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Portal Educação
CURSO DE
Dinâmicas de Grupo
Aluno:
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CURSO DE
Dinâmicas de Grupo
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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Módulo II
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O ambiente circular e fechado faz metáfora com o ventre materno, a mãe
que acolhe os seus filhos, assim como o grupo que acolhe os seus participantes
para o aconchego de seu espaço interno. Neste ambiente interno de grupo podem
ocorrer sentimentos de afeição, amizade e ternura, assim como, podem surgir
sentimentos de rejeição, repressão e desapontamento.
Desde o início dos tempos o homem altera o meio em que habita e também
é transformado por ele. Nesse processo contínuo de transformação de ambas as
partes, o homem busca, com muita dificuldade, se adaptar às mudanças ambientais
e conviver harmoniosamente com outras pessoas. Grupos de pessoas sempre
fizeram parte do cotidiano social do homem.
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Figura 14: Comemoração em Grupo
Fonte: Biblioteca de Clip-arts do Office
Sendo assim, cada grupo é composto por participantes que levam consigo
seus valores pessoais, dogmas religiosos, convicções políticas, filosofia de vida,
preconceitos, ideais, hábitos particulares, formação acadêmica e cultural, normas
sociais, costumes, entre tantos outros aspectos.
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todos os lugares e fazem parte de nossa vida cotidiana.
Assim, podemos dizer que para que se estabeleça um grupo, deve haver
interação entre seus componentes, de forma que todos almejem um objetivo
comum, sendo uns dependem dos outros, existindo um espírito de grupo que tanto
pode ser unido como disperso.
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Interdependência
entre os
GRUPO Sistema de
interação
Unidade
reconhecível
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Os grupos sempre existiram, contudo, na atualidade temos um aumento
considerável na incidência de formação de grupos que se propagam nos diversos
segmentos de nossa sociedade. Independente do segmento em que o facilitador de
dinâmica de Grupo atuará, torna-se indispensável que este conheça e compreenda
o funcionamento e as forças que ocorrem e interferem nos processos grupais. Ao
tomar conhecimento da dinâmica de um grupo o facilitador poderá compreender com
maior clareza muitas das ações e reações que comumente acontecem nos grupos.
Além da cultura grupal há o clima de grupo que não é estático, mas sofre
influência da cultura grupal e também a influencia. Frequentemente ouvimos alguém
dizer: “Há! O clima lá em casa está pesado!”. Não é possível tocar no clima de um
grupo, mas é possível sentir este clima por meio da satisfação ou insatisfação de
seus participantes. Moscovici (1985, p. 75), afirma que o clima de um grupo pode
variar entre dois extremos: “sentimentos de bem estar [sic] e satisfação até mal estar
e insatisfação, passando por gradações de tensão, estresse, entusiasmo, prazer,
frustração e depressão”.
A autora faz uma analogia do clima de grupo com o clima geográfico. Nosso
globo terrestre passa por uma diversidade de variações meteorológicas, sol, ventos,
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nuvens, chuvas, trovões, brisa, granizos, tempo estável ou instável entre tantos
outros.
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fale do grupo como se este fosse seu, ele passa a ter um significado especial,
desenvolvendo afeto pelo grupo.
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Figura 17: Companheirismo
Fonte: Biblioteca de Clip-arts do Office
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oportunizando que a pessoa tenha iniciativa e desenvolva seu potencial criativo. Em
grupo, uma tarefa considerada rotineira, desgastante e pouco interessante,
transforma-se em atividade instigante quando o grupo valoriza e estimula sua
execução.
Num grupo sempre existe um campo de forças que atuam entre si. É
imprescindível identificar quais forças direcionam ao crescimento do grupo e quais
forças direcionam para dificuldades e retrocessos.
