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VITAMINAS*

Prof. Dr. LUIZ ANTONIO GALLO

*Texto adaptado da internet

    As vitaminas são nutrientes orgânicos essenciais nas várias reações do metabolismo,


regulando-as. Em sua deficiência surgem as chamadas doenças da carência (avitaminose).
Algumas vitaminas são hidrossolúveis, enquanto outras só se dissolvem em gorduras. Entre
as lipossolúveis estão as vitaminas A, D, E e K. As demais são hidrossolúveis.

 Como se classificam as vitaminas?          


As vitaminas são classificadas em dois grupos, de acordo com a sua solubilidade: lipossolúveis e
hidrossolúveis.

Vitaminas lipossolúveis Vitaminas hidrossolúveis


Vitaminas B: vitamina B1 (tiamina), vitamina B2
Vitamina A (retinol) (riboflavina), vitamina B6 (piridoxina), ácido
Vitamina D (calciferol) pantotênico, niacina, biotina, ácido fólico (folato) e
Vitamina E (tocoferol) vitamina B12;
Vitamina K Vitamina C
 
 

Vitaminas Principais Fontes Doenças de Carência


Hemeralopia (cegueira noturna),
xeroftalmia (cegueira total por
Vegetais verdes e amarelos; óleo de fígado de
A (Retinol ou Axeroftol) ressecamento da córnea), pele seca e
peixes; gema de ovo; leite.
escamosa, diminuição da resistência a
infecções.
Óleo de fígado de peixes; gema de ovo; produzida Raquitismo (encurvamento de ossos po
D (Calciferol)
na pele pela ação de raios solares. deficiência de cálcio).
Vegetais verdes; óleos vegetais; cereais; fígado Anemia (diminuição de glóbulos vermelh
E (Alfatocoferol)
bovino. no sangue)
Enfraquecimento do processo de
Vegetais verdes; produzida por bactérias no
K (Naftoquinona) coagulação sanguínea, levando à
intestino.
hemorragia.
Beribéri (fraqueza e inflamação dos
B¹ (Tiamina) Cereais; legumes; nozes, fígado bovino.
nervos)
B² (Riboflavina) Leite; hortaliças; ovo; queijo. Rachamento da pele; deficiência visual
PP (Niacina ou nicotinamida) Carne; cereais; peixes; levedura. Pelagra (diarréia e lesões cutâneas)
Anemia; convulsões (contrações
B6 (Piridoxina) Cereais; gema de ovo; fígado bovino. musculares agitadas e desordenadas
independentes da vontade).
B¹² (Cianocobalamina) Fígado bovino; ovos; leite; carnes; peixes; ostras. Anemia; lesões do sistema nervoso.
Frutos cítricos e outros (tomate, acerola, camu- Escorbuto (hemorragias internas e edem
C (Ácido ascórbico)
camu); batata; hortaliças. articulares); gengivite; hemorragias nasa
Fígado bovino; leite; cereais; levedura; Fadiga; depressão; náuseas; lesões
Biotina
produzidas por bactérias intestinais. cutâneas.
Hortaliças; germe de trigo; frutos; levedura;
Ácido fólico Anemia
fígado bovino.
Ácido pantotênico Carne; cereais; ovos; legumes; levedura; nozes. Lesões dos sistema nervoso e digestivo
 

Vitaminas

Fundamentais para a manutenção dos processos biológicos vitais, as vitaminas só começaram a ser estudadas no
início do século XX. Já bem antes, porém, sabia-se ser necessário incluir certos alimentos na dieta, para evitar
algumas doenças.

Vitamina é um composto orgânico biologicamente ativo, necessário ao organismo em quantidades muito reduzidas
para manter os processos vitais. Como as enzimas, representa um autêntico biocatalizador, que intervém em
funções básicas dos seres vivos, como o metabolismo, o equilíbrio mineral do organismo e a conservação de certas
estruturas e tecidos.

Características ger ais.

