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O adolescente em conflito com a lei: o que a psicanálise tem a dizer?

Milene Mabilde Petracco∗

Resumo:

O presente trabalho nasce do desejo de aproximar a prática da psicanálise enquanto


tratamento individual, da escuta de um sintoma social que se dá em um contexto para além da
clínica privada: o atendimento a adolescentes em conflito com a lei que cumprem medidas sócio-
educativas em meio aberto. Tem como objetivo, a partir de elementos teóricos, instigar reflexões
sobre o adolescente que comete ato infracional, evidenciando que, a partir da Psicanálise muito se
tem a dizer sobre a problemática da violência na adolescência.

Palavras-chave: adolescência, violência, psicanálise.

Abstract:

This paper starts from the desire to bring together the practice of psicanalisys as an
individual treatment and the observation of a social symptom that appears beyond the private clinic:
the therapy with teenagers in conflict with the law, but that belong in an open social-educational
system. Its goal is, starting from the theory, to provoke reflections about the teenager that commits
an infractional act, showing that psychoanalysis has a lot to say about underage violence.

Keywords: teenager, violence, psychoanalys.

Introdução


Psicóloga em formação psicanalítica no Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre – CEP de PA.
O presente texto nasce do desejo de possibilitar diálogos entre a problemática do adolescente
em conflito com a lei e a Psicanálise.
Busco, através das reflexões que seguem, criar elos de ligação entre alguns conceitos
psicanalíticos e a escuta deste sintoma social. Muito embora este sintoma se faça presente no
discurso de analisandos em consultórios privados, terei como referencial a prática de atendimento a
adolescentes em cumprimento de medidas sócio-educativas em meio aberto no Programa de
Prestação de Serviços à Comunidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(PPSC/UFRGS), especificamente as medidas de Prestação de Serviços à Comunidade e Liberdade
Assistida.1
A escuta destes adolescentes, aliada ao embasamento teórico que o processo de formação
proporciona, tem suscitado uma série de inquietações. Estas, incluem questões como o quanto pode
a Psicanálise contribuir na compreensão da trajetória que culmina no envolvimento de adolescentes
em ações fora da lei e na construção de intervenções mais eficazes para o enfrentamento do
fenômeno da violência juvenil, entendendo que os postulados desta teoria dizem respeito àquilo que
é do humano e, conseqüentemente, do social.

Breve contextualização sobre o adolescente em conflito com a lei

De acordo com pesquisa realizada por Craidy & Gonçalves (1995), os adolescentes que
passam pelo PPSC são predominantemente do sexo masculino, com idades entre dezesseis e
dezessete anos, de classe socioeconômica baixa e da raça branca, ainda que proporcionalmente ao
número de negros na população, os negros sejam mais numerosos. Adolescentes que habitam as
periferias da cidade e vivem em situação de vulnerabilidade social.
Em sua grande maioria, estes adolescentes cometem infrações contra o patrimônio e não
contra a pessoa, o que revela que, embora em muitos casos a infração esteja acompanhada de atos
de violência, isto não diz respeito ao universo dos adolescentes em conflito com a lei. O fato de
poderem cumprir medidas determinadas judicialmente em liberdade aponta para a não gravidade
e/ou não reincidência das infrações por eles cometidas. Importante lembrarmos que grande parte
destes adolescentes vive em um caldo de cultura violenta que nega a muitos a proteção de seus

1
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069/90 , Artigo 117, a Prestação de Serviços à
Comunidade (PSC) consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis
meses. As tarefas devem levar em conta as aptidões do adolescente devendo ser cumpridas em jornada máxima de oito
horas semanais, sem prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de trabalho. O Artigo 118, por sua vez, trata
da medida de Liberdade Assistida (LA). Esta deve ser adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o
fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente, por pessoa capacitada designada pela autoridade judicial. A LA
será fixada pelo prazo de seis meses, podendo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida.
direitos fundamentais, inclusive o de sentirem-se socialmente integrados e humanamente
reconhecidos.
O rap, música que traduz em versos esta realidade, pode então configurar-se como uma
forma de expressão possível. Um dos refrões cantados por eles é entoado pelo rapper Mv Bill que
denuncia: “já vou ficar no lucro se passar de dezoito, depois que escurece o bagulho é doido. O
mesmo dinheiro que salva também mata, jovem com ódio na cara, terror que fica esquina esperando
você chegar”.
Desta forma enfatizo que, embora a infração, em muitos casos, tenha ligação com um ato de
violência propriamente dito os dois termos não são sinônimos. Assim, o uso do termo violência no
decorrer do texto, não será necessariamente usado como o ato infringido pelo adolescente, mas
também em referência às situações que convergem para que este fora da lei aconteça.
Para Rosa (2005), abordar a questão da violência significa estar em contato com a
complexidade e obscuridade que envolve o conceito. A violência pode configurar-se através de uma
gama de possibilidades, as quais adotam formas singulares dependendo das nuanças simbólicas de
cada contexto. O autor aponta ainda que existe uma tendência a tratarmos deste tema através de
discursos queixosos e vitimizados, sendo esta uma das maneiras encontradas para escaparmos de
nos haver com o “potencial destrutivo existente em cada um de nós.” (p. 117)

