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Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • 1005 •1

11 abril 2019
Ano 19
quinta-feira
 0.75 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário

Dura Automotive em risco

com saída do maior cliente
A esperança já não mora na Dura Automotive. A empresa de componentes para automóveis sediada em Vila
Cortês do Mondego, na Guarda, vai sofrer um rude golpe com a saída do seu «maior e melhor cliente» no
final de agosto, o que poderá pôr em risco a continuidade da fábrica e se traduzirá no despedimento de 50
trabalhadores Pág. 5

Críticas socialistas na despedida

IPG
Politécnico tem
impacto de 36
milhões de euros
no PIB da Guarda
Estudo do CCISP revela que o
de Álvaro Amaro
Instituto Politécnico da Guarda A última reunião da
tem um peso significativo na
economia do concelho, tripli-
Câmara da Guarda
cando o investimento público presidida por Álvaro
concedido _ _______________ 7 Amaro ficou marcada
pela aprovação,
Guarda por maioria, das
contas de 2018. O
Jovens da região
consomem mais presidente disse-
álcool que a se «orgulhoso» da
média nacional recuperação financeira
Rui Correia, coordenador de Res-
do município, mas
postas Integradas da Guarda, con- para os socialistas,
sidera que valores não refletem que votaram contra,
situação de emergência, mas
sugere que devem ser pensadas a gestão da maioria
ações de educação social ______ 6 tem sido «incapaz de
atrair investimentos,
empresas e pessoas»,
Política num concelho que
PS já está a «continua a afastar-se
«construir a do desenvolvimento»
alternativa» ao Pág.4
PSD na Guarda
Agostinho Gonçalves, líder da
concelhia, quer o partido a tra- Cultura
balhar e a ouvir a sociedade civil
para apresentar soluções dife- Peter Hook esgota TMG
rentes e conseguir recuperar a O concerto de sábado na Guarda é um dos três que o baixista dos míticos Joy Division e New Order vai dar em Portugal Pág.13
Câmara em 2021____________ 9

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Belmonte
Toy, Resistência e
The Gift nas festas
do concelho
Este ano a autarquia decidiu doar a
receita das bilheteiras dos três dias de
espetáculos ao corpo de bombeiros lo-
cal ______________________________ 12
Turismo
Visitantes das Aldeias
Históricas ficam um a
dois dias
Primeiras conclusões do projeto PlowDeR,
que mede o impacto económico e social das
atividades realizadas, foram apresentadas na
semana passada em Linhares da Beira __ 11
 2• • Quinta-feira • 11 de abril de 2019
no  fio  da  navalha
UBI
O doutorado da Universidade da Beira
Interior, Miguel Telo de Arriaga, ganhou o Pré-
mio de Saúde Pública Francisco George 2018
pela tese realizada na área da psicologia “O
Impacto do Evento na Resposta ao Trauma”.
O Prémio, atribuído pelo Ministério da Saú-
de, recompensa a instituição, através dos
seus investigadores, pelo trabalho que tem
vindo a ser desenvolvido, em particular na
área da saúde, e que demonstra o contributo
efectivo para o estudo na área da saúde
psicológica em Portugal.
IPG
O Estudo realizado pelo CCISP (Conse-
lho Coordenador dos Institutos Superiores
Politécnicos) confirma a importância dos
politécnicos nas regiões onde se inserem,
chamando a atenção para o impacto econó-
mico positivo do IPG no concelho.
O estudo demonstra a importância do
investimento público no Instituto Politécnico
da Guarda que, comprovadamente, oferece
um retorno positivo do investimento nele
efetuado com evidente impacto sócio-
económico na cidade e região.
Carlos Chaves Monteiro
Chega a presidente da Câmara quase
por acaso, mas a tarefa não se afigura fácil.
O atual vice de Álvaro Amaro deixa de o ser a
partir desta quinta-feira e cabe-lhe agora di-
recionar a gestão municipal para a atração de
investimento e a criação de emprego, onde
mais falhou a gestão autárquica de Álvaro
Amaro. A prova de fogo de Carlos Chaves
Monteiro será também sair da sombra do
futuro eurodeputado social-democrata.
Dura Automotive
A empresa de componentes para
automóveis vai perder o seu principal
cliente e parece não ter alternativas para
o substituir. O sinal de alarme já tocou
porque estão em causa, desde logo, cerca
de 50 postos de trabalho, mas também a
continuidade da Dura Automotive em Vila
Cortês do Mondego, que emprega cerca
de 160 pessoas e vai ter uma significativa
redução da produção a partir de setembro.
Cara
Entrevista
a P
cara
«A vitória
neste concurso
mostrou-me que
é possível seguir
os nossos sonhos
e concretizá-los»
P - Venceu o concurso da Nike Air
Max 720 Design Concept. Qual a moti-
vação que a levou a participar?
R - Inicialmente eu não estava muito
inclinada para participar no concurso,
mas graças ao apoio dos meus familiares
e amigos decidi avançar. Normalmente
existe sempre receio de participar nestes
concursos porque a ideia é derrotista à
partida, mas acho que é importante pensar
que é sempre uma experiência nova e é algo
que, de certa forma, nos ajuda a crescer no
percurso profissional. Em resumo, consi-
dero que a minha motivação principal foi a
possibilidade de ter uma experiência nova
e enriquecedora na minha área de estudos.
P - Qual o conceito que queria desta-
car com a sua criação “Marble”?
R - A ideia principal para a criação
da instalação das sapatilhas “Marble” foi
essencialmente a união de dois conceitos
opostos, ou seja, a praticidade representada
pelos ténis e a posição de luxo representada
pelo padrão mármore e os fragmentos de
quartzo aplicados. São assim realçados o
luxo e o lado prático femininos traduzidos
num objecto de conforto, como o que é
oferecido pelos produtos da marca Nike.
P - Qual a importância deste tipo
de concursos para os estudantes de
Design Moda?
R - Tal como já referi anteriormente,
estes concursos ajudam-nos a crescer de
certa forma, a acumular experiências e com
isso crescer enquanto designers. Penso ser
importante para nós ter hipótese de evoluir
e compreender o mundo da moda de forma
diversificada. Estes concursos ajudam-nos
bastante nesse processo.
P - O que significa para si ganhar
este prémio? Qual a maior aprendiza-
gem que retira?
R - Esta vitória ajuda-me a sentir muito
realizada com o meu trabalho e esforço,
além de me permitir compreender que,
apesar de o mercado de trabalho na área
da moda ser um meio complicado e com-
petitivo, é possível seguir os nossos sonhos
e concretizá-los.
P - Na sua opinião, quais são as
maiores vantagens e/ou desvantagens
de estudar numa universidade do inte-
rior do país?
R - Como vantagem vejo o facto de
termos a possibilidade de levar connosco
a riqueza das nossas origens. A maioria dos
designers integra no seu trabalho conceitos
vindos da sua vivência em grandes cidades
e nós, como alunos do interior, temos a pos-
sibilidade de aplicar os ensinamentos das
e r f i l
Ana Rita Oliveira
Naturalidade: Póvoa Velha (Seia)
Idade: 19 anos
Profissão: Finalista do curso de Design
Moda na UBI
Currículo: Trabalhou numa loja de artesa-
nato e num cabeleireiro. O interesse que
sempre teve na área da moda levou-a a
ingressar na licenciatura de Design de
Moda na UBI
Livro preferido: “Diário de Anne Frank”
Filme preferido: “O Diário da Nossa
Paixão”
Hobbies: Natação e cinema
DR
nossas origens tradicionais aos designs que
criamos. Acho que é esse o factor que nos
distingue. Na minha opinião, acrescento
ainda que estudar numa universidade do
interior do país não tem qualquer des-
vantagem.
P - Sendo aluna da UBI, quais os ele-
mentos incluídos na sua formação que
considera serem de maior importância
para ingressar no mercado de trabalho
da sua área?
R - Tendo tido a oportunidade de
frequentar o curso de Design de Moda na
Universidade da Beira Interior, penso que
esta é uma opção de formação que está
organizada da melhor forma, com vários
recursos práticos disponíveis para os estu-
dantes e que possibilita formar muito bons
profissionais nesta área.
P - Quais os projetos que tem em
vista para o futuro após concluir a li-
cenciatura?
R - Ainda não defini com exatidão o
que irei fazer após a licenciatura, mas uma
das opções mais relevantes passará pela
realização do mestrado de forma a poder
enriquecer e desenvolver os meus conhe-
cimentos e melhorar o meu desempenho
para depois integrar o mercado de trabalho
na área da moda.

opinião
António Ferreira
antonio.ferreira.adv@netvisao.pt
O nosso presidente da Câmara é candidato às eu-
ropeias em lugar elegível. Só não será eleito se o PSD
sofrer uma catástrofe eleitoral, o que não se espera na
Guarda. Aqui, vão votar nele em massa: os militantes e
simpatizantes do PSD por razões óbvias, os detratores
de Álvaro Amaro por não quererem arriscar a sua per-
manência à frente da Câmara.
Uma vez que é quase certo ir-se embora, cabe aqui
um breve balanço do que foram estes seis anos. Nem
tudo foi bom, tenho já de advertir os meus leitores. A
água, por exemplo. O município da Guarda era há dois
anos um dos maiores devedores à principal empresa
gestora das águas em Portugal, em dezenas de milhões
de euros. Desde aí não há notícia de se ter pago a dívida,
mas há a legítima suspeita de ter havido agravamento,
nem que fosse pelos juros moratórios.
Não houve também boas notícias em impostos:
pagamos a taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis
mais elevada (0,4%) e beneficiamos da restituição de
IRS mais baixa (e poderia ir até 5%), mais propriamente
zero. Isto é, onde a Câmara podia ajudar-nos, restituindo
IRS e cobrando menos IMI, prefere cobrar mais e nada
devolver. E não é para se poder pagar a fatura da água.
Temos também a questão das árvores. Por qualquer
razão, Álvaro Amaro gosta de motosserras. Cortaram-se
dezenas de cedros na Avenida Cidade de Salamanca em
PUB
Obrigadinho pelas
rotundas
troca de outras árvores aí plantadas depois, para seca-
rem entretanto em boa parte. No parque da cidade houve
a intenção de abater dezenas de árvores, saudáveis e
de grande porte, não se percebeu muito bem para quê.
Não houve obras estruturantes, embora haja algu-
mas promessas que alguém terá de cumprir ou justificar
com a partida de quem as fez. A alameda da Ti Jaquina
prometia revolucionar o trânsito da cidade, assim como
a construção de um parque de estacionamento subter-
râneo no centro da cidade melhoraria muito a vida de
quem lá trabalha ou lá tem de ir. Já nem falo do centro de
estágio em altitude ou da estrada para o maciço central
da Serra da Estrela, velhas promessas nunca cumpri-
das pelos executivos socialistas. Em vez disso tivemos
rotundas. Muitas. E quando não havia mais rotundas
para fazer, começou a tarefa de decorar as existentes.
Gastaram-se milhões, mas temos rotundas com mãos,
com pirolitos, com coisas que não se sabe o que são e
com um troço de caminho de ferro. É melhor que nada.
Lá teremos Álvaro Amaro a discursar no Parlamento
Europeu. Quando se discutirem crises orçamentais,
poderá sugerir a sua receita: festas e eventos, aumen-
to de impostos, não pagar as dívidas. Haverá quem
aplauda, talvez na bancada onde estiver o Syriza, mas
mesmo esses poderão perguntar: e as festas, são para
festejar o quê?
Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • •3
editorial Luís Baptista-Martins
baptista-martins@ointerior.pt
A nova geração
Estava escrito nas estrelas, «um dia destes a minha geração
toma conta disto»! Repeti esta frase vezes sem conta. Deixei
de o fazer para não parecer obtuso e patético. Havia quem não
percebesse ou não quisesse perceber, mas o comentário ia muito
para além de uma questão etária ou de mera mudança político-
partidária – na verdade, na região, foram muitos os que, «da minha
geração», foram «tomando conta disto» (Rui Ventura em Pinhel,
Paulo Langrouva em Figueira de Castelo Rodrigo, Paulo Fernandes
no Fundão, e mais recentemente, Carlos Ascensão em Celorico da
Beira ou António Machado em Almeida). E outros foram candidatos
contra estes (ou outros) e podiam ser eles a «tomar conta disto».
É geracional. E é essencialmente uma nova forma de dirigir, decidir
e de viver em prol da comunidade. A chegada ao poder – ao poder
de decidir o futuro da comunidade – daqueles que têm uma mente
desempoeirada, livre e aberta ao mundo, ao conhecimento e ao
futuro: os que cresceram ou nasceram depois do 25 de Abril, os
que não viveram o salazarismo, nem ficaram retidos na submissão
salazarenta (que durou muito para além de Abril) ou na gritaria
comunista (mesmo depois do 25 de novembro). Este é o tempo. O
novo tempo! O tempo daqueles que aprenderam nas universidades
e politécnicos, que têm mundo, que viajaram e aprenderam (como
nos ensinou Pessoa, «Cultura não é ler muito, nem saber muito; é
conhecer muito»). Este é o tempo «da minha geração», a «geração
que está a tomar conta disto» e que vai fazer uma região melhor
- na Guarda, foi preciso vir Álvaro Amaro, um profissional da
política, que agora segue viagem (como anunciado) para o centro
da Europa e a quem a Guarda fica a dever afirmação e palco (que
elevam a autoestima mesmo que não mudem a substância das
coisas), contas saneadas, cidade arrumada, capitalidade recupe-
rada e novo élan para o futuro (ignóbil e torpemente, sem Álvaro
Amaro talvez ainda estivéssemos amarrados ao passado funesto e
aziago de Joaquim Valente e Virgílio Bento). Depois da mudança de
regime, a expetativa agora é sobre a mudança de liderança. Chaves
Monteiro tem dois anos para se afirmar, mas o caminho não anda
para trás. Mesmo nas complexidades, esta é uma nova geração
que saberá escolher. Cecília Amaro, Lucília Monteiro, Sérgio Costa
e Vítor Amaral serão a retaguarda de uma cidade muito melhor
e contribuirão decisivamente para uma Guarda com futuro. Este
é o tempo de mudar, de dar passos certos rumo ao futuro. E a
oposição tem a obrigação de ser parte ativa dessa metamorfose,
renovando-se e afirmando ideias e projetos para o futuro (porque
as cidades têm sempre de ser discutidas por todas as partes).
Nos anos setenta o poder local foi determinante para a mudan-
ça do país, do país real, daquele país sem infraestruturas, pobre
e analfabeto. Um país onde a emigração era o único caminho,
que recebeu os retornados como uma bênção que veio mudar
a paisagem rural e onde os primeiros autarcas tiveram de fazer
tudo. Um país que tinha de mudar, e mudou. Depois chegaram
os milhões da Europa e houve quem aproveitasse, mas a região
pouco aproveitou – ainda havia de facto muito para fazer, para
melhorar as condições básicas de vida das pessoas, mas poucos
foram os autarcas que, para além do básico, viram caminho e
deram ilusão e futuro aos seus municípios, muitos continuaram a
gerir os concelhos como a geração de autarcas dos anos setenta
e oitenta, presos à sua pequena dimensão, sem mundo e sem
mundividência, sem perspetiva e sem perceção do futuro, por isso
chegámos onde chegámos… Faltou visão e estratégia. Faltaram
ideias e capacidade. Precisamente o que a «minha geração» tem
«para tomar conta disto». Assim esperemos, pelo nosso futuro!
4• • Quinta-feira • 11 de abril de 2019
Álvaro Amaro sai com
contas «em ordem»,
mas sob críticas dos
socialistas
Luis Martins
A última reunião da
Câmara da Guarda
presidida por Álvaro
Amaro ficou marcada
pela aprovação, por
maioria, das contas
de 2018. O presidente
disse-se «orgulhoso» da
recuperação financeira
do município, mas
para os socialistas,
que votaram contra,
a gestão da maioria
tem sido «incapaz de
atrair investimentos,
empresas e pessoas»,
num concelho que
«continua a afastar-se
do desenvolvimento».
Álvaro Amaro presidiu pela
última vez à reunião do executivo
da Câmara da Guarda na segunda-
feira e despediu-se com a apro-
vação, por maioria, com os votos
contra dos socialistas, da Conta de
Gerência de 2018 do município.
O autarca suspendeu o mandato
esta quarta-feira, dia da entrega
da lista do PSD às europeias no
Tribunal Constitucional. Carlos
Chaves Monteiro é agora o pre-
sidente em exercício, enquanto
Cecília Amaro, atual adjunta do
presidente, assume funções de
vereadora.
No final da sessão, Álvaro
Amaro adiantou aos jornalistas
que esta saída antecipada – ini-
cialmente tinha previsto suspen-
der o mandato na reunião de 22
de abril – se deve a «imperativos
da lei», segundo a qual «logo que a
candidatura dê entrada no tribu-
nal estarei legalmente impedido
de desempenhar o cargo». Não
poderá, por isso, participar na
Assembleia Municipal de segun-
da-feira enquanto presidente da
Câmara, pelo que já solicitou à
presidente Cidália Valbom a pos-
sibilidade de intervir na sessão
«no período de antes da ordem do
dia ou no final», acrescentou. Para
o vereador do PS Eduardo Brito,
com a suspensão do mandato
de Álvaro Amaro, começará esta
quinta-feira «um ciclo político
novo» na Guarda. Mas em dia de
prestação de contas o ainda pre-
sidente admitiu que está «orgu-
Quem é
o novo
presidente
da Câmara
da Guarda AR
LM
Natural da Guarda, Carlos
Chaves Monteiro tem 50 anos,
é advogado, profissão que ex-
erceu de 1995 a 2013, ano em
que foi eleito para a Câmara
Municipal.
Foi aluno das duas esco-
las secundárias da cidade, a
Sé e Afonso de Albuquerque,
antes de se formar em Direito
pela Universidade Lusíada de
Lisboa. Foi formador, presi-
dente da direção da Associa-
ção Desportiva Futebol Clube
«Se o município continuar nesta tendência de consolidação financeira haverá condições no futuro para baixar tarifas (2007-2013) e vice-presidente
da água e saneamento em 10 por cento, bem como o IMI», afirmou Álvaro Amaro do Guarda Unida Desportiva
lhoso» dos números e da situação de euros, quando, em 2013, quando da Guarda atrair investimentos, (2011-2013). Integra a di-
financeira que deixa. chegámos, estava em situação de empresas e pessoas, demons- reção da Liga dos Amigos do
«A dívida da Câmara baixou pré-falência», sublinhou. trando que o concelho continua Hospital Sousa Martins desde
19 por cento relativamente a Álvaro Amaro recordou que a afastar-se do desenvolvimento». 2011 e é sócio fundador de
2017, ou seja 4,6 milhões de a recuperação financeira foi con- O eleito da oposição consi- uma sociedade de prestação
euros. Não contraímos emprés- sequência do «saneamento das dera mesmo «paradigmático» de serviços criada na Guarda
timos, não temos pagamentos contas, da negociação com os que tenha havido «apenas 23.790 em 1999. Eleito vereador para
em atraso e o prazo médio de credores e de uma gestão cri- pessoas registadas no Welcome a Câmara da Guarda em setem-
pagamentos é de 16 dias. No final teriosa, em que só fazíamos o Center, o que é curtíssimo, para bro de 2013, foi nomeado
de 2018 os fundos disponíveis que podíamos pagar. Também não dizer uma vergonha, para a ci- vice-presidente da autarquia
eram positivos, na ordem dos 6,4 introduzimos uma cultura nova dade». O socialista disse também por Álvaro Amaro, tendo per-
milhões de euros, e o saldo de na administração municipal, a não ter visto no documento «o re- manecido nessa função após
gerência atingiu os 7,1 milhões de de alcançar objetivos de gestão». sultado dos recursos financeiros a reeleição a 1 de outubro de
euros», enumerou Álvaro Amaro. Não sua opinião, se o município avultadíssimos gastos ao longo do 2017. É presidente da Câmara
O presidente destacou também continuar «nesta tendência de ano», constatando pelo contrário em exercício a partir desta
que o grau de execução da receita consolidação financeira haverá que «a cada dia que passa se vai quinta-feira, dia 11 de abril.
no ano transato foi de 97 por cento condições no futuro para baixar verificando que a Guarda se afasta Com a saída de Álvaro
e que na receita ficou-se pelos 81 tarifas da água e saneamento em a nível de desenvolvimento de Amaro e a promoção de Carlos
por cento. Já a dívida a terceiros 10 por cento, bem como o IMI». cidades vizinhas, como a Covilhã Chaves Monteiro a maioria
era de 19,8 milhões de euros a Menos otimistas mostraram-se os ou o Fundão». Eduardo Brito cri- PSD na autarquia tem uma
31 de dezembro de 2018 – era de dois vereadores do PS, que vota- ticou a maioria por ter feito «das nova vereadora. Trata-se de
42,7 milhões em 2013. «Deixo a ram contra o documento por não festas e do embelezamento das Cecília Amaro, que era desde
Câmara da Guarda com as contas se reverem nas opções da maioria. rotundas um modo de governação, 2013 adjunta do presiden-
em ordem e com uma capacidade Para Eduardo Brito, esta Conta de o que é muito curto para gerar te. Com 51 anos, possui um
de endividamento de 29,9 milhões Gerência traduz «a incapacidade investimento e captar empresas e bacharelato em Gestão de
pessoas». Cáustico, o vereador re- PME’s, foi coordenadora ex-
ecutiva do NERGA – Associa-
Pedro Fonseca diz que Câmara é «autista» cordou também que «a Câmara não
devolve IRS aos munícipes e depois ção Empresarial da Região
gasta dinheiro por duas vezes na da Guarda (2003 a 2013) e
Pedro Fonseca lamenta que a Câmara da Guarda estabeleça diretora/ coordenadora do
Rua do Comércio», sendo a Guarda
acordos com a Universidade da Beira Interior e a Faculdade de Le- Centro Novas Oportunidades
«a cidade com os maiores custos
tras da Universidade de Lisboa para colaboração científica nas mais do Nerga (2003-2012), entre
de contexto da região», em termos
diversas áreas e «não tenha nenhum protocolo do género com o IPG». outras funções. É presidente
de água e saneamento, de IMI e de
As duas parcerias foram aprovadas por unanimidade na da Junta da União de Freg-
taxas municipais: «Esta política tem
segunda-feira, mas o vereador socialista chamou a atenção para o uesias de Pousade e Albardo
que mudar», concluiu o socialista.
facto do município atribuir apenas «20 ou 30 mil euros para apoiar desde 2017, tendo sido se-
Na resposta, Álvaro Amaro consi-
o Instituto na captação de alunos, o que é muito pouco». Na sua cretária da respetiva Assem-
derou que a Guarda está no «radar
opinião, a autarquia deveria ter iniciado este tipo de acordos com bleia de Freguesia no mandato
do turismo e do investimento. Era
o Politécnico local porque «está na cidade, tem recursos técnicos anterior. Cecília Amaro tem
uma cidade apagada, hoje já não é
e científicos de qualidade que não são aproveitados». Para Pedro sido a diretora da Feira Farta
assim, mas sou o primeiro a dizer
Fonseca, esta opção é «mais um exemplo do autismo» da Câmara. (2015-2017).
que é preciso muito mais».
 Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • •5