Nos séculos XVIII e XIX, várias observações empíricas demonstraram que existiam nos
alimentos algumas substâncias que evitavam doenças como o beribéri e o escorbuto. Até o
início do século XX, no entanto, não se comprovara a importância efetiva de tais compostos,
a que em 1912 o químico polonês Casimir Funk chamou vitaminas. As vitaminas diferem
entre si consideravelmente quanto a estrutura, propriedades químicas e biológicas e
atuação no organismo.
A carência de vitaminas na dieta produz doenças graves, as avitaminoses, como o raquitismo, a nictalopia (cegueira
noturna), a pelagra, diversas alterações no processo de coagulação do sangue e a esterilidade. Também a ingestão
excessiva de vitaminas pode c ausar per turbações orgânicas, as hiper vitaminoses.

As necessidades vitamínicas de um indivíduo variam de acordo com fatores como idade, clima, atividade que
desenvolve e estresse a que é submetido. A quantidade de vitaminas presente nos alimentos também não é
constante. Varia de acordo com a estação do ano em que a planta foi cultivada, o tipo de solo ou a forma de
cozimento do alimento (a maior parte das vitaminas se altera quando submetida ao calor, à luz, ao passar pela água
ou quando na pr esença de cer tas substâncias conser vantes ou soporíf eras).

As vitaminas r eceberam nomes científicos, mas são vulgarm ente conhecidas por letr as maiúsculas ou por um termo
associado à doença produzida pela carência da vitamina no organismo. A vitamina A ou retinol, por exemplo, é
chamada também antixeroftálmica. A classificação geral das vitaminas é feita de acordo com sua solubilidade em
água ou gordura. As vitaminas hidrossolúveis são as que compõem o complexo vitamínico B (B1, B2, B6 e B12) e a
vitamina C. As lipossolúv eis compreendem as vitaminas A, D , E e K.

Vitaminas hidrossolúveis. As vitaminas solúveis em água são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo
sistema circulatório até os tecidos em que serão utilizadas. O grau de solubilidade varia de acordo com cada
vitamina e influi no caminho que essa substância percorre no organismo. Quando ingeridas em excesso, as
vitaminas hidrossolúveis são armazenadas até uma quantidade limitada nos tecidos orgânicos, mas a maior parte é
secretada na urina.

A tiamina ou vitamina B1 é importante no metabolismo de alguns ácidos orgânicos. Sua carência provoca uma
doença nervosa caracterizada por paralisia e insensibilidade, o beribéri. A B1 é encontrada em diversos alimentos,
principalmente na casca do arroz. A vitamina B2, ou riboflavina, cumpre importante papel na chamada cadeia
transportadora de elétrons, processo básico na respiração celular e na obtenção de energia por parte da célula. É
abundante na levedura, nos ovos e no leite. Sua deficiência produz distúrbios visuais, fissuras nos lábios e
inflamação da língua. A vitamina B6 intervém no metabolismo dos aminoácidos e sua deficiência provoca insônia,
irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, dificuldade de andar e convulsões. São ricos em vitamina B6 (piridoxina,
piridoxamina e piridoxal) alimentos como cereais integrais, legumes e leite.

A cobalamina (vitamina B12), presente principalmente na carne de fígado, está associada à maturação dos glóbulos
vermelhos no sangue. A carência dessa vitamina se traduz em anemia pronunciada, a chamada anemia perniciosa.
A vitamina PP, também chamada niacina ou ácido nicotínico, também é um dos elementos do complexo B. Sua
carência causa a pelagra, doença que se caracteriza por erupções na pele, além de distúrbios neurológicos e
gastrintestinais.

A vitamina C ou ácido ascórbico é abundante nas frutas cítricas e vegetais verdes. Suas funções no organismo são
múltiplas: participa da síntese do colágeno (proteína importante na formação da pele saudável, tendões, ossos e
tecidos de sustentação e na cicatrização de feridas); da manutenção das paredes dos vasos sangüíneos; do
metabolismo de alguns aminoácidos; e da síntese ou liberação de hormônios da glândula supra-renal. Sua
deficiência produz o escorbuto, doença caracterizada por lesões nas gengivas, queda de dentes e hemorragias por
todo o corpo, que podem levar à morte. A hipótese de que a vitamina C ajuda a prevenir ou mesmo curar certas
doenças (como o resfriado comum ou algumas doenças malignas e infecciosas) continua a ser pesquisada, mas
sem nenhum dado científico que a compr ove.

