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Lisboa, 2012
Com o patrocínio da Conferência Episcopal Portuguesa
ÍNDICE GERAL
Fátima ........................................................................................................................................................................ 69
O universo é constituído pelos residentes em Portugal Continental, com 15 ou mais anos. A amostra
pretendida era de 4080 inquéritos. Foram obtidos 3978 inquéritos válidos. As freguesias de Portugal
Continental foram repartidas por 21 estratos, definidos na base de duas variáveis de estratificação: 1.
Residência da população com 15 ou mais anos de idade por regiões NUTS II (Norte, Centro, Lisboa e
Vale do Tejo, Alentejo e Algarve), sendo a região Lisboa e Vale do Tejo subdividida em três estratos
adicionais (distrito de Lisboa, distrito de Setúbal, e outros). 2. Número de residentes com 15 ou mais
anos de idade por freguesia (<3000 habitantes maiores de idade; 3000-10000 habitantes; >10000
habitantes). Foi selecionado em cada estrato o número de freguesias necessário para que o número
de inquiridos por estrato fosse proporcional à distribuição da população-alvo pelos estratos. De
modo a fazer o mesmo número de inquéritos por freguesia, as freguesias foram selecionadas
aleatoriamente com probabilidade proporcional à sua dimensão. Os dados aqui apresentados
encontram-se ponderados, de modo a corrigir o peso de cada freguesia, o sexo, a idade e o grau de
instrução na amostra (de acordo com os dados do censo 2001).
Em cada freguesia, foi escolhido aleatoriamente um ponto de partida para o caminho aleatório que
foi seguido por cada inquiridor. Cada inquiridor seguiu um caminho aleatório, aplicando intervalos
pré-definidos para a seleção dos domicílios, na base da relação entre o número de famílias na
freguesia e o número de inquéritos a realizar.
A seleção dos inquiridos foi realizada de modo aleatório, entrevistando sempre o residente no
domicílio que, pertencendo à população-alvo, tivesse 15 ou mais anos e tenha sido o último a fazer
anos. Em situações de ausência desse indivíduo, foram feitas novas tentativas de contacto em
domicílios adjacentes. Assim que o inquérito fosse feito, o passo de seleção de domicílio era
retomado. O instrumento de recolha da informação era constituído por um inquérito estruturado,
com perguntas fechadas. As entrevistas foram realizadas aos feriados e fins de semana entre 08 de
Outubro e 01 de Novembro de 2011. O erro máximo da amostra com um grau de confiança de 95% é
de ±1.6%.
POSIÇÕES RELIGIOSAS
O quadro categorial usado para a classificação religiosa tem um grau elevado de comparabilidade
com os dados obtidos no inquérito de 1999, realizado por investigadores da UCP e patrocinado pela
CEP, no contexto de preparação do jubileu de 2000. Em 2001, foi realizado um recenseamento da
prática dominical católica. Após o estudo dos dados então recolhidos, o sociólogo Luís Manuel
Marinho Antunes, na altura Director do Centro de Estudos Sociais e Pastorais da UCP, propôs a
realização de um inquérito a uma amostra representativa da população portuguesa, com vista a uma
caracterização complementar da sociedade portuguesa. Esse projeto não encontrou, ao tempo, as
condições necessárias para sua implementação. O estudo que agora se conclui, que tem como objeto
os dados apurados após a aplicação do questionário em Novembro de 2011, retoma esse projeto, mas
não só tem em conta os novos conhecimentos de natureza sociológica, entretanto produzidos, como
se deixou enriquecer com novas preocupações exprimidas pela CEP. Observem-se os dados gerais
relativos à pergunta sobre a posição religiosa:
1 A categoria «não crentes» inclui os indiferentes, os agnósticos e os ateus; evangélicos e outros protestantes
incluem-se na categoria «protestante»; nos «outros cristãos» estão incluídos os ortodoxos, a IURD e os
respondentes pertencentes a outra religião cristã, cuja aglutinação resulta de um critério quantitativo e não
qualitativo (trata-se, portanto, de um conjunto de diversidades cristãs, cuja aproximação social resulta apenas
do seu carácter minoritário). A categoria «pertencentes a outras religiões» não resulta de qualquer coerência
por afinidade, mas aglutina um conjunto disperso de identidades não cristãs, cujas frequências não atingem 1%
da população inquirida.
4
«pertencentes a outras religiões» e a manter diferenciado o grupo dos pertencentes às Testemunhas
de Jeová2 (cf. Quadro 2).
Para se poder ter uma rápida leitura da posição relativa dos diversos subconjuntos populacionais,
pode apresentar-se os dados a partir de universos diferentes. Limitemo-nos, antes de mais, ao
universo dos crentes com religião (cf. Gráfico 1).
Católicos 93,3%
Protestantes (inclui
Evangélicos) 2,8%
Outros cristãos 1,6%
Testemunhas de Jeová
1,5%
Pertencentes a outras
religiões não cristãs 0,8%
Gráfico 1: Distribuição percentual tendo em conta o universo dos crentes pertencentes a uma religião
Podemos usar a mesma metodologia, alargando para o universo dos «crentes, com ou sem religião»
(cf. Gráfico 2).
2As Testemunhas de Jeová mantêm-se, enquanto campo religioso estruturado e autónomo, como o segundo
grupo religioso em Portugal, já que as identidades evangélicas, constituindo globalmente um universo mais
numeroso, aglutinam um conjunto muito diversificado de comunidades sem relação orgânica entre si.
5
Crentes sem religião
5,1%
Católicos 88,5%
Protestantes (inclui
evangélicos) 2,6%
Outros cristãos 1,5%
Testemunhas de
Jeová 1,4
Pertencentes a
outras religiões 0,8%
Gráfico 2: Distribuição percentual tendo em conta o universo dos crentes pertencentes ou não a uma religião
Tendo em conta a elevada comparabilidade das categorias usadas, em 1999 e 2011, é possível
construir um gráfico que permita uma leitura sinótica da distribuição da população que declara
pertencer a uma religião (cf. Quadro 3).
6
Categorias de posição religiosa 1999 2011
% %
Católico 86,9 79,5
Outra religião 2,7 5,7
Sem religião 8,2 14,2
Ns/Nr 2,2 0,6
Total 100 100
Quadro 4: Comparação entre a população católica e a pertencente a outra denominação ou sem religião
No universo dos que não têm religião, todas as categorias apresentam entre 1999 e 2011 um
acréscimo percentual: indiferente, 1,7% - 3,2%; agnóstico, 1,7% - 2,2%; ateu, 2,7% -4,1%; crente sem
religião, 2,1% - 4,6%3. Globalmente, o crescimento relativo dos sem religião em relação ao número de
católicos é mais pronunciado do que o crescimento do número dos pertencentes a outras
denominações religiosas. Isto é particularmente relevante no caso da categoria «crentes sem
religião». Outros estudos têm mostrado que, em Portugal, quando se usa uma questão-filtro – como
«pertence ou não a uma religião» -, antes de apresentar as categorias de pertença religiosa, há a
tendência para se observar um efeito de diminuição percentual dos católicos (note-se, no entanto,
que o estudo de 1999 não mostrou com clareza este efeito). O uso da categoria «crente sem religião»
poderá ter um efeito similar. A hipótese que se avança procura, no crescimento desta posição, uma
correlação com a diminuição percentual dos católicos, tendo em conta os dados do estudo de 1999.
Esta categoria poderá reunir as identidades crentes de carácter mais difuso e uma periferia católica,
cujos laços de pertença são já muito ténues. Ao longo do estudo será possível observar que, em alguns
itens de análise, esta população está mais próxima dos católicos nominais do que dos não crentes.
Podemos observar o universo dos «sem religião» a partir do contraste crentes e não crentes (cf.
Gráfico 3).
Crentes sem
religião 32,5%
Gráfico 3: Distribuição percentual tendo em conta o universo dos não pertencentes a uma religião
3As categorias «protestantes (incluindo evangélicos)» e «crente sem religião» são as que mostram um
crescimento relativo maior.
7
Quando às razões para não ter religião, destacam-se três tópicos: autonomia, convicção e
desinteresse. A autonomia face às religiões é o traço mais saliente se juntarmos os que sublinham
proposições como: «Não concordo com a doutrina de nenhuma Igreja ou religião» (em 32,7% dos
casos), «Não concordo com as regras morais das Igrejas e religiões» (22,2%), e «Prefere ser
independente face às normas e práticas de uma religião» (21,1%). A não-pertença religiosa exprime-
se também como convicção em 33,2% dos casos, e como resultado de desinteresse (21,7%). Os
acontecimentos fraturantes ou o juízo sobre a exemplaridade dos crentes têm uma menor relevância
estatística (cf. Quadro 5).
Respostas
Porque é que não tem qualquer religião?
N % % de casos
Educação e tradição familiar 66 6,6 12,1
Não concorda com a doutrina de nenhuma Igreja ou religião 178 17,7 32,7
Não concorda com as regras morais das Igrejas ou religiões 121 12,0 22,2
Acontecimento marcante da vida pessoal (doença, sofrimento, 27 2,7 4,9
alegria…)
Comportamento dos padres, pastores ou responsáveis religiosos 70 7,0 12,9
A religião não tem nada que me interesse 118 11, 21,7
Exemplos e influências de amigos, colegas, professores 8 0,8 1,4
Prefere ser independente face às normas e práticas de uma 115 11,4 21,1
religião
Convicção pessoal 181 18,0 33,2
Mau exemplo das pessoas religiosas em geral 66 6,6 12,2
Outra 30 3,0 5,5
Ns/Nr 25 2,5 4,5
Total 1003 100,0 184,4
8
A GEOGRAFIA DAS IDENTIDADES
Quadro 6: Distribuição das classes de posição religiosa por regiões (NUTS II, continente)
O conjunto constituído pelos não crentes concentra-se na região de Lisboa e Vale do Tejo – mais de
metade desta população (55,2%) encontra-se nesta região. Observação semelhante se pode fazer em
relação ao conjunto constituído por protestantes. Neste caso, a região reúne 62,2% dos inquiridos
pertencentes a uma denominação protestante (inclui evangélicos). Reúne ainda 51% das
9
Testemunhas de Jeová e 61,5% pertencentes a outras religiões. Também nessa região se encontra a
percentagem mais elevada de outros cristãos (47,2%) e de crentes sem religião (43,5%), mas sem
ultrapassar, como nos casos anteriores, o limiar dos 50%. Estamos perante a região que apresenta
uma mais aprofundada diversidade quanto à pertença ou não-pertença religiosa. A região Norte
destaca-se pelo facto de contribuir com o maior número de católicos para o total da amostra. 43,6 %
dos católicos estão nesta região.
A observação dos gráficos por região, permite uma rápida leitura da distribuição relativa de cada
classe de posição religiosa na escala regional.
Norte
Não crentes Crentes sem religião Católicos
Protestantes (inclui evangélicos) Outros cristãos Testemunhas de Jeová
Pertencentes a outras religiões
5,0%
0,5% 0,9% 0,4% 2,8%
0,8%
89,6%
Centro
Não crentes Crentes sem religião
Católicos Protestantes (inclui evangélicos)
Outros cristãos Testemunhas de Jeová
0,7% 1,0% 6,7% 2,9%
1,1%
87,6%
10
Lisboa e Vale do Tejo
Não crentes Crentes sem religião
Católicos Protestantes (inclui evangélicos)
Outros cristãos Testemunhas de Jeová
Pertencentes a outras religiões
3,5% 2,0% 0,5%
4,4%
16,0% 6,1%
67,6%
Gráfico 6: Distribuição da população da região de Lisboa e Vale do Tejo por classes de posição religiosa
Alentejo
Não crentes Crentes sem religião
Católicos Protestantes (inclui evangélicos)
Outros cristãos Testemunhas de Jeová
Pertencentes a outras religiões
1,0% 0,5% 9,5%
3,5%
0,5% 9,0%
76,0%
11
Algarve
Não crentes Crentes sem religião
Católicos Protestantes (inclui evangélicos)
Outros cristãos Testemunhas de Jeová
Pertencentes a outras religiões
5,2% 0,6% 1,7%
7,5% 13,9%
11,6%
59,5%
A leitura comparada mostra que o peso da maioria católica pode ter diferenças assinaláveis. Desde as
regiões onde as frequências se apresentam mais elevadas, Norte e Centro, à região onde essa
frequência é mais baixa, o Algarve. Note-se que, sobe este ponto de vista, não pode afirmar-se que o
número relativo de católicos baixe uniformemente na medida em que nos orientamos para sul. O
Alentejo apresenta, neste inquérito, um peso relativo de católicos maior que Lisboa e Vale do Tejo.
Há, no entanto, uma categoria em que esse movimento de norte a sul se traduz numa progressão
continuada. De facto, quanto mais a sul, mais saliente é a categoria «crente sem religião». Sublinhe-se
que no Alentejo e no Algarve se encontram, nesta categoria, números percentuais mais elevados do
que na religião de Lisboa e Vale do Tejo. Essa evidência limita a interpretação mais frequente de que
se trata de uma posição crente marcada pelos itinerários de hipermodernização social, tradução
exemplar da afirmação contemporânea da autonomia do indivíduo face às instituições.
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Localidades por dimensão
Posições religiosas Total
Urbana Rural Semiurbano
N 195 64 109 368
1 Não crentes
% 53,0% 17,4% 29,6% 100,0%
N 100 44 32 176
2 Crentes sem religião
% 56,8% 25,0% 18,2% 100,0%
N 814 1345 893 3052
3 Católicos
% 26,7% 44,1% 29,3% 100,0%
4 Protestantes (inclui N 48 8 35 91
evangélicos) % 52,7% 8,8% 38,5% 100,0%
N 30 3 19 52
5 Outros cristãos
% 57,7% 5,8% 36,5% 100,0%
N 20 12 17 49
6 Testemunhas de Jeová
% 40,8% 24,5% 34,7% 100,0%
N 15 5 7 27
7 Pertencentes a outras religiões
% 55,6% 18,5% 25,9% 100,0%
Total N 1222 1481 1112 3815
Quadro 7: Composição de cada classe de posição religiosa quanto à dimensão da localidade dos inquiridos
A larga maioria da população tem uma relação estável com o território quanto ao domicílio. Se
agregarmos os resultados relativos aos itens «Viveu sempre aqui» e «Vive aqui há mais de 10 anos»,
obtêm-se o resultado de 71%. Podemos supor que, regra geral, a população inquirida, estando
maioritariamente inscrita de forma durável num lugar, esteve em condições de estabelecer vínculos
com as diferentes instituições que determinam os dinamismos sociais locais, incluindo as instituições
religiosas (cf. Quadro 8).
13
pertencentes a outras denominações religiosas apresentam frequências mais pronunciadas na
resposta «entre 2 a 10 anos», dando conta de um itinerário de inscrição local menos prolongado no
tempo (a que não serão estranhos os efeitos sociais próprios das mobilidades migratórias) – cf.
Quadro 9).
Estando uma parte das práticas que objetivam a pertença religiosa ligadas ao fim de semana, importa
caracterizar os comportamentos mais salientes. As práticas ligadas às sociabilidades domésticas
estão entre as mais representadas. Quando questionados acerca das práticas de fim de semana,
ganham um destacado relevo aquelas que se concretizam na permanência no espaço doméstico,
como forma de descanso (em 40,4% dos casos). A permanência no espaço doméstico para dele cuidar
(23,4%), ou a práticas de lazer sob a forma do «passeio» (25,1%) – associadas ao lazer familiar, pelo
menos em parte – acompanham esta centralidade da família no fim de semana. Abaixo destas
frequências, encontra-se o item «Foi à missa ou a um ato religioso» (14,8%). Em todo caso, enquanto
prática social, acima, por exemplo, da «ida a um espetáculo», da «prática desportiva», ou da
«deslocação a um centro comercial» (cf. Quadro 10).
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Respostas
Quais destas coisas fez no último fim-de-semana?
N % % de casos
Foi trabalhar 763 12,3% 19,9%
Passou o fim de semana fora 210 3,4% 5,5%
Deu um passeio 962 15,5% 25,1%
Foi a um espetáculo 78 1,3% 2,0%
Fez desporto 219 3,5% 5,7%
Foi a um centro comercial 229 3,7% 6,0%
Foi à missa ou a um acto religioso 567 9,2% 14,8%
Ficou em casa a tratar da casa 897 14,5% 23,4%
Recebeu ou fez visitas 378 6,1% 9,9%
Ficou em casa a descansar 1551 25,0% 40,4%
Teve aulas ou ficou a estudar 114 1,8% 3,0%
Foi a uma discoteca, a um bar 135 2,2% 3,5%
Ns/Nr 90 1,5% 2,3%
Total 6194 100,0% 161,4%
Posições religiosas
Atividades no fim de
Protestantes
semana Não crentes
Crentes sem
Católicos (inclui
Outros Testemunhas Pertencentes a
religião cristãos de Jeová outras religiões
evangélicos)
N 74 53 575 19 17 12 8
Foi trabalhar
% 20,1% 30,2% 18,8% 20,7% 32,0% 25,3% 30,0%
Foi a um N 25 4 43 0 0 3 1
espetáculo % 6,8% 2,3% 1,4% ,0% ,0% 5,2% 5,6%
N 43 18 148 6 2 0 1
Fez desporto
% 11,7% 10,1% 4,8% 7,0% 4,6% ,0% 4,7%
Teve aulas ou N 29 5 74 2 3 0 1
ficou a estudar % 7,8% 3,0% 2,4% 1,9% 4,9% ,0% 5,5%
Foi a uma N 44 14 67 3 3 0 1
discoteca, a um
bar % 11,9% 7,8% 2,2% 2,8% 6,3% ,0% 5,6%
N 5 7 71 4 1 0 0
Ns/Nr
% 1,3% 4,2% 2,3% 4,3% 2,6% ,0% 1,2%
Total N 367 177 3052 90 53 49 26
15
Se utilizarmos um processo de desagregação destes dados por classe de posição religiosa obtemos
informação mais detalhada. Os católicos, em 18,8% dos casos, foram trabalhar no fim de semana
anterior à inquirição – trata-se da classe de posição religiosa em que, percentualmente, menos
trabalharam no fim de semana. Neste conjunto, o número relativamente mais elevado corresponde
aos que «ficaram em casa a descansar» - 41,6%. Nos conjuntos constituídos pelos crentes sem
religião, pelos outros cristãos e pelos pertencentes a outras religiões, há proporcionalmente, quando
comparados com os católicos, uma presença mais significativa de respondentes que foram trabalhar
no fim de semana (cf. Quadro 11). A partir de uma análise de preponderâncias, podemos ensaiar uma
aproximação aos estilos de vida, cruzando as posições religiosas com a informação relativa às
práticas de fim de semana, reunindo as atividades que, comparando com as outras classes de posição
religiosa, podem tomar-se como preponderantes – há que considerar, no entanto, para uma análise
mais ampla deste tópico, a importância, enquanto variáveis, da idade, sexo e estrato social (cf. Quadro
12).
É possível verificar que as posições religiosas, sobretudo a partir da fronteira que separa os
pertencentes ou não pertencentes a uma religião, está articulada a práticas de fim de semana
bastante diferenciadas, constituindo estilos de vida vincadamente distintos. Verifique-se a
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diversidade de práticas culturais, fora do espaço doméstico, que caracterizam o perfil do que não
pertence a uma religião. Sublinhe-se a prevalência de práticas domésticas entre os que se apresentam
como pertencentes a uma religião.
Detenhamo-nos, ainda, sobre os dados relativos aos que, no fim de semana anterior à inquirição
«foram à missa ou a um ato religioso». Coloque-se de parte o grupo dos que não pertencem a uma
religião, universo em que a presença num ato de culto estará ligada, preponderantemente, a alguma
prática social episódica. Se nos centrarmos nos que declaram pertencer a uma religião, a prática
cultual no último fim-de-semana, em relação ao momento da inquirição, apresenta-se assim, por
ordem decrescente: protestantes (inclui evangélicos), 23,6% dos casos; católicos, 17,2%,
Testemunhas de Jeová, 15, 2%; outros cristãos, 12,9%; não há rasto de respostas positivas, neste
item, por parte dos pertencentes a outras religiões4.
Quando à presença do religioso nas interlocuções quotidianas, o grupo mais representado não falou
no último mês sobre assuntos e temas religiosos (49,4% dos casos). Se nos detivermos no conjunto
dos respondentes que dizem ter falado de assuntos ou temas religiosos, descobre-se que a família é a
sede da maior percentagem de casos (36,8%), logo seguida do círculo de amigos (19,5%). Pode pois
avançar-se a hipótese que este âmbito de interlocução se circunscreve preferencialmente a zonas
sociais de maior intimidade, sendo mais raro que a religião seja tema de conversa noutros circuitos
sociais, como o trabalho ou as relações de vizinhança (cf. Quadro 13).