Covilhã
Munícipes chamados a debater
estratégia de desenvolvimento
No âmbito das comemora-
ções dos 150 anos de elevação
a cidade, que acontecem no
próximo ano, a Covilhã propõe
Futuro da Dura
Automotive em
volvimento municipal», justifica
a Câmara em comunicado. Este
debate será feito através de um
inquérito com vista a um «levan-

risco com saída

uma reflexão sobre o futuro do tamento de ideias», no qual todos
município. podem participar independente-
Com a iniciativa “Covilhã mente de raça, género ou religião.
2030”, a autarquia apela à par- O inquérito virtual está disponível

ticipação dos munícipes e das or-
ganizações da comunidade para
que todos intervenham no debate
«que servirá de base para a elabo-
ração de uma estratégia de desen-
Legislativas
CDS-PP candidata Henrique Monteiro e
Assunção Vaz Patto na Guarda e Castelo
Branco
do maior cliente
através do link https://docs.
google.com/forms/d/1HxtaBci_
QQ_y54WJsQrEbGjXqFYWL-
2rcHwYKf1uS2B4/edit . Todo o
processo é confidencial.
Fim das encomendas da Boco, fornecedor da Mercedes, a 31 de
agosto e vai resultar no despedimento de cerca de 50 pessoas
e, na pior das hipóteses, no fecho da fábrica se não forem
encontradas alternativas para manter a produção
DR

Henrique Monteiro é o ca- 2011, deputado na Assembleia

beça de lista do CDS-PP pelo
círculo da Guarda nas próximas
legislativas. Em Castelo Branco,
a candidata vai ser Assunção Vaz
Patto.
Os nomes dos primeiros
candidatos foram propostos por
Assunção Cristas e aprovados no
Conselho Nacional do partido,
que reuniu na noite de sexta-feira
em Lisboa, por mais de 80 por
cento dos votos.
Professor do ensino básico,
Henrique Monteiro é líder da Dis-
trital centrista da Guarda desde
Municipal da cidade mais alta,
tendo sido candidato à presidên-
cia deste órgão nas autárquicas
de 2017 pelo movimento inde-
pendente “Guarda em Primeiro”.
Neurologista no Hospital
Sousa Martins, na Guarda, Assun-
ção Vaz Patto é professora auxiliar
do Departamento de Ciências
Médicas da Faculdade de Ciências
da Saúde da UBI e foi cabeça de
lista do CDS-PP à presidência da
Assembleia Municipal da Covilhã
nas últimas autárquicas, sendo
atualmente deputada municipal.

Gouveia
Vila Franca da Serra quer confecionar
o maior requeijão do mundo
Vila Franca da Serra (Gou-
veia) quer entrar para o “Livro
dos Recordes do Guiness” com o
maior requeijão do mundo com
leite de ovelha bordaleira da Serra
da Estrela.
O desafio está lançado e vai
ser concretizado este domingo.
Segundo Carlos Pacheco, presi-
dente da Junta de Freguesia, o
objetivo é confecionar um requei-
jão com 80 quilos, prevendo-se
utilizar cerca de 600 litros de leite
Ana Leal mostra “Olhares Sentidos”
na Guarda
Ana Leal inaugurou na sex-
ta-feira a exposição de pintura
“Olhares Sentidos”. A mostra
está patente na galeria de arte
do Paço da Cultura, do Museu
da Guarda, até 23 de maio. Ana
Teixeira Diniz, que assina as suas
obras com o nome artístico de
Ana Leal em homenagem à sua
mãe, nasceu na cidade mais alta
de ovelha. A iniciativa acontece no
âmbito do projeto “Vila Franca
da Serra - Aldeia Sustentável”,
promovido pela Junta de Fregue-
sia local, e conta com o apoio do
município de Gouveia. Durante o
dia haverá animação musical, uma
feira franca com venda de produtos
locais, uma oficina no forno comu-
nitário, um almoço da desmancha
do porco, estando prevista para as
15h30 a partilha e prova do “maior
requeijão do mundo”.
LM
em 1956, tendo-se graduado
em Arquitetura na ESBAL em
1980. A artista iniciou a sua
atividade profissional no ensino,
tendo mais tarde optado por
se dedicar exclusivamente à
arquitetura. Em 2003 arrancou
a sua jornada na pintura, tendo
exposto na Guarda pela primeira
vez em 2014.
Empresa de componentes para automóveis de Vila Cortês do Mondego emprega atualmente cerca de 160 pessoas
Luis Martins
A esperança já não mora na
Dura Automotive. A empresa
de componentes para automó-
veis sediada em Vila Cortês do
Mondego, na Guarda, vai sofrer
um rude golpe com a saída do
seu «maior e melhor cliente»
no final de agosto, o que poderá
pôr em risco a continuidade da
fábrica e se traduzirá no despe-
dimento de 50 trabalhadores.
A má notícia foi comunicada
aos cerca de 160 funcionários
na passada sexta-feira num
plenário promovido pela comis-
são de trabalhadores. «Fomos
informados que o principal
cliente, responsável por 50 por
cento da faturação da empresa
na Guarda, acaba a 31 de agosto.
E se não houver alterações cerca
de 40 a 50 pessoas irão para
o desemprego nessa altura»,
disse um dos funcionários, que
pediu para não ser identificado,
a O INTERIOR. «Perder este
cliente será o fim da Dura na
Guarda se a administração não
encontrar alternativas de peso
para manter a atual capacida-
de de produção», acrescenta a
mesma fonte, que lamenta que
esta situação não tenha sido
comunicada aos funcionários
pela administração. «Foi a co-
missão de trabalhadores que
revelou o que se está a passar,
os administradores não tiveram
coragem de nos confrontar com
a situação», refere o trabalhador.
Ao que O INTERIOR apurou,
o cliente em causa é a Boco, um
fornecedor da Mercedes, que foi
adquirida recentemente por um
grupo concorrente e que estará
agora a eliminar fornecedores
para assumir todas as enco-
mendas. «O futuro da Dura não
é nada animador e desta vez as
pessoas já não acreditam que
haja soluções e novas encomen-
das para evitar despedimentos
ou mesmo o fecho da fábrica.
Este desfecho nunca esteve
tão perto como agora», receia
o funcionário. A comissão de
trabalhadores vai realizar na
manhã de segunda-feira novo
plenário para fazer o ponto
da situação. Entretanto, esta
quarta-feira a administração
da empresa reuniu com o ainda
vice-presidente da Câmara da
Guarda, Carlos Chaves Monteiro.
Isto depois do assunto ter sido
abordado na última reunião do
executivo, realizada na segunda-
feira. «A ser verdade que pode
estar em causa o despedimento
de trabalhadores devido à des-
localização do maior cliente da
Dura, então isso deve preocupar
a AICEP e o Ministério da Econo-
mia», disse Álvaro Amaro.
Segundo o autarca, esta
reunião serviu para «analisar
as razões da saída para recupe-
rar a capacidade de atração»,
numa tarefa que deve mobilizar
«todos, autarquia, Governo, em-
presa e trabalhadores, porque
é preciso saber porque é que
Portugal está a deixar de ser
competitivo». Em novembro úl-
timo, a Dura Automotive já tinha
sido notícia pela não renovação
de contratos e saídas por mútuo
acordo de cerca de 40 trabalha-
dores, muito por culpa de uma
redução da produção devido
a um projeto que terminou. A
empresa é uma das mais antigas
a laborar na Guarda no setor
dos componentes e acessórios
para automóveis e está instalada
desde a década de 90 do século
passado nas instalações da an-
tiga FEMSA, em Vila Cortês do
Mondego.
6• • Quinta-feira • 11 de abril de 2019

S
Sociedade
Guarda
Exposição
de fotografia
“Cancro, a história
que nos une” no
Sousa Martins
O átrio do pavilhão da
consulta externa do Hospital
Sousa Martins, na Guarda,
tem patente até ao final do
mês uma exposição de fo-
tografia inserida no projeto
“Cancro, a história que nos
une”.
Trata-se de uma iniciati-
va do Fundo iMM - Laço, orga-
nismo que financia projetos
de investigação na área do
cancro da mama, em parceria
com o Blog Dia de Mudança,
da autoria de Gabriela Fonse-
ca. A campanha conta com a
«participação de doze doen-
tes oncológicas - Ana Bee, Ga-
briela Fonseca, Inês Ribeiro,
Isadora Lum, Isabel Arcanjo,
Margarete Santos, Margarida
Vale, Marta Machado, Marília
Pereira, Paula Patuxa, Sandra
Lucas e Sónia Leiriao -, todas
elas com histórias de vida di-
fíceis, mas que conseguiram
superar tornando-as mais
fortes».
Jovens da região
consomem mais álcool
do que a média nacional
Valores não refletem situação de emergência, mas devem ser pensadas ações
de educação social
DR
O consumo de bebidas
alcoólicas pelos jovens portu-
gueses é inferior aos valores
médios da Europa. Apesar dis-
so, a região das Beiras e Serra
da Estrela apresenta valores
ligeiramente superiores à mé-
dia nacional.
Quem o diz é o Rui Correia,
coordenador de Respostas
Integradas da Guarda, que re-
velou este facto no seminário
“Jovens e o Álcool – a vida por
entre escolhas”, que decorreu
na passada quarta-feira, no
auditório Dr. Lopo de Carvalho,
da Unidade Local de Saúde da
Guarda. O responsável afirma
que a «relevância cultural» das
bebidas alcoólicas é um dos fa-
tores que mais influencia este
comportamento juvenil: «O
álcool é uma substância de uso
milenar nas sociedades judai-
co-cristãs, sendo por isso algo
que faz parte da nossa cultura.
Não é de estranhar que esta «Os jovens estão informados e sabem o que é o álcool, mas têm expetativas pessoais e sociais muito positivas
relativamente ao seu consumo» afirma Rui Correia
seja a substância psicoativa de
eleição entre os adolescentes», co ou mais bebidas no espaço isso é muito importante, não só ol a partir dos 18. Para quem
justifica. Os dados relativos ao de duas horas). Rui Correia educar para reduzir o consumo, fiscaliza os estabelecimentos
consumo de bebidas alcoólicas adianta que «os jovens estão mas também para reduzir os é muito difícil perceber o que
entre os adolescentes revelam informados e sabem o que é danos a ele associados, como a está realmente a ser consumi-
que, apesar de nos últimos 12 o álcool, mas têm expetativas importância de se alimentarem do pelos menores», exemplifica
anos o consumo ter diminu- pessoais e sociais muito po- adequadamente e de repor os o coordenador de Respostas
ído, verifica-se uma procura sitivas relativamente ao seu níveis de açúcar, de forma a Integradas da Guarda. Con-
por bebidas mais fortes (be- consumo». Para o especialista, evitar situações mais graves», tudo, apesar dos números
bidas destiladas) em idades perante estes indicadores, é recomenda Rui Correia. regionais serem superiores à
mais precoces (a partir dos importante conjugar medidas Na sua opinião, a com- média nacional, o responsável
13 anos). «de pendor educativo e legal» ponente legal enfrenta uma afirma não existir razão para
Nesse sentido, há, con- para minimizar os riscos as- dualidade que dificulta a fis- alarmismos e chama a atenção
sequentemente, um maior sociados ao consumo desin- calização: «Os jovens estão au- para a construção de soluções
registo de situações de “binge formado de álcool. «Os jovens torizados a entrar em espaços ponderadas que «podem ser
drinking” (consumo excessivo estão em fase de descoberta, noturnos a partir dos 16 anos, bem pensadas, pois não há um
de álcool, onde se ingerem cin- de experimentar efeitos, por mas só podem consumir álco- alarme social».