Vitaminas lipossolúveis. As vitaminas solúveis em gorduras são absorvidas no intestino humano com a ajuda de
sais biliares segregados pelo fígado. O sistema linfático as transporta a diferentes partes do organismo. O corpo
pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis do que de hidrossolúveis. As vitaminas A e D são
armazenadas sobretudo no fígado e a E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O
organismo consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K. Ingeridas em excesso, algumas vitaminas
hidrossolúveis podem alcança r níveis tóxicos no interior do o rganismo.

A vitamina A é encontrada na gema do ovo, na manteiga e nas carnes de fígado e de peixes. Não está presente nas
plantas, mas muitas verduras e frutas contêm alguns tipos de pigmentos (como o betacaroteno), que o organismo
pode converter em vitamina A. A cenoura, por exemplo, é excelente fonte de betacaroteno. A vitamina A é
fundamental para a visão e sua carência produz, entre outras doenças, o ressecamento da córnea e da conjuntiva do
olho (xeroftalmia) e a ceratomalácia (amoleciment o da córnea, com infiltração e ulceração), além de sérios
problemas gastrintestinais.

A hipervitaminose A é caracterizada por diversos sintomas, como náusea, alterações do cabelo (que ficam ásperos
e caem facilmente), ressecamento e escamação da pele, dor nos ossos, fadiga e sonolência. Também são comuns
problemas de visão, dor es de cabeça, distúrbios de cr escimento e aumento do fígado.

A vitamina D pode ser obtida do óleo de fígado de bacalhau e também pela ação da luz ultravioleta sobre alguns
esteróis. Os mais importantes desses esteróis são o 7-diidrocolesterol, formado por processos metabólicos
animais, e o ergosterol (presente em óleos vegetais). A ação da luz solar converte essas duas substâncias em
colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2), respectivamente. As duas participam dos processos de
absorção do cálcio na corrente sangüínea e de formação dos ossos. Sua carência causa o raquitismo, em crianças,
e a osteomalácia, em adultos, principalmente mulheres. A hipervitaminose D pode provocar fraqueza, fadiga, perda
de apetite, náusea e v ômitos.

Chamada também tocoferol, a vitamina E ocorre no gérmen de trigo, na gema de ovo, em verduras e legumes. Atua
no organismo como um inibidor dos processos de oxidação em tecidos orgânicos. Protege as gorduras insaturadas
da oxidação por per óxidos ou outros radicais livres.

A vitamina K é a naftoquinona encontrada nas folhas das plantas. Suas fontes mais abundantes são o óleo de soja,
o espinafre e a couve. É necessária na síntese orgânica de quatro fatores de coagulação do sangue: protrombina e
fatores VII, IX e X. A deficiência de vitamina K no organismo prolonga o tempo de coagulação do sangue e pode
causar hemorragias internas.

