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SUMÁRIO

03 Introdução

04 As práticas pedagógicas mais inovadoras


do momento

As tecnologias que todo educador


09
deve conhecer

13 Ensino bilíngue: por que ele é


indispensável ao ensino atual

17 Base Nacional Comum Curricular e o


impacto na educação brasileira

19 Base Comum de Formação de Professores


da Educação Básica: o que muda na
formação docente

23 Competências socioemocionais: a
grande pauta da educação mundial

26 A importância do protagonismo do
aluno na era contemporânea

27 Conclusão

28 Sobre a Estante Mágica


INTRODUÇÃO
Muitas questões e mudanças ainda pairam sobre
as cabeças dos educadores brasileiros em relação
às novas tendências do ramo educacional. Desta
forma, este e-book visa mostrar o que tem sido
apontado como mais promissor para a educação
básica do país.

Quais são os métodos educacionais mais relevan-


tes do momento? Quais são as tecnologias promis-
soras para otimizar a aprendizagem dos alunos?

E mais: o que as escolas precisam implementar


para levar inovação à sala de aula? Qual formação
os professores devem ter para engajar os alunos?
Como (e por quê) levar as competências socioe-
mocionais à sala de aula?

Esses são alguns temas que o educador deve co-


nhecer no momento e entender como se adaptar
às novas demandas. Confira quais são as tendên-
cias da educação brasileira em 2019!

3
As práticas pedagógicas mais
inovadoras do momento
Novas tendências educacionais estão
surgindo e sendo aplicadas nas salas de
aula. E algumas delas são:

APRENDIZAGEM Como qualquer outro método de ensino, sa-


ber aplicar corretamente na sala de aula faz
toda a diferença para um resultado final. E a
BASEADA EM aprendizagem através de projetos, quando
bem adotada, pode promover um conheci-
PROBLEMAS mento ao longo da vida porque:

A aprendizagem baseada em problemas e o


uso da tecnologia permitem que alunos, pro-
fessores e administradores alcancem novos
conhecimentos além do espaço da escola;

Os alunos tornam-se engajados em construir


uma nova base de conhecimento e se tornam
aprendizes ativos e vitalícios;

Ensina as crianças a assumirem o controle


de sua aprendizagem, o primeiro passo como
aprendizes ao longo da vida;

Na busca de novos conhecimentos, a tecnolo-


gia permite que os estudantes tenham acesso
a pesquisas e especialistas.

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Além disso, sabe-se que as crianças têm
vários estilos de aprendizagem. Elas cons-
troem seus conhecimentos sob diferentes
origens e experiências.

Também é reconhecido que as crianças têm uma


gama mais ampla de capacidades do que a per-
missão para mostrar em salas de aula regulares,
com o enfoque tradicional baseado em texto.

A aprendizagem baseada em problemas lida com essas dife-


renças, porque os alunos devem usar todas as modalidades
no processo de pesquisar e resolver um problema, comu-
nicando as soluções. Quando as crianças estão interessadas
no que estão fazendo e são capazes de usar suas áreas de
força, elas alcançam um nível mais alto.

Por isso, na prática, a aprendizagem baseada em proble-


mas deve abordar nada menos que situações da realidade
do aluno. Na disciplina de ciências, por exemplo, as crianças
podem ser incentivadas a descobrir novas formas de reci-
clagem para o seu bairro, como aplicar a compostagem e de
que maneira colaborar para a diminuição do lixo.

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Em Matemática, os alunos podem estabelecer alguns cálculos
sobre divisão de materiais na sala de aula ou definir, analisar e
visualizar um conceito abstrato (sabedoria, liberdade, conflito,
etc.), em linguagens. Questões como “de que forma aumentar a
minha frequência na biblioteca?” são também questionamentos
que as crianças podem procurar solucionar.

MOVIMENTO
MAKER O Movimento Maker traz a concepção de “colocar a mão na
massa”, uma tradução do ditado “é na prática que se aprende”.
Ou seja: trata-se de criar diferentes espaços de aprendizagem
que proporcionem novas experiências ativas.

Além das ferramentas e brinquedos, qual é o potencial edu-


cacional do Movimento Maker? Introduzir a filosofia de como
ser um “criador” na sala de aula estimula o aprendizado ativo.
Também promove a necessidade de explorar, criar e inovar
- todas as habilidades essenciais e valiosas para a aprendiza-
gem e para a sociedade.

