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SANEAMENTO INSPIRADORAS
PLANO DIRETOR
DE DRENAGEM
URBANA
DE PORTO ALEGRE - RS
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 3
PERFIL DA CIDADE 3
O PLANO DIRETOR DE
DRENAGEM URBANA 3
EIXOS DO PLANO DIRETOR
DE DRENAGEM URBANA 4
PRINCIPAIS ENVOLVIDOS 5
PARTICIPAÇÃO SOCIAL ATRAVÉS
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 5
O FINANCIAMENTO 6
OS RESERVATÓRIOS
DE DETENÇÃO 7
EXEMPLO DE EXECUÇÃO 9
PARA SABER MAIS 10
GLOSSÁRIO 11
ÍCONES
Para facilitar a leitura e destacar os pontos mais importantes deste caderno, foram adotados ícones distintos
para cada tipo de informação, são eles:
ATENÇÃO
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INICIATIVAS INSPIRADORAS | 03 | O PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA
Porto Alegre, assim como outras cidades brasileiras, passou por um acelerado
processo de urbanização que resultou em sobrecarga do sistema de drenagem
implantado na cidade. Diante desta situação e com o intuito de planejar o sistema
de drenagem, foi elaborado um Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU). Para a
elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU), foi firmado um convênio
durante os anos de 1999 e 2005, entre a Prefeitura, através do Departamento de
Esgotos Pluviais (DEP) e o Instituto de Pesquisas Hidráulicas do Rio Grande do Sul
(IPH/UFRGS) para avaliar seis das 27 bacias hidrográficas da cidade.
A principal diretriz adotada no PDDrU foi a não transferência dos efeitos da
urbanização para outros pontos da cidade, ou seja, a recuperação da infiltração
natural e a retenção ou detenção das águas pluviais e, por isso, a principal solução
adotada foram os reservatórios de detenção, implantados em diversos pontos da
cidade.
Veja a seguir algumas partes importantes do processo de desenvolvimento do Plano
Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre, como participação social, fontes de
financiamento e entidades envolvidas e, mais sobre reservatórios de detenção, suas
características e exemplos de implantação.
PERFIL DA CIDADE
A cidade de Porto Alegre, às margens do Lago Guaíba, tem uma área de 496,7 km² e uma população de 1.409.351
habitantes (IBGE, 2010). Por possuir grande parte de seu território em cotas muito baixas, e como sua rede de dre-
nagem natural está diretamente relacionada à variação de níveis do Lago Guaíba, foi implantado um sistemas de
diques e bombas que fazem a drenagem das águas das regiões mais baixas de volta para o lago.
ANTES
DEPOIS
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INICIATIVAS INSPIRADORAS | 03 | O PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA
OS EIXOS DO PLANO DIRETOR
DE DRENAGEM URBANA
O Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre é composto por quatro eixos principais, a saber:
• Fundamentos do Plano: trata da regulamentação proposta e das diretrizes adotadas para o desenvolvimen-
to do Plano;
• Manual de Drenagem Urbana: estabelece critérios de planejamento, controle e projeto;
• Revisão do Sistema de Proteção de Inundação de Porto Alegre: trata da revisão hidrológica do funcionamen-
to do sistema de diques e estações de bombas da cidade;
• Planos de controle de drenagem de seis bacias hidrográficas: contempla principalmente, o levantamento
de dados e informações sobre o uso do solo, legislação, rede de drenagem; o diagnóstico da situação atual, o
Plano de Ações com a delimitação da área urbana futura, análise de medidas estruturais e não estruturais e o
processo de divulgação e discussão com a comunidade.
PRINCIPAIS ENVOLVIDOS
• Departamento de Esgotos Pluviais da Prefeitura Municipal de Porto Alegre (DEP/PMPA)
• Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS)
INICIATIVAS INSPIRADORAS
• Governo Federal (concedente do financiamento)
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Para garantir a participação social, em 2007 foi criado, pelo Decreto Municipal
nº 15.588, o Comitê Gestor de Educação Ambiental (CGEA). Este comitê tem como objetivo pro-
por e implementar ações de educação ambiental e integrar as ações já desenvolvidas nos dife-
rentes órgãos administrativos da cidade.
O CGEA fomenta parcerias entre os departamentos municipais e destes, com as esferas esta-
duais e federais. Além de órgãos públicos, também fomenta a parceria do município com insti-
tuições de ensino e pesquisa, empresas e demais grupos da sociedade. Promove ainda, projetos,
palestras, cursos e seminários de educação ambiental.