O que nos diz a Psicanálise?

Entendendo que a violência, como os demais sintomas psíquicos, é produzida por uma trama
complexa de fatores e que demanda diferentes olhares e saberes, a proposta de trazer a psicanálise
como forma de entendimento da adolescência infratora dá-se no intuito de complementar outras
leituras possíveis para este fenômeno.
Birman (1998) alerta-nos para o fato de que, ao usarmos o conhecimento psicanalítico de
maneira linear e aplicada corremos o risco de criarmos obstáculos a nossa própria escuta, o que nos
deixa de mãos amarradas frente ao contexto histórico contemporâneo.
Entendendo que a psicanálise não faria sentido senão nas sociedades modernas,
democráticas e urbanas, espaços onde não mais vigoram as modalidades tradicionais de organização
familiar e social, ou seja, nas quais o pai já não ocupa o mesmo lugar de poder e autoridade, Kehl
(2002) refere que a psicanálise não parte do ser, mas do falta-a-ser, na medida em que concebe o
sujeito não como ser de natureza, mas como ser de linguagem, criador de significações e valores.

“Diante da queda do saber e do poder incontestáveis do pai, a psicanálise não se


propõe, como pensam alguns de seus críticos, a ocupar o lugar deixado vazio pelo pai
onisciente e onipotente (embora muitas vezes os psicanalistas e suas instituições cedam à
tentação desse poder), mas fazer falar “os filhos”, nós mesmos, órfãos de uma verdade
estabelecida, para fazer emergir as pequenas verdades singulares, recalcadas”
(Kehl, 2002. p.35.)