O Movimento Maker celebra as crianças, pois elas têm uma


coisa que muitos adultos lentamente deixam escapar: a ima-
ginação deles. As crianças não conhecem as regras geralmen-
te aceitas que os adultos impõem a si mesmos e, portanto, são
livres para criar ferozmente, sem medo de julgamento.

Essas ferramentas inspiraram criações incríveis de pessoas


de todas as idades em todo o mundo. Agir - e essencialmen-
te ser um criador - melhora a experiência de aprendiza-
do, baseando-se na criatividade e imaginação dos alunos,

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além de combinar o conhecimento mental com a aplicação física. Em
vez de os alunos lerem as respostas, o movimento criador incentiva os
alunos a criar as respostas.

Construir coisas deixa as crianças animadas com assuntos em sala


de aula. Isso embaça a linha entre educação e diversão. O objetivo é
fazer com que os alunos vejam que, investindo tempo em aprender
o que pode ser um básico entediante, um mundo de oportunidades
criativas espera por você.

O Movimento Maker pode, por exemplo, mostrar a um aluno como


a construção com legos pode levar a um diploma de engenharia ou
como a geometria pode levar a uma carreira de moda. Até agora, os
tipos de classes “criadores” foram restritos ao laboratório de ciências e
à oficina. É importante expandir esse movimento criador incentivando
os professores a descobrir maneiras de incluir essas oportunidades
em todo o currículo.

Por isso, as escolas e professores podem


criar um laboratório com diversos ele-
mentos como serra, lima, lixas, tesouras,
estiletes, pilhas, leds, cola-quente, e até
mesmo equipamentos mais avançados,
como impressoras 3D, entre outros ma-
teriais diversos para criação de protóti-
pos. Este espaço deve ser utilizado para
a aplicação de atividades Maker, como a
construção de protótipos de casas e ve-
ículos em 3D e atividades relacionadas à
física, como catapultas e desenvolvimen-
to do conceito de velocidade.

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O uso de tecnologia aplicada à educação alinhado à cultura Maker
de trabalho em grupo e mão na massa traz para os alunos a ca-
pacidade de compreender conceitos relacionados à ciência, de-
senvolver capacidade de se relacionar, entre outras habilidades
cognitivas e comportamentais que se perpetuarão durante sua
vida. Além disso, proporciona um incentivo à pesquisa e inventi-
vidade, assim como uma atitude mais investigativa.

GAMIFICAÇÃO
O uso de jogos para promover a aprendizagem dos alunos
não é exatamente um método novo. Mas alimenta uma das
tendências da educação brasileira crescente no ambiente
escolar atual: a gamificação.

Esta proposta pedagógica faz uso da mecânica e das dinâ-


micas de jogos, como as recompensas e os rankings de usu-
ários, para melhorar a motivação e aprendizagem em con-
textos formais e informais de educação.

Ou seja: cria mais engajamento dos estudantes no ensi-


no e facilita a absorção de conteúdo.

Há algumas plataformas que os educadores podem se apro-


veitar. De acordo com a Inoveduc, sugestões como o Lear-
nMatch utiliza sessões de treino e friendly games para tornar
o aprendizado divertido para os estudantes. Já a Phonics,
da Oxford University Press, usa cantos, músicas e jogos para
ajudar a desenvolver a consciência fonológica de crianças
em idade préescolar.

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Além disso, há laboratórios de simulação virtual que
também podem ser úteis e atendem a esta perspectiva.
Neles, os alunos são capazes de realizar simulações de
laboratórios de física, química e materiais, em modo on-
line, em qualquer lugar do Brasil, desde que conectados
à internet.

as tecnologias que todo educador deve conhecer


As tecnologias educacionais não são algo extremamente
novo. Elas já estão presentes em parte das escolas bra-
sileiras, desde os tradicionais laboratórios de informática
até o uso de tablets em aula.

Com vistas a preparar os jovens para o mercado de tra-


balho, as escolas precisam inovar, investindo em tecno-
logias educacionais e buscando formas de tornar as aulas
mais divertidas e estimulantes. A revolução tecnológica
que estamos presenciando está exigindo, de igual modo,
uma revolução no campo educacional.

E com o intuito de aprofundar a presença da tecnologia


na rotina pedagógica dos alunos, a cultura digital deve
ser cada vez mais intrínseca na educação. E para isso é
importante que os educadores brasileiros conheçam as
ferramentas que estão em alta no momento.

