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É de conhecimento público que, na metade última do ano de 1995, fazendo-se valer de uma simples resolução do CFM (Conselho
Federal de Medicina) sobre a Acupuntura (a qual não poderia jamais pretender ingerir sobre outras categorias profissionais que não fosse a
classe médica), alguns médicos se dirigiram aos meios de comunicação dizendo-se representantes do CFM, e, iniciaram uma campanha
difamatória, tentaram prejudicar seriamente os Acupunturistas, induzindo a perseguições indevidas dos órgãos públicos tais como Centros de
Vigilância Sanitária, Secretarias de Saúde e Prefeituras de alguns pontos do território nacional, as quais, foram levadas ao erro, pois trataram
as simples entrevistas nos meios de comunicação como se fossem leis. Na verdade, um Conselho profissional pode criar regras tão somente
para seus próprios membros, ou seja, o Conselho de Medicina poderia criar regras para os médicos exercerem acupuntura, mas não tem
direito legal de criar regras para os fisioterapeutas, nutricionistas, biomédicos, terapeutas holísticos, nenhuma outra profissão que não a
própria... Assim sendo, tentaram lesar o Acupunturista em seus direitos constitucionais, em especial o ARTIGO 05 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL que lhe garante livre exercício deste ofício. Os membros dignos da classe médica, ou seja, a sua grande maioria, estão de pleno
acordo com a nossa posição e nos opoiam, pois sabem que é moralmente insustentável que apenas os médicos possam exercer a
Acupuntura, já que tal matéria nem sequer é estudada nos cursos de medicina. Esta temática já foi objeto de avaliação recente em vários
colegiados, sendo unânime a conclusão de que PRATICAR ACUPUNTURA NÃO É ATO MÉDICO. Já houve tentativa anterior de monopolizar
a técnica para a classe médica, isto em 1993, por parte, inclusive, de alguns indivíduos que novamente nos dias de hoje procuram o mesmo
objetivo. Tal absurdo partiu de alguns membros da Secretaria de Vigilância Sanitária (Brasília) que emitiu um "Relatório Final e
Recomendações/ Seminário Sobre O Exercício Da Acupuntura No Brasil", onde extrapolando as suas atribuições, procuravam, numa atitude
corporativista, monopolizar a Acupuntura como exclusividade médica. TODOS OS CONSELHOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
ASSINARAM DOCUMENTO DIRIGIDO AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA SAÚDE ONDE DISCORDAM DO RELATÓRIO E
CONCLUEM SOBRE A ACUPUNTURA: " A MESMA NÃO É UMA PRÁTICA MÉDICA MAS, SIM, E TÃO SOMENTE UMA METODOLOGIA
TERAPÊUTICA APLICÁVEL EM QUALQUER CAMPO DO SABER NA SAÚDE". E mais, afirmam OFICIALMENTE ser a Acupuntura: "Em se
tratando de uma Metodologia Terapêutica Milenar montada em bases Filosóficas dispares de qualquer formação acadêmica, em qualquer área
profissional do campo da Saúde no país"; "Estas bases Filosóficas que movimentaram os Métodos e as Técnicas de Acupuntura são distintos
dos princípios de diagnóstico e metodologia terapêuticas que movimentam academicamente as práticas de Saúde do mundo ocidental"; " Para
a Acupuntura não há exigência de pré-qualificação no campo da medicina tanto no Brasil como no exterior . A mesma não é uma prática
médica mas, sim, e tão somente uma Metodologia Terapêutica aplicável em qualquer campo do Saber na Saúde". Acrescentam ainda, de
forma muito justa e honesta: "O Seminário contou apenas com a participação restrita e não representativa das profissões de Saúde, haja visto
não terem sido convidados outros profissionais e mesmo autodidatas, que sempre demonstraram grau de responsabilidade com a questão da
Acupuntura em nosso país". Relembrando: assinam este documento os representante oficiais dos Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional, Conselho Federal de Nutricionistas, Conselho Federal de Biologia, Conselho Federal de Odontologia, Conselho Federal de
Farmácia, Conselho Federal de Biomedicina, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Enfermagem, Conselho Federal de
Medicina Veterinária, Conselho Federal de Serviço Social, Conselho Federal de Fonoaudiologia e, até mesmo, o próprio Conselho Federal de
Medicina. Documento de teor semelhante é a Recomendação 27/93 da Comissão Técnica de Atuação Profissional na Área de Saúde, do
Ministério da Saúde, afirmando: "Que no documento conclusivodo Seminário de Acupuntura transparece, fortemente, a vontade da criação de
reserva mercantil para o exercício de tal atividade desconsiderando o aprofundamento necessário das discussões científicas e acadêmicas
que envolvem a matéria". Convém lembrar que só uma lei federal pode restringir as práticas da Acupuntura para os filiados ao Conselho
Federal de Terapia e não há notícia de um único projeto que seja que tentasse enquadrá-la como prática médica. Todos os existentes visavam
incluí-la como uma técnica distinta da classe médica. Como exemplos, podemos citar o próprio projeto desenvolvido pelo Conselho Federal de
Terapia que propõe a criação da profissão de Terapeuta Holístico, que foi apresentado pelo ilustre Deputado José de Abreu, além dos
anteriores do então senador Valmir Campelo que propunha a profissão de Terapeuta em Medicina Natural (projeto de Lei do Senado número
306, de 1991), além do PLC 67/95, e, o projeto mais explícito sobre Acupuntura, de autoria do então senador, e ex-PRESIDENTE DA
REPÚBLICA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, que dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico em Acupuntura. Muito nos gratifica
saber que o próprio ex-Presidente da República concorda com nosso ponto de vista. Igualmente interessante é a jurisprudência sobre as
técnicas naturalistas serem ou não atividades lícitas e se são ou não ato médico: TODOS os pareceres concluiram ser LIVRE o exercício
profissional. Tanto isso é verdade que o CFM abriu mão de seu direito de se manifestar na ocasião em que o Sr. Dr. Waldir Paiva Mesquita, M.
D. Presidente do Conselho Federal de Medicina, recebeu a Notificação do CFT - Conselho Federal de Terapia, remetida via Cartório do 2º
Ofício de Brasília, onde interpelamos: "Pretende o CFM, de acordo com as suas resoluções, impedir o terapeuta "não-médico" de exercer a
acupuntura ?". Esta Notificação, somada a outras ações do CFT pôs fim a uma série de informações incorretas sobre o exercício da
Acupuntura, conquistando o máximo de tranquilidade para nossos filiados. Curiosamente, após tanta polêmica, conforme noticiado no próprio
Jornal do CFM (Ago/Set/96), acabou não sendo validada a "especialidade médica de acupuntura", pois, "... situações como a da Associação
Médica Brasileira de Acupuntura, que foi reconhecida pelo CFM mas não integra a AMB, não podendo, portando, conceder título de
especialista" (o grifo é nosso). Veja o texto A prática de acupuntura não caracteriza exercício ilegal de Medicina na figura abaixo:
Medicina vibracional
Dra. Daionety Aparecida Pereira*
A alopatia enfatiza a doença, e a medicina vibracional, a saúde. A primeira lida com componentes químicos e estruturais do corpo
físico; é a medicina verdadeiramente objetiva porque lida com a natureza em nível espaço/tempo meramente quadrimensional e, portanto, tem
evidências laboratoriais diretas em apoio a suas hipóteses fisioquímicas. A medicina vibracional lida diretamente com substâncias e energias
de outro nível, que são mais difíceis de detectar e intervêm diretamente na química e na estrutura do corpo físico. Apenas recentemente os
cientistas reconheceram que a mente tem capacidade de influenciar os mecanismos biomoleculares que regulam o funcionamento do
organismo. Vários estudos vistos em conjunto mostram que os seres vivos são seres de energias multidimensionais. A física quântica mostra
que toda matéria, na verdade, é energia. Se somos constituídos de energia, com certeza somos afetados por ela. Através da percepção de
que os seres vivos são constituídos de energia, podemos começar a compreender novos pontos de vista a respeito da saúde e da doença.