Resumo                                  Principais vitaminas

Vitaminas Uso no corpo Deficiência Principais fontes


A (vitamina Necessária para o Cegueira Vegetais amarelos
da visão) crescimento noturna, (cenoura, abóbora,
normal e para o xeroftalmia, batata doce, milho),
funcionamento "olhos secos" em pêssego, nectarina,
normal dos olhos, crianças, abricó, gema de ovo,
do nariz, da boca, cegueira total. manteiga, fígado.
dos ouvidos e dos
pulmões. Previne
resfriados e várias
infecções. Evita a
"cegueira noturna".
B2 Auxilia a oxidação Ruptura da Vegetais de folhas
(riboflavina) dos alimentos. mucosa da boca, (couve, repolho,
Essencial à dos lábios, da espinafre), carnes,
respiração celular. língua e das ovos, fígado, leite,
Mantém a bochechas. fermento de padaria.
tonalidade
saudável da pele.
Atua na
coordenação
motora.
B1 (tiamina) Auxilia na oxidação Perda de apetite, Cereais na forma
dos carboidratos, fadiga muscular, integral e pães,
Estimula o apetite. nervosismo, feijão, fígado, carne
Mantém o tônus beribéri. de porco, ovos,
muscular e o bom fermento de padaria,
funcionamento do vegetais de folhas.
sistema nervoso.
Previne o beribéri.
B(PP) Mantém o tônus Inércia e falta de Levedo de cerveja,
(niacina) nervoso e muscular energia, carnes magras, ovos,
e o bom nervosismo fígado, leite.
funcionamento do extremo,
aparelho digestivo. distúrbios
Previne a pelagr a. digestivos,
pelagra.
B6 Auxilia a oxidação Doenças da pele, Levedo de cerveja,
(piridoxina) dos alimentos. distúrbios cereais integrais,
Mantém a pele nervosos, fígado carnes
saudável. inércia e magras, peixe.
extrema apatia.
C Previne infecções. Inércia e fadiga Frutas cítricas,
Mantém a (adultos).Insônia tomate, vegetais de
integridade dos e nervosismo folha, pimentão.
vasos sangüíneos e em crianças,
a saúde dos dentes. sangramento
Previne o das gengivas,
escorbuto. dores nas juntas,
escorbuto
D* Atua no Problemas nos Óleo de fígado de
metabolismo do dentes, ossos bacalhau, fígado,
cálcio e do fósforo. fracos, contribui gema de ovo.
Mantém os ossos e para os sintomas
os dentes em bom da artrite,
estado. Previne o raquitismo.
raquitismo.
E
Promove a Esterilidade do Óleo de germe de
fertilidade. Previne macho, aborto. trigo, carnes magr as,
o aborto. Atua no laticínios, alface, óleo
sistema nervoso de amendoim.
involuntário, no
sistema muscular e
nos músculos
involuntários.
K Atua na coagulação Hemorragias. Vegetais verdes,
do sangue. Previne tomate, castanha.
hemorragias.

·         A vitamina D não é encontr ada pronta na maioria dos aliment os; estes contêm, em ger al, um precursor que se
transforma na vitamina quando exposto aos raios ultravioleta da luz solar.

Grupo Subgrupo Nome Solubilidade Ação


A   Retinol gordura Crescimento/visão/hormônios
B B1 Tiamina água Nervos/crescimento/tecidos
  B2 Riboflavina água Mucosa/olhos/cicatrização
  B5 Ácido pantotênico água Energia/sistema nervoso
central
  B6 Piridoxina água Hemácias/proteínas/sistema
nervoso centr al
  B11 Ácido fólico água Ácido nucléico/glóbulos
vermelhos
  B12 Cianocobalamina água Células vermelhas do
sangue/DNA
C   Ácido ascórbico água Resistência/estresse/absorção
de ferro
D * Calciferol gordura Retenção de cálcio e fósforo
E   Tocoferol gordura Esterilidade/mucosa/digestão
de gorduras
H ** Biotina gordura Pele/metabolismo/de glicídios
e proteínas
K ** Naftoquinona gordura Coagulação/vasos/fígado
PP ** Nicotinamida(Niacina) água Aproveitamento da energia
dos alimentos

* Produzida no or ganismo a pa rtir do ergosterol

** Produzida ou sintetizada no intestino

VITAMINAS
(Essenciais para a nutrição humana.)

VITAMINA AÇÃO SINTOMAS DEFICIÊNCIAS FONTES

Xeroftalmia Cegueira Noturna pele Gema do ovos, vegetais


A Constituintes dos sistemas visuais.
seca amarelos e frutas.

Co-enzimas de descarboxilase (do


Co-enzimas de descarboxilase (do
ac. Pirúvico e do ac.µ Fígado, grãos de cereais não
TIAMINA OU B1 Beribéri, Neurite
cetoglutárico) refinados levedura.

B2 OU Constituinte das flavoproteínas Levedura, fígado, leite, ovos,


Glossite; queilose
RIBOFLAVINA (FAD) folhas verdes

Niacina, ac. Folhas verdes, gema do ovo,


Constituinte do NAD e NADP (co- Pelagra no homem; língua-negra em
Nicotínio ou leveduras, carne magra,
enzimas das desidrogenase) cães
Nicotinamida fígado

