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OBJ 1 – DESCREVER A ANATOMIA DO OMBRO, COTOVELO e BRAÇO  A face inferior da clavícula é áspera porque é unida à 1ª costela, perto da

extremidade esternal, por ligamentos fortes, que suspendem a escápula por sua
OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR extremidade acromial.
 O tubérculo conoide, perto da extremidade acromial da clavícula, é o local de
 O cíngulo do membro superior e os ossos da parte livre do membro superior
fixação do ligamento conoide, a parte medial do ligamento coracoclavicular, pelo
formam o esqueleto apendicular superior.
qual o restante do membro superior é suspenso passivamente da clavícula.
 O esqueleto apendicular superior articula-se com o esqueleto axial apenas na
articulação esternoclavicular, o que contribui para sua grande mobilidade.  Além disso, perto da extremidade acromial da clavícula está a linha trapezóidea,
 As clavículas e as escápulas do cíngulo do membro superior são sustentadas, à qual se fixa o ligamento trapezoide, a parte lateral do ligamento
estabilizadas e movimentadas por Músculos toracoapendiculares que se fixam às coracoclavicular.
costelas, ao esterno e às vértebras, ossos  O sulco do músculo subclávio no terço medial do corpo da clavícula é o local de
 relativamente fixos do esqueleto axial. fixação do músculo subclávio.
 Em posição mais medial está a impressão do ligamento costoclavicular, uma área
CLAVÍCULA
oval, rugosa e geralmente deprimida à qual está fixado o ligamento que une a
 Une o membro superior ao tronco. costela I à clavícula, limitando a elevação do ombro.
 A metade medial é convexa anteriormente, e a extremidade external é alargada e
ESCÁPULA
triangular no local de articulação com o manúbrio do externo na articulação
esternoclavicular (EC).  Osso plano triangular situado na face posterolateral do tórax, superposta às 2ª a
 A metade lateral é côncava anteriormente, e a extremidade acromial é plana no 7ª costelas.
local de articulação com o acrômio da escapula na articulação acromioclavicular  A face posterior convexa da escápula é dividida de modo desigual por uma crista
(AC). óssea espessa, a espinha da escápula, que se projeta para o interior de uma
 Os 2/3 mediais do corpo da clavícula são convexos anteriormente, enquanto o pequena fossa supraespinal e uma fossa infraespinal muito maior.
terço lateral é achatado e côncavo anteriormente.  A face costal côncava da maior parte da escápula forma uma da maior parte da
 A clavícula: escápula forma uma grande fossa subescapular.
o Atua como suporte rígido e móvel, semelhante a um guindaste, que suspende a  As faces ósseas largas das 3 fossas servem como local de fixação dos músculos
escápula e o membro livre, mantendo-os afastados do tronco, de modo que o carnosos.
membro tenha máxima liberdade de movimento.  O corpo da escápula é triangular, fino e translúcido acima e abaixo da espinha da
o Forma um dos limites ósseos do canal cervicoaxilar (passagem entre o pescoço escápula, embora suas margens, em especial a lateral, sejam um pouco mais
e o braço), protegendo o feixe neurovascular que supre o membro superior. espessas.
o Transmite choques (impactos traumáticos) do membro superior para o  A espinha continua lateralmente como o acrômio plano e expandido, que forma o
esqueleto axial. ponto subcutâneo do ombro e articula-se com a extremidade acromial da
 A clavícula não tem cavidade medular. clavícula.
 Consiste em osso esponjoso (trabecular) com revestimento de osso compacto.  O tubérculo deltoide da espinha da escápula é a proeminência que indica o ponto
 A face superior da clavícula, situada logo abaixo da pele e do músculo platisma na medial de fixação do músculo deltoide.
tela subcutânea, é lisa.
 A espinha e o acrômio atuam como alavancas para os músculos neles fixados,  A margem superior é a mais fina e mais curta das três.
sobretudo o trapézio.  A escápula tem movimento considerável sobre a parede torácida na articulação
 A articulação AC situa-se lateralmente à massa da escápula e aos músculos a ela escapulotorácica fisiológica, servindo como base a partir da qual se movimenta o
fixados. membro superior.
 A articulação do ombro na qual esses músculos atuam está situada quase
diretamente inferior à articulação AC; assim, a massa escapular apresenta-se em ÚMERO
equilíbrio com a massa do membro livre, e a estrutura suspensória (ligamento
 O úmero, o maior osso do membro superior, articula-se com a escápula na
coracoclavicular) situa-se entre as duas massas. articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo.
 Na região súperolateral, a face da escápula tem uma cavidade glenoidal, que  A extremidade proximal do úmero tem cabela, colos cirúrgico e anatômico, e
recebe e articula-se com a cabeça do úmero na articulação do ombro.
tubérculos maior e menor.
 A cavidade glenoidal é uma fossa oval, côncava, rasa, voltada em direção
 A cabeça do úmero é esférica e articula-se com a cavidade glenoidal da escápula.
anterolateral e ligeiramente superior – bem menor do que a esfera (cabeça do
 O colo anatômico do [úmero é formado pelo sulco que circunscreve a cabeça e a
úmero) que recebe.
separa dos tubérculos maior e menor.
 O processo coracoide é semelhante a um bico e se situa acima da cavidade
 Indica linha de fixação da cápsula articular do ombro.
glenoidal, projetando-se em direção anterolateral.
 O colo cirúrgico do úmero, um local comum de fratura, é a parte estreita distal à
 Esse processo também se assemelha em tamanho, formato e direção a um dedo
cabeça e aos tubérculos.
curvado apontando para o ombro, cuja dobra é o local de fixação inferior do
 A junção da cabeça e do colo com o corpo do úmero é indicada pelos tubérculos
ligamento coracoclavicular, que faz a sustentação passiva.
maior e menor, que são o local de fixação e alavanca para alguns músculos
 A escápula te margens e ângulos superior, lateral e inferior.
escapuloumerais.
 Quando o corpo da escápula está em posição anatômica, a fina margem medial
 O tubérculo maior está na margem lateral do úmero, enquanto o tubérculo
da escápula segue paralelamente aos processos espinhosos das vértebras
menor projeta-se anteriormente do osso.
torácicas e cerca de 5 cm lateral a eles; portanto, muitas vez é chamada de
 O sulco intertubercular separa os tubérculos e protege a passagem do tendão
margem vertebral.
delgado da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
 A partir do ângulo inferior, a margem lateral da escápula segue em direção
 O corpo do úmero tem dois pontos de referência proeminentes: a tuberosidade
súperolateral rumo ao ápice da axila; portanto, muitas vezes é chamada de
para o músculo deltoide lateralmente, onde se fixa o músculo deltoide, e o sulco
margem axilar.
do nervo radial oblíquo posteriormente, no qual seguem o nervo radial e a artéria
 A margem lateral é formada por uma barra espessa de osso que impede a
braquial profunda quando passam anteriormente à cabeça longa e entre as
deformação dessa região de tensão da escápula.
cabeças medial e lateral do músculo tríceps braquial.
 A margem lateral termina no ângulo lateral da escápula truncado, a parte mais
 A extremidade inferior do corpo do úmero alarga-se quando se formam as cristas
espessa do osso, que tem a cabeça da escápula alargada.
supraepicondilares medial e lateral e depois termina distalmente no epicôndilo
 A cavidade glenoidal é o principal ponto de referência da cabeça. medial, que é bastante proeminente, e no epicôndio lateral, locais de fixação
 A constrição rasa entre cabeça e o corpo define o colo da escápula. muscular.
 A margem superior da escápula é marcada perto da junção de seus dois terços  A extremidade distal do úmero – que inclui a tróclea; o capítulo; e as fossas
médios com o terço lateral pela incisura da escápula, que está localizada no olecrano, coronóidea e radial – forma o côndilo do úmero.
ponto onde a margem superior se une à base do processo coracoide.
 O côndilo tem duas faces articulares: um capítulo lateral, para articulação com a separado: a parte clavicular flete o úmero, e a parte esternocostal estende-o a
cabeça do rádio, e uma tróclea medial, em forma de carretel ou polia, para partir da posição fletida.
articulação com a extremidade proximal (incisura troclear) da ulna.  Para testar a parte clavicular do músculo peitoral maior, o braço é abduzido
 Há duas cavidades ou fossas de costas uma para a outra, superiormente à 90° e o indivíduo movimenta o braço anteriormente contra resistência. É
troclea, o que torna o côndilo muito fino entre os epicôndilos. possível ver e palpar a parte clavicular quando sua função é normal.
 Anteriormente, a fossa coronóidea recebe o processo coronoide da ulna durante  Para testar a parte esternocostal do músculo peitoral maior, o braço é
a flexão completa do cotovelo. abduzido 60° e então aduzido contra resistência. É possível ver e palpar a
 Posteriormente, a fossa do olecrano recebe o olecrano da ulna durante a parte esternocostal quando sua função é normal.
extensão total do cotovelo.
 Acima do capítulo do úmero anteriormente, uma fossa radial mais rasa recebe a
 O músculo subclávio tem posição quase horizontal quando o braço está em
margem da cabeça do rádio durante a flexão total do antebraço.
posição anatômica. Este músculo pequeno e redondo está localizado
inferiormente à clavícula e garante alguma proteção para os vasos subclávios e
o tronco superior do plexo braquial se houver fratura da clavícula.