Esta perspectiva baseia-se na compreensão de que o arranjo molecular do corpo físico é, na verdade, uma complexa rede de campos de
energia entrelaçados. A rede energética que representa a estrutura físico-molecular é organizada e sustentada pelos sistemas energéticos
"sutis", que coordenam as forças vitais e o corpo. Há uma hierarquia de sistemas energéticos sutis que coordenam as funções
eletro-fisiológicas e hormonais, bem como a estrutura celular do corpo físico. É basicamente a partir desses níveis de energias sutis que se
originam a saúde e a doença. Esses singulares sistemas de energia são intensamente afetados tanto pelas emoções quanto pelos fatores
ambientais e nutricionais. As energias sutis afetam os padrões de crescimento celular tanto positiva quanto negativamente. Vivemos em um
oceano de freqüências energéticas. Nossa consciência dessa existência depende de nossa habilidade em registrá-las. Atualmente, muitos
cientistas pesquisam meios de poder provar, mensurar e registrar essas energias. O corpo é como uma estação de rádio, enviando
mensagens a partir de cada célula, tecido ou órgão, e cada indivíduo tem sua própria freqüência e seu ritmo natural de vida. A alopatia já usa
um pouco de energia nos seus tratamentos, como emissões radioativas, eletricidade para deter a dor e campos magnéticos para acelerar a
cura de fraturas. Outros tratamentos, ditos alternativos, também transmitem energia para o corpo, só que de freqüência muito diferente
daquelas medidas pelos equipamentos convencionais de detecção. A esse conjunto de tratamentos denominamos de Medicina Vibracional, e
entre eles destacamos: Homeopatia, Florais, Acupuntura (com estimulação feita por agulhas, corrente elétrica, ondas sonoras, luz laser,
pressão pelos dedos e freqüências eletromagnéticas produzidas por luz colorida), Cristais, Cromoterapia, Radiestesia, Imposição de mãos,
Radiônica e Elixires de pedras preciosas.
FONTE: Vetimagem Centro de Diagnóstico Veterinário R Pedro Madureira
O QUE É A MEDICINA VETERINÁRIA HOLÍSTICA
http://www.veterinariaholistica.net/index.html
"Acupunctura, homotoxicologia, probiótica, fitoterapia,...!! " Quando pensamos em medicina veterinária holística temos tendência a
associar este termo à prática exclusiva de terapias alternativas, colocando de lado a medicina veterinária convencional. Apesar de muitas
destas terapias serem já conhecidas do domínio público, alguns "mitos" ainda persistem à cerca da sua utilização e eficácia clínica. Regra
geral apenas recorremos a elas quando a conhecida medicina convencional "já não dá resposta" ou seja, em "último recurso" e muitas vezes
com casos terminais ou de recuperação muito difícil.A American Holistic Veterinary Medical Association (AHVMA) define a Medicina
Veterinária Holística ou Integrada como "a realização da observação e diagnóstico de um animal, tendo em consideração todos os aspectos da
vida do mesmo e utilizando todos os sentidos do clínico veterinário, bem como a combinação de modalidades de tratamento convencionais e
alternativas (complementares)".Mais importante do que classificar a medicina em alopática ou holística, alternativa ou convencional, científica
ou não-científica, racionalista ou empirista, ocidental ou oriental é ter a consciência da qualidade de vida que a mesma pode trazer à saúde
animal quando praticada com uma abordagem diagnóstica e terapêutica correctas.Para que conheça um pouco melhor as principais
abordagens diagnósticas e terapêuticas holísticas deste serviço, segue um pequeno enquadramento histórico e uma breve explicação dos
fundamentos que regem cada uma delas.
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
A acupunctura é uma disciplina da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a qual teve a sua origem na China Antiga há vários milénios
atrás. Desde a segunda metade do século XX a acupunctura sofreu uma rápida difusão em todo o mundo ocidental.A prática da acupunctura
estendeu-se também à Medicina Veterinária, na qual tem sido integrada de forma complementar. A sua utilização como método terapêutico
preventivo (profilaxia), curativo (tratamento) ou paliativo generalizou-se em países como os E.U.A., Brasil e em vários países europeus.A
Medicina Tradicional Chinesa possui um método de diagnóstico próprio - o diagnóstico energético - que se baseia principalmente num
interrogatório detalhado dos hábitos de vida do paciente, na palpação (energética) dos pulsos, na observação da língua e na palpação de
pontos específicos de diagnóstico, o que permite avaliar quais os desequilibrios energéticos presentes no organismo responsáveis pelo
aparecimento de estados de doença.Com a acupunctura veterinária, é possível corrigir desequilibrios nos organismos animais através da
aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo, os chamados pontos energéticos. Aplicadas nos pontos sobre o trajecto de
meridinanos, permitem obter um efeito regulador ao nível dos diferentes sistemas do organismo, nomeadamente nervoso, hormonal e
imunitário, promovendo a recuperação de diversas patologias orgânicas (digestivas, respiratórias, dermatológicas, uro-genitais), neurológicas
(paralisia, incontinência), comportamentais, imunitárias, hormonais, ortopédicas, musculo-esqueléticas e articulares.
MEDICINA BIOLÓGICA
A medicina biológica é outra designação integrada na medicina holística. A medicina biológica não pretende produzir uma supressão
dos sintomas das doenças (o que "engana" o organismo ao fazê-lo "pensar" que já não está doente) mas sim modular a sua intensidade,
enquanto promove as respostas fisiológicas necessárias para que o próprio organismo animal possa combater as causas da doença e obter a
cura. A homotoxicologia e a probiótica são dois exemplos de terapêuticas integradas na medicina biológica.A homotoxicologia nasceu na
Alemanha, em 1969, pelo médico Dr. Hans Reckeweg e basea-se nos princípios da medicina hipocrática e da homeopatia clássica de
Hannemann. Uma das principais vantagens da homotoxicologia é concilar a abordagem alopática (convencional) e a abordagem holística no
diagnóstico e tratamento de doenças. A sua terapêutica basea-se no uso de produtos homeopáticos.A probiótica constitui uma abordagem
nutracêutica na regulação de certos aspectos do organismo. O intestino dos animais aloja uma flora bacteriana variada e numerosa, muito
importante para um intestino funcional e para um bom sistema imunitário geral de defesa contra as infecções. Várias patologias podem ser
melhoradas com o recurso a uma terapia probiótica adequada e à instituição de uma higiene alimentar e intestinal.
MEDICINA CONVENCIONAL
A medicina veterinária convencional pode igualmente ser designada por alopática. Hoje em dia, de uma forma geral, não é praticada
segundo uma filosofia holística mas pode ser usada para ajudar a ver os pacientes nessa perspectiva. Análises clínicas, biópsias, radiologia,
ecografia, etc podem ajudar-nos a ver "à transparência" e a confirmar algumas hipóteses diagnósticas. Além disso, um interrogatório detalhado
da anamnese, história clínica e hábitos de vida e um exame físico atento, pormenorizado e detalhado deviam já por si dar uma perspectiva
"holística" do paciente com a sua patologia. Por ser muito útil na abordagem de patologias agudas através do uso de certos medicamentos,
por permitir uma abordagem preventiva (profilaxia) de certas patologias através da criação de programas de saúde pública e saúde animal e
pelos seus avanços em cirurgia, favoreceu o aumento da esperança média de vida da população e foi conquistando um lugar previligiado e
uma forte aceitação nas sociedades ocidentais a partir do início do século XX.