O investimento para a elaboração do PDDrU, incluindo as análises de todas as bacias hidrográficas, foi
de R$7.000.000,00 (este valor não abrangeu o custo das obras, apenas a elaboração do PDDrU). O fi-
nanciamento deste plano foi realizado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para as obras previstas pelo PDDrU, o DEP possui um investimento de R$84.000.000,00, sendo que
95% deste valor provém de recursos do PAC e 5% são recursos municipais.
O financiamento, que provém, em sua grande maioria, de fundos federais, é concedido ao município,
pois este já atende as exigências do Decreto Federal nº 7.217 de 21 de junho de 2010, a partir do qual,
ficam estabelecidas as diretrizes para o saneamento básico, inclusive, torna obrigatória a elaboração
de Planos de Saneamento ou de Planos específicos para cada área do saneamento (abastecimento de
água, coleta e tratamento esgoto, coleta de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais). Este De-
creto estabelece que a partir de 2014 a existência de um plano de saneamento básico será condição para
o acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados
por órgão ou entidade da administração pública federal.
INICIATIVAS INSPIRADORAS
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OS RESERVATÓRIOS
DE DETENÇÃO
Para dar início à implantação das medidas propostas no Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU), o
Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) selecionou dentre as bacias estudadas, a única em que ocor-
reram fatalidades por causa de inundações, a Bacia do Arroio da Areia. Nesta bacia foram construídos,
até o ano de 2011, três reservatórios de detenção.
INICIATIVAS INSPIRADORAS
Reservatório Anhanguera, São Paulo – SP Reservatório Pantanal, São Paulo - SP
Fonte: Luciano Piva, cedida pela SMSP/PMSP Fonte: Luciano Piva, cedida pela SMSP/PMSP
Reservatórios de detenção
subterrâneos ou cobertos:
Pávia, Itália
Fonte: Acervo Pessoal de Luiz Fernando Orsini de Lima Yazaki/FCTH
Reservatórios de detenção
INICIATIVAS INSPIRADORAS
a céu aberto:
Porto alegre
Fonte: Acervo Pessoal de Erika Tominaga/FCTH
Durante os trabalhos realizados na Bacia do Arroio da Areia foi possível identificar diversas ações que devem ser
melhoradas para o desenvolvimento de projetos futuros. Uma delas é a necessidade de promover uma maior
integração do DEP com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) e o Departamento Municipal de
Limpeza Urbana (DMLU) no planejamento, operação e manutenção das estruturas. Outra ação seria aumentar
a participação da comunidade no desenvolvimento dos projetos, pois ela tem papel essencial na realização e
conservação das obras.
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EXEMPLO
DE EXECUÇÃO
Fonte: Divulgação/PMPA
LOCAL: Praça Celso Luft, Bacia
Hidrográfica do Arroio da Areia.
FINANCIAMENTO: Cerca de R$
1.000.000,00 foi pago com capital particu-
INICIATIVAS INSPIRADORAS
Fonte: Divulgação/PMPA lar como contrapartida pela construção de
um empreendimento na região e o restan-
te pelo Município de Porto Alegre.
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GLOSSÁRIO
B
Bacia hidrográfica: espaço geográfico que drena para um corpo hídrico. Cada ponto de um sistema de
drenagem é associado a uma bacia hidrográfica. O conhecimento dos limites de uma bacia hidrográ-
fica é fundamental para o estudo das vazões de cheias.
M
Macrodrenagem: é o conjunto de ações estruturais e não estruturais destinadas a controlar cheias em
áreas de extensão significativa com períodos de retorno relativamente grandes (de 25 a 100 anos).
Microdrenagem: é definida pelo sistema de condutos pluviais a nível de loteamento e rede primária.
O sistema é composto por sarjetas, bocas-de-lobo e é dimensionado para períodos de retorno de 2 a
10 anos.
P
Poluição difusa: consiste em fontes poluidoras carreadas pelas águas de chuva, estando associadas
ao tipo de uso do solo e atingem o corpo hídrico em diversos pontos. Quando ocorrem as chuvas, todo
tipo de material acumulado em valas, ruas e bueiros são arrastados pela enxurrada para os corpos
INICIATIVAS INSPIRADORAS
d’água
FICHA TÉCNICA DE
SISTEMATIZAÇÃO DO PROJETO