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RECIFE – PE
2017.2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
2 TENSÕES NO SOLO ........................................................................... 4
3 TENSÃO SUPERFICIAL ..................................................................... 5
4 MENISCOS CAPILARES .................................................................... 7
4.1 Altura de Ascensão Capilar .................................................................. 7
4.2 Pressões nas Faces de Um Menisco ................................................... 8
4.3 Pressão Neutra Negativa ..................................................................... 9
5 ÁGUA CAPILAR NOS SOLOS ........................................................... 11
6 CAPILARIDADE – ENGENHARIA CIVIL ............................................ 14
7 CONCLUSÃO ...................................................................................... 16
8 REFERÊNCIAS .................................................................................... 17
1. INTRODUÇÃO
3
2. TENSÕES NO SOLO
4
3. TENSÃO SUPERFICIAL
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recipiente, em tubos finos esse é efeito é ainda mais visível.
O cálculo da tensão superficial é feito a partir de sua definição. A razão
entre energia necessária para executar uma “deformação” na película de um
líquido e a variação da área após essa deformação. Observe o caso abaixo em
que um aro com um lado móvel está preenchido por uma lâmina d’água:
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4. MENISCOS CAPILARES
Fy = 2. π. R. σ. cosφ
{
P = γa . g. V = γa . g. π. R2 . hc
F = P → 2. π. R. σ. cosφ = γa . g. π. R2 . hc
2. σ. cosφ
hc = (Eq. de Laplace)
γa . g. R
Vale ressaltar que a equação de Laplace também pode ser utilizada para
calcular o valor de hc , em casos de depressão capilar. Uma vez que φ > 90°,
teremos hc < 0.
A equação de Laplace pode ser utilizada para os solos, considerando
que R é o raio dos poros do solo, e a altura máxima de ascensão capilar, no
solo, será dada considerando o raio dos menores poros. Adotando uma
situação a 25ºC, e, substituindo alguns parâmetros na equação:
σ = 0,072 N/m; φ = 0°; γa = 1000 kg/m³; g = 9,81 m/s²
2.0,072. cos0 1
hc = ∴ hc =
1000.9,81. R 68125. R
Obtermos a equação que relaciona as dimensões dos vazios do solo
com a altura de ascensão capilar. Note claramente que é uma relação
inversamente proporcional, logo, quanto menor os poros, mais alto a água
sobe. Os solos podem ter seus poros classificados, de forma grosseira, em
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microporos e macroporos. A divisão entre eles é a dimensão que provoca uma
ascensão capilar de 60 cm. Substituindo na equação, temos:
1
0,60 = ∴ R ≅ 25 μm
68125R
Assim, de forma geral, temos:
Tipo de poro Ascensão (m) Raio (µm) Função
Macroporo < 0,6 > 25 Aeração e distribuição rápida de água
Mesoporo 0,6 – 10 1,5 – 25 Armazenagem de água facilmente
disponível às plantas e aeração
Microporo 10 – 150 0,1 – 1,5 Armazenagem de água dificilmente
disponível às plantas
Criptoporo > 150 < 0,1 Armazenagem de água não
disponível às plantas
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um dedo, não obteremos sucesso. Isso se deve à resistência da água à tensão
de tração. Mas é necessário lembrar que as pressões consideradas são
tomadas com referência à pressão atmosférica (adota-se Patm = 0), então as
pressões de fato, não são negativas, apenas menores que Patm , que
usualmente é em torno de 100 kPa. Concluindo este pensamento, a água,
ainda sim, está sob tensão de compressão.
Agora analisando na região próxima ao menisco,
veremos que PE < PF , logo a superfície do menisco está sob
uma diferença de pressão. Porém, o sistema estando em
equilíbrio, deve haver alguma interação que neutraliza essa
diferença. Isso se deve à pressão gerada pela tensão
superficial do líquido.
Calculando por equilíbrio simples, o valor dessa pressão gerada pela
tensão superficial do menisco:
Ftensão superficial = (PF − PE ). πR2
σs . 2πR. cosφ = ∆P. πR²
2σs cosφ
∆P = (Pressão de Laplace)
R
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água tende a diminuir os efeitos da tensão efetiva, por efeito de empuxo, no
que não está submerso, a água tende a aumentar esses efeitos, por efeito de
capilaridade. Assim, quando se quer calcular as pressões que atuam num solo
úmido, não submerso, a capilaridade deve ser levada em conta, uma vez que
ela aumentará a tensão efetiva no solo, essa que é responsável pelos efeitos
de deformação no solo.
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5. ÁGUA CAPILAR NOS SOLOS
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Esse comportamento pode ser observado na representação gráfica
abaixo:
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ocorrem deslizamentos durante ou após grandes chuvas devido ao aumento do
grau de saturação do solo e respectiva baixa da coesão aparente.
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6. CAPILARIDADE – ENGENHARIA CIVIL
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Para resolver esse problema é necessário que, durante a construção,
seja feita uma impermeabilização eficiente entre o solo e a base da construção,
que pode ser composta de concreto, mantas impermeabilizadoras, até mesmo
de material polimérico, como polietileno, para que a umidade não tenha acesso
à estrutura da construção, evitando os problemas expostos anteriormente.
Além da infiltração a capilaridade pode ocasionar rachaduras, trincas ou
fissuras em aterros localizados em lugares de forte alteração climática devido à
contração dos solos. Após um período com grandes chuvas nessas regiões,
o solo do aterro passa a ter uma grande concentração de água pela ação
combinada dos efeitos naturais e da capilaridade, de modo que quando essa
água começa a evaporar, ocorrerá uma contração volumétrica devido à
expulsão da água presente nos vazios do solo e a consequente formação de
meniscos entre os grãos onde irão surgir forças capilares que irão aproximar as
partículas. Esse problema ocorre principalmente na área do talude de corte do
aterro, gerando grandes rachaduras longitudinais.
Outro efeito muito importante causado pela capilaridade é o chamado
sifonamento capilar que se observa nas barragens. Ele consiste na
percolação da água sobre o núcleo impermeável da barragem. Tal fato ocorre
quando a altura de ascensão capilar do material que cobre o núcleo
impermeabilizante é maior do que a distância entre a crista do núcleo e o nível
da água a montante.
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8. REFERÊNCIAS
Páginas da internet:
<https://www.infoescola.com/fisica/coesao-e-adesao-da-agua/>
<http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/aulas/lce200/Cap7.pdf>
<https://www.engenhariamoderna.net/single-post/2017/07/24/A-
influ%C3%AAncia-da-%C3%A1gua-no-solo>
<https://blogdopetcivil.com/2014/12/03/patologias-causadas-por-
infiltracao-em-edificacoes/>
<https://www.tintasepintura.pt/salitre-causas-e-tratamento/>
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