Figueira de Castelo Rodrigo

Alunos do Agrupamento estagiam

em empresas nas férias da Páscoa
O Gabinete de Apoio Psi-
cológico do Agrupamento de
Escolas de Figueira de Castelo
Rodrigo está a realizar ativida-
des de orientação vocacional
diferentes do que é habitual nas
escolas.
Nestas férias da Páscoa os
alunos do 9º, 10º, 11º e 12º anos
estão a participar em estágios
de observação em empresas ou
entidades locais, no âmbito de
uma parceria com o projeto de
combate ao insucesso escolar
da empresa Tarefa Mágica, Lda.
A iniciativa destina-se a «con-
tribuir para a concretização da
igualdade de oportunidades,
para a promoção do sucesso
educativo e para a aproximação
entre a escola e o mercado de
trabalho, com vista a investir na
orientação vocacional e profis-
sional», adianta o Agrupamento
em comunicado. Trinta e seis
entidades locais foram desafia-
das a receber os alunos da escola
figueirense, tendo aceite 24.
A ação teve início esta se-
mana e prossegue na próxima,
sendo que as empresas partici-
pantes acolhem um ou dois alu-
nos (por dia) para que tenham
contacto com as diferentes áreas
laborais e saídas profissionais
locais e assim «facilitar a sua
orientação vocacional», acres-
centam os promotores. Ainda
neste âmbito, o Agrupamento
vai organizar a 24 de abril o
“Dia Aberto das Profissões” no
Pavilhão Desportivo de Figueira
de Castelo Rodrigo para que
os seus estudantes contactem
com várias empresas locais e
conheçam a oferta formativa de
algumas instituições de ensino
profissional e superior.
 Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • •7

IPG tem um peso de 36

milhões no PIB do concelho
Estudo revela que o
Instituto Politécnico
da Guarda tem um
impacto significativo
na economia
do concelho,
rentabilizando o
investimento público
de que beneficia.
O PIB regional, no caso do
concelho da Guarda, é estimado
em cerca de 787 milhões de
euros, valor no qual o IPG tem
um peso de 4,5 por cento, o
equivalente a aproximadamente
36 milhões de euros. Os dados
constam do mais recente es-
tudo levado a cabo pelo CCISP
(Conselho Coordenador dos In-
stitutos Superiores Politécnicos)
que avalia o impacto económico
dos Politécnicos na região onde
se inserem. No documento é
também referido que cada euro
de investimento público no
IPG gera um nível de atividade
económica de 3,19 euros, con-
firmando o retorno positivo do
investimento nesta instituição.
O principal factor respon-
sável por este impacto económi-
co, de acordo com o estudo
do CCISP, «decorre dos gastos
efetuados pelos estudantes na
Joaquim Brigas diz que impacto
do IPG na economia da região
Cada euro de investimento público no IPG gera um nível de atividade económica de 3,19 euros, de acordo
com o estudo da CCISP
aquisição de bens e serviços (in-
cluindo o alojamento)», que rep-
resentam uma média de 80 por
cento do impacto directo total.
Já a segunda fonte de impacto
«mais relevante» prende-se com
os gastos relacionados com os
docentes, correspondendo, em
média, a cerca de 13 por cento
do impacto direto. Os gastos
feitos pelos funcionários surgem
em último lugar e, no caso da
Guarda, têm um impacto direto
total de 6 por cento. De modo
geral, a relação entre o número
de estudantes da instituição e
o impacto directo na economia
local é linear crescente. Isto sig-
nifica que «por cada estudante
adicional há um impacto direto
anual de cerca de 6.850 euros
na economia local», conclui o
estudo.
Os dados revelam também
que o IPG possui 229 docentes,
153 funcionários e 3.038 estu-
AR
compreendido entre 2010 e
2012, quando o PIB regional
da Guarda decresceu, acom-
panhando a redução de investi-
mento no IPG. A partir de 2013
constata-se um crescimento
positivo do PIB do muncípio,
coincidente com a estabilização
do financiamento público, que
se situa agora na ordem dos 11,2
milhões de euros.
Além dos dados relativos
à atividade económica, é feito
um balanço entre as situações
das instituições localizadas
entre o litoral e o interior,
que salienta as diferenças na
densidade populacional, (sig-
nificativamente mais baixa nas
regiões do interior do pais).
Os níveis de analfabetismo e
envelhecimento são também
superiores nas regiões do
interior. Os dados revelam
igualmente que, apesar de
existir esta dicotomia entre o
litoral e o interior do país, o
indicador relativo ao poder de
compra não segue a mesma
linha, existindo concelhos do
interior que apresentam um
nível de poder de compra su-
perior à média nacional (e con-
celhos do litoral que possuem
um nível inferior). A relação
entre o efeito de exportação e a
população residente é também
um elemento de relevância
para as instituições, com maior
expressão no interior do país.
«Verifica-se que os Institutos
Politécnicos do interior tendem
a apresentar um efeito de ex-
portação mais elevado do que
os situados na zona litoral do
país», refere o estudo do CCISP.
«Este facto é um indicador da
relevância daqueles Institutos
Politécnicos para a região onde
estão inseridos, pois contribuem
para atração de jovens para
regiões mais despovoadas e en-
velhecidas, levando, porventura,
sua fixação nessas regiões», sub-
linha o Conselho Coordenador.

«fica demonstrado» dantes (número superior aos

Institutos de Beja, Portalegre e
PUB

Tomar). O Politécnico guardense

A relevância positiva do IPG na economia regional está rela- tem também a quarta maior per-
cionada com «a diversificação da oferta formativa e a captação centagem de doutorados entre EDITAL
de estudantes em novos mercados», trabalho que tem vindo a os politécnicos do país (55 por ZIF n.º 193 – CABEÇO SAÍDO
ser desenvolvido pelo IPG, afirma o presidente da instituição. cento), facto salientado no refer- Processo n.º304/16-ICNF, aprovada por despacho do Vice-Presidente do Conselho Diretivo do INCF
Joaquim Brigas defende que «a inserção regional dos es- ido estudo como indicador do a 28 de março de 2018 ratificado por deliberação do mesmo conselho diretivo de 6 de abril de 2018.
tudantes e diplomados [do IPG] é resultado da proximidade «esforço que estas instituições Para efeito do disposto no art.º 33.º do Decreto-Lei n.º 127/2005, de 5 de agosto, na sua redação atual,
vem a Entidade Gestora da Zona de Intervenção Florestal do Cabeço Saído informar todos os proprietários
aos desafios socioeconómicos das Beiras e Serra da Estrela, o têm feito ao longo dos últimos e/ou produtores florestais abrangidos pela área territorial da ZIF (freguesias de Tamanhos, União de
que aumenta a sua participação em mercados de trabalho mais anos para melhorar significati- freguesias de Vilares e Carnicães, União de freguesias de Freches e Torres, União de freguesias de Vila
competitivos». No que respeita à fixação dos estudantes do IPG vamente a qualificação do seu Franca das Naves e Feital, União de freguesias de Trancoso (S. Pedro e Santa Maria) e Souto Maior
e União de freguesias de Vale do Seixo e Vila Garcia), que se encontra em aprovação o seu Plano de
no mercado de trabalho regional, o responsável refere que «mais corpo docente, apesar de todos Gestão Florestal (PGF).
do que restringir a fixação de jovens à sua região de influência, os constrangimentos». O peso As fases de aprovação do PGF são as apresentadas no Quadro seguinte:
tem demonstrado um enraizamento no tecido económico e social dos funcionários do IPG no total PLANO DE GESTÃO FLORESTAL DA ZIF DO CABEÇO SAÍDO
das regiões de acolhimento, o que se torna também determinante da população do concelho da Tipo de ação Destinatários Local da ação Morada Data e hora
para o desenvolvimento e coesão territorial de Portugal». E o Guarda é de 4 por cento, sendo Reunião de apresentação Proprietários 18/04/2019
presidente do Politécnico salienta as parcerias estabelecidas com que a instituição criou um total do PGF e produtores Às 16h
empresas e Câmaras Municipais, medidas que já foram aplicadas de 1.164 postos de trabalho.
Período de consulta florestais
Sede Alto da Broca
De 22/04/2019
pública do PGF abrangidos pela Rua da a 11/05/2019
e estão a ser desenvolvidas. No que respeita à evolução área territorial – Associação
Reunião para apreciação Escola n.º12 13/05/2019
Na sua opinião, o impacto económico do IPG na região «fica da ZIF de Produtores
do PIB do município foi apu- da Versão final do PGF Florestais
Vilares 14h30
demonstrado» com este estudo, mas há ainda aspectos que podem rada uma relação entre o seu Assembleia-geral de
13/05/2019
ser melhorados. crescimento e o financiamento aderentes para aprovação Aderentes da ZIF
15h30
O aumento do impacto positivo do IPG pode ser aumentado, da versão final do PGF
público dos Institutos Politéc-
se for aumentada a oferta de alojamento disponível para os nicos: «Verifica-se uma evolução Para expor qualquer sugestão ou observação deve faze-lo por escrito dirigindo-se às instalações da
estudantes, de acordo com Joaquim Brigas: «As residências são semelhante em termos do finan- Alto da Broca – Associação de Produtores Florestais.
a única forma de captar mais alunos, já que as outras vertentes ciamento aos Institutos Politéc- Vilares, 10 de abril de 2019
(de ensino e formação) estão já bastante desenvolvidas. O alo- nicos, quando comparada com a
jamento é uma questão primordial», sublinha. Relativamente à evolução do PIB local», conclui o A Entidade Gestora
conversão da Pousada da Juventude em residência de estudantes, documento. Este facto observa-
o dirigente adianta não haver mais desenvolvimentos e não sabe se mais claramente durante o
ainda quando o IPG tomará posse do edifício. período de crise económica, O Interior, nº 1005 de 11/04/2019
8• • Quinta-feira • 11 de abril de 2019
Turismo
Casas do Côro, H2otel, Casa de São
Lourenço e Vallecula distinguidos
pelo Guia “Boa Cama Boa Mesa”
As Casas do Côro, de Paulo
Romão em Marialva (Mêda), fo-
ram distinguidas pela primeira
vez com a “Chave de Platina” nos
Prémios Guia “Boa Cama Boa
Mesa” 2019.
Trata-se do galardão máxi-
mo atribuído anualmente pelos
críticos e profissionais desta
publicação do grupo Impresa,
proprietário do semanário “Ex-
presso” e da SIC, entre outros
títulos. Os prémios foram entre-
gues na segunda-feira na sede
da empresa, em Paço d’Arcos
(Oeiras), numa cerimónia em que
foram divulgados os 61 vencedo-
res das categorias “Boa Cama” e
“Boa Mesa”, que distinguem os
melhores espaços hoteleiros e de
restauração do país. A “Chave de
Ouro” foi novamente atribuída ao
H2otel Congress & Medical Spa,
em Unhais da Serra (Covilhã),
do Grupo IMB Hotels, enquanto
a recém-inaugurada Casa de São
Lourenço – Burel Panorama Ho-
tel (Manteigas), do grupo Burel
IPG
Pós-graduação em Organização e Gestão
Hospitalar no próximo ano
O Instituto Politécnico da
Guarda (IPG) vai lecionar no
próximo ano letivo uma pós-grad-
uação em Organização e Gestão
Hospitalar para «formar líderes
que possam gerir de forma efici-
ente os hospitais portugueses».
Para Joaquim Brigas, presi-
dente do IPG, com este curso a
instituição está «a posicionar-
se para dar mais formação de
alto nível a quadros da Saúde»,
constatando que, «para além
de enfermeiros especialistas,
faltam gestores nas unidades de
saúde». O responsável sublinha,
em comunicado, que o Politéc-
nico guardense tem «as com-
petências e um corpo docente
muito capacitado para contri-
buir para a qualificação e para a
especialização desta e de outras
profissões do setor». Joaquim
Brigas acrescenta que a nova
Restaurante “Vallecula”, em Valhelhas (Guarda), conseguiu o “Garfo de Prata” pelo segundo ano consecutivo
Mountain Hotels, obteve a “Chave
de Prata”. É a primeira vez que a
unidade que resultou da requali-
AR
pós-graduação, que irá evoluir
para mestrado, destina-se aos
profissionais que trabalham ou
querem trabalhar nas unidades
públicas ou privadas do setor da
Saúde, «venham eles das áreas
clínicas, ou de outras, como a
Administração, a Gestão ou o
Direito». O presidente do Insti-
tuto acrescenta que «é muito
importante para o IPG, especial-
mente para a Escola Superior de
Saúde, continuar a apostar na
formação – e na especialização
de grande qualidade – nas áreas
emergentes da Saúde».
O anúncio da criação desta
pós-graduação foi feito na sexta-
feira, no encerramento da pós-
licenciatura de Especialização em
Enfermagem Médico-Cirúrgica,
que confere aos finalistas habilita-
ções para requererem o título de
enfermeiro especialista à Ordem.
ficação da antiga Pousada de São
Lourenço consegue este galardão.
Nos restaurantes, o “Valle-
Mêda
Associações de Pessoas com Diabetes
em congresso
Esta sexta-feira e sábado
realiza-se na Casa Municipal
da Cultura da Mêda o Con-
gresso Nacional das Associa-
ções de Pessoas com Diabetes,
organizado pela Federação
Portuguesa do setor e pela
Associação de Diabéticos do
Distrito da Guarda.
O encontro incide sobre
várias problemáticas em tor-
no da diabetes, como “A dia-
betes em Portugal: Presente
e Futuro”, “O Associativismo
na diabetes e as redes comu-
Saúde
Rastreios de cancro da mama em Aguiar
da Beira, Mêda e Foz Côa
O Núcleo Regional do Cen-
tro da Liga Portuguesa Contra
o Cancro está a realizar na
Mêda um rastreio de cancro
da mama junto das utentes
do centro de saúde local com
idade compreendida entre os
50 e 69 anos.
A Unidade Móvel de Ma-
mografia Digital está estacio-
nada junto da unidade até esta
sexta-feira. Já em Aguiar da
DR
cula”, de Luís e Fernanda Castro,
em Valhelhas (Guarda), voltou a
ser o único distinguido na região
nitárias em saúde” e “A voz
do trabalho associativo”, que
serão discutidas por profis-
sionais de saúde durante o
primeiro dia. Estarão pre-
sentes várias associações
de apoio à doença, nome-
adamente a Associação de
Diabéticos da Zona Centro
(ADZC), a Associação de Di-
abéticos da Região Autóno-
ma da Madeira (ADRAM), a
Associação Diabético Feira
(ADF), Giro HC – Associação
de Pessoas com Diabetes do
Beira o rastreio teve início na
quarta-feira e prolonga-se até
inícios de maio, estando o veí-
culo estacionado no Centro de
Saúde local. Os exames podem
ser feitos em horário de expe-
diente, exceto às sextas-feiras,
quando terminam às 16h30. A
partir de 15 de abril, o Núcleo
Regional da Liga estará no Cen-
tro de Saúde de Vila Nova de
Foz Côa para mais um rastreio,
e conseguiu o “Garfo de Prata”
pelo segundo ano consecutivo.
Até 2018 o estabelecimento ti-
nha colecionado quatro “Garfos
de Ouro”. Inalterado mantém-se
o reconhecimento atribuído ao
H2otel, que consegue a “Chave de
Ouro” há sete anos consecutivos,
enquanto a unidade de turismo
de charme de Marialva subiu de
nível e conquistou pela primeira
vez a “Chave de Platina”. Até aqui,
as Casas do Côro tinham somado
dez “Chaves de Ouro”.
Destaque também para
o “Aquariu’s”, na Guarda, que
voltou a ser classificado como
“restaurante recomendado”
pelo Guia “Boa Cama Boa Mesa”.
A publicação conta com uma
equipa de jornalistas especia-
lizados no sector que percorre-
ram Portugal continental e ilhas
com o objetivo de comprovar
quais as melhores ofertas gas-
tronómicas e de alojamento. A
edição de 2019 estará à venda
a partir deste fim de semana.
Distrito de Viseu, Associação
de Diabéticos de São Miguel
e Santa Maria (ADSMSM).
Estas entidades irão debater
o tema “A diabetes pelas mãos
das associações, que futuro?”,
numa mesa redonda durante
o segundo dia do evento.
Em simultâneo decorrem
vários workshops e ações de
avaliação do risco da doença,
integrados na Feira de As-
sociações. O congresso tem
entrada gratuita e está aberto
a toda a comunidade.
que decorre até maio nos mes-
mos horários. Segundo a Liga,
o exame mamográfico deve ser
repetido de dois em dois anos
de forma a garantir uma pre-
venção eficaz. Para marcações
ou informações adicionais,
deve contactar-se o Centro
de Coordenação do Rastreio
através do telefone 239 487
495/6 ou do e-mailrcmama.
nrc@ligacontracancro.pt.