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REALIDADE VIRTUAL
A tecnologia educacional está tornando a aprendizagem di-
nâmica e interativa, e a realidade virtual é um exemplo dessa
prática. As aulas tornam-se mais divertidas e atraentes e os
alunos se sentem inseridos no contexto abordado.

A realidade aumentada tem a possibilidade de trazer o mundo


exterior para dentro da escola. Uma de suas funcionalidades
é poder levar o aluno a visitar outro país e conhecer épocas
passadas.

Ferramentas gratuitas como o Google Expeditions permitem


aos alunos explorar o mundo sem sair da sala de aula, por
meio de visitas de campo virtuais. Ele funciona em qualquer
lugar, inclusive em escolas sem wi-fi. Para fazer uma excursão
virtual, você só precisa de um tablet para o professor, smar-
tphones com o app do Expeditions e Google Cardboards para
os alunos e um roteador que permita que o programa funcio-
ne sem uma conexão de internet.

Em síntese, os professores se transformam em verdadei-


ros “guias”. Assim, levam seus alunos para qualquer lugar do
mundo, por meio de viagens altamente imersivas.

Com o aplicativo pago Human Anatomy Atlas, por exemplo,


os estudantes aprendem sobre o corpo humano, incluindo
os principais sistemas de órgãos, a estrutura do esqueleto e
composição muscular, em realidade aumentada. Além disso,
o app inclui um questionário de mais de 1.000 perguntas para
testar os conhecimentos dos alunos.

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USO DE APLICATIVOS NA SALA DE AULA
A tecnologia pode ser levada para as aulas de diversas formas, como:
lousas interativas, plataformas digitais, comunicação com instituições de
todo o mundo e, principalmente, o uso de aplicativos.

Todas essas ferramentas aumentam as chances de garantir o engaja-


mento dos alunos durante a apresentação da matéria.

Sendo assim, é possível notar que os recursos tecnológicos e o uso de


um ambiente próprio de apps prometem revolucionar os métodos pe-
dagógicos. Confira abaixo alguns deles:

GOOGLE CLASSROOM
O Google Classroom é bem simples: você cria uma
sala de aula, adiciona seus alunos por e-mail, e ela-
bora tarefas para eles. É possível anexar links e ar-
quivos, e adicionar uma data de conclusão — des-
sa forma, a tarefa entra na agenda compartilhada
da sala. Então, o aluno anexa o trabalho pronto e
envia para o professor.

O docente também pode publicar um aviso aos


alunos ou fazer uma pergunta (dissertativa ou de
múltipla escolha). Nada disso requer um app adi-
cional, pois o Classroom também funciona na web.

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ROBÓTICA EDUCACIONAL
A robótica estimula o aprendizado investigativo por
meio da prática, trabalhando os conteúdos de diversas
disciplinas durante a construção dos robôs. Nela, a te-
oria e prática se alternam e se fortalecem gerando nos
alunos a vontade de aprender sem medo de errar, pois
exploram os conteúdos de forma divertida.

As crianças também desenvolvem a coordenação moto-


ra fina, a lógica, as emoções, o intuitivo, a criação, as rela-
ções em grupo e o espírito de liderança. Por meio da ro-
bótica e das atividades de codificação, os estudantes são
encorajados a desenvolver projetos com poder gigante
de transformação.

Nesta modalidade, as crianças são estimuladas a cons-


truir protótipos, como um robô de lego automatizado, por
exemplo. A escola pode se aproveitar de diversos Kits de
robótica existentes no mercado, criar o seu próprio ou
adotar plataformas como a Zoom Educação Tecnológica.

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OI!
HELLO!
ENSINO BILÍNGUE: POR QUE ELE É
INDISPENSÁVEL NO ENSINO ATUAL?
No mundo globalizado em que vivemos, é bastante interes-
sante introduzir aos poucos no ensino das crianças o voca-
bulário de outras línguas, principalmente o inglês. O ensino
bilíngue vem crescendo cada vez mais na educação infantil,
desde a alfabetização das crianças até anos superiores.

E quais são os benefícios e desafios de ensinar aos pequenos


duas línguas diferentes ao mesmo tempo? Como funciona a
educação bilíngue no desenvolvimento infantil?

O melhor método de educação bilíngue na educação infantil


é imergir as crianças em novos vocabulários, sem restringi-
-las a duras ou únicas tarefas além da língua materna.

