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Introdução aos sistemas de

transmissão (Aula 2)
Disciplina: Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
Profª: Msc. Camila P. G. Guedes
PLANO DE AULA

 Introdução aos sistemas de transmissão de


energia elétrica
 Sistema elétrico - estrutura básica
 Componentes das LTs
 Isoladores
 Vidro
 Polimérico
 Porcelana

2 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE TRANSMISSÃO
Economistas modernos, ao analisarem o grau de
desenvolvimento de um país, baseiam-se
frequentemente no consumo per capita de energia
elétrica e no índice de crescimento desse consumo
Um regime de déficit energético representa
poderoso freio a esse desenvolvimento

3 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE TRANSMISSÃO
As fontes convencionais de energia primária para
produção de energia elétrica são:
Energia hidráulica
Energia térmica convencional
Energia termonuclear
Energias alternativas

4 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
PANORAMA ENERGÉTICO
BRASILEIRO
Tipo de fonte 2018 PREVISÃO 2023
HIDRELÉTRICA 67,5% - 109 GW 64,3%
EÓLICA 8,8% - 14,1 GW 9,7%
BIOMASSA 8,5% - 13,7 GW 7,9%
TERM. A GÁS + 7,9% - 12,8 GW 10%
GNL
TERM. ÓLEO + 2,9% - 4,6 GW 2,8%
DIESEL
TERM. CARVÃO 1,7% - 2,7 GW 1,7%
NUCLEAR 1,2% - 1,99 GW 1,1%
SOLAR 1,1% - 1,78 GW 2,0%
OUTRAS 0,5% - 779 MW 0,6%
INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE TRANSMISSÃO
A maior parte da energia gerada no Brasil advém das
usinas hidrelétricas. Porém, condições locais devem
existir para haver essa geração que ocorre, de modo
geral, longe dos grandes centros de consumo
Assim, surge a necessidade de transportar essa
energia. De modo geral, o custo do transporte
aumenta com a distância a ser vencida

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energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
No Brasil, esse segmento conta com 77
concessionárias, responsáveis pela administração e
operação de mais de cem mil quilômetros de linhas
de transmissão espalhadas pelo país
O nosso sistema elétrico interligado se divide,
basicamente, em:
Geração ou produção
Rede de transmissão
Rede de subtransmissão
Rede de distribuição

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energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA

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energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
A interligação dos sistemas é indispensável:
Intercâmbio de energia entre os diversos sistemas
Aumento da capacidade de reserva global das
instalações de geração
Aumento da confiabilidade do abastecimento
Possibilidade de manutenção de um órgão de
planejamento de alta categoria, em conjunto com
rateio de despesas e menor incidência sobre os
custos de cada sistema

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energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
O elemento-base responsável pelo transporte da
energia elétrica é representado por linhas aéreas ou
cabos subterrâneos
Suas designações particulares definem a que nível
pertencem:
Linhas de transmissão
Linhas de subtransmissão
Linhas de distribuição primária
Linhas de distribuição secundária

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energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
Linhas de transmissão
São linhas que operam com as tensões mais
elevadas do sistema, tendo como função principal o
transporte de energia entre centros de produção e
centros de consumo, como também a interligação
de centros de produção e mesmo sistemas
independentes
Linhas de subtransmissão
É a transmissão de energia entre uma subestação
abaixadora de um sistema de transmissão e
subestações de distribuição

11 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
Linhas de distribuição primária
São linhas de tensões
suficientemente baixas para
ocuparem vias públicas
Linhas de distribuição
secundária
Operam com as tensões mais
baixas do sistema (380/220V ou
220/127 V)

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energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA

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energia
SISTEMA ELÉTRICO – ESTRUTURA BÁSICA
Subestação de Geração
geração 12 kV - 24 kV
-----------------------------------

Transmissão
138 kV - 765 kV
Grandes consumidores
Subestação de -----------------------------------
transmissão
Sub Transmissão
34,5 kV - 138 kV
Grandes consumidores
Subestação de -----------------------------------
distribuição
Distribuição 4,16 kV – 34,5 kV
Subestação de Pequenos industrias e shoppings
-----------------------------------
utilização
Utilização < 1000V
Microempresas/residências/ comércio

14 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
Na década de 70, estudos mostravam que os gastos
com o sistema de transmissão representavam de 25 a
30% do investimento em energia elétrica

15
16
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA

Mas, de fato, qual a importância das linhas de


transmissão para nosso sistema elétrico?
17
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
Estudos indicam que cerca de 80% das interrupções
que ocorrem no sistema de energia são originadas
nas linhas de transmissão. Por isso, a importância de
seu estudo

Então, vamos estudá-lo melhor...


