Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Rubens Guerra
1. INTRODUÇÃO
que este seja utilizado como ferramenta de difusão do conhecimento desta tecnologia no meio
técnico.
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
II. RCD (Roller Compacted Dam), método desenvolvido no Japão com o objetivo
de se obter material semelhante àqueles gerados pelo processo convencional de execução de
barragens, utilizando concreto mais argamassado e úmido, porém com o uso do consistômetro
VeBê para a determinação da consistência (ANDRIOLO, 1998 e PACELLI DE ANDRADE
et al., 1997).
III. CCR com Alto Teor de Pasta (High Paste RCC), com grande utilização de
materiais cimentícios, com teores maiores que 150 kg/m3, onde se procura obter coeficientes
de permeabilidade do CCR similares àqueles obtidos na execução com concreto
convencional. Ele consiste na determinação da relação água/cimento e da relação entre uma
adição mineral (mais comumente a cinza volante) e cimento para o nível de resistência
requerido (PACELLI DE ANDRADE e ANDRIOLO, 1998).
IV. Concreto com Teor Médio de Argamassa (Medium Paste RCC), com teor de
material cimentício entre 100 e 149 kg/m3. Esta solução tem desenvolvimento recente e busca
aliar os conceitos envolvidos na economia do CCR Pobre com a homogeneidade possível no
CCR com Alto Teor de Pasta (DUNSTAN, 1999).
V. Concreto Com Alto Teor De Finos (ATF), ou “Método Brasileiro”, método no
qual é adotado um teor de finos entre 8% e 12%, de forma a promover o preenchimento dos
vazios da mistura e atingir uma consistência ideal, coesividade e grau de compactação entre
98% e 99%. Este método contempla a composição dos agregados por meio de curvas teóricas
(neste caso, uma curva cúbica) e possibilidade de utilização de quaisquer tipos de finos, sejam
eles pozolânicos ou inertes, como é o caso do agregado pulverizado (PACELLI DE
ANDRADE et al., 1997).
Qualquer que seja o método adotado, os estudos de dosagem devem levar em
consideração o aspecto econômico, procurando aproveitar a disponibilidade de materiais da
região para reduzir custos com transporte, e objetivar a máxima densidade e grau de
compactação, para atender as especificações de projeto (PACELLI DE ANDRADE e
ANDRIOLO, 1998).
4. CONDICIONANTES PRINCIPAIS
No Brasil, desde a década de 90, tem havido uma crescente no uso do CCR com alto
teor de finos em barragens. Em virtude disso, apresenta-se a seguir a sequência de dosagem
para esta mistura, proposta por Marques Filho (2005).
Hoje no Brasil, a grande maioria dos cimentos tem algum tipo de adição, e no caso
de grandes volumes de concreto, cimentos com adição de materiais pozolânicos, através de
Universidade Federal do Paraná
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil – PPGECC
Disciplina: Tópicos de Concretos Especiais
Prof. Dr. José Marques Filho
misturas na fábrica e/ou na obra, passam a oferecer vantagens sob o aspecto de prevenção
contra reações deletérias expansivas (MARQUES FILHO, 2005).
A utilização de agregados pulverizados proporciona efeitos positivos na
trabalhabilidade, já que estes auxiliam no complemento da pasta e geram efeito filler no
preenchimento de vazios, levando à obtenção de concretos com menores permeabilidades e
maiores massas específicas (ANDRIOLO, 1998; e PACELLI DE ANDRADE et al., 1997).
Além disso, o uso de aditivos plastificantes e/ou retardadores aumenta o intervalo de
tempo de trabalhabilidade adequada do CCR, permitindo-se uma maior flexibilização do
processo construtivo, característica importante para regiões com variações climáticas sazonais
acentuadas, como é o caso das regiões sul e sudeste do país (MARQUES FILHO, 2005).
Como pode ser visto na Figura 01, a curva cúbica garante uma quantidade
aproximada de 12,5% do material passando pela peneira n° 100 e 10% pela de n° 200,
quantidade de finos necessários ao preenchimento dos vazios e à trabalhabilidade, através do
aumento da coesão e da integridade da massa nas diversas etapas da execução.
recipiente até formar uma película de argamassa nas bordas. A presença de argamassa visível
em toda a superfície aparente indica o preenchimento dos vazios e sua compactação
(WENDLER, 2010).
A medida da massa específica compactada pode ser facilmente realizada a partir do
ensaio para determinação do Cannon Time, como já descrito. Através da comparação do valor
determinado com a massa específica teórica, determina-se o grau de compactação da mistura,
que permite avaliar a eficiência do adensamento na mesa vibratória, fornecendo parâmetros
para análise, escolha e correção da mistura (MARQUES FILHO, 2005).
Variando-se o traço se consegue determinar a umidade ótima do CCR, através do
Ensaio Proctor. A umidade ótima deverá ser determinada graficamente através de curvas de
compactação, conforme exemplo da Figura 02, as quais permitem identificar a massa
específica aparente seca máxima (DEL CARPIO, 2009).
Figura 02 – Relações entre massa específica e umidade nas misturas de CCR (c =120 kg/m³)
Fonte: Del Carpio (2009).
6. CONCLUSÕES
Figura 02 – Volumes Absolutos dos Componentes dos Concretos Utilizados na barragem de Itumbiara
Fonte: Pacelli de Andrade et. al. (1997).
Universidade Federal do Paraná
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil – PPGECC
Disciplina: Tópicos de Concretos Especiais
Prof. Dr. José Marques Filho
7. REFERÊNCIAS
ANDRIOLO, F. R. The Use of Roller Compacted Concrete. Oficina de Textos, São Paulo,
1998.