Nguyen Van Nghi; "Patogenia y Patología Energéticas en Medicina China", Vol. I, Editorial Cabal, Madrid 1981.
Marita Casasola; "Acupuntura en Animales", Editorial Mandala, Madrid 1999.
www.wbvc.bc
www.interhiper.com
Dra. Adriana Moiron - Médica Veterinaria
Educacional da Área Doenças Médicas da F. C. V. da U. B. A. Argentina.
Educacional do Instituto Médico Argentino de Acupuntura (IMADA).
http://www.petfriends.com.br/
Acupuntura é uma técnica de tratamento da Medicina Tradicional Chinesa que consiste em introduzir finas agulhas de aço inoxidável
na pele (0,25 mm) com a finalidade de estimular pontos específicos relacionados a cada órgão do corpo. E cada órgão possui um trajeto de
energia que percorre o corpo, chamado de meridianos. Com a estimulação dos pontos, a energia que está bloqueada nos meridianos se
espalha, tratando a queixa da dor e reequilibrando o funcionamento do corpo como um todo. Dentro da concepção chinesa, a doença é uma
manifestação de desequilíbrio, e a acupuntura seria uma forma de readquirir a harmonia perdida. Esta prática antiga existe há quatro mil anos
e vem sendo utilizada em animais com bastante sucesso e aceitação. A duração do tratamento varia de acordo com a doença apresentada e
com a receptividade do animal. A médica veterinária Cecília Maria R. T. Groke explica que a intenção de curar o animal colabora para o êxito
do tratamento e para o aumento da qualidade de vida do bichinho. Pelas suas mãos já passaram mais de mil animais entre cães, gatos,
coelhos, sagüis e cabritos. Ela ainda adverte sobre alguns cuidados que os donos precisam ter para preservar a saúde do seu animal:
* cuidar da alimentação para que ele não se torne obeso;
* não praticar exercícios físicos de alto impacto, como saltar e correr em solo irregular.
Dependendo do quadro do paciente as sessões de acupuntura podem ser associadas a medicamentos fitoterápicos, homeopáticos
ou alopáticos, obtendo ótimos resultados e diminuindo a incidência de cirurgias. Além dos casos de dor, várias doenças como artrite, gastrite,
artrose, diabetes, insuficiência renal, insônia, estresse, entre outras podem ser tratadas pela acupuntura com eficiência. Traumas, seqüelas de
cinomose e recuperação pós-operatória também são tratáveis pela técnica milenar.
Dra. Cecília Maria R. T. Groke Médica Veterinária
http://www.clinivet.com.br/
A Acupuntura é uma arte milenar de cura que entende o ser vivo em sua totalidade. Seus fundamentos baseiam-se na Medicina
Tradicional Chinesa, a qual compreende a doença ou enfermidade, como manifestação de um desequilíbrio. Para Medicina Tradicional
Chinesa, as desordens surgem e instalam-se quando o corpo não está devidamente equilibrado a idéia do equilíbrio ou harmonia, é a chave
para este forma de tratamento. Sua ação é através de estímulos de pontos reflexos específicos, distribuídos em todo o corpo objetivando
reverter, curar e prevenir estados patológicos nos animais, principalmente através da utilização de agulhas, bem como ser uma ciência
direcionada a manutenção do equilíbrio e do bem estar dos animais. A acupuntura age sobre o sistema nervoso autônomo e sistema
endócrino e seu efeito pode ser imunoestimulante, imunossupressor, analgésico e antiinflamatório. Ao contrário do que muitos pensam a
introdução das finas agulhas de Acupuntura não causam dor. Existe sim a “sensação da Acupuntura” chamada de de Qi Esta sensação, que
pode ser relatada por humanos que se tratam com a Acupuntura, é sentida como compressão, beliscos suaves, calor e ou formigamento no
local que está sendo estimulado, de acordo com a sensibilidade de cada paciente.Esta terapia é uma ciência e método terapêutico que, pode
ser utilizado em conjunto, por exemplo, com a alopatia, homeopatia, fitoterapia, e deve ser realizada sempre por um médico veterinário
acupunturista. O número de agulhas introduzidas por tratamento pode ser de uma até vinte e tempo de permanência destas variam de acordo
com as patologias e objetivos do veterinário acupunturista podendo ser desde a simples punção e retirada, até a permanência de trinta
minutos. Os animais aceitam bem a colocação das agulhas, pois não existe o conceito pré-determinado de “agulha é sinônimo de injeção” que
existe na mente dos humanos. Com a evolução da relação construída entre os seres humanos e os animais de companhia; os cães e gatos
desenvolveram uma importância inquestionável dentro do convívio familiar, a busca por métodos de terapias que possam amenizar, prevenir e
curar condições patológicas tem sido cada vez maior.A acupuntura vem sendo utilizada com sucesso no tratamento de cães e gatos em
casos de:
Distúrbios na coluna
Displasia coxofemoral
Distúrbios comportamentais: hiperatividade, medo, depressão, ansiedade, entre outros
Dores agudas e crônicas
Incontinência urinária e fecal
Desordens de fertilidade
Dermatologia
Cicatrização
Desordens do sistema imune
Pós-operatório
Distúrbios gastrintestinais
Coadjuvantes no tratamento cardíaco.
Neuropatias entre outras.
acupuntura@clinivet.com.br
Um benefício ainda pouco discutido entre os médicos e praticamente desconhecido para proprietários de animais é a acupuntura
veterinária. No entanto, dizer que essa prática é uma novidade pode ser um grande engano. Diz-se que na China, desde a Dinastia Chang
(1765 a 1123 a.c.), os cavalos que iam para as guerras e os que eram usados no trabalho já eram tratados com agulhas. Contudo, no mundo
ocidental, há pouco tempo a acupuntura começou a ser utilizada para tratar doenças que antes não tinham cura pela medicina tradicional,
como a cinomose – doença viral que causa lesões irreversíveis no sistema nervoso – e a Síndrome de Wobbler – uma instabilidade cervical
que provoca deslocamento entre as vértebras, acarretando paralisia.Além dessas enfermidades, a acupuntura trata os mais diversos tipos de
doenças, como a espondilose anquilosante,problemas reprodutivos, digestivos, neuro-musculares, de coluna, etc. “Nos casos em que o
paciente não ficar curado da doença, ao menos os sintomas serão amenizados através das aplicações”, explica o médico veterinário Marcello
Costa, um dos poucos especialistas na área e responsável pelo curso de especialização na Unigranrio. A acupuntura em animais é igual ao
tratamento em humanos. Ambos consistem em trabalhar os pontos de equilibro energético da superfície do corpo, através dos meridianos que
circulam por essa superfície e têm correlação com os órgão internos. O objetivo da terapia é justamente provocar o equilíbrio dessas energias
para minimizar o desequilíbrio provocado pela doença. A acupuntura consiste na estimulação mecânica de determinados e precisos pontos da
superfície corpórea, através de agulhas metálicas, chamados acupontos. Mas apesar de em alguns casos ela servir como tratamento
específico, outras vezes pode ser utilizada como um coadjuvante. “A acupuntura estimula o sistema imune, e toda patologia tem um fundo
imunológico. Assim, mesmo que o paciente necessite dos antibióticos, será beneficiado com as aplicações. É comum pegar um animal para
tratar um problema específico e o proprietário relatar que seu bicho está mais ativo, comendo melhor, com as fezes melhores e com o pêlo
mais bonito”, diz Costa.O médico garante que até animais com câncer podem ser beneficiados com as aplicações. Segundo ele, a doença
continuará existindo, mas os sintomas, que às vezes são tão dolorosos, desaparecem. Através da acupuntura, o quadro clínico do animal fica
estável e ele passa a ter uma boa qualidade de vida, mesmo estando doente. “Recentemente peguei um animal com tumor maligno no
mediastino. Com a acupuntura, o quadro clínico ficou estável e quando o animal morreu, foi de um dia para o outro. Se ele não tivesse feito as
aplicações teria tido uma morte mais lenta e sofrida”, afirma o veterinário. Para evitar:
PREVENÇÃO. Através do tratamento com as agulhas o médico consegue tonificar os pontos energéticos evitando o surgimento de
algumas doenças, que normalmente se manifestam quando o animal está com idade mais avançada.