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energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA

19 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
As Linhas de Transmissão podem ser:

✓Aéreas, em Corrente Alternada (CA)


✓Subterrâneas, em Corrente Alternada (CA)
✓Aéreas, em Corrente Contínua (CC)
✓Subterrâneas, em Corrente Contínua (CC)

O uso em corrente alternada é a forma mais usual


para transporte de energia por linhas de transmissão.
Já o uso em corrente contínua se mostra mais viável
para linhas de tensões elevadas e com grande
extensão

20 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
Como citado, essa transmissão pode ser feita através
de:
✓Linhas Aéreas
São o tipo mais comum de linhas de transmissão. São
suportadas por torres e seus cabos ficam expostos ao
tempo

✓Linhas Subterrâneas
São pouco comuns, mais utilizadas em centros urbanos.
Custo bastante elevado por conta da blindagem dos
condutores. Seu custo é mais elevado

21 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
SISTEMA ELÉTRICO - ESTRUTURA BÁSICA
Devido ao custo elevado das linhas de transmissão
subterrânea e a sua excepcionalidade, trataremos
somente sobre as linhas de transmissão aéreas
No Brasil, a maior parte das linhas de transmissão é
do tipo aérea e transmite em 230 kV

22 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
COMPONENTES BÁSICOS DE UMA
LINHA DE TRANSMISSÃO

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COMPONENTES BÁSICOS DAS LTS
Os componentes básicos de uma linha de
transmissão aérea são:

✓ Isoladores
✓ Condutores
✓ Estruturas de
Sustentação (Torres)
✓ Cabos pára-raios ou cabos
(de) guarda

24 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia
ISOLADORES ELÉTRICOS

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ISOLADORES ELÉTRICOS
Nas linhas de transmissão aéreas, os condutores são
sustentados nas torres através de isoladores

26
ISOLADORES ELÉTRICOS
O termo isolador é aplicado mais especificamente a
suportes isolantes usados para:
✓ Sustentar mecanicamente elementos condutores,
como cabos e barramentos em sistemas elétricos de
transmissão e distribuição de energia
✓ Isolar eletricamente elementos com diferentes
potenciais
✓ Garantir (idealmente) corrente de fuga nula

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ISOLADORES ELÉTRICOS
Além do suporte mecânico e da isolação, os isoladores
devem suportar continuamente os campos elétricos
aos quais estão expostos e suas perturbações

Também devem suportar distúrbios meteorológicos


(chuvas, vendavais, granizo), ataques por
contaminantes (sal, maresia, poluição) e ainda estão
expostos a vandalismo

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ISOLADORES ELÉTRICOS
“Cerca de 60% dos desligamentos em linhas de
transmissão com tensão maior que 230 kV devem-se às
falhas com isoladores elétricos”
(GARCIA, 2003a)

“Isoladores de vidro são amplamente utilizados em


linhas de transmissão, especialmente em linhas de alta
e extra alta tensão, constituindo 70% dos isoladores
utilizados devido à sua relativa confiabilidade e
facilidades de manutenção”
(GARCIA, 2003b)

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ISOLADORES ELÉTRICOS
Desligamento por km de linha por ano

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ISOLADORES ELÉTRICOS
Quantidade de isoladores de uma cadeia

Exemplo

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ISOLADORES ELÉTRICOS

E como se dá a conexão do isolador


elétrico no sistema de transmissão?

Ele é conectado entre quais elementos?

Qual deve ser o nível de tensão dele?

32
ISOLADORES ELÉTRICOS

33
ISOLADORES ELÉTRICOS
Um tipo de isolador é eletricamente definido pelos
seguintes parâmetros:

✓ Distância de arco a seco;
✓ Distância de escoamento;
✓ Perfil do isolador (diâmetro, formato, inclinação
das saias, etc).

