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2019 04 11 – GIULIETTA DEGLI SPIRIT, DE FEDERICO FELLINI /

1965 JULIETA DOS ESPÍRITOS 2H17 M -NO AUGOSTO-AUGUSTA


CONTINUA O CICLO FILMES “AMOR NOIR” EM TECHNICOLOR

Deste terceiro mês em diante, os filmes escolhidos para nos apresentar o amor não convencional, noir ou
subversivo e mesmo escandaloso, trazendo pois aspectos emblemáticos do amor noir em technicolor,
serão exibidos numa relativa cronologia de datas de produção, a partir de duas abordagens extremas e
radicais que marcaram a década dos anos 1960, a saber Giulietta degli Spirit e La Belle du Jour.

Julieta dos Espírito apresenta, segundo a cartela de comercialização e divulgação, “as visões, memórias e
incursões no misticismo que ajudaram uma jovem senhora de 40 e poucos anos, superar as traições de seu
marido [Federico Fellini o próprio retratado no filme como um galã!] e ganhar forças para se separar dele,
do traidor do “seu amor ” conjugal. Filme que em lugar de acrescentar traços novos à figura da mulher-
fatal, ocupa-se em projetar em todas as outras mulheres o sentido fatal que o “amor conjugal” não tem ou
lhe falta, por algum motivo. Evitando denunciar o programa da Igreja, o humour de Fellini pelo menos,
explicita a fuga regular dos fiéis a outras seitas e cultos, kardecistas e afros, e deixa claro que estes outros
ao menos ainda se ocupam de reparar os sentimentos velados e os desejos culpados pela ortodoxia cristã
da Igreja.

É precisamente um aspecto enigmático que Fellini passa ao duplo personagem de Giulietta, ao mesmo
tempo ela e ele Fellini, ao mesmo tempo uma senhora disponível e espelhada ou se espelhando nas muitas
outras pretendentes ao posto de “esposa” de uma espécie de “núpcias reais imaginárias”. É um dos filmes
de Fellini com maior carga onírica declarada. E expfressa, exuberantemnet em todos os seus figurinos de
uma alta-costura imaginária. O mesmo clima de sonho, de sonhos que recorta o tema musical da trolha
famosa de Nino Rota.

A exibição em sequência de Julieta dos espíritos e logo da Bela da tarde, propõe uma relação pouco
visrta e ajuda a identificar os muitos pontos em comuns aos mundos da sociedade, da mesma tribo de
mulheres em ambos os dois filmes – não por acaso realizados no mesmo ano. Diferentemente contudo .
de diretores como preferência afetiva a visão homossexual, Fellini e Buñuel estão declaradamente do
lado da mulher fascinação, como amor-paixão e amor-louco. Nos dois casos trata-se de uma “paixão”
que se projeta e envolve as estrelas numa forte e expressiva vigência de Eros, e do tratamento do erótico.

Outro aspecto a se destacar é que estes filmes de amour noir, via de regra um “estranho e perverso jogo”.
são exceções nas filmografias de seus realizadores, pois não chegam a formar um padrão ou modelo de
realização. Contudo, no caso de Fellini e Buñuel é exatamente o contrário – em todos os seus filmes, que
se banham na noite do sexo, enunciam justamente o porque do apelo erótico e se afirmam, por isso
mesmo, como um cinema fora do comum, o cinema cinema extra-ordinário. Aqui nos seus filmes, no
cinema do amour noir é que ressurge a mulher como grande deusa, ela a feiticeira, ela a “predadora
sexual”, pois igual a louva-deus(mante religieuse), é a figura toda outra de mulher que rompe com o
padrão de gênero e das narrativas convencionais.

JULIETA DOS ESPÍRITOS, 1965, 137 minutos -Technicolor. Director: Federico Fellini. Argumento de
Federico Fellini e roteiro(screenplay) de Tullio Pinelli, Ennio Flaiano, Brunello Rondi. Producer: Henry
Deutschmeister, Clementi Fracassi, Angelo Rizzoli. Cinematography by Gianni Di Venanzo. Production
Design Giantito Burchiellaro, Lucino Ricceri. Film Editing by Ruggero Mastroianni. Estrelas: Giulietta
Masina, Sandra Milo, Mario Pisu [o esposo, alter ego de Fellini], Valentina Cortese, Sylva Koscina,
Friedrich von Ledebur [o médium], Caterina Boratto [mãe da Julieta], Silvana Jachino [Dolores]

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