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O Letra Espírita leva até você oportunidades de

renovação interior e, consequentemente, crescimento espiritual....

O
PERDÃO
Juliana Procopio Christe

A vida é uma passagem tão efêmera e muitos de nós nos


apegamos a pensamentos mesquinhos, mágoas e ressentimentos
quando na verdade somos todos culpados.
Nada acontece por acaso. Quando reencarnamos nessa terra
de expiações, chegamos com a missão muitas vezes do resgate de
dividas com muitos que fazem parte do nosso círculo de
afinidades. Essa dívida vem como um resgate e podem ser na
mesma família como no círculo de amizades e trabalho. Nenhuma
pessoa entra em nossa vida por acaso. Temos com elas a
oportunidade de crescimento individual e coletivo.
Existe uma história sobre Chico Xavier que conta a passagem
do seu sobrinho por essa terra. Nela a cunhada de Chico teve um
filho deformado que tinha dificuldades múltiplas e não conseguia
deglutir o alimento então Chico fazia bolos de alimento e colocava
em sua garganta para ajudá-lo a engolir. Com o tempo ele
desenvolveu um sentimento de amor pelo sobrinho como de um
pai e pedia a Deus para que a criança não partisse. Emanuel o
orientou que isso só aconteceria quando os pulmões crescessem,
pois não encontrariam espaço e qualquer gripe o levaria. Próximo
de completar doze anos a criança teve uma gripe que se agravou.
Próximo do seu desenlace a criança voltou a enxergar e Chico
pode ver em seus olhos toda a gratidão pelo amor recebido. Ela
não disse uma palavra, mas seus olhos disseram tudo. Emanuel
esclareceu que depois de 150 anos esse irmão se voltou
novamente para a Luz.
Quanto amor e oportunidade de resgate para ambos. Quantos
ensinamentos podemos tirar dessa história. No entanto nem tudo
é falta e resgate. Allan Kardec diz no Evangelho Segundo o
Espiritismo que “Não podemos crer, no entanto, que todo
sofrimento suportado neste mundo denote a existência sempre
de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação de uma
determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo
Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso.
Assim, a expiação serve de prova, mas nem sempre a prova é uma
expiação. (...) sem dúvida, o sofrimento que não provoca
queixumes pode ser uma expiação; mas, é indício de que foi
buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de
forte resolução, o que é sinal de progresso”.
Para que o culpado sinta a necessidade do ressarcimento ele
precisa sentir a necessidade de quitação da dívida adquirida. O
mal praticado precisa ser ressarcido não como punição, mas como
resgate, como aprendizado, correção para a evolução espiritual.
Mesmo com o perdão do ofendido, o indivíduo que incorreu no
erro necessitara com o tempo da reparação do erro para evoluir
com tranquilidade e sentir paz.
Então, o sofrimento não é um castigo, mas faz parte da lei de
Ação e Reação. O livre arbítrio nos possibilita a escolha, a
semeadura e, portanto, escolhemos também a colheita.
No entanto não devemos aceitar a dor com passividade e sim
com resignação que é algo totalmente diferente. Para muitos
espíritas a dor não é fonte de salvação como muitos
equivocadamente acreditam, mas sim a “pedagogia divina” que
vem nos ensinar a reconhecer e entender a sua ação como
benefício à evolução espiritual. Assim, se estamos unidos a
alguém pelos laços do matrimonio ou familiares e não temos uma
convivência pacifica, o ato de separar-se ou afastar-se dessas
pessoas não resolverá o problema. Se a vida nos uniu nessa
existência devemos procurar entender quais os resgates mesmo
que apenas um dos lados entenda e perdoe já estará contribuindo
para a evolução espiritual e assim reparando as arestas da falta.
Isso não impede que se a relação familiar for insustentável assim
como a vida conjugal por conta de fatores como a violência o