4 Para além das dificuldades próprias das medições relativas às identidades minoritárias, há que ter em conta
que as práticas de fim de semana, no que ao culto se refere, se articulam preponderantemente com o calendário
das Igrejas históricas cristãs. As diferentes tradições religiosas podem apresentar ritmos cultuais que têm
ritmos de natureza diferente. Quanto aos outros cristãos, é necessário ter em conta que, como noutro momento
do questionário se observa, são estes os que mais sublinham o facto de não disporem de um local de culto nas
proximidades da sua residência. Neste grupo, e também entre a população evangélica, pode encontrar-se o
rasto de Igrejas de tipo neopentecostal, que podem apresentar um ritmo de ações cultuais desvinculado da
centralidade da reunião dominical.
17
Os dados podem, no entanto, apresentar acentos diferentes a partir da variável «posição religiosa».
Algumas minorias religiosas, como os protestantes e evangélicos, as Testemunhas de Jeová e os
pertencentes a outras religiões, mostram indícios mais vincados de uma presença do religioso na
retórica quotidiana. Em alguns destes casos estará em causa uma atividade proselitista mais
pronunciada. No entanto, na população referida, o subconjunto constituído pelos protestantes e
evangélicos aproxima-se da tendência geral da população, assim que se sai do círculo dos familiares e
amigos na direção das zonas públicas de inscrição social (cf. Quadro 14).
Posições religiosas
Testemunhas
Pertencentes
Crentes sem
evangélicos)
Protestantes
Não crentes
Católicos
de Jeová
religiões
a outras
cristãos
religião
Outros
Total
(inclui
N 49 40 1212 47 20 32 11 1412
Familiares
% de casos 13,4% 22,7% 39,7% 52,5% 38,1% 65,8% 41,8%
N 56 50 765 44 15 21 7 957
Amigos
% de casos 15,3% 28,0% 25,1% 48,4% 29,1% 42,6% 27,5%
As práticas orantes podem ser vistas como um dos comportamentos religiosos mais persistentes. Se
juntarmos os que dizem rezar todos os dias e os que rezam irregularmente alguns dias da semana,
obtemos o total de 59,7%. Quando às formas de sociabilidade, esta prática descreve-se, como sendo
preponderantemente individual. Quando às modalidades, a recitação de formas aprendidas (em
54,5% dos casos) e a prática livre e espontânea (40,4%), convivem promovendo uma aproximação
entre formas tradicionais e modalidades mais moldáveis pelo indivíduo. Quando ao género, a oração
de súplica por si (em 51,1% dos casos) e pelos outros (52,1%), reúnem as frequências mais elevadas.
Encontra-se um importante vestígio de associação das práticas de oração aos ideais de bem-estar
interior (15%), mas são ainda pouco importantes, estatisticamente, as práticas que podem ser
descritas como culturalmente exógenas – serve de exemplo a frequência relativa à «meditação de tipo
oriental» (1,5%) – cf. Quadros 15, 16 e 17.
18
Costuma rezar, ou dirigir-se a Deus (ou qualquer
entidade sobrenatural) através da oração ou
meditação pessoal? N %
Todos os dias 1265 33,0
Algumas vezes na semana 1025 26,7
Poucas vezes 700 18,3
Nunca 832 21,7
Total 3823 99,6
Ns/Nr 14 ,4
Total 3837 100,0
Respostas
Em que ocasiões?
N % % de casos
Antes ou depois das refeições 132 4,2% 4,8%
À noite com as crianças 286 9,1% 10,4%
Em família 231 7,4% 8,3%
Sozinho 2269 72,2% 82,0%
Outra situação 225 7,2% 8,1%
Total 3143 100,0% 113,6%
A desagregação das respostas por posição religiosa mostra que as práticas orantes descrevem um dos
comportamentos religiosos mais persistentes (tendo em conta outros indicadores de análise,
certamente porque é a prática mais moldável, adaptável e portátil, correspondendo assim às
dinâmicas de individualização). Esta tendência fica mais legível se somarmos, nos gráficos
apresentados, as percentagens de casos relativas a «todos os dias» e «alguns dias da semana», dados
que se poderiam aglutinar na categoria de um «comportamento frequente». Pode observar-se
19
também que a posição de não crente, como autorrepresentação, não exclui necessariamente todos os
comportamentos religiosos (Cf. Gráficos 9 a 15).
Não crentes
Todos os dias Algumas vezes na semana Poucas vezes Nunca
0,3%
3,3%
9,8%
86,6%
14,7%
46,3% 15,3%
23,7%
20
Católicos
Todos os dias Algumas vezes na semana Poucas vezes Nunca
12,7%
37,0%
19,8%
30,5%
7,9% 4,5%
52,8%
34,8%
Outros cristãos
Todos os dias Algumas vezes na semana Poucas vezes Nunca
20,8%
35,8%
9,4%
34,0%
21
Testemunhas de Jeová
Todos os dias Algumas vezes na semana Poucas vezes Nunca
16,3%
10,2%
63,3%
10,2%
25,9%
48,1%
7,4% 18,5%
Quanto aos atos de culto, o inquérito permite uma aproximação, por duas vias: a participação nas
igrejas ou templos e a assistência pela televisão ou rádio. A participação semanal em atos de culto nos
22
templos descreve 23,4% da população inquirida. Mas, se somarmos a estes, os 14% que participa
uma e duas vezes, e os 8,3% que participam mais do que uma vez por semana, podemos dizer que
45,7% dos inquiridos mantém uma relação de proximidade com os atos de culto. Este número
percentual deve ser comparado, com a frequência relativa aos que respondem nunca, ou quase nunca,
participar em atos de culto nos templos – 28,2% (cf. Quadro 18).
A desagregação dos resultados por classes de posição religiosa mostra diferenças assinaláveis.
Também aqui os resultados sofrem os efeitos das diferenças quanto aos ritmos cultuais. Observe-se
que o ritmo semanal apresenta resultados similares entre católicos e protestantes (incluindo
evangélicos), sendo para os católicos, o item com frequências mais elevadas. No caso dos
protestantes, essa preponderância encontra-se no item «mais de uma vez por semana». Este perfil
tem correspondência com o que se passa com a população inquirida que se identificou como
pertencente às Testemunhas de Jeová. Em ambos os contextos de identificação religiosa, podemos
encontrar ritmos cultuais e celebrativos que privilegiam o encontro comunitário para além do culto
semanal. Importa também observar a percentagem dos que nunca ou quase nunca frequentam o
culto. A população constituída pelos «outros cristãos» e pelos «pertencentes a outras religiões» é
aquela que apresenta, nesse item, frequências mais elevadas – esta é a população onde podemos
encontrar os efeitos dos movimentos migratórios mais recentes, situação em que, como se observa
noutras perguntas, os crentes têm dificuldades acrescidas para organizar as suas práticas
comunitárias. Os protestantes e evangélicos são aqueles que apresentam frequências mais baixas
neste item (cf. Quadro 19).
23
Com que frequência costuma participar ou assistir a atos de culto
religiosos na igreja ou templo?
Uma/ Uma/
Posições religiosas Mais de Uma vez Várias Nunca ou Total
duas duas
uma vez por vezes por quase
vezes por vezes por
por semana semana ano nunca
mês ano
N 0 1 1 9 47 309 367
Não crentes
% ,0% ,3% ,3% 2,5% 12,8% 84,2% 100,0%
Testemunhas de N 21 10 1 0 2 12 46
Jeová % 45,7% 21,7% 2,2% ,0% 4,3% 26,1% 100,0%
Pertencentes a N 4 7 3 0 0 12 26
outras religiões % 15,4% 26,9% 11,5% ,0% ,0% 46,2% 100,0%
Total N 315 896 535 459 507 1065 3777
A rádio é ainda um contexto de maior rarefação quando à assistência a atos de culto: 79,8% diz
nunca, ou quase nunca, assistir (cf. Quadro 21).
24
Com que frequência costuma participar ou assistir
a atos de culto religiosos pela rádio? N %
Mais de uma vez por semana 161 4,2
Uma vez por semana 156 4,1
Uma/ duas vezes por mês 101 2,6
Várias vezes por ano 94 2,4
Uma/ duas vezes por ano 133 3,5
Nunca ou quase nunca 3063 79,8
Nr 129 3,4
Total 3837 100,0
A pergunta acerca das mudanças de trajetória quando à posição religiosa revelam que mais do que ¾
da população inquirida se apresenta estável quando à pertença religiosa (cf. Quadro 22).
Quadro 22: Distribuição das respostas relativas à alteração ou manutenção da posição religiosa
5Neste caso toma-se como universo o conjunto dos que responderam a esta pergunta, depois de terem
respondido «sim» à anterior.
25
dúvidas, perda de fé) – sem que isso se traduza necessariamente num itinerário de desafetação –,
como a experiência do fortalecimento do vínculo ou da crença (começou a acreditar mais, a ter mais
fé, aproximou-se da religião). Este segundo itinerário apresenta uma frequência relevante. Tendo em
conta que não foi previsto no campo das respostas antecipadas, pode supor-se que o resultado obtido
está subestimado. Esta zona de informação mostra que para além das figuras clássicas da mudança de
posição religiosa, há que ter em conta os itinerários mais fluídos de re-identificação ou os resultados
complexos dos graus de implicação ou de afetação crente ao longo da vida (cf. Quadro 23).
As trajetórias de mudança descrevem-se forma diferente, nas diferentes texturas da identidade. Entre
os católicos, a mudança traduz-se preponderantemente no abandono das práticas; entre protestantes
e membros das Testemunhas de Jeová, a mudança exprime-se de forma esmagadoramente
maioritária como um movimento de desfiliação católica; entre os que não pertencem a qualquer
religião, o movimento exprime-se, preponderantemente, sob a forma de uma desafetação em relação
a qualquer religião6 (cf. Quadro 25).
6Numa parte significativa dos sem religião, a mudança exprime-se sob a forma do abandono da prática
(23,8%). Pode adiantar-se a hipótese de que a pertença religiosa se exprime, para estes, sob a forma de práticas
objetivas.
26
Houve algum momento da sua
vida em que a sua posição
Posições religiosas religiosa se modificou? Total
Sim Não
N 139 224 363
Não crentes
% 38,3% 61,7% 100,0%
N 84 91 175
Crentes sem religião
% 48,0% 52,0% 100,0%
N 36 52 88
Protestantes (inclui
evangélicos) % 40,9% 59,1% 100,0%
N 21 29 50
Outros cristãos
% 42,0% 58,0% 100,0%
N 25 22 47
Testemunhas de Jeová
% 53,2% 46,8% 100,0%
N 1 25 26
Pertencentes a outras
religiões % 3,8% 96,2% 100,0%
27
A pergunta acerca da presença semanal na missa do pai e da mãe, quando o respondente tinha dez
anos, permite identificar o rasto possível de uma maior ou menor socialização católica na própria
infância do respondente. As identidades que se apresentam atualmente sem afiliação religiosa são
aqueles que apresentam sinais de maior distanciamento, na infância, em relação aos dispositivos de
socialização católica. Antes de mais, isto quer dizer que estes «sem religião» foram, maioritariamente,
socializados num estilo de vida de que não fazia parte a pertença religiosa. De entre os que
atualmente não são católicos, o conjunto constituído pelo grupo dos outros cristãos e dos membros
das Testemunhas de Jeová é aquele em que é mais pronunciado o número relativo dos pais, que
quando o inquirido tinha 10 anos, exprimia sua identidade católica no quadro da observância
dominical. Entre os católicos, pode verificar-se que uma parte importante foi socializada num regime
de pertença que incluía a presença regular na assembleia dominical. Pode perseguir-se a hipótese de
que os comportamentos familiares, na fase de socialização primária, tiveram uma grande importância
na construção de uma identidade religiosa de longo curso (cf. Quadro 26).
28
A mãe, quando o inquirido tinha 10 anos,
Posições religiosas ia à missa semanalmente? Total
Não Sim
N 272 95 367
1 Não crentes
% 74,1% 25,9% 100,0%
N 122 55 177
2 Crentes sem religião
% 68,9% 31,1% 100,0%
N 854 2199 3053
3 Católicos
% 28,0% 72,0% 100,0%
4 Protestantes (inclui N 49 41 90
evangélicos) % 54,4% 45,6% 100,0%
N 21 32 53
5 Outros cristãos
% 39,6% 60,4% 100,0%
N 23 26 49
6 Testemunhas de Jeová
% 46,9% 53,1% 100,0%
N 19 7 26
7 Pertencentes a outras religiões
% 73,1% 26,9% 100,0%
Total N 1360 2455 3815
O quadro seguinte mostra uma forte presença dos indícios de uma socialização católica na sociedade
portuguesa, numa ordem decrescente, do Batismo ao Crisma. Ou seja, ao reconhecimento de uma
forte presença dos dispositivos de socialização primária, deve acrescentar-se a evidência de que a
participação em ritos identificadores diminuiu ao longo da adolescência até à idade dos jovens
adultos. A prática do matrimónio católico, articulada a outras funções sociais, deve ter uma leitura
diferente, uma vez que não deve ser lida no quadro dos dinamismos de socialização primária (cf.
Quadro 28 e Gráfico 16)7.
Respostas
Realizou algum dos seguintes atos na Igreja Católica?
N % % de casos
Recebeu o Batismo 3374 18,6% 87,9%
Frequentou a catequese até à Primeira Comunhão 2649 14,6% 69,0%
Fez a Primeira Comunhão 2787 15,4% 72,6%
Frequentou a catequese depois da Primeira Comunhão 1963 10,8% 51,2%
Fez a Profissão de Fé 1904 10,5% 49,6%
Fez o Crisma 1823 10,1% 47,5%
Recebeu uma educação religiosa católica em casa 1416 7,8% 36,9%
Celebrou o Matrimónio 1921 10,6% 50,1%
Nenhuma das anteriores 292 1,6% 7,6%
Total 18127 100,0% 472,4%
7 Esta curva tem um movimento similar se isolarmos os católicos que constituem a amostra.
29
Nenhuma das anteriores
Celebrou o Matrimónio
Recebeu uma educação religiosa católica em casa
Fez o Crisma
Fez a Profissão de Fé
Frequentou a catequese depois da Primeira Comunhão
Fez a Primeira Comunhão
Frequentou a catequese até à Primeira Comunhão
Recebeu o Baptismo
0 50 100
Gráfico 16: Representação gráfica das frequências relativas aos atos realizados na Igreja católica
Atenda-se ainda ao facto de que, em 82,5% dos casos, os filhos foram batizados ainda bebés.
Respostas
Os seus filhos foram batizados?
N % % de casos
Ainda bebés 2161 80,7% 82,5%
Quando crianças 165 6,2% 6,3%
Quando jovens 19 ,7% ,7%
Quando adultos 8 ,3% ,3%
Alguns não estão batizados 45 1,7% 1,7%
Nenhum foi batizado 280 10,5% 10,7%
Total 2677 100,0% 102,2%
Este comportamento é predominante, como seria esperado, no caso dos católicos (88,6% dos casos).
É menos vincado entre protestantes e outros cristãos, até porque nem todas as Igrejas praticam o
pedobatismo. Mas importa sublinhar que uma parte muito significativa dos que não pertencem a
qualquer religião batizou os filhos quando eram bebés – 45,6% dos não crentes, 51,4% dos crentes
sem religião. Não desprezando a possibilidade de trajetórias de mudanças de posição religiosa, tal
como outros estudos conhecidos, os números apontam para a persistência das ritualidades no longo
curso das identidades, sobretudo em zonas da experiência social onde não parece existir um
substituto funcional da ação religiosa (cf. Quadro 30).
30
Posições religiosas
Quadro 30: Comportamentos relativos ao batismo dos filhos por classes de posição religiosa
A instrução religiosa infantil continua a marcar maioritariamente os processos de socialização. Note-
se que só 16,1 dos casos correspondem a respostas negativas à pergunta «os seus filhos tiveram
instrução religiosa?». A disponibilidade familiar para a instrução religiosa tem, globalmente, uma
ampla representação, sendo privilegiados os dispositivos especializados, como a catequese (em
69,6% dos casos). Se esta opção é particularmente relevante entre os católicos (em 76,5% dos casos),
não deixa de ter relevância estatística na população que não pertence a qualquer religião – 24,9% dos
casos entre os não crentes, 37,5% entre os crentes sem religião. Em todas as outras posições de
pertença religiosa, a instrução é uma responsabilidade prioritariamente familiar (cf. Quadro 31).
Posições religiosas
Os seus filhos
tiveram instrução Crentes Protestantes Pertencentes Total
Não Outros Testemunhas
religiosa? sem Católicos (inclui a outras
crentes cristãos de Jeová
religião evangélicos) religiões
N 82 43 260 13 8 11 1 417
Não
% 61,4% 45,2% 11,6% 27,9% 23,4% 34,3% 5,8%
Sim, dada N 12 12 736 21 19 18 6 823
por si % 8,9% 12,2% 32,9% 46,7% 56,8% 55,9% 59,3%
Dada pelos N 4 6 341 9 6 3 5 374
avós e outros
familiares % 3,3% 6,2% 15,3% 19,7% 17,7% 9,1% 52,9%
31
dados relativos às posições religiosas por escalões etários (leitura horizontal) permite identificar que
os «sem religião» se apresentam com a distribuição etária mais jovem. Entre os católicos há uma
grande distribuição pelos diversos escalões etários. Embora seja a única posição religiosa em que há
uma proporção mais elevada da classe etária dos mais velhos (Quadro 32).
Escalões etários
Posições religiosas
15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65 ou
anos anos anos anos anos mais anos Total
Não crentes N 129 113 37 41 25 23 368
% posição 35,1% 30,7% 10,1% 11,1% 6,8% 6,3% 100,0%
religiosa
% escalão etário 25,1% 13,8% 6,2% 6,4% 5,1% 3,0% 9,6%
Protestantes N 13 44 12 9 6 6 90
(inclui
% posição 14,4% 48,9% 13,3% 10,0% 6,7% 6,7% 100,0%
evangélicos)
religiosa
% escalão etário 2,5% 5,4% 2,0% 1,4% 1,2% ,8% 2,4%
Outros cristãos N 9 21 9 9 3 3 54
% posição 16,7% 38,9% 16,7% 16,7% 5,6% 5,6% 100,0%
religiosa
% escalão etário 1,8% 2,6% 1,5% 1,4% ,6% ,4% 1,4%
Testemunhas de N 10 7 6 7 10 9 49
Jeová
% posição 20,4% 14,3% 12,2% 14,3% 20,4% 18,4% 100,0%
religiosa
% escalão etário 1,9% ,9% 1,0% 1,1% 2,0% 1,2% 1,3%
Pertencentes a N 5 9 8 3 1 0 26
outras religiões
% posição 19,2% 34,6% 30,8% 11,5% 3,8% ,0% 100,0%
religiosa
% escalão etário 1,0% 1,1% 1,3% ,5% ,2% ,0% ,7%
32
A observação dos efeitos que a variável «sexo» introduz na caracterização da amostra por classes de
posição religiosa permite concluir que a atitude de não filiação religiosa é preponderantemente
masculina, os não crentes constituem mesmo o conjunto mais masculinizado. Este perfil tem uma
expressão acentuada também entre os crentes de outras religiões – podemos colocar a hipótese de
que, neste caso, a sobrerrepresentação masculina se poderá dever aos efeitos da imigração, situação
em que, com frequência, a mobilidade é protagonizada, num primeiro tempo, pelos homens da
família. Nas outras classes de pertença religiosa a população masculina e feminina reparte-se com
equilíbrio. Dentro deste universo, os católicos apresentam-se como o subconjunto mais feminizado –
este é um dos casos em que, tratando-se de quase 80% da população portuguesa, podem verificar-se
proporções similares às que descrevem a sociedade portuguesa em geral (cf. Quadro 33).
Sexo
Posições religiosas Total
Masculino Feminino
N 261 106 367
Não crentes
% 71,1% 28,9% 100,0%
N 106 70 176
Crentes sem religião
% 60,2% 39,8% 100,0%
N 49 41 90
Protestantes (inclui evangélicos)
% 54,4% 45,6% 100,0%
N 27 26 53
Outros cristãos
% 50,9% 49,1% 100,0%
N 25 23 48
Testemunhas de Jeová
% 52,1% 47,9% 100,0%
N 18 8 26
Pertencentes a outras religiões
% 69,2% 30,8% 100,0%
Se juntarmos os dois itens que correspondem aos graus mais elevados de escolarização, os não
crentes apresentam-se como a população com uma maior proporção de respondentes que
33
concluíram ciclos de estudos superiores (29,4%). A taxa percentual relativa a estes ciclos de
escolarização é também relevante na população que constitui o grupo dos pertencentes a outras
religiões (23,1%). No entanto, este item tem uma distribuição atípica neste conjunto, uma vez que
aqui encontramos o número relativo mais elevado de respondentes com Mestrado e Doutoramento,
mas também o número mais elevado de informantes sem qualquer escolarização. Essa distribuição
deverá explicar-se pela grande heterogeneidade desta população. O grupo dos outros cristãos atinge
nestes níveis de ensino a percentagem de 17%, número para o qual contribuirá a imigração de Leste.