 O músculo subclávio fixa e deprime a clavícula, estabilizando-a durante
movimentos do membro superior. Também ajuda a resistir à tendência de
luxação da clavícula na articulação esternoclavicular — por exemplo, ao puxar
com força durante uma brincadeira de cabo de guerra.
 O músculo peitoral menor situa-se na parede anterior da axila, onde é quase
MÚSCULOS totalmente coberto pelo músculo peitoral maior, que é muito mais amplo.
REGIÕES PEITORAL E ESCAPULAR  O músculo peitoral menor tem formato triangular: a base (fixação proximal) é
formada por alças carnosas fixadas às extremidades anteriores das costelas III
 Mm. TORACOAPENDICULARES ANTERIORES: São 4 músculos, da região a V, perto de suas cartilagens costais; o ápice (fixação distal) está situado no
peitoral que participam no movimento do cíngulo do membro superior: processo coracoide da escápula. As variações nas fixações costais do músculo
(1) Peitoral Maior. são comuns.
(2) Peitoral Menor.  O músculo peitoral menor estabiliza a escápula e é usado ao estender o
(3) Subclávio. membro superior para a frente para tocar um objeto que esteja um pouco
(4) Serrátil anterior além do alcance. O músculo peitoral menor também ajuda a elevar as costelas
 O músculo peitoral maior é grande, tem forma de leque, cobre a parte para inspiração profunda quando o cíngulo do membro superior está fixo ou
superior do tórax e compreende as partes clavicular e esternocostal.. elevado.
 A parte esternocostal é muito maior e sua margem lateral forma a massa
muscular que constitui a maior parte da parede anterior da axila.  O músculo serrátil anterior situa-se sobre a parte lateral do tórax e forma a
 As duas partes do músculo peitoral maior, que efetuam poderosa adução e parede medial da axila. As alças musculares seguem em sentido posterior e
rotação medial do braço quando agem juntas, também podem agir em
depois medial para se fixarem a toda a extensão da face anterior da margem  Mm. TORACOAPENDICULARES POSTERIORES E ESCAPULOUMERAIS: são
medial da escápula, inclusive seu ângulo inferior. divididos em superficiais, profundos (ambos extrínsecos do ombro) e
 O serrátil anterior é um dos mais poderosos músculos do cíngulo do membro escapuloumerais (intrínsecos do ombro).
superior. É um forte protrator da escápula, usado ao socar ou estender o  São os superficiais: Trapézio e Latíssimo de Dorso.
braço anteriormente (às vezes é chamado de “músculo do boxeador”).  São os Profundos: Levantador da Escápula e Romboides
 A parte inferior forte do músculo serrátil anterior roda a escápula, elevando  São os Escapuloumerais: Deltoide, Redondo Maior e os 4 Mm. Do Manguito
sua cavidade glenoidal de forma que o braço possa ser levantado acima do rotador (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular)
ombro. Também fixa a escápula, mantendo-a bem junto da parede torácica, o
que permite que outros músculos usem-na como osso fixo para movimentos  O músculo trapézio é um local de fixação direta do cíngulo do membro
do úmero. superior ao tronco. Esse grande músculo triangular cobre a face posterior do
 O músculo serrátil anterior mantém a escápula contra a parede torácica pescoço e a metade superior do tronco.
durante exercícios de flexão ou ao fazer força contra resistência (p. ex.,  O músculo trapézio fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna
empurrar um carro). vertebral e ajuda a suspender o membro superior. As fibras do músculo
 Para testar o músculo serrátil anterior (ou a função do nervo torácico longo trapézio são divididas em três partes, que têm ações diferentes na articulação
que o supre), o membro é estendido e a mão é empurrada contra uma parede. escapulotorácica fisiológica existente entre a escápula e a parede torácica:
o As fibras descendentes (superiores) elevam a escápula (p. ex., ao
aprumar os ombros).
o As fibras médias (transversas) retraem a escápula (i. e., puxam-na
posteriormente).
o As fibras ascendentes (inferiores) deprimem a escápula e abaixam
o ombro.
 As fibras descendentes e ascendentes do músculo trapézio atuam juntas na
rotação da escápula sobre a parede torácica em diferentes direções, girando-a
como uma porca borboleta.
 O músculo trapézio também fixa os ombros, puxando as escápulas posterior e
superiormente, fixando-as sobre a parede torácica mediante contração tônica;
É possível ver e palpar várias digitações do músculo
consequentemente, a fraqueza desse músculo causa queda dos ombros.
quando a função é normal.
 O Latíssimo do dorso é grande músculo em forma de leque segue do
tronco até o úmero, tem ação direta sobre a articulação do ombro e ação
indireta sobre o cíngulo do membro superior (articulação
escapulotorácica).
 O músculo latíssimo do dorso estende, retrai e roda o úmero  Fiel ao seu nome, o músculo levantador da escápula atua com a parte
medialmente (p. ex., ao fletir os braços atrás das costas ou coçar a pele descendente do músculo trapézio para elevar ou fixar a escápula (resiste às
sobre a escápula oposta). forças que a deprimiriam, como ao carregar um peso).
 Junto com o músculo peitoral maior, o músculo latíssimo do dorso é um  Em conjunto com os músculos romboides e peitoral menor, roda a escápula,
poderoso adutor do úmero, e tem um papel importante na rotação da deprimindo a cavidade glenoidal (inclinando-a inferiormente por meio de
escápula para baixo em associação com esse movimento. rotação da escápula). A ação bilateral (também com o músculo trapézio) dos
 Também é útil para reconduzir o membro superior à posição normal após músculos levantadores estende o pescoço; a ação unilateral pode contribuir
abdução superior ao ombro; portanto, o músculo latíssimo do dorso é para a flexão lateral do pescoço (em direção ao lado do músculo ativo).
importante na escalada.
 Junto com o músculo peitoral maior, o músculo latíssimo do dorso eleva o  Os músculos romboides (maior e menor), que nem sempre estão bem
tronco até o braço, o que ocorre ao realizar exercícios na barra (levantar separados um do outro, têm uma aparência romboide — isto é, formam um
o corpo até que o mento toque uma barra acima da cabeça) ou subir em paralelogramo equilátero oblíquo. Os músculos romboides situam-se
uma árvore, por exemplo. Esses movimentos também são usados ao profundamente ao músculo trapézio e formam faixas paralelas largas que
cortar lenha, remar em uma canoa e nadar (sobretudo no estilo crawl). seguem em direção inferolateral, das vértebras até a margem medial da
escápula.
 O músculo romboide maior, fino e plano, é cerca de duas vezes mais largo do
que o músculo romboide menor, mais espesso e situado superiormente ao
músculo romboide maior.
 Os músculos romboides retraem e giram a escápula, deprimindo sua cavidade
glenoidal. Também ajudam o músculo serrátil anterior a manter a escápula
contra a parede torácica e a fixar a escápula durante movimentos do membro
superior.
 Os músculos romboides são usados ao forçar o abaixamento dos membros
superiores elevados (p. ex., ao pregar uma estaca com uma marreta).
 Os seis músculos escapuloumerais são relativamente curtos que vão da
escápula até o úmero, e atuam sobre a articulação do ombro.

 O terço superior do músculo levantador da escápula, que se assemelha a uma


fita, situa-se profundamente ao músculo esternocleidomastóideo; o terço
inferior situa-se profundamente ao músculo trapézio.
 As fibras do músculo levantador da escápula seguem inferiormente, desde os
processos transversos das vértebras cervicais superiores até a margem
superomedial da escápula.
 O músculo deltoide é espesso, forte, com textura grosseira, que cobre o  Também ajuda a estendê-lo a partir da posição fletida e é um importante
ombro e forma seu contorno arredondado. estabilizador da cabeça do úmero na cavidade glenoidal — isto é, estabiliza a
 Como indica seu nome, o músculo deltoide tem o formato semelhante ao da cabeça em seu encaixe.
letra grega delta (Δ) invertida.
 O músculo é dividido em partes semipeniformes anterior e posterior e uma
parte média multipeniforme. As partes do músculo deltoide podem agir
separadamente ou juntas. A contração simultânea das três partes abduz o
braço. As partes anterior e posterior atuam como cordas que estabilizam o
braço durante a abdução.
 No início do movimento, durante os primeiros 15° de abdução, o músculo
deltoide é auxiliado pelo músculo supraespinal. Quando o braço está em
adução completa, a linha de tração do músculo deltoide coincide com o eixo
do úmero; assim, puxa o osso diretamente para cima e não consegue iniciar ou
 Quatro dos músculos escapuloumerais (próprios do ombro) —
efetuar a abdução.
supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular (músculos
 Mas é capaz de atuar como músculo direcional, impedindo que a cabeça do
SIRS) — são denominados músculos do manguito rotador porque formam
úmero seja deslocada para baixo e saia da cavidade glenoidal, como ao
um manguito rotador musculotendíneo ao redor da articulação do
levantar e carregar malas.
ombro.
 A partir da posição de adução completa, a abdução deve ser iniciada pelo
 Todos, com exceção do músculo supraespinal, são rotadores do úmero; o
músculo supraespinal, ou por inclinação para o lado, permitindo que a
músculo supraespinal, além de fazer parte do manguito rotador, inicia e
gravidade inicie o movimento. A efetividade do músculo deltoide como
auxilia o músculo deltoide nos primeiros 15° de abdução do braço.
abdutor é plena após os 15° iniciais de abdução.
