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Compadece-te de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar. Estão eles em
toda parte...
São casais que não se toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união
em que se compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias,
cedo se encaminham para sofrimento maior;
são mães que rejeitam os filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto,
recusando a presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e
reconforto no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio;
são homens que repelem os problemas inerentes às tarefas que lhes dizem respeito,
escapando para situações duvidosas, sob a alegação de que procuram distração e
repouso, quando apenas estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes
propiciariam refazimento e descanso;
Neste NATAL, façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não
querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.
Não te declares sem possibilidade de contribuir, nem digas que tens todas as tuas horas
repletas de encargos e serviços dos quais não te podes distanciar.
Mas, um dia, chegou ao mundo o Sublime Advogado dos oprimidos. Não havia, na
Terra, lugar para Ele. Resignou-se a alcançar a porta dos homens, através de uma
estrebaria singela.
Ele, que ensinara a Justiça, não se justificou; que salvara a muitos, não se salvou da
crucificação; que sabia a verdade, calou-se para não ferir os próprios verdugos.
Uma tormenta inigualável paira nos céus da sociedade moderna, ameaçando-a com
tragédias inomináveis.
*
Em período idêntico, no passado, salvadas as distâncias compreensíveis, veio Jesus à
Terra.
O mundo encontrava-se conturbado pelo poder mentiroso, pela falácia dos dominadores,
pelas ambições desmedidas, pelas conquistas arbitrárias, pelas ilusões tresvariadas...
Sua voz levantou-se para profligar contra o crime e a insensatez, contra a indiferença
dos fortes em relação aos seus irmãos mais fracos, contra a hipocrisia e o egoísmo então
vigentes e dominantes como hoje ocorrem......
... E permanece até hoje como o Triunfador não conquistado, que prossegue alentando
os padecentes, convocando-os à transformação moral para a conquista dos imperecíveis
tesouros internos do amor, do perdão, da caridade, da paz...
*
Recorda-te de Jesus neste Natal e reaproxima--te dEle, analisando como te encontras e
de que forma deverias estar moralmente, conscientizando-te do que já fizeste e de
quanto ainda podes e deves investir em favor de ti mesmo e do teu próximo mais
próximo, no lar, na rua, na humanidade...
... E deixa que Jesus te fale novamente à acústica do coração e aos escaninhos da mente,
repetindo-te o poema imortal das Bem-aventuranças.
Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Página psicografada pelo médium Divaldo P.
Franco, no dia 20 de setembro de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Cartão de Natal
Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que
te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos
olhos e te adoça o sentimento, qual se trouxesses uma harpa de ternura escondida no
peito.
Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo! ... Sorri de novo para os que te ofenderam;
abençoa os que te feriram; divide o famel com os irmãos em necessidade; entrega um
minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que moram, sozinhos,
sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte,
sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas,
que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade
de uma criança esquecida.
Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te
deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de
quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os
instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tomando diariamente ao nosso convívio
e sustentando-nos para sempre.
Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos, impôs
terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida, a
amargura e a derrota, à frente dos gregos.
Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de vozes, após
a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e cruéis para os
adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, caem ruidosamente
dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a serem julgados pelas
mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 3.
O Cristo Consolador
"Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de
coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu
fardo." (S. Mateus, 11:28 a 30)
Uma das características que mais marcaram a presença de Jesus quando esteve entre
nós, trazendo e exemplificando o seu Evangelho, foi, sem dúvida, o caráter consolador
da sua ação.
Aceitando a designação de mestre, dedicou-se à sua missão de esclarecimento e
assistência, orientação e amparo, revelando-se como guia e modelo para toda a
Humanidade.
Entretanto, para que ocorra o alívio que Ele oferece, é necessário colocar em prática os
seus ensinos, verdadeiro resumo das Leis de Deus, as quais dão sentido à nossa
existência, bem como carregar o fardo leve das boas ações, que se caracterizam pelo
exercício do amor e decorrem da vivência dessas mesmas Leis, explicitadas e
exemplificadas no Evangelho.
Crônica do Natal
Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não
se falava na Palestina senão no Salvador que viria enfim...
Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David, chegaria em
suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do Povo Escolhido.
Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas
em várias nações do mundo.
Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesaréia, tapetes primorosos eram tecidos
em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de
remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados à cobiça cediam verdadeiras
fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos
tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição
espontânea com que desejavam formar nas homenagens ao Celeste Renovador.
Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia... Uma estrela
estranha rutila no firmamento.
Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra lhe assistem a
consagração comovente e sublime.
E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também...
- "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os Homens!..."
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Lembrando o Rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu irmão tua
alegria e tua esperança, teu pão e tua veste.
Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e
benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e
singela.
Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um
dia...
Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em todas as
horas de nossa vida.
Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz
do Céu a sussurrar-te, sutil:
E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo
eternamente.
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 47.
Indagação de Natal
A soberania das nações esfacelava-se sob o vigor das tropas que as submetiam à
condição de vergonha.
O predomínio da força transferia as rédeas do poder de umas para outras mãos mais
vigorosas, enquanto a alucinação sanguissedenta devorava as mais belas florações do
sentimento humano.
Os bárbaros, que se destacavam pela violência e se notabilizavam pelo vigor das glórias
conseguidas nos campos de batalha, escravizavam os filósofos.
Em pleno fastígio do império de Augusto, Ele surge no silêncio de uma noite fria e
inicia a Era da Paz.
Com Ele surgem a esperança e a liberdade, os direitos humanos e a glória da
imortalidade.
Quando alcança a idade da razão, altera a marcha da História e insculpe, nos metais das
vidas, os indestrutíveis símbolos do amor e da felicidade.
Liberta todos aqueles que O buscam, mesmo que aparentemente estejam submissos e
escravizados.
Jesus é o Herói de todas as batalhas, que verte suor e sangue, doando-se em holocausto
vivo, que abala a consciência dos tempos.
*
Estes são outros tempos, não muito diferentes daqueles, os tempos nos quais Ele nasceu.
Milhões de vidas que se estiolam na fome, na miséria moral e econômica, aguardam que
Jesus volte a nascer, a fim de poderem respirar e viver, adquirindo a dignidade que lhes
tem sido negada pelos enganados-enganadores, ora guindados ao poder temporal.
Imprescindível que cada homem se pergunte o que tem sido feito em favor de si mesmo,
no sentido da sua realidade eterna e em relação ao seu próximo.
Não seria o momento próprio para que, por tua vez te indagues se Jesus já nasceu no teu
coração e cresceu na tua vida, alterando as tuas e as estruturas da sociedade para
melhor?
Se tal ainda aconteceu, utiliza-te deste Natal e deixa-O renascer nas paisagens do teu
mundo íntimo, a fim de que o reino de paz tenha início, de imediato, no país do teu
coração, alargando-se por toda a Terra, e gerando o clima de felicidade para todos.
FRANCO, Divaldo Pereira. Vigilância. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. cap. 20.