A população católica, porque constitui a larga maioria da população, apresenta indicadores próximos
das médias nacionais – nela se refletem, portanto, as condições históricas que enquadram o perfil de
escolarização atual dos portugueses, com uma preponderância dos ciclos de escolarização
obrigatória, segundo as diferentes gerações (cf. Quadro 34).
Frequência ensino
4º ano/ 1º ciclo do
6º ano/ 2º ciclo do
9º ano/ 3º ciclo do
Nunca andou na
Secundário/ 12º
Curso Superior,
Doutoramento
Ensino Básico
Ensino Básico
Ensino Básico
Curso Médio/
Licenciatura
Mestrado,
superior
Posições religiosas
escola
ano
Total
Não crentes N 6 23 33 77 84 36 84 24 367
% 1,6% 6,3% 9,0% 21,0% 22,9% 9,8% 22,9% 6,5% 100,0
%
Crentes sem N 4 17 21 62 35 10 21 7 177
religião % 2,3% 9,6% 11,9% 35,0% 19,8% 5,6% 11,9% 4,0% 100,0
%
Católicos N 112 1026 361 691 432 93 291 46 3052
% 3,7% 33,6% 11,8% 22,6% 14,2% 3,0% 9,5% 1,5% 100,0
%
Protestantes N 1 9 15 28 26 4 4 3 90
(inclui % 1,1% 10,0% 16,7% 31,1% 28,9% 4,4% 4,4% 3,3% 100,0
evangélicos)
%
Outros N 1 6 2 22 12 1 6 3 53
cristãos
% 1,9% 11,3% 3,8% 41,5% 22,6% 1,9% 11,3% 5,7% 100,0
%
Testemunhas N 0 18 3 17 8 0 2 1 49
de Jeová % ,0% 36,7% 6,1% 34,7% 16,3% ,0% 4,1% 2,0% 100,0
%
Pertencentes N 2 4 6 3 4 1 2 4 26
a outras
% 7,7% 15,4% 23,1% 11,5% 15,4% 3,8% 7,7% 15,4% 100,0
religiões
%
Total N 126 1103 441 900 601 145 410 88 3814
Quadro 34: Composição das classes de posição religiosa segundo o grau de instrução
34
As identidades crentes não são homogéneas quanto à sua descrição socioprofissional. Os não crentes
distinguem-se pelo facto de neles estar representado o maior número relativo de «especialistas das
profissões intelectuais e científicas». Os crentes sem religião encontram-se preponderantemente
entre o «pessoal dos serviços e vendedores» e os «operários, artífices e trabalhadores similares»,
perfil socioprofissional muito próximo da maioria católica, embora, o número relativo de
«especialistas das profissões intelectuais e científicas» e de «quadros superiores» seja superior entre
os crentes sem religião. Os protestantes e evangélicos apresentam uma ampla transversalidade na
sociedade, se tivermos em conta a diversidade dos conjuntos socioprofissionais. Há uma
preponderância na sua inscrição entre o «pessoal dos serviços e vendedores» e os «trabalhadores
não qualificados», mas note-se que a proporção dos «quadros superiores», dos «especialistas das
profissões intelectuais e científicas», bem como os «técnicos e profissionais de nível intermédio» é
superior à registada entre a maioria católica. As Testemunhas de Jeová distribuem-se
preponderantemente pelo grupo dos «operários, artífices e trabalhadores similares», pelo «pessoal
dos serviços e vendedores» e pelos «trabalhadores não qualificados. Mas sublinhe-se que, logo a
seguir aos pertencentes a outras religiões, são o universo que conta com o maior número relativo de
«técnicos e profissionais de nível intermédio». Também no que diz respeito a este indicador, o
conjunto dos outros cristãos revela a sua heterogeneidade, circunstância que ajuda a compreender a
sua disseminação por todos os grupos socioprofissionais, embora com uma preponderância relativa
entre os «operários, artífices e trabalhadores similares» e «trabalhadores não qualificados». Os
pertencentes a outras religiões constituem o conjunto populacional menos distribuído, quando à
diversidade de classes socioprofissionais: 60% concentram-se no conjunto dos «operários, artífices e
trabalhadores similares» e entre o «pessoal dos serviços e vendedores», 40% distribui-se pelos
«especialistas das profissões intelectuais e científicas» e pelos «técnicos e profissionais de nível
intermédio» (cf. Quadro 35).
35
Posições religiosas
Testemunhas
Pertencentes
Crentes sem
evangélicos)
Protestantes
Não crentes
Profissão/ocupação, atual ou
Católicos
de Jeová
religiões
a outras
cristãos
religião
Outros
(inclui
última
Total
Quadros superiores da N 11 10 86 3 3 0 0 113
admin. pública, % 4,1% 7,0% 3,5% 4,3% 6,3% ,0% ,0% 3,8%
dirigentes e quadros
sup de empresa
Especialistas das N 80 16 210 7 3 1 5 322
profissões intelectuais
% 30,1% 11,2% 8,7% 10,1% 6,3% 2,7% 25,0% 10,7%
e científicas
Quadro 35: Composição das classes de posição religiosa segundo conjuntos socioprofissionais
36
CRENÇAS, ATITUDES E VALORES
Para se construir uma aproximação às representações que descrevem o lugar das crenças religiosas
no sistema de valores dos respondentes, perguntou-se:
Acha que a sua crença religiosa faz com que se sinta diferente Respostas
dos outros a respeito de: N % % de casos
Sentido da vida 1252 14,2% 36,3%
Preocupação com a pobreza, a guerra e a fome 963 10,9% 27,9%
Desejo de ajudar os outros 1128 12,8% 32,7%
Capacidade de perdoar 996 11,3% 28,9%
Aceitação da dor e da morte 645 7,3% 18,7%
Desejo de ser melhor 846 9,6% 24,5%
Competência no trabalho 332 3,8% 9,6%
Valor que dá à família 931 10,5% 27,0%
Honestidade no pagamento dos impostos 273 3,1% 7,9%
Participação na vida cívica e política 233 2,6% 6,7%
Ns/Nr 1232 14,0% 35,8%
Total 8831 100,0% 256,2%
Quadro 36: Autorrepresentações acerca dos efeitos da crença religiosa nas atitudes e valores
As autorrepresentações relativas aos efeitos da crença religiosa na vida dos indivíduos inquiridos
têm um grau elevado de distribuição. Quanto às preponderâncias, sublinhem-se as proposições que
exprimem a religião enquanto sentido de orientação pessoal, bem como as relativas à moral
humanitária ou aos valores altruístas; as proposições relativas ao senso político apresentam
frequências baixas:
Quadro 37: Categorização das autorrepresentações acerca dos efeitos da crença religiosa nas atitudes e valores
37
Recorrendo à análise de estereótipos, é possível obter uma aproximação às representações mais
comuns, na sociedade portuguesa, acerca dos efeitos sociais e existenciais da presença da Igreja
católica na sociedade portuguesa. Pode observar-se que os estereótipos positivos têm valores de
concordância elevados. Os estereótipos positivos têm taxas de concordância acima dos 54%. Há dois
que se destacam: o que diz respeito ao contributo da Igreja católica no acompanhamento das pessoas
sós (80,2), e o que se refere a experiência do sentido da vida (71%). Trata-se da expressão de um
reconhecimento alargado da importância dos dinamismos católicos na proteção face a certas
vulnerabilidades e no contributo para a construção de sistemas personalizáveis de sentido. De entre
os estereótipos negativos, a representação dos efeitos negativos da Igreja católica para a liberdade
religiosa em Portugal apresenta-se como e enunciado que recolhe uma maior concordância (28,9),
mas a uma distância grande das percentagens que encontrámos nos estereótipos positivos.
%
Proposições
concordo8
Sem a Igreja católica, em Portugal, haveria mais pobreza 55
Sem a Igreja católica, em Portugal, muitos (idosos, doentes) ficariam mais sós 80,2
Sem a Igreja católica, em Portugal, muitos não encontrariam um sentido para a vida 71
Sem a Igreja católica, em Portugal, muitos morreriam sem esperança 66,5
Sem a Igreja católica, em Portugal, haveria mais progresso 19
Sem a Igreja católica, em Portugal, as pessoas seriam mais empreendedoras 22,5
Sem a Igreja católica, em Portugal, haveria mais liberdade religiosa 28,9
Sem a Igreja católica, em Portugal, haveria mais liberdade individual 24
Quadro 38: Grau de concordância relativa a enunciados acerca da Igreja Católica na sociedade portuguesa
O quadro mostra que há um interesse moderado pelos assuntos de índole religiosa na esfera pública
comunicativa. Deteta-se a preponderância de aspetos mais performativos – «as cerimónias
religiosas» (60,5%), «concentrações de crentes em grandes acontecimentos» (55,2%) –, mas também
traços esperados da influência de uma maioria católica9 – «o Papa ou outras personalidades
religiosas com reconhecimento público» (58,1%) –, bem como os assuntos ligados à Bíblia ou a
outros livros sagrados (57,1%), património que recentemente tem sido reapropriado pelo mercado
da ficção e do entretenimento.
8De acordo com a escala de concordância usada, reúne os graus «concordo totalmente» e «concordo
parcialmente», tendo em conta o universo das respostas válidas.
9Sublinhe-se que outros estudos têm mostrado que há uma particular interesse pela presença de
personalidades religiosas no espaço massmediático, para além da geografia católica.
38
Com frequência, os media (jornais, televisão, etc.) tratam de assuntos religiosos. %
Indique qual o seu grau de interesse por esses assuntos:
interesse10
As novas correntes religiosas 31,2
A posição das Igrejas ou comunidades religiosas no domínio da ética e da moral 49,6
O Papa ou outras personalidades religiosas com reconhecimento público 58,1
As concentrações de crentes em grandes acontecimentos 55,2
Assuntos relativos à espiritualidade 33,8
A violência exercida em nome da religião 44,2
Doutrinas das religiões 40,3
A arte e o património religioso 54,4
A Bíblia ou outros livros sagrados das religiões 57,1
A atividade da Igreja Católica ou de outras comunidades religiosas 54,4
As cerimónias religiosas 60,5
%
Enunciados crentes
concordo11
a) Existem forças sobrenaturais no universo que influenciam as nossas vidas 70
b) Existe um poder superior 83,9
c) Existem energias cósmicas que influenciam o nosso destino 60,1
d) Deus existe e fez-se conhecer na pessoa de Jesus Cristo 78.7
e) Deus é uma invenção humana 24,6
f) A alma reencarna numa outra vida 43,7
g) Depois da morte, tudo acaba 40,6
h) A ressurreição de Jesus Cristo dá sentido à morte 63,7
i) Não sabemos o que acontece depois da morte 79,6
j) A morte é uma passagem para outra existência 65,4
k) A humanidade caminha para a unidade numa única religião 24,9
l) O Reino de Deus anunciado por Jesus Cristo é o futuro da humanidade 52,1
m) O fim do mundo está próximo 24,6
n) A ciência e a técnica preparam um futuro melhor para a humanidade 68
o) O futuro da humanidade está dependente das nossas escolhas éticas e morais 82,3
p) A democracia é a melhor garantia para o futuro da humanidade 65,1
q) Cada um está entregue a si próprio 63,5
r) Ninguém muda o seu destino 51,8
10Segundo a escala de interesse usada, reúne os graus «muito interesse» e «algum interesse», considerando o
universo das respostas válidas.
11De acordo com a escala de concordância usada, reúne os graus «concordo totalmente» e «concordo
parcialmente», tendo em conta o universo das respostas válidas. Deve, no entanto, explicitar-se que, nesta
pergunta, encontramos percentagens de «não respostas» que se situam entre os 5,9% e os 15,6 – nos cálculos
apresentados neste quadro, não estão incluídas as «não respostas».
39
As proposições que aqui se apresentam remetem para algumas zonas de significação religiosa
particularmente relevantes nas sociedades com uma história cristã de longo curso, formulando
explicitamente algumas verdades da fé cristã, enunciando formulações mais abertas ou sinalizando
crenças mais recentes na sociedade portuguesa. Mas os enunciados denotativamente religiosos são
acompanhados de outros que dizem respeito aos valores que orientam a vida coletiva. Assim,
podemos encontrar três eixos principais: o reconhecimento de uma identidade supra-empírica; a
adesão às representações sobre a morte e o destino individual; a adesão a valores orientadores da
vida coletiva.
O modo de construção da coletividade tem uma forte relação com os dinamismos de associação numa
sociedade. A pergunta acerca da inscrição associativa dos respondentes volta a mostrar que este
dinamismo de sociabilidade não tem, em Portugal, a importância que se descobre noutras sociedades.
Observe-se que em 79,7% dos casos, os informantes declararam não pertencer a qualquer associação
(cf. Quadro 40).
40
Respostas
Pertence a algum dos seguintes grupos?
N % % de casos
Sindicato ou associação profissional 197 4,9% 5,1%
Partido ou movimento político 100 2,5% 2,6%
Associação recreativa ou cultural 136 3,4% 3,5%
Associação ou grupo religioso 105 2,6% 2,7%
Clube desportivo 241 6,0% 6,3%
Associação de estudantes 67 1,7% 1,7%
Associação de solidariedade ou ação social 102 2,5% 2,7%
Não pertence a nenhuma associação 3057 75,7% 79,7%
Outro 31 ,8% ,8%
Total 4036 100,0% 105,2%
Posições religiosas
Pertença Crentes Protestantes Pertencentes
Não Outros Testemunhas Total
associativa sem Católicos (inclui a outras
crentes cristãos de Jeová
religião evangélicos) religiões
Sindicato ou N 40 11 139 3 3 0 0 196
associação
profissional % 10,9% 6,1% 4,6% 3,4% 5,1% ,0% 1,0%
Partido ou N 19 5 72 0 3 0 0 100
movimento
político % 5,1% 2,9% 2,4% ,5% 6,3% ,0% ,0%
Associação N 11 6 110 4 2 0 2 134
recreativa ou
cultural % 2,9% 3,3% 3,6% 4,3% 4,6% ,0% 6,3%
Associação N 2 5 83 4 3 7 2 105
ou grupo
religioso % ,4% 3,0% 2,7% 4,0% 6,1% 13,4% 8,0%
Os dados mostram, também, que há uma correlação negativa entre pertença religiosa e outras formas
de associação – como já foi observado noutros estudos. Note-se que é entre os não crentes e os
crentes sem religião que encontramos as frequências mais elevadas quanto à participação em
dinamismos associativos. Esta correlação precisa de ser analisada com a aproximação de outras
41
variáveis. No entanto, podem ser anotadas algumas saliências, no conjunto dos dados por posição
religiosa. Entre os cristãos não católicos, os membros das Testemunhas de Jeová e os pertencentes a
outras religiões não cristãs encontramos uma quase ausência de militância política. Os outros
cristãos apresentam uma taxa de adesão a formas de associação de solidariedade ou ação social
bastante acima das outras posições religiosas (12,8% dos casos). A mesma saliência se descobre
entre os pertencentes a outras religiões não cristãs relativamente ao associativismo cultural e
recreativo (6,3% dos casos). O associativismo religioso sofre algum incremento entre os outros
cristãos, os pertencentes a outras religiões não cristãs, com uma particular relevância entre os
membros das Testemunhas de Jeová (12,8% dos casos). Na leitura destes dados não se deve perder
de vista o seu contexto, ou seja, o modo como as minorias religiosas se inscrevem no tecido social
português. Tirando a população constituída por membros das Testemunhas de Jeová, trata-se de
conjuntos heterogéneos, nos quais encontramos comunidades religiosas que usaram figuras cívicas
de associação para organizarem a sua presença coletiva na sociedade portuguesa (cf. Quadro 41).
42
Quando pensa no futuro do nosso país, o que sente principalmente?
Posições religiosas Esperança/ Preocupação/ Total
Indiferença Descrença
confiança inquietação
N 56 23 223 42 344
Não crentes
% 16,3% 6,7% 64,8% 12,2% 100,0%
N 27 3 118 25 173
Crentes sem religião
% 15,6% 1,7% 68,2% 14,5% 100,0%
N 43 2 34 9 88
Protestantes (inclui
evangélicos) % 48,9% 2,3% 38,6% 10,2% 100,0%
N 21 3 23 0 47
Outros cristãos
% 44,7% 6,4% 48,9% ,0% 100,0%
N 13 9 20 4 46
Testemunhas de Jeová
% 28,3% 19,6% 43,5% 8,7% 100,0%
N 8 6 8 3 25
Pertencentes a outras
religiões % 32,0% 24,0% 32,0% 12,0% 100,0%
Quadro 42: Atitudes face ao futuro do país por classes de posição religiosa
43
PRÁTICA CULTUAL
É na geografia católica que as percentagens dos que se autoclassificam como praticantes e não-
praticantes mais se aproximam, mesmo se se mantém a preponderância dos praticantes (56,1%). Os
números mostram que esta dupla classificação é relevante sociologicamente, não só para identidade
católica mas também para as outras identidades religiosas. A observação destes números não deve
perder de vista estes dois eixos de leitura:
O primeiro tópico é particularmente relevante no caso das tradições religiosas em que a objetividade
social das práticas, para além das dimensões comunitárias, se exprime de forma mais individualizável
e em contexto doméstico. Esta diferença pode ajudar a explicar porque é que o fator «imigração»
pode ter efeitos diferentes no grupo dos outros cristãos ou nos pertencentes a uma religião não
cristã.
44
(SE É CRENTE E TEM UMA
RELIGIÃO) Considera-se praticante
Crentes pertencentes a uma religião ou não da sua religião?
Protestantes (inclui N 76 14 90
evangélicos)
% 84,4% 15,6% 100,0%
Outros cristãos N 31 21 52
% 59,6% 40,4% 100,0%
Testemunhas de Jeová N 36 12 48
% 75,0% 25,0% 100,0%
Quadro 43: Distribuição dos crentes com religião segundo autoclassificação praticante/não -praticante
Respostas
Por que razões é praticante?
N % % de casos
Educação e tradição familiar 1397 34,2% 74,9%
Conforto espiritual 471 11,5% 25,2%
Melhoria das condições materiais de vida 43 1,1% 2,3%
Cumprimento do dever para com Deus 244 6,0% 13,1%
Crença/ fé pessoal 1126 27,6% 60,3%
Ser coerente com a minha consciência 155 3,8% 8,3%
Ser fiel a mim próprio 261 6,4% 14,0%
Obtenção da saúde e da proteção de Deus 166 4,1% 8,9%
Acontecimento importante da vida pessoal (doença, sofrimento, alegria, etc.) 56 1,4% 3,0%
Obter a salvação eterna 85 2,1% 4,5%
Outro 8 ,2% ,4%
Ns/Nr 70 1,7% 3,7%
Total 4081 100,0% 218,7%
45
expressão que sublinham as dimensões de convicção pessoal, mais próximas de uma cultura de
afirmação do self (cf. Quadro 44).
Quando observamos as razões pelas quais os crentes se autoclassificam como praticantes (trata-se de
uma questão de resposta múltipla), deparamo-nos com distribuições significativamente
diferenciadas a partir da pertença religiosa. No caso católico, a manutenção de uma identidade por
transmissão (no quadro de uma socialização primária) tem uma particular preponderância (78,8%
dos casos), como aliás é recorrente no contexto de identidades religiosas maioritárias. No contexto da
identidade católica, a resposta «crença/fé pessoal» é também particularmente valorizada (61,2% dos
casos) – perfil que se repete entre as Testemunhas de Jeová (70,5% dos casos)12. O conjunto dos
dados aponta para a possibilidade de subsistir, em muitos dos inquridos, uma relação modular entre
a manutenção de uma identidade familiar, a expressão de uma lealdade crente face à tradição
religiosa de origem e a relação com um universo pessoal de crenças que se reconhece como tendo
origem nessa tradição. Os respondentes que se classificaram como católicos praticantes apresentam-
se pouco sensíveis as dimensões pragmáticas do crer («melhoria das condições materiais de vida»,
1,8% dos casos; «obtenção da saúde e da proteção de Deus», 8,7%). Mas esta dimensão pragmática e
intramundana de exprimir a identidade religiosa tem ainda uma menor relevância entre os
pertencentes a religiões não cristãs, onde a educação, o conforto espiritual e a crença/fé pessoal
assumem uma particular relevância. O conjunto formado pelos protestantes (incluindo evangélicos) é
aquele que apresenta uma maior distribuição por todas as respostas – que será um reflexo da sua
própria heterogeneidade. Ainda assim, registem-se as preponderâncias que se descobrem nos fatores
«conforto pessoal»13 e «crença/fé pessoal». Sublinhe-se, por último, que o grupo dos respondentes
católicos se apresenta como aquele em que é menos relevante a articulação da identidade crente
praticante com as expectativas de uma salvação extramundana. Trata-se do conjunto em que
encontramos uma menor percentagem de casos no item «obter a salvação eterna» (3,5% dos casos) –
cf. Quadro 45.