As regras típicas especificam o uso de muitas pistas con-


textuais (imagens, linguagem corporal), separação de
idiomas e excelente coordenação e planejamento entre
os professores, o que inclui a repetição cuidadosa do vo-
cabulário-chave em ambos os idiomas.

Crianças que possuem uma educação bilíngue equilibrada


compreendem melhor as complexidades da linguagem e são
mais hábeis em corrigir erros no significado e na gramática
da linguagem.

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Elas pensam mais criativamente do que seus colegas monolíngues e
entendem os significados sutis das palavras. Elas também demons-
tram uma habilidade mais desenvolvida para variar o uso de palavras
com base nas necessidades do ouvinte.

Os pais, às vezes, acham que educar seus filhos como bilíngues sig-
nificará que eles nunca dominarão uma ou outra língua - mas essas
preocupações são desnecessárias. Pesquisas mostram que as crianças
podem aprender a ler em dois idiomas ao mesmo tempo e apresentar
desempenho em ambos os idiomas. E isso faz com que crianças com
educação bilíngue demonstrem ser mais aptas para ler em um nível
mais alto do que crianças educadas em apenas uma língua.

Mas o bilinguismo faz mais do que refinar as habilidades linguísticas das


crianças: ela também melhora suas habilidades cognitivas. Em outras
palavras, isso torna os estudantes mais capazes de absorver novos co-
nhecimentos e desenvolvê-los mais rapidamente.

ENSINO BILÍNGUE NA ROTINA DA


EDUCAÇÃO INFANTIL
No pré-jardim de infância, a experiência bilíngue geral-
mente inclui tradução quase simultânea de informações
e instruções, juntamente com muitas músicas, fotos,
histórias e jogos em ambos os idiomas. As crianças po-
dem falar em qualquer contexto, mas são encorajadas
a tentar novas palavras e frases de acordo com a sua
evolução. Canções, livros, brincadeiras, danças e teatro
desempenham um papel importante na experiência da
pré-escola.

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No jardim de infância e nas séries pri-
márias, a separação entre as línguas
aumenta. Uma prática comum é con-
duzir uma parte das atividades em
português e depois repetir tarefas si-
milares em inglês. As crianças são cui-
dadosamente introduzidas no novo
vocabulário em ambas as línguas, de
forma que possam absorver informa-
ções facilmente.
to da oratória voltado para os fonemas
É necessário que a criança não veja o específicos da língua.
estudo bilíngue como uma obrigação,
mas sim como algo que o entretenha, Aos poucos, a nova língua vai fazendo
sem cobranças. O fato de se apropriar parte de seu dia-a-dia e se transfor-
de outro idioma sem se preocupar com ma em algo natural. Atividades lúdi-
os mecanismos linguísticos, confere a cas como cantar, dançar e desenhar
ela uma aprendizagem natural e com a são um grande estímulo para que as
vantagem de se ter o desenvolvimen- crianças desempenhem um papel
importante no seu próprio cresci-
mento pedagógico.

professores e ensino bilíngue


Com tal tendência crescendo dentro do ambiente escolar, é
importante também pensar sobre a formação dos profes-
sores para oferecer um excelente educador do novo idio-
ma aos alunos. Tratando-se da educação infantil, além da
formação em pedagogia, os professores devem apresentar
certo nível de proficiência na L2 (aqui, o inglês). O recomen-
dado é que seja, no mínimo, um C1.

Além disso, não havendo um curso que forme o professor


especificamente para a educação bilíngue, o educador deve
ainda investir em cursos que complementem sua formação.
Eles vão desde cursos de elementos pedagógicos específi-
cos até os cursos que focam no componente linguístico.
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O ideal é que a escola tenha um programa específico de
desenvolvimento da linguagem, que dê atenção tanto das
questões de aquisição de linguagem para o aluno, como
também para o conhecimento ao desenvolvimento linguís-
tico do professor.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
BILÍNGUES NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Junto com a alfabetização, as crianças para o inglês. Como caligrafia, junção


podem aprender inglês com atividades de sílabas, rimas, conexão de palavrai-
divertidas e engajadoras. Que tal cantar magem e expressões de boa convivên-
músicas populares em inglês? cia e cidadania.