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Motivação: a motivação pode ser verificada pelo interesse e participação dos
membros nas atividades propostas pelo grupo. A motivação de cada membro
também pode ser vista pela sua presença, ausência, saída antecipada ou
atraso nas atividades planejadas. É importante observar o tempo
disponibilizado pelos participantes às atividades do grupo Torna-se relevante
conferir quanto cada membro do grupo disponibiliza de tempo e empenho
dedicado a resolução de problemas e demais preocupações que passam pelo
cotidiano de um grupo. Outro ponto que mostra o envolvimento e a motivação
do componente de um grupo é o afeto demonstrado aos demais membros,
assim como sua dedicação espontânea nos diversos processos do grupo;
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Figura 18: Processo Decisório
Fonte: Biblioteca de Clip-arts do Office
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participantes. A forma como são recebidas as novas ideias, sugestões e
alterações de conduta mostra o quanto o grupo está aberto para inovações. É
preciso estar atento para que o grupo não caia na rotina da mesmice, o
marasmo leva à falta de incentivo para a criatividade e inovação.
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Essas três fases permitem que os membros do grupo satisfaçam suas
necessidades interpessoais, no entanto, um grupo pode alternar inúmeras vezes
entre as fases de inclusão, controle e afeição independente de seu tempo de vida e
duração.
De acordo com Moscovici (2005) existem dois níveis distintos nos quais
ocorre a interação humana num grupo de trabalho: o Nível da Tarefa e o Nível
Socioemocional. O nível da tarefa diz respeito às atividades visíveis e todo o
esforço direcionado para atingir os resultados definidos.
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56% de tentativas de resposta: nível de tarefa
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Vamos verificar agora alguns exemplos de forças que podem ser
identificadas no desempenho de um grupo de acordo com Moscovici (1985):
No ambiente:
Forças Impulsoras: os recursos são suficientes e adequados, o local é
cômodo e confortável, existe privacidade e tempo disponível para as atividades;
Forças Restritivas: horário rígido e escasso, pressões externas, diversas
interferências e interrupções das atividades, ausência de equipamentos,
equipamentos inadequados ou com problemas. Tamanho do grupo inadequado e
ambiente inadequado e desagradável.
No Grupo:
Forças Impulsoras: grupo motivado, com relacionamento cordial e
espontâneo. As diferenças individuais são aceitas, existe confiança entre os
membros do grupo, a liderança é eficiente existindo interdependência;
Forças Restritivas: reina um clima hostil, posição defensiva dos membros
do grupo, apático e desorganizado, as normas não são claras, existência de
subgrupos “panelas”, silêncios pesados e dependência do coordenador do grupo.
A Pessoa:
Forças Impulsoras: existe empatia, troca de experiências e suporte
emocional, o ouvir é prática constante, a comunicação flui facilmente, sempre há
busca e troca de informações, o coordenador é competente, procuram sempre por
inovações.
Forças Restritivas: os objetivos são conflitantes. Existe dominação e
manipulação, timidez e intransigência. Ocorre a disputa pelo poder, formação de
subgrupos, participantes abandonam o grupo, divergências pendentes.
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poderá planejar estratégias para trabalhar as dificuldades por meio de dinâmicas de
grupo.
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Atuador pelos demais: é o membro que atua ou executa tarefas que não
são permitidas. Os demais membros, nesse caso, expressam uma ambivalência de
sentimentos; ao mesmo tempo em que criticam, divertem-se com prazer perante a
situação;
Moralista: é o membro que assume uma postura zelosa da “moral e dos
bons costumes”. Geralmente este papel fica a cargo da pessoa que está facilitando
o grupo;
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Orientador: sabe ouvir com atenção os membros do grupo, procura dar
respostas ou fazer questionamentos não diretivos para que os membros reflitam e
pensem nos problemas e nas possíveis soluções;
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Elemento de ligação: elemento que faz a ligação entre o capital humano
e os recursos materiais, identifica os pontos de ligação e faz a intermediação entre
sistemas e subsistemas;
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Ouvinte interessado: bom ouvinte, acompanha todos os movimentos e
atividades do grupo, tem boa aceitação das ideias dos demais membros, serve de
apoio nas discussões e decisões do grupo.