12No entanto, este traço não tem, nas Testemunhas de Jeová, a mesma articulação com a educação familiar e a
socialização primária, uma vez que esta população é a que menos usou este tópico de resposta.
13A par dos pertencentes a uma religião não cristã (embora com uma distribuição diferente), esta é a população
em que o item «conforto espiritual» tem uma mais clara preponderância, o que traduz a prioridade dada, na
identificação religiosa, aos aspetos que se configuram como «experiência» pessoal.
46
Crentes com religião
Testemunhas
Pertencentes
evangélicos)
Protestantes
não cristãs
a religiões
Católicos
de Jeová
cristãos
Porque é praticante?
Outros
(inclui
Total
Educação e tradição familiar N 1341 27 12 5 12 1397
% 78,8% 34,9% 38,4% 14,6% 58,9%
Conforto espiritual N 408 31 7 14 12 471
% 24,0% 40,3% 21,4% 39,7% 55,9%
Melhoria das condições N 30 7 3 3 0 43
materiais de vida
% 1,8% 9,2% 9,1% 9,2% ,0%
Cumprimento do dever para N 206 18 6 12 2 244
com Deus
% 12,1% 24,1% 20,0% 31,8% 8,4%
Crença/ fé pessoal N 1040 35 12 26 12 1126
% 61,2% 46,2% 40,5% 70,5% 56,1%
Ser coerente com a minha N 128 9 6 10 1 155
consciência
% 7,5% 11,4% 20,8% 27,5% 6,9%
Ser fiel a mim próprio N 235 10 9 5 3 261
% 13,8% 12,5% 28,8% 12,5% 15,1%
Obtenção da saúde e da N 149 9 2 5 1 166
protecção de Deus
% 8,7% 12,3% 5,2% 14,8% 6,6%
Acontecimento importante da N 50 4 0 0 1 56
vida pessoal (doença,
% 2,9% 5,7% ,0% ,0% 6,9%
sofrimento, alegria, etc.)
Obter a salvação eterna N 60 13 4 6 2 85
% 3,5% 17,2% 13,0% 17,2% 7,9%
Outro N 6 1 0 1 0 8
% ,4% 1,3% ,0% 2,2% ,0%
Ns/Nr N 59 5 3 1 2 70
% 3,5% 6,5% 8,2% 3,6% 8,4%
Total N 1701 76 31 36 21 1866
Indícios comparáveis podem descobrir-se nas respostas relativas às razões pelas quais alguém,
mesmo declarando-se pertencente a uma religião não se considera «praticante». A resposta mais
sublinhada (em 35,4% dos casos) é de ordem pragmática - «falta de tempo»14. A estas razões de
ordem prática, podem juntar-se as limitações de ordem física – particularmente importantes num
contexto de envelhecimento populacional (em 5,4% dos casos). A «falta de tempo» é imediatamente
seguida de uma outra saliência (33,3%) - «entende que pode ter a sua fé sem prática religiosa» -, o
que traduz a preponderância de uma certa disjunção entre «crença/fé» e a «prática» que a pode
objetivar. Esse intervalo permite margens mais amplas de recomposição individual das próprias
representações religiosas e favorece o distanciamento individual e familiar dos contextos
14 O «desleixo e o descuido» surgem em terceiro lugar (23%), quanto à relevância estatística. Este perfil, se o
aproximarmos à «falta de tempo», aponta para a possibilidade de manutenção de uma identidade religiosa no
longo curso da história de vida, sem que tais referências crentes tenham uma presença muito relevante na
organização dos rimos do quotidiano.
47
institucionais de regulação do campo religioso. Mas se tivermos em conta os dados relativos à
variável anterior, esta autonomia não implica necessariamente uma rutura com a tradição religiosa
em que se foi socializado. Deve sublinhar-se ainda que em apenas 2,5% dos casos a desvinculação da
«prática» se deve a razões de disciplina normativa – ou seja, exclusão em razão das normas que
regulam as expressões da pertença a uma tradição ou comunidade religiosa. Mais relevantes são as
razões decorrentes da apreciação que se faz dos protagonistas do campo religioso («não quer ir à
igreja ou templo por causa do padre, pastor ou responsável» 6,9%) – cf. Quadro 45.
Respostas
Porque não pratica?
N % % de casos
Falta de tempo 489 24,9% 35,4%
Mau exemplo dos praticantes 173 8,8% 12,5%
Falta de saúde ou de condições físicas para se deslocar à igreja ou 74 3,8% 5,4%
ao templo
Falta de local de culto na zona de residência 30 1,5% 2,1%
Acontecimento importante da vida pessoal (doença, sofrimento, 36 1,8% 2,6%
alegrias…)
Não quer ir à igreja ou templo por causa do padre, pastor, ou 95 4,9% 6,9%
responsável
Meio ambiente desfavorável à prática religiosa 53 2,7% 3,8%
Tradição familiar e falta de educação religiosa 30 1,5% 2,1%
Entende que pode ter a sua fé sem prática religiosa 461 23,5% 33,3%
Situação irregular face às normas da sua Igreja ou comunidade 35 1,8% 2,5%
religiosa
Desleixo, descuido 318 16,3% 23,0%
Outra 101 5,1% 7,3%
Ns/Nr 65 3,3% 4,7%
Total 1958 100,0% 141,7%
As razões e motivações apontadas pelos autoclassificados não praticantes apontam em todas classes
de pertença religiosa para a ordem pragmática, que se exprime na resposta «falta de tempo». As
condições de enquadramento comunitário são decisivas no caso dos crentes pertencentes ao grupo
dos outros cristãos ou ao de outra religião não cristã - «falta de local de culto na zona de residência»,
em 58% dos casos. As representações de desleixo e descuido são particularmente salientes entre os
outros cristãos (53,9% dos casos) e entre as Testemunhas de Jeová (48,2% dos casos). É também
entre estes que as razões da não prática se podem exprimir por via de uma clivagem mais objetivável
– «situação irregular face às normas da sua Igreja ou comunidade religiosa», em 17,1% dos casos.
Sublinhe-se que, entre os católicos que se autoclassificam como não praticantes, esse traço de
clivagem tem uma fraca representação (2,4% dos casos). Deve colocar-se a hipótese de que, tendo em
conta que, neste caso, a identidade se exprime num distanciamento prático em relação à tradição
religiosa a que se pertence, grande parte destes respondentes católicos não está em condições de
reconhecer os próprios limites normativos da Igreja Católica. Importa sublinhar ainda que é entre os
48
católicos que o indicador de individualização crente é mais saliente - «entende que pode ter a sua fé
sem prática religiosa», 33,9% dos casos (cf. Quadro 47).
Testemunhas
Pertencentes
evangélicos)
Protestantes
não cristãs
a religiões
Católicos
de Jeová
cristãos
Outros
(inclui
Total
Falta de tempo N 469 8 8 2 2 489
% 35,3% 55,4% 36,8% 14,4% 42,0%
Mau exemplo dos praticantes N 171 2 0 0 0 173
% 12,9% 12,8% ,0% ,0% ,0%
Falta de saúde ou de condições N 74 0 0 0 0 74
físicas para se deslocar à igreja % 5,6% ,0% ,0% ,0% ,0%
ou ao templo
Falta de local de culto na zona N 20 0 7 0 3 30
de residência % 1,5% ,0% 33,8% ,0% 58,0%
Acontecimento importante da N 35 0 0 1 0 36
vida pessoal (doença, % 2,6% ,0% ,0% 7,4% ,0%
sofrimento, alegrias…)
Não quer ir à igreja ou templo N 94 0 2 0 0 95
por causa do padre, pastor, ou % 7,1% ,0% 7,3% ,0% ,0%
responsável
Meio ambiente desfavorável à N 52 1 0 0 0 53
prática religiosa
% 3,9% 5,4% 2,0% ,0% ,0%
Tradição familiar e falta de N 29 0 1 0 0 30
educação religiosa % 2,2% ,0% 3,3% ,0% ,0%
Entende que pode ter a sua fé N 451 2 5 2 0 461
sem prática religiosa % 33,9% 16,1% 25,5% 13,0% ,0%
Situação irregular face às N 31 0 2 2 0 35
normas da sua Igreja ou
% 2,4% ,0% 7,3% 17,1% ,0%
comunidade religiosa
Desleixo, descuido N 301 0 11 6 0 318
% 22,6% ,0% 53,9% 48,2% ,0%
Outra N 99 0 0 0 1 101
% 7,4% 2,1% ,0% ,0% 29,8%
Ns/Nr N 62 1 0 2 0 65
% 4,7% 8,2% ,0% 14,5% ,0%
Total N 1330 14 21 12 5 1382
Quadro 47: Razões para ser não praticante segundo classes de posição religiosa
49
A PRÁTICA DOS CATÓLICOS
Tendo em conta o universo dos católicos, a pergunta relativa à frequência com que se vai à missa
permitiu construir um retrato social dos comportamentos para além da categoria de praticante como
autoclassificação. O questionário permitiu detetar uma diversidade que não se deixa descrever pelo
simples disjunção praticante/não-praticante (cf. Quadro 48).
Para se encontrar um modelo, que desse conta da diversidade dos comportamentos, construiu-se o
seguinte quadro categorial:
Nunca
Católico nominal
50
Observando os dados a partir deste quadro categorial, descobre-se uma enorme distribuição de
comportamentos. O grupo mais numeroso é constituído pelos praticantes ocasionais (25,2%), mas
logo seguido dos observantes (23,6%). Note-se que o grupo percentualmente menos representativo é
o dos nominais (10,3%). Entre os que apresentam indícios de «prática», os militantes – que
apresentam um perfil de inscrição mais vincada na eclesiosfera católica – apresentam-se como os
menos numerosos (11%). Se tomarmos como mínimo denominador comum, para a definição
genérica do «católico praticante», a frequência de pelo menos uma vez por mês – opção presente em
diversos contextos de investigação acerca da «prática» nas Igrejas cristãs –, obter-se-ia a taxa de
49,1%, no caso de termos como referência o universo dos que se declaram católicos nesta
amostragem, e 38,4% em relação ao total da amostra. No entanto, a desagregação, neste caso, produz
mais informação (cf. Quadro 50).
A comunhão e a confissão, com significados diferentes, têm sido um laboratório de análise das
transformações que descrevem o comportamento ritual dos católicos. Neste domínio, interessa
observar as três classes de praticantes que mais se aproximam de um nível de integração em que
estas práticas podem ter relevância. Parece claro que uma parte importante dos que estão presentes
na missa dominical, tendencialmente uma vez por mês, são não comungantes – 39% afirma nunca
comungar (esta atitude pode corresponder a uma consequência que se retira do facto de não se
manter um prática observante, ou ser apenas mais um indicador característico de um primeiro nível
de distanciamento em relação à regulação institucional das práticas).
Entre os observantes e os militantes temos, neste domínio, diferenças importantes: 18% dos
observantes e 7,6% dos militantes nunca comungam; a comunhão em todos os domingos e dias
santos atinge, respetivamente, os 37,3% e os 59,8%. O distanciamento da prática da confissão é mais
acentuado, afetando principalmente o conjunto dos praticantes regulares e dos observantes. Se
observarmos o quadro, é entre os militantes que a confissão, pelo menos anual, tem uma maior
expressão – 38,5% confessam-se uma a duas vezes por ano (cf. Quadros 51 e 52).
51
Com que frequência costuma comungar?
Raramente
7-11 vezes
Católicos segundo
Domingos
ou menos
Mais de 1
1-2 vezes
3-6 vezes
1-2 vezes
Todos os
de 1 vez
a prática
por mês
semana
por ano
por ano
por ano
por ano
vez por
santos
Nunca
e dias
Total
Católico N 295 9 0 0 0 0 1 0 305
nominal
% 96,7% 3,0% ,0% ,0% ,0% ,0% ,3% ,0% 100,0%
Católico N 441 242 50 5 2 1 3 2 746
praticante
% 59,1% 32,4% 6,7% ,7% ,3% ,1% ,4% ,3% 100,0%
ocasional
Católico N 221 122 22 61 34 1 1 0 462
praticante
% 47,8% 26,4% 4,8% 13,2% 7,4% ,2% ,2% ,0% 100,0%
irregular
Católico N 168 119 19 13 12 98 2 0 431
praticante
% 39,0% 27,6% 4,4% 3,0% 2,8% 22,7% ,5% ,0% 100,0%
regular
Católico N 132 124 61 30 10 54 261 27 699
observante
% 18,9% 17,7% 8,7% 4,3% 1,4% 7,7% 37,3% 3,9% 100,0%
Católico N 25 20 13 10 4 31 196 29 328
militante
% 7,6% 6,1% 4,0% 3,0% 1,2% 9,5% 59,8% 8,8% 100,0%
Total N 1282 636 165 119 62 185 464 58 2971
% 43,2% 21,4% 5,6% 4,0% 2,1% 6,2% 15,6% 2,0% 100,0%
Mais que 1
7-11 vezes
Católicos segundo a
por ano
Nunca
prática
ano
ano
Total
Católico N 294 11 0 0 1 0 0 306
nominal
% 96,1% 3,6% ,0% ,0% ,3% ,0% ,0% 100,0%
52
Quadro 52: Frequência da confissão segundo os diferentes modos de identificação católica
Tendo em conta que a «prática» católica se desenvolveu, no regime paroquial, no quadro de pertença
local, importa determinar, por um lado, o grau de estabilidade desse comportamento relativamente
aos locais de celebração (cf. Quadro 53), por outro, o grau de articulação dessas práticas com o
sistema paroquial (cf. Quadro 55).
Se se isolar o conjunto dos respondentes católicos que dizem ir à missa obtém-se um quadro relativo
mais claro, uma vez que se excluem os que nunca vão. Neste caso, 69,2 % para os praticantes com
uma relação de fidelização a um local de culto e 30,8% para comportamentos de itinerância (cf.
Quadro 53)
A presença na missa continua particularmente vinculada à igreja paroquial de residência (67,7 dos
casos%); em 10,6% dos casos, os inquiridos frequentam uma igreja ou uma capela de outra paróquia
(cf. Quadro 55).
Respostas
O local (ou locais) onde vai mais frequentemente à Missa dominical é:
N % % de casos
A igreja paroquial da residência 2065 66,1% 67,7%
Uma capela ou centro de culto da paróquia da residência 91 2,9% 3,0%
Uma igreja ou capela doutra paróquia 323 10,3% 10,6%
Uma igreja ou capela duma Congregação ou Instituto religioso 20 ,6% ,6%
Outro local 189 6,1% 6,2%
Ns/Nr 436 14,0% 14,3%
Total 3124 100,0% 102,4%
3052 valid cases; 785 missing cases.
53
A estabilidade de inscrição num lugar tem proporções diferentes se estratificarmos esta população a
partir das quatro classes de praticantes mais presentes nas assembleias dominicais15. É entre os
irregulares que encontramos também uma maior variabilidade quanto à prática do território; mas
também entre os regulares encontramos um importante rasto de mobilidade (31,3% dos casos). Esta
evidência permitirá perseguir a hipótese de que a regularidade de uma prática mensal se exprime no
quadro de uma certa desterritorialização (ou descomunitarização) da identidade crente e se articula
com outras práticas de mobilidade. Entre os observantes e os militantes os sinais de itinerância e
mobilidade, quanto à frequência das assembleias dominicais, são menos relevantes. Se excluirmos os
nominais e os ocasionais, a percentagem de casos, relativos à participação habitual num local de culto
fora da paróquia de residência, diminui entre os irregulares e os militantes. O rasto de uma maior
comunitarização das práticas tende, assim, a valorizar os dinamismos de proximidade (cf. Quadro
56).
observante
praticante
praticante
praticante
ocasional
militante
irregular
Católico
Católico
Católico
Católico
Católico
regular
Local mais frequente de participação na missa
Católico
nominal
Quadro 56: Local mais frequente de participação na missa segundo categorias de católicos
As razões preponderantes, que presidem à «escolha» do local de participação na Missa dominical, são
de ordem pragmática. Em primeiro lugar, por estar mais perto da residência principal (61,4% dos
casos, tendo como universo a população católica). O mesmo perfil se descobre na resposta «tem o
15Observe-se que alguns respondentes não conservam uma coerência total nas respostas acerca da prática,
uma vez que até entre praticantes regulares temos respondentes que assinalam a resposta «não vai à missa».
Trata-se, no entanto, de valores residuais.
54
horário que lhe convém mais» (11,7%). Sublinhe-se a relevância da percentagem de casos que
responderam «gosta mais da celebração aí feita» (12,4%) e a impertinência do sentimento de
obrigação (1,2%). Podemos distribuir as motivações por dois grandes eixos: um conjunto constituído
pelos tópicos do pragmatismo e da obrigação e por outro que compreende as razões de natureza
eletiva ou podem exprimir uma lógica de convicção (a observação por classes de católicos segundo a
prática, não produz, neste caso, informação relevante para além do que se conclui dos dados gerais) –
cf. Quadro 57.
Quais as principais razões por que vai à Missa dominical nesse(s) lugar(es) de Respostas
culto? N % % de casos
Está mais perto da residência principal 1955 44,4% 64,1%
Está mais perto da residência secundária, de fim-de-semana 47 1,1% 1,5%
Tem o horário que lhe convém mais 359 8,1% 11,7%
Tem a localização e/ou o horário mais compatível com a sua ocupação 159 3,6% 5,2%
habitual do fim de semana
Gosta mais da celebração que aí é feita 379 8,6% 12,4%
Gosta mais do Presidente da Celebração 165 3,7% 5,4%
Encontra outras pessoas amigas ou de grupos de que faz parte 210 4,8% 6,9%
O templo ou sala tem boas condições de ambiente, ou mais bonito ou 60 1,4% 2,0%
agradável
Por razões sentimentais ou de hábito 302 6,9% 9,9%
Por devoção especial 80 1,8% 2,6%
Porque acha que é aí que tem a obrigação de ir 37 ,8% 1,2%
Porque considera que essa é a sua comunidade cristã 131 3,0% 4,3%
Outra razão 49 1,1% 1,6%
Ns/Nr 472 10,7% 15,5%
Total 4404 100,0% 144,3%
3052 valid cases; 785 missing cases.
55
Regiões (NUTS II, continente)
Lisboa e Vale
Alentejo
Algarve
do Tejo
Católicos, segundo a prática
Centro
Norte
Total
1 Católico nominal N 116 41 112 18 20 307
% 8,9% 6,9% 13,3% 11,9% 20,0% 10,3%
2 Católico praticante N 290 117 270 42 36 755
ocasional
% 22,2% 19,8% 32,0% 27,8% 36,0% 25,2%
3 Católico praticante N 168 101 149 25 18 461
irregular
% 12,9% 17,1% 17,7% 16,6% 18,0% 15,4%
4 Católico praticante N 194 99 109 24 7 433
regular % 14,8% 16,7% 12,9% 15,9% 7,0% 14,5%
5 Católico observante N 379 166 127 27 10 709
% 29,0% 28,0% 15,1% 17,9% 10,0% 23,7%
6 Católico militante N 160 68 76 15 9 328
% 12,2% 11,5% 9,0% 9,9% 9,0% 11,0%
Total N 1307 592 843 151 100 2993
Quadro 58: Católicos segundo a prática por regiões (NUTS II, continente)
Neste relatório apresentamos um conjunto gráfico que permite uma facilitada leitura da distribuição
da tipologia dos católicos em cada região.
Norte
Católicos nominais Católicos praticantes ocasionais
Católicos praticantes irregulares Católicos praticantes regulares
Católicos observantes Católicos militantes
12,20% 8,90%
22,20%
29,00%
12,90%
14,80%
56
Centro
Católicos nominais Católicos praticantes ocasionais
Católicos praticantes irregulares Católicos praticantes regulares
Católicos observantes Católicos militantes
6,9%
11,5%
19,8%
28,0%
17,1%
16,7%
9,0% 13,3%
15,1%
12,9% 32,0%
17,7%
57
Alentejo
Católicos nominais Católicos praticantes ocasionais
Católicos praticantes irregulares Católicos praticantes regulares
Católicos observantes Católicos militantes
9,9% 11,9%
17,9%
27,8%
15,9%
16,6%
Algarve
Católicos nominais Católicos praticantes ocasionais
Católicos praticantes irregulares Católicos praticantes regulares
Católicos observantes Católicos militantes
9,0%
20,0%
10,0%
7,0%
18,0%
36,0%
A repartição demográfica, a partir da dimensão das localidades, permite-nos encontrar outro ângulo
de caracterização dos católicos segundo a prática. Tomem-se as três tipologias demográficas mais
genéricas: localidades urbanas, ruais e semiurbanas. (cf. Quadro 59).