Canções do alfabeto e cores, três indiozinhos Lembrando que a escola deve também
prestar atenção às novas crianças que
e outras cantigas infantis. Livros clássicos iniciam esse programa em um estágio
em outra língua, como Peter Pan, Chapeuzi- posterior àquelas que já foram inseri-
nho Vermelho e Os Três Porquinhos também das num contexto bilingue desde o iní-
cio.
são ótimas ferramentas para trabalhar em
É necessário um reforço intensivo para
sala de aula, já que as histórias já são co-
nhecidas no imaginário dos pequenos. dar um salto à criança no novo idio-
ma, assim como testes mais difíceis
Após dominarem o vocabulário da lín- no novo idioma devem ser adiados por
gua materna, outros exercícios utili- algum tempo para permitir a criança a
zados também podem ser adaptados chance de alcançar os outros (o que ela
certamente fará).

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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E
O IMPACTO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem trazido novas
prioridades pedagógicas. Dentre algumas propostas, as habi-
lidades emocionais e a cultura digital são um dos enfoques do
documento.

Além disso, a Base define as aprendizagens essenciais que os


alunos têm direito de adquirir. As aprendizagens essenciais da
Base estão expressas em 10 competências gerais, que defi-
nem a base educacional, norteando os caminhos pedagógicos
a se seguir.

Segundo o MEC, as competências estão orientadas de acor-


do com os princípios éticos, estéticos e políticos que visam a
formação humana em suas múltiplas dimensões. Trata-se de
perpetuar no ensino uma comunicação integral com a devida
mobilização de conhecimentos, atitudes, valores e habilidades
para suprir as demandas do cotidiano, crescimento do aluno
como cidadão e qualificação para o mercado de trabalho.

Dessa forma, é muito importante que professores e coorde-


nadores das escolas procurem se preparar para as novas nor-
mas e conhece-las mais profundamente é o primeiro passo.

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Além disso, outro impacto importante da BNCC na educação é a
reformulação do Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas.
Para que o projeto esteja de acordo com a BNCC, o PPP da escola
deve estimular o engajamento da equipe docente, discente e das
famílias para construir um projeto colaborativo e uma gestão de-
mocrática.

A revisão do PPP se pauta, principalmente, em considerar quais


são as principais competências e habilidades que os alunos preci-
sam desenvolver. Dentre elas, habilidades socioemocionais, tecno-
logia e autonomia do aluno são algumas das mais apontadas.

A REESTRUÇÃO CURRICULAR E A
ATUALIZAÇÃO DOS MATERIAIS
DIDÁTICOS Como um dos objetivos da BNCC consiste em democratizar
a educação, outro passo fundamental é reestruturar o cur-
rículo a fim de qualificar o ensino-aprendizado da educação
básica.

Para isso, deve-se avaliar o contexto real da escola e direcio-


nar as atividades para uma melhor formação. Ou seja, adap-
tar o currículo escolar à realidade e necessidade dos alunos.

Assim como é importante revisar e atualizar as práticas pe-


dagógicas, a BNCC exige que os materiais sejam moderni-
zados para potencializar as práticas dos alunos e estimular
seus aprendizados.

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Para que estes itens sejam reformulados de forma eficaz, o gestor
escolar deve refletir sobre que tipo de aluno deseja formar, qual
ambiente pedagógico deseja construir e buscar sempre essa res-
posta no planejamento de cada aula.

E assim como qualquer adaptação, o gestor deve ter em mente


que os objetivos serão alcançados preparando cotidianamente
seus professores, comunicando adequadamente aos pais e acom-
panhando os resultados com seus alunos, planejando e replane-
jando a cada avaliação feita.

BASE COMUM DE FORMAÇÃO DE


PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA:
O QUE MUDA NA FORMAÇÃO DOCENTE
Conforme as novas propostas incluídas A residência pedagógica inclui supervi-
na Base Nacional Comum da Formação são por um professor do curso superior
de Professores da Educação Básica, de formação e apoio permanente de
a formação de professores será mais profissionais experientes da escola ou
voltada para a prática e orientada por do ambiente de aprendizagem no
determinadas competências. qual se realiza a residência.