 Os tendões dos músculos do manguito rotador fundem-se e reforçam a
 As partes anterior e posterior dos músculos deltoides são usadas para balançar
lâmina fibrosa da cápsula articular da articulação do ombro, assim
os membros durante a marcha. A parte anterior ajuda o músculo peitoral
formando o manguito rotador que protege e estabiliza a articulação.
maior a fletir o braço, e a parte posterior ajuda o músculo latíssimo do dorso a
 A contração tônica dos músculos colaboradores mantém a cabeça do
estender o braço. O músculo deltoide também ajuda a estabilizar a articulação
úmero, que é relativamente grande, na pequena e rasa cavidade
do ombro e mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante os
glenoidal da escápula durante os movimentos do braço.
movimentos do membro superior.

 O músculo supraespinal ocupa a fossa supraespinal da escápula. Uma


 O músculo redondo maior é espesso e arredondado e segue lateralmente a
bolsa separa esse músculo do quarto lateral da fossa.
partir do terço inferolateral da escápula.
 Para testar o músculo supraespinal, procura-se efetuar a abdução do
 A margem inferior do músculo redondo maior forma a margem inferior da
braço contra resistência a partir da posição de adução total, enquanto se
parte lateral da parede posterior da axila. O músculo redondo maior efetua a
palpa o músculo superiormente à espinha da escápula.
adução e rotação medial do braço.
 Músculo infraespinal. O músculo infraespinal ocupa os três quartos MÚSCULOS DO BRAÇO
mediais da fossa infraespinal e é parcialmente coberto pelos músculos
deltoide e trapézio. Além de ajudar a estabilizar a articulação do ombro, o  Dos quatro principais músculos do braço, três flexores (Mm. bíceps braquial,
músculo infraespinal é um poderoso rotador lateral do úmero. braquial e coracobraquial) estão no compartimento anterior (flexor), supridos
pelo nervo musculocutâneo.
 O músculo redondo menor é estreito e alongado, completamente oculto  E um extensor (tríceps braquial) está no compartimento posterior, suprido
pelo músculo deltoide e, muitas vezes, não é bem delimitado do músculo pelo nervo radial. O músculo ancôneo, um auxiliar do músculo tríceps braquial
infraespinal. posicionado distalmente, também está no compartimento posterior.
 O músculo redondo menor atua com o músculo infraespinal para efetuar a  Os músculos flexores do compartimento anterior são quase duas vezes mais
fortes do que os extensores em todas as posições; consequentemente, somos
rotação lateral do braço e ajudar em sua adução. O músculo redondo menor é
distinguido mais claramente do músculo infraespinal por sua inervação. O melhores na tarefa de puxar do que na de empurrar. Deve-se notar, porém,
músculo redondo menor é suprido pelo nervo axilar, enquanto o músculo que os extensores do cotovelo são muito importantes para se levantar de uma
infraespinal é suprido pelo nervo supraescapular. cadeira e para manobrar uma cadeira de rodas.
 Portanto, o condicionamento do músculo tríceps braquial é especialmente
 Músculo subescapular. O músculo subescapular é espesso e triangular, está importante em pessoas idosas ou incapacitadas.
situado na face costal da escápula e forma parte da parede posterior da axila.
Cruza a face anterior da articulação escapuloumeral em seu trajeto até o  Como indica o termo bíceps braquial, a fixação proximal desse músculo
úmero. O músculo subescapular é fusiforme geralmente tem duas cabeças. As duas cabeças do músculo bíceps
o principal rotador medial do braço braquial originam-se na região proximal por fixações tendíneas aos processos
e também o aduz. Une-se aos da escápula, e seus ventres carnosos unem-se imediatamente distais à parte
outros músculos do manguito média do antebraço.
rotador para manter a cabeça do  Cerca de 10% das pessoas têm uma terceira cabeça no músculo bíceps
úmero na cavidade glenoidal braquial. Quando presente, a terceira cabeça origina-se da parte superomedial
durante todos os movimentos da do músculo braquial (à qual está fundida), estando em geral situada
articulação do ombro. posteriormente à artéria braquial. Qualquer que seja a situação existe um
único tendão do músculo bíceps braquial distal, que se fixa principalmente ao
rádio.
 Embora o músculo bíceps braquial esteja localizado no compartimento
anterior do braço, não se fixa ao úmero. O músculo bíceps braquial é um
“triarticular”, que cruza e é capaz de realizar movimento nas articulações do
ombro, cotovelo e radiulnar, embora atue principalmente nas duas últimas.
 Sua ação e efetividade são muito influenciadas pela posição do cotovelo e
antebraço.
 Quando o cotovelo está estendido, o músculo bíceps braquial é um flexor sobre a tuberosidade do rádio durante a pronação e a supinação do
simples do antebraço; entretanto, quando a flexão do cotovelo aproxima-se antebraço.
de 90° e necessita-se de mais força contra resistência, o músculo bíceps
braquial é capaz de realizar dois movimentos vigorosos, dependendo da  O músculo braquial é fusiforme e achatado e está situado posterior
posição do antebraço. (profundamente) ao músculo bíceps braquial. A fixação distal cobre a parte
 Quando o cotovelo está fletido a cerca de 90° e o antebraço está em anterior da articulação do cotovelo. O músculo braquial é o principal flexor do
supinação, o músculo bíceps braquial é mais eficiente na produção de flexão. antebraço.
Por outro lado, quando o antebraço está em pronação, o músculo bíceps  É o único flexor puro, sendo responsável pela maior parte da força de flexão.
braquial é o principal (mais forte) supinador do antebraço. Por exemplo, é Flete o antebraço em todas as posições, não sendo afetado pela pronação
usado quando pessoas destras colocam um parafuso na madeira dura e ao nem pela supinação; durante movimentos lentos e rápidos; e na presença ou
introduzir um saca-rolhas e retirar a rolha de uma garrafa de vinho. ausência de resistência.
 O músculo bíceps braquial quase não atua como flexor quando o antebraço  Quando o antebraço é estendido lentamente, o músculo braquial estabiliza o
está em pronação, mesmo contra resistência. Na posição de semidecúbito movimento por meio de relaxamento lento — isto é, contração excêntrica (é
ventral, é ativo apenas contra resistência. usado ao pegar e deixar uma xícara de chá com cuidado, por exemplo).
 O tendão arredondado da cabeça longa do músculo bíceps braquial, que se  O músculo braquial sempre se contrai quando o cotovelo é fletido e é o
origina do tubérculo supraglenoidal da escápula e cruza a cabeça do úmero principal responsável pela manutenção da posição fletida. Em vista de seu
dentro da cavidade da articulação do ombro, continua a ser circundado pela papel importante e quase constante, é considerado o carro-chefe dos flexores
membrana sinovial enquanto desce no sulco intertubercular do úmero. Uma do cotovelo.
faixa larga, o ligamento transverso do úmero, segue do tubérculo menor até o  Para testar o músculo braquial, o antebraço é colocado em semipronação e
tubérculo maior do úmero e converte o sulco intertubercular em um canal. O fletido contra resistência. É possível ver e palpar o músculo quando sua função
ligamento mantém o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial no é normal.
sulco.
 Na parte distal, a principal fixação do músculo bíceps braquial é à  O músculo coracobraquial é alongado na parte superomedial do braço. É um
tuberosidade do rádio, pelo tendão desse músculo. Entretanto, uma faixa ponto de referência útil para localização de outras estruturas no braço. Por
membranácea triangular, denominada aponeurose do músculo bíceps exemplo, é perfurado pelo nervo musculocutâneo e a parte distal de sua
braquial, parte do tendão do músculo bíceps braquial, atravessa a fossa cubital fixação indica a localização do forame nutrício do úmero.
e funde-se à fáscia do antebraço (muscular), cobrindo os músculos flexores na  O músculo coracobraquial ajuda a fletir e aduzir o braço e a estabilizar a
face medial do antebraço. Fixa-se indiretamente por meio da fáscia à margem articulação do ombro. Com o músculo deltoide e a cabeça longa do músculo
subcutânea da ulna. A parte proximal da aponeurose pode ser palpada com tríceps braquial, atua como um músculo direcional, resistindo à luxação da
facilidade quando segue obliquamente sobre a artéria braquial e o nervo cabeça do úmero para baixo, como ao carregar a mala pesada. O nervo
mediano. A aponeurose protege essas e outras estruturas na fossa cubital. mediano e/ou a artéria braquial podem seguir profundamente ao músculo
Também ajuda a reduzir a pressão do tendão do músculo bíceps braquial coracobraquial e serem comprimidos por ele.
 O músculo tríceps braquial é grande e fusiforme e está localizado no
compartimento posterior do braço. Como indica o nome, o músculo tríceps
braquial tem três cabeças: longa, lateral e medial. O músculo tríceps braquial é
o principal extensor do antebraço.
 Como a cabeça longa cruza a articulação do ombro, o músculo tríceps braquial
ajuda a estabilizar a articulação do ombro aduzida, servindo como músculo
VASCULARIZAÇÃO DO BRAÇO
direcional e resistindo ao deslocamento inferior da cabeça do úmero. A cabeça
longa também ajuda na extensão e adução do braço, mas é a menos ativa.  A artéria braquial é responsável pela irrigação arterial principal do braço e é a
 A cabeça medial é o carro-chefe da extensão do braço, ativa em todas as continuação da artéria axilar.
velocidades e na presença ou ausência de resistência.  Começa na margem inferior do músculo redondo maior e termina na fossa
 A cabeça curta é mais forte, porém é recrutada principalmente na atividade cubital, diante do colo do rádio, onde, sob o revestimento da aponeurose do
músculo bíceps braquial, divide-se nas artérias radial e ulnar.
contra resistência. A pronação e a supinação do antebraço não afetam a
 A artéria braquial, relativamente superficial e palpável em todo o seu trajeto,
operação do músculo tríceps braquial. Imediatamente proximal à fixação distal situa-se anteriormente aos músculos tríceps braquial e braquial.
deste músculo há uma bolsa subtendínea do músculo tríceps braquial,  No início situa-se medialmente ao úmero, onde suas pulsações são palpáveis
redutora de atrito, entre o tendão do músculo tríceps braquial e o olécrano. no sulco bicipital medial.