afastamento da convivência se faz necessária para evitar a
aquisição de novas dívidas.
“Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Perdoá-lo-eis, não
sete, mas setenta vezes sete. Eis um desses ensinos de Jesus que
devem calar em vossa inteligência e falar bem alto ao vosso
coração. Comparei essas palavras misericordiosas com a oração
tão simples, tão resumida, e ao mesmo tempo tão grande nas suas
aspirações, que Jesus ensinou a seus discípulos, e encontrareis
sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência,
responde a Pedro: Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada
ofensa, tantas vezes quantas elas vos for feita; ensinaras a teus
irmãos esse esquecimento de si mesmo, que nos torna
invulneráveis às agressões, aos maus tratos e as injúrias, serás
doce e humilde de coração, não medindo jamais a mansuetude; e
farás, enfim, para os outros, o que desejas que o Pai celeste faça
por ti. Não tem Ele de te perdoar sempre, e acaso conta o número
de vezes que o seu perdão vem apagar as tuas faltas?”.
Não é fácil, sabemos e quem disse que seria? No entanto,
devemos nos por a prova dos ensinamentos de Cristo na busca
incessante de evolução moral. Nós somos devedores tanto
quanto nosso próximo e cada um só pode oferecer aquilo que
tem. Não julgue o comportamento e as atitudes do seu irmão sem
antes colocar-se no lugar dele. O caminho e os sapatos do seu
irmão podem ser insustentáveis para você.
Quando sentir-se perder a cabeça e sentir que irá falar algo
que possa machucar a si e a outrem, silencia. O silêncio nos auxilia
na organização de nossos pensamentos bem como nos
proporciona um momento de conexão com o astral. Mas vigiai seu
silêncio procurando sintonia com os bons espíritos através da
oração e dos bons pensamentos. Aprendi a muito tempo atrás
assistindo a um vídeo do Luiz Gasparetto a brigar comigo mesma
quando começar com pensamentos destrutivos, de medo, de
angustia e ansiedade. Como ele diz, “brigue consigo mesma, grite
se o lugar permitir, chame a sua atenção.”. Parece loucura, mas
funciona horrores. Nos colocar no lugar de vítimas
constantemente dificulta o entendimento e o respeito ao outro e
suas escolhas.
Nós somos responsáveis inclusive sobre as expectativas que
colocamos nos outros, pois a frustração advém dessa mania que
temos de esperar demais dos outros. Como já disse, as pessoas só
podem dar aquilo que tem. Costumamos com nossa percepção da
realidade achar que as pessoas nos devem algo ou a falsa
impressão que poderemos salvar os outros, corrigir os outros,
muitas vezes nos colocando na posição de mártires. Tudo isso é
ilusão. Cada um tem a sua parcela de culpa e primeiramente
devemos nos perdoar e aprender a perdoar o outro.
Podemos ter um relacionamento difícil com os pais, com uma
madrasta ou padrasto, mas a vida pode se encarregar de nos
oferecer situações para que esse perdão aconteça mais cedo ou
mais tarde e ele pode vir pela dor ou pelo amor. Aproveite as
oportunidades que a vida lhe oferece. Perdoar não é fácil, pois
está muito ligado ao nosso sentimento de orgulho, porém é uma
lição que depois de aprendida liberta.
E a cima de tudo, agradeça. O ato de agradecer a vida, as
oportunidades, ao amanhecer e entardecer, a um sorriso
espontâneo, é libertador e nos coloca em uma sintonia vibracional
que nos faz bem fisicamente. Estudos afirmam que nosso corpo
não consegue sentir gratidão e sofrimento ao mesmo tempo.
Então, apesar de tudo, agradeça. Essa lição simples te levará a
conseguir as mais difíceis.
Siga em paz.
Que sejamos luz.
Que o Senhor Jesus esteja conosco.
A felicidade é o caminho e caminhando estou.

Bibliografia:
Chico, de Francisco, de Adelino da Silveira
O livro dos espíritos questão 1000
O Evangelho Segundo o Espiritismo

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