De acordo como documento atualizado, Além de atividades práticas, os estu-


desde o primeiro semestre, os futuros dantes residentes terão que observar,
professores deverão ter atividades prá- analisar e propor intervenções na es-
ticas em uma escola pelo menos uma cola continuamente.
vez por semana. Cada faculdade ou ins-
tituição de ensino deverá ser associada a Resumindo, entre as principais mu-
uma ou mais escolas de educação básica. danças propostas estão:
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a criação de um instituto nacional de a redefinição da formação continua-
formação de professores para centrali- da no âmbito das secretarias estaduais
zar ações de de cursos, formulação de e municipais, criando quatro níveis de
políticas de avaliação e monitoramento; proficiência;

a substituição das horas de estágio a instituição de avaliações ao longo da


por uma residência pedagógica desde carreira docente;
o primeiro semestre do curso;

a aplicação anual do Exame Nacional a atualização das diretrizes curricula-


de Desempenho de Estudantes (Enade) res dos cursos de licenciatura e de pe-
para as licenciaturas, que seja obrigatório dagogia pelo CNE;
para que o estudante possa dar aulas;

a criação de um estágio probatório no caso da pedagogia, a proposta do


para professores novatos, sob a mento- MEC é dividir os quatro anos de gradua-
ria paga de professores mais experientes; ção em três etapas distintas de formação;

Ainda segundo o MEC, as 10 competências gerais


que o futuro professor precisa desenvolver em
sua formação para que possa passar os mesmos
princípios a seus alunos são:

1 Compreender e utilizar os conhecimentos historicamen-


te construídos para poder ensinar a realidade com en-
gajamento na aprendizagem do aluno e na sua própria
aprendizagem colaborando para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva;

2 Pesquisar, investigar, refletir, realizar a análise crítica,


usar a criatividade e soluções tecnológicas para selecio-
nar, organizar com clareza e planejar práticas pedagógi-
cas desafiadoras, coerentes e significativas;

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Valorizar e incentivar as diversas manifestações artísti-
3 cas e culturais, das locais às mundiais, e a participação
em práticas diversificadas da produção artístico-cultural
para que o aluno possa ampliar seu repertório cultural;

Utilizar diferentes linguagens - verbal, corporal, visual,


4 sonora e digital para se expressar e fazer com que o alu-
no se expresse para partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes contextos produzin-
do sentidos que levem ao entendimento mútuo;

5 Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de in-


formação e comunicação de forma crítica significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas docentes, como
recurso pedagógico e como ferramenta de formação
para comunicar, acessar e disseminar informações, pro-
duzir conhecimentos, resolver problemas e potencializar
as aprendizagens;

6 Valorizar a formação permanente para o exercício pro-


fissional, estar sempre atualizado na sua área de atuação
e nas áreas afins, apropriar-se de novos conhecimentos
e experiências que lhe possibilitem ser um profissional
eficaz e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cida-
dania, ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade;

7 Buscar desenvolver argumentos com base em fatos, da-


dos e informações confiáveis para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciên-
cia socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético em re-
lação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta;

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Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de conceitos de qualquer natureza, para
sua saúde física e emocional, compre- promover ambiente colaborativo nos
endendo-se na diversidade humana e ambientes de aprendizagem;
reconhecendo suas emoções e as dos
outros, com autocrítica e capacidade Agir e incentivar, pessoal e coleti-
para lidar com elas, para poder desen- vamente, com autonomia, responsabi-
volver o autoconhecimento e o auto- lidade, flexibilidade, resiliência e deter-
cuidado nos alunos; minação, tomando decisões com base
em princípios éticos, democráticos, in-
Exercitar a empatia, o diálogo, a re- clusivos, sustentáveis e solidários para
solução de conflitos e a cooperação, que o ambiente de aprendizagem pos-
fazendo-se respeitar e promovendo sa refletir esses valores.
o respeito ao outro e aos direitos hu-
manos, com acolhimento e valorização Esses dez princípios fazem parte de
da diversidade de indivíduos e de gru- três dimensões da competência pro-
pos sociais, seus saberes, identidades, fissional do professor: conhecimento
culturas e potencialidades, sem pre- profissional, prática profissional e en-
gajamento profissional.