 Em seguida, passa anteriormente à crista supraepicondilar medial e tróclea do
 O músculo ancôneo é pequeno, triangular e situado na face posterolateral do úmero.
cotovelo; em geral, apresenta-se parcialmente fundido ao músculo tríceps  No trajeto inferolateral, a artéria braquial acompanha o nervo mediano, que
cruza anteriormente à artéria.
braquial. O músculo ancôneo ajuda o tríceps braquial a estender o antebraço e
 Durante o trajeto no braço, a artéria braquial dá origem a muitos ramos
tensiona a cápsula da articulação do cotovelo, evitando que seja pinçada
musculares não nomeados e à artéria nutrícia do úmero, que se origina de sua
durante a face lateral. Os ramos musculares anônimos costumam ser omitidos das
extensão. Também ilustrações, mas são visíveis durante a dissecção.
abduz a ulna  Os principais ramos nomeados da artéria braquial originados de sua face
durante a medial são a artéria braquial profunda e as artérias colaterais ulnares superior
pronação do e inferior.
antebraço.  As artérias colaterais ajudam a formar as anastomoses arteriais periarticulares
da região do cotovelo.
 Outras artérias participantes são ramos recorrentes, às vezes duplos, das
artérias radial, ulnar e interóssea, que seguem superior, anterior e
posteriormente à articulação do cotovelo. Essas artérias anastomosam-se aos
ramos articulares descendentes da artéria braquial profunda e às artérias
colaterais ulnares.
ARTÉRIA BRAQUIAL PROFUNDA
 A artéria braquial profunda é o maior ramo da artéria braquial e tem a origem
mais alta. A artéria braquial profunda acompanha o nervo radial ao longo do
sulco radial enquanto segue posteriormente ao redor do corpo do úmero basílica para formar a veia axilar Não raramente, as veias profundas unem-se
(Figuras 6.50 e 6.53). A artéria braquial profunda termina dividindo-se em para formar uma veia braquial durante parte de seu trajeto.
artérias colaterais média e radial, que participam das anastomoses
periarticulares do cotovelo  NERVOS
ARTÉRIA NUTRÍCIA DO ÚMERO Quatro nervos principais atravessam o braço: mediano, ulnar, musculocutâneo e
 A principal artéria nutrícia do úmero origina-se da artéria braquial no meio do radial. Suas origens se dão no plexo braquial Os nervos mediano e ulnar não
braço e entra no canal nutrício na face anteromedial do úmero. A artéria enviam ramos para o braço.
segue distalmente no canal em direção ao cotovelo. Também existem outras NERVO MUSCULOCUTÂNEO
artérias nutrícias menores do úmero.  O nervo musculocutâneo começa oposto à margem inferior do músculo
ARTÉRIA COLATERAL ULNAR SUPERIOR peitoral menor, perfura o músculo coracobraquial, e continua distalmente
 A artéria colateral ulnar superior origina-se da face medial da artéria braquial, entre os músculos bíceps braquial e o braquial.
perto do meio do braço, e acompanha o nervo ulnar posteriormente ao  Após suprir os três músculos do compartimento anterior do braço, o nervo
epicôndilo medial do úmero (Figuras 6.47A e 6.51). Aqui se anastomosa com a musculocutâneo emerge lateralmente ao músculo bíceps braquial como o
artéria recorrente ulnar posterior e a artéria colateral ulnar inferior, nervo cutâneo lateral do antebraço. Torna-se realmente subcutâneo quando
participando das anastomoses arteriais periarticulares do cotovelo. perfura a fáscia muscular proximal à fossa cubital para seguir inicialmente com
ARTÉRIA COLATERAL ULNAR INFERIOR a veia cefálica na tela subcutânea.
 A artéria colateral ulnar inferior origina-se da artéria braquial cerca de 5 cm  Após cruzar a face anterior do cotovelo, continua a suprir a pele da face lateral
proximal à prega do cotovelo. Depois, segue inferomedialmente anterior ao do antebraço.
epicôndilo medial do úmero e se une às anastomoses arteriais periarticulares NERVO RADIAL
da região do cotovelo, anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar  O nervo radial no braço supre todos os músculos no compartimento posterior
anterior. do braço (e antebraço).
 O nervo radial entra no braço posteriormente à artéria braquial, medialmente
VEIAS ao úmero e anteriormente à cabeça longa do músculo tríceps braquial, onde
 Dois grupos de veias do braço, superficiais e profundas, anastomosam-se emite ramos para as cabeças longa e medial deste músculo.
livremente entre si. As veias superficiais estão situadas na tela subcutânea, e  A seguir, o nervo radial desce inferolateralmente com a artéria braquial
as veias profundas acompanham as artérias. Os dois grupos de veias têm profunda e segue ao redor do corpo do úmero no sulco radial. O ramo do
válvulas, mas estas são mais numerosas nas veias profundas do que nas veias nervo radial para a cabeça curta do músculo tríceps braquial origina-se no
superficiais. sulco radial. Quando chega à margem lateral do úmero, o nervo radial perfura
VEIAS SUPERFICIAIS o septo intermuscular lateral e continua inferiormente no compartimento
 As duas principais veias superficiais do braço, as veias cefálica e basílica. anterior do braço entre os músculos braquial e braquiorradial até o nível do
VEIAS PROFUNDAS epicôndilo lateral do úmero.
 As veias profundas pareadas, que coletivamente formam a veia braquial,  Anteriormente ao epicôndilo lateral, o nervo radial divide-se em ramos
acompanham a artéria braquial. Suas conexões frequentes compreendem a profundo e superficial.
artéria, e formam uma rede anastomótica em uma bainha vascular comum. As  A distribuição do ramo profundo do nervo radial é totalmente muscular e
pulsações da artéria braquial ajudam a deslocar o sangue através dessa rede articular A distribuição do ramo superficial do nervo radial é totalmente
venosa. A veia braquial começa no cotovelo pela união das veias cutânea, sendo responsável pela sensibilidade do dorso da mão e dos dedos.
acompanhantes das artérias ulnar e radial e termina fundindo-se com a veia NERVO MEDIANO
 O nervo mediano no braço segue distalmente na face lateral da artéria ainda de absorver toxinas e metais pesados, minimizando assim seus
braquial até chegar ao meio do braço, onde cruza a face medial e toca o efeitos adversos em outros tecidos.
músculo braquial.  O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por
 A seguir, o nervo mediano desce até a fossa cubital, onde se situa células e material extracelular calcificado, a matriz óssea.
profundamente à aponeurose do músculo bíceps braquial e à veia cubital  As células são: os osteócitos, que se situam em cavidades ou lacunas no
mediana. interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da
 O nervo mediano não tem ramos na axila nem no braço, mas envia ramos matriz e localizam-se na sua periferia; e os osteoclastos, células gigantes,
articulares para a articulação do cotovelo. móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando
NERVO ULNAR dos processos de remodelação dos ossos.
 O nervo ulnar no braço segue distalmente a partir da axila, anteriormente à  Como não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do
inserção do músculo redondo maior até a cabeça longa do músculo tríceps osso, a nutrição dos osteócitos depende de canalículos que existem na
braquial, na face medial da artéria braquial (Figura 6.47). Na altura do meio do matriz  possibilitam as trocas de moléculas e íons entre os capilares
braço perfura o septo intermuscular medial com a artéria colateral ulnar sanguíneos e os osteócitos.
superior e desce entre o septo e a cabeça medial do músculo tríceps braquial.  Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por
 O nervo ulnar passa atrás do epicôndilo medial e medialmente ao olécrano até membranas conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e
entrar no antebraço. o endósteo, respectivamente.
 Posteriormente ao epicôndilo medial, onde é conhecido pelos leigos como a  A matriz mineralizada torna o tecido ósseo difícil de ser cortado.
parte do cotovelo que causa uma sensação de choque após um golpe, o nervo
ulnar é superficial, facilmente palpável e vulnerável à lesão. Como o nervo CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO
mediano, o nervo ulnar não tem ramos no braço, mas também envia ramos Osteócitos
articulares para a articulação do cotovelo.  São as células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as
lacunas das quais partem canalículos.
 Cada lacuna contém apenas um osteócito.
OBETIVO 2: IDENTIFICAR OS TIPOS DE OSSOS E SUA HISTOLOGIA  Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem
contatos por meio de junções comunicantes, por onde podem passar
FONTE: Histologia básica – Junqueira e Carneiro (12º edição) pequenas moléculas e íons de um osteócito para o outro.
 São células achatadas, que exibem pequena quantidade de retículo
INTRODUÇÃO
endoplasmático granuloso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e
 O tecido ósseo é o componente principal do esqueleto, serve de suporte núcleo com cromatina condensada.
para os tecidos moles e protege órgãos vitais, como os contidos nas
 Embora essas características ultraestruturais indiquem pequena atividade
caixas craniana e torácica ou no canal raquidiano.
sintética, os osteócitos são essenciais para a manutenção da matriz óssea.