FRIO. Os proprietários devem ficar mais atentos à saúde dos bichos no inverno. Neste período do ano são comuns as chamadas
patologias do frio, como problemas nas articulações, coluna, artroses e bico-de-papagaio, devido à queda da temperatura.
RAÇAS. Algumas raças têm tendência a manifestar problemas nas articulações e na coluna com maior freqüência, como é o caso do
doberman, pastor, basset hound, rotweiller e poodle.
CUIDADOS. Não existem contra-indicações para o tratamento com agulhas. Segundo o especialista, o único cuidado é saber os
pontos nos quais você vai utilizá-las.
DISPLASIA. Acupuntura também é indicada para displasia coxo femural, que normalmente provoca muitas dores no animal e não tem
cura através da medicina tradicional.
janainaferreira@odianet.com.br
Cuales son las pautas que se deben considerar durante el tratamiento acupuntural? Según las pautas que rigen la Medicina
Tradicional China, los puntos de acupuntura o también denominados acupuntos se ubican en meridianos o canales los cuales se conectan
con: relaciones metabólicas - funcionales orgánicas específicas de los seres vivos; es decir con órganos, sistemas orgánicos y tejidos
corporales a través de estos meridianos. Para que estos acupuntos sean estimulados o afectados por cualquier método acupuntural, deben
aplicarse ciertas pautas metodológicas durante la sesión (tiempo que dura la consulta acupuntural). Ellas son:
Selección de los puntos utilizados.
Ubicación adecuada de los puntos utilizados.
Profundidad de la acupunción.
Elección del tipo de estimulación o tratamiento del punto de acupuntura.
Duración de cada sesión de acupuntura.
Cantidad de sesiones que debe tener el tratamiento de una enfermedad.
En cuanto a este último item, es algo difícil de preestablecer de antemano con exactitud. Ya que es sabido que no existen
enfermedades, sino enfermos. Cada individuo porta una energía especial que lo identifica y que a su vez interactúa con el medio ambiente de
la mascota. Con esto quiero decir que un animal que tiene un estrecho vínculo con su amo, va a tener una respuesta más rápida al
tratamiento. O un propietario que conozca la acupuntura desde su creencia o porque la ha utilizado para su curación personal, producirá en su
mascota un efecto beneficioso. A continuación se describen una serie de maniobras que el acupuntor realiza durante la aplicación de las
agujas en las diferentes regiones del cuerpo.Cuales son las secuelas que se pueden producir en un tratamiento acupuntual? Si bién son poco
frecuentes de hallar cuando la acupuntura es efectuada por un profesional experimentado. Alguna secuela a modo fortuito puede presentarse.
La más común es la exacerbación del problema tratado, especialmente en aquellos casos que cursen con dolor. Este empeoramiento aparente
en general, es de escasa duración (entre 1 a 2 días) y en la mayoría de los casos no constituye un signo de mal pronóstico. Este problema se
basa generalmente por un exceso de acupuntura, ya sea por los siguientes factores:
1. El uso de muchos puntos.
2. Selección de puntos incorrectos.
3. Aplicación de una estimulación exagerada.
4. Porque las agujas son mantenidas por mucho tiempo en el lugar.
Esto se corrige de manera fácil en las sucesivas sesiones y en gran parte de los tratamientos que se aplican, es común de observar
estos tipos de problemas.Otras secuelas que se pueden observar, se pueden deber a factores que dependen de la manipulación de la técnica
acupuntural. Ellas son:
1. Curvatura o fractura de agujas.
2. Agujas “ trabadas o congeladas “, cuando las agujas se enganchan en el tejido, por lo general a causa de espasmos musculares o por
quedar enredadas en las fascias (cobertura de tipo pseudo tendinosa que envuelve a un músculo o región muscular) dificultando su extracción.
3. Injuria de órganos vitales tales como corazón, hígado, riñón y bazo. Este problema se puede observar cuando el profesional no es
idóneo o cuando existen factores predisponentes del animal tales como talla miniatura, agresividad o inquietud exacerbada del paciente.
4. Hematomas o hemotórax.
5. Infecciones.
6. Vómitos y / o náuseas.
BIBLIOGRAFÍA:
H. Sumano López y col.; “Acupuntura Veterinaria”, Editorial Interamericana, Méjico 1990.
Nguyen Van Nghi; “Patogenia y Patología Energéticas en Medicina China”, Vol. I, Editorial Cabal, Madrid 1981.
Marita Casasola; “Acupuntura en Animales”, Editorial Mandala, Madrid 1999.
www.wbvc.bc
www.interhiper.com
Datos de la autora: Dra. Adriana Moiron - Médica Veterinaria
Egresada de la F.C.V. de la U.B.A en 1983. Nacionalidad: Argentina. Docente del Área de Enfermedades Médicas de la F.C.V. de la
U.B.A. Argentina, desde 1992 a la fecha. Ex docente de la Cátedra de Histología y Embriología de la F.C.V. de la U.B.A., Argentina, desde
1979 hasta 1986. Docente del Instituto Médico Argentino de Acupuntura (IMADA), desde 1993 a la fecha. Directora del Laboratorio Clínico
Veterinario Alem, especializado en la práctica de análisis clínicos en P.A., desde 1983 a la fecha Directora de los Cursos Internacionales de
Educación a Distancia sobre: “Acupuntura Veterinaria”. IMADA.
http://ar.geocities.com/adrianamoiron -
www.adrianamoiron.mascotia.com
Freqüentemente, os pacientes buscam a acupuntura como última opção de tratamento por desconhecerem essa modalidade de terapia. Dessa
forma, ao iniciar a terapia com essa técnica já apresentam maiores alterações estruturais, comportamentais e transtornos psicológicos. Em
boa parte dos casos, os pacientes são pessoas idosas, acometidas por doenças crônicas. Por essas razões, alguns podem necessitar de
tratamento mais prolongado. Por isso, a duração de tratamento em alguns casos é longa.
20- A Acupuntura faz emagrecer?
A acupuntura atua diminuindo a ansiedade, a sensação de fome e, desse modo, controla a compulsão alimentar, principalmente por doces.
Esse efeito favorece a reeducação alimentar, sem a necessidade do uso de drogas para reduzir o apetite. Esta é uma das grandes vantagens:
age sem causar efeitos colaterais ou dependência química provocada pelos moderadores de apetite.