58
Dimensão da localidade
Católicos, segundo a prática
Urbana Rural Semiurbano Total
Católico nominal N 132 91 85 308
% 42,9% 29,5% 27,6% 100,0%
59
que se repete no regular (respetivamente, 47,2%, 32,3%); os observantes e militantes são
predominantemente residentes rurais (respetivamente 56,4% e 54,4%). Assinale-se ainda que
globalmente há uma correlação positiva entre a inscrição recente no local de habitação e o
distanciamento de qualquer prática que objetive a pertença católica. O mesmo é dizer que entre a
população católica que tem uma inscrição mais estável e durável no território, há uma maior
disponibilidade para exprimir a identidade crente na objetividade de alguma prática. A observação
do quadro seguinte permite constatar que os militantes constituem a única categoria de católicos em
que esta variável produz uma regularidade; mas o comportamento é similar entre os observantes. Em
estudos ulteriores será importante perceber se a permanência num lugar de residência pode facilitar
itinerários de mudança nos perfis da identidade católica (cf. Quadro 60).
Há menos de
Vive aqui há
mais de 10
Há 2 a 10
Católicos, segundo a prática
2 anos
anos
anos
aqui
Total
Católico nominal N 95 113 71 27 306
% 31,0% 36,9% 23,2% 8,8% 100,0%
O estudo dos dados permite-nos perceber algumas hipóteses acerca das correlações entre a
assistência a atos de culto na televisão e os perfis de identificação católica. Observe-se que 12,8% dos
católicos nominais diz assistir a atos desta natureza, na televisão, uma vez por semana; entre os
ocasionais a percentagem sobe para 16,9%. A taxa mais elevada encontra-se entre os católicos
praticantes regulares, que têm uma relação tendencialmente mensal com a assembleia dominical.
Noutro tipo de investigação, mais intensiva, será interessante perceber que significado é atribuído,
60
por estes, a este contacto com o ritual católico através da televisão. É possível constatar que para um
número significativo de católicos observantes e militantes a experiência televisiva e a presença na
missa dominical se tendem a acumular. Tendo em conta os problemas de mobilidade que os podem
afetar permanente ou ocasionalmente, pode supor-se que em alguns casos a emissão televisiva possa
substituir a deslocação semanal ao local de culto (cf. Quadro 61).
quase nunca
Várias vezes
Uma vez por
Uma/ duas
Uma/ duas
vezes por
Nunca ou
Católicos, segundo a prática
semana
semana
por ano
vez por
mês
Total
Católico nominal N 6 38 12 9 15 218 298
% 2,0% 12,8% 4,0% 3,0% 5,0% 73,2% 100,0%
Quadro 61: Frequência da assistência a atos de culto na televisão por categoria de católicos
16Observe-se que uma parte dos respondentes com este tipo de integração eclesial escolheu em «outro» Grupo
Coral/Coro. Esta possibilidade de resposta apresentava-se disponível na pergunta seguinte, acerca das
61
Comunidades, a frequência mais saliente pertence à Comunidade Neocatecumenal (0,2%) – similar à
de um movimento de natureza diferente, como o Movimento da Mensagem de Fátima (cf. Quadro 61).
O mesmo perfil minoritário afeta este perfil de identificação católica: os que fazem alguma atividade
na paróquia. Este conjunto é particularmente importante, no funcionamento, da instituição paroquial,
uma vez que nele se concentram boa parte das operações que permitem ao habitat institucional
católico a manutenção dos outros círculos de identificação. O exercício de alguma função na liturgia
católica e na catequese estão entre os domínios de ação mais representados (concentramo-nos aqui
nas atividades que se desenvolvem na paróquia de residência, já que aí se encontra a grande maioria
dos casos) – cf. Quadro 63.
atividades desenvolvidas. Tendo em conta a grandeza das frequências com que nos deparamos nestas duas
perguntas, o facto de 0,5% ter referido este modo de integração poderá indicar que, no quadro desta atividade
se pode estabelecer um modo vinculado de pertença.
62
Respostas
Quais das seguintes atividades faz, atualmente na sua paróquia de residência?
N % % de casos
Paróquia de residência: Ministro extraordinário da Comunhão 22 ,7% ,7%
Paróquia de residência: Animador litúrgico 18 ,6% ,6%
Paróquia de residência: Leitor 92 2,9% 3,0%
Paróquia de residência: Membro do coro 88 2,8% 2,9%
Paróquia de residência: Catequista 61 1,9% 2,0%
Paróquia de residência: Acolhimento 9 ,3% ,3%
Paróquia de residência: Visitador de doentes e pessoas sós 16 ,5% ,5%
Paróquia de residência: Colaborador de actividades sócio-caritativas 14 ,4% ,4%
Paróquia de residência: Membro do Conselho Pastoral 13 ,4% ,4%
Paróquia de residência: Membro do Conselho Económico ou 4 ,1% ,1%
Comissão Fabriqueira
Paróquia de residência: Membro da Comissão de Festas 10 ,3% ,3%
Paróquia de residência: Formadores para Baptismo (CPB) e 5 ,2% ,2%
Matrimónio (CPM)
Paróquia de residência: Zelador(a) 22 ,7% ,7%
Paróquia de residência: Outra 48 1,5% 1,6%
Paróquia de residência: Nenhuma 2757 86,8% 90,3%
Total 3178 100,0% 104,1%
3052 valid cases; 785 missing cases.
O perfil atual dos católicos segundo a prática mostra uma forte presença dos processos de
transmissão familiar. Pediu-se que classificassem, sob o ponto de vista crente, o pai e a mãe, quando
os respondentes tinham 10 ano de idade. No caso do pai, aos graus de prática e comprometimento
comunitário mais elevados correspondem, com larga preponderância, figuras descritas como
«católicos praticante» - é entre os católicos observantes que esta predominância é maior. A contrario,
observe-se que é entre os católicos nominais que encontramos a maior percentagem de figuras
paternas classificadas como «católicos não praticantes». Estas tendências mantêm-se, acentuando-se,
quando se pediu aos respondentes que classificassem sob o ponto de vista crente a mãe. Ascendentes
de outras denominações religiosas, não crentes ou sem religião, são situações residuais, nesta
amostra (cf. Quadros 64 e 65).
63
Católicos, segundo a prática
observante
quando inquirido tinha 10
praticante
praticante
praticante
ocasional
militante
irregular
Católico
Católico
Católico
Católico
Católico
Católico
nominal
regular
anos
Total
Ortodoxo N 0 0 0 0 1 0 1
Testemunha N 0 3 0 0 1 0 4
de Jeová
% ,0% ,4% ,0% ,0% ,1% ,0% ,1%
Religião não N 0 1 0 0 0 0 1
cristã
% ,0% ,1% ,0% ,0% ,0% ,0% ,0%
Crente sem N 1 4 0 0 0 0 5
religião
% ,4% ,6% ,0% ,0% ,0% ,0% ,2%
Indiferente N 2 9 1 4 3 2 21
Ateu ou N 1 8 3 4 2 6 24
agnóstico
% ,4% 1,1% ,7% 1,0% ,3% 1,9% ,8%
64
Católicos, segundo a prática
observante
Posição religiosa da mãe
praticante
praticante
praticante
ocasional
Católico
militante
irregular
Católico
Católico
Católico
Católico
Católico
nominal
regular
quando inquirido tinha 10
anos
Total
Católico N 196 507 358 359 642 281 2343
praticante
% 65,8% 69,2% 79,0% 84,3% 93,2% 87,3% 80,2%
Protestante N 0 0 0 1 0 1 2
(incluindo
% ,0% ,0% ,0% ,2% ,0% ,3% ,1%
Evangélicos)
Testemunha N 0 3 0 0 1 0 4
de Jeová
% ,0% ,4% ,0% ,0% ,1% ,0% ,1%
Igreja Maná N 0 1 0 0 0 0 1
% ,0% ,1% ,0% ,0% ,0% ,0% ,0%
Crente sem N 1 2 0 1 1 0 5
religião
% ,3% ,3% ,0% ,2% ,1% ,0% ,2%
Indiferente N 0 3 0 0 0 2 5
% ,0% ,4% ,0% ,0% ,0% ,6% ,2%
Ateu ou N 0 2 0 1 1 0 4
agnóstico
% ,0% ,3% ,0% ,2% ,1% ,0% ,1%
65
globalmente, a mesma tendência, só em 19,8% dos casos, entre os nominais, contra os 48,9% de
casos entre os militantes. No entanto, os respondentes católicos confiam tal missão, com
preponderância, ao dispositivo catequético. Assinale-se, ainda, que a proporção dos que confiaram
também à escola a educação religiosa, entre os nominais e os militantes, é similar (respetivamente,
15,8% e 16,4 dos casos) – também, aqui, certamente com motivações diferentes17.
Quanto à instrução religiosa dos filhos, há um contraste assinalável entre os católicos nucleares
(observantes e militantes) e os outros tipos de identificação religiosa. Isso é particularmente visível
na observação do peso relativo das respostas afirmativas ao item «sim, dada por si». O envolvimento
ativo e pessoal na instrução cristã apresenta surge só 19,8% dos casos, entre os nominais, contra os
48,9% de casos entre os militantes A instrução religiosa no contexto dos dispositivos institucionais
tem uma elevada representação. Mesmo entre os nominais, a decisão de colocar os filhos na
catequese envolve 57,4% dos casos – como seria de esperar, é também, neste subconjunto que
encontramos uma representação maior daqueles que não tomaram qualquer iniciativa para a
instrução religiosa dos filhos. Assinale-se, ainda, que a proporção dos que confiaram também à escola
17Apesar de não existirem estudos suficientes sofre este fenómeno, a minha experiência de acompanhamento
dos docentes de EMRC no sistema escolar público, aponta para o facto de que a população escolar, que é
envolvida no ensino religioso escolar, pertencer preponderantemente a este círculo de identidade constituído
pelos católicos nominais.
66
a educação religiosa, entre os nominais e os militantes, é similar (respetivamente, 15,8% e 16,4 dos
casos) – também, aqui, certamente com motivações diferentes18.
18Apesar de não existirem estudos suficientes sofre este fenómeno, a minha experiência de acompanhamento
dos docentes de EMRC no sistema escolar público, aponta para o facto de que a população escolar que é
envolvida no ensino religioso escolar pertencer preponderantemente a este círculo de identidade constituído
pelos católicos nominais.
67
Católicos segundo o sexo
Sexo masculino Sexo feminino
Observantes 37 63
A distribuição de cada um dos subconjuntos de católicos por escalões etários permite tirar algumas
conclusões acerca do peso relativo de cada idade, segundo os tipos de identificação católica19. Os
escalões etários apresentam uma grande distribuição A desagregação por escalões etários permite
observar que é entre os observantes e os militantes e o grupo mais idoso tem um peso relativo maior.
Mas não pode, a partir daí afirmar-se que são os dois subconjuntos menos rejuvenescidos. Essa
relação não é linear.
De facto, os observantes contam com a percentagem mais baixa entre os 15 e os 24 anos (4,4%);
associado ao dado anterior, esta verificação faz deles o grupo mais envelhecido – estamos perante
uma pirâmide invertida, ou seja, é o subconjunto que mais reproduz a própria estrutura demográfica
da sociedade portuguesa. Mas é entre os militantes que o peso relativo dos mais jovens é mais
saliente (20,7), apresentando-se, a par dos nominais, como um subconjunto equilibrado na sua
composição etária. O grupo dos 25-34 não tem uma forte representação nos católicos nucleares; é
entre os irregulares que este escalão apresenta uma saliência maior. Globalmente pode afirmar-se
que, apesar de baixa representação dos 15-24, os irregulares são o tipo mais rejuvenescido –
contribui para isso o facto de ser o subconjunto onde menos pesa o escalão dos mais idosos. Os
19A estratificação dos subconjuntos por graus de instrução não trouxe assinaláveis variações. Destaca-se a
presença mais acentuada, no grupo dos observantes, do perfil de escolarização correspondente ao atual 1º ciclo
– quase metade desta população (48,4%). A observação dos perfis de identificação católica segundo a profissão
não traz nenhuma diferenciação significativa, reproduzindo em cada estrato o que se observa como tendência
para a população católica em geral.
68
nominais, constituindo-se como um subconjunto muito equilibrado quando à distribuição das idades,
é, no entanto, o que conta com uma menor peso relativo do escalão 55-64 anos.
FÁTIMA
O santuário de Fátima continua a afirma-se como uma polaridade importante nas práticas dos
portugueses: 90% dos inquiridos foi a Fátima; 9,6% da população inquirida nunca foi a Fátima. As
frequências mais elevadas, relativas aos que foram 3 a 7 vezes e 16 ou mais vezes, correspondem a
53,4% dos inquiridos.
69
Já foi alguma vez a Fátima? N %
Nunca foi 368 9,6
1 a 2 vezes 685 17,8
3 a 7 vezes 1022 26,6
8 a 15 vezes 719 18,7
16 ou mais vezes 1028 26,8
Ns/Nr 14 ,4
Total 3837 100,0
Tendo em conta que o número de vezes traduz, neste caso, formas diferentes de relação com o
santuário mais visitado de Portugal, importa compreender como se distribui por regiões.
Globalmente, é na região Norte (38,9%) e na região de Lisboa e Vale do Tejo (33,1%) que
encontramos mais inquiridos a responder que já foram a Fátima, mas é o Norte e o Centro que
reúnem a população que se desloca a Fátima com mais frequência. A Algarve apresenta-se como a
região continental que conta com menos deslocações (4,5%). O Algarve é a única região em que o
grupo dos que nunca foi a Fátima se revela preponderante. Obviamente, para este contraste
contribuem fatores que determinam tal deslocação, o primeiro deles, certamente, a distância (a
contrario, é no Centro que encontramos a menor percentagem dos que nunca foram). Por contraste, o
Norte e o Centro são as regiões onde o conjunto dos que foram a Fátima «16 ou mais vezes» se
apresenta mais saliente – mais uma vez, mas não exclusivamente, a distância é um fator a considerar.
A representação gráfica destas diferenças torna mais legível a geografia das deslocações a Fátima.
70
45
40
35
30
Nunca foi
25
1-2 vezes
20 3-7 vezes
15 8-15 vezes
16/+ vezes
10
0
Norte Centro Lisboa e Vale Alentejo Algarve
do Tejo
O contraste concernente aos residentes em localidades urbanas e os residentes rurais fica bem
patente nestes dois gráficos que apresentam a distribuição, por tipo de localidade, dos que nunca
foram e dos que apresentam o mais elevado número de visitas.
71
Nunca foi a Fátima
24,5%
55,1%
20,4%
Gráfico 26: Distribuição dos que nunca foram a Fátima por dimensão da localidade
32,9% 25,3%
41,8%
Gráfico 27: Distribuição dos que mais vezes se deslocaram a Fátima por dimensão da localidade
Quando observamos os dados a partir das posições crentes e não crentes, verificamos que todas as
categorias contribuem para as diversas categorias de visitantes de Fátima, segundo a frequência. Nos
crentes não católicos, tendencialmente, as frequências baixam à medida que sobe o número de
deslocações a Fátima. O comportamento dos números, no caso dos católicos, é inverso. Pode dizer-se
que Fátima é, em geral, uma importante polaridade para as práticas de mobilidade dos habitantes do
território continental português. Central para a identidade católica, mais difusa para outras posições
e identidades religiosas. Entre as outras posições religiosas, as práticas de mobilidade serão menos
72
afetadas por motivações de natureza votiva, ou similar, e mais pela dinâmica do turismo e lazer ou
pelas exigências de solidariedade com amigos ou familiares20.
Protestantes N 45 28 12 3 1 89
(inclui
% 12,5% 4,1% 1,2% ,4% ,1% 2,3%
evangélicos)
Outros cristãos N 20 16 9 1 6 52
% 5,6% 2,4% ,9% ,1% ,6% 1,4%
Testemunhas N 23 15 6 1 3 48
de Jeová
% 6,4% 2,2% ,6% ,1% ,3% 1,3%
Pertencentes a N 13 8 2 2 2 27
outras religiões % 3,6% 1,2% ,2% ,3% ,2% ,7%
No universo católico, a atração de Fátima é modelada pelos diferentes perfis de identidade católica.
Repare-se que a maior percentagem relativa, no universo dos nominais e dos praticantes ocasionais,
se encontra no item «3 a 7 vezes». Entre os irregulares, regulares, observantes e militantes, o item
«16 ou mais vezes» descreve o comportamento mais saliente. É entre os nominais e os ocasionais que
o subconjunto dos que nunca foram a Fátima tem mais representação. Por contraste, à medida que,
na tipologia, nos aproximamos dos católicos nucleares, o comportamento que corresponde «às 16 e
mais vezes» vai-se tornando cada vez mais preponderante.
20Isso mesmo se observou na pergunta acerca das razões, onde, para os não católicos, com ou sem religião, o
«passeio» aglutina percentagens de casos entre os 70% e os 80% e o acompanhamento de familiar ou amigo,
entre 15% e 30%; as outras razões têm frequências residuais.
73
60
50
40
Nunca foi
1-2 vezes
30
3-7 vezes
8-15 vezes
20
16/+ vezes
10
0
Nominais Ocasionais Irregulares Regulares Observantes Militantes
No que toca às razões da deslocação a Fátima, saliente-se que a razão mais frequente é o «passeio»
(em 70% dos casos), razão que acompanha as deslocações explicitamente ligadas às práticas votivas
(45,3% dos casos)21. O acompanhamento de um familiar descreve o comportamento dos inquiridos
em 19,5% dos casos. A deslocação a Fátima é representada como peregrinação em 26,7% dos casos.
Tendo em conta que se tratava de uma pergunta de resposta múltipla, as deslocações a Fátima
apresentam-se multifuncionais. A razão preponderante é o «passeio», mas essa razão pode articular-
se com razões de outra ordem. O que se apresenta como mais significativo diz respeito ao facto de a
deslocação a Fátima poder partilhar, de forma justaposta, significados explicitamente religiosos e
outros mais próximos das lógicas do turismo e do lazer22.
22Se isolarmos a população católica, não há uma alteração significativa nos indicadores observados
para a população em geral. Esta observação permitiu-nos, no entanto, identificar o perfil dos
respondentes que apresentam comportamentos com frequências mais baixas, como a deslocação a
Fátima para «formação», «retiro» ou «encontro nacional».
74
Respostas
Que razões o levaram a Fátima?
N % % de casos
Peregrinação a pé 365 6,0% 10,6%
Peregrinação por outros meios 555 9,1% 16,1%
Cumprir/ pagar uma promessa 847 14,0% 24,5%
Agradecer uma graça recebida 718 11,8% 20,8%
Passeio 2449 40,4% 70,9%
Formação 50 ,8% 1,4%
Retiro 148 2,4% 4,3%
Encontro nacional 86 1,4% 2,5%
Acompanhamento de familiar ou amigo 674 11,1% 19,5%
Outra(s) 166 2,7% 4,8%
Ns/Nr 9 ,1% ,3%
Total 6067 100,0% 175,6%
3454 valid cases; 383 missing cases.
Observantes
Ocasionais
Irregulares
Regulares
Militantes
Nominais
Total
Peregrinação a pé N 10 40 53 59 124 66 350
% 3,5% 5,7% 11,7% 14,2% 17,9% 20,4%
Peregrinação por N 25 91 77 69 166 95 523
outros meios
% 9,2% 13,1% 16,9% 16,6% 24,0% 29,4%
Cumprir/ pagar uma N 45 151 119 125 252 106 797
promessa
% 16,5% 21,6% 26,2% 30,2% 36,5% 32,5%
Agradecer uma graça N 28 125 116 94 214 111 688
recebida
% 10,3% 17,9% 25,6% 22,8% 31,0% 34,0%
Passeio N 211 530 327 291 450 198 2006
% 77,5% 75,8% 72,1% 70,3% 65,1% 61,0%
Formação N 4 3 5 6 7 13 38
% 1,5% ,4% 1,1% 1,4% 1,0% 4,0%
Retiro N 4 19 21 20 40 31 135
% 1,6% 2,7% 4,6% 4,9% 5,8% 9,5%
Encontro nacional N 3 9 14 8 12 32 78
% 1,2% 1,2% 3,1% 1,9% 1,7% 9,9%
Acompanhamento de N 50 134 103 64 101 59 512
familiar ou amigo
% 18,3% 19,2% 22,8% 15,5% 14,6% 18,2%
Outra(s) N 18 23 25 20 34 18 137
% 6,5% 3,3% 5,6% 4,7% 4,9% 5,5%
Ns/Nr N 0 1 1 3 2 1 8
% ,1% ,1% ,3% ,7% ,3% ,3%
Total N 272 699 453 414 691 325 2853
Quadro 73: Distribuição dos motivos da deslocação a Fátima por categorias de católicos
75
Se isolarmos a população católica, não há uma alteração significativa nos indicadores já observados
para a população em geral. Esta evedência permite-nos, no entanto, identificar o perfil dos
respondentes que apresentam comportamentos com frequências mais baixas, como a deslocação a
Fátima para «formação», «retiro» ou «encontro nacional». Como seria de esperar é entre os católicos
militantes que encontramos uma proporção maior de casos nestes itens. Em todas as categorias de
católicos segundo a prática o motivo «passeio» tem uma forte representação, mesmo quando razões
de natureza diversa se apontam com grande saliência. Esse dado aponta para uma característica geral
da mobilidade no contexto das múltiplas modernidades, que outros estudos têm demonstrado: a sua
multifuncionalidade. Ou seja, à deslocação como peregrinação, ou no quadro de outras motivações
religiosas, podem agregar-se pragmaticamente motivações mais próximas do lazer e do turismo – e
este é um fenómeno que envolve globalmente os centros de peregrinação na eclesiosfera católica (cf.