34 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADORES ELÉTRICOS – DEFINIÇÕES
Distância de arco a seco
É a menor distância no
ar, externa ao isolador,
entre as ferragens
integrantes metálicas
que normalmente estão
submetidas à tensão de
operação do sistema

35 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADORES ELÉTRICOS
Distância de escoamento
É a menor distância, ou a
soma das menores
distâncias, ao longo da
superfície isolante dos
isoladores submetida à
tensão de operação do
sistema

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ISOLADORES ELÉTRICOS
Perfil do isolador
✓Saias alternadas
✓Mais ou menos ranhuras
✓Inclinação das saias
✓Diâmetro

37 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADORES ELÉTRICOS
Perfil do isolador
✓Saias alternadas
✓Mais ou menos ranhuras
✓Inclinação das saias
✓Diâmetro

38 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADORES ELÉTRICOS –CASO IDEAL
Um isolador ideal deve possuir:
✓ Dielétrico forte, duradouro, sem
cavidades internas ou impurezas;
✓ Design compatível com ambiente;
✓ Longa distância de escoamento.

A suportabilidade dielétrica de uma


superfície isolante se reduz
substancialmente quando
submetida a determinadas
condições climáticas como chuva,
alta umidade ou poluição.

39
ISOLADORES ELÉTRICOS –CASO IDEAL
Em casos mais extremos, o isolador e o sistema de
isolamento devem ser projetados para permitir
flashovers nas situações em que a tensão supera o
nível tolerável pelo sistema.

40 Flashover em isolador
TIPO DE ISOLADORES ELÉTRICOS -
MATERIAIS

41
ISOLADORES ELÉTRICOS
Técnicas de produção e o estudo de materiais foram
desenvolvidos ou aprimorados, levando aos diferentes
tipos de isoladores utilizados atualmente nas redes de
distribuição, nas linhas de transmissão e em
subestações e equipamentos.

Vidro

Polimérico
Porcelana
42
ISOLADORES ELÉTRICOS
Assim, os isoladores se dividem quanto ao material
em:
✓ Vidro temperado;
✓ Polimérico ou compósito;
✓ Porcelana vitrificada.

Vidro

Polimérico
Porcelana
43 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.
ISOLADORES ELÉTRICOS
Devido ao seu baixo custo, simplicidade e relativa
confiabilidade os isoladores de material cerâmico,
vítreo e de porcelana, dominaram o mercado de
isoladores por muitos anos. Atualmente, com o
desenvolvimento de isoladores poliméricos, aqueles
vêm perdendo espaço, principalmente para aplicações
de média tensão.

Vamos conhecer melhor cada um deles...

44 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR DE VIDRO
Os vidros que se destinam à atividade
elétrica devem apresentar excelentes
características elétricas, mecânicas e
térmicas;
Após a fabricação dos vidros, os
isoladores devem sofrer um processo
térmico para garantir características
mecânicas específicas;
O tratamento, de modo geral, é
transformar o vidro em temperado. O
vidro é, em geral, incolor e homogêneo.

45
ISOLADOR DE VIDRO
✓ Vidro temperado
O vidro temperado foi a solução encontrada para
isoladores que requeriam maior resistência mecânica.
Uma camada de vidro mais duro sobre a superfície
elevaria o desempenho mecânico. Esta é a principal
vantagem do vidro temperado;
▪ Mais resistente à tração;
▪ Mais resistente ao impacto;
O vidro é aquecido a 750ºC e resfriado rapidamente.

46
ISOLADOR DE VIDRO
✓ Vidro temperado
Com o tratamento do vidro temperado, não se permite
que fique no interior do vidro qualquer objeto estranho
por menor que seja. Uma simples bolha de ar pode
provocar a explosão do equipamento.

Bolha de ar (inclusão)

47
ISOLADOR DE VIDRO
✓ Vidro temperado
A fragmentação do vidro, devido ao processo de têmpera,
propicia facilidade à manutenção das LTs

48
ISOLADOR DE VIDRO
✓ Vidro temperado
A pureza do vidro é fund
amental para a confiabili
dade dos isoladores de v
idro temperado;
A verificação pode ser
feita mediante inspeção
visual.