São efeitos adicionais da acupuntura: melhora do sono, redução da irritabilidade e melhora dos sintomas causados pela obesidade, tais como
dor na coluna, joelhos e pés, o que motiva a realização de exercícios físicos. Existe a crença de que a acupuntura pode ser usada para reduzir
a gordura localizada; esse tópico merece estudo mais aprofundado. A técnica também é indicada em pacientes com a síndrome de abstinência
causada pela suspensão inadequada dos remédios moderadores do apetite. E aquela propaganda de perda de peso de 10 kg por mês? Não
existe essa possibilidade!
21 - A Acupuntura pode tratar viciados em álcool, fumo ou drogas?
O efeito da acupuntura em pacientes acometidos desses vícios é semelhante ao descrito no tratamento da obesidade. Atua, principalmente,
na redução da ansiedade, o que ajuda no controle da compulsão e do uso de drogas. Essas condições exigem um tratamento com equipe
multidisciplinar, sobretudo em casos de dependência de álcool e de tóxicos.
22 - A Acupuntura cura doenças graves como câncer ou AIDS?
Não, mas pode melhorar parcialmente a imunidade, auxiliar no tratamento das dores, depressão, transtornos emocionais e falta de apetite, ou
seja, a acupuntura promove a melhora da qualidade de vida. Em casos de pacientes que se submetem à quimioterapia ou à radioterapia, é
notável o efeito da acupuntura na redução das náuseas e dos vômitos.
23- Todos os pacientes são tratados da mesma maneira pela Acupuntura?
Assim como os indivíduos são diferentes entre si, as manifestações das doenças também o são. Portanto, o tratamento deve ser
individualizado. Cada caso é simplesmente um caso, e conforme a evolução clínica do estado do paciente, as técnicas podem ser
diferenciadas.
24- Por que em alguns pacientes não se pode melhorar permanentemente suas dores ou doenças com a Acupuntura?
A acupuntura não é uma panacéia ou uma terapia mágica. Como qualquer outro tipo de tratamento, clínico ou cirúrgico, ela pode
proporcionar resultados bons, regulares ou ruins. É necessário considerar que as doenças variam quanto à gravidade e à cronicidade e, assim
sendo, as respostas ao tratamento também podem ser diferentes. Casos mais graves ou crônicos podem apresentar piora paulatinamente,
com o passar do tempo. Portanto, o bom profissional deve oferecer todas as terapias disponíveis, além de orientação e medidas de prevenção
necessárias.
25- A Acupuntura só utiliza agulhas?
A agulha de acupuntura é um dos instrumentos desenvolvidos pela MTC. Como recurso terapêutico, em determinados casos, pode ser
associada a outros métodos:
Eletroacupuntura: utilização da eletricidade para estimular os pontos da acupuntura. É indicada para tratar tensão muscular intensa,
dor crônica ou para anestesia (hipoalgia). Em geral são utilizados dois tipos de estímulos alternados, de freqüência de 2 Hz e 100 Hz. O
primeiro exerce efeito analgésico prolongado e cumulativo, e o segundo, efeito analgésico rápido e de curta duração. O aparelho TENS, usado
em fisioterapia, é derivado do aparelho de eletroacupuntura, entretanto o efeito do segundo é melhor.
Acupuntura a laser: sua utilização é contraditória. A eficácia da acupuntura depende da intensidade de estímulos nas terminações
nervosas. O raio laser apresenta pequeno efeito terapêutico, pois sua penetração é menor e o estímulo é fraco. Assim fica reservado para ser
usado em crianças menores, em alguns casos de dor nas mãos ou nos pés e em indivíduos com pavor de agulhas.
Ventosa: recipiente de vidro ou plástico semelhante a um copo, no interior do qual é produzido vácuo para prendê-lo à superfície do
corpo. Exerce efeito relaxante muscular e analgésico.
Moxibustão: mecha de fibras secas de artemísia, também em forma de bastão, que, ao queimar-se, aquece os pontos de acupuntura.
É aplicada em pacientes com doenças crônicas ou enfraquecidos.
Estas três últimas modalidades da acupuntura podem ser aplicadas sem a necessidade de agulha.
26- Como a Acupuntura age nas doenças endocrinológicas?
A Acupuntura tem pouca ação na regularização do distúrbios hormonais. Ela é mais indicada em distúrbios hormonais na área ginecológica,
tais como hemorragia disfuncional, presença de acne em adolescente, alteração de ciclo menstrual , desconfortos da TPM e da menopausa.
27 - Quando a Acupuntura começa a produzir efeito?
Depende do tipo e do tempo de evolução e do processo degenerativo da doença, além das técnicas adequadas de acupuntura utilizadas.
Geralmente, em quadros agudos, sem lesão estrutural, o efeito é imediato. Em casos crônicos, o efeito pode ocorrer a partir da quinta sessão.
Por exemplo, em casos de dor lombar por contratura muscular, quase sempre a melhora é mais rápida, podendo haver melhora significativa
após a primeira aplicação. Em contrapartida, em casos de achatamento de corpo vertebral por osteoporose, traumatismo ou tumor, a resposta
é mais lenta e deve, nesses casos, ser associada a analgésicos, porém em menor dosagem, e, conseqüentemente, com menos efeitos
colaterais. Alguns estudos sugerem que a partir da quinta aplicação, 50% dos pacientes teriam melhora de 50% da dor. Cerca de 80% dos
pacientes respondem bem à acupuntura, enquanto os outros 20% reagem mais lentamente. Observa-se também que, se pelo menos um dos
pais responde bem à acupuntura, seus filhos podem ter melhor resultado com a terapia.
28 - A Acupuntura pode ser usada como tratamento estético?
A aplicação de acupuntura aumenta a circulação sangüínea e a liberação de neurotransmissores (substância P, somatostatina) e
estimula a proliferação de fibroblastos que produzem fibras colágenas no tecido conjuntivo. Além disso, melhora o equilíbrio emocional e,
provavelmente, normaliza os níveis hormonais. Desse modo, rugas de expressão, dermatite seborréica, acne, cloasma gravídico, estrias
recentes, “olheiras” e queda de cabelo de origem psicogênica são atenuadas pela acupuntura.
29 - Quais cuidados devem ser tomados antes das sessões de Acupuntura?
De modo geral, não há necessidade de cuidados especiais, mas recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas em excesso, não se alimentar
exageradamente nem estar com fome intensa, para evitar desconfortos. Trata-se de uma recomendação, não sendo, portanto, motivos para
impedimento do tratamento. Algumas das perguntas freqüentes são se existe algum impedimento no período de menstruação, gravidez,
resfriado ou gripe. Não há.
30 - Quais cuidados devem ser tomados após as sessões de Acupuntura?
Cerca de 40% dos pacientes apresentam relaxamento profundo e até sonolência. Nesses casos, recomenda-se dirigir automóvel somente
meia hora após o término da aplicação. As reações são mais fortes, principalmente, após as duas primeiras sessões. Alguns pacientes
acometidos de fibromialgia ou dor muscular crônica podem apresentar piora da dor durante horas após a primeira aplicação, o que é mais
comum no inverno. Isso raramente ocorre a partir da segunda sessão.
31 - O que o paciente deve fazer para ter maior conforto durante a sessão de Acupuntura?
O paciente deve usar roupas confortáveis e soltas, estar relaxado e procurar manter a mente tranqüila. Deve desligar-se do telefone celular.
32– Perfuração para uso de brinco ou piercing faz mal à saúde?