Núcleo prostético de certas Convulsões; Leveduras, trigo, milho,


B6 ou piridoxina
descarboxilases. Hiper irritabilidade fígado, leite

Dermatite , enterite, alopecia, Gema do ovo, fígado, tomate,


Ácido pantotênico Constituinte do Co-A
insuficiência adrenal levedura, cana

Catalisa a fixação de CO2 na Verduras, gema do ovo,


Biotina Dermatite enterite
síntese de ácidos graxos. fígado, tomate, levedura
Grupo do ac.
Fólico Co-enzimas para transferência de
Anemia megaloblastica Vegetais folhudos verdes
um carbono
(Folacina)
B12 ou Ciano Eritropoiese; co-enzima no Fígado, carnes, ovo, leite,
Anemia perniciosa
cobalamina metabolismo dos aminoácidos peixes

C Conserva a integridade das


Frutas cítricas, vegetais de
paredes dos capilares; síntese de Escorbuto
Ácido ascórbico folhas verdes
colágeno.
D Aumento de absorção de cálcio e
Raquitismo Fígado de peixe (atum)
Esteróide fosfato no intestino

E Distrofia muscular e morte fatal em


Co-enzima no transporte de Leite, ovos, vegetais folhudos,
animal; no homem. Esterilidade em
Tocoferol elétrons na cadeia dos citocromos óleo de milho.
ratos.

k Síntese de Protrombina no fígado. Hemorragia Vegetais verdes folhudos

VITAMINAS DO COMPLEXO "B"

À medida que progrediam os estudos sobre as vitaminas, ficou evidente que todo o
grupo de substâncias, provenientes da mesma fonte - os lêvedos - e solúveis em água,
deveria ser classificado junto à vitamina B. Assim nasceu a denominação de
complexo vitamínico B. A experiência clínica demonstrou mais tarde que as
manifestações de doenças por carência de uma vitamina do complexo B podem ser
curadas mais eficazmente se forem administrados, além da vitamina em déficit,
outros componentes do complexo. As melhoras resultantes seriam devidas a uma
"ação de complexo" mais completa do que a soma das ações individuais realizadas
por cada uma das vitaminas.

Algumas das vitaminas do complexo foram designadas com números que seguiam a
letra fundamentalmente (B1, B2, B3, etc.), porém na maioria dos casos receberam
nomes especiais. O complexo B compreende as seguintes vitaminas: tiamina (B1),
riboflavina (B2), ácido nicotínico (PP), ácido fólico, cianocobalamina (B12), piridoxina
(B6), ácido pantotênico, biotina, inositol, colina e ácido paraminobenzóide. Alguns
autores discutem a classificação da biotina e do inositol como elementos
componentes do complexo B. Todas essas substâncias têm grande importância na
alimentação do homem, porém somente algumas são realmente indispensáveis.

Tiamina (B1) ou aneurina - também chamada de vitamina antineurítica (neurite,


inflamação de nervos), a tiamina é indispensável para o bom funcionamento do
sistema nervoso. A carência de vitamina B1 determina sintomas diversos,
principalmente nervosos, cardíacos de intensidade variável, de acordo com o grau de
carência. Quando há falta de tiamina, o paciente sofre de diminuição do apetite,
seguida de distúrbios gastrintestinais e de debilidade geral. Podem surgir logo
alterações nos membros que levam a uma completa paralisia dos braços e pernas. A
paralisia é causada por degeneração (polineuropatia) dos nervos. São observados
também sintomas como nervosismo, fadiga, depressão, irritabilidade e distúrbios de
comportamento e memória.

Nos casos mais graves ocorre a dilatação do coração, com aparecimento de


palpitações, inchaços e falta de ar. Essa ocorrência leva a uma progressiva
insuficiência cardíaca. Todas essas manifestações resultam sobretudo de o
metabolismo dos hidratos de carbono ser alterado pela falta de vitamina B1.

A tiamina entra na constituição das enzimas que residem a formação e


transformação do ácido pirúvico. O ácido pirúvico, por sua vez, é uma das
substâncias intermediárias mais importantes para a realização das transformações
bioquímicas das proteínas, das gorduras e, especialmente, dos hidratos de carbono. A
falta de tiamina impede a sucessiva transformação do ácido pirúvico e, portanto,
impede também a utilização das substâncias que dependem dele para serem
aproveitadas pelas células a fim de satisfazerem suas necessidades energéticas. As
células nervosas são as mais atingidas.

