Вы находитесь на странице: 1из 2

Na recente edição do manual de diagnostico e estatistico de transtornos mentais

(DSM-V) (American Psychiatric Association [APA], 2013), pelo menos três


transtornos mentais enquadram possíveis problemas de comportamento
antissocial - transtorno de oposição desafiante (TOD), transtorno da conduta
(TDC) e transtorno da personalidade antissocial ((TPA). Os dois primeiros
costumam surgir na infância e na adolescência, e o ultimo, na idade adulta,
motivo pelo qual o individuo não pode receber esse diagnostico antes dos 18
anos de idade. No entanto, de acordo com o DSM-V (APA,2013) para que um
paciente possa receber o diagnostico de TPA, exige-se forte evidencia de que
preenchia critérios para TDC antes dos 15 anos de idade. O DSM-5 (APA,2013)
reconhece, assim, a tendência para a continuidade e o agravamento das formas
severas de comportamento agressivo e antissocial. Uma alteração recente deve-
se à inclusão do especificador " com emoções pró-socias limitadas" no
diagnostico de TDC. Assim os clínicos são alertados para a necessidade e
também tendência para ausência de remorso ou de culpa, indiferença/falta de
empatia, despreocupação com o seu desempenho escolar ou profissional e
superficialmente/pouca genuinidade do afeto. (Silva, Rijo. & Salekin, 2013,2015).

Para que se tenha uma idéia da proporção de presos com transtorno de


personalidade anti-social, segundo levantamento realizado por Morana em
população carcerária brasileira, o índice atingiu a 20 %. Ibid

1. MORANA, H. Reincidência criminal: é possível prevenir? Disponível


em www.iced.org.br

2. Carlos Alberto Crespo de Souza *

3. Cíntia Pacheco Moretto **

4. Fabiana Cornellis ***

Agosto de 2006 - Vol.11 - Nº 8 DISPONIVEL:


http://www.polbr.med.br/ano06/artigo0806.php

As questões que dizem respeito à violência e criminalidade, principalmente o


comportamento impulsivo, podem ser explicadas biologicamente através de alterações
no sistema límbico e no córtex pré-frontal ou lesões cerebrais ainda em vida
embrionária modificando circuitos das aminas biogênicas (STRÜBER, MONIKA E
ROTHR, 2006, p.42). Outra questão é a influência social: a pobreza, desigualdade
social e má distribuição de renda seriam fatores determinantes para o crime. Condições
genéticas, genes envolvidos com MAO-A, causando uma redução de serotonina e
alterações no córtex pré-frontal em indivíduos, apontam como causa do comportamento
anti-social (ADRIAN RAINE, 2008).
MORANA, STONES E ABDALA-FILHO (2006, p. 74-79) descrevem o transtorno de
personalidade como uma perturbação grave da constituição caracteriológica e das
tendências comportamentais do indivíduo, havendo uma anomalia do desenvolvimento
psíquico. Estes apresentam uma desarmonia da afetividade, do controle dos impulsos,
das atitudes e das condutas, manifestando-se desarmonicamente no relacionamento
interpessoal. Ficando sujeitos, principalmente aqueles com características anti-sociais, a
toda espécie de crime.

FLÁVIO JOSEF E JORGE ADELINO (2003, p. 275-282), informam que a psicopatia,


o transtorno de personalidade anti-social, como uma das principais causas no contexto
da criminalidade violenta. Os autores identificaram também que o consumo de álcool e
outras drogas (ilícitas) estão relacionados em situações de violência e homicídio. O
álcool em torno de 50 a 64% dos casos e as drogas ilícitas (maconha e cocaína) em 37 a
59% dos crimes violentos em 24 cidades americanas.

Psiquiatria Forense

CRIME E DOENÇA MENTAL: UM NEXO DE CAUSALIDADE

Hamilton Raposo de Miranda Filho


Médico Psiquiatra do Hospital Nina Rodrigues
Professor do curso de Medicina (UNICEUMA)

Outubro de 2009 - Vol.14 - Nº 10

Вам также может понравиться