PS já está a
«construir a
alternativa» ao
PSD na Guarda
Concelhia quer o partido a trabalhar e a
ouvir a sociedade civil para apresentar
soluções diferentes e conseguir recuperar
a Câmara em 2021
«Há menos pessoas, menos empresas e menos atividade económica
no concelho», disse Agostinho Gonçalves
Luis Martins
O PS começou a construir uma
«alternativa» ao PSD na Guarda
com a criação de oito grupos seto-
riais de trabalho que vão «ouvir a
sociedade e com ela produzir solu-
ções e propostas que influenciem»
o programa eleitoral a apresentar
nas autárquicas de 2021.
Agostinho Gonçalves, líder da
concelhia, revelou na sexta-feira os
nomes dos seus coordenadores:
Manuel Santos (Agricultura, Flores-
ta e Ambiente), Conceição Santos
(Ação Social), Hugo de Carvalho
(Gestão, Administração Autárqui-
ca), Tatiana Fonseca (Educação),
Joaquim Carreira (Planeamento
e Urbanismo), Rui Pedro Ribeiro
(Economia, Emprego e Inovação),
Nélia Faria (Saúde) e João Almeida
Santos (Cultura, Património e Tu-
rismo). Com esta iniciativa, batiza-
da de “Ouvir a Guarda. Influenciar o
país”, o dirigente quer pôr o partido
a trabalhar para «aparecer com
capacidade de disputar as próximas
autárquicas e conseguir uma vitó-
ria». Até lá, cada área vai elaborar
um diagnóstico do que está mal no
concelho e apresentar «soluções,
alternativas e propostas», adiantou
o presidente da concelhia.
«Precisávamos de acordar o
partido. O PS tem um caminho a
percorrer de afirmação perante a
sociedade guardense, é vital que
conquiste a cidade e as suas gen-
tes e só o conseguiremos tendo a
ponderação necessária para ouvir
todos com atenção», considerou o
também deputado municipal. Ain-
da com os erros do passado bem
Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • •9
Jerónimo de Sousa
quer saber «onde
anda o Movimento
pelo Interior»
Líder do PCP participou na Covilhã no encerramento da XIª
Assembleia da Organização Regional de Castelo Branco do partido
DR
LM
«Os centros do grande capital e seus seguidores não perdoam ao PCP por termos viabilizado a “geringonça”»,
afirmou Jerónimo de Sousa
presentes, Agostinho Gonçalves O secretário-geral do PCP, Organização Regional de Castelo tentarem mostrar «inexistentes
sublinhou que «é essencial ouvir Jerónimo de Sousa, afirmou no Branco do partido. Sem detalhar diferenças». A falar num con-
para decidir bem e tem que haver sábado que o partido está a ser as acusações a que se referia, celho do interior, Jerónimo de
preparação, pois as coisas não alvo de uma campanha de ódio Jerónimo de Sousa atribuiu res- Sousa também não esqueceu
podem ser feitas em cima da hora, e difamação por ter estragado a ponsabilidades dessa campanha os problemas da região e reite-
sem serem pensadas e fundamen- «festa» e viabilizado uma nova «aos centros do grande capital e rou o compromisso do PCP na
tadas». Para o socialista, este não é solução política, a “geringonça”. seus seguidores, que não perdo- luta pela sua resolução, tendo
um «governo municipal sombra» e «Por isso mesmo, este ódio, am ao PCP por termos estragado questionado a falta de notícias
muito menos uma resposta à sec- estes ajustes de contas, as infâ- a festa – eu diria o festim – com recentes do Movimento pelo
ção local do PSD, que também criou mias, a mentira, a manipulação a que se preparavam para acabar Interior, liderado por Álvaro
grupos de trabalho. «Em 2021 o que o nosso partido está sujeito com o resto durante estes quatro Amaro. «Onde é que anda esse
PS estará preparado para disputar têm a ver com esta causa funda: anos que passaram». Movimento pelo Interior, que
as autárquicas e para as ganhar», estragámos-lhe a festa e com- Ao longo da sua intervenção fez tanto barulho, tanta coisa
garantiu o presidente da concelhia. prometemos as suas ambições e o secretário-geral comunista e que, de repente desapareceu,
Já a saída de Álvaro Amaro os seus interesses. Pois, fazem de distribuiu ainda várias críticas com o chamado processo de des-
pode ser uma oportunidade facto uma campanha muito forte, por PSD, CDS e PS, tendo recor- centralização de PS/PSD. Será
para o ressurgimento do partido mas, camaradas, não nos intimi- dado os momentos e as políticas que desapareceram por causa
na Guarda: «Este abandono da dam», declarou o líder comunista em que estes partidos «estão do frio ou por causa da posição
Câmara torna a discussão polí- na Covilhã, na sessão de encer- unidos e bem unidos», apesar do PS e PSD?», ironizou o líder
tica diferente porque o PSD era ramento da XIª Assembleia da das «guerras de palavras» para comunista.
nos últimos tempos um partido
PUB
altamente centrado em Álvaro
Amaro, portanto este é um pro-
blema dos sociais-democratas e
de Carlos Chaves Monteiro, que
terá que prestar contas em 2021,
altura em que perceberemos se
aquilo que apresentaram para a
Guarda era ilusão ou realidade»,
afirmou o líder concelhio socialis-
ta. Pela sua parte, o diagnóstico já
esta feito. «A cidade perdeu nos
últimos seis anos 6 por cento dos
seus habitantes. O número de
nascimentos no concelho baixou
em 15 por cento. O número de
sociedades constituídas diminuiu
em 10 por cento e o de sociedades
dissolvidas aumentou em 40 por
cento. O programa de governo
local da maioria PSD caminha
para o esgotamento, as suas
medidas não estão a mobilizar a
economia», sintetizou Agostinho
Gonçalves.
10 • • Quinta-feira • 11 de abril de 2019

PUB Incêndios

Fundo Recomeçar dá
82.205 euros para ações
em Seia e Pinhel
Quatro ações apresentadas por au-
DR

tarquias e uma IPSS do distrito da Guarda

vão partilhar um apoio global de 82.205
euros do Fundo Recomeçar, gerido pela
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
(SCML).
Este programa destina-se a financiar
a «reconstrução de infraestruturas, aqui-
sição de equipamentos e desenvolvimen-
to de projetos de atividades, em benefício
da respetiva economia e da população,
nas zonas afetadas pelos incêndios ocor-
ridos entre 15 e 16 de outubro de 2017»,
recordam os promotores. Com ações
candidatadas à Medida 1 – Ambiente do
Fundo Recomeçar, a Junta de Freguesia
de Paranhos da Beira (Seia) recebeu 16
mil euros e a Junta da União de Freguesias
de Tourais e Lajes, também no concelho
de Seia, teve direito a 8.769 euros. Mais
significativas são as verbas atribuídas
ao Centro Social Cultural e Recreativo do
Lamegal (Pinhel), que garantiu um apoio
de 37.202 euros, enquanto a Câmara de
Seia obteve 24.234 euros.
Segundo a SCML, este fundo é cons-
tituído pelas receitas dos resultados
líquidos da exploração dos jogos sociais
do Estado, atribuídos à Misericórdia,
vendidos na semana de 16 a 24 de de-
zembro de 2017, representando um valor
de 4.464.812 euros, tendo sido apoiados
dezenas de projetos sobretudo na região
Centro e Norte do país.

Pesca
Sabugal recebe Nacional de pesca à truta
O rio Côa, no Sabugal, recebe no fim Federação Portuguesa de Pesca Desporti-
de semana a terceira prova do Campeo- va, com o apoio do município, e decorre
nato Nacional de Pesca à Truta, com isco em zona de pesca sem morte, sendo as
artificial. A competição é organizada pela trutas restituídas à água.
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Visitantes
das Aldeias
Históricas
ficam um a
dois dias
Primeiras conclusões do projeto PlowDeR, que
mede o impacto económico e social das atividades
realizadas, foram apresentadas na semana passada
em Linhares da Beira
O património histórico e cultural é a maior motivação dos turistas que visitam
as Aldeias Históricas
O orçamento médio de cada visitante
das 12 Aldeias Históricas de Portugal é de
546,95 euros e, em média, estes turistas
ficam alojados entre um a dois dias, visi-
tando, em média, três aldeias.
Estas são algumas das conclusões do
projeto PlowDeR, desenvolvido pela asso-
ciação das Aldeias Históricas de Portugal,
Universidade de Aveiro, Instituto Politéc-
nico da Guarda e Turismo do Centro. Os
resultados foram apresentados no passa-
do dia 3, em Linhares da Beira (Celorico
da Beira). O objetivo é medir o impacto
económico e social das atividades gera-
doras de riqueza nos territórios de baixa
densidade. O estudo conclui também,
entre outros pontos, que os alojamentos
mais procurados pelos turistas são os
existentes no espaço rural e que a maior
motivação dos visitantes «relaciona-se
com o património histórico e cultural
do concelho, seguida do contacto com a
natureza e com a ruralidade».
O PlowDeR inquiriu igualmente os
residentes, cuja maioria «está satisfeita
ou muito satisfeita com o impacto do
turismo na sua aldeia, bem como com
a associação à marca Aldeias Históricas
de Portugal». Os habitantes assumem
ainda «sentir orgulho» em pertencer
Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • • 11
PUB
DR
à comunidade e cultura locais e costu-
mam participar no desenvolvimento
de eventos turísticos na sua aldeia,
segundo o documento. Este projeto-
piloto, realizado durante 18 meses e
coordenado por Carlos Santos, focou-
se, maioritariamente, é «um ponto de
partida para dar resposta efetiva à ma-
nutenção de um sistema de indicadores
que permita analisar o impacto social
e económico da atividade turística nos
territórios de baixa densidade», adiantam
os promotores desta análise.
No âmbito do projeto foi desen-
volvida uma plataforma tecnológica,
denominada ILDA - Indicators for Low
Density Areas, para permitir a recolha
e a gestão dos dados obtidos. A rede
de Aldeias Históricas considera que o
PlowDeR é «absolutamente pioneiro,
uma vez que foi criado com o objetivo
de dar resposta às lacunas na recolha de
informação estatística nos territórios de
baixa densidade - em especial à falta de
dados qualitativos». O seu presidente,
António Robalo, também autarca do
Sabugal, afirma que é «uma mais-valia»
para a rede e «para quem trabalha pro-
cessos de diferenciação dos territórios,
particularmente no turismo».
12 • • Quinta-feira • 11 de abril de 2019
Gouveia
Apresentado projeto que promove
cidadania ambiental dos jovens
“Ecocidadania” é o nome do
projecto promovido pelo Gru-
po Aprender em Festa (GAF),
sediado em Gouveia, e dirigido
a crianças e jovens entre os 6 e
os 20 anos.
A iniciativa, apresentada
na sexta-feira no auditório da
Biblioteca Municipal Vergílio
Ferreira, tem o objectivo de
«capacitar crianças e jovens
para a cidadania ativa, parti-
cipação e intervenção, a nível
local, em matéria do ambiente,
biodiversidade e desenvolvi-
mento sustentável», de acordo
com a organização, e pretende
ainda mobilizar as familías e
Almeida
José Paulo Esperança é vice-presidente
da FCT
O almeidense José Paulo
Esperança, professor cate-
drático de Finanças do ISCTE,
é o novo vice-presidente da
Fundação para a Ciência e a
Tecnologia (FCT).
A composição do conselho
diretivo, presidido por Helena
Pereira, foi aprovada em Con-
selho de Ministros na quinta-
feira e integra ainda os vogais
Fundão
Jovens experimentam robótica no “Ignite
Your Future”
Cerca de 150 jovens de todo
o país participam na próxima
semana, no Fundão, no “Ignite
Your Future” para contactar com
a robótica, a informática e outras
tecnologias de informação.
A iniciativa, que vai já na
quarta edição, termina dia 18 e
dirige-se essencialmente a estu-
dantes do 9º ao 12º ano de es-
colaridade que «tenham gosto,
apetência e vontade de adquirir
competências no domínio das
novas tecnologias, nomeada-
mente informática e robótica»,
adianta a organização, a cargo
da Altran Portugal, município
do Fundão, UBI e Associação de
Fornos de Algodres
Autarquia distribui 2 mil sacos
reutilizáveis de pão
A Câmara de Fornos de
Algodres distribuiu, na semana
passada, dois mil sacos de teci-
do para transporte de pão nos
estabelecimentos e indústrias
de panificação locais.
A iniciativa faz parte da
campanha “STOP ao Uso do
Plástico” desenvolvida pela au-
tarquia, no âmbito da estratégia
ambiental do município e que é
apoiada pelo Fundo Ambiental.
À semelhança da iniciativa já
comunidade na preservação
do ambiente. Para tal, serão
programadas atividades forma-
tivas, saídas de campo, oficinas
e ações de sensibilização. A
“Ecocidadania” foi selecionada
pelo Programa Cidadãos Ativos,
que é parte integrante da EEA
Grants (financiado pela Islândia,
Liechtenstein e Noruega) e é
gerido por um consórcio entre a
Fundação Calouste Gulbenkian,
em Lisboa, e a Fundação Bissaya
Barreto, em Coimbra. O projecto
vai ser desenvolvido até feve-
reiro de 2021 e dispõe de um
financiamento global de aproxi-
madamente 108 mil euros.
Nuno Rodrigues e Maria Emília
Moura. José Paulo Esperança
é também diretor do ISCTE
Business School desde 2015 e
foi fundador e presidente do
AUDAX (Centro de Apoio ao
Empreendedorismo e Empresas
Familiares) de 2005 a 2015 e da
Building Global Innovators (ace-
leradora de “startups” de base
tecnológica) entre 2010 e 2015.
Desenvolvimento da Gardunha
21. Do programa desta semana
constam competições tecnoló-
gicas, momentos de lazer, ações
de “team building”, conferên-
cias, contactos com a realidade
empresarial e universitária,
desporto e aventura. «Na géne-
se do “Ignite Your Future” está
a intenção de dar a conhecer
esta região, as suas intenções,
empresas e pessoas aos jovens
que, a curto prazo, irão tomar
opções decisivas quanto ao seu
futuro profissional, seja na esco-
lha da área de estudo no ensino
secundário ou na escolha do cur-
so superior», refere da autarquia.
concretizada na Guarda, no
início de março, o objetivo desta
ação em Fornos de Algodres é
sensibilizar a população para o
uso de sacos reutilizáveis de for-
ma a reduzir o recurso a sacos de
plástico. De acordo com o muni-
cípio, esta ação, «além de ajudar a
economia local dos profissionais,
está claramente a caminhar para
uma Economia mais Circular,
contribuindo para a reutilização
e a valorização dos materiais».
Resistência e The
Gift nas festas
de Belmonte
Este ano a autarquia decidiu doar a receita das bilheteiras dos
três dias de espetáculos para o corpo de bombeiros local
Presidente António Dias Rocha salientou a relevância cultural do evento
O programa das Festas do
Concelho de Belmonte, agen-
dadas de 24 a 27 de abril, foi
apresentado na sexta-feira em
conferência de imprensa, onde o
presidente da Câmara sublinhou
que, «apesar de não se viverem
tempos fáceis, queremos pro-
porcionar às gentes do concelho
uns bons dias de lazer e também
atrair populações vizinhas».
António Dias Rocha anun-
ciou que a receita das bilheteiras
vai reverter inteiramente para o
corpo de bombeiros local para
que possam «investir em mais
meios de combate aos incêndios
e tornar a sua intervenção mais
segura». Este ano o programa
tem início com as atuações de
Virgílio Faleiro, artista natural
do concelho, e Toy, que inau-
guram as festas a 24 de abril.
No dia seguinte comemora-se a
Revolução dos Cravos com atu-
Vila Nova de Foz Côa
Côa Parque liga-se a instituições de ensino superior
A Fundação Côa Parque as-
sinou um protocolo de coopera-
ção com a Universidade de Porto
para promover a investigação
no território do Vale do Côa. A
parceria vai estender-se a outras
instituições de ensino superior.
«Este acordo vem consagrar
uma colaboração que, de uma
maneira informal, se vinha a
desenvolver nas duas últimas
décadas entre vários docentes e
investigadores da Faculdade de
Letras da Universidade do Porto e
ações das coletividades locais e
cerimónias alusivas à efeméride,
estando ainda programado o
tradicional fogo de artifício pi-
romusical, no Largo do Castelo.
A noite termina com do DJ set de
Giga Deejay. O feriado municipal
celebra-se a 26 de abril com uma
sessão solene nos Paços do Con-
celho, onde serão distinguidas
personalidades e instituições.
O edil adiantou que os homena-
geados já estão escolhidos, mas
escusou-se a revelar, «para já»,
os nomes.
No mesmo dia será atri-
buído o Prémio Pedro Álvares
Cabral aos melhores alunos do
concelho e vai atuar o grupo
vencedores do concurso de
bandas. Os The Sleepwalkers
farão a primeira parte do con-
certo dos The Gift, antes da DJ
Rita Mendes. No dia 27 sobem
ao palco a banda Cata-Vento,
o Parque Arqueológico do Vale do
Côa», adianta o presidente da Côa
Parque. Segundo Bruno Navarro,
o objetivo é organizar reuniões
científicas sobre arte rupestre,
publicar estudos e promover a
investigação científica pós-gradu-
ada sobre a Arte do Côa ou sobre
a realidade arqueológica do Côa.
Um protocolo similar já tinha sido
assinado em dezembro de 2018
com a Faculdade de Letras da Uni-
versidade de Lisboa, prevendo-se
para breve a assinatura de outro
SC
os Resistência e DJ Seco, da
Covilhã, e no dia seguinte as
comemorações chegam ao fim
com caminhadas e o lançamen-
to do livro “A Torre de Centum
Cellas”, de Jorge Alarcão e José
Luís Madeira. Segundo António
Dias Rocha, as festas terão uma
componente ecológica, já que
serão utilizados copos de plás-
tico reutilizáveis para reduzir
o impacto ambiental do evento.
Estes copos estarão à venda
nos bares das coletividades e
serão os únicos permitidos.
«As Festas do Concelho são um
dos eventos mais relevantes do
município, dão um importante
contributo às associações par-
ticipantes e dinamizam o terri-
tório pela atração de visitantes»,
sublinhou o edil belmontense. O
bilhete diário custa 2 euros, en-
quanto o geral, que inclui o copo
reutilizável, custará 5 euros.
com a Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra. Este
mês será também divulgado
pela Fundação para a Ciência e
Tecnologia a abertura da con-
vocatória temática “Vale do Coa
International Research Award”,
um prémio internacional no
montante global de 2,5 milhões
de euros para financiamento de
projetos de investigação científica
que contribuam para aprofun-
dar a valorização científica do
património do Vale do Coa.