49
ISOLADOR DE VIDRO

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ISOLADOR DE VIDRO
-Campânula metálica (aço galvanizado)
-Disco de vidro temperado
-Pino metálico (aço galvanizado)
-Cimento (argamassa de cimento
aluminoso ou Portland)

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ISOLADOR DE VIDRO
✓ Cimento: sua função é fixar o pino metálico ao
disco de vidro temperado e auxiliar no suporte a
cargas mecânicas elevadas. Onde o metal encontra
o cimento é aplicado revestimento betuminoso:
❑ Evita reações entre os sais do cimento e o
metal
❑ Ajuda a distribuir mais uniformemente a
carga mecânica
▪Empregam-se como enchimento areia ou areia de
porcelana, que minimizam a dilatação que ocorre
durante a cura ou em serviço
▪O cimento deve ter reduzido coeficiente de
expansão térmica
52
ISOLADOR DE VIDRO
✓ Ferragens: têm como função a
transmissão de carga mecânica
dos condutores para o isolante.
Em regiões de elevada umidade
e/ou poluição, a corrosão pode
reduzir a secção dos pinos a
ponto de causar fratura

53
ISOLADOR DE VIDRO
Em 2007, a CHESF substituía cerca de 60 mil isoladores
de vidro danificados por novos isoladores todos os
anos...
MOTIVO?
Corrosão por oxidação do pino metálico devido ao
elevado campo elétrico e intempéries. Essa oxidação
causa perda de massa e consequente diminuição da
resistência mecânica à carga

Custo em 2007: R$ 40/unidade

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ISOLADOR DE VIDRO – ANEL EQUALIZADOR
Anel equalizador
O uso de anéis adequados minimiza a intensidade do
campo elétrico nas aletas submetidas aos valores de campo
mais intensos. Um anel apropriado (tamanho e localização)
é essencial ao aumento da vida útil dos equipamentos e da
confiabilidade do sistema
Representação das linhas de
curva do campo elétrico em
isolador

55
ISOLADOR DE VIDRO

Vantagens e desvantagens – Isolador de vidro

56 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR DE PORCELANA
A porcelana é um material excelente para isolamento
de linhas aéreas, pelas suas propriedades dielétricas,
químicas e mecânicas.

57
ISOLADOR DE PORCELANA
Se destacam por terem:
• Alta resistência mecânica;
• Não serem porosos;
• Possuírem alta capacidade de isolação.

58
ISOLADOR DE PORCELANA
A porcelana, assim como o vidro, é feita de material
inorgânico, conhecidos por resistirem às intempéries
por muitos anos
• Vida útil entre 60 a 90 anos;

59
ISOLADOR DE PORCELANA
• Toda a superfície exposta da porcelana deve ser
vitrificada, para isolar a porcelana da umidade;
• Trata-se de um material hidrofílico e, por isso, as
distâncias de escoamento devem promover uma
alta resistência superficial sobre chuva e
ambientes contaminados;

60
ISOLADOR DE PORCELANA
A porcelana é um material denso e, por isso, os
isoladores de porcelana são pesados. Devem ser
manuseados com cuidado para evitar quebras.
Assim, a porcelana vem perdendo espaço para
materiais como polímeros.

61
ISOLADOR DE PORCELANA

Vantagens e desvantagens – Isolador de porcelana

62 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
Os polímeros são materiais com características
dielétricas muito acentuadas e, por isso, se tornaram
uma importante matéria – prima como isolantes elétricos
para qualquer nível de tensão
▪É um material facilmente manipulável, sendo possível
aumentar o comportamento dielétrico dos polímeros,
tornando-os isolantes mais eficientes
A utilização dos isoladores à base de polímeros em LTs
teve início na década de 80, quando surgiu sua primeira
versão comercial

63 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO

64 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
O isolador polimérico é composto,
basicamente, pelo núcleo, pelas saias/aletas e
pelas ferragens terminais
✓ Núcleo: constituído por haste de fibra de
vidro revestida por polímeros (EPDM, borracha
de silicone, resina EPÓXI, XLPE, etc), que
dificultam a penetração de água
Função: suportar esforços mecânicos
provenientes do condutor

Núcleo do isolador polimérico


65
ISOLADOR POLIMÉRICO
✓Aletas: são compostas por material
polimérico. Os principais materiais usados
são a borracha de silicone e o EPDM
Função: as aletas tem o objetivo de garantir
a distância de escoamento para um bom
desempenho nas condições normais de
operação. O revestimento tem a função de
proteger o isolador contra agentes externos
(umidade, radiação ultravioleta,
contaminantes, etc), assegurando a
inviolabilidade do núcleo

