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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

Licenciatura plena em Ciências Naturais com Habilitação em Química

Daílton Gomez Guimarães;

Jonathan Matheus Reis de Araújo;

Victor Lucas Seade Ribeiro.

CÉSIO

Professor: Dr. José Ribamar de Castro Carvalho

Belém / Pará

2019
1. Introdução.

A partir dos avanços tecnocientíficos, tornou-se vital as buscas por fontes de energia
capazes de suprirem as demandas da humanidade em diversas atividades, dessa maneira, uma
das alternativas energéticas possíveis de serem utilizadas é a energia nuclear. Apesar de que,
inicialmente, foi explorada como artifício militar, durante a Segunda Guerra Mundial, e de
haver muitas controvérsias em relação aos riscos, essa se evidencia como imprescindível para
alguns países, tais como: França, Japão, Alemanha e Estados Unidos, que a têm como a
principal matriz energética.

2. Desenvolvimento.

2.1. Fissão e fusão nuclear.

Em usinas nucleares, pode-se obtê-la por meio da fissão nuclear induzida, no qual há a
“quebra” de núcleos de radioisótopos instáveis, no caso o urânio-235, devido ao
bombardeamento desse núcleo com partículas menores (como nêutrons), gerando radioisótopos
menores que liberam quantidades muito grandes de energia.

Além da fissão, outra forma de ser obtida é a partir da fusão nuclear, processo que ocorre
no nosso Sol e em estrelas no Universo por meio da junção de núcleos pequenos dando origem
a um mais pesado; embora tal procedimento libere bastante energia, a realização de fusão
nuclear de maneira controlada com o intuito de canalizar a energia liberada ainda é complexa,
já que emprega-se velocidades extremamente altas para que ocorra a colisão entre os núcleos.

2.2. Usinas nucleares.

Nas usinas nucleares, como as de Angra 1 e 2, em Angra dos Reis (RJ), a fissão ocorre
no núcleo do reator e há liberação de energia em forma de calor; no primeiro sistema a água é
aquecida a 320°C, mas ela não evapora, pois está pressurizada a uma pressão de 157 vezes
maior que a pressão atmosférica; no segundo sistema outra água em condições normais é
aquecida e evapora girando uma turbina a aproximadamente 1.800 rpm, essa energia cinética é
convertida em energia elétrica por um gerador, a água que evaporou no segundo sistema é
resfriada pela água proveniente de mar, rios e lagos em um terceiro sistema, nos três sistemas
a águas não se mistura (ELETRONUCLEAR, 2015).
Há projetos experimentais para aproveitar a fusão nuclear, como o Tokamak1 que
apresenta uma mistura gasosa que gira a uma temperatura de 100 000 000ºC, onde o campo
magnético gerado pela corrente elétrica que circulam nas bobinas impedem que o plasma
derreta as paredes do recipiente e acaba confinando o plasma no recipiente.

2.3. Malefícios e benefícios da energia nuclear.

Além das vantagens energéticas, essa fonte é considerada limpa, pois a produção pelos
reatores não libera gases para o efeito estufa, gerando quase nenhum impacto para a biosfera e
não contribui para a destruição da camada de ozônio. Ao comparar a outras, tais como: usinas
hidrelétricas e aquelas movidas a combustíveis fósseis, uma usina nuclear requer uma área
menor e também causas poucas alterações no ecossistema da região. Considerada também uma
imprescindível ferramenta para a Medicina, pois é utilizada em diversas terapias, para o
diagnóstico contra o câncer e em tratamentos de irradiação de sangue com raios gama, para
pacientes com deficiências imunológicas.

No entanto, há objeções acerca da energia nuclear, visto que os subprodutos gerados no


processo - chamados lixos atômicos ou resíduos radioativos -, demoram muito tempo para
perder sua capacidade radioativa e deve haver uma destinação adequada desses produtos. Essa
destinação dos produtos, além de ser um custo extra, ainda pode aumentar os riscos de danos
ao ser humano, porque poderá suscitar possíveis acidentes devido a falhas ou desastres naturais,
e ao meio ambiente, já que pode causar problemas nos ecossistemas aquático pela água de
resfriamento que é usada nos reatores, fomentando a poluição termal que pode afetar diversos
tipos peixes, algas e corais.

2.4. Césio

O césio (símbolo químico Cs, número atômico 55) é um membro do grupo de elementos
químicos conhecidos como metais alcalinos. De cor dourada suave e prateada, é um dos poucos
metais que se liquefazem perto da temperatura ambiente.