Música
Orquestra Académica Filarmónica
Portuguesa estreia na Guarda
A Orquestra Académica Fi-
larmónica Portuguesa, sediada
na Guarda, tem estreia marca-
da para a próxima quarta-feira
no grande auditório (21h30)
do TMG.
O projeto é dirigido pelo
maestro Osvaldo Ferreira e
tem como principal missão
a formação dos jovens mais
talentosos do país na sua ativi-
dade orquestral, mas também
estimulá-los a desenvolver
novos projetos e criações artís-
ticas. Neste primeiro concerto
serão interpretadas as obras
“In Memoriam”, da composi-
tora Ana Ataíde Magalhães; o
Concerto para violoncelo de
Edward Elgar e a Sinfonia n° 2
de Johannes Brahms. A orques-
tra vai atuar sob a direção do
maestro Tobias Gossmann e
Gouveia
Rogério Charraz no Teatro Cine
A digressão “KM 4.0” de
Rogério Charraz passa pelo
Teatro Cine de Gouveia no
sábado (21h30).
O músico editou em ou-
tubro passado o seu quarto
álbum e o primeiro gravado
ao vivo, intitulado “Rogério
Charraz 4.0”, que assinala os
40 anos do cantautor. Rogério
Charraz decidiu celebrar este
aniversário com uma viagem
musical pelo passado, pre-
sente e futuro da sua carreira,
escolhendo quatro temas de
cada um dos trabalhos disco-
gráficos anteriores (“A Chave”,
“Espelho” e “Não tenhas medo
do escuro”). Juntou-lhes mais
quatro músicas originais iné-
ditas (duas delas reeditam a
parceria com o letrista e jor-
nalista José Fialho Gouveia)
e gravou tudo no Cinema São
Jorge com quatro convidados
muito especiais: o fadista Ri-
Covilhã
Concerto “Mano a Mano” abre Festival Y
Começa esta sexta-feira a
15ª edição do Festival Y - Festi-
val de Artes Performativas, que
decorre até 14 de dezembro na
Covilhã (auditório Teatro das
Beiras) e em Castelo Branco
(Cine Teatro Avenida).
O cartaz inclui concertos,
teatro, dança, circo contempo-
râneo, uma criação comunitá-
ria, oficinas, encontros com
artistas e publicações. Este
ano o Y arranca com o jazz da
dupla de guitarristas Bruno e
André Santos, que vai atuar
amanhã (21h30) no auditório
do Teatro das Beiras. Segue-se
a dança contemporânea com
Dinis Machado no dia 18. Até
terá como solista o violonce-
lista russo Pavel Gomziakov. A
criação desta orquestra resulta
de um protocolo entre o muni-
cípio da Guarda e a Orquestra
Filarmónica Portuguesa, que
prevê um apoio financeiro
anual de 70 mil euros da autar-
quia e instalação da orquestra
no TMG.
O acordo insere-se no qua-
dro estratégico da candidatura
da Guarda a Capital Europeia
da Cultura 2027. Além deste
concerto, os músicos vão par-
ticipar em duas residências
artísticas a realizar nas férias
da Páscoa e no Verão, na Guar-
da, sob a direção do maestro
Osvaldo Ferreira. Depois da ci-
dade mais alta, a Orquestra vai
atuar em Viseu, Porto, Lisboa e
Salamanca (Espanha).
DR
cardo Ribeiro, o pianista Júlio
Resende, Jorge Benvinda, a voz
dos Virgem Suta, e o cantador
alentejano António Caixei-
ro. Nesta digressão, Rogério
Charraz apresenta-se com a
sua banda Os Irrevogáveis e
promete apresentar mais te-
mas inéditos e novas versões
do repertório passado. O can-
tautor estreou-se discografica-
mente em 2012 com o álbum
“A Chave”.
dezembro estão programados
espetáculos de Fernando Mota
(27 e 29 de abril), Companhia
Caótica (14 de maio) e o teatro
de marionetas Erva Daninha (8
de junho). Graeme Pulleyn e
Fernando Giestas (14 e 15 de
outubro), Cláudia Dias (25 de
outubro), Paula Diogo (30 de
outubro) e Lavoisier (12 de de-
zembro) são outros destaques
do Festival Y. A 16 de novembro
será estreada uma criação ar-
tística comunitária. O evento é
organizado pela Quarta Parede
e financiado pela Direção-Geral
das Artes, Câmaras da Covilhã e
de Castelo Branco e ADC - Águas
da Covilhã.
Peter Hook recorda Joy Division
e New Order no TMG
O concerto de sábado na Guarda é um dos três agendados para Portugal
O tão esperado – e esgotado
– concerto de Peter Hook, baix-
ista dos míticos Joy Division e
New Order, acontece no sábado
(21h30) no TMG, palco de um
dos três espetáculos do britânico
em Portugal.
Atualmente com 62 anos,
Peter Hook é considerado um dos
elementos centrais na estética
e composição musical dos Joy
Belmonte
Timor e Açores em destaque nos Colóquios da Lusofonia
A 31º edição do evento cul-
tural que junta sessões científi-
cas, recitais, poesia, exposições e
concertos começa na sexta-feira
e prolonga-se até segunda-feira.
A iniciativa, que comemora
nesta edição os 20 anos do ref-
erendo que deu a independência
a Timor-Leste, é organizada pela
Associação Internacional dos
Colóquios da Lusofonia (AICL),
com o patrocínio da Empresa
Municipal de Promoção e De-
senvolvimento Social de Bel-
monte (EMPDS) e vai contar
com 80 participantes. Entre
Teatro
“Una Donna Sola”
na Guarda
O Teatro das Beiras apre-
senta “Una Donna Sola”, de Dario
Fo e Franca Rame, no TMG esta
quinta-feira (21h30).
É 101ª produção do grupo
covilhanense e tem encenação de
Luís Vicente e interpretação de
Antónia Terrinha. Em cena, uma
mulher cumpre a rotina diária de
passar ferro até que outra mulher
se instala no prédio em frente, num
apartamento até então desabitado.
«Começa então entre elas uma con-
versa (na verdade, um solilóquio)
na qual, sob múltiplos aspetos, se
evidencia a relação homem/mul-
her, hoje como no passado, uma
questão de antropofagia», adianta
a produção. A peça teve estreia a
27 de setembro de 2018.
Quinta-feira • 11 de abril de 2019 •
DR
Division e dos New Order, com
um estilo de tocar baixo muito
original e distintivo (o chamado
“kooky style”). Em 2010, o músi-
co formou os The Light e com
esta banda tem corrido mundo
a tocar o seminal repertório
daqueles grupos icónicos da
música independente britânica.
Esta passagem pela Guarda é uma
oportunidade única para ouvir ao
eles estarão Ximenes Belo e
Ramos Horta, ambos vence-
dores do Prémio Nobel da Paz
em 1996. Este ano o autor
homenageado é Eduíno de
Jesus, decano dos escritores
açorianos. Estarão também
presentes o aclamado escritor
timorense Luís Cardoso de No-
ronha e o médico José Bárbara
Branco, que, em conjunto com
Rui Brito da Fonseca, irá abor-
dar a questão do património
arquitetónico de origem portu-
guesa presente em Timor.
Na música, a cantora timo-
Música
Orquestra Sem Fronteiras atua
no Sabugal
A Orquestra Sem Fron-
teiras estreia no sábado
(21h30), no auditório mu-
nicipal do Sabugal, o seu inova-
dor projeto de “orquestra de
bolso” que vai interpretar um
repertório dedicado ao com-
positor checo Antonín Dvorák
(1841-1904).
Sedeada em Idanha-a-
Nova e dirigida pelo maestro
Martim Sousa Tavares, esta
formação pretende ser um
contributo para a fixação do
talento jovem no interior e
quer ser também uma refer-
ência no contexto ibérico,
desde logo porque surge na
• 13
vivo temas como “Love will Tear
Us Apart”, “Shes Lost Control” ou
“Transmission” dos Joy Division
e “True Faith”, “Blue Monday”
ou “Bizarre Love Triange” dos
New Order.
Os Joy Division são a mais
importante e influente banda
pós-punk da história. Entre 1976
e 1980, o grupo liderado por Ian
Curtis revolucionou o rock com
apenas dois álbuns: “Unknown
Pleasures” (1979) e “Closer”
(1980). Estes discos e alguns
singles, como o imortal “Love
will tear us apart”, bastaram
para solidificar um percurso
musical criativo e original, e após
o suicídio do carismático Ian
Curtis, os Joy Division depressa
se transformaram num mito e
numa das grandes bandas de
culto das últimas décadas. Os
restantes membros originais
formaram os não menos influen-
tes New Order, com uma direção
musical diferente e mais ligada
à pop eletrónica, abrindo novas
portas estéticas no seio deste
género musical.
rense Piki Pereira será acom-
panhada de Mintó Deus e Al-
fredo Azinheira, vencedor do
prémio da Canção em 1989 com
o grupo Nevada. Presente estará
também a maestrina e pia-
nista Ana Paula Andrade, bem
como dez autores açorianos
contemporâneos. O programa
do evento inclui ainda sessões
sobre judaísmo, a assinatura de
convénios entre a Sinagoga, o
Museu de Ponta Delgada e o Mu-
seu Judaico de Belmonte, além
de exposições, recitais, palestras
e sessões gratuitas.
zona raiana e é formado por
músicos dos dois lados da
fronteira. São 102 instrumen-
tistas, com idades compreen-
didas entre os 14 e 20 anos,
oriundos dos Conservatórios
existentes no eixo que vai de
Bragança a Beja, bem como das
regiões espanholas de Zamora
a Olivença. No domingo, a
“orquestra de bolso” vai atuar
na Rapoula do Côa (Igreja Ma-
triz – 11h30), Alfaiates (Igreja
Matriz – 14h30), Aldeia Velha
(Igreja Matriz – 16h00) e Soito
(Salão Paroquial – 17h30).
Os espetáculos têm entrada
gratuita.
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 Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • • 15

