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Gênesis 18 fala sobre a vez em que Deus apareceu a Abraão acompanhado de dois anjos. O estudo
bíblico de Gênesis 18 também registra o anuncio divino acerca da destruição das cidades de
Sodoma e Gomorra. Na ocasião, Abraão ainda intercedeu pelas vidas dos habitantes de Sodoma
que tivessem conduta justa.
Gênesis 18 começa narrando mais um episódio de teofania no Antigo Testamento. Isso significa
que na ocasião registrada no capítulo 18 de Gênesis, Deus apareceu a Abraão em forma visível.
O texto bíblico diz que o Senhor apareceu a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava
assentado à entrada de sua tenda, durante a hora mais quente do dia (Gênesis 18:1). Abraão havia se
mudado para aquele local após a separação de seu sobrinho Ló que partiu para Sodoma (Gênesis
12).
Durante o período de maior calor do dia, era comum que os viajantes procurassem algum abrigo do
sol quente. Então Abraão levantou os olhos e enxergou três homens em pé em sua frente.
Rapidamente ele se dirigiu aos três homens demonstrando muito cordialidade e hospitalidade.
Em certas regiões do antigo Oriente Próximo havia o costume de um anfitrião receber com
hospitalidade os viajantes que cruzavam aquelas terras. Abraão ofereceu água para que os viajantes
pudessem lavar os pés, repouso debaixo de uma árvore e uma refeição completa, com pão assado,
novilho e leite (Gênesis 18:4-8).
O escritor de Gênesis, desde o começo de seu registro em Gênesis 18, indica muito claramente o
caráter sobrenatural da visita recebida por Abraão; bem como a identidade do próprio Deus como
um dos visitantes. Mas não é possível afirmar com exatidão se Abraão de fato reconheceu que
estava diante do Senhor desde o início da visita. Contudo, na sequência da conversa logicamente
Abraão entendeu que se tratava de uma teofania.
Humildemente Abraão saudou, hospedou, alimentou e despediu o próprio Deus e dois de seus
anjos manifestados em aparência humana. Talvez o escritor de Hebreus tivesse em mente a história
de Gênesis 18 quando falou que, sem saber, alguns hospedaram anjos (Hebreus 13:2).
Os visitantes perguntaram a Abraão sobre onde estava Sara. Abraão lhes respondeu que ela estava
dentro da tenda. Então um dos ilustres visitantes disse que muito em breve Sara haveria de dar à luz
a um filho. O escritor de Gênesis informa que Sara estava à porta da tenda e escutou aquelas
palavras. O escritor bíblico ainda faz questão de enfatizar que Abraão e Sara já eram muito idosos, e
que o corpo de Sara já não tinha mais qualquer possibilidade de conceber um filho (Gênesis 18:9-
11; cf. Romanos 4:19; Hebreus 11:11,12).
Ao escutar aquelas palavras, Sara riu-se no seu intimo, e consigo mesma desconfiou sobre como
aquilo poderia se tornar possível. Então Deus perguntou a Abraão: “Por que se riu Sara, dizendo: Será
verdade que darei à luz, sendo velha? Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gênesis 18:13).
Neste ponto da visita fica evidente a natureza divina daquele viajante. Ele não apenas prometeu
algo naturalmente impossível, mas também se mostrou ser onisciente ao revelar o que Sara havia
pensado em seu íntimo. Na sequência, o Senhor ainda foi muito específico quanto ao cumprimento
de Sua promessa. Ele disse: “Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho”
(Gênesis 18:14).
O texto de Gênesis 18 mostra que rapidamente Sara converteu o ceticismo inicial em temor
(Gênesis 18:15). Depois disso a história bíblica revela que Sara creu fielmente na promessa do
Senhor juntamente com seu marido, a ponto de mais tarde ser citada entre os heróis da fé (Hebreus
11:11; cf. Romanos 4:13-25).
Após terem sido muito bem recebidos por Abraão, aqueles homens se levantaram e olharam para a
cidade de Sodoma. O texto diz que Abraão os acompanhava até que eles seguissem seu caminho
(Gênesis 18:16). Mas Deus resolveu deixar Abraão a par do que Ele estava para fazer.
O motivo pelo qual Deus informou Abraão sobre o seu juízo iminente sobre Sodoma e Gomorra é
informado no texto: “Ocultarei a Abraão o que estou para fazer; visto que Abraão certamente virá a ser uma
grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o escolhi para que ordene a seus
filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o
Senhor faça vir sobre Abraão o que tem a falado a seu respeito” (Gênesis 18:17-19).
Isso não apenas indicava o papel singular de Abraão no plano soberano de Deus, e mais uma vez
confirmava Sua aliança com o patriarca; mas também tinha um propósito didático. Abraão, e
consequentemente a sua descendência, deveria aprender sobre a justiça de Deus.
Gênesis 18 deixa claro que o julgamento de Deus sobre aquelas cidades não era sem motivo. Deus,
em sua santidade e sabedoria, investigou cuidadosamente aquelas cidades. De fato o pecado de seus
habitantes havia se multiplicado demasiadamente. O pecado de Sodoma incluía grande depravação
sexual, abuso dos mais pobres e desprotegidos, arrogância e falta de hospitalidade (cf. Gênesis 19:5-
8; Ezequiel 16:49,50; Judas 7).
O clamor que denunciava as injustiças que ocorriam naquelas terras havia chegado ao Juiz de toda
terra (Gênesis 18:25). Então o julgamento divino era plenamente merecido, e não um ato de tirania
(Gênesis 18:20,21).
Gênesis 18 termina com Abraão se pondo a interceder pelos habitantes da cidade de Sodoma. Os
dois anjos partiram para Sodoma, enquanto que Abraão permaneceu na presença do Senhor
(Gênesis 18:22).
Abraão começou a argumentar com o Senhor se as cidades poderiam ser poupadas caso houvesse
homens justos entre seus habitantes. Muito provavelmente Abraão estivesse preocupado,
principalmente, com o seu sobrinho que vivia em Sodoma. A questão é que naquelas cidades não
havia nem mesmo dez homens justos (Gênesis 18:23-33). A série de perguntas e respostas entre
Abraão e o Senhor mais uma vez revela o caráter inteiramente justo do castigo divino.