É o mais alcalino dos elementos estáveis, reagindo explosivamente com a água para
produzir o hidróxido de césio alcalino, que pode corroer o vidro.

1
É um acrônimo das palavras russas toroidal'naya kamera magnitnoi katushki, que significam câmara toroidal e
bobinas magnéticas.
Seus átomos perdem facilmente elétrons para produzir íons. Essa propriedade torna o
césio útil para células fotoelétricas. O césio é um catalisador para certas reações em química
orgânica.

2.4.1. História
O césio foi descoberto por Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff em 1860. O elemento foi
reconhecido quando analisaram um espectro de água mineral obtido de Dürkheim, na
Alemanha.

Eles colocaram uma gota da água em uma chama e observaram as linhas espectrais de
vários elementos. Entre essas linhas, observaram duas linhas azuis que não provinham de
nenhum dos elementos conhecidos.

Eles concluíram que as linhas azuis foram produzidas por um elemento até então
desconhecido, que eles chamaram de césio (da palavra latina caesius, que significa “céu azul”
ou “azul celestial”).

Assim, o césio tornou-se o primeiro elemento descoberto pela análise espectral. Bunsen
isolou sais de césio da água da fonte, e o próprio metal foi isolado em 1881 por Carl Setterberg,
que trabalhava no laboratório de Bunsen.

2.4.2. Aplicações
Este elemento possui muitos isótopos, dos quais o único isótopo estável (césio-133) se
tornou o padrão primário para medir segundos de tempo e é, portanto, a base de relógios
atômicos.

Alguns de seus isótopos radioativos são usados para tratar certos tipos de câncer. O césio
134 ajuda a medir a produção de césio pela indústria de energia nuclear.

O césio-137 é comumente usado na indústria para aplicações como medidores de


densidade de umidade, medidores de nivelamento e medidores de espessura. Os compostos de
césio são levemente tóxicos.
2.4.3. Características
Como um metal alcalino, o césio faz parte do grupo um da tabela periódica, entre o rubídio
e o frâncio. Além disso, encontra-se no período seis, pouco antes do bário. Este metal dourado
prateado é macio e dúctil.

O césio é o mais eletropositivo e mais alcalino dos elementos químicos estáveis. Além do
frâncio, ele tem o menor potencial de ionização de todos os elementos, o que significa que ele
perde prontamente seu elétron mais externo para se tornar um íon.

Juntamente com o gálio, o frâncio e o mercúrio, o césio está entre os poucos metais que
são líquidos à temperatura ambiente ou próximo dela. Seu ponto de fusão é de 28,44 °C.

O césio reage explosivamente quando entra em contato com a água (mesmo com água
fria) e também reage com o gelo a temperaturas acima de -116 °C. A reação com a água produz
hidróxido de césio (CsOH), uma base química extremamente forte. Além disso, o césio reage
violentamente com o cloro gasoso para produzir cloreto de césio (CsCl).

2.4.4. O césio 137

O Césio 137 é um isótopo radioativo resultante da fissão de urânio ou plutônio, é usado


em equipamentos de radiografia, mais temos um problema, e este ocorre quando o isótopo é
desintegrado e dá origem ao Bário-137 que passa a emitir radiações gama. Os raios gama
possuem um grande poder de penetração, sendo nocivos ao ser humano.
2.5. Acidentes nucleares.

2.5.1. Chernobyl.
O que consta na história da produção de energia, o maior desastre nuclear ocorrido foi em
Chernobyl, na região da Ucrânia, na ex-URSS, em 26 de abril de 1986, segundo a Escala
Internacional de Acidentes Nucleares (INES) que classificou o acidente de nível sete (o nível
mais grave na escala).
No dia os engenheiros estavam realizando experimentos com displicência, visto que o
reator foi operado muito abaixo do limite inferior, culminando no seu superaquecimento. Em
seguida, os operadores da sala de controle desligaram o reator, porém o aquecimento provocou
uma explosão que lançou partículas radioativas nas proximidades.
As autoridades soviéticas enviaram em torno de 600 mil trabalhadores, que ficaram
conhecidos como: liquidadores, a fim de conter as chamas e retirar os moradores da região. O
resultado dessa investida soviética foi a morte de 35 mil liquidadores e 95 mil desenvolveram
sequelas devido à exposição, segundo a ONG Chernobyl Union. Foi construída ao redor da
usina uma estrutura de concreto, aço e chumbo com o propósito de evitar que mais radiações
fossem expelidas nas cidades próximas.