CONHECIMENTO PROFISSIONAL:
Está associado com a prática e se rela-
ciona com o que existe na realidade con-
creta e com as experiências diretas de
ENGAJAMENTO PROFISSIONAL:
alunos e professores. Os conhecimentos
estão na essência da competência e são É o compromisso moral e ético do
imprescindíveis para a constituição delas. professor com os alunos, seus pa-
res, a comunidade escolar e os di-
versos atores do sistema educacio-
PRÁTICA PROFISSIONAL: nal. É a busca constante da melhoria
da prática, do sentido do trabalho e do
A prática traz a oportunidade de viver ainda reconhecimento da sua importância.
durante o curso de formação os mesmos
processos de aprendizagem que se quer
ensinar ao professor em início de carreira
e o profissional em formação continuada.
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COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS: A
GRANDE PAUTA DA EDUCAÇÃO MUNDIAL
A aprendizagem social e emocional é Quando combinada com uma instrução
um elemento-chave para o avanço do acadêmica eficaz, as competências so-
desempenho dos alunos na escola e cioemocionais podem ajudar todos os
além dela. Essa prática de aprendizado alunos a terem uma experiência edu-
emergente está sendo integrada em cacional positiva e completa.
salas de aula e escolas, bem como em QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS COMPETÊN-
casa, para ajudar os alunos a gerencia-
rem suas próprias emoções, estabele- CIAS SOCIOMOCIONAIS?
cer metas positivas, sentir empatia em De acordo com a BNCC, as competên-
relação aos outros e se envolver em re- cias socioemocionais englobam o de-
lacionamentos positivos. senvolvimento de habilidades impor-
tantes como:

• A autoconsciência, que é a capacidade de reconhecer


suas emoções e entender os elos entre emoções, pen-
samentos e comportamentos;

• A autogestão, que é a capacidade de regular emoções,


pensamentos e comportamentos;

• A consciência social, que é a capacidade de assumir as


perspectivas dos outros e demonstrar empatia;

• As habilidades de relacionamento, que são a capacida-


de de construir e manter relacionamentos saudáveis;

• E a tomada de decisão responsável, que é a capacidade


de fazer boas escolhas sobre seu comportamento e in-
terações com os outros.

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POR QUE AS HABILIDADES SOCIOEMO-
CIONAIS SÃO IMPORTANTES? Segundo a Fundação Lemann, ter
As primeiras habilidades emocionais maiores habilidades socioemocionais
sociais estão relacionadas com o quão no jardim de infância está relacionado
socialmente, emocionalmente, acade- a resultados importantes ao período
micamente e profissionalmente quali- entre 20-25 anos de idade. Esses re-
ficados somos na vida. sultados incluem:

Sucesso educacional, Outros resultados im-


Sucesso de carreira,
como conquistar um portantes da vida, como
como uma maior
diploma universitário; capacidade de solucionar
probabilidade de
problemas em cenários
estar empregado;
pouco positivos.

As competências socioemocionais aju- Ou seja, a aprendizagem das habilida-


dam as crianças a persistirem em tare- des socioemocionais formam alunos
fas desafiadoras, a buscar efetivamen- mais seguros e bem-sucedidos, tra-
te ajuda quando precisam e a serem zendo benefícios a curto e a longo pra-
atenciosas em suas ações. zo. Os estudantes vão desde se conhecer
melhor, saber seus limites e entender o
Dentre as competências relevantes, des- seu potencial a se tornarem pessoas mais
tacam-se a autoconsciência e a tomada comprometidas, confiantes e empáticas.
de decisão responsável. Estas competên-
cias vão potencializar um melhor ajusta- Comprovadamente eficazes, as habi-
mento e rendimento acadêmico, refletido lidades socioemocionais aplicadas no
em comportamentos sociais mais positi- desenvolvimento das crianças cria um
vos, menores problemas comportamen- aprendizado que atende às necessida-
tais, menor estresse emocional e melho- des individuais de cada aluno.
res resultados em avaliações e testes.
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Para facilitar o sucesso do estudante, adultos devem entender
o ambiente mais eficaz e o contexto social em que os alunos
aprendem. Eles devem também criar e avaliar condições de
aprendizagem que dá aos alunos a oportunidade de ativar, de-
monstrar, e crescer o social, emocional e competências acadê-
micas que eles trazem para a sala de aula.