 Aloja e protege a medula óssea e proporciona apoio aos músculos
 Sua morte é seguida por reabsorção da matriz.
esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis, e
Osteoblastos
constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na
 São as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1,
contração muscular.
proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea.
 Os ossos funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros íons,
 Sintetizam também osteonectina (facilita a deposição de cálcio) e
armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada, para manter
osteocalcina (estimula a atividade dos osteoblastos).
constante a concentração desses íons nos líquidos corporais. São capazes
o Como parte da osteocalcina produzida é transportada pelo  Os cristais que se formam pelo cálcio e o fósforo têm a estrutura da
sangue, atua tanto nos osteoblastos locais como nos localizados à hidroxiapatita, com a seguinte composição: Ca10(PO4)6(OH)2.
distância.  Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita são hidratados, existindo,
 São capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da portanto, uma camada de água e íons em volta do cristal  denominada
mineralização da matriz. capa de hidratação, e facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido
 Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo intersticial.
que lembra um epitélio simples.  Os cristais de matriz óssea mostram imperfeições e não são exatamente
 Quando em intensa atividade sintética, são cuboides, com citoplasma iguais à hidroxiapatita que se encontra nos minerais das rochas.
muito basófilo.  A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%)
 Em contrapartida, em estado pouco ativo, tornam-se achatados e a constituídas de colágeno do tipo I e por pequena quantidade de
basofilia citoplasmática diminui. proteoglicanos e glicoproteínas.
 Uma vez aprisionado pela matriz recém -sintetizada, o osteoblasto passa o As glicoproteínas do osso podem ter alguma participação na
a ser chamado de osteócito. mineralização da matriz  Outros tecidos ricos em colágeno tipo
 A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus I, mas que não contêm essas glicoproteínas, normalmente não se
prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos. calcificam.
 Os osteoblastos em fase de síntese mostram as características  Em virtude de sua riqueza em fibras colágenas, a matriz óssea
ultraestruturais das células produtoras de proteínas. descalcificada cora-se pelos corantes seletivos do colágeno.
 A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que  A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela
não está ainda calcificada, recebe o nome de osteoide. rigidez e resistência do tecido ósseo.
Osteoclastos  Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém
 São células móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas tornam-se tão flexíveis quanto os tendões.
muito irregulares, com forma e espessura variáveis.  A destruição da parte orgânica, que é principalmente colágeno, também
 Frequentemente, nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que
porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz dificilmente pode ser manipulado sem se partir.
escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de
Howsh ip. PERIÓSTEO E ENDÓSTEO
 Têm citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos, fracamente  As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células
basófilo nos osteoclastos jovens e acidófilo nos maduros osteogênicas e tecido conjuntivo, que constituem o endósteo e o
 Se originam de precursores mononucleados provenientes da medula periósteo, respectivamente.
óssea que, ao contato com o tecido ósseo, unem-se para formar os  A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras
osteoclastos multinucleados. colágenas e fibroblastos.
 As fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que
MATRIZ ÓSSEA penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso.
 A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea.
 Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio. Há também TIPOS DE TECIDO ÓSSEO
bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas  Um osso é formado por partes sem cavidades visíveis, o osso compacto, e
quantidades. por partes com muitas cavidades intercomunicantes, o osso esponjoso 
classificação macroscópica e não histológica.
 O tecido compacto e os tabiques que separam as cavidades do esponjoso  O tecido ósseo secundário (lamelar) é a variedade geralmente encontrada
têm a mesma estrutura histológica básica. no adulto.
 Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso  Sua principal característica é conter fibras colágenas organizadas em
esponjoso com uma delgada camada superficial compacta. lamelas de 3 a 7 μm de espessura, que ficam paralelas umas às outras ou
 A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, com pequena se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos,
quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal formando os sistemas de Havers ou ósteons.
medular.  As lacunas que contêm osteócitos estão em geral situadas entre as
 Principalmente nos ossos longos, o osso compacto é chamado também lamelas ósseas, porém algumas vezes estão dentro delas.
de osso cortical.  Em cada lamela, as fibras colágenas são paralelas umas às outras.
 Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda a sua  Separando grupos de lamelas, ocorre frequentemente o acúmulo de uma
periferia por uma camada compacta. substância cimentante que consiste em matriz mineralizada e
 Nos ossos chatos, que constituem a abóbada craniana, existem duas pouquíssimo colágeno.
camadas de osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por  Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se organizam em arranjo típico,
osso esponjoso que, nesta localização, recebe o nome de díploe. constituindo os sistemas de Havers, os circunferenciais interno e externo
 As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos e os intermediários  esses quatro sistemas são facilmente identificáveis
longos são ocupados pela medula óssea. nos cortes transversais à diáfise.
 Histologicamente existem dois tipos de tecido ósseo contêm as mesmas  O tecido ósseo secundário que contém sistemas de Havers é
células e os mesmos constituintes da matriz. característico da diáfise dos ossos longos, embora sistemas de Havers
 O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento pequenos sejam encontrados no osso compacto de outros locais.
embrionário como na reparação das fraturas, sendo temporário e  Cada sistema de Havers ou ósteon é um cilindro longo, às vezes
substituído por tecido secundário. bifurcado, paralelo à diáfise e formado por 4 a 20 lamelas ósseas
 No tecido ósseo primário, as fibras colágenas se dispõem irregularmente, concêntricas.
sem orientação definida, porém no tecido ósseo secundário ou lamelar  No centro desse cilindro ósseo existe um canal revestido de endósteo, o
essas fibras se organizam em lamelas, que adquirem uma disposição canal de Havers, que contém vasos e nervos.
muito peculiar.  Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e
Tecido ósseo primário ou imaturo com a superfície externa de osso por meio de canais transversais ou
 Em cada osso o primeiro tecido ósseo que aparece é do tipo primário oblíquos, os canais de Volkmann.
(não lamelar), sendo substituído gradativamente por tecido ósseo lamelar  Estes se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas
ou secundário. concêntricas.
 No adulto é muito pouco frequente, persistindo apenas próximo às  Os canais de Volkmann atravessam as lamelas ósseas.
suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos  Todos os canais vasculares existentes no tecido ósseo aparecem quando a
de inserção de tendões. matriz óssea se forma ao redor dos vasos preexistentes.
 Apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização  Os sistemas de Havers mostram alternância de lamelas claras, portanto
definida, tem menor quantidade de minerais (mais facilmente penetrado anisotrópicas, e lamelas escuras, isotrópicas, porque as fibrilas colágenas
pelos raios X) e maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo são birrefringentes (dupla refração) quando incidem sobre elas um feixe
secundário. de luz polarizada.
Tecido ósseo secundário ou maduro  Esse aspecto de lamelas claras e escuras alternadas se deve ao arranjo
das fibras colágenas nas lamelas ósseas  um corte transversal, em
qualquer altura do sistema de Havers, apanha as fibras colágenas de uma  A palpação do crânio dos recém-nascidos revela áreas moles - as
lamela em corte transversal e as da lamela seguinte em corte oblíquo, fontanelas - onde as membranas conjuntivas ainda não foram
quase longitudinal. substituídas por tecido ósseo.
 Nos ossos chatos do crânio, principalmente após o nascimento, verifica-
HISTOGÊNESE se um predomínio acentuado da formação sobre a reabsorção de tecido
 O tecido ósseo é formado por um processo de ossificação ósseo nas superfícies interna e externa.
intramembranosa, que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva,  Assim, formam-se as duas tábuas de osso compacto, enquanto o centro
ou pelo processo de ossificação endocondral, o qual se inicia sobre um permanece esponjoso (díploe).
molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e substituído  A parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a
por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente. constituir o endósteo e o periósteo.
 Em ambos, o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, o qual é, Ossificação endocondral
pouco a pouco, substituído por tecido secundário ou lamelar  durante o  Tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma parecida à do
crescimento dos ossos podem-se ver, lado a lado, áreas de tecido osso que se vai formar, porém de tamanho menor.
primário, áreas de reabsorção e áreas de tecido secundário.  É o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longo.
 Uma combinação de formação e remoção de tecido ósseo persiste  Consiste essencialmente em dois processos:
durante o crescimento do osso  também ocorre no adulto, embora em  Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia dos
ritmo mais lento. condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua
Ossificação intramembranosa mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose.
 Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo.  Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são
 É o processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do
do temporal e dos maxilares superior e inferior. conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que
 Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada.
em espessura dos ossos longos.  Desse modo, aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso,
 O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se sem que ocorra a transformação deste tecido naquele; os tabiques de
centro de ossificação primária. matriz calcificada da cartilagem servem apenas de ponto de apoio à
 O processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que ossificação.
se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o A formação dos ossos longos é um processo complexo:
osteoide (matriz ainda não mineralizada), que logo se mineraliza,  O molde cartilaginoso apresenta uma parte média estreitada e as
englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. extremidades dilatadas, correspondendo, respectivamente, à diáfise e às
 Como vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de epífises do futuro osso.
ossificação, há confluência das traves ósseas formadas, conferindo ao  O primeiro tecido ósseo a aparecer no osso longo é formado por
osso um aspecto esponjoso. ossificação intramembranosa do pericôndrio que recobre a parte média
 Entre as traves formam-se cavidades que são penetradas por vasos da diáfise, formando um cilindro, o colar ósseo.
sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que darão origem  Enquanto se forma o colar ósseo, as células cartilaginosas envolvidas pelo
à medula óssea. mesmo hipertrofiam (aumentam de volume), morrem por apoptose e a
 Os vários centros de ossificação crescem radialmente, acabando por matriz da cartilagem se mineraliza.
substituir a membrana conjuntiva preexistente.  Vasos sanguíneos, partindo do periósteo, atravessam o cilindro ósseo e
penetram a cartilagem calcificada, levando consigo células
osteoprogenitoras originárias do periósteo, que proliferam e se  Na cartilagem de conjugação, começando ao lado da epífise, distinguem-
diferenciam em osteoblastos, os quais formam camadas contínuas nas se as cinco zonas:
superfícies dos tabiques cartilaginosos calcificados e iniciam a síntese da o Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem qualquer
matriz óssea que logo se mineraliza. alteração morfológica
 Forma-se, assim, tecido ósseo primário sobre os restos da cartilagem o Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na qual os
calcificada. condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas
 O centro de ossificação descrito, que aparece na parte média da diáfise, é paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido
chamado de centro primário. Seu crescimento rápido, em sentido longitudinal do osso
longitudinal, ocupa toda a diáfise, que fica, assim, formada por tecido o Zona de cartilagem hipertrófica: zona que apresenta condrócitos
ósseo. muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e
 Esse alastramento do centro primário é acompanhado pelo crescimento lipídios. A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as
do cilindro ósseo que se formou a partir do pericôndrio e que cresce células hipertróficas. Os condrócitos entram em apoptose
também na direção das epífises. o Zona de cartilagem calcificada: zona em que ocorre a
 Desde o início da formação do centro primário surgem osteoclastos e mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e
ocorre absorção do tecido ósseo formado no centro da cartilagem, termina a apoptose dos condrócitos
aparecendo, assim, o canal medular, o qual também cresce o Zona de ossificação: zona em que aparece tecido ósseo. Capilares
longitudinalmente à medida que a ossificação progride. sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo
 À medida que se forma o canal medular, células sanguíneas, originadas de invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As
células hematógenas multipotentes (células-tronco) trazidas pelo sangue células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que
dão origem à medula óssea. formam uma camada contínua sobre os restos da matriz
 As células-tronco hematógenas se fixam no microambiente do interior cartilaginosa calcificada. Sobre esses restos de matriz
dos ossos, onde vão produzir todos os tipos de células do sangue, tanto cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea.
na vida intrauterina como após o nascimento.  A matriz óssea calcifica-se e aprisiona osteoblastos, que se transformam
 Mais tarde, formam-se os centros secundários de ossificação, um em em osteócitos.
cada epífise, porém não simultaneamente.  Desse modo, formam-se as espículas ósseas, com uma parte central de
 Esses centros são semelhantes ao centro primário da diáfise, mas seu cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido ósseo primário 
crescimento é radial em vez de longitudinal. elas representam cortes de paredes delimitando cavidades alongadas.
 A porção central do osso formado nos centros secundários (nas epífises)  Não existe ainda uma hipótese para o mecanismo de calcificação que seja
também contém medula óssea. universalmente aceita.
 Quando o tecido ósseo formado nos centros secundários ocupa as  Sabe-se que a calcificação começa pela deposição de sais de cálcio sobre
epífises, o tecido cartilaginoso torna-se reduzido a dois locais: a as fibrilas colágenas, um processo que parece ser induzido por
cartilagem articular, que persistirá por toda a vida e não contribui para a proteoglicanos e glicoproteínas da matriz.
formação de tecido ósseo, e a cartilagem de conjugação ou disco  A deposição dos sais de cálcio é também influenciada pela concentração
epifisário, constituída por um disco cartilaginoso que não foi penetrado desses minerais em vesículas do citoplasma dos osteoblastos.
pelo osso em expansão e que será responsável pelo crescimento  Essas vesículas são expelidas para a matriz (vesículas da matriz).
longitudinal do osso (fica entre o tecido ósseo das epífises e o da diáfise)  Além disso, existe ainda a participação da enzima fosfatase alcalina
 seu desaparecimento por ossificação, aproximadamente aos 20 anos sintetizada pelos osteoblastos.
de idade, determina a parada do crescimento longitudinal dos ossos.
ARTICULAÇÕES  Moléculas de proteoglicanos isoladas ou agregadas constituem um feltro
 São estruturas formadas por tecidos conjuntivos que unem um osso ao contendo grande número de moléculas de água  esses componentes da
outro para constituir o esqueleto. matriz, ricos em glicosaminoglicanos muito ramificados e hidratados,
 Elas podem ser classificadas em diartroses, que possibilitam grandes funcionam como uma mola biomecânica.
movimentos dos ossos, e sinartroses, nas quais não ocorrem movimentos  A aplicação de pressão força a saída de água da cartilagem para o líquido
ou, quando ocorrem, são muito limitados. sinovial  a expulsão da água condiciona o aparecimento de outro
 Conforme o tecido que une as peças ósseas, distinguem-se três tipos de mecanismo que contribui para a resiliência da cartilagem  é a repulsão
sinartroses: eletrostática recíproca entre os grupamentos carboxila e sulfato dos
o Nas sinostoses, que são totalmente desprovidas de movimentos, glicosaminoglicanos, ambos com carga elétrica negativa.
os ossos são unidos por tecido ósseo. Encontram-se unindo os  Essas cargas negativas também são responsáveis pela separação das
ossos chatos do crânio em idosos. Em crianças e adultos jovens, a ramificações dos glicosaminoglicanos, criando espaços que serão
união desses ossos é realizada por tecido conjuntivo denso. ocupados pelas moléculas de água.
o As sincondroses são articulações nas quais existem movimentos  Quando desaparecem as pressões, a água é atraída de volta para os
limitados, sendo as peças ósseas unidas por cartilagem hialina. interstícios entre as ramificações dos glicosaminoglicanos.
Encontram-se, por exemplo, na articulação da primeira costela  O movimento de água, com nutrientes e gases dissolvidos, é
com o esterno. desencadeado pelo uso da articulação  esse movimento de líquido é
o As sindesmoses são, como as sincondroses, dotadas de algum essencial para a nutrição da cartilagem e para as trocas de O2 e CO2 entre
movimento, e nelas o tecido que une os ossos é o conjuntivo a cartilagem e o líquido sinovial.
denso. São exemplos: sínfise pubiana e articulação tibiofibular  As cápsulas das diartroses têm estruturas diferentes, conforme a
inferior. articulação considerada, sendo, em geral, constituídas por duas camadas,
 As diartroses são as articulações dotadas de grande mobilidade; uma externa, a camada fibrosa, e uma interna, a camada ou membrana
geralmente são as que unem os ossos longos. sinovial.
 Nas diartroses existe uma cápsula que liga as extremidades ósseas, o O revestimento da camada sinovial é constituído por dois tipos
delimitando uma cavidade fechada, a cavidade articular. celulares  um parece fibroblasto e o outro tem o aspecto e a
 Esta cavidade contém um líquido incolor, transparente e viscoso, o atividade funcional semelhantes ao macrófago.
líquido sinovial, que é um dialisado do plasma sanguíneo contendo o A camada fibrosa da cápsula articular é formada por tecido
elevado teor de ácido hialurônico, sintetizado pelas células da camada conjuntivo denso.
sinovial.
 O deslizamento das superfícies articulares que são revestidas por
cartilagem hialina, sem pericôndrio, é facilitado pelo efeito lubrificante do FONTE: Anatomia Moore
ácido hialurônico.
 O líquido sinovial é uma via transportadora de substâncias entre a Cartilagem
cartilagem articular (avascular) e o sangue dos capilares da membrana  É uma forma resiliente, semirrígida de tecido conjuntivo que compõe
sinovial. partes do esqueleto, onde é necessário mais flexibilidade — por exemplo,
 Nutrientes e O2 passam do sangue para a cartilagem articular e CO2 no local onde as cartilagens costais unem as costelas ao esterno.
difunde-se em sentido contrário.  As faces articulares dos ossos que participam de uma articulação sinovial
 A resiliência da cartilagem é um eficiente amortecedor das pressões são revestidas por cartilagens articulares que têm superfícies de
mecânicas intermitentes que são exercidas sobre a cartilagem articular. deslizamento lisas e com baixo atrito para permitir o livre movimento.
 Os vasos sanguíneos não penetram na cartilagem, então, suas células as extremidades dos ossos longos nos membros; eles protegem
obtêm oxigênio e nutrientes por difusão. os tendões contra o desgaste excessivo e muitas vezes modificam
 A proporção de osso e cartilagem no esqueleto muda à medida que o o ângulo dos tendões em sua passagem até as inserções.
corpo cresce  quanto mais jovem é uma pessoa, mais cartilagem ela
tem  os ossos de um recém-nascido são macios e flexíveis porque são VASCULATURA E INERVAÇÃO DOS OSSOS
compostos principalmente de cartilagem.  Os ossos têm um suprimento abundante de vasos sanguíneos.