Foi noticiado pela imprensa que o uso de brinco na orelha poderia fazer mal para a saúde. Entretanto, sabemos que a possível lesão das
terminações nervosas pela perfuração não produz dano à saúde. Se isso fosse verdade, as pessoas que usam brinco teriam problemas de
visão e anomalias da fala, pois normalmente o local de perfuração no lóbulo da orelha corresponde ao ponto do olho, garganta ou língua.
Raciocínio semelhante aplica-se ao uso de piercing. Essas perfurações podem provocar reações inflamatórias ou danos à cartilagem, na
maioria dos casos, de duração limitada. Outro fator importante é o risco de infecção local, às vezes, de difícil controle.
33- A Acupuntura é indicada como anestesia?
O nome correto é hipoalgesia, que corresponde à diminuição de dor, ao invés de anestesia por acupuntura. A analgesia pela acupuntura pode
ser empregada em pequenas cirurgias, principalmente as realizadas na cabeça, no pescoço e nos membros, permitindo sua realização com
boa tolerabilidade em cerca de 80% dos pacientes, e em alguns procedimentos ginecológicos. Há várias vantagens, tais como: menor
sangramento, manutenção do estado imunológico, estabilização da pressão arterial, aceleração do processo cicatricial e diminuição do tempo
de recuperação. Em casos de cirurgias torácicas e abdominais, de grande porte, devido à complexidade das inervações, costuma-se associar
anestésicos em menor quantidade do que o habitual – algo em torno de 50%. Entretanto, a .acupuntura não relaxa o espasmo muscular e o
efeito disso no paciente pode ser imprevisível, causando reação vagal, isto é, provocando náuseas, vômitos e distensão intestinal. Outra
inconveniência é o fato de o paciente dever ser internado uma semana antes para treinar com a equipe médica a fim de familiarizar-se com o
procedimento cirúrgico.
34- Ainda se usa Acupuntura para anestesia na China?
A quantidade de cirurgias realizadas com “anestesia“ pela acupuntura reduziu-se muito, em razão de haver possibilidade de analgesia
incompleta e, principalmente, de processo jurídico contra o médico, em eventual falha do procedimento. Em geral, utiliza-se essa técnica em
cirurgias simples e programadas, em pacientes com reação alérgica a drogas anestésicas, com insuficiência renal e/ou hepática grave.
35- O paciente pode ser agulhado por cima da roupa?
Não. Da mesma maneira que não se aplicam injeções ou vacinas por cima da roupa.
36- Em que casos a Acupuntura deve ser considerada a primeira opção de tratamento?
Quando o paciente é alérgico ou sofre efeitos colaterais graves decorrentes do uso de medicamentos, em casos de insuficiência de função do
fígado ou dos rins, pacientes com histórico de sangramento gástrico ao tomar analgésico e/ou antiinflamatório ou idosos que necessitam tomar
muitos remédios. Pacientes hipertensos ou diabéticos que pioram com o uso de analgésico ou antiinflamatório. Da mesma maneira, nos
pacientes em pós-operatório de cirurgias cardíacas, o uso da acupuntura é recomendado. Em mulheres em período de gestação ou de
amamentação, o uso de acupuntura deve ser a primeira escolha para o tratamento de diversos sintomas, inclusive da depressão pós-parto.
Dor ciática: dor na região lombar, glútea, coxa, perna e pé, pode ser
causada por hérnia de disco, contratura do músculo piriforme
Dor no pé: dor nos músculos, ligamentos, com ou sem lesão nessa estrutura.
OUTROS
Dor no pós-operatório de qualquer origem Analgésico, miorelaxante, ansiolítico (reduz a
Fibromialgia: doença de causa desconhecida, que se caracteriza como dor e outras ansiedade), antiinflamatório (melhora do
anormalidades, como insônia, depressão, alterações intestinais e ou urinárias, etc. sono)
Distrofia simpático reflexa: dor muscular com alterações da pele (cor, suor, pelos, unhas), Analgésico, antiinflamatório (melhora
atrofia e edema muscular circulação local)
Distúrbios circulatórios: má- circulação
Dor pós-herpética: dor que permanece após infecção pelo vírus da Herpes Zoster. Analgésico, antiinflamatório, redução da
Dor decorrente de lesão de nervos por diabetes ansiedade
REUMATOLOGIA
Dor articular (nas juntas) –reumatismo: Artrites de causas variadas. Analgésico, relaxante muscular,
Ex. artrite reumatóide, artrite gotosa por depósito de ácido úrico. antiinflamatório
Lúpus eritematoso sistêmico Antiinflamatório, analgésico
Síndrome de Sjögren: ausência da secreção das glândulas lacrimais, glândulas salivares e Analgésico, antiinflamatório, aumentar
das vias digestivas superiores e poliartrite crônica produção de secreções
CEFALÉIA (dor de cabeça)
Cefaléia do tipo tensão: associada à tensão emocional e muscular aguda ou crônica
Analgésico, antiinflamatório,
Enxaqueca (migrânea): dor de cabeça, latejante, geralmente unilateral, acompanhada de náuseas, vômitos, ansiolítico
sensibilidade à luz e som
Cefaléia por disfunção têmporo-mandibular: (alteração da função da articulação têmporo-mandibular-ATM) Analgésico, antiinflamatório,
Cefaléia cervicogênica: causada por alteração de músculos, tendões e irritação de nervos occipitais relaxamento muscular
Dor de estômago (epigastralgia): úlcera péptica, gastrite, espasmo Analgésico, antinflamatório, alívio do estresse e da ansiedade,
gástrico equilíbrio da motilidade gástrica
Azia, hiperacidez ou diminuição da secreção gástrica Equilíbrio da secreção gástrica: inibição ou ativação. Analgésico
Síndrome do cólon irritável: anormalidades intestinais, dores, Analgésico, antiinflamatório, equilíbrio da motilidade intestinal, alívio da
cólicas, empaxamento, alterações emocionais ansiedade e do estresse
Cólica intestinal aguda ou crônica
Dor por disfunção têmporo-mandibular: alteração da função da ATM Analgésico, relaxante muscular
Dor por anormalidades da oclusão (mordida)
DOR FACIAL (INCLUINDO ANORMALIDADES CRANIOFACIAIS E MANDIBULARES) – FACE - SEIOS DA FACE - BOCA
Dor facial de origem dentária
Analgésico, antiinflamatório
Neuralgia do trigêmeo
Dor facial atípica (de origem desconhecida) Analgésico, antiinflamatório, relaxante muscular
ALERGIA E IMUNOLOGIA
Asma, bronquite Broncodilatação (dilatação dos brônquios), ansiolítico, antiinflamatório, melhora da imunidade
Hiperatividade infantil
Dor de ouvido
A Acupuntura é geralmente reconhecida como um recurso terapêutico eficaz no tratamento da dor, porém pode tratar e curar tanto diversas
doenças dos sistemas músculo-esquelético, respiratório, dermatológico, neurológico e digestivo, como também a diminuição de apetite
compulsivo por ansiedade, a depressão e o estresse.Veja porque ela não é mais considerada uma terapia alternativa:
Organização Mundial de Saúde (OMS): A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1979, estimula o uso da acupuntura no
mundo e listou um certo número de doenças que poderiam ser tratadas por meio da acupuntura. Em 2002, foi criada uma nova lista de
doenças e faziam-se outras recomendações (com bibliografia específica e nomenclatura unificada).“Consenso sobre a Acupuntura”: Entre os
dias 03 e 05 de novembro de 1997, o “National Institute of Health” (NIH) dos Estados Unidos, órgão equivalente à Secretaria Nacional de
Saúde brasileira, organizou e promoveu uma reunião de especialistas para elaborar o “Consenso sobre a Acupuntura”, tanto na área de
pesquisa como na de prática clínica, sugerindo uma lista de doenças tratáveis pela acupuntura e recomendou mais investimentos em
pesquisas sobre acupuntura e maior utilização dessa terapêutica pelos médicos.Reconhecimento da acupuntura: Em 1995, o Conselho
Federal de Medicina reconheceu a acupuntura como especialidade médica e, em 1998, reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB).