Estoril põe fim à invencibilidade

do Sp. Covilhã no Santos Pinto
Serranos somaram segunda derrota consecutiva, a primeira em casa nos últimos cinco meses, após início
exemplar da segunda volta da IIª Liga
O Estoril regressou às vitó-
rias no domingo e a “vítima” foi o
Sp. Covilhã, que perdeu no Santos
Pinto por 2-1 na 28ª jornada da II
Liga. Foi a segunda derrota conse-
cutiva dos serranos e a primeira
em casa nos últimos cinco meses.
O jogo nem começou mal
para os locais, que entraram mui-
to dinâmicos e ofensivos, crian-
do desequilíbrios perante um
conjunto visitante recuado e na
expetativa de aproveitar os con-
tra-ataques. Logo aos 7’, Adriano
acertou no poste naquele que
foi o primeiro aviso do Covilhã,
mas o Estoril reagiu e no minuto
seguinte Yan testou a atenção de
Vítor São Bento. Aos 20’, os locais
adiantaram-se no marcador, num
lance em que Kukula recuperou a
bola, avançou pela esquerda até à
linha final e cruzou para a direita,
tendo Adriano recebido de costas
para a baliza e, num remate à
meia-volta, surpreendeu Thierry,
perante a apatia da defensiva “ca-
narinha”. A equipa da Linha não
baixou os braços e empatou aos
41’, num livre muito contestado
pelos covilhanenses. Furlan rema-
tou forte, a bola passou pelo meio
da barreira e não deu hipóteses a
São Bento.
No segundo tempo, os esto-
rilistas entraram pressionantes,
a empurrar os “leões da serra”
para o seu meio-campo e bene-
ficiaram de várias bolas paradas.
Covilhanenses não foram capazes de contrariar um candidato à subida
O golo da vitória surgiu aos 62’,
por Roberto, após passe certei-
ro de Yan. Foi então a vez dos
serranos correrem atrás do pre-
juízo, tendo beneficiado de três
ocasiões flagrantes para marcar.
Mas a finalização voltou a falhar.
Primeiro foi Deivison que, na pe-
quena área, cabeceou ao lado do
poste, depois Jaime, num remate
forte de muito longe, viu Thierry
negar-lhe o golo. Já em cima dos
90’, Zé Pedro tentou o “chapéu”
ao adiantado guardião visitante
e a bola saiu por cima da baliza.
Com esta derrota o Sp. Covilhã
desceu um lugar na classificação,
para o 8º, com 37 pontos, e no
Filipe Pinto - Foto Académica
domingo viaja até Arouca para
defrontar o atual 11º da IIª Liga,
com 34 pontos.
Ficha de Jogo
Árbitro: João Bento (AF Santarém)
Árbitros assistentes: Carlos Covão e
Hugo Ribeiro
E. Santos Pinto,
Covilhã
Sp. Covilhã.................. 1
Vítor São Bento, Tiago Moreira, Jaime,
Rafael Vieira, Henrique Gomes, Gil-
berto, Guilherme Rodrigues (Deivison,
70’), Mica Silva, Adriano (Zé Pedro,
85’), Diego Medeiros (Bonani, 83’) e
Kukula
Treinador: Filó
Estoril-Praia............... 2
Thierry, Góis, Diakhité, João Pedro,
Furlan, Gonçalo, Filipe Soares (Patrão,
72’), Sandro Lima (Belima, 79’), Yan
Cícero (87’), Gorré e Roberto
Treinador: Bruno Baltazar
Golos: Adriano (20’), Furlan (41’) e
Roberto (62’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para
Diakhité (9’), Filipe Soares (22’), Thi-
erry (81’), Gonçalo (92’) e Henrique
Gomes (93’).
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Ciclismo
Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela
arranca sexta-feira
O quarto Grande Prémio
Internacional Beiras e Serra da
Estrela vai para a estrada esta
sexta-feira com 529 quilómetros
repartidos em três etapas muito
exigentes.
Amanhã, a primeira tirada
de 155 quilómetros liga Vilar
Formoso a Pinhel e no sábado
o pelotão terá pela frente 197
quilómetros entre Manteigas e
Fundão, com muita montanha e
passagem pela Guarda prevista
para cerca das 13 horas. A prova
organizada pela Associação de
Municípios da Cova da Beira
(AMCB) termina no domingo
após 177 quilómetros, com a
ligação Celorico da Beira-Covil-
hã que inclui a subida à Torre.
Estão inscritas 18 equipas de
várias nacionalidades, algumas
das quais do World Tour e todas
as principais portuguesas. A
W52-FC Porto, a Israel Cycling
Academy e a norte-americana
Rally UHC, todas do escalão con-
tinental profissional (segunda
divisão), serão as formações
de proa.
Mas as oito equipas con-
tinentais portuguesas (Rádio
Popular-Boavista, LA-Alumínios,
Miranda-Mortágua, Efapel, Olivei-
rense-Inoutbuild, Vito-Feirense,
Aviludo-Louletano e Sporting-
Tavira) prometem imiscuir-se
na luta pelas diferentes clas-
sificações individuais e coleti-
vas. Do mesmo escalão alinham
também a EvoPro (Irlanda), VIB
Sports (Barhein), Monkey Town
(Holanda), Amore & Vita-Prodir
(Letónia), Hurom (Polónia), Massi
Vivo (Paraguai) e Lokosphinx
(Rússia), que conquistou a edição
anterior com Dmitry Strakhov. O
Grande Prémio Beiras e Serra da
Estrela está classificado com a
categoria 2.1 da União Ciclista
Internacional (UCI), a mesma
atribuída à Volta a Portugal.
16 • • Quinta-feira • 11 de abril de 2019 Publicidade

Ambiente e Transição Energética

Direção-Geral de Energia e Geologia
António Gil Advogado
Tel. / Fax 271 238 344
Rua do Campo, 5 – 1º Dto - 6300-672 Guarda
Rua do Campo, 5 – 1º Dto --6300-672 Guarda
Lic. Nº 2890 – AMI
Lic. Nº 2890 – AMI
Aviso R. Dr. Lopo de Carvalho, 30-2º • 6300-700 Guarda
Telefone: 271211730 967543140 www.predialdaguarda.pt
Telefone: 271211730 - 964126775 www.predialdaguarda.pt Faz-se público, nos termos e para efeitos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º antonio.gil-5388C@adv.oa.pt
88/90, de 16 de março, que a Fortescue Metals Group Exploration Pty Ltd., requereu
VENDE a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro,
ID:1220 V3 Guarda Vivenda isolada, no centro de aldeia, arrumos….. ..27.000€ prata, chumbo, zinco cobre, lítio, tungsténio, estanho e outros depósitos minerais
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ferrosos e minerais metálicos associados, numa área denominada “Calvo”, localizado
ID:0999 Escritório Guarda Centro Com 34m² , 2 salas,1 wc……..… ...40.000€
D:1003 T2 Guarda Bem localizado,1 wc, sala e um grande terraço……45.000€
nos concelhos de Almeida, Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo, delimitada pela
poligonal cujos vértices, se indicam seguidamente, em coordenadas no sistema
ID:1158BT4Centro Bem localizado, necessitar obras de remodelação...52.000€
ID:1235 V2 Centro Sala e coz. comum,2 quartos, anexos, logradouro. .55.000€ PT-TM06/ETRS89: Tribunal Judicial da Comarca da Guarda
ID:1252 T2 Centro Lareira na sala, roupeiros, sótão,lugar de garagem .70.000€ Área total do pedido: 375,202 Km2 Juízo de Competência Genérica de Celorico da Beira
ID:1158 T4 Centro Todo remodelado, 2 wc´s, lavandaria, 4quartos. …..80.000€ Vértice X (m) Y (m) Palácio da Justiça - Praça da República
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ID:0971 T3 Centro Remodelado, roupeiros, sótão, lugar de garagem....95.000€ 2 109793 119920 Telef.: 271747490 • Fax: 271090249 • Mail: cbeira.judicial@tribunais.org.pt
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5 111111 118142 Processo: 27/19.9T8CLB Acompanhamento de Maior Referência: 26816352
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ID:1000 V4 Isolada C/4 quartos, 2 wc´s, adega, garagem, quintal… …115.000€ 7 111461 116411 Requerente: Ministério Público
ID:1239 T3 Guarda Aquec. central a lenha e a gás, sótão, garagem …125.000€ 8 111588 115586 Requerido: Luís Carlos dos Santos Cabral
ID:0956B V4 Guarda C/4 quartos, sótão habitável, garagem, quintal. ..150.000€ 9 112148 114399
ID:0000 V5 Guarda Coz. c/ lavandaria, garagem, sótão, logradouro....150.000€ 10 91015 114110 Faz-se saber que foi distribuído neste tribunal, o processo de Acompanhamento de Maior
ID:0220 Vivenda Isolada Dividida em três fracções T2, logradouro…. 160.000€
11 89675 123871 em que é requerido Luís Carlos dos Santos Cabral, nascido em 16-06-1979, filho de
ID:1236 V5 Guarda Sala e coz. comum c/ lareira,garagem p/2 carros. 185.000€
12 96409 131280 António dos Santos Cabral e de Maria de Lurdes Osório dos Santos Cabral, nacional
ID:1230 V4 Guarda Painéis solares,3wc´s, garagem,sótão,logradouro240.000€
13 94563 134518 de Portugal, com domicílio: Rua da Costa, N.º 24, Lageosa do Mondego, 6300-522
ID:1251 V4 Quinta C/ 3ha, várias arvores de fruto, toda murada… …..245.000€
14 111809 134760 Celorico da Beira, com vista à determinação de medidas adequadas a aplicação do
ARRENDA 15 111826 133604 regime da representação geral e da administração total dos bens.
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IID:0972B Loja Guarda Com 2 salas, recepção,2 wc´s, bem localizada…...225€ 18 110095 130842
ID:1238 T2 Pinhel Coz. c/ lareira, 2 quartos, 1wc, garagem, logradouro… .250€ O Oficial de Justiça,
19 110254 128429
ID:0017 T2 Guarda Totalmente mobilado e equipado, 1 wc, varanda….…..260€ Carlos Lopes
20 110794 127301
ID:0653 Escritório Centro Todo remodelado, sala ampla c/varanda,1 wc. .275€ O Interior, nº 1005 de 11/04/2019
ID:1212C T3 Guarda Coz. c/lareira, 3 quartos,1 wc´s, sótão, terraço…. ... ..300€
21 110809 126270
ID:1095 T3 Guarda Coz. c/ lareira, 3 quartos, 2wc´s, roupeiros embutidos. 310€ 22 110413 125142
ID:1005B T3 Guarda Coz. c/marquise, 3 quartos,2 wc´s, sótão e garagem .330€ 23 110175 124126 SUPERDOURO - União das Adegas Cooperativas do Douro Superior,
ID:0000 T2 Centro Lareira na sala, roupeiro,2wc´s, garagem individual…..340€ 24 110048 123507 UCRL
2
IID:1240C Loja Guarda Loja para comércio c/ 163 m , 2 wc´s, 2 salas ..….350€ 25 110159 122888
CONVOCATÓRIA PARA ASSEMBlEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
IID:1069 Loja Guarda Licença p/ comércio, 2 pisos, escritório,4 wc´s….. ...400€ 26 110048 122063
IID:0969 Café Bar Com boa localização, totalmente equipado, 2 wc´s….....450€ Área de Exclusão Nos termos do disposto no art. 23º/3 e 25º dos Estatutos da SUPERDOURO - União
27 101478 121481 das Adegas Cooperativas do Douro Superior, UCRL, convoca-se a Assembleia Geral
28 100117 122201 Extraordinária para reunir no próximo dia 23/04/2019 pelas 10:30h , na sua sede
29 98676 119761 social sita na no lugar do Vale da Teja, freguesia de Horta, concelho de Vila Nova de
30 99957 119140 foz Côa, com a seguinte,
Atendendo ao Decreto-Lei n.º 88/90, de 16 de março, convidam-se todos os ORDEM DE TRABALHOS
interessados, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação do presente, a Ponto 1 - Apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas do exercício de 2018.
apresentar por escrito: Ponto 2 - Deliberar sobre autorização da venda do estabelecimento industrial de
a) Ao abrigo do n.º 1 do artigo 6.º, reclamações fundamentadas. engarrafamento e armazenamento de vinhos, com o respectivo mobiliário e imobiliário,
b) Ao abrigo do n.º 1 e do n.º 3 do artigo 5.º, propostas contratuais. pelo valor de € 3.000.000,00 (três milhões de euros), à sociedade comercial Vicente
O pedido está patente para consulta, dentro das horas de expediente, na Direção de Faria - Vinhos - Lda., NIPC 504909738, com sede na Rua de 5. Gonçalo de Mosteiró,
Serviços de Minas e Pedreiras da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita na Av.ª 5 74, Mosteiró, Vila do Conde, nos termos melhor descriminados na proposta de venda
de Outubro, n.º 208 (Ed. Santa Maria), 1069-203 LISBOA, entidade para quem devem anexa à presente convocatória e que dela faz parte integrante - Anexo I;
ser remetidas as reclamações. Ponto 3 - Deliberar sobre a concessão à Direcção, nas pessoas do seu Presidente
O presente aviso, planta de localização e a publicitação do pedido estão também António César Valente Figueiredo, o representante da Adega Cooperativa da Teja
disponíveis na página eletrónica desta Direção-Geral. Fernando Augusto Borges Alonso e o representante da Adega Cooperativa de Trevões
Fernando Alhais Caulino e Santos, de mandato para praticar todos os actos destinados
20 de fevereiro de 2019 - A Subdiretora-Geral, Cristina Lourenço. à efectivação da deliberação anterior, praticando todos os actos necessários para
O Interior, nº 1005 de 11/04/2019 o dito efeito, designadamente, outorgar contrato -promessa, outorgar escrituras
públicas, contratos, anexos, memorandos e demais documentos, bem como, junto
de qualquer organismo público requerer e solicitar tudo o que necessário se mostrar
Empresa de transportes admite: para o referido fim;
COMERCIAL Ponto 4 - Deliberar sobre a aprovação da minuta das Ordens de Trabalho das
Assembleias Gerais das Cooperativas que integram esta UCRL, a serem realizadas
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Tribunal Judicial da Comarca da Guarda e destinadas a darem a competente autorização para a venda melhor identificada no
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nas condições que vierem a ser negociadas e aprovadas pela Direcção da União,
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Data: 01-04-2019 princípios para que foi criada, ou seja, ao serviço dos Agricultores e Cooperativas
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Requerente: Ministério Público do Douro Superior;
• Trabalho a partir de casa; Requerido: Hugo Nobre da Graça Ponto 6 - Outros assuntos do interesse da União.
Enviar Curriculum Vitae para Apartado 196, 6300-909 GUARDA Faz-se saber que foi distribuído neste tribunal, o processo de Acompanhamento Nos termos do disposto no art. 26º/2 dos Estatutos, se à hora marcada não estiverem
de Maior em que é requerido Hugo Nobre da Graça, com domicílio: Avenida presentes mais de metade das cooperativas agrupadas com direito a voto ou seus
da Corredoura, N.º1, 6300-326 Celorico da Beira, com vista à determinação de representantes devidamente credenciados, a Assembleia reunirá, com qualquer número
Filipe Pinto medidas adequadas. de cooperativas agrupadas, uma hora depois.
Fotojornalista A Juiz de Direito, Vale da Teja, 05 de Abril de 2019
Maria Beatriz de Castro Tavares Monteiro Pacheco
O Oficial de Justiça,
Rua Combatentes da Grande Guerra, nº41 • 6200-076 COVILHÃ Avelino Santos
Telef. 275 336 805 • Telem. 919 487 978 • Telem. 964 196 950 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
E-mail: filipepintofoto@sapo.pt • fotoacademica@hotmail.com O Interior, nº 1005 de 11/04/2019 O Interior, nº 1005 de 11/04/2019

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Numerário denuncie a desistência por meio de comunicação escrita com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