 As mais visíveis são as artérias nutrícias (uma ou mais por osso) que
Osso surgem como ramos independentes de artérias adjacentes fora do
 Um revestimento de tecido conjuntivo fibroso circunda cada elemento do periósteo e seguem obliquamente através do osso compacto da diáfise de
esqueleto como uma bainha, exceto nos locais de cartilagem articular  um osso longo através dos forames nutrícios.
aquele que circunda os ossos é o periósteo e o que circunda a cartilagem  A artéria nutrícia divide-se na cavidade medular em ramos longitudinais
é o pericôndrio. que prosseguem em direção às extremidades, irrigando a medula óssea, o
 O periósteo e o pericôndrio nutrem as faces externas do tecido osso esponjoso e as partes mais profundas do osso compacto.
esquelético  são capazes de depositar mais cartilagem ou osso  No entanto, muitos pequenos ramos das artérias periosteais são
(sobretudo durante a consolidação de fraturas) e formam a interface para responsáveis pela nutrição da maior parte do osso compacto.
fixação de tendões e ligamentos.  Consequentemente, um osso cujo periósteo é removido morre.
 A arquitetura e a proporção de osso compacto e esponjoso variam de  O sangue chega aos osteócitos no osso compacto por meio de sistemas
acordo com a função. haversianos ou ósteons que abrigam pequenos vasos sanguíneos.
 O osso compacto proporciona resistência para sustentação de peso.  As extremidades dos ossos são irrigadas por artérias metafisiais e
 Nos ossos longos, que são rígidos e locais de fixação dos músculos e epifisiais que se originam principalmente das artérias que suprem as
ligamentos, a quantidade de osso compacto é maior próximo da parte articulações.
média da diáfise, onde os ossos tendem a se curvar.  Nos membros, essas artérias costumam fazer parte de um plexo arterial
 Além disso, os ossos longos têm elevações (p. ex. túberes, cristas e periarticular que circunda a articulação e assegura o fluxo sanguíneo
tubérculos) que servem como contrafortes (suportes) onde se fixam os distal a ela, seja qual for a posição assumida.
grandes músculos.  As veias acompanham as artérias através dos forames nutrícios.
 Os ossos vivos têm alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez.  Muitas grandes veias também saem através de forames situados próximo
das extremidades articulares dos ossos.
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS  Os ossos que contêm medula óssea vermelha têm muitas veias calibrosas.
 Os ossos são classificados de acordo com o formato.  Os vasos linfáticos também são abundantes no periósteo.
o Os ossos longos são tubulares (p. ex., o úmero no braço)  Os nervos acompanham os vasos sanguíneos que irrigam os ossos.
o Os ossos curtos são cuboides e encontrados apenas no tarso  O periósteo tem rica inervação sensitiva — nervos periosteais — que
(tornozelo) e no carpo (punho) conduz fibras de dor  é muito sensível à ruptura ou tensão, o que
o Os ossos planos geralmente têm funções protetoras (p. ex., ossos explica a dor aguda nas fraturas ósseas.
planos do crânio protegem o encéfalo)  O osso propriamente dito tem relativamente poucas terminações
o Os ossos irregulares têm vários formatos além de longos, curtos sensitivas.
ou planos (p. ex., ossos da face)  Dentro dos ossos, os nervos vasomotores causam constrição ou dilatação
o Os ossos sesamoides (p. ex., patela) se desenvolvem em alguns dos vasos sanguíneos, controlando o fluxo sanguíneo através da medula
tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam óssea.
OBJETIVO 3 – CARACTERIZAR TRAUMA, DIFERENCIANDO FRATURA DE  Podem ser classificadas ainda:
CONTUSÃO  quanto ao traço: simples, em cunha e complexa;-
 quanto ao acometimento articular: intra ou extra-articular;
Fonte = Comitê Brasileiro das Ligas de Trauma; MEDCURSO e DEFINO,
 quanto à lesão de partes moles associada: aberta ou fechada
A. L. Helton; PICADO, F. H. Celso; COUTINHO, P. Silvana; PACCOLA, J. A.
 As fraturas simples apresentam traço único com apenas dois
Cleber. Tratamento das fraturas patológicas. Revista Brasileira de
fragmentos ósseos;
Ortopedia. 2010
 Fraturas em cunha apresentam, pelo menos, um terceiro fragmento,
 TRAUMA: O trauma é caracterizado pela transferência de energia de um
porém com contato entre os dois principais;
agente externo para o corpo a qual é responsável pela incidência de
 Fraturas complexas são aquelas em que não há contato entre os
lesões, contusões e fraturas.
dois fragmentos principais. É importante diferenciar esta última da
 A palavra “trauma”, do ponto de vista semântico, vem do grego trauma
denominada fratura cominutiva, que, por definição, é uma fratura
(plural: traumatos, traumas), cujo significado é “ferida”. A terminologia
multifragmentada.
trauma em medicina admite vários significados, todos eles ligados a
 Ou seja, se, em uma fratura cominutiva, não houver contato entre
acontecimentos não previstos e indesejáveis que, de forma mais ou
os dois principais fragmentos, ela será dita também complexa,
menos violenta, atingem indivíduos neles envolvidos, produzindo-lhes
porém, caso haja contato, estaremos diante de uma fratura
alguma forma de lesão ou dano.
cominutiva em cunha.
 Uma das definições adotadas se refere ao conjunto das perturbações
 Fraturas extra-articulares: o traço da fratura não acomete a
causadas subitamente por um agente físico, de etiologia, natureza e
articulação ;
extensão muito variadas, podendo estar situadas nos diferentes
 Intra-articular o traço da fratura atinge a articulação; esta última
segmentos corpóreos.
exige redução (correção do desvio da fratura) perfeita pois a
 FRATURA: Uma fratura é definida como a perda de conti-nuidade do
consolidação da fratura com degrau articular levará ao desgaste da
osso. Na maioria das vezes, é causada por um trauma de alta
articulação – artrose.
energia sobre um osso previamente hígido, mas também pode
 Fraturas em galho verde são fraturas incompletas (afetam apenas
ocorrer com traumas de baixa energia em ossos doentes, poróticos,
uma cortical) que só acometem o esqueleto imaturo – periósteo é
ou mesmo por pequenos traumas repetitivos, como veremos adiante
mais espesso.  Comum em crianças.
nas chamadas “fraturas por estresse”.
 Podem ser completas (separação total dos fragmentos) ou
 A substância óssea, embora possua certo grau de plasticidade, pode
incompletas (separação parcial).
não resistir a forças ten-sionais de angulação, torção, tração ou
compressão. São estes os mecanismos físicos das fraturas e podem  As fraturas completas podem ser não desviadas, quando os
determinar o tipo de fratura quanto à sua configuração geométrica. fragmentos mantêm o alinhamento, ou desviadas, quando há um
desalinhamento desses fragmentos, necessitando redução da fratura.
 Forças de angulação produzem fraturas transversas ou fraturas
As fraturas desviadas podem ser: anguladas, cavalgadas, rodadas,
oblíquas; forças de torção causam as fraturas espirais; forças de
com desvio lateral, com diástase (aumento da distância entre os
tração, por intermédio de um tendão inserido no osso, podem
fragmentos).
ocasionar as fraturas por avulsão (principais exemplos: patela,
maléolos, epicôn-dilo medial do úmero); e forças compressivas  As fraturas ainda podem ser fechadas (sem comunicação com o
provocam fraturas de compressão (fraturas impactadas). Este último meio externo) ou expostas, também chamadas de abertas
tipo é característico do osso esponjoso, como por exemplo as (comunicando-se com o meio externo). As fraturas expostas são as
fraturas compressivas do corpo. fraturas com maior índice de complicação, especialmente a infecção
óssea (osteomielite).
 Quanto à porção do osso acometida, as fraturas podem ser fíbula (em corredores). A fratura pode ocorrer nas primeiras 3-4
diafisárias, metafisárias, epifisárias e ainda intra-articulares. As semanas de intensa atividade física.
fraturas intra-articulares comprometem a cartilagem articular  Fatura por traumatismo direto: São diretas.
epifisária e merecem maior atenção, exigindo redução perfeita  Tipos : Fraturas por impacto - resultam de uma força de impacto mais
(anatômica), pois consolidam mal (dependem do reparo da forte que a resistência do osso no local.
cartilagem articular, um tecido não vascularizado) e têm como  Apresentam baixo nível de lesão de tecidos moles, podendo romper ou
consequência futura a osteoartrose ou a perda da função arti-cular. contundir uma pequena área da pele. Sua incidência é no antebraço ou
na perna.
 Fraturas por esmagamento: há grande lesão em tecidos moles e o osso
quebra-se ou fragmenta-se.
 Fraturas por penetrantes (projéteis perfurantes – tiros): ocorrem devido
à ação de projeteis de baixa velocidade ou de alta velocidade
 CONTUSÃO: As contusões são resultados de traumas que ocasionam a
lesão dos tecidos moles sem o rompimento da pele. O hematoma
ocasionado pela lesão do tecido pode ser dividido em intermuscular (o
qual resulta em contato do sangue com a fáscia muscular e septos
intermusculares) e intramuscular (o sangue não extravasa a substância
muscular).
 Ocasionam dores e edemas.
 As lesões musculares, decorrentes de contusões, acarretam em
desorganização das miofibrilas, ruptura de mitocôndria e reticulo
sarcoplasmático, interrupção da continuidade do sarcolema, autodigestão
e necrose celular, além de disfunção microvascular progressiva e
inflamação local.
 Nas contusões ocorrem apenas o derramamento de sangue subcutâneo
 ou em camadas mais profundas.
 Há ainda : A fratura patológica é aquela que ocorre em um osso  Quando há hemorragia de pequeno porte, o local adquire uma coloração
enfraquecido por uma patologia prévia (ex.: osteoporose, mieloma escurecida, a qual se denomina contusão de equimose. Quando ocorre
múltiplo). de vasos sanguíneos maiores serem danificados, o sangramento produz o
 A fratura por estresse, ou fratura por fadiga, é aquela que ocorre, hematoma formado pelo sangue extravasado.
não por um trauma agudo, mas por pequenos traumas repetidos.