Quadro 72).
76
ÍNDICE DE QUADROS
77
Quadro 32: Caracterização cruzada de escalões etários e classes de posição religiosa ................................. 32
Quadro 33: Composição das classes de posição religiosa segundo o sexo ............................................................ 33
Quadro 34: Composição das classes de posição religiosa segundo o grau de instrução ................................. 34
Quadro 35: Composição das classes de posição religiosa segundo conjuntos socioprofissionais ................ 36
Quadro 36: Autorrepresentações acerca dos efeitos da crença religiosa nas atitudes e valores ................ 37
Quadro 37: Categorização das autorrepresentações acerca dos efeitos da crença religiosa nas atitudes e
valores............................................................................................................................................................................................ 37
Quadro 38: Grau de concordância relativa a enunciados acerca da Igreja Católica na sociedade
portuguesa ................................................................................................................................................................................... 38
Quadro 39: Interesse pelos assuntos religiosos nos media......................................................................................... 39
Quadro 40: Pertença associativa......................................................................................................................................... 41
Quadro 41: Pertença associativa por posição religiosa .............................................................................................. 41
Quadro 42: Atitudes face ao futuro do país por classes de posição religiosa ...................................................... 43
Quadro 43: Distribuição dos crentes com religião segundo autoclassificação praticante/não-praticante
.......................................................................................................................................................................................................... 45
Quadro 44: Razões para a autoclassificação «praticante» ....................................................................................... 45
Quadro 45 : Razões para ser praticante ........................................................................................................................... 47
Quadro 46: Razões para ser não praticante ................................................................................................................... 48
Quadro 47: Razões para ser não praticante segundo classes de posição religiosa .......................................... 49
Quadro 48: Frequências relativas à participação na missa ...................................................................................... 50
Quadro 49: Quadro categorial dos católicos segundo a prática.............................................................................. 50
Quadro 50: Católicos segundo a prática ........................................................................................................................... 51
Quadro 51: Frequência da comunhão segundo os diferentes modos de identificação católica ................... 52
Quadro 52: Frequência da confissão segundo os diferentes modos de identificação católica...................... 53
Quadro 53: Local de participação da missa .................................................................................................................... 53
Quadro 54: Local de participação na missa no universo dos praticantes ............................................................ 53
Quadro 55: Participação na missa segundo tipo de local de culto ......................................................................... 53
Quadro 56: Local mais frequente de participação na missa segundo categorias de católicos..................... 54
Quadro 57: Motivos para escolha do local de culto ...................................................................................................... 55
Quadro 58: Católicos segundo a prática por regiões (NUTS II, continente)........................................................ 56
Quadro 59: Distribuição dos católicos segundo a dimensão da localidade ......................................................... 59
Quadro 60: Tempo de residência dos católicos por categorias ................................................................................ 60
Quadro 61: Frequência da assistência a atos de culto na televisão por categoria de católicos................... 61
Quadro 62: Pertença católica a grupos e movimentos ................................................................................................ 62
Quadro 63: Actividades realizadas na paróquia ........................................................................................................... 63
Quadro 64: Posição religiosa do pai quando o respondente tinha 10 anos ......................................................... 64
78
Quadro 65: Posição religiosa do mãe quando o respondente tinha 10 anos....................................................... 65
Quadro 66: Os católicos e o batismo dos filhos............................................................................................................... 66
Quadro 67: A instrução religiosa dos filhos dos católicos .......................................................................................... 67
Quadro 68: Frequência das deslocações a Fátima ........................................................................................................ 70
Quadro 69: Frequência das deslocações a Fátima por região .................................................................................. 70
Quadro 70: Deslocações a Fátima segundo a dimensão da localidade ................................................................. 71
Quadro 71: Deslocações a Fátima segundo classes de posição religiosa .............................................................. 73
Quadro 72: As razões da deslocação a Fátima ............................................................................................................... 75
Quadro 73: Distribuição dos motivos da deslocação a Fátima por categorias de católicos.......................... 75
79
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Distribuição percentual tendo em conta o universo dos crentes pertencentes a uma religião... 5
Gráfico 2: Distribuição percentual tendo em conta o universo dos crentes pertencentes ou não a uma
religião.............................................................................................................................................................................................. 6
Gráfico 3: Distribuição percentual tendo em conta o universo dos não pertencentes a uma religião.......... 7
Gráfico 4: Distribuição da população da região Norte por classes de posição religiosa ................................ 10
Gráfico 5: Distribuição da população da região Centro por classes de posição religiosa .............................. 10
Gráfico 6: Distribuição da população da região de Lisboa e Vale do Tejo por classes de posição religiosa
.......................................................................................................................................................................................................... 11
Gráfico 7: Distribuição da população da região do Alentejo por classes de posição religiosa ..................... 11
Gráfico 8: Distribuição da população da região do Algarve por classes de posição religiosa ...................... 12
Gráfico 9: Frequência de práticas orantes dos não crentes ....................................................................................... 20
Gráfico 10: Frequência de práticas orantes dos crentes sem religião ................................................................... 20
Gráfico 11: Frequência de práticas orantes dos católicos .......................................................................................... 21
Gráfico 12: Frequência de práticas orantes dos protestantes (inclui evangélicos) .......................................... 21
Gráfico 13: Frequência de práticas orantes de outros cristãos ................................................................................ 21
Gráfico 14: Frequência de práticas orantes das Testemunhas de Jeová ............................................................... 22
Gráfico 15: Frequência de práticas orantes de pertencentes a outras religiões ................................................ 22
Gráfico 16: Representação gráfica das frequências relativas aos atos realizados na Igreja católica ....... 30
Gráfico 17: Católicos segundo a prática na região Norte........................................................................................... 56
Gráfico 18: Católicos segundo a prática na região Centro ....................................................................................... 57
Gráfico 19: Católicos segundo a prática na região de Lisboa e Vale do Tejo ...................................................... 57
Gráfico 20: Católicos segundo a prática na região do Alentejo................................................................................ 58
Gráfico 21: Católicos segundo a prática na região Algarve ..................................................................................... 58
Gráfico 22: Distribuição das categorias de católicos segundo a dimensão da localidade.............................. 59
Gráfico 23: Distribuição das categorias de católicos por diferença sexual .......................................................... 68
Gráfico 24: Distribuição dos católicos por escalões etários ....................................................................................... 69
Gráfico 25: Frequência das deslocações a Fátima por região .................................................................................. 71
Gráfico 26: Distribuição dos que nunca foram a Fátima por dimensão da localidade.................................... 72
Gráfico 27: Distribuição dos que mais vezes se deslocaram a Fátima por dimensão da localidade .......... 72
Gráfico 28: Deslocações a Fátima segundo categorias de católicos ....................................................................... 74
80
ANEXO ESTATÍSTICO
81
82
IDENTIDADES RELIGIOSAS EM
PORTUGAL: REPRESENTAÇÕES,
VALORES E PRÁTICAS
2011
Inquérito Domiciliado
Relatório Estatístico
(Ponderado)
JANEIRO DE 2012
Centro de Estudos e Sondagens de Opinião
Índice
METODOLOGIA ........................................................................................... 5
I. Objectivo ............................................................................................................... 5
II. Universo ............................................................................................................... 5
III. Amostra .............................................................................................................. 5
IV. Questionário ......................................................................................................... 5
V. Entrevistadores ....................................................................................................... 5
VI. Calendário ............................................................................................................ 6
VII. Erro da amostra ..................................................................................................... 6
FREQUÊNCIAS ............................................................................................ 7
Freg Freguesia ....................................................................................................... 7
Reg Região ............................................................................................................ 9
Dim Dimensão ....................................................................................................... 9
p1 É natural desta localidade? ................................................................................. 9
p2 (Se não) Em que concelho (país) nasceu? ............................................................ 10
p3 Há quanto tempo está a viver no local onde reside actualmente? ............................ 15
p4 Quais destas coisas fez no último fim-de-semana? ................................................ 15
p5 Lembra-se de ter falado alguma vez de assuntos ou temas religiosos, no último mês,
com: ................................................................................................................... 15
p6 Realizou algum dos seguintes actos na Igreja Católica? ......................................... 16
p7 Costuma rezar, ou dirigir-se a Deus (ou qualquer entidade sobrenatural) através da
oração ou meditação pessoal? ................................................................................ 16
p8 Em que ocasiões? ............................................................................................. 16
p8.5a Qual? .......................................................................................................... 17
p9 Que é que faz habitualmente nesses momentos de oração ou meditação? ............... 17
p9.11a Qual? ........................................................................................................ 18
p10.1 Com que frequência costuma participar ou assistir a actos de culto religiosos na
igreja ou templo? .................................................................................................. 18
p10.2 Com que frequência costuma participar ou assistir a actos de culto religiosos pela
televisão? ............................................................................................................. 18
p10.3 Com que frequência costuma participar ou assistir a actos de culto religiosos pela
rádio? .................................................................................................................. 19
p11_r Já foi alguma vez a Fátima? .......................................................................... 19
p12 Que razões o levaram a Fátima? ....................................................................... 19
p12.10a Qual? ...................................................................................................... 20
p13.1 Sem a igreja católica, em Portugal haveria mais pobreza .................................. 20
p13.2 Sem a igreja católica, em Portugal muitos (idosos, doentes) ficariam mais sós .... 21
p13.3 Sem a igreja católica, em Portugal haveria mais progresso ................................ 21
p13.4 Sem a igreja católica, em Portugal haveria mais liberdade individual .................. 21
p13.5 Sem a igreja católica, em Portugal muitos não encontrariam um sentido para a vida22
p13.6 Sem a igreja católica, em Portugal muitos morreriam sem esperança ................. 22
p13.7 Sem a igreja católica, em Portugal as pessoas seriam mais empreendedoras ....... 22
p13.8 Sem a igreja católica, em Portugal haveria mais liberdade religiosa .................... 23
p14.1 As novas correntes religiosas ......................................................................... 23
p14.2 A posição das Igrejas ou comunidades religiosas no domínio da ética e da moral . 23
p14.3 O Papa ou outras personalidades religiosas com reconhecimento público ............ 24
p14.4 As concentrações de crentes em grandes acontecimentos ................................. 24
p14.5 Assuntos relativos à espiritualidade ................................................................ 24
p14.6 A violência exercida em nome da religião ........................................................ 25
p14.7 Doutrinas das religiões .................................................................................. 25
p14.8 A arte e o património religioso ....................................................................... 25
p14.9 A Bíblia ou outros livros sagrados das religiões ................................................ 26
p14.10 A actividade da Igreja Católica ou de outras comunidades religiosas ................. 26
p14.11 As cerimónias religiosas .............................................................................. 26
p15.1 Existem forças sobrenaturais no universo que influenciam as nossas vidas .......... 27
p15.2 Existe um poder superior .............................................................................. 27
p15.3 Existem energias cósmicas que influenciam o nosso destino .............................. 27
p15.4 Deus existe e fez-se conhecer na pessoa de Jesus Cristo ................................... 28
p15.5 Deus é uma invenção humana ....................................................................... 28
Identidades Religiosas em Portugal: Representações, Valores e Práticas - 2011 2
Centro de Estudos e Sondagens de Opinião
METODOLOGIA
I. Objectivo
II. Universo
III. Amostra
1. A amostra pretendida era de 4080 inquéritos. Foram obtidos 3978 inquéritos válidos.
4. A selecção dos inquiridos foi realizada de modo aleatório, entrevistando sempre o residente
no domicílio que, pertencendo à população-alvo, tivesse 15 ou mais anos e tenha sido o último
a fazer anos. Em situações de ausência desse indivíduo, foram feitas novas tentativas de
contacto em domicílios adjacentes. Assim que o inquérito fosse feito, o passo de selecção de
domicílio era retomado.
IV. Questionário
V. Entrevistadores
As entrevistas foram feitas por 100 colaboradores habituais do Centro de Estudos e Sondagens
de Opinião, que receberam formação específica para este tipo de trabalho, sendo
supervisionados por 20 coordenadores.
Identidades Religiosas em Portugal: Representações, Valores e Práticas - 2011 5
Centro de Estudos e Sondagens de Opinião
VI. Calendário
FREQUÊNCIAS
Freg Freguesia
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Moimenta da Beira 40 1,0 1,0 1,0
2 Madalena 35 ,9 ,9 1,9
3 Sernande 45 1,2 1,2 3,1
4 Miragaia 34 ,9 ,9 4,0
5 Rio Covo (Sta Eugénia) 46 1,2 1,2 5,2
6 Madalena 31 ,8 ,8 6,0
7 Vermoim 38 1,0 1,0 7,0
8 São Pedro de Agostém 38 1,0 1,0 8,0
9 Pedome 40 1,0 1,0 9,0
10 Vairão 40 1,0 1,0 10,1
11 Escudeiros 41 1,1 1,1 11,2
12 Cabaços 39 1,0 1,0 12,2
13 Mancelos 46 1,2 1,2 13,4
14 Semelhe 44 1,2 1,2 14,5
15 São Faustino 42 1,1 1,1 15,6
16 Aguieiras 37 1,0 1,0 16,6
17 Figueiró (Santiago) 36 ,9 ,9 17,6
18 Ponte de Lima 34 ,9 ,9 18,5
19 Água Longa 43 1,1 1,1 19,6
20 Massarelos 34 ,9 ,9 20,5
21 Negrelos (S Tomé) 42 1,1 1,1 21,6
22 G Oliveira do Castelo 27 ,7 ,7 22,3
23 Bairro 32 ,8 ,8 23,1
24 Arcozelo 41 1,1 1,1 24,2
25 Vila Chã 36 ,9 ,9 25,1
26 Mozelos 40 1,0 1,0 26,2
27 Tarouca 38 1,0 1,0 27,2
28 Valpaços 36 ,9 ,9 28,1
29 Freamunde 46 1,2 1,2 29,3
30 Jovim 37 1,0 1,0 30,3
31 Campanhã 32 ,8 ,8 31,1
32 Ramalde 29 ,7 ,7 31,8
33 Póvoa de Varzim 32 ,8 ,8 32,7
34 VNG Sta Marinha 34 ,9 ,9 33,6
35 Paranhos 32 ,8 ,8 34,4
36 Arcozelo 27 ,7 ,7 35,1
37 G S Cosme 40 1,1 1,1 36,2
38 Vilar do Paraíso 36 ,9 ,9 37,1
39 B S José de S Lázaro 27 ,7 ,7 37,8
40 Perafita 41 1,1 1,1 38,9
41 Antas 34 ,9 ,9 39,7
42 Póvoa de Atalaia 40 1,0 1,0 40,8
43 Molelos 39 1,0 1,0 41,8
44 Ponte de Vagos 47 1,2 1,2 43,0
45 Memória 47 1,2 1,2 44,3
46 Botão 43 1,1 1,1 45,4
47 Moimenta de Maceira Dão 47 1,2 1,2 46,6
48 Sul 34 ,9 ,9 47,5
49 G S Pedro 38 1,0 1,0 48,5
50 Alcongosta 32 ,8 ,8 49,3
51 Oiã 42 1,1 1,1 50,4
52 Bodiosa 36 ,9 ,9 51,3
53 Esmoriz 37 1,0 1,0 52,3
54 Oliveira do Bairro 38 1,0 1,0 53,3
55 Ceira 33 ,9 ,9 54,2
56 Beduído 39 1,0 1,0 55,2
57 Santo António dos Olivais 33 ,9 ,9 56,1
58 Marinha Grande 44 1,2 1,2 57,2
59 Além da Ribeira 37 1,0 1,0 58,2
60 Casal dos Bernardos 38 1,0 1,0 59,2
61 São Miguel 40 1,0 1,0 60,2
62 Igreja Nova 37 1,0 1,0 61,2
63 Praia do Ribatejo 33 ,9 ,9 62,1
64 Lapa 26 ,7 ,7 62,7
65 Casal de Cambra 31 ,8 ,8 63,5
66 Alvalade 22 ,6 ,6 64,1
67 Lourinhã 39 1,0 1,0 65,1
68 São José 28 ,7 ,7 65,9
69 Fernão Ferro 33 ,9 ,9 66,7
70 Verderena 33 ,9 ,9 67,6
71 Alfeizerão 33 ,9 ,9 68,5
72 S S Nicolau 32 ,8 ,8 69,3
73 Coruche 32 ,8 ,8 70,1
74 Fazendas de Almeirim 34 ,9 ,9 71,0
75 Vialonga 42 1,1 1,1 72,1
76 Cascais 32 ,8 ,8 72,9
77 Vila Franca de Xira 29 ,8 ,8 73,7
78 Queluz 41 1,1 1,1 74,8
79 Carnaxide 32 ,8 ,8 75,6
80 Loures 47 1,2 1,2 76,8
81 Póvoa de Santo Adrião 42 1,1 1,1 77,9
82 Lumiar 18 ,5 ,5 78,4
83 Mina 41 1,1 1,1 79,5
84 Alcabideche 44 1,1 1,1 80,6
85 Alverca do Ribatejo 38 1,0 1,0 81,6
86 N Sra de Fátima 30 ,8 ,8 82,4
87 Pontinha 43 1,1 1,1 83,5
88 Falagueira 47 1,2 1,2 84,7
89 Baixa da Banheira 47 1,2 1,2 86,0
90 Quinta do Conde 46 1,2 1,2 87,2
91 Almada 37 1,0 1,0 88,1
92 Amora 46 1,2 1,2 89,3
93 S S Sebastião 37 1,0 1,0 90,3
94 Alegrete 34 ,9 ,9 91,2
95 B Sta Maria da Feira 34 ,9 ,9 92,1
96 N Sra de Machede 37 1,0 1,0 93,0
97 Vendas Novas 47 1,2 1,2 94,3
98 Sé 47 1,2 1,2 95,5
99 Parchal 41 1,1 1,1 96,6
100 L S Sebastião 45 1,2 1,2 97,7
Identidades Religiosas em Portugal: Representações, Valores e Práticas - 2011 8
Centro de Estudos e Sondagens de Opinião
Reg Região
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Norte 1491 38,9 38,9 38,9
2 Centro 704 18,4 18,4 57,2
3 Lisboa e Vale do Tejo 1269 33,1 33,1 90,3
4 Alentejo 199 5,2 5,2 95,5
5 Algarve 173 4,5 4,5 100,0
Total 3837 100,0 100,0
Dim Dimensão
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Urbana 1234 32,2 32,2 32,2
2 Rural 1485 38,7 38,7 70,9
3 Semi-urbano 1118 29,1 29,1 100,0
Total 3837 100,0 100,0
50 Açores 7 ,2 ,5 51,1
51 Penela 1 ,0 ,0 51,2
52 Vouzela 4 ,1 ,3 51,5
53 São Tomé e Príncipe 16 ,4 1,0 52,5
54 Arganil 2 ,1 ,1 52,6
55 Bragança 4 ,1 ,3 52,9
56 Mogadouro 4 ,1 ,2 53,2
57 Lousada 9 ,2 ,6 53,8
58 Vizela 6 ,2 ,4 54,2
59 Felgueiras 11 ,3 ,7 54,9
60 Gavião 3 ,1 ,2 55,1
61 Celorico de Basto 4 ,1 ,3 55,3
62 Amarante 9 ,2 ,6 55,9
63 Porto 68 1,8 4,5 60,4
64 Paços de Ferreira 10 ,3 ,7 61,1
65 Fafe 2 ,1 ,2 61,3
66 Valpaços 3 ,1 ,2 61,5
67 Mação 1 ,0 ,0 61,6
68 Alemanha 6 ,2 ,4 62,0
69 Estarreja 5 ,1 ,3 62,3
70 Tomar 10 ,2 ,6 62,9
71 Torre de Moncorvo 2 ,1 ,1 63,0
72 Ovar 5 ,1 ,3 63,4
74 Oliveira de Azeméis 1 ,0 ,1 63,5
75 Albergaria-a-Velha 1 ,0 ,1 63,6
76 Murtosa 2 ,1 ,2 63,7
77 Espanha 4 ,1 ,2 63,9
78 Arouca 6 ,2 ,4 64,4
79 Vale de Cambra 4 ,1 ,3 64,6
80 Vila Verde 2 ,0 ,1 64,7
81 Montalegre 3 ,1 ,2 64,9
82 Vila Nova de Foz Côa 1 ,0 ,0 65,0
83 Ponte da Barca 1 ,0 ,0 65,0
84 Sintra 9 ,2 ,6 65,6
85 Fundão 2 ,0 ,1 65,7
86 Mangualde 11 ,3 ,8 66,5
87 Régua 5 ,1 ,4 66,9
88 Valongo 4 ,1 ,3 67,1
89 Gondomar 9 ,2 ,6 67,7
90 Ribeira de Pena 2 ,0 ,1 67,9
91 Tabuaço 2 ,1 ,2 68,0
92 Resende 5 ,1 ,3 68,3
93 Castelo de Paiva 2 ,0 ,1 68,5
94 Mirandela 7 ,2 ,5 68,9
95 Paredes 9 ,2 ,6 69,6
96 Miranda do Douro 1 ,0 ,1 69,6
97 São João da Pesqueira 2 ,0 ,1 69,8
98 Macau 1 ,0 ,1 69,8
99 Estados Unidos da América 1 ,0 ,1 69,9
100 São João da Madeira 1 ,0 ,0 70,0
101 Vieira do Minho 2 ,0 ,1 70,1
102 Torres Vedras 10 ,3 ,7 70,7
103 África do Sul 2 ,0 ,1 70,9
Identidades Religiosas em Portugal: Representações, Valores e Práticas - 2011 11
Centro de Estudos e Sondagens de Opinião
p8 Em que ocasiões?
