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O Errática é um coletivo de teatro e performance surgido no interior do Curso

de Graduação em Teatro: Licenciatura da Universidade Estadual do Rio Grande


do Sul (Uergs), em Montenegro-RS. Desde 2012 desenvolvemos uma pesquisa
continuada de linguagem, focada em processos colaborativos de criação,
pesquisa e criação de dramaturgias autorais e transcriações de textos
dramatúrgicos e literários. O coletivo se organiza num plano de convergência
temática, estética e política entre seus membros, buscando criar ações
deflagradoras de situações especiais de convívio e pensamento sobre o mundo
e a forma como vivemos no mundo.
Um encontro de artistas que compartilham uma vontade de encontro, cada um
com seus anseios, suas dúvidas e seus desejos que têm no outro, não um
espelho, mas um anteparo que ressoa, um eco. O coletivo é um movimento,
errático, desvio permanente, fronteira instável, continente de desejos que
tencionam suas bordas e se mantém permanentemente à margem.
Transbordamentos. Cada um de um lugar, Bento Gonçalves, Porto Alegre,
Capão da Canoa, Farroupilha, Novo Hamburgo, Dois Irmãos, Caxias do Sul,
todos estrangeiros. Línguas e costumes diferentes. Formamos nossa
colônia/coletivo, com nosso vocabulário e nossos costumes compartilhados.
A pesquisa do Errática começa por buscar formas de diálogo com a cidade,
processo que nos conduz a espaços inesperados e a relações também
inesperadas, o que revela a cidade como tecido vivo e em constante
transformação, onde a tradição não está preservada como uma espécie de
tesouro, mas é algo dinâmico que faz parte dos fluxos urbanos cotidianos.
Fazer parte da cidade. Olhar de dentro, fazer vibrar o olho. A cidade fagocita o
coletivo, como organismo vivo que se apresenta e convida ao movimento.
Derivar. A percepção do pertencer à cidade opera um importante trânsito sobre
a pesquisa, desenhando outros caminhos. O contato com as práticas de
performance nos desloca, provoca outras relações de criação no interior do
coletivo e outras possibilidades de estar na cidade. Passamos a perceber
nossas presença nas ruas como complicadores dos fluxos cotidianos,
produzindo imagens/ações que convidam quem passa a um olhar detido,
estranhado, que vai além do mero passar, mas que reduz sua velocidade, freia
o trânsito e encontra uma pontuação onde menos espera, um olhar provocado
pela presença do artista e que (re)encontra na paisagem a própria cidade, a
rua, o outro, o teatro, a arquitetura, e a si mesmo, como parte. Ocupamos
Esquinas, ruas, teatros, supermercado, janela, garagem de ônibus, lava-jato,
galpão, barco, ruínas; também nós, sempre estrangeiros, queremos fazer parte
da cidade, queremos descobrir na cidade possibilidades novas de convívio e
pensamento, futuros.

“Tem alguma coisa antes, mas isso é o começo.”

SOBRE O RAMAL 340

“Imagine uma curva da estrada de ferro, bem aí onde está. Você ouve o trem
vindo da direita para a esquerda. Ouve por um longo tempo e então vê o trem
vindo. E vai ver o trem vindo por um longo tempo até que ele passe por você e
então vai ser um trem indo. E você vai olhar longamente essa ida, depois vai
só ouvir e depois nada, será só você parado na curva da ferrovia se
perguntando sobre o destino: Islamabad.”
(Fragmento do texto de "Ramal 340")

"Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas


simplesmente vão embora", estreou em abril de 2015, nas Ruínas da Antiga
Estação Férrea de Montenegro-RS. O espetáculo foi financiado pelo Fundo de
Apoio a Cultura do Rio Grande do Sul – FAC-RS/2013, como parte das atividades
do projeto “Ramal Montenegro-Islamabad: trajetórias erráticas e não-lugares”.
No mesmo ano participou do 7º Festival Internacional de Teatro de Rua da
Cidade de Porto Alegre (FITRUPA). O espetáculo foi apresentado na Ala
Feminina da Penitenciária Modulada da Cidade de Montenegro, como parte do
“Laboratório de Percepção: Narrativas da Memória” desenvolvido pelo Coletivo
Errática na instituição.
O Ramal 340 é parte das ações do Errática contempladas com o Prêmio
Nacional para Cultura de Redes – Categoria Local do Ministério da Cultura, no
ano de 2015.
Em 2016, o espetáculo teve temporada, no mês de abril, no Teatro Roberto
Athayde Cardona, na cidade de Montenegro-RS, com financiamento do Fundo
Municipal de Desenvolvimento da Cultura de Montenegro – FUMDESC/2015. Em
novembro do mesmo ano, teve temporada no Teatro Renascença em Porto
Alegre-RS. Com ótima recepção de público e crítica, indicado em todas as
categorias do Prêmio Açorianos de Teatro 2016, sendo o grande destaque da
premiação.
Em 2017, o espetáculo integrou a programação do 12º Festival Palco Giratório
SESC em Porto Alegre-RS e foi selecionado o para 12° Prêmio Braskem Em
Cena na programação do 24° Porto Alegre Em Cena.
Com direção de Jezebel De Carli e dramaturgia original de Francisco Gick,
trama fragmentos de narrativas de viagens, despedidas e encontros, num fluxo
veloz e não linear de acontecimentos que concorrem no tempo-espaço do
Ramal. “Nada se fixa, as coisas simplesmente passam umas pelas outras e
acontecem pequenos choques, faíscas”, diz uma Atriz, logo no começo. São
seis histórias envolvendo pessoas espalhadas no espaço e no tempo do mundo,
pessoas ligadas pelo movimento, pelo desejo, pela falta ou simplesmente pela
completa incompreensão sobre a própria experiência. Seis histórias que se
encontram, dobram-se umas sobre as outras e multiplicam compondo uma
história sobre como a vida se transforma completa e inesperadamente e, de
repente, você se vê num aeroporto ou rodoviária ou estação de trem, com uma
mala na mão, esperando… uma história sobre um mundo onde lugares, lados e
identidades estão em constante desfazimento-fazimento, sobre movimento.
“Agora, no mundo, existem, pelo menos vinte guerras acontecendo. Em vinte
lugares diferentes do mundo tem grandes quantidades de pessoas matando
umas as outras. São quarenta lados, e eu não sei qual é o nosso”, diz Sam para
Raphaela, em algum momento da peça, ele espera o cadáver do pai, ela corre
em direção a alguém que ama. Histórias que só se encontram porque são
contadas, seis que viram quinze e talvez centenas, porque teatro é espaço de
convívio e compartilhamento.
“Ramal 340” é o ponto de convergência de três anos de pesquisa, pensamento
e ação do Errática, a partir da inquietação coletiva com a forma como vivemos
juntos, a velocidade, a fragmentação e o fluxo humano permanente, o
bombardeio incansável de imagens e a sensação de falta de lugar no mundo. A
peça, no entanto, não quer concluir qualquer coisa, ela é um pensamento que
se move no espaço.
O trabalho resulta de uma intensa relação com a cidade e da ocupação de
espaços urbanos na cidade de Montenegro. Propor a ocupação artística em
determinado lugar da cidade é transformá-lo em espaço de experiência
artística, de convívio, produzindo novos olhares tanto sobre a obra quanto
sobre o lugar onde a apresentação acontece, um olhar que transborda para a
vizinhança, transformado pela relação espectador-obra, de maneira que o
próprio espectador se torna autor, criando ativamente seu próprio olhar sobre a
obra e sobre a cidade.
"Ramal 340" tece caminhos imaginários entre lugares distantes e mutuamente
desconhecidos do mundo, propondo que o mundo inteiro caiba no espaço de
relação criado no teatro. Uma quantidade enorme de pessoas vive no mundo
agora. Sete bilhões de trajetórias em constante entrecruzamento, uma
quantidade imensa de vidas conectadas. O que buscamos é pensar sobre o
mundo contemporâneo como o espaço que temos para viver, para além de
apartamentos, relacionamentos a dois, a um, para além da solidão, propomos
um pensamento sobre coletividade e possibilidades de convivência, de paz, de
vida. O lugar da encenação é, a um só tempo, aqui, o Canadá, o Paquistão, o
Iraque, a Índia e o fundo do mar. O mundo é o ramal, o caminho de viagem, do
movimento sem fim da vida, do qual todos tomam parte e ninguém controla.
"Ramal 340", é um espetáculo que pergunta: como viver juntos no mundo? E
questionar o mundo é levar o teatro para o mundo, produzindo um tempo-
espaço de passagem onde se suspende o domínio privado, onde são
compartilhadas trajetórias e identidades transitórias. Um caminho de viagem
para o mundo é um caminho que leva da porta de casa para a rua, um caminho
de si para o outro. Trata-se de uma forma diferente de olhar para o mundo e de
estar nele, trata-se de uma outra forma de relacionar-se poeticamente com o
mundo em que vivemos e trata-se de assumir riscos frente aquilo em que
acreditamos: teatro, performance, rua, memória, história, mundo.

Trajetória

“Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas


simplesmente vão embora”, estreou em abril de 2015, nas Ruínas da Antiga
Estação Férrea de Montenegro-RS. O espetáculo foi financiado pelo Fundo de
Apoio a Cultura do Rio Grande do Sul – FAC-RS/2013, como parte das atividades
do projeto “Ramal Montenegro-Islamabad: trajetórias erráticas e não-lugares”.
No mesmo ano participou do 7º Festival Internacional de Teatro de Rua da
Cidade de Porto Alegre (FITRUPA). O espetáculo foi apresentado na Ala
Feminina da Penitenciária Modulada da Cidade de Montenegro, como parte do
“Laboratório de Percepção: Narrativas da Memória” desenvolvido pelo Coletivo
Errática na instituição.
O “Ramal 340” é parte das ações do Errática contempladas com o Prêmio
Nacional para Cultura de Redes – Categoria Local do Ministério da Cultura, no
ano de 2015.
Em 2016, o espetáculo teve temporada, no mês de abril, no Teatro Roberto
Athayde Cardona, na cidade de Montenegro-RS, com financiamento do Fundo
Municipal de Desenvolvimento da Cultura de Montenegro – FUMDESC/2015. Em
novembro do mesmo ano, teve temporada no Teatro Renascença em Porto
Alegre-RS. Com ótima recepção de público e crítica, indicado em todas as
categorias do Prêmio Açorianos de Teatro 2016, sendo o grande destaque da
premiação.
Em 2017, o espetáculo participou do 12º Festival Palco Giratório SESC e é parte
da programação do 24º Festival Porto Alegre em Cena, em Porto Alegre e do
19º Festival Caxias em Cena.