Um osso descondicionado, quando submetido a tensões não
costumeiras, pode “ceder”, determinando geralmente fraturas
incompletas (fissuras), embora dolorosas. São mais comuns em
pacientes jovens que, despreparados, participam de intensas ati-
vidades esportivas, como longas marchas, corridas etc. Os exemplos
mais clássicos são a fratura dos metatarsos (segundo, terceiro ou
quarto), chamada “fratura do marchador”, e a fratura da tíbia e
OBJ4 – Compreender o processo de consolidação óssea substituir a memb. conjuntiva prexistente.
 Nos ossos achatados do cranio há predominio acentuado da formaçao sobre a
 O tec. osseo é formado por um processo chamado ossificação reabsorçao do tecido osseo nas superficies interna e externa - 2 tábuas osso
intramembrana, que ocorre no interior de uma memb. conjuntiva ou pelo compacto, centro esponsojo.
processo de ossificação endocondrial.  A parte da memb. conjuntiva que nao sofre ossificação passa a constituir o
 O qual se inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que é gradualmente endóstes e periótes.
destruido e susbtituido por tecido osseo formado a partir de tecido
conjuntivo adjacente. Ossificação endocondral
 Em ambos os 1° tecido osseo formado é do tipo primário, aos poucos  Inicio sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma parecida a do osso que
substituido por tecido lamelar. Durante o crescimento dos ossos podem se vai se formar, porem de tamanho menor.
ver, lado a lado, áreas do tecido primário, de reabsorção e áreas de tecido  Principal responsavel pela formação de ossos curtos e longos.
secundario.  A ossificação endocondral consiste em dois processos:
 Uma combinação de formação e remoção de tecido osseo persistente
durante o crescimento do osso. 1°
 A cartilagem hialina sofre modificações
Ossificação intramembranar  hipertrofia dos condrocitos (sintetizam cartilagem)
 Processo formador dos ossos frontal, parietal e partes do occipital temporal e  redução da matriz cartilaginosa a fisios tabiques (parede frágil)
dos maxilares superiores e inferiores.  mineralização
 Contribui tambem para o crescimento dos ossos curtos e p o aumento de  morte dos condrócitos por apoptose
expessura dos ossos longos. 2°
 Centro de ossificaçao primário: local da membrana conjuntiva onde a
ossificação começa.  As cavidades ocupadas pelos condrocitos são invadidas por capilares
 Oprocesso tem inicio pela diferenciação de cels mesenquimatosas que se sanguineos e cel osteogênicas vindas das conuntivas adjacentes.
transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteoide (  Essas cel diferenciam- se em osteoblastos, que depositaram matriz ossea
uma matriz nao mineralizada) que logo se mineraliza, enafobando alguns sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Os tabiques servem como ponto
osteoblastos que se transformam em osteócitos. de apoio para a ossificação.
 Como vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de  A formação de ossos longos é um processo complexo, o molde cartilaginoso
ossificação, há confluencia ddas travas osseas formadas, conferindo os ossos apresenta uma parte media estreita e as extremidades dilatadas,
aspecto esponjoso. correspondendo, respectivamente, a diáfise e às epífases do futuro osso.
 Entre os travos formam-se as cavidades que são penetradas por vasos  O primeiro tec. osseo a aparecer no osso longo é formado por OSSIFICAÇÃO
sanguineas e cels mesenquimatosas indiferenciadas, que darão origem a INTRAMEMBRANAR do pericondrio que recobre a parte media da diáfise,
medula ossea. formando um cilindro, o color do osseo.
 Os varios centros de ossificação crescem radialmente, acabando por  Enquanro se forma o color osseo,ocorr o 1° e 2° processo, formando, assim,
tecido osseo primario sobre as cartilagens calcificadas (basofila)  Zona de repouso: cartilagem hialina sem qualquer alteração
 Tec. osseo depositado sobre ela (acidofilo) na media da diáfise (cels morfológica.
envolvend pelo color osseo).  Zona de cartilagem de proliferação: condrócitos dividem rapidamente
 Esse centro ossificado pe chamado de centro primario, Seu crescimento e formam montes paralelos de cels. achatadas e empilhadas no
rápido, em sentido longitudinal, ocupa toda a diafise, que fica, assim , sentido longitudinal do osso.
formada por tecido osseo.  Zona de cartilagem hipertrófica: condrócitos muito volumosos com
 Esse alastramento do centro primario é acompanhado pelo crescimento do depósitos citoplasmáticos de glicogênios e lipídios.
cilindro osseo que se formou a partir do pericondrio e que cresce também na  Zona de cartilagem ossificada (calcificada): ocorre a mineralização do
direçao dos epífases. tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos
 Desde o inicio da formação do centro primario surgem osteoclastos e ocorre condrócitos.
absorção do tecido osseo formado no centro da cartilagem, aparecendo  Zona de ossificação: aparece o tecido ósseo = cels. sanguineas + cels
assim, o canal medular, a qual também cresce longitudinalmente à medida osteoprogenitoras invadem cavidades deixadas pelos condrócitos
que a ossificação progride. mortos osteoprogenitores se diferenciam em osteoblastos
 À medida que se forma o canal medular, cels sanguineas originadas de cels osteoblastos (camada contínua) depositam a matriz óssea sobre os
hematógenas multipotentes (cels tronco) trazidas pelo sangue dão origem a restos da matriz cartilaginosa.
medula ossea.  A matriz óssea calcifica-se e aprisiona os osteoblastos, que se
 Mais tarde, formam se os centros secundarios de ossificação em cada epífase, transformam em osteócitos. Assim, formam-se as espículas ósseas, com
porem nao simultaneamente. uma parte central de cartilagem ossificada e uma parte superficial de tec
 Porem não simultaneamente esses centros são semelhantes ao centro ósseo primário.
primário da diáfise, mas seu crescimento é radial em vez de longitudinal.  O esqueleto contem 99% de cálcio do organismo e funciona como uma
 A porção central do osso formado nos centros secundários (epífises) reserva de íons. Sua [ ] no sangue (calcemia) deve ser mantida constante.
também contem medula óssea.  O cálcio absorvido na alimentação e que faria aumentar a [] sanguinea, é
 Quando o tecido ósseo formado ocupa as epífases, o tecido cartilaginoso depositado rapidamente no tec ósseo, e , inversamente, o cálcio dos
torna-se reduzido em dois locais: ossos é mobilizado quando sua [] diminui no sangue.
 Cartilagem articular, que persistirá por toda a vida e não contribui para  Existem 2 mecanismos de mobilização do cálcio depositado nos ossos:
formação de tecido ósseo.  Transferência de íons dos cristais de hidroxiapatita para o líq
 Cartilagem de conjugação ou disco epifisário: constituída por um disco intersticial, do qual o cálcio passa para o sangue. Ocorre
cartilaginoso que não foi penetrado pelo osso em expansão e que será principalmente no osso esponjoso, lamelas mais jovens recebem e
responsável pelo crescimento longitudinal do osso. cedem Ca+ com maior facilidade.
Seu desaparecimento por ossificação, aos 20 anos, determina parada  Se deve a ação do paratormônio, ou hormônio da paratireóide sobre
longit. do cresc do osso. o tecido ósseo. Tem ação mais lenta. Esse hormônio causa aumento
 Na cartilagem de conjugação, a começar ao lado da epífise, distingue-se 5 do numero de osteoblastos e reabsorção da matriz óssea c/ liberação
zonas: de fosfato de cálcio e aumento da calcemia.
- A [ ] de (PO4)²- não aumenta no sangue porque o próprio
paratormônio acelera a excreção renal de íons fosfato.
- o paratormônio atua sobre os receptores localizados nos
osteoblastos, fazendo com que esses deixem de sintetizar colágeno e
iniciem a secreção de fator estimulador dos osteoblastos.
 A calcitonina,hormônio produzido pela tireóide, inibe a reabsorção da
matriz , e, portanto, a mobilização do cálcio tem efeito inibidor sobre os
osteoblastos.
CONSOLIDAÇÃO DE FRATURAS
 Nos locais das fraturas ósseas ocorre hemorragia, pela lesão dos vasos
sanguíneos, destruição da matriz e morte de cels. ósseas.
 Para que a reparação se inicie, o coágulo sanguíneo e os restos celulares e
da matriz devem ser removidos pelos macrófagos;
 O periósteo e endósteo próximos respondem com intensa proliferação,
formando um tecido muito rico em cels osteoprogenitoras que
constituem um colar em torno da fratura e penetra entre as
extremidades ósseas rompidas.
 Nesse anel ou colar conjuntivo, e no conjuntivo entre as extremidades
ósseas rompidas surge tecido ósseo primário ou imaturo, tanto por
ossificação endocondral de peq pedaços de cartilagem que aí se formam,
como por ossificação intramembranosa.
 Esse processo evolui de forma a aparecer, após algum tempo, um calo
ósseo que envolve a extremidade óssea e sua completa substituição por
tec ósseo secundário ou lamelar.
 Se essas trações e pressões forem idênticas as exercidas sobre o osso
antes da fratura, a estrutura do osso voltará a ser a mesma que existia
anteriormente.
 Ao contrario de outros tecidos conjuntivos, o tecido ósseo, apesar de ser
rígido, consolida-s sem formação de cicatriz.

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