A vitamina B1 é encontrada no mundo vegetal: na palha de arroz, em frutas, em


verduras, em cereais como feijão, lentilha, ervilha etc. Nos tecidos animais, ocorre sob
formas químicas diferentes e é encontrada no leite, na carne e em ovos.

Riboflavina - o nome riboflavina advém do fato de que essa vitamina contém uma
molécula do açúcar ribose e porque pertence a uma classe de pigmentos amarelos
conhecidos pelo nome de flavinas. Esses pigmentos fazem parte integrante da
estrutura das enzimas, as flavoproteínas, que asseguram o transporte do íon
hidrogênio no interior de várias células. A riboflavina constitui fundamentalmente o
grupo ativo do ''fermento amarelo'', identificado pela primeira vez por Warburg como
o principal de toda a série de sistemas enzimáticos das mitocôndrias, estruturas
responsáveis pela respiração celular.

A molécula dessa vitamina facilmente adquire e em seguida perde o hidrogênio.


Participa na constituição de uma enzima respiratória indispensável e, portanto,
encontra-se em todas as células. Quando a alimentação contém uma quantidade
escassa ou é privada dessa substância, ocorrem lesões características dos olhos, como
fotofobia e inflamação da córnea (queratite); ao nível da mucosa da boca e da língua
surgem fissuras , vermelhidão dos lábios; a pele, às vezes, é atacada por dermatite
seborréica.

No homem, essas manifestações são muito raras, não só porque a riboflavina é


facilmente encontrada em vários alimentos (leite, ovos, legumes), como também pela
capacidade do organismo humano de sintetizar, ainda que indiretamente, uma
pequena quantidade de vitamina, através da flora bacteriana.

Ácido nicotínico ou niacina (PP) - o mecanismo de ação dessa vitamina é muito


semelhante ao da riboflavina. O núcleo da nicotinamida faz parte das co-enzimas,
fatores indispensáveis para a ação das enzimas.

Encontra-se largamente difundida na natureza e suas fontes são as mesmas das


outras vitaminas B. Os legumes contêm apenas pequenas quantidades dessa
vitamina.

É sintetizada pelo organismo a partir de um aminoácido essencial, o triptofano,


encontrado em uma série de alimentos.

A carência de ácido nicotínico determina uma manifestação caracterizada por lesões


da pele. Essa manifestação, a pelagra, faz com que a pele apresente um aspecto
rugoso, especialmente visível nas partes expostas ao sol ou sujeitas a atrito. Ocorrem
também distúrbios do aparelho intestinal, seguidos por lesões do sistema nervoso que
levam a graves alterações psíquicas.

Piridoxina ou Adermina (B6) - como as demais vitaminas do complexo B, a


piridoxina é encontrada no reino animal e vegetal: trigo, batatas, legumes, carne, leite
e peixes.

A piridoxina é essencial para o crescimento de animais jovens. Graças à fartura dessa


vitamina, tanto nos alimentos como pela produção da flora bacteriana intestinal, suas
carências também são raras no homem.

A vitamina B6, participa do metabolismo protéico como co-enzima e em numerosos


outros processos enzimáticos do organismo, como o dos ácidos graxos.

Alguns tipos de convulsões sofridas por recém-nascidos devem-se à carência dessas


vitaminas. No adulto podem ser identificados vários sintomas de carência: insônia,
irritabilidade, fraqueza, dificuldade de movimentar-se, lesões cutâneas e nervosas.

A piridoxina é empregada freqüentemente no controle de náuseas e vômitos da


gravidez.

A vitamina B12 - Essa vitamina acabou por ser utilizada no tratamento da anemia
perniciosa em conseqüência de uma série de fatos curiosos. Alguns cientistas da
América do Norte estudavam as anemias provocadas em cães por hemorragias;
observam então que a reconstituição dos glóbulos vermelhos ocorria com maior
facilidade quando os cães eram alimentados com uma dieta muito rica em fígado.
Seguindo essas experiências obtiveram, em 1926, o primeiro sucesso terapêutico pela
administração de grande quantidade de fígado cru a doentes de anemia perniciosa.