Futebol distrital
Figueirense fez a festa com
vitória expressiva sobre o Fornos
Com o título da Iª Divisão
entregue e o campeonato a
caminhar para o fim jogou-se
no domingo a 23ª jornada cujo
destaque foi a vitória por 1-0 do
Manteigas em Aguiar da Beira.
Com este resultado, os co-
mandados de Roberto Cleto
regressaram ao segundo lugar
da prova, com 47 pontos, em
troca com os aguiarenses, no-
vamente terceiros com menos
dois pontos. A três jornadas do
fim está tudo em aberto para
apurar o terceiro representante
da AF Guarda na próxima edição
da Taça de Portugal. Com futuro
já definido está o campeão em tí-
tulo Figueirense, que no sábado
derrotou o Fornos de Algodres
(8º classificado) por 5-0 no jogo
da consagração no municipal de
Figueira de Castelo Rodrigo. Já
no domingo registo para a vitó-
ria do Vila Cortês do Mondego
(4º) no Soito (12º) por 3-0 e do
Karate
Clubes da Guarda com mais de 50 medalhas
no Torneio Nacional JSKA
Mais de 240 karatecas de
todo o país participaram no do-
mingo, na Guarda, no 19º Torneio
Nacional da Japan Shotokan Kara-
te Association Portugal, organiza-
do em parceria com a Academia
Egitaniense de Karate Shotokan
(AEKS) com o apoio do município.
A União de Karate Shotokan
das Beiras (USKB) competiu
com 40 atletas e conquistou 43
medalhas, correspondentes a
15 primeiros lugares (campeões
JSKA), 13 segundos e 15 tercei-
ros lugares. Do Centro de Karate
Duatlo
António Barata é campeão nacional de sprint
António Barata (Benfica)
juntou no domingo o título nacio-
nal de duatlo sprint (estrada) de
sub-23 ao de duatlo cross obtido
na semana anterior.
Em Torres Vedras, o triatleta
do Fundão cumpriu os cinco
Vilanovenses (9º) por 3-1 no
terreno do Sp. Celoricense (6º).
Nos outros jogos, o Trancoso
(5º) também ganhou fora, por 5-4,
na visita ao Estrela de Almeida
(14º e último) e o São Romão
(10º) ganhou 1-0 na receção ao
Sp. Vilar Formoso (11º). Por últi-
mo, o Gouveia (7º) recebeu e der-
rotou o Sp. Sabugal (13º) por 4-0.
Este domingo estão agendados os
encontros Manteigas-Figueirense,
Vilar Formoso-Aguiar da Beira,
Sabugal-Vila Cortês, Celoricense-
Soito, Trancoso-Gouveia, Vilano-
venses-São Romão e Fornos de
Algodres-Estrela Almeida.
Líder Foz Côa “esmaga”
Casal de Cinza na IIª
Divisão
Na IIª Divisão disputou-se
a 16ª e antepenúltima jornada,
que ficou marcada pelos 24
golos registados nos quatro
de Celorico da Beira subiram ao
lugar mais alto do pódio Alexan-
dra Veloso em kata e kumite,
Érica Marques em kumite, Inês
Almeida em kata e Mariana
Veloso em kumite. Do Centro
de Artes Marciais da Guarda
sobressaíram Pedro Pereira em
kata e Mafalda Félix em kumite,
enquanto o Centro Bushido da
Guarda obteve seis primeiros lu-
gares por José Barreiros (kata e
kumite), João Fernandes (kata),
Miguel Fernandes (kumite), Ma-
riana Frutuoso (kata e kumite) e
quilómetros de corrida, 19 de
ciclismo e mais 2,5 de corrida em
55m26s, terminando em nono
lugar da geral e em primeiro no
seu escalão. Com este resultado,
António Barata terminou a época
da modalidade na oitava posição
DR
jogos realizados.
O líder Foz Côa manteve
o Vila Franca das Naves (2º) à
distância de dois pontos após
cilindrar em casa o “lanterna
vermelha” Casal de Cinza (9º)
por 8-1. Já os vilafranquenses
receberam e venceram o Freixo
de Numão (3º) por 4-2. A duas
jornadas do fim, Foz Côa e Vila
Franca têm garantido o regresso
à Iª Divisão. Por sua vez, o Pala
(6º) veio à Guarda derrotar
a Desportiva (7º) por 4-1 e o
Nespereira (4º) foi ganhar 3-1
a Paços da Serra (5º). Folgou a
ADC Castelos (8º). Este domin-
go, os dois primeiros jogam no
concelho de Pinhel, com o Foz
Côa a deslocar-se ao campo da
ADC Castelos e o Vila Franca
a visitar o Pala. Os restantes
jogos da penúltima jornada são
Nespereira-Guarda Desportiva
e Casal Cinza-Paços da Serra,
folgará o Freixo de Numão.
Diogo Brás (kata e kumite).
Outras vencedoras desta
jornada foram Isabel Candeias,
Íris Rocha, Andreia Correia e Vera
Silva (todas do Karate Shotokan
da Guarda) em kata. Gonçalo
Guerra, Íris Fonseca, Rita Mor-
gado e Rui Jerónimo (todos da
AEKS) também ganharam os seus
escalões, enquanto Diogo Grilo
(Núcleo de Karate Shotokan de
Pinhel) venceu em kata e kumite e
Sandra Ribeiro (Karate Shotokan
de Trancoso) conquistou um pri-
meiro lugar em kata.
do ranking nacional absoluto e
prepara-se agora para competir
no Triatlo, onde pretende mel-
horar os resultados de 2018 na
vertente cross e ajudar o Benfica
na Taça de Portugal e no Campe-
onato Nacional de Clubes.
Quinta-feira • 11 de abril de 2019 •
Atletismo
Alexandre Venâncio domina “Cerejeiras
em Flor”
Alexandre Venâncio (CA
Seia) venceu no domingo
Grande Prémio de Atletismo
“Cerejeiras em Flor”, orga-
nizado pelo Grupo Convívio
e Amizade nas Donas, com o
apoio do município do Fundão.
O atleta dominou a corrida
principal em masculinos, ten-
do cortado a meta em 33m38s,
enquanto o segundo clas-
sificado, Bruno Reis (Estrela
Campo de Aviação), termi-
nou com o tempo de 36m02s.
Tiago Fonseca (GCA Donas)
foi terceiro em 36m21s. Em
femininos, a vencedora foi
Sara Meirinho (Estrela Campo
de Aviação) com o tempo de
44m10s, menos 1m20s que a
segunda, Carla Pereira (indi-
vidual), tendo Dalila Romão
(Casa do Benfica de Castelo
Montanha
Regresso de João Fonseca selado
com vitória na Rampa da Penha
O covilhanense João Fon-
seca assinalou o regresso ao
Campeonato de Portugal de
Montanha com uma vitória na
Rampa da Penha (Guimarães),
disputada no domingo.
Ao volante do Silver Car
EF10, patrocinado pelo Sp.
Covilhã, o piloto dominou uma
prova, que já venceu por três
vezes, marcada por condições
climatéricas difíceis. João Fon-
seca iniciou assim da melhor
forma a luta pelo segundo título
de campeão nacional da mo-
dalidade, depois de ter conquis-
Atletismo
Rafaela Aleixo convocada para estágios
nacionais
Rafaela Aleixo (CA Seia) é a
única atleta da região convocada
para estágios nacionais da Fed-
eração Portuguesa de Atletismo.
Acompanhada da treina-
dora Andreia Nicolau, a jovem
guardense participou no úl-
timo fim de semana na concen-
tração nacional de lançamen-
tos, que decorreu em Almada e
no Jamor. A campeão nacional
• 17
Branco) fechado o pódio com
a marca 46m41s. Nos restan-
tes escalões, Romana Lopes e
João Cardoso (ambos da ADC
Proença-a-Nova) venceram em
benjamins; Francisca Sá (Leões
da Floresta) e Tiago Queirós
(Penta Clube da Covilhã) gan-
haram em infantis, e Matilde
Marcelino e Tiago Sucena
(ambos do GCA Donas) foram
os primeiros nos iniciados.
Sara Amaral e Frederico
Mendes (ambos do GCA Do-
nas) foram os mais rápidos
em juvenis, enquanto Daniela
Barata e Joel Sardinha, também
do clube organizador, vence-
ram a corrida dos juniores.
Nos veteranos, destaque para
a vitória da guardense Ana
Moreira (Clube de Montanismo
da Guarda) em Vet35.
DR
tado o campeonato em 2015.
«Precisávamos de acumular
quilómetros sem cometer erros
e foi isso que conseguimos, em
condições muito difíceis não
só devido à chuva e ao traçado
estreito, mas também porque
a rampa estava muito suja e
traiçoeira. É uma vitória que
nos deixa ainda mais motivados
para lutar pelo título», declarou
o covilhanense no final da pro-
va. O Campeonato prossegue
na Rampa Internacional da
Falperra (Braga), entre 10 e
12 de maio.
de sub-18 de lançamento do
dardo está desde quarta-feira
em Pombal para participar no
estágio nacional de juvenis
e no domingo regressa ao
Jamor para o estágio nacio-
nal de lançamento do dardo.
Segundo a federação, estes
treinos servem para preparar a
época de Verão e as principais
competições internacionais.
18 • • Quinta-feira • 11 de abril de 2019

crónica
Júlio Sarmento *
POLÍTICA
Jorge Noutel
crónicaPOLÍTICA
Maquiavel e A ética, a pobreza, a mentira e o sol
o Príncipe! Ao fim de discursos mais ou menos inflamados, com a ética
a ser chamada à ribalta politiqueira como se resultasse apenas do
impunidade dos poderosos, em que imperasse a imagem de uma
classe política genuinamente prestadora de serviço público, ser-se
facto dos cidadãos portugueses serem mais exigentes, ficou-se a conjugue ou filho de ministro não teria a importância que agora tem.
São muitos os valores,
saber que todos os partidos, mas mesmo todos os que têm assento Mas nós não vivemos num país desses. Um estudo recente
legados da nossa tradição oci-
parlamentar, têm um vasto currículo no que respeita a todo o tipo de revelou o que todos já suspeitávamos: quase meio milhão de por-
dental, em que se pensa muito
laços familiares, incluindo os sanguíneos, associados a uma prática tugueses vivem em situação de pobreza. E já nem falo da pobreza
por força das circunstâncias,
comum de favores prestados ou de hipocrisias com todo o tipo de encoberta, pois então os números seriam bem mais elevados. Mais
mas de que os políticos nos
especulação, desde a imobiliária à financeira. de metade da população vive com dificuldades financeiras. São
falam pouco.
Nunca o trocadilho segundo o qual “se há coisa que não falta cidadãos a quem a classe política nada diz. São cidadãos que não
Falam-nos muito de ou-
entre nós é falta de ética” descreveu tão bem uma realidade. O têm dirigentes sindicais que reivindiquem o pão que lhes é roubado,
tros, por força da conveni-
problema é que isto não é de hoje. Afirmar-se que os portugueses e nem sequer estou a falar da elite política, dos banqueiros e dos
ência, mas em que se pensa
são agora mais exigentes em relação à transparência republicana donos disto tudo. É uma considerável parte da população que não
menos. O primado da Lei,
não explica tudo. A nossa História está recheada de episódios em sentiu o virar da página da austeridade, que não recebeu qualquer
o respeito pelos direitos, o
que já a aristocracia geria o interesse público como se fosse coisa aumento salarial, que não progrediu em qualquer carreira, exceto na
valor da liberdade e da paz
exclusivamente sua. carreira do autocarro. É uma imensa mole de gente sem esperança.
são legados em que todos
A verdadeira razão para isto ser hoje mais escandaloso do Atirarem a essas pessoas com o discurso da melhoria da
falam. Os valores inerentes
que no passado é só uma: a economia. As pessoas tendem a usar economia é um insulto. Falar-se de aumentos do poder de compra
aos deveres, a fidelidade aos
mecanismos de compensação ou de justificação em tempos de cri- que essas pessoas não sentem, é inútil. Dizer-se que não houve um
compromissos, o respeito
se. Precisam de explicações para todo o mal que lhes acontece. É aumento brutal da carga fiscal, mas apenas um aumento da pressão,
pelas instituições, são legados
isso que permite ao ser humano suportar o insuportável. Acontece é indigno e nada sério. Em 2018 cada português teve de trabalhar
da nossa matriz cultural de
que grande parte delas já começou a perceber que seja qual for o 162 dias, quase meio ano, para pagar o valor total de IVA, IRS e
que nos falam pouco.
governo nada mudará no essencial. A qualidade de vida da maioria outras contribuições cobradas pelo Estado central ou local. Há em
Todos os dias se multipli-
não melhora, imperam a precariedade e todo o tipo de dificuldades, Portugal uma classe média que empobreceu imenso com a “troika”,
cam exemplos de que esses
os bancos continuam a sugar-nos como vampiros, a dívida pública a quem não adianta falar de novas e prometedoras notações de
legados andam afastados do
come connosco à mesa e bafeja-nos o pescoço enquanto dormimos. uma qualquer agência financeira. O que os portugueses sabem do
pensamento e da ação polí-
Qualquer pai ou avô já não tem dúvidas sobre a cruz que a sua dia a dia é que os problemas da saúde, da habitação, empréstimos,
tica. Tudo muito equívoco no
descendência terá de carregar. E isso faz, finalmente, pensar as eletricidade, gás, água, comunicações, transportes e alimentação
domínio dos princípios, mas
pessoas. E ao fazê-lo, revolta-as. É em alturas destas que certos desmentem tudo isso.
muito coerente no domínio
assuntos assumem uma força que não teriam noutro contexto. Na verdade, uma mentira engana mais facilmente quem está
dos interesses. É a velha tra-
Num país em que todos vivessem bem, em que o rendimento fosse de barriga cheia do que quem a tem vazia. É tão certo como o sol
dição maquiavélica a ajudar os
muito mais elevado e houvesse mais justiça social e muito menos nascer de novo amanhã. Só não vê quem não quer!
novos príncipes, que não se
embaraçam com a ética na sa-
tisfação dos seus interesses.
A preocupação está sem-
pre presente na estética, na
compostura, na imagem, na
foto, no momento mediático,
na palavra fácil e na promessa
deferida no tempo. Não há
problemas de consciência éti-
ca, tão só de eficácia. O poder
usado em benefício de quem o
tem. Sem missão que o trans-
cenda, vive da oportunidade e
da conveniência.
Onde está o poder o le-
gado de Maquiavel campeia
desassombrado, pondo e
dispondo. Sem princípios,
o poder está sempre na sua
opinião
Carlos Cortes *
Ato Médico
casa. A atual Lei de Bases da Saúde (LBS) prevê, na sua Base XXXII, a complementar à sua e coordena as equipas multidisciplinares e
Assim os novos príncipes definição de um Ato Médico que seria capaz de proteger o interesse interdisciplinares.
sentem-se desinibidos para dos doentes e defender as boas práticas nos cuidados de saúde. No preâmbulo do projeto de Regulamento que define o Ato Médi-
se libertarem de todos os A Lei de Bases da Saúde foi aprovada em 1990 e, como muitas co (publicado a 28 março e que está em consulta pública), podemos
compromissos éticos, cuidam leis neste país, ainda carece de muita aplicação. ler: «Interessa ainda afirmar que está em causa o interesse público
dos seus interesses pessoais O Conselho Nacional de Saúde foi criado em 2016, 26 anos após de não se permitir a todos os prestadores de serviços de saúde uma
e já sem pudor, também dos ter sido definido na LBS, com o objetivo de «garantir a participação intromissão em atos exclusivos para os quais só os médicos estão
da família, como se a coisa dos cidadãos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde na definição cabal e integralmente habilitados».
pública lhes pertencesse, por das políticas, contando com a participação das autarquias e dos O Ato Médico não é um regulamento feito em proveito de
direito. profissionais, bem como de conselhos regionais e institucionais, nenhuma classe profissional, mas sim na defesa da qualidade dos
Tudo isto é do foro da como forma de promover uma cultura de transparência e prestação cuidados de saúde para impedir a intromissão da charlatanice e de
amorosidade sem nenhuma de contas perante a sociedade», demonstra bem a inércia que tem práticas não convencionais e sem evidência científica que tanto têm
ligação necessária com a caracterizado a intervenção dos governos na área da saúde. Desleixo, prejudicado os doentes.
política e o Estado. bastante despreocupação e, sobretudo, muita falta de coragem para A sociedade deve defender, cada vez mais, uma intervenção
tomar decisões efetivas. assertiva na Saúde, com práticas caucionadas pela evidência e
* Antigo presidente da É preciso percebermos a importância de uma definição clara pela ciência, por profissionais bem formados e responsáveis pelos
Câmara de Trancoso, de um Ato Médico em Portugal. O Ato Médico, ou Ato Próprio seus atos e, ainda, com condições para poder pôr em prática uma
ex-líder da Distrital da dos Médicos, é fundamental para que o médico exerça a sua Medicina de qualidade.
Guarda do PSD e presidente atividade com plena responsabilidade profissional e autonomia
da mesa da Assembleia técnico-científica, através do exercício correto das suas funções * Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos
Distrital do PSD assumidas, cooperando com outros profissionais cuja ação seja Médicos