Para Oliveira (2001) é inquestionável a importância de uma escuta clínica da infração, visto
que essa engloba uma série de motivações conscientes e inconscientes.
Ao pensarmos em infrações cometidas por adolescentes, é válido trazermos algumas
questões relativas à adolescência propriamente dita.
Em psicanálise, as produções teóricas sobre este tema (Aberastury, Knobel, Blos) falam-nos
de um processo de mudanças biopsicossociais que tem como características gerais modificações nas
relações objetais, lutos e escolhas de diversas ordens, ou seja, toda uma reordenação da vida
psíquica.
Mas, apesar da existência de aspectos comuns, a adolescência apresenta particularidades em
suas manifestações, dependendo do contexto onde acontece. Levinski (1998) refere que tais
manifestações dependem da cultura e da sociedade onde o processo adolescente se dá.
Rassial, (1999) ao caracterizar o adolescente como um não-totalmente, refere que durante a
adolescência o sujeito não encontra amparo no estatuto de criança e nem tampouco no estatuto de
adulto. Nesta perspectiva, o adolescente assemelha-se a um imigrante, quem ainda não encontrou
seu próprio lugar.
Em seus escritos sobre a violência juvenil, Oliveira (2001), inclui elementos sociais da
atualidade, como o fenômeno da globalização, o capitalismo e a cultura do narcisismo, trazendo a
partir destes o conceito de adolescência exacerbada, como um processo caracterizado pela
incessante busca de reconhecimento e autonomia. A autora entende o ato infracional como um dos
possíveis movimentos desta busca.
As richas entre bondes ou bocas de tráfico, como são nomeados os grupos de jovens que se
juntam para a ida a bailes funks e pichações e os pontos de venda de drogas, respectivamente, são
marcas importantes deste processo adolescente de definir-se enquanto sujeito. Uma batalha intensa
por reconhecimento, que por vezes tem seu fim na morte de um ou de muitos jovens. Novamente a
composição de Mv Bill nos auxilia a pensar, trazendo o depoimento de um menino que desabafa:
“Se eu morrer nasce outro que nem eu, ou melhor, ou pior.”
Oliveira (2001) pontua que, para os adolescentes de periferia a busca por reconhecimento e
autonomia encontra grandes obstáculos, na medida em que enfrentam para além das questões da
adolescência em si, faltas de diferentes ordens. Com isso, não devemos fazer uma associação direta
entre pobreza e violência, mas sim informar-nos de que nas sociedades onde há maior desigualdade
social há maiores índices de violência e criminalidade. Nesta perspectiva, cabe pontuarmos o que
refere Zaluar (1994) ao afirmar que os objetos de consumo alvos do desejo adolescente são os
mesmos para um menino que habita uma favela carioca e para um norte-americano de classe média.
Quais serão as possíveis repercussões deste abismo social?
Em Privação e Delinqüência Winicott (1987) aponta o ato anti-social como um indicador de
esperança, no sentido de que, ao furtar um determinado objeto o sujeito está, inconscientemente
indo em busca de algo que está para além do objeto material subtraído.
Em muitos casos, a infração funciona como pedido de ajuda, um grito por socorro. Na
medida em que as necessidades e fragilidades não puderam contar com o acolhimento familiar e
social, apela-se a autoridade judiciária. Não é por acaso que muitos adolescentes que se envolvem
com o tráfico de drogas acabam tendo no patrão da boca, como é por eles chamado o chefe desta
rede, uma referência do mundo adulto.
Façamos uma retomada a partir do Projeto para uma Psicologia Científica, artigo em que
Freud (1895) traz-nos importantes questões relativas à constituição do aparelho psíquico, como o
conceito de experiência de satisfação, dos trilhamentos neuronais e o fato de ser o desamparo inicial
a fonte primordial de todos os motivos morais.
Sendo a adolescência momento de reedição das vivências infantis como podemos pensar
sobre a questão do desamparo? E, ainda, por tratarmos de adolescentes em situação de
vulnerabilidade social, ou seja, sujeitos que não tem os direitos fundamentais garantidos, como o
ato infracional pode ser entendido?

O ato infracional no lugar da palavra

Como instigador da presente reflexão, pontuo uma característica evidente dos adolescentes
que passam pelo PPSC/UFRGS o fato de, em sua maioria, reagirem com ar de intenso
estranhamento quando lhes é perguntado quais são suas preferências. É dado comum quando
questionados sobre o que gostam de fazer na vida, responderem: “Eu? Do que eu gosto? Não sei...”
Quando solicitados a debates, durante atividades em grupo, a dificuldade de expressão através da
fala é também evidente.
Tendo como hipótese o que coloca Dolto (1999) ao entender a violência quando “não se diz
ou não se diz mais”, podemos traçar um paralelo entre o atendimento a adolescentes em conflito
com a lei, e o processo analítico propriamente dito, na medida em que ambos consistem em dar
espaço para fazer surgir as palavras. E, ao concebermos o ato de transgressão da lei como falha ou
inexistência das palavras, podemos traçar pontos de convergência entre a infração e os modos de
funcionamento do aparelho psíquico, descritos por Freud (1911).
O autor descreve o processo primário como aquele que rege os mais primitivos processos
mentais e que tem como meta a busca incessante pelo prazer, sendo o processo secundário
compreendido como aquele que permite-nos postergar este prazer, regido pelo princípio de
realidade e tendo como funções características o pensamento, a atenção e a avaliação do juízo.
Desde o nascimento, a medida em que nossas necessidades são confrontadas com o mundo
externo, frustrações acontecem e dão início ao processo de substituição do processo primário pelo
secundário. Este não acontece repentinamente e não encobre todo o psiquismo, visto que as
fantasias seguem desempenhando um importante papel pela vida afora. No entanto, é esperado que
no decorrer das experiências que vivenciamos possamos ir construindo novas formas de interação
com o mundo, sabendo postergar satisfações, tolerando o desprazer.
Nesta perspectiva, em consonância com os processos mais primitivos do aparelho psíquico,
o ato infracional pode ser concebido como manifestação que aparece ocupando o lugar do
adiamento de satisfação, do pensar antes de agir, sendo entendido enquanto busca de descarga de
um quantum de libido, enquanto a possibilidade de traduzir em palavras e refletir sobre o ocorrido
como ações apoiadas no princípio de realidade, característico do processo secundário de
funcionamento deste aparelho.
Podemos ainda, partindo de Freud (1911) pensar sobre o papel que as instituições escolares
desempenham na trajetória de infração dos adolescentes, já que grande parte desses apresenta baixa
escolaridade. Conforme coloca o autor, a educação é, sem dúvida, um significativo estímulo para a
superação do princípio de prazer pelo princípio de realidade.