Mais tarde, outros pesquisadores procuraram isolar o princípio ativo contido no


fígado, porém somente em 1948 esse fator foi isolado em sua forma pura. Devido às
suas características, esse fator foi incluído no complexo B e recebeu a denominação
de vitamina B12. Logo se evidenciou que a administração de uma pequena
quantidade de vitamina, injetada por via intramuscular, era suficiente para curar o
doente e que, para obter o mesmo efeito mediante administração por via oral, era
necessário empregar doses muito maiores. Comprovou-se, então, que a absorção da
vitamina administrada por via oral depende de um fator secretado pela mucosa do
estômago, o fator intrínseco, isto é, produzido pelo próprio organismo. A vitamina B12
é também denominada, em contraposição, fator extrínseco.

O fator intrínseco, associado com o fator extrínseco, forma o principio antianêmico,


que é facilmente absorvido e armazenado no fígado, os dois fatores ''trabalhariam''
um ao outro na mucosa gastrintestinal e, como resultado, produziriam o fator
antianêmico. Esse fator é fornecido normalmente pelo fígado à medula óssea para
atender às necessidades da hematopoese (produção de sangue). Na ausência desse
fator, os eritroblastos (células jovens) não podem amadurecer, produzindo hemácias
anormais.

Há doentes de anemia perniciosa em que as glândulas gástricas não produzem a


quantidade necessária de fator intrínseco , imprescindível para que a vitamina possa
ser absorvida. No caso, o tratamento por via oral só poderá ser feito se forem
administradas, conjuntamente com a vitamina, porções de mucosa de estômago de
porco pulverizada. Os resultados satisfatórios alcançados com esse tratamento são a
melhor prova de que a mucosa gástrica contém o fator necessário para a absorção da
vitamina B12.

Além de estar presente no fígado, a vitamina B12 é encontrada também em ovos, leite,
carne e peixe.

As necessidades dessa vitamina são pequenas e, durante o tratamento, doses de até 40


microgramas determinam respostas terapêuticas favoráveis.

A vitamina B12 é empregada com maior freqüência no tratamento de algumas


anemias, principalmente em casos de anemia perniciosa, para a qual constitui a
terapêutica mais eficaz. É utilizada também em diversos distúrbios neurológicos
periféricos.

O uso generalizado de vitamina B12 ocorre possivelmente em conseqüência do


conhecimento popular da ação trófica exercida pela vitamina sobre o sistema
nervoso periférico. Comumente atletas e esportistas com condições orgânicas
perfeitamente normais recorrem ao uso de injeções de vitamina B12 para melhorar o
rendimento físico. No entanto, essa prática é completamente dispensável. Na maioria
das vezes, a melhora se deve apenas ao efeito psíquico da confiança depositada na
droga.

Uma das principais ações de caráter químico propriamente dita, através da qual a
vitamina B12 realiza sua função no organismo, está ligada a outros importantes
fatores vitamínicos, os ácidos fólicos, que desempenham papel destacado na
hematopoese.

Ácido fólico - essa denominação compreende diversas substâncias que se encontram


no fígado, nos rins e também nas verduras. Foram isoladas, pela primeira vez, da
folhas verdes de várias plantas , como espinafre e ervilha. Um medicamento
tradicional, o extrato de fígado, contém uma quantidade substancial de vitamina B12
e ácido fólico. O organismo humano sintetiza parcialmente o ácido fólico, por meio da
ação exercida por bactérias intestinais que "trabalham" o ácido glutâmico. A
denominação genérica ácido fólico indica substâncias que apresentam
fundamentalmente a mesma estrutura química e as mesmas propriedades
vitamínicas. A mais importante dessas substâncias é o ácido fólico propriamente dito,
ou ácido pteroilglutâmico, e sua forma ativa designada pelo nome de ácido folínico.

Alguns pesquisadores utilizam o ácido fólico no tratamento da anemia perniciosa,


com ótimos resultados. Os ácidos fólicos são eficientes em vários tipos de anemia
como a megaloblástica e a macrocítica. Exercem, juntamente com a vitamina B12, um
papel essencial na síntese dos ácidos nucléicos. Os ácidos fólicos e a vitamina B12
intervêm em estágios diferentes do processo relacionados com o crescimento,
desenvolvimento e hematopoese.

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