Responses Percent of
N Percent Cases
a
p8 p8.1 Antes ou depois das refeições 132 4,2% 4,8%
p8.2 À noite com as crianças 286 9,1% 10,4%
p8.3 Em família 231 7,4% 8,3%
p8.4 Sozinho 2269 72,2% 82,0%
p8.5 Outra situação 225 7,2% 8,1%
Total 3143 100,0% 113,6%
a. Dichotomy group tabulated at value 1.
2768 valid cases; 1069 missing cases.
p8.5a Qual?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Trabalhar 3 ,1 1,3 1,3
2 De manhã 29 ,7 13,2 14,4
3 À noite 72 1,9 32,8 47,3
4 Reza o terço quando dá na rádio 2 ,1 1,1 48,3
5 Sempre/ Quando se lembra 35 ,9 15,8 64,1
6 Manhã e noite 17 ,4 7,6 71,8
7 Quando tem problemas 2 ,0 ,7 72,5
8 Na missa 47 1,2 21,4 93,9
9 Quando necessita 5 ,1 2,5 96,4
10 Em comunidade/ em grupo 4 ,1 1,9 98,3
11 Na sinagoga 1 ,0 ,6 98,9
12 Em cerimónias 2 ,0 ,7 99,6
13 Na escola 1 ,0 ,4 100,0
Total 219 5,7 100,0
Missing 99 Nr 6 ,2
System 3612 94,1
Total 3619 94,3
Total 3837 100,0
p9.11a Qual?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Leitura de livros 4 ,1 21,3 21,3
2 Leitura da Bíblia 6 ,2 35,3 56,6
3 Fala com Deus 2 ,1 12,0 68,6
4 Terço 3 ,1 19,0 87,7
5 Pede protecção 1 ,0 7,0 94,6
6 Procura maior união com as pessoas 1 ,0 5,4 100,0
Total 18 ,5 100,0
Missing 9 Nr 2 ,1
System 3817 99,5
Total 3820 99,5
Total 3837 100,0
p10.1 Com que frequência costuma participar ou assistir a actos de culto religiosos na
igreja ou templo?
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Mais de uma vez por semana 317 8,3 8,3 8,3
2 Uma vez por semana 897 23,4 23,6 32,0
3 Uma/ duas vezes por mês 537 14,0 14,1 46,1
4 Várias vezes por ano 459 12,0 12,1 58,2
5 Uma/ duas vezes por ano 507 13,2 13,4 71,5
6 Nunca ou quase nunca 1080 28,2 28,5 100,0
Total 3797 99,0 100,0
Missing 7 Nr 40 1,0
Total 3837 100,0
p10.2 Com que frequência costuma participar ou assistir a actos de culto religiosos pela
televisão?
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Mais de uma vez por semana 107 2,8 2,9 2,9
2 Uma vez por semana 720 18,8 19,3 22,2
3 Uma/ duas vezes por mês 299 7,8 8,0 30,2
4 Várias vezes por ano 250 6,5 6,7 36,9
5 Uma/ duas vezes por ano 232 6,0 6,2 43,1
6 Nunca ou quase nunca 2125 55,4 56,9 100,0
Total 3733 97,3 100,0
Missing 7 Nr 104 2,7
Total 3837 100,0
p10.3 Com que frequência costuma participar ou assistir a actos de culto religiosos pela
rádio?
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Mais de uma vez por semana 161 4,2 4,4 4,4
2 Uma vez por semana 156 4,1 4,2 8,6
3 Uma/ duas vezes por mês 101 2,6 2,7 11,3
4 Várias vezes por ano 94 2,4 2,5 13,8
5 Uma/ duas vezes por ano 133 3,5 3,6 17,4
6 Nunca ou quase nunca 3063 79,8 82,6 100,0
Total 3708 96,6 100,0
Missing 7 Nr 129 3,4
Total 3837 100,0
p12.10a Qual?
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Devoção 12 ,3 7,7 7,7
2 De passagem 1 ,0 ,9 8,6
3 Trabalho 24 ,6 15,1 23,7
4 Gosto 12 ,3 7,7 31,4
5 Fé 66 1,7 42,2 73,6
6 Igreja ortodoxa 1 ,0 ,5 74,1
7 Pedir uma graça 5 ,1 3,4 77,5
8 Apresentação dos filhos a Nossa 0 ,0 ,3 77,8
Senhora
9 Questão espiritual/ Conforto espiritual 2 ,0 1,2 79,0
10 Paz/ Bem-estar 2 ,1 1,6 80,6
11 Curiosidade 9 ,2 5,7 86,3
12 Convívio 2 ,1 1,5 87,8
13 Missa 4 ,1 2,5 90,3
14 Meditação 1 ,0 ,6 90,8
15 Energia 3 ,1 1,7 92,5
16 Com a tropa 3 ,1 1,8 94,4
17 Casamento 2 ,0 1,1 95,5
18 Arquitectura 1 ,0 ,8 96,3
19 Benzer carro 1 ,0 ,6 96,9
20 Encontro com congregação 1 ,0 ,8 97,6
21 Seminários 1 ,0 ,6 98,2
22 Estudo 3 ,1 1,8 100,0
Total 156 4,1 100,0
Missing 99 Nr 9 ,2
System 3671 95,7
Total 3681 95,9
Total 3837 100,0
p13.2 Sem a igreja católica, em Portugal muitos (idosos, doentes) ficariam mais sós
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Concordo totalmente 1786 46,5 49,4 49,4
2 Concordo parcialmente 1112 29,0 30,8 80,2
3 Não concordo nem discordo 260 6,8 7,2 87,4
4 Discordo parcialmente 169 4,4 4,7 92,1
5 Discordo totalmente 286 7,5 7,9 100,0
Total 3613 94,1 100,0
Missing 6 Ns/Nr 225 5,9
Total 3837 100,0
p13.5 Sem a igreja católica, em Portugal muitos não encontrariam um sentido para a vida
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Concordo totalmente 1485 38,7 41,9 41,9
2 Concordo parcialmente 1032 26,9 29,1 71,1
3 Não concordo nem discordo 437 11,4 12,3 83,4
4 Discordo parcialmente 192 5,0 5,4 88,8
5 Discordo totalmente 396 10,3 11,2 100,0
Total 3542 92,3 100,0
Missing 6 Ns/Nr 296 7,7
Total 3837 100,0
p15.15 O futuro da humanidade está dependente das nossas escolhas éticas e morais
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Concordo totalmente 1896 49,4 54,4 54,4
2 Concordo parcialmente 971 25,3 27,9 82,3
3 Não concordo nem discordo 386 10,1 11,1 93,4
4 Discordo parcialmente 90 2,3 2,6 96,0
5 Discordo totalmente 139 3,6 4,0 100,0
Total 3482 90,8 100,0
Missing 6 Ns/Nr 355 9,2
Total 3837 100,0
p17.11a Qual?
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 A religião é ciência 2 ,0 5,4 5,4
2 Não acredita em nada/ Descrença 4 ,1 14,9 20,3
3 Comodismo 1 ,0 1,9 22,2
4 Visão racional do mundo 1 ,0 2,4 24,6
5 Forma de pensar e estar na vida 0 ,0 1,5 26,1
6 Não lhe interessa 5 ,1 18,3 44,4
7 Não tem fé mas acredita nos valores 1 ,0 2,4 46,8
católicos
8 Falta de tempo 4 ,1 14,1 60,9
9 Não gosta de rituais e cerimónias 0 ,0 ,9 61,8
religiosas
10 Não se identifica com nada 2 ,0 6,2 68,0
11 Religião foi feita para as pessoas 1 ,0 4,6 72,5
desesperadas
12 Ainda não escolheu 3 ,1 8,7 81,3
13 Pensamento livre 2 ,0 5,3 86,6
14 Religiões são todas iguais 0 ,0 1,0 87,6
15 Religiões são incompletas 1 ,0 2,8 90,4
16 Religião é a consciência 1 ,0 2,8 93,3
17 Não faz sentido na sua vida 2 ,0 5,3 98,6
18 Dogmas são absurdos 0 ,0 1,4 100,0
Total 30 ,8 100,0
Missing System 3807 99,2
Total 3837 100,0
p19.11a Qual?
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Encontro pessoal com Jesus 0 ,0 5,3 5,3
2 Mais próxima do marido que faleceu 1 ,0 8,8 14,2
3 Bem-estar 1 ,0 8,0 22,1
4 Porque é católica 1 ,0 12,2 34,3
5 Ajudar outros a encontrar salvação 1 ,0 9,8 44,1
6 Acredita em Deus 2 ,1 29,5 73,5
7 Só Jesus salva 1 ,0 11,9 85,5
8 Ideologia de vida 1 ,0 9,2 94,7
9 Ajudar o próximo 0 ,0 5,3 100,0
Total 8 ,2 100,0
Missing System 3829 99,8
Total 3837 100,0
p20.12a Qual?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Trabalho 3 ,1 4,2 4,2
3 Não acredita em padres/ Não gosta de 5 ,1 5,9 10,1
padres
4 Maus exemplos da igreja 2 ,0 1,9 12,0
5 Não sai de casa 1 ,0 ,8 12,7
6 Quando não tem vontade 1 ,0 1,6 14,3
7 Descrença/ Não se enquadra com o tipo de 4 ,1 5,3 19,6
pessoas crentes
8 Preguiça 1 ,0 1,2 20,8
9 Falta de vontade/ Falta de interesse 27 ,7 32,9 53,7
11 Falta de cativação da igreja 6 ,2 7,0 60,7
12 Não gosta 3 ,1 4,0 64,7
13 Comodismo 2 ,1 3,0 67,7
14 Falta de facilitismo ao nível das paróquias 2 ,0 2,2 69,9
15 Questão de princípio 1 ,0 1,2 71,1
17 Desmotivação 3 ,1 3,3 74,3
18 Não acredita nos dogmas da igreja 4 ,1 4,3 78,7
20 Dúvidas de fé/ Falta de fé 3 ,1 3,4 82,1
21 Falta de conhecimento 1 ,0 ,6 82,7
22 Pratica em casa 2 ,0 2,2 84,9
23 Não tem onde deixar filha 0 ,0 ,5 85,4
24 Acredita na ciência 1 ,0 ,9 86,3
25 Não concorda com a igreja hoje em dia 3 ,1 3,7 90,1
26 Opção de vida 0 ,0 ,3 90,4
27 Sente-se mal 1 ,0 1,2 91,6
28 Tudo o que envolve dinheiro deixa de ser 2 ,0 1,9 93,5
religião
30 Falta de hábito 4 ,1 5,2 98,7
31 Posições tomadas pela igreja que 0 ,0 ,5 99,2
prejudicam a vida dos crentes
32 Injustiça 1 ,0 ,8 100,0
Total 83 2,2 100,0
Missing 99 Nr 18 ,5
System 3736 97,4
Total 3754 97,8
Total 3837 100,0
p24 Quando vai à Missa, frequenta sempre ou quase sempre o mesmo local, ou locais
diferentes?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Sempre ou quase sempre no mesmo 1794 46,8 61,3 61,3
local
2 Em locais diferentes 797 20,8 27,2 88,5
3 Não vai à missa 335 8,7 11,5 100,0
Total 2927 76,3 100,0
Missing 4 Ns/Nr 126 3,3
System 785 20,5
Total 910 23,7
Total 3837 100,0
p25 O local (ou locais) onde vai mais frequentemente à Missa dominical é:
Responses Percent of
N Percent Cases
a
p25 p25.1 A igreja paroquial da residência 2065 66,1% 67,7%
p25.2 Uma capela ou centro de culto da paróquia da 91 2,9% 3,0%
residência
p25.3 Uma igreja ou capela doutra paróquia 323 10,3% 10,6%
p25.4 Uma igreja ou capela duma Congregação ou Instituto 20 ,6% ,6%
religioso
p25.5 Outro local 189 6,1% 6,2%
p25.6 Ns/Nr 436 14,0% 14,3%
Total 3124 100,0% 102,4%
a. Dichotomy group tabulated at value 1.
3052 valid cases; 785 missing cases.
p26 Quais as principais razões por que vai à Missa dominical nesse(s) lugar(es) de culto?
Responses Percent of
N Percent Cases
a
p26 p26.1 Está mais perto da residência principal 1955 44,4% 64,1%
p26.2 Está mais perto da residência secundária, de fim-de- 47 1,1% 1,5%
semana
p26.3 Tem o horário que lhe convém mais 359 8,1% 11,7%
p26.4 Tem a localização e/ou o horário mais compatível com 159 3,6% 5,2%
a sua ocupação habitual do fim-de-semana
p26.5 Gosta mais da celebração que aí é feita 379 8,6% 12,4%
p26.6 Gosta mais do Presidente da Celebração 165 3,7% 5,4%
p26.7 Encontra outras pessoas amigas ou de grupos de que 210 4,8% 6,9%
faz parte
p26.8 O templo ou sala tem boas condições de ambiente, ou 60 1,4% 2,0%
mais bonito ou agradável
p26.9 Por razões sentimentais ou de hábito 302 6,9% 9,9%
p26.10 Por devoção especial 80 1,8% 2,6%
p26.11 Porque acha que é aí que tem a obrigação de ir 37 ,8% 1,2%
p26.12 Porque considera que essa é a sua comunidade cristã 131 3,0% 4,3%
p26.13 Outra razão 49 1,1% 1,6%
p26.14 Ns/Nr 472 10,7% 15,5%
Total 4404 100,0% 144,3%
a. Dichotomy group tabulated at value 1.
3052 valid cases; 785 missing cases.
p26.13a Qual?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Casamento 8 ,2 19,9 19,9
2 Por almas perdidas 2 ,1 4,7 24,6
3 Eventos sociais/ Cerimónias 15 ,4 36,2 60,9
4 Onde filho/a frequenta catequese 4 ,1 8,7 69,6
5 Transportes 1 ,0 1,6 71,2
6 Dá mais jeito 4 ,1 9,1 80,2
9 Perto do local de trabalho 1 ,0 2,2 82,4
10 Vai quando passa por igreja nova 1 ,0 1,7 84,1
11 Por ser a paróquia de nascença 1 ,0 2,4 86,5
12 Colégio dos filhos 0 ,0 1,0 87,6
13 Funerais 1 ,0 3,2 90,8
14 Porque filha/o frequenta 2 ,0 4,0 94,7
15 Catequese 2 ,0 3,7 98,5
16 Proximidade 1 ,0 1,5 100,0
Total 41 1,1 100,0
Missing 99 Nr 8 ,2
System 3788 98,7
Total 3796 98,9
Total 3837 100,0
p27.20a Qual?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Irmandade de São Mateus 1 ,0 1,6 1,6
2 Irmandade 1 ,0 1,0 2,6
3 Comissão da Capela 2 ,0 2,6 5,2
4 Grupo coral/ Coro 18 ,5 25,9 31,1
5 Santa Casa da Misericórdia 1 ,0 1,6 32,7
6 Comissão de culto 1 ,0 1,0 33,7
7 Ministério da leitura 0 ,0 ,6 34,3
8 LOC/MNTCE - Associação socio-caritativa 1 ,0 ,9 35,2
9 Cor Unum 1 ,0 1,3 36,5
10 Catequese 5 ,1 7,0 43,5
11 Pastoral universitária 0 ,0 ,6 44,1
12 Via sacra 2 ,0 2,4 46,5
13 Confraria de Nossa Sra. do Rosário 1 ,0 1,4 47,9
14 Comunidade Emanuel 0 ,0 ,6 48,6
15 CVX 2 ,1 3,2 51,7
16 Leituras 0 ,0 ,6 52,4
17 Ajuda o pároco 1 ,0 1,0 53,4
18 Leigos Boa Nova 0 ,0 ,6 53,9
19 Confraria 2 ,0 2,4 56,3
20 Missão fabriqueira 1 ,0 ,9 57,2
21 Zeladora de altar 1 ,0 2,0 59,2
22 Congregação laical 0 ,0 ,6 59,7
23 São Vicente de Paulo 1 ,0 ,8 60,5
24 Arautos do evangelho 0 ,0 ,6 61,1
25 Ordem Franciscana Secular 0 ,0 ,4 61,5
26 Cristandade 1 ,0 1,5 63,0
27 Sagrado Coração de Jesus 2 ,1 3,3 66,3
28 Ministra comunhão 1 ,0 1,9 68,2
29 CPM 1 ,0 1,0 69,2
30 Franciscana Missionária de Nossa 0 ,0 ,6 69,8
Senhora
31 Acólito 3 ,1 3,9 73,7
32 Conselho Económico da Igreja 1 ,0 1,6 75,3
33 Mordomia 1 ,0 ,9 76,2
34 SDPJ 1 ,0 1,8 78,0
35 Cursista 0 ,0 ,6 78,5
36 Conselho Pastoral 2 ,1 2,8 81,3
37 Comunidade em Movimento 1 ,0 ,9 82,2
38 Escuteiros 2 ,1 2,8 85,0
39 Instituição da paróquia 0 ,0 ,4 85,4
40 Grupo de jovens 2 ,1 3,0 88,4
41 Comunidade Africana 0 ,0 ,7 89,1
42 Ordem Nossa Senhora do Carmo 0 ,0 ,6 89,7
43 Acção Católica 0 ,0 ,4 90,2
44 Movimento da Vida Ascendente 0 ,0 ,4 90,6
45 Grupo Esperança e Vida 1 ,0 1,0 91,6
46 Espírito de Missão com Missionários 1 ,0 ,8 92,4
47 Salesianos 1 ,0 1,0 93,5
48 Voluntariado no Centro Paroquial 1 ,0 ,8 94,2
p28.1 Quais das seguintes actividades faz, actualmente na sua paróquia de residência?
Responses Percent of
N Percent Cases
a
p28.1 p28.1.1 Paróquia de residência: Ministro extraordinário da 22 ,7% ,7%
Comunhão
p28.1.2 Paróquia de residência: Animador litúrgico 18 ,6% ,6%
p28.1.3 Paróquia de residência: Leitor 92 2,9% 3,0%
p28.1.4 Paróquia de residência: Membro do coro 88 2,8% 2,9%
p28.1.5 Paróquia de residência: Catequista 61 1,9% 2,0%
p28.1.6 Paróquia de residência: Acolhimento 9 ,3% ,3%
p28.1.7 Paróquia de residência: Visitador de doentes e 16 ,5% ,5%
pessoas sós
p28.1.8 Paróquia de residência: Colaborador de actividades 14 ,4% ,4%
sócio-caritativas
p28.1.9 Paróquia de residência: Membro do Conselho 13 ,4% ,4%
Pastoral
p28.1.10 Paróquia de residência: Membro do Conselho 4 ,1% ,1%
Económico ou Comissão Fabriqueira
p28.1.11 Paróquia de residência: Membro da Comissão de 10 ,3% ,3%
Festas
p28.1.12 Paróquia de residência: Formadores para 5 ,2% ,2%
Baptismo (CPB) e Matrimónio (CPM)
p28.1.13 Paróquia de residência: Zelador(a) 22 ,7% ,7%
p28.1.14 Paróquia de residência: Outra 48 1,5% 1,6%
p28.1.15 Paróquia de residência: Nenhuma 2757 86,8% 90,3%
Total 3178 100,0% 104,1%
a. Dichotomy group tabulated at value 1.
3052 valid cases; 785 missing cases.
p29 Acha que a sua crença religiosa faz com que se sinta diferente dos outros a respeito de:
Responses Percent of
N Percent Cases
a
p29 p29.1 Sentido da vida 1252 14,2% 36,3%
p29.2 Preocupação com a pobreza, a guerra e a fome 963 10,9% 27,9%
p29.3 Desejo de ajudar os outros 1128 12,8% 32,7%
p29.4 Capacidade de perdoar 996 11,3% 28,9%
p29.5 Aceitação da dor e da morte 645 7,3% 18,7%
p29.6 Desejo de ser melhor 846 9,6% 24,5%
p29.7 Competência no trabalho 332 3,8% 9,6%
p29.8 Valor que dá à família 931 10,5% 27,0%
p29.9 Honestidade no pagamento dos impostos 273 3,1% 7,9%
p29.10 Participação na vida cívica e política 233 2,6% 6,7%
p29.11 Ns/Nr 1232 14,0% 35,8%
Total 8831 100,0% 256,2%
a. Dichotomy group tabulated at value 1.