Prêmios
Prêmio Açorianos de Teatro 2016:
Melhor Espetáculo; Melhor Cenário para Rodrigo Shalako; Melhor Figurino para
Gustavo Dienstmann.

Indicações
Prêmio Açorianos de Teatro 2016:
Melhor Produção, Melhor Trilha Sonora, Melhor Iluminação, Melhor Figurino,
Melhor Cenografia, Melhor Dramaturgia, Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante,
Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Direção e Melhor Espetáculo.

CRONOLOGIA DO COLETIVO ERRÁTICA

Espetáculos

• “PLUGUE: um desvio imaginativo” (2017), financiado pelo Fundo Municipal


de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre –
FUMPROARTE/2016.
• “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas
simplesmente vão embora” (2014-2015), financiado pelo Fundo de Apoio a
Cultura do Rio Grande do Sul – FAC-RS/2013. Indicado em todas as
categorias do Prêmio Açoriano de Teatro 2016 recebendo os prêmios de
Melhor Espetáculo, Melhor Figurino e Melhor Cenário.
• “Macbodas: tequila, guacamole y algo más” (2014), realizado em um
depósito abandonado da L.F. de Oliveira, distribuidora de bebidas da cidade
de Montenegro. Indicado aos Prêmios Mais Teatro Revelação 2015 de Melhor
Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Ator.
• “K.3: resta o corpo quando não se tem mais nada” (2015), apresentado no
teatro Terezynha Petry Cardona, em Montenegro.
• “Kóstia, não morra! ou Da dura tarefa de não atirar contra a própria cabeça”
(2015), apresentado no teatro Roberto Atayde Cardona, em Montenegro.

Performances

• “Transbordamento” (I,II e III) (2015), realizados nas ruas das cidades de


Montenegro, Capela de Santana e Maratá, no Vale do Caí, a partir do
processo de criação do espetáculo "Ramal 340: sobre a migração das
sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora".
• “Santagostina ou Da delicadeza com que a água carrega os cadáveres”
(2014), realizada coletivamente nas ruas de Montenegro, criada a partir da
ocupação da draga Santa Justina, abandonada às margens do rio Caí em
Montenegro.
• “Shake de amor” (2013), realizada coletivamente nas ruas de Montenegro.
• “Denúncia” (2013), concebida e realizada por Guega Peixoto nas ruas de
Montenegro.
• “Velocidade 2” (2013), concebida e realizada por Thaís Backes nas ruas de
Montenegro.
• “Desejos” (2013), concebida e realizada por Luan Silveira nas ruas de
Montenegro.
• “Vadia do litoral” (2013), concebida e realizada por Gustavo Dienstmann nas
ruas de Montenegro.
• “Dog days” (2013), realizada coletivamente na Unidade de Montenegro da
Uergs, com versão alternativa apresentada na unidade de Santana do
Livramento da mesma universidade.
• “O barão nas árvores” (2012), realizada coletivamente nas ruas de
Montenegro.

Laboratórios de percepção

• “Narrativas da memória” (2015/2016). A ação consistiu em uma série de


cinco encontros com 20 mulheres internas da Ala feminina da Penitenciária
Modulada Estadual de Montenegro, durante os quais propusemos criar teatro
a partir das memórias do grupo.
• “Tempo-movimento” (2014), realizado na Casa de Repouso Doce Lar em Dois
Irmãos em dois encontros com 30 idosos residentes no local.

Projetos de pesquisa e extensão

• “Outras Rotas: um diálogo entre comunidade e universidade” (2012). Prêmio


Destaque Acadêmico no Simpósio Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão.
• “Outras Rotas: Derivas” (2013). 4 Prêmios Destaque Acadêmico no Simpósio
Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão.
• “Outras Rotas: Margem Abandonada” (2014).
• “Para um professor performer? Trânsitos da docência em um território teatral
contaminado pela arte de performance” (2014).
• “Outras Rotas: Horizontes” (2015).

Em 2015, o Coletivo Errática recebeu, da Secretaria de Cidadania e Diversidade


Cultural do Ministério da Cultura, o Prêmio Cultura de Redes - Categoria Local
pela atuação na região do Vale do Caí.

Para maiores informações acesse http://coletivoerratica.wordpress.com

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