As consequências socioambientais foram deprimentes no que concerne a qualidade de


vida da população local; a perda de vida humana ultrapassou a casa de 2,4 milhões (incluindo
as mortes adicionais), houve aumento significativo de cânceres nas proximidades, vários
alimentos foram contaminados e moradores desalojados.

2.5.2. Césio-137 de Goiânia.

Segundo a INES o acidente radioativo de Goiânia foi de nível cinco, ocorrido em


setembro de 1987, quando dois catadores encontraram uma bomba de césio-137 nos escombros
do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR).

Após violarem o aparelho, os homens venderam a um dono do ferro-velho da Rua 26-A,


Devair Alves Ferreira, cujo ficou impressionado com a luminescência do césio, indo mostrar
posteriormente aos seus familiares e vizinhos. O resultado dessa manipulação foi o falecimento
da filha de Devair e mais dez pessoas e a contaminação de outras 600 pessoas.

3. Lixo atômico.

É todo resíduo formado por compostos radioativos que não são mais utilizáveis na prática.
São provenientes, geralmente, de usinas nucleares, armas nucleares e instrumentos
radioterápicos.

Os rejeitos nucleares são bastante nocivos aos seres humanos e ao meio ambiente, por
ainda apresentarem atividade nuclear, por isso deve-se armazená-los em containers especiais, e
dependendo do resíduo, eliminá-los em estruturas geológicas. No entanto, esse método de
deixar por muitos anos rejeitos químicos em compartimentos suscetíveis ao desgaste não é
garantia de segurança. Talvez, com os progresso científicos possamos criar cultura de fungos
radiotróficos2 e utilizá-los na eliminação dos “infindáveis” resíduos nucleares.

2
Segundo a cientista Ekaterina Dadachova, da Albert Einstein College of Medicine, são espécies de fungos que
sofreram mutações e têm a capacidade de realizar uma espécie de “radiossíntese”, isto é, converter radiação
nuclear em energia química para o seu desenvolvimento.
4. Conclusão.

A pesar do acidente em Goiânia ter sido catastrófico, e o césio 137, ser uma substância
letal para o ser humano e o meio ambiente, no geral, o césio e seus isótopos, trazem mais
benefícios do que malefícios, é claro, dependendo do bom uso e de certas reponsabilidades,
pois não só o césio mais qualquer “coisa” em mãos humanas com manuseio errado, pode ter
consequências negativas irreparáveis para o homem e a natureza.

A realização do trabalho nos possibilitou inquirir que energia nuclear pode promover
diversos avanços tecnológicos para o desenvolvimento da sociedade e também seria possível
uma independência em relação aos combustíveis fosseis, mesmo isso parecendo muito utópico,
esse o objetivo deve ser trabalhado; mas tomando medidas de segurança e desenvolvendo novas
tecnologias para se prevenir das ameaças de possíveis catástrofes ambientais.

Mesmo que haja relutâncias acerca da utilização dessa, salientamos que se fosse
desenvolvida a partir da fusão nuclear seria viável, pois é um recurso que pode fornecer uma
fonte altamente limpa e sustentável de energia a longo prazo sem a liberação de subprodutos
radioativos; no entanto, ainda é um projeto futuro e, por isso, deve-se haver investimentos, pois
essa será a solução para a problemática dos riscos de escassez energética e, enquanto não a
temos, teremos que utilizar outras fontes limpas para que não haja mais prejuízos
socioambientais.

5. Referências bibliográficas.
LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. 5. Ed. São Paulo: Blucher, 1999. p.462-478.

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. p. 705-729.

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<http://www.plasma.inpe.br/LAP_Portal/LAP_Sitio/Texto/Tokamaks.htm>. Acesso em: 23. jun. 2015.

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<http://www.eletronuclear.gov.br/Saibamais/Espa%C3%A7odoConhecimento/Pesquisaescolar/EnergiaNuclear.aspx>. Acesso em: 23. Jun. 2015.

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DADACHOVA, E. et al. Ionizing Radiation Changes the Electronic Properties of Melanin and Enhances the Growth of Melanized Fungi. Public Library
of Science. EUA. 23 mai. 2007. Disponível em: <http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0000457>. Acesso em: 1 jul. 2015.

MORAES, M. Os monstros de Chernobyl. Superinteressante, ed. 257, out. 2008. Disponível em:<http://super.abril.com.br/ciencia/os-monstros-de-
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