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ISOLADOR POLIMÉRICO
✓Ferragens: Podem ser de aço forjado, alumínio
moldado, forjado ou maquinado, e ferro maleável
Função: encarregadas de realizar a transmissão dos
esforços mecânicos do condutor até o núcleo, realizando,
desta forma, as ligações: condutor/isolador e
isolador/estrutura

Ferragem tipo concha e bola

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ISOLADOR POLIMÉRICO

68 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
Até 2003, o uso dos isoladores poliméricos tinha
pouca representatividade no sistema elétrico
brasileiro: apenas 0,8% dos isoladores instalados
(SANTOS, 2003)
Em 1993, nos EUA, já eram responsáveis por 20% do
mercado de isoladores de linhas de transmissão

E qual foi a principal motivação para seu


crescente uso?

69 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
✓ Pouco peso
Possui dimensões compactas, resultando em isoladores
com massa até 90% menor que os convencionais. Sua
instalação se torna mais rápida, mais simples e mais
compacta, reduzindo o custo com as estruturas da
linha de transmissão, com o transporte, o
armazenamento e a mão de obra da instalação

70 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
✓ Resistência ao impacto e ao
vandalismo
✓ Possibilidade de usinagem
✓ Bom desempenho sob
poluição
Mais utilizados em ambientes
com níveis de poluição
consideráveis Lavagem de isoladores em
LTs

71 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
✓ Hidrofóbico
Os isoladores com revestimento
polimérico à base de silicone, em
particular, são caracterizados por
serem hidrofóbicos. Esta propriedade
pode ser descrita pelo ângulo de
contato que a gota do líquido faz com
a superfície do material

72 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
Problemas da primeira geração
▪ Trilhamento e erosão das
saias/aletas
▪ Fissuras e riscos no revestimento
▪ Falhas de fixação das ferragens

Trilhamento de núcleo
(caminho condutivo)

Erosão (perda de massa)


73 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.
ISOLADOR POLIMÉRICO
Problemas da primeira geração
▪ Fratura frágil
▪ Saias descolando-se por efeito
corona
▪ Equalizadores mal dimensionados
▪ Descolamento do revestimento
Fratura frágil

Pobre adesão entre fibra


de vidro e revestimento
74
ISOLADOR POLIMÉRICO
Problemas da primeira geração
▪ Bastante susceptíveis à degradação e envelhecimento

Ainda hoje novos materiais vêm sendo estudados e


propostos para melhorar os “problemas” da primeira
geração
75
ISOLADOR POLIMÉRICO
Vantagens e desvantagens – Isolador polimérico

76 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO
Razões das empresas para a escolha de isoladores poliméricos

77 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ISOLADOR POLIMÉRICO

- Distância de arco
- Distância de escoamento

78 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


COMPARATIVO - ISOLADORES

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VIDA ÚTIL
Vida útil – Principais causas de
perda da vida útil
✓ Isoladores mal dimensionados
✓ Isoladores de baixa qualidade
✓ Projetos mal elaborados
✓ Isoladores manuseados e
armazenados inadequadamente
✓ Efeitos do meio ambiente
✓ Efeitos elétricos
✓ Envelhecimento

80 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


INSPEÇÃO EM ISOLADORES

Não foram relatadas avaliações com


equipamentos de ultra-som, medições de
campo elétrico ou quaisquer outros testes

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INSPEÇÃO EM ISOLADORES
Técnicas de inspeção de isoladores não invasivas
✓ Termografia

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INSPEÇÃO EM ISOLADORES
Técnicas de inspeção de isoladores não invasivas
✓ Medidor de descargas corona

Mas o que são as descargas corona? O que é


o efeito corona?

83 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


INSPEÇÃO EM ISOLADORES
Efeito Corona
• É um fenômeno indesejável ao sistema elétrico;
• Provoca a degradação de superfícies de isoladores
poliméricos, podendo conduzir o sistema a falhas
que provocam a interrupção no fornecimento de
energia;

84 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


INSPEÇÃO EM ISOLADORES
Efeito Corona
• O surgimento do efeito corona está associado a
níveis de campo elétrico elevados, porém estes
valores dependem de diversos parâmetros:
condições ambientais, a geometria e configuração
de arranjos, além dos materiais isolantes
utilizados.