A Acupuntura para a população geral e para pessoas carentes: Em 1999, a SMBA, Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura, solicitou, junto
ao Ministério da Saúde, a inclusão de procedimentos de acupuntura na Tabela SIA/SUS do Governo Federal, com código próprio e valor. As
filiais estaduais mantêm dezenas de ambulatórios para atendimento à população, por meio da acupuntura.
Difusão de ensino da acupuntura para os médicos: Conforme o interesse crescente, tanto por parte dos médicos como por parte dos
pacientes, existem, atualmente, cerca de 50 cursos de especialização em acupuntura para os médicos no Brasil, alguns ligados aos hospitais
universitários, outros reconhecidos e mantidos pelas associações de acupuntura médica, a SMBA e a AMBA.
Títulos de especialistas em acupuntura: Até hoje, foram realizadas cinco provas para a obtenção de títulos de especialistas em
acupuntura, havendo mais de 2.500 médicos com o título.
Residência Médica em acupuntura: É uma conquista recente e está presente no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco, Hospital Regional de São José, Dr. Homero Miranda de Gomes, da Secretaria da Saúde do Estado de Santa Catarina, e
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
Atendimento no Hospital das Clínicas: Atualmente, no maior e mais conceituado hospital universitário da América Latina, o Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o atendimento se dá nos seguintes setores:
• Centro de Dor da Clínica de Neurologia ,
• Clínica Médica,
• Instituto de Ortopedia e Traumatologia ,
• Geriatria
• Instituto de Crianças
Ensino para os acadêmicos da Faculdade de Medicina da USP:Liga de Dor, Liga de Acupuntura e curso optativo para quartanista de
medicina.Cursos de especialização em acupuntura:- Ensino em nível de pós-graduação de especialização em acupuntura no Instituto de
Ortopedia e Traumatologia desde 1995.
- Cursos para médicos e dentistas, organizados pelo Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa (CEIMEC) e reconhecidos pela
Sociedade Médica de Acupuntura de São Paulo (SMBA-SP) , filial estadual da Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura (SMBA).
- Cursos no Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo, no Hospital de Servidor Estadual de São Paulo e em outros
ligados à Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA).
Por esses motivos, podemos afirmar que, atualmente, a acupuntura é uma especialidade médica reconhecida, não podendo portanto
ser vista como uma terapia alternativa.
Acupuntura e o Idoso
João Carlos Pereira Gomes
Célia Y. Portiolli Faelli
Hong Jin Pai
O mundo está envelhecendo. Nas últimas décadas, a terceira idade é o grupo populacional que mais cresce nos países
desenvolvidos e em desenvolvimento. Mas o que significa envelhecer? Ficar mais velho não é apenas sentir o tempo passar; nem significa
virar doente. Problemas de saúde podem aparecer, mas há soluções. Se tiverem hábitos saudáveis e procurarem se manter ativas física e
intelectualmente poderão ter um envelhecimento saudável com boa qualidade de vida, minimizando as alterações próprias da idade e
prevenindo doenças que incidem mais após os 60 anos.
O organismo do idoso tem menor capacidade de adaptação e demora mais tempo para recuperar-se que um organismo mais jovem.
A incidência de várias doenças é maior nas pessoas com mais de 60 anos, e a presença de mais de uma doença é freqüente. O uso
concomitante de vários medicamentos e a redução da função dos órgãos, em especial do fígado e dos rins, aumentam o risco de efeitos
indesejáveis dos medicamentos e de intoxicações.
Essa é uma das razões porque a acupuntura potencialmente teria um papel importante no tratamento do idoso. Como ela
praticamente não tem contra-indicação e tem efeitos benéficos na redução da dor, na ansiedade, no sono, nos sintomas de depressão leve
entre outros, possibilitaria ao idoso reduzir a quantidade de medicação, diminuindo também os seus vários efeitos colaterais, como por
exemplo a gastrite desencadeada pelos antiinflamatórios, proporcionando ainda uma melhor qualidade de vida.
A acupuntura é utilizada há milênios no tratamento de doenças. No idoso, especialmente no idoso frágil, o tratamento por acupuntura
tem peculiaridades. Um dos principais preceitos de acupuntura recomenda aplicá-la conforme as condições da pessoa. Idosos frágeis e
crianças devem ser agulhados com menor profundidade de inserção e por menos tempo. Estimulação excessiva pode cansar o paciente. A
moxabustão, ou estimulação de pontos de acupuntura através de calor gerado pela queima de uma erva chamada artemísia, pode ser
indicada para fortalecer o organismo. Não se recomenda o uso da acupuntura em certas situações extremas, como desidratação, hemorragia
severas, nem em pessoas muito debilitadas, famintas ou que comeram recentemente, muito sedentas ou muito assustadas. O idoso pode
responder mais lentamente ao tratamento.
A acupuntura hoje é reconhecida como especialidade médica. A medicina moderna tenta desvendar os mecanismos da acupuntura e
comprovar cientificamente suas diversas aplicações no ser humano. Em 1997, o National Institute of Health (NIH), o principal instituto de saúde
americano, realizou conferência de consenso sobre o uso e eficácia de acupuntura na prática médica reconhecendo sua utilidade como
tratamento complementar no manejo de fibromialgia, epicondilite, osteoartrite, lombalgia, síndrome do túnel do carpo, reabilitação de AVC
(acidente vascular cerebral), cefaléias, cólicas menstruais, asma, dor dental pós-operatória, náuseas e vômitos pós-operatórios e
pós-quimioterapia. Outros problemas como tensão pré-menstrual, rinites, síndrome do cólon irritável, estresse, herpes zoster e neuralgia
pós-herpética, hérnia de disco, obesidade e parar de fumar podem ser tratados conjuntamente com acupuntura.
Destacamos três áreas de atuação da acupuntura em geriatria: dor, reabilitação de AVC e terapia adjuvante em doenças diversas,
como depressão leve, câncer e doenças respiratórias. Entretanto, sempre é bom ressaltar que é fundamental procurar o diagnóstico ou os
diversos diagnósticos pela medicina ocidental e tratá-los devidamente para otimizar os resultados e não mascarar doenças severas.
A acupuntura é dolorosa?
Para pequenos animais, a inserção de agulhas de acupuntura é praticamente indolor. As agulhas maiores, necessárias para grandes
animais, podem causar algum desconforto ao atravessar a pele, porém em todos os animais, uma vez que a agulha atinge a posição correta,
não deve haver dor. Alguns cavalos que foram submetidos a terapias convencionais, com várias injeções endovenosas ou intramusculares,
por vezes com conseqüentes flebites ou abcessos, podem se tornar arredios ao tratamento por acupuntura. A maioria dos animais relaxa e por
vezes fica sonolenta durante as aplicações. Ainda assim, o tratamento de acupuntura pode causar sensações, como formigamento, cãimbra
ou dormência, como pode ocorrer em humanos, e ser desconfortáveis para alguns animais.