“ De um modo geral, a precária situação do setor educacional no Brasil pode ser


apontada como um dos fatores que levam o adolescente de periferia a se sentir pouco
mobilizado com a escola, um lugar de onde evade muito cedo, ou que serve apenas para
preencher o tempo ou cumprir os ritos sociais previstos nesta faixa etária. Uma recusa à
escola que é feita, em primeiro lugar, pelos governos, quando esses são os primeiros a
desprestigiar a escola pública, com os salários achatados dos professores e os escassos
investimentos na infra-estrutura para o trabalho em sala de aula.” (Oliveira, 2001. p. 49)

Freud (1929) também fala-nos da importância do trabalho para o homem, muito embora não
seja valorizado por esse tanto quanto poderia. Para o autor, a atividade profissional desempenha
papel significativo na economia libidinal e constitui uma fonte de satisfação especial,
particularmente quando é feito por livre escolha. O trabalho torna possível o deslocamento de uma
gama de componentes libidinais, narcísicos, agressivos ou até mesmo eróticos.
Como podemos incluir esta questão na situação dos adolescentes a que nos referimos, sendo
eles socialmente vulneráveis e estigmatizados, se vivemos uma época em que o desemprego é fato
comum para um grande número de pessoas? E ainda, considerando que a vida escolar é parte
importante na inserção no mercado de trabalho e a escola um lugar de onde evadem ou são
excluídos?
Não é incomum escutarmos destes adolescentes que a procura de emprego não tem retorno
positivo. A partir da escuta que o atendimento proporciona, algumas falas evidenciam esta
realidade: “tudo o que eu queria era ter um serviço” ou “tentei, falei que mesmo tendo bronca na
justiça eu quero mudar, que eu preciso trabalhar para ajudar minha família, mas não teve jeito”.

Reflexões finais

Poder socializar a prática de atendimento a adolescentes em conflito com a lei, a partir de


contribuições teóricas da psicanálise, suscitou novas leituras e reflexões, o que é sempre válido, se
entendermos que o processo de formação é, como o nome anuncia, incessante.
Considerando o contexto sócio-cultural em que está mergulhada esta adolescência e, ainda,
entendendo a importância da criação de formas de expressão possíveis para a mesma, acredito que a
psicanálise muito tem a dizer sobre esta realidade. Aliás, na medida em que infração pode ser
pensada como o ato no lugar das palavras, mais do que dizer, a psicanálise tem o dever ético de
fazer falar.
Muitos poderiam ter sido os aspectos escolhidos para refletirmos sobre a adolescência
infratora de nossos dias, a questão da ambivalência, da dualidade pulsional, dos lutos adolescentes,
entre tantos outros. Isto, por si só, afirma o quanto os pressupostos teóricos psicanalíticos podem
servir de referencial para a reflexão sobre o tecido social, seus laços e nós, tornando autêntica a
demanda de usarmos os conhecimentos que esta teoria nos oferece para pensar nas formas possíveis
de construirmos uma vida em sociedade mais justa e feliz para todos.

Referências Bibliográficas
ABERASTURY, Arminda; KNOBEL, Maurício.Adolescência normal. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1981.
BIRMAN, Joel. O mal estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
BLOS, Peter. Adolescência: uma interpretação psicanalítica. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
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Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005.
DOLTO, Françoise. As etapas decisivas da infância. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
KEHL, Maria Rita. Sobre ética e psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
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MV BILL. “O bagulho é doido”. CD O bagulho é doido. Chapa Preta. Universal Musical, 2006.
OLIVEIRA, Carmem Silveira. Sobrevivendo no inferno: a violência juvenil na contemporaneidade.
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ZALUAR, Alba. O condomínio do diabo. Rio de Janeiro: Revan Editora, 1994.

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