85 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


TIPO DE ISOLADOR - LTS
Quanto à aplicação
❑ Tipo pino
❑ Tipo pilar
❑ Tipo disco
❑ Tipo bastão
❑ Tipo linepost
❑ Tipo pedestal
❑ Buchas

86 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


TIPO DE ISOLADOR - LTS
Isolador tipo disco
✓ São de vidro ou de porcelana
✓ Usualmente constituem cadeia de isoladores,
sempre em arranjos tracionados
✓ Os condutores são fixados através de ferragens no
lado inferior da cadeia enquanto o lado superior é
preso à estrutura
✓ O número de unidades depende da tensão de
operação da linha

87 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


TIPO DE ISOLADOR - LTS
Isolador tipo disco

88 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


TIPO DE ISOLADOR - LTS
Isolador tipo bastão
✓ São de porcelana ou polimérico
✓ Os poliméricos são usados em distribuição e em
transmissão e seu comprimento depende do nível de
tensão. A “cadeia” é formada por uma única
unidade
✓ Os de porcelana são aplicados usualmente em
transmissão e, dependendo do nível de tensão,
podem ser usados conectados em série, por terem
tamanho limitado

89 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


TIPO DE ISOLADOR - LTS
Isolador tipo bastão
✓ Os perfis das aletas são
características de projeto
de cada fabricante
✓ Podem ser aplicados em
arranjos em paralelo

90 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ENSAIOS
Os equipamentos devem ser submetidos a ensaios em
laboratório, visando avaliar a qualidade do projeto e
do produto. Eles são submetidos a esforços elétricos e
mecânicos que simulem todas as configurações de
operação
✓Os ensaios elétricos, por exemplo, têm por finalidade
verificar quais os níveis de tensão que o isolador suporta
sob determinadas condições em que o isolador pode
funcionar, sem que se verifiquem descargas superficiais
ou perfuração. Caso as descargas existam, avalia-se a
resistência mecânica do isolador

91 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ENSAIOS
Em funcionamento normal (tensão
de serviço), podem surgir
diferentes tensões de descargas
superficiais consoantes às
condições do ambiente tais como
temperatura, umidade, salinidade
etc. É importante conhecer, a
princípio, qual o comportamento
do isolador sob essas condições,
uma vez que a capacidade de
isolamento é afetada

92 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ENSAIOS
De acordo com a NBR 5032 (isoladores de vidro e
porcelana) os seguintes tipos de ensaio devem ser
aplicados para os isoladores:
✓ Ensaios de tipo
✓ Ensaios de rotina
✓ Ensaios de recepção

Os ensaios geralmente são realizados em laboratórios


credenciados

93
ENSAIOS
✓ Ensaios de tipo
▪ Conhecer as características elétricas do isolador,
função da forma e dimensão
▪ Aplicados em amostras de isoladores
▪ Realizados apenas quando se cria ou altera um
isolador e destinam-se a verificar se as características
correspondem às projetadas

Amostras escolhidas
aleatoriamente

94
ENSAIOS
✓ Ensaios de tipo
Alguns exemplos de ensaios de tipo:

95 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ENSAIOS
✓ Ensaios de rotina
Ensaios individuais e efetuados sobre a totalidade
dos isoladores, devendo ser realizados durante a
fabricação. Destinam-se a eliminar os isoladores
defeituosos
▪Admite-se que o ensaio de rotina seja acompanhado por
inspetor credenciado pelo comprador

Alguns exemplos de ensaios de rotina:

96 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ENSAIOS
✓ Ensaios de recebimento
▪ Destinam-se a comprovar os resultados dos
ensaios de rotina efetuados pelo controle de
qualidade do fabricante e constatar as condições
gerais dos isoladores, antes do embarque
▪ É uma espécie de ensaio de aceitação de uma
amostra de um lote de isoladores

97 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.


ENSAIOS
✓ Ensaios de recebimento

Aferição da fixação,
cimentação e esmaltação
98 Profª Camila Guedes - Transmissão e Distribuição.
(Aula 2)

Disciplina: Transmissão e
Distribuição de energia
Período Letivo: 2019.1

99 Profª Camila Guedes – Transmissão e Distribuição de


energia

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