opinião
José Ramos Pires Manso*
Barómetro empresarial de março
Empresas significam empregos e empregos e
empresas significam riqueza. Tem por isso o máximo
interesse estudar a dinâmica empresarial nacional,
regional e local (designadamente da Beira Interior).
Estarão as disparidades nacionais a dissipar-se ou
pelo contrário a aumentar? Este artigo faz as contas
e mostra como o país cresce cada vez menos harmo-
nicamente…
Segundo uma publicação recente da D&B até final
de fevereiro pp “foram criadas 11099 novas empresas,
mais 21,4% do que no mesmo período de 2018, ano
em que foi batido o recorde de criação de empresas
em Portugal. Desde o princípio do ano e até final de
fevereiro foram criadas 11099 novas empresas, mais
21,4% do que no mesmo período de 2018, ano em
que foi batido o recorde de criação de empresas em
Portugal. Este crescimento é generalizado a todos os
setores de atividade e a todos os distritos. Além dos
Serviços, que é sempre o setor onde surgem mais
empresas, destacam-se em número de empresas os
setores da Construção, com 1424 novas empresas,
o Retalho com 1303 e o Alojamento e Restauração
com 1078. Em termos de crescimento face a 2018,
os maiores crescimentos percentuais registam-se nos
setores dos Transportes (+128%) e da Construção
(+47,4%). Nos últimos 12 meses, foram constituídas
2,5 empresas por cada uma que encerrou. O setor
das Atividades Imobiliárias é o que regista um rácio
mais elevado entre constituições e encerramentos.
Neste setor, foram criadas 5,2 empresas por cada
uma que encerrou, mais do dobro da média do tecido
empresarial”.
O Setor onde nascem mais empresas é o dos
Serviços, com 3.557 nascimentos; vem depois a Cons-
trução com 1.424 e o Retalho com 1.303. O Setor onde
encerram mais empresas é também o dos Serviços,
com 697 encerramentos, seguido do Retalho com 512.
Os Setores onde mais cresce o número de constituições
de empresas são os Serviços (+593, +20%), a Construção
(+458 nascimentos, +47,4%) e os Transportes (+412
nascimentos, +128%). O Setor onde mais decresce o
número de constituições é o do Gás, Eletricidade e Água
(-2 nascimentos, - 6,3%). Isto em termos de variação
absoluta face ao período homólogo de 2018.
Barómetro Setorial: Em termos sectoriais e em
fevereiro de 2019 é o sector dos serviços o que tem
maior número de empresas com 176480 empresas
(35.8% do todo nacional), seguem-se o retalho com
64298 (13%), a construção com 41376 (8.4%), as
indústrias transformadoras com 41010 (8.3%), o
alojamento e restauração com 40756 (8.3%), as ati-
vidades imobiliárias com 37115 (7.5%), o s. grossista
com 34424 (7%), os transportes 19235 (3.9%), a
agricultura, pecuária pesca e caça com 17396 (3.5%),
as atividades financeiras com 9838 (2%), as teleco-
municações com 8988 (1.8%), o gás, eletricidade e
água com 1834 (0.4%) e as indústrias extrativas com
o resto do bolo 669 (0.1%).
A nível nacional por cada empresa encerrada
nasceram em média 2.5 empresas novas. Contudo,
realce pela positiva, i. é, por terem criado acima da
média nacional, o sector das atividades imobiliárias
com 5.2 empresas, o mais dinâmico, seguido do dos
serviços com 3.2, dos transportes com 3.3, das tele-
comunicações com 3.1, da agricultura, pecuária, pesca
e caça com 3.0 e por fim, do gás, eletricidade e água
com 2.9. Pela negativa, i. é, com criação de empresas
abaixo da média nacional temos a indústria extrativa
com 1.1 empresas criadas por empresa encerrada, as
indústrias transformadoras com 1.3, o s. grossista com
1.5, o s. retalhista com 1.6, as atividades financeiras
com 2.1, e a construção com 2.2.
Dinâmica Regional: Em termos geográficos /
distritais o distrito que tinha mais empresas em
Fevereiro de 2019 era, como seria de esperar, Lisboa
com 141900 (28.8%), seguido do Porto com 34557
(17.1%), de Braga com 37959 (7.7%), de Setúbal com
29533 (6%), de Aveiro com 29134 (5.9%), Faro com
24013 (4.9%), de Leiria com 17222 (3.6%), Santarém
com 17722 (3.6%), Coimbra com 17463 (3.5%), Viseu
14007 (2.8%), Funchal 11115 (2.3%), V. Castelo 9720
(2%), Évora com 7771 (1.6%), V. Real 7637 (1.5%), C.
Branco 7482 (1.5%), Beja 6752 (1.4%), Guarda 6234
(1.3%), Bragança 5504 (1.1%), Portalegre 4837 (1%),
P. Delgada (0.8%), A. Heroísmo 2061 (0.4%) e Horta
com as restantes 1317 (0.3%).
A nível distrital nasceram +20.5%, entraram em
insolvência -29.8% e encerraram -11.4% em fevereiro
de 2019. O distrito mais dinâmico em termos relativos
e de criação de empresas foi o da Horta que cresceu
600% (+6 empresas), seguido de Bragança +105% e
de Beja +64.1%. C. Branco cresceu +13.2% (+5 em-
presas) e Guarda cresceu +11.1% (+4). Em termos
brutos quem mais cresceu foi quem já era grande:
Lisboa +3131 empresas, seguido do Porto +1681,
Setúbal +673, Braga +662, Faro +564 e Aveiro +393.
Os restantes 16 distritos (73.3% do total) quedou-se
apenas com +2567 empresas (56.6%).
Em termos acumulados os últimos 2 meses
(até 28 de fevereiro de 2019) houve um crescimento
+21.4% do parque empresarial explicados pelos valo-
res de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, C Branco (56.3%,
45 empr), Coimbra, Évora, Horta, Leiria, Santarém
e Viseu. Os restantes distritos cresceram abaixo da
média, casos de A. Heroísmo, Faro, Funchal, Guarda
(16.2%, +14 empresas), Lisboa (11.5%), P. Delgada,
Portalegre, Porto, V. Castelo e V. Real.
Por cada encerramento criam-se 2.5 empresas
novas a nível nacional. A situação a nível dos distritos
portugueses é a seguinte: A. Heroísmo 2.5, Aveiro 2.2,
Beja 2.5, Braga 2.1, Bragança 3.0, C. Branco 2.1,
Coimbra 2.3, Évora 2.3, Faro 2.8, Funchal 2.8, Guarda
2.1, Horta 2.7, Leiria 2.1, Lisboa 2.0, P. Delgada 3.0,
Portalegre 2.3, Porto 2.1, Santarém 1.9, Setúbal 2.3, V.
Castelo 2.2, V. Real 3.1 e Viseu 2. Os distritos da B. I. e
da R. Centro Viseu, Guarda, C. Branco, Aveiro e Leiria
estão entre os que menos empresas criaram por cada
empresa encerrada. Coimbra fica-se pela média. Realce
pela positiva ou pela dinâmica de criação de empresas
para V. Real, Bragança, P. Delgada, Faro e Funchal pois
criaram empresas acima da média nacional.
Estes valores demonstram, pelo menos no que diz
respeito ao Interior Norte, Centro, Alentejo e Regiões
Autónomas (Açores e Madeira), que ao nível da criação
de empresas, não se vislumbra qualquer alteração da
tendência de longo prazo de esvaziamento empresarial
progressivo a que se vem assistindo no Interior face
aos grandes centros nacionais situados no Litoral
(Lisboa, Porto Braga, Setúbal, Braga) e ao Algarve.
E se não se criando empresas, não se cria emprego
nem riqueza… E os jovens do interior profundo têm
que continuar a emigrar para o estrangeiro ou para o
litoral se querem ter emprego e futuro…
* Prof Catedrático, Universidade da Beira
Interior. Responsável do Observatório para o
Desenvolvimento Económico e Social (ODES).
Quinta-feira • 11 de abril de 2019 • • 19
Observatório de Ornitorrincos
opinião
Nuno Amaral Jerónimo
extremo.acidental@gmail.com
Pantone racial
Governantes, activistas e outros patuscos concordam que os próximos
Censos à população deveriam incluir uma pergunta sobre a pertença étnica.
Se essa pergunta me for feita, estou indeciso em que categoria me deverei
incluir. Afirmarei “mediterrânico”, por causa dos olhos pretos, da altura abaixo
da média, e de mexer as mãos enquanto falo? Deverei responder “judeu”, por
causa do meu cabelo encaracolado, do nariz grande, e das origens beirãs? Ou
“panda”, por causa da minha figura badocha, de passar o tempo sentado, e
da patente dificuldade em acasalar e reproduzir?
Note-se que estas hipóteses são independentes dos seguintes factos: só
estive uma vez à beira do Mediterrâneo, não frequento sinagogas e raramente
como bambu. Hoje, a identidade, mais do que o Natal, é o que uma pessoa
quiser, se uma pessoa, claro, quiser ter identidade. Dizem os activistas de
hoje que o género é uma escolha individual, a etnia é uma pertença colectiva.
Talvez por isso eu tenha mais certezas sobre o meu género – por causa da
masculinidade tóxica e da atitude de dominação patriarcal que me caracteri-
zam só por usar camisas com botões do lado direito – do que sobre a minha
etnia – ver dúvidas no parágrafo anterior.
O mais desconcertante destas propostas é chegarem do lado esquerdo
do espectro político. Em menos de dois séculos, os pós-modernistas trans-
formaram a frase “proletários de todo o mundo, uni-vos” em “malta de todo
mundo, dividi-vos por formas e cores”. A luta de classes é agora uma luta
corpo a corpo. Como a pergunta é parva, não entro em lutas, e o corpo é a
mercadoria do capitalismo, na altura dos Censos vou responder “francês”.
* O autor escreve de acordo com a antiga ortografia
mitocôndrias e quasares
opinião
António Costa
antoniomanuelcosta@gmail.com
O Espaço e o Tempo
A mecânica clássica, tal como foi enunciada em 1687 pelo físico
inglês Isaac Newton, postulava que grandezas como o volume ou a mas-
sa de um objeto eram independentes da sua velocidade, e que o tempo
passava da mesma maneira em todo o Universo. Em 1905, o físico alemão
Albert Einstein demonstrou, na sua teoria da relatividade restrita, que os
postulados da mecânica clássica eram falsos para objetos que se deslo-
cavam a velocidades equivalentes a uma fração apreciável da velocidade
da luz e que o volume, a massa e o tempo, por exemplo, são função das
velocidades relativas.
Em 1916, na sua teoria da relatividade geral, Einstein enunciou a ideia de
que a gravitação universal, outro postulado da mecânica newtoniana, não existe
como tal, mas é um efeito da curvatura do espaço pela massa dos corpos:
quanto maior for a massa de um corpo mais esse corpo deforma o espaço
em volta dele, o que explica, por exemplo, que os raios de luz provenientes
de uma estrela sejam ligeiramente desviados quando passam perto do Sol.
O espaço pode ser descrito por três dimensões perpendiculares umas
às outras, às quais se vem juntar o tempo, que é uma quarta dimensão.
Chama-se espaço-tempo ao conjunto destas quatro dimensões. Segundo
a teoria da relatividade restrita, a velocidade da luz é a mais rápida do
Universo, 300 mil km/s, e um objeto que se desloca a uma velocidade
próxima da velocidade da luz sofre as seguintes modificações: a sua massa
aumenta, o seu comprimento diminui e o tempo passa mais lentamente.
Por exemplo, se os astronautas pudessem fazer a viagem de algumas
semanas a uma velocidade próxima da velocidade da luz, eles consta-
tariam, ao regressar, que se tinham passado várias dezenas de anos na
Terra durante essas poucas semanas.
Uma das consequências mais bem conhecidas da teoria da relativi-
dade restrita é a famosa equação E=mc2, segundo a qual a quantidade
de energia E que pode ser produzida pela desintegração total de uma
determinada quantidade de matéria é igual à massa m dessa quantidade
de matéria, multiplicada pela velocidade da luz c ao quadrado, o que dá
quantidades enormes de energia, mesmo para quantidades de matéria
muito pequenas. Esta lei permite explicar a potência das bombas atómicas
e a energia emitida pelas estrelas.
A teoria da relatividade geral, segundo a qual o espaço-tempo é
deformado pelos objetos maciços, explica, por exemplo, por que razão o
Sol pode desviar a trajetória e mudar o comprimento de onda da radiação
proveniente de outras estrelas.
Atualmente a teoria da relatividade geral é considerada como a melhor
teoria para explicar a gravitação universal. Ela permite também, pela sua
aplicação à teoria do “Big Bang”, explicar em parte os começos do Universo.
 opinião
20 • • Quinta-feira • 11 de abril de 2019

bilhete postal

rua da corredoura, 80 - R/C Dto - C 6300-825 Guarda

Redacção/Publicidade: 271212153 • www.ointerior.pt
Neto de nada
publicidade@ointerior.pt - - ointerior@ointerior.pt
Estou-me bem lixando para o Governo. Eu vivo de negócios, oportuni-
dades de fazer coisas novas, criação de eventos e com isso passeio, procuro
UBI lugares de encanto. O dinheiro chega-me com a facilidade que teria quem
Doutorado em trabalha no universo de quem nada faz e não quer fazer. Tenho um part-time
para os dias em que nada acontece, mas vou usando a net, colocando à venda
dcabrita@iol.pt
Diogo Cabrita
tenho muito onde e em que me entreter. A maioria está vidrada em medos de
doença, em obsessões por micro nadas e paga fortunas por estética e não vai
pagar uma cirurgia de vesícula ou de intestino. Mesmo os ricos preferem gastar
numa transplantação de cabelo que a escolher o melhor cirurgião do fígado ou do
coração. Tenho direito a isso, não é? Dizem sem perceber o contra censo. Eu vendo

Psicologia o que posso e tentando umas vezes trapos, outras viagens, outras tuc-tuc.
Onde surge a oportunidade lanço a corda e amarro uns meses de trabalho.
ilusões, coisas supérfluas, coisas de entreter espíritos. Se procuram alternativos em
viagem e desporto também vão crer em biologia e em medicina. Eu abro lugares de

premiado pelo O dinheiro tem de chegar a cada trabalho e se possível sem qualquer relação
com o IVA ou o IRS ou mesmo com o IRC. Sou uma pessoa cheia de ideias,
lhes fazer gastar dinheiro. Como a maior parte destas fronteiras são novas ilusões
quando legislarem sobre isso já estou noutro negócio. Percebe porque não quero

Ministério da
percebe-me? Já vendi mangueiras de água que esticam, já tive gadgets, já
desenhei suportes para telemóvel nos automóveis, já abri bares e cabeleireiros.
Faz dois anos andei a retirar amianto com todas as proteções e até tive subsídio
Saúde europeu. As pessoas ligam apenas a si próprias e aos seus egos pelo que
saber de governos nem de políticos? Eu já deixei de votar porque me é igual a
escolha. Estou fora do sistema. Compro na net, negoceio na net, viajo pela net,
namoro na net. Por vezes faço uma loja ou um evento, mas dura o mínimo de
tempo necessário para que o primeiro fiscal encontre o espaço vazio.

Miguel Telo de Arriaga, investigador

IV
PUB
da UBI, foi galardoado com o Prémio de
Saúde Pública Francisco George 2018,
atribuído pelo Ministério da Saúde.
A distinção foi atribuída pela tese de
doutoramento realizada na área da Psico-
logia com o tema “O Impacto do Evento na

12 a 14 ABRIL
Resposta ao Trauma”, num concurso que
abrangeu um total de 29 trabalhos con-
correntes. A investigação foi desenvolvida
por Miguel Telo de Arriaga e defendido
na Universidade da Beira Interior em
março do ano passado. A tese investigou
o impacto de eventos traumáticos dis-
tintos nos indíviduos tendo verificado
diferentes impactos, em particular no
que respeita a sintomatologia depres-
siva, perturbação stresse pós-traumático,
suporte social e qualidade de vida. Miguel
Telo de Arriaga confirmou que «as car-
acterísticas dos episódios traumáticos
influenciam qual o impacto causado no
indivíduo». A distinção foi entregue numa
cerimónia, realizada no passado dia 7,
em Lisboa, a propósito do Dia Mundial
da Saúde. O Prémio Saúde Pública Fran-
cisco George foi instituído em outubro
de 2017 (altura em que o profissional 1ª ETAPA
com o mesmo nome abandonou o cargo
de Director-Geral da Saúde), e procura
12 ABRIL - VILAR FORMOSO / PINHEL 1ª ETAPA - 12 abril
*Vilar Formoso
distinguir investigações inéditas com *Almeida
carácter inovador na área da saúde, que *Castelo Rodrigo
tenham interesse e impacto em questões *Figueira Castelo Rodrigo
de defesa de saúde pública. *Marialva
*Mêda
*Trancoso
Apoio *Vila Franca das Naves
Jovens de 18 anos *Pinhel

com acesso gratuito e 2ª ETAPA - 13 abril

*Manteigas
permanente à Cultura 2ª ETAPA *Belmonte
O programa ÉS.CULTURA’18, que 13 ABRIL - MANTEIGAS / FUNDÃO *Guarda
*Sabugal
permite o acesso anual gratuito a equipa-
*Penamacor
mentos e atividades culturais para jovens
*Fundão
de 18 anos, vai passar a ser permanente
a partir de maio.
3ª ETAPA - 14 abril
Trata-se de uma das medidas vence-
*Celorico da Beira
doras do Orçamento Participativo Portu- *Fornos de Algodres
gal de 2017 e que inicialmente tinha uma *Gouveia
duração prevista de 12 meses, mas, face *Seia
à elevada adesão, o Ministério da Cultura *Manteigas
decidiu torná-la permanente. O programa *Belmonte
abrange 64 municípios, entre os quais a *Covilhã
Guarda, onze entidades privadas e os or-
ganismos tutelados pela Cultura, num to- 3ª ETAPA
tal de 350 museus, monumentos, palácios
ou teatros e salas de espetáculos. Para
14 ABRIL - CELORICO DA BEIRA / COVILHÃ
obter a entrada gratuita, basta apresentar
o cartão do cidadão. O ÉS.CULTURA’18 é
uma das três medidas do projeto “Cultura
para Todos”, que venceu o Orçamento
Participativo Portugal 2017 na área da
Cultura.