Dominador: sempre quer dar sua opinião, não sabe esperar sua vez e
nem respeitar as falas dos demais membros. Sucessivamente procura afirmar sua
autoridade e superioridade, interrompe os demais, manipula o grupo ou alguns dos
membros;
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Reivindicador: sempre leva recados e reivindicações dos outros. É o
porta voz dos outros, procurando disfarçar seus interesses pessoais, preconceitos e
dificuldades;
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Figura 20: Agressividade
Fonte: Biblioteca de Clip-arts do Office
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2.6. Evolução e Maturidade do Grupo
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Enfrenta a realidade e atua de acordo com os fatos e não com a fantasia?
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Faz uso inteligente das diferentes capacidades de seus membros?
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Cria uma atmosfera de liberdade psicológica para a expressão de todos os
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sentimentos e pontos de vista?
Não está excessivamente dominado por seus dirigentes, nem por nenhum de
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seus membros?
Alcançou um equilíbrio sadio entre colaboração e competência por parte de seus
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membros?
Alcançou um equilíbrio sadio entre o emocional e o racional?
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Pode mudar facilmente e adaptar-se às necessidades de diferentes situações?
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Reconhece que os meios são inseparáveis dos fins?
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Reconhece a excelência e as limitações dos procedimentos democráticos?
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De 16 a 20 .........................................................................Ótimo
De 12 a 15 .........................................................................Bom
De 09 a 11 ........................................................................Regular
Menos de 9 ......................................................................Fraco
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O grande desafio da atualidade é encontrar profissionais em que a liderança
não seja somente instituída pelo poder do cargo que o indíviduo ocupa, mas seja
conquistada por meio das habilidades de liderança e de relacionamento interpessoal
de cada gestor.
O sucesso ou fracasso de um grupo de trabalho ou organização está
diretamente ligado à forma como é exercida a liderança. Liderar não é uma tarefa
simples, pelo contrário, liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e
compromisso. Liderar envolve interagir com outras pessoas, requer capacidade de
usar as diferentes habilidades que compõem o grupo, direcionando-as para o
atingimento de um resultado específico.
Uma pessoa poderá ser um gerente eficaz, um bom planejador e um gestor
justo e organizado e, mesmo assim, não ter as capacidades motivacionais de um
líder. De nada adianta ter ótimos planos se não conseguir colocá-los em prática.
Frequentemente surgem boas ideias no ambiente grupal, no entanto, a
grande dificuldade está em implantá-las como fora planejado. Em algumas situações
boas ideias são implantadas simultaneamente e sem o devido acompanhamento e
cuidado após a sua implantação. Logo, caem no esquecimento, gerando perdas e
deixando os líderes desacreditados frente aos liderados.
É possível avaliar o perfil de liderança de uma pessoa pela sua capacidade e
intensidade com que consegue executar os seguintes itens:
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O Estilo de um líder é definido por meio dos comportamentos que ele pratica
junto aos seus subordinados. Veremos a seguir a descrição dos estilos de liderança
coercitivo, dirigente, afetivo e democrático e modelador.
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Democrático: um líder que utiliza o estilo democrático de liderança diz –
“Então, vamos discutir qual é a melhor opção?”.
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2.8. Reflexão sobre os Estilos de Liderança
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O Estilo Dirigente é bastante útil em momentos de normalidade, em que as
situações de curto ou longo prazo necessitem de orientação objetiva, quando ocorre
implantação de rotinas de trabalho e fixação dos conceitos organizacionais. Também
tende a ser eficaz em decisões de consenso que devem ser comunicadas para
grandes e complexas organizações.
Este estilo de liderança tende a ser ineficiente quando os subordinados não
têm oportunidades de se desenvolverem. Sentem-se limitados e impotentes na
ausência do líder.
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conhecem bem o seu trabalho e necessitam de poucas orientações. Nesse caso, o
líder serve como um modelo.
Tende a ser ineficaz quando o grupo ou a organização se tornam maiores e
mais complexos, exigindo mais coordenação e maior delegação de tarefas por parte
do líder, assim como quando os membros necessitam de maior orientação e
desenvolvimento.
Grupo é grão.
Nasce como semente, algo que cresce.
Vive e morre como alimentos para seus integrantes.
Grupos são finitos, para que os integrantes possam renascer em outros grupos.
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