Não obstante, há glórias do amor e do sacrificio, da abnegação e da renúncia.

Milhões de vidas que se estiolam na fome, na miséria moral e econômica, aguardam que
Jesus volte a nascer, a fim de poderem respirar e viver, adquirindo a dignidade que lhes
tem sido negada pelos enganados-enganadores, ora guindados ao poder temporal.

Imprescindível que cada homem se pergunte o que tem sido feito em favor de si mesmo,
no sentido da sua realidade eterna e em relação ao seu próximo.

Não seria o momento próprio para que, por tua vez te indagues se Jesus já nasceu no teu
coração e cresceu na tua vida, alterando as tuas e as estruturas da sociedade para
melhor?

Se tal ainda aconteceu, utiliza-te deste Natal e deixa-O renascer nas paisagens do teu
mundo íntimo, a fim de que o reino de paz tenha início, de imediato, no país do teu
coração, alargando-se por toda a Terra, e gerando o clima de felicidade para todos.

FRANCO, Divaldo Pereira. Vigilância. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. cap. 20.

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