Patrícia V. Malmegrin crmv SP/7251 veterinária graduada pelo IVAS - The International Veterinary Acupuncture Society
O que é Acupuntura?
http://www.clinicahong.com.br/
A Acupuntura é uma terapêutica milenar que utiliza agulhas, moxas e outros instrumentos para liberar substâncias químicas no
organismo com efeito analgésico e/ou antiinflamatório e assim, aliviar dor e outros sintomas decorrentes de determinadas doenças.A
denominação Acupuntura é atribuída a um jesuíta europeu no século XVII que adaptou os termos chineses Zhen Jiu, juntando as palavras
latinas Acum (que significa agulha) e Punctum (picada ou punção). A tradução literal, no entanto, é bem diferente. O correto seria Zhen
(agulha) e Jiu (moxa). A moxa ou mogusa (termo de origem japonesa) é confeccionada com as folhas secas da planta Artemisia sinensis,
usada na moxibustão, ou seja, queima de pequenas porções desse vegetal associada ao tratamento com as agulhas.
Uma apresentação da acupuntura
A acupuntura é um método terapêutico antigo, utilizado há aproximadamente 5000 anos no oriente. Foi criada na China, sendo mais
tarde incorporada ao arsenal terapêutico da medicina em outros países orientais como o Japão, Coréia e Vietnã. Achados arqueológicos da
Dinastia Shang (1.766 - 1123 AC) incluíam até agulhas de acupuntura e carapaças de tartarugas e ossos, nos quais estavam gravadas
discussões sobre patologia médica. Mas o primeiro texto médico conhecido e ainda utilizado pela Medicina Tradicional Chinesa é o Tratado
de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Nei Jing Su Wen), escrito na forma de diálogo entre o lendário Imperador Amarelo (Hwang-Ti) e
seu ministro, Qi Bha, sobre os assuntos da medicina, segundo alguns autores durante a Dinastia Chou (1122 – 256 AC). Outros textos
clássicos surgiram posteriormente, entre eles a Discussão das Doenças Causadas pelo Frio, O Clássico sobre o Pulso, O Clássico das
Dificuldades (Nan Ching) e o Clássico sobre Sistematização da Acupuntura e Moxa.
A palavra acupuntura origina-se do latim, sendo que acus significa agulha e punctura significa puncionar. A acupuntura se refere,
portanto, à inserção de agulhas através da pele nos tecidos subjacentes em diferentes profundidades e em pontos estratégicos do corpo para
produzir o efeito terapêutico desejado. Mas, na verdade, acupuntura é uma tradução incompleta da palavra chinesa Jin Huo (ou Tsen Tsio)
que significa metal e fogo. Para tornar uma longa história curta: os pontos de acupuntura distribuídos pelo corpo podem ser puncionados com
agulhas ou aquecidos com o calor produzido pela queima da erva Artemisia vulgaris, (mais conhecida como moxa ou moxabustão). Podem
ainda ser estimulados por ventosas, pressão, estímulos elétricos e, mais recentemente, lasers. Acupuntura e moxabustão fazem parte da
chamada Medicina Tradicional Chinesa que inclui ainda uma fitoterapia bastante sofisticada.
Os chineses, ao longo destes milhares de anos, descreveram cerca de 1.000 pontos de acupuntura, dos quais 365 foram
classificados em catorze grupos principais. Todos os pontos que pertencem a um dos grupos são ligados por uma linha imaginária na
superfície do corpo denominada meridiano. Os doze meridianos principais controlam o pulmão, o intestino grosso, o estômago, o baço, o
coração, o intestino delgado, a bexiga, o rim, o pericárdio, o “triplo-aquecedor”, a vesícula e o fígado. Existem também dois meridianos
localizados no centro do corpo, um que passa pela frente e outro pelas costas. Todos os pontos de acupuntura ao longo destes meridianos
afetam o órgão mencionado, mas não necessariamente da mesma maneira. Para os chineses tradicionais, nosso organismo é formado de
matéria e energia e é justamente a parte energética, a força vital ou Chi que circularia nestes meridianos e todas as doenças seriam
conseqüentes a um distúrbio da circulação do Chi. Embora este conceito tenha norteado a prática da acupuntura ao longo destes milhares de
anos é um pouco metafísico demais para ser compreendido e aceito pelo mundo científico atual.
Evidências científicas acumulam-se acerca da eficácia da acupuntura, e a intimidade de seu mecanismo de ação está sendo
pesquisada em muitos centros médicos do mundo, incluindo Escolas Médicas e Hospitais Universitários na China e no nosso próprio país. No
Brasil, a acupuntura foi recentemente considerada uma especialidade médica pelo conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação
Médica Brasileira (AMB), tendo sido realizado, em outubro de 1999, o primeiro concurso para o Título de Especialista em Acupuntura, no qual
mais de 800 médicos foram aprovados. No Ocidente, a acupuntura ganhou credibilidade principalmente por seu efeito no alívio da dor, seja ela
de várias origens. Esta é uma das razões para a ênfase atual da pesquisa no estudo dos mecanismos analgésicos da acupuntura. O foco de
atenção tem sido o papel dos opióides endógenos neste mecanismo. Ao longo de sua evolução, o cérebro desenvolveu sistemas complexos
de modulação (aumentar ou diminuir) da percepção da dor. Em especial o sistema opióide (semelhante à morfina) e o sistema não opióide de
analgesia (os neurotransmissores) suprimem a percepção da dor, enquanto que o sistema antiopióide (por ex., colecistoquinina) trabalha
contra a analgesia opióide. Opióides são liberados durante acupuntura e a administração prévia de naloxona (droga bloqueadora que reverte
os efeitos da heroína, morfina e de outras drogas semelhantes) anula o efeito da acupuntura; porém se a acupuntura for realizada previamente
à administração de naloxona não há bloqueio do seu efeito. Além disto observou-se aumento da concentração de endorfinas e também de
serotonina no líquido cefaloraquidiano de doentes submetidos à acupuntura.
Mas a acupuntura não causa apenas um efeito analgésico, ela provoca múltiplas respostas biológicas. Estudos em animais e
humanos mostram que o estímulo por acupuntura pode ativar o hipotálamo e a glândula pituitária, resultando num amplo espectro de efeitos
sistêmicos, aumento na taxa de secreção de neurotransmissores e neurohormônios, melhora do fluxo sanguíneo, e também a estimulação da
função imunológica são alguns dos efeitos já demonstrados. A Organização Mundial da Saúde lista mais de 40 doenças para as quais a
acupuntura é indicada. Para os chineses tradicionais existem cerca de 300 doenças tratáveis por acupuntura, entre elas, sinusite, rinite,
resfriado, faringite, amigdalite aguda, zumbido, dor no peito, palpitações, enfizema, bronquite crônica, asma brônquica, alterações menstruais,
cólica menstrual, lombalgia durante a gravidez, ansiedade, depressão, insônia, mal-estar provocado pela quimioterapia, dores associadas com
câncer, tendinites, fibromialgia, dores pós-cirúrgicas, síndrome complexa de dor regional, dermatites, gastrite, úlcera gástrica, úlcera duodenal,
colites, diarréia, constipação, cefaléias, enxaqueca, paralisia facial, seqüelas de acidente vascular cerebral, lombalgia, ciatalgia, artrose, artrite,
entre tantas outras.
A pesquisa em acupuntura é importante não apenas para elucidar os fenômenos associados ao seu mecanismo de ação mas
também pelo potencial para explorar novos caminhos na fisiologia humana ainda não examinados de maneira sistemática.