3447 valid cases; 390 missing cases.
p30 Houve algum momento da sua vida em que a sua posição religiosa
se modificou?
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Sim 806 21,0 21,4 21,4
2 Não 2951 76,9 78,6 100,0
Total 3757 97,9 100,0
Missing 3 Ns/Nr 80 2,1
Total 3837 100,0
p31a Qual?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Motivos pessoais 9 ,2 8,0 8,0
2 Por motivos de saúde 6 ,1 5,2 13,2
3 Confronto com a ciência 1 ,0 1,2 14,4
4 Fase de descrença/dúvidas/ Perda de fé 11 ,3 9,7 24,2
5 Acredita menos na religião com a morte 2 ,1 2,3 26,4
do cônjuge
6 Vê as coisas de outro modo 1 ,0 ,9 27,3
7 Desilusão 2 ,1 1,9 29,2
8 Não acredita tanto nas altas entidades 1 ,0 ,9 30,1
da igreja
9 Antes não frequentava por falta de 1 ,0 ,8 30,9
vontade
10 Em criança 1 ,0 ,9 31,9
11 Casamento 2 ,0 1,5 33,4
12 Divórcio 1 ,0 ,6 34,0
13 Começou a acreditar mais/ Começou a 30 ,8 28,0 62,0
ter mais fé/ Aproximação à religião
14 Deixou de acreditar na religião 7 ,2 6,7 68,7
15 Deixou de rezar 1 ,0 ,8 69,5
16 Dificuldades na vida/ Situações 4 ,1 3,9 73,4
negativas
17 Questionamento 3 ,1 3,1 76,5
18 Revolta 1 ,0 ,8 77,3
19 Deixou de estar ligado 3 ,1 2,3 79,7
20 União de religiões 0 ,0 ,4 80,0
21 Deixou de ser tão praticante 7 ,2 6,4 86,5
22 Desgostos diminuíram a crença 3 ,1 3,2 89,6
23 Passou a pertencer à Igreja Lusitana 0 ,0 ,3 89,9
Católica
24 Interessou-se pelo Budismo 0 ,0 ,4 90,3
25 Mudou para igreja Maná 1 ,0 ,7 90,9
p37.9a Qual?
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent
Valid 1 Bombeiros 3 ,1 18,7 18,7
2 Associação científica 0 ,0 2,6 21,3
3 Associação de pais 8 ,2 47,0 68,3
4 Associação de cegos 1 ,0 4,4 72,6
5 Cooperativa sénior 0 ,0 2,4 75,1
6 Grupo de teatro 1 ,0 3,9 79,0
7 Associação empresarial 1 ,0 4,7 83,7
8 Associação de negócios 1 ,0 4,5 88,2
9 Movimento Zeit Geist 2 ,0 9,5 97,7
10 Associação ambiental 0 ,0 2,3 100,0
Total 17 ,4 100,0
Missing 99 Nr 14 ,4
System 3806 99,2
Total 3821 99,6
Total 3837 100,0
p40 Sexo
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 1 Masculino 1834 47,8 47,8 47,8
2 Feminino 2004 52,2 52,2 100,0
Total 3837 100,0 100,0
p41 Idade
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid 15 39 1,0 1,0 1,0
16 56 1,5 1,5 2,5
17 58 1,5 1,5 4,0
18 57 1,5 1,5 5,5
19 55 1,4 1,4 6,9
20 50 1,3 1,3 8,2
21 45 1,2 1,2 9,4
22 56 1,5 1,5 10,9
23 55 1,4 1,4 12,3
24 51 1,3 1,3 13,6
25 59 1,5 1,5 15,2
26 66 1,7 1,7 16,9
80 28 ,7 ,7 96,3
81 21 ,6 ,6 96,9
82 31 ,8 ,8 97,7
83 15 ,4 ,4 98,1
84 16 ,4 ,4 98,5
85 14 ,4 ,4 98,9
86 8 ,2 ,2 99,1
87 10 ,3 ,3 99,4
88 7 ,2 ,2 99,5
89 9 ,2 ,2 99,8
90 4 ,1 ,1 99,9
91 2 ,1 ,1 100,0
92 1 ,0 ,0 100,0
93 1 ,0 ,0 100,0
Total 3837 100,0 100,0
PERGUNTE QUEM, NA FAMÍLIA, TENDO 15 ANOS OU MAIS, FOI O ÚLTIMO A FAZER ANOS . PEÇA A ESSA PESSOA PARA RESPONDER AO INQUÉRITO
P1. É natural desta localidade? P6. Realizou algum dos seguintes actos na Igreja
Sim PASSA À P3 Católica (LER. MULTIPLA)
Não Recebeu o Baptismo
Ns/Nr PASSA À P3 Frequentou a catequese até à Primeira Comunhão
P2. (SE NÃO) Em que concelho (ou país) nasceu?
Fez a Primeira Comunhão
Frequentou a catequese depois da Primeira Comunhão
_________________________________ Fez a Profissão de Fé
Fez o Crisma
P3. Há quanto tempo está a viver no local onde Recebeu uma educação religiosa católica em casa
reside actualmente? Celebrou o Matrimónio
Viveu sempre aqui Nenhuma das anteriores
Vive aqui há mais de 10 anos P7. Costuma rezar, ou dirigir-se a Deus (ou
Há 2 a 10 anos qualquer entidade sobrenatural) através da
Há menos de 2 anos oração ou meditação pessoal? (LER )
Ns/Nr Todos os dias
parcialmente
parcialmente
assistir a actos de culto religiosos: (LER ITENS. «Sem a Igreja
N/concordo
totalmente
totalmente
n/discordo
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
LER ESCALA) católica, em
NS/NR
Portugal...» (LER a-h)
Nunca ou quase
f. …muitos morreriam
por semana
sem esperança
por mês
por ano
semana
nunca
g. …as pessoas seriam
ano
mais empreendedoras
h. …haveria mais
a. Na igreja ou templo? liberdade religiosa
b. Pela televisão?
c. Pela rádio?
P14. Com frequência, os media (jornais, televisão,
etc.) tratam de assuntos religiosos. Indique qual
P11. Já foi alguma vez a Fátima? o seu grau de interesse por esses assuntos: (LER
Sim, 1 a 2 vezes ITENS. LER ESCALA)
Sim, 3-7 vezes
indiferente
interesse
interesse
interesse
interesse
Nenhum
Sim, 8-15 vezes
Algum
NS/NR
Pouco
Muito
É-me
Sim, mais de 15 vezes, ou muitas vezes
Nunca foi PASSA À P13 a. As novas correntes
Ns/Nr PASSA À P13 religiosas
b. A posição das Igrejas
P12. Que razões o levaram a Fátima? (LER. ou comunidades
MÚLTIPLA) religiosas no domínio
da ética e da moral
Peregrinação a pé c. O Papa ou outras
Peregrinação por outros meios personalidades
Cumprir/pagar uma promessa religiosas com
reconhecimento
Agradecer uma graça recebida público
Passeio d. As concentrações de
Formação crentes em grandes
acontecimentos
Retiro e. Assuntos relativos à
Encontro nacional espiritualidade
f. A violência exercida
Acompanhamento de familiar ou amigo em nome da religião
Outra(s)____________________________
g. Doutrinas das religiões
h. A arte e o património
Ns/Nr religioso
i. A Bíblia ou outros
P13. Vou apresentar-lhe algumas opiniões acerca do livros sagrados das
papel da Igreja Católica na sociedade religiões
portuguesa. Indique o seu grau de concordância j. A actividade da Igreja
com as seguintes afirmações. (LER ITENS. LER Católica ou de outras
comunidades religiosas
ESCALA)
k. As cerimónias
religiosas
parcialmente
parcialmente
«Sem a Igreja
N/concordo
totalmente
totalmente
n/discordo
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
católica, em
NS/NR
a.…haveria mais
pobreza
b. …muitos (idosos,
doentes) ficariam
mais sós
c. … haveria mais
progresso
d. …haveria mais
liberdade individual
e. …muitos não
encontrariam um
sentido para a vida
Inquérito CESOP-CERC 2011 2
P15. Vou ler várias afirmações. Indique o seu grau P16. Qual a sua posição religiosa actual? (LER)
de concordância: (LER ITENS. LER ESCALA) É crente mas não tem religião
É indiferente
parcialmente
parcialmente
N/concordo
É agnóstico
totalmente
totalmente
n/discordo
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
NS/NR
É ateu
Católico PASSA À P18
a. Existem forças Evangélico PASSA À P18
sobrenaturais no
universo que Outro protestante PASSA À P18
influenciam as nossas Ortodoxo PASSA À P18
vidas Muçulmano PASSA À P18
b. Existe um poder
Testemunha de Jeová PASSA À P18
superior
c. Existem energias
Igreja Universal do Reino de Deus PASSA À P18
cósmicas que Igreja Maná PASSA À P18
influenciam o nosso Outra religião cristã PASSA À P18
destino Outra religião não cristã PASSA À P18
d. Deus existe e fez-se
conhecer na pessoa Ns/Nr PASSA À P30
de Jesus Cristo
e. Deus é uma invenção
humana P17. Porque é que não tem qualquer religião? (LER.
f. A alma reencarna MÚLTIPLA ATÉ 5 RESPOSTAS)
numa outra vida
Educação e tradição familiar
g. Depois da morte,
tudo acaba Não concorda com a doutrina de nenhuma Igreja ou
religião
h. A ressurreição de
Jesus Cristo dá Não concorda com as regras morais das Igrejas ou
sentido à morte religiões
i. Não sabemos o que Acontecimento marcante da vida pessoal (doença,
acontece depois da sofrimento, alegria…)
morte Comportamento dos padres, pastores ou responsáveis
j. A morte é uma religiosos
passagem para outra A religião não tem nada que me interesse
existência
k. A humanidade Exemplos e influências de amigos, colegas, professores
caminha para a Prefere ser independente face às normas e práticas de
unidade numa única uma religião
religião Convicção pessoal
l. O Reino de Deus
anunciado por Jesus
Mau exemplo das pessoas religiosas em geral
Cristo é o futuro da
humanidade Outra ______________________________
m. O fim do Ns/Nr
mundo está próximo
n. A ciência e a técnica
preparam um futuro PASSA À P29 SE FOR CRENTE SEM RELIGIÃO
melhor para a PASSA À P30 SE FOR INDIFERENTE, AGNÓSTICO OU
humanidade ATEU
o. O futuro da
humanidade está
dependente das P18. (SE É CRENTE E TEM UMA RELIGIÃO) Considera-se
nossas escolhas praticante ou não da sua religião?
éticas e morais Praticante
p. A democracia é a
melhor garantia para
Não praticante PASSA À P20
o futuro da Ns/Nr PASSA À P21 (SE FOR CATÓLICO) OU
humanidade PASSA À P29 (SE FOR CRENTE)
q. Cada um está
entregue a si próprio
r. Ninguém muda o seu
destino
Inquérito CESOP-CERC 2011 3
P19. (SE É PRATICANTE) Por que razões é praticante? P22. (SE É CATÓLICO) Com que frequência costuma
(LER. MÚLTIPLA, ATÉ 5 RESPOSTAS) comungar?
Educação e tradição familiar Nunca 1-2 vezes por mês
Conforto espiritual Raramemte ou menos Todos os domingos e
Melhoria das condições materiais de vida de 1 vez por ano dias santos
Cumprimento do dever para com Deus 1-2 vezes por ano
Mais de 1 vez por
semana
Crença/fé pessoal
Ser coerente com a minha consciência 3-6 vezes por ano Ns/Nr
Ser fiel a mim próprio 7-11 vezes por ano
Obtenção da saúde e da protecção de Deus P23. (SE É CATÓLICO) Com que frequência costuma
Acontecimento importante da vida pessoal (doença, confessar-se?
sofrimento, alegria, etc.) Nunca 7-11 vezes por ano
Obter a salvação eterna Raramemte ou menos
1 vez por mês
de 1 vez por ano
Outro. Qual? ________________________
1-2 vezes por ano
Mais que 1 vez por
Ns/Nr mês
3-6 vezes por ano Ns/Nr
PASSA À P21 (SE FOR CATÓLICO) E
PASSA À P29 (SE FOR CRENTE) P24. (SE É CATÓLICO) Quando vai à Missa, frequenta
sempre ou quase sempre o mesmo local, ou
P20. (SE NÃO É PRATICANTE) Porque não pratica? locais diferentes?
(LER. MÚLTIPLA, ATÉ 5 RESPOSTAS)
Sempre ou quase sempre no mesmo local
Falta de tempo
Em locais diferentes
Mau exemplo dos praticantes
Não vai à missa
Falta de saúde ou de condições físicas para se deslocar à
Ns/Nr
igreja ou ao templo
Falta de local de culto na zona de residência P25. (SE É CATÓLICO) O local (ou locais) onde vai
Acontecimento importante da vida pessoal (doença, mais frequentemente à Missa dominical é:
sofrimento, alegrias…) A igreja paroquial da residência
Não quer ir à igreja ou templo por causa do padre, Uma capela ou centro de culto da paróquia da
pastor, ou responsável residência
Meio ambiente desfavorável à prática religiosa Uma igreja ou capela doutra paróquia
Tradição familiar e falta de educação religiosa Uma igreja ou capela duma Congregação ou Instituto
Entende que pode ter a sua fé sem prática religiosa religioso
Situação irregular face às normas da sua Igreja ou Outro local
comunidade religiosa Ns/Nr
Desleixo, descuido P26. (SE É CATÓLICO) Quais as principais razões por
que vai à Missa dominical nesse(s) lugar(es) de
Outra ______________________________ culto? (LER. MÚLTIPLA, ATÉ 5 RESPOSTAS)
Ns/Nr Está mais perto da residência principal
Ns/Nr
Por devoção especial
Porque acha que é aí que tem a obrigação de ir
Porque considera que essa é a sua comunidade cristã
Inquérito CESOP-CERC 2011 4
Desejo de ajudar os outros
Outra razão. Qual? ___________________ Capacidade de perdoar
Ns/Nr Aceitação da dor e da morte
P27. (SE É CATÓLICO)Pertence, neste momento, a Desejo de ser melhor
algum grupo ou movimento da Igreja Católica? Competência no trabalho
(LER. MÚLTIPLA) Valor que dá à família
Grupo juvenil paroquial Grupo de oração Honestidade no pagamento dos impostos
Grupo bíblico Cáritas paroquial Participação na vida cívica e política
Corpo Nacional de Movimento dos Ns/Nr
Escutas Focolares
Convívios fraternos Shalom P30. Houve algum momento da sua vida em que a
sua posição religiosa se modificou?
Equipas de Nossa Sociedade de S. Vicente
Senhora de Paulo Sim
Apostolado da Oração Legião de Maria Não PASSA À P32
Renovamento Cursilhos de Ns/Nr PASSA À P32
Carismático Cristandade P31. (SE SIM) Em que sentido?
Movimento da Comunidade Deixei de ser praticante
Mensagem de Fátima Neocateumenal
Deixei de ser católico e converti-me a outra religião
Comunhão e Libertação Opus Dei Passei a ser Católico
Grupo ou movimento ligado a Instituto de Vida Deixei de estar ligado a qualquer religião
Religiosa/ Ordem Religiosa
Outro ___________________________
Outro(s) _________________________
Ns/Nr
Nenhum
P32. Qual era a posição religiosa do seu pai e da sua
P28. (SE É CATÓLICO) Quais das seguintes actividades mãe quando o(a) Senhor(a) tinha 10 anos, e
faz, actualmente, na sua paróquia de residência qual é essa posição actualmente, ou a última, se
ou noutra paróquia? já faleceram?
Paroq Outra 10 anos Actual / última
Resid Paroq Posição religiosa
Pai Mãe Pai Mãe
a. Ministro extraordinário da Comunhão a. Católico praticante
b. Animador litúrgico b. Católico não praticante
c. Leitor c. Ortodoxo
d. Membro do coro d. Protestante (incluindo
Evangélicos)
e. Catequista
f. Acolhimento e. Testemunha de Jeová
f. Igreja Universal do Reino
g. Visitador de doentes e pessoas sós de Deus
h. Colaborador de actividades sócio-caritativas g. Igreja Maná
i. Membro do Conselho Pastoral h. Outra religião cristã
j. Membro do Conselho Económico ou
Comissão Fabriqueira i. Religião não cristã
k. Membro da Comissão de Festas j. Crente sem religião
l. Formadores para Baptismo (CPB) e k. Indiferente
Matrimónio (CPM) l. Ateu ou agnóstico
m. Zelador(a) m. Ns/Nr
n. Outra
P33. Se os pais eram ou são crentes, o seu pai e a
o. Nenhuma sua mãe tinham as seguintes práticas religiosas
P29. (SE É CRENTE, PERTENCENTE OU NÃO A UMA quando o(a) Senhor (a) tinha 10 anos, e têm-nas
RELIGIÃO) Acha que a sua crença religiosa faz agora, ou quando faleceram?
com que se sinta diferente dos outros a respeito 10 anos Actual/última
Práticas religiosas
de: (LER. MÚLTIPLA) Pai Mãe Pai Mãe
a. Vai ou ia à Missa semanal-
Sentido da vida
mente
Preocupação com a pobreza, a guerra e a fome b. Reza ou rezava diariamente
Inquérito CESOP-CERC 2011 5
10 anos Actual/última
Práticas religiosas
Pai Mãe Pai Mãe P41. Que idade tem? anos
c. Pertence ou pertencia a um
ou mais movimentos P42. Qual o seu grau de instrução, e o do seu pai e o
religiosos da sua mãe? (GRAU MAIS ELEVADO QUE COMPLETOU)
d. Desempenha(va),tarefas Inqui
Pai Mãe
regularmente na Paróquia ou rido
comunidade a. Nunca andou na escola
b. 4º ano/ 1º ciclo do Ensino Básico
P34. Quantos filhos tem? (SE 0 PASSA À P37) c. 6º ano/ 2º ciclo do Ensino Básico
P35. (SE TEM OU TEVE FILHOS), Os seus filhos foram d. 9º ano/ 3º ciclo do Ensino Básico
baptizados? (LER. MÚLTIPLA) e. Secundário/ 12º ano
Ainda bebés f. Curso Médio/Freq. ensino superior
Quando crianças g. Curso Superior, Licenciatura
Quando jovens h. Mestrado, Doutoramento
Quando adultos i. Ns/Nr
Alguns não estão baptizados
Nenhum foi baptizado P43. Indique em qual ou quais destas situações se
encontra actualmente: (LER)
P36. (SE TEM, OU TEVE, FILHOS) Os seus filhos Só estuda
tiveram instrução religiosa? (LER. MÚLTIPLA)
Estuda e trabalha
Não Trabalha PASSA À P45
Sim, dada por si Está desempregado PASSA À P45
Sim, dada pelos avós e outros familiares É reformado PASSA À P45
Sim, na catequese É incapacitado para o trabalho PASSA À P45
Sim, na escola É doméstica PASSA À P46
P37. Pertence a algum dos seguintes grupos? (LER. Ns/Nr
MÚLTIPLA)
P44. (SE ESTUDA) Em que tipo e grau de ensino está a
Sindicato ou associação profissional
estudar? (LER)
Partido ou movimento político
Ensino básico
Associação recreativa ou cultural
Ensino secundário
Associação ou grupo religioso
Ensino técnico-profissional
Clube desportivo
Ensino superior
Associação de estudantes
Ns/Nr
Associação de solidariedade ou acção social
Não pertence a nenhuma associação (Não Ler) P45. (SE TRABALHA OU TRABALHOU) Qual a sua
profissão/ocupação, actual ou última?
(ESPECIFICAR)
Outro______________________________
P38. Quando pensa no futuro do nosso país, o que ____________________________________
sente é principalmente: (LER)
P46. Qual é o seu estado civil? (LER)
Esperança/ confiança Preocupação/ inquietação Solteiro Separado
Indiferença Descrença Casado pela Igreja Divorciado
Ns/Nr Casado pelo civil Viúvo
P39. Com quem está a viver actualmente? (LER. Vive junto com companheiro/a Ns/Nr
MÚLTIPLA)
P47. Considerando que a sociedade portuguesa está
Pais Irmãos
dividida em classes sociais, em que classe é que
Cônjuge/companheiro/a Filhos
se incluiria? (LER)
Outros familiares Outras pessoas
Classe baixa Classe alta
Sozinho/a Ns/Nr
Classe média-baixa Nenhuma destas
P40. (SEM PERGUNTAR) Sexo Classe média Ns/Nr
Masculino Feminino Classe média-alta