ARGAMASSA DE RESTAURO Igreja em Salvador – Bahia

Denise Dal Molin

NORIE / PPGEC

Igreja em Salvador – Bahia Igreja em Salvador – Bahia

Igreja em Salvador – Bahia ARGAMASSA DE RESTAURO

Definição

Argamassa que tem como características:

alta porosidade
alta permeabilidade ao vapor d’água
baixa permeabilidade à água
redução do transporte d’água por capilaridade

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 ARGAMASSA DE RESTAURO ARGAMASSA DE RESTAURO
Utilização Manifestações Patológicas

Exemplos:
Recuperação de revestimentos de
descolamentos
edificações com manifestações patológicas
fissuras
devido à UMIDADE e SALINIDADE. eflorescências
umidade
manchas
degradação da alvenaria e do reboco
danos estruturais

ARGAMASSA DE RESTAURO ARGAMASSA DE RESTAURO

Manifestações Patológicas Manifestações Patológicas

Umidade Umidade
chuva + vento
umidade
mid d acidental
id t l
umidade ascensional
condensação
absorção da umidade do ar

ARGAMASSA DE RESTAURO ARGAMASSA DE RESTAURO

Manifestações Patológicas Manifestações Patológicas

Salinidade Salinidade
poluição atmosférica Eflorescênc a
Eflorescência
sais de degelo
solo Tipos
brisa marinha
tratamentos impróprios Criptoeflorescência
interação entre materiais de construção

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Métodos de Recuperação Métodos de Recuperação

•Eliminação da causa 2) Injeções químicas

•Reparação dos danos
•Prevenção

Métodos Utilizados:

1) Barreiras físicas

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Métodos de Recuperação Métodos de Recuperação

3) Dessalinização eletro-físico 4) Argamassas de Restauro

Há duas correntes em recuperação

p de argamassas:
g
Com a utilização de cimento
Sem a utilização de cimento, procurando
reproduzir os materiais utilizados antigamente.

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Métodos de Recuperação Materiais

4) Argamassas de Restauro
Aglomerantes Cimento Portland, cal hidratada,
pozolana
Agregados Areia natural, areia calcárea

Agregados leves Perlita, vermiculita, poliestireno

Aditivos Incorporador de ar, hidrofugante,

retentor de água

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Propriedades Propriedades

Permeabilidade
Porosidade
Passagem de água através da argamassa endurecida por meio
Volume total dos poros maiores que os poros de gel em
de infiltração sob pressão, capilaridade ou difusão de vapor
relação ao volume total da pasta de cimento hidratada.
hidratada
de água.
Influencia na resistência da pasta
Depende da granulometria do agregado, natureza e teor
de aglomerante Influencia na absorção de água
Diretamente proporcional à água/aglomerante
Inversamente proporcional à resistência da pasta
Depende da hidratação (maior endurecimento, menor
permeabilidade)

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Propriedades Propriedades

Argamassa de Transporte de água e sais

Convencional
Restauro Alvenaria Argamassa Alvenaria Argamassa Alvenaria Argamassa

Transporte Transporte Transporte

Água + Sais Água + Sais Água + Sais

cristalização fora da
alvenaria Argamassa à Argamassa à Argamassa de
rápida secagem base de cal base de cimento Recuperação

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Procedimento Procedimento

Análise do conteúdo de sais e escolha do tipo de sistema de

recuperação
Pintura

Remoção da argamassa : 80-100 cm acima da zona deteriorada Permitir a p

permeabilidade ao vapor
p de água
g
Tintas à base de silicatos ou cal
Remoção da argamassa de assentamento (2cm) e limpeza da Tintas poliméricas - à base de látex, acrílica ou PVA
alvenaria
Película sobre o revestimento anula os efeitos do
sistema
Chapisco (cim:areia grossa): 50% da área

Proteção do revestimento durante a cura

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Procedimento Procedimento

Propriedades Unidades Emboço Reboco Propriedades Unidades Emboço Reboco

Estado Endurecido
Estado Fresco Densidade ρ2 Kg/dm3 - < 1.4
Consistência Cm 17 0 ± 0,5
17,0 05 R i tê i à dif
Resistência dif. d
de - < 18 < 12
Densidade ρ1 Kg/dm3 - - vapor μà tração na
Resist. N/mm2 - -
flexão β BZ à
Resistência N/mm2 ≥ reboco 1,5 - 5
Ar incorporado Vol. % > 20 > 25 compressão
Razão entre βas
D resist. - - <3,0
Retenção de água % - > 85 β D /β BZ capilar W24
Absorção Kg/m2 >1,0 >0,3
Trabalhabilidade Cm - <3 Altura de pen. de água h Mm >5 <5
Porosidade V% >45 >40
Resistência aos sais Dias - 10