A diversidade de contextos culturais e identidades significa que


nossas abordagens para o social, desenvolvimento emocional e
acadêmico deve também afirmar sua cultura e experiências.

construindo habilidades E então, encontrar oportunidades para


socioemocionais os alunos reforçarem seu uso ao longo
do dia. É essencial incorporar tais com-
na sala de aula petências em áreas de conteúdo como
artes, língua portuguesa e estrangeira,
Promover o desenvolvimento social e estudos sociais ou matemática.
emocional de todos os alunos nas sa-
las de aula envolve ensinar e modelar Os professores também podem, natu-
habilidades sociais e emocionais, ofe- ralmente, fomentar as habilidades dos
recendo oportunidades para os alunos alunos por meio de interações instruti-
praticarem e aperfeiçoarem essas ha- vas interpessoais e centradas no aluno
bilidades, ao mesmo tempo em que são ao longo do dia escolar.
oferecidas oportunidades de aplicar es-
ses conhecimentos em várias situações. As práticas de professores que pro-
porcionam apoio emocional aos alu-
Uma das primeiras abordagens e mais nos e criam oportunidades para as
importante no processo é o treina- experiências de voz, autonomia e do-
mento de professores para fornecer mínio dos próprios estudantes pro-
lições explícitas que ensinam habili- movem o envolvimento do mesmo
dades sociais e emocionais. no processo educacional.

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A IMPORTÂNCIA DO PROTAGONISMO
DO ALUNO NA ERA CONTEMPORÂNEA
Muito se fala sobre novos métodos educacionais e dar destaque
para os alunos na escola é uma premissa que cada vez mais ganha
força no cenário pedagógico. Mas como incentivar o protagonismo
infantil e quais suas vantagens?

Além das metodologias ativas, do incentivo ao pensamento crítico


e às habilidades socioemocionais, o foco no protagonismo infantil
pode render excelentes lições não só para as crianças, como tam-
bém para os adultos.

Assim como a própria BNCC institui um novo olhar sobre os es-


tudantes e sua posição de produtor de conhecimentos, as escolas
devem procurar priorizar maneiras do aluno ser acolhido e ter es-
paço de expressão.

Quando se fala em protagonismo do aluno, é a ideia de colocá-


-lo como produtor de conhecimentos e incentivar o estudante a
compartilhar suas aprendizagens. E não só em relação ao currículo
escolar, como também habilidades de vida – uma das tendências
centrais da educação mundial.

Além disso, é importante ressaltar que Com as diversas possibilidades de se


o protagonismo do estudante em seu obter informações nos dias atuais, mais
próprio ensino é baseado em “O que importante que cobrar uma resposta é
eu aprendo me vincula à realidade estimular questionamentos.
e me faz pensar”. Por isso, o prota-
gonismo do aluno deve estar centrado Afinal de contas, nada melhor do que
na eficiência do aprendizado e não só dar aos alunos a oportunidade de ex-
do ensino. É dar foco à autonomia do perimentar casos práticos de aplicação
estudante estimulando-o a buscar in- do que se é aprendido. Outro ponto que
formação e a construir conhecimento também é um elemento fundamental
caminhando com as próprias pernas. do protagonismo é a autoria.
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Incentivar os alunos a criar é uma ação muito importan-
te para a educação atual. Seja um projeto literário, tecno-
lógicos, artísticos – ou todos juntos -, dar a oportunidade do
estudante se tornar autor de algo valoriza o conhecimento
adquirido, além de reforçar a autoestima do aluno para que
ele queira aprender cada vez mais.

CONCLUSÃO

É notável que há muitas mudanças e novos caminhos a se se-


guir na educação brasileira. E o primeiro passo para conseguir
se adaptar a esses novos desafios é conhecê-los. Temas como
tecnologia, habilidades emocionais e nova formação dos pro-
fessores são essenciais de se pesquisar e estudar para uma
boa adaptação, assim como entender como aplicar as novas
tendências da educação brasileira.

Os pontos abordados neste e-book reforçam que é preciso que


toda a equipe pedagógica preste atenção em como se atualizar.
Ser um profissional da educação atual é entender que há trans-
formações constantes e que cada vez mais o aluno ganhar o
papel de protagonista da aprendizagem.

Novas metodologias e novas formações estão em voga devi-


do às pesquisas e estudos que informam as necessidades da
educação do século XXI que devem ser atendidas. E levá-las
até as suas escolas e salas de aula é uma forma de seguir as
tendências e oferecer uma educação inovadora.

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Falando em inovação, sua escola
já participa da Estante Mágica?

A Estante Mágica é uma plataforma educa-


cional gratuita que, em parceria com escolas,
transforma crianças em autoras do próprio li-
vro. Presente em mais de 2 mil escolas em todo
o Brasil, já transformou mais de 350 mil alunos
em escritores.

A grande missão da Estante Mágica é desenvolver


a capacidade plena de leitura e escrita das crianças
para que elas sejam autoras não só do próprio livro,
como da própria história de vida!

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