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Erros comuns na aplicação Produtos

• limpeza da alvenaria insuficiente ou alvenaria de baixa resistência Saniervorspritz SAN-V 30 kg

• camada de emboço muito resistente - fissuras no reboco Saniervorspritz HS SAN-V-HS 30 kg
Sanierausgleichsputz SAN-A 30 kg
• aplicação de espessuras diferentes ou inferior à recomendada
S i
Sanierputz
t ffein
i SAN 1 weiß/grau
SAN-1 iß/ 30 kg
k
• preparação da argamassa de maneira errônea - menor porosidade Sanierputz grob SAN-4 30 kg

• umidade relativa < 40% ou > 70%

• materiais com difusão de vapor de água e repelência à água Na Alemanha – 30% mais caro que
inferiores argamassas convencionais
• uso de gesso - sulfatos

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Exemplo Exemplos de Utilização

Antes Depois Restauração da Capela de São Francisco de Assis

Rio Grande-RS
Construção: 1794
Umidade: ascensional, infiltrações na
cobertura
b e condensação
d ã
Sais: cloretos - alto
sulfatos – médio e alto
nitratos – baixo

Traço utilizado: 1: 1,9: 8,8

incorporador de ar

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Exemplos de Utilização Exemplos de Utilização

Isolamento da fundação
Alvenaria de tijolos
Aplicação em toda a fachada
Tinta á base de cal
Aplicação do reboco: 1997

Mercado Público Porto Alegre

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Exemplos de Utilização Exemplos de Utilização

Restauração da Fortaleza de Anhatomirim-Florianópolis (SC) Restauração da Fortaleza de Anhatomirim-Florianópolis (SC)

Construção : entre 1739 e 1744 Alvenaria de pedra e argamassas (cal, saibro, areia do mar)
Restauro: 1980 - turismo, cultura, pesquisa Reboco: originais e com adição de cimento

Umidade: ascensional e higroscópica

Sais: cloretos – baixo e alto
nitratos – baixo e alto
Maiores teores de sais:
0,60cm e superfície
Argamassas:convencionais- impróprias
protótipo - bons resultados
importada – melhor resultado

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

Inicialmente Cervejaria Bopp

Após transformou-se em uma unidade da
Cervejaria Brahma, desativada em 1998

Abril de 2003:
Shopping Total

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

ARGAMASSA DE RESTAURO ARGAMASSA DE RESTAURO

Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Análise Química
8.000 8000
Cloretos
revestimento
Cloretos
Teor de Sais (pp m )
m)
Teor de Sais (ppm

6.000 Sulfatos 6000

Sulfatos

alvenaria 4.000 4000

2.000 2000

0 0
LA1 LA2 LB1 LB2 LC1 LC2 LD1 LD2 OA1 O A2 O B1 O B2 O C1 O C2 O D1 OD 2

inferior superior inferior superior

furo

fachada leste: fachada oeste:

alto teor de sulfatos no cloretos e sulfatos à
revestimento 0,3m de altura

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Exemplos da Não Utilização

Análise Química
Análise
Química
8.000
8000
Cloretos Cloretos
m)
Teor de Sais (ppm

6000 Sulfatos 6.000 Sulfatos

Teor e Sais (ppm )

4.000
4000

2.000
2000

0
0 SA1 SA3 SB1 SB3 SC1 SC3 SD1 SD2 SE1 SE2
NA1 NA2 NB1 NB2 NC1 NC2 ND1 ND2

inferior superior inferior superior

fachada norte: fachada sul:

baixos teores de alto teor de sulfatos,
sulfatos precipitação de sais

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

O proprietário do shopping não optou pela utilização de
argamassas de restauro.
Considerou um gasto não necessário.

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Exemplos da Não Utilização Exemplos da Não Utilização

Shopping Total - Porto Alegre Shopping Total - Porto Alegre

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Conclusões

Baixo custo e fácil aplicação em relação a outras

técnicas
E t d realizados
Estudos li d mostraram
t que é possível
í l
desenvolver uma argamassa que se propõe a
restaurar e recuperar edificações contaminadas
por sais e umidade utilizando materiais nacionais

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