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RESUMO ABSTRACT
A articulação entre Redução de Danos e Saúde Mental na Aten- The issue of Harm Reduction and Mental Health in ‘Primary
ção Básica tem exigido trabalhar com a reformulação da con- Care’ has required the reformulation of health concept and
cepção e das práticas em saúde, enfatizando a integralidade e a model, emphasizing the integrality and ´intersectoriality` as
intersetorialidade e, especialmente, a integração com as ações well as the integration with strategic actions such as the Fam-
estratégicas, entre elas e o Programa Saúde da Família - PSF. O ily Health Care Program - PSF. This article aims at presenting
objetivo deste artigo é apresentar a Redução de Danos como the harm reduction, as a strategy of public health in the field of
estratégia em Saúde Pública no campo do uso de drogas junto à drug use along with Mental Health and the Family Health Care
Saúde Mental e ao Programa Saúde da Família na Atenção Básica. Program in Health Care. So, the drug problem has been inserted
Para tanto, contextualizou-se o uso de drogas na realidade social, within the context of social reality, through the development of
desenvolvendo operadores conceituais que sustentam esta pro- conceptual operators, which sustain this proposal. In addition,
posta. Relataram-se experiências práticas de Redução de Danos practical experiences of harm reduction have been related, all of
- RD, desenvolvidas em diferentes interfaces, considerando os which interconnected with other fields, considering the follow-
seguintes aspectos na Atenção Básica: estabelecimento de redes, ing aspects: the establishment of networks, flexibility, respect to
flexibilidade, respeito às subjetividades e aos direitos humanos e subjectivity, construction of possibilities in collective health and
construção de possibilidades em saúde coletiva. respect to human rights.
dores do vírus HIV, isso porque diminuiu a Básica, precisa-se considerar as diferentes
transmissão de doenças infecto–contagiosas concepções e formas de agir em saúde.
e se promoveu a reinserção social de usuários Essa concepção permite um trabalho
de drogas. em saúde de forma integral, equânime e
Hoje, configura-se, diante do atual cená- justa. Isto se torna viável por meio de um
rio, a necessidade de sua expansão de forma paradigma que não centra sua atenção na do-
a contemplar os estilos de vida dos diferentes ença, mas, sim, no estabelecimento de uma
usuários de álcool e outras drogas, e cidadãos relação com pessoas que pensam, opinam,
em geral, em situação de vulnerabilidade. sofrem e que têm direito ao exercício pleno
Considera-se que essa complexidade exige de cidadania.
ações transversais e multissetoriais, que in- Assim, a atenção integral compreende
tegrem enfoques e abordagens variadas na o desenvolvimento contínuo de produção
promoção de saúde. Compreende-se que, de singularidades e coletividades na trajetó-
ao criar possibilidades de redução dos danos ria de vida dos usuários dos serviços e dos
trabalhadores.
subjetivos, se qualificam as condições para o
A complexidade do problema do uso de
exercício da cidadania (BRASIL, 2003).
drogas na contemporaneidade nos coloca
A simples troca de seringas não estimula
o desafio de articular saberes, entre eles,
o uso, e, sim, evita-o e conscientiza o usuário
psicológico, sociológico, jurídico, etnológico
da necessidade de evitar o contágio do HIV e
e religioso. O que ainda se observa é uma
da hepatite, bem como propõe informação e
dissociação entre os saberes, em que cada
conscientização sobre o autocuidado.
um reivindica para si a compreensão desse
As ações de Redução de Danos deram
fenômeno e tenta oferecer explicações e
visibilidade, inicialmente, aos usuários de
soluções, muitas vezes reducionistas.
drogas injetáveis no SUS, promoveram a Torna-se inviável pensar o uso de drogas
organização de profissionais e usuários, como competência de um saber único. É ne-
trouxeram contribuições significativas para a cessário compor dentro de uma perspectiva
revisão das leis em vigor e proporcionaram interdisciplinar, com vista à resolução de um
o compartilhamento de saberes técnicos e problema complexo, o qual requer ações
saberes populares, criando condições para a articuladas (JAPIASSU, 1976).
construção de estratégias que se mostraram As ações de Redução de Danos con-
eficazes na abordagem dos problemas de tribuíram para clarear a visão sobre esse
saúde dos consumidores de drogas, como se complexo problema social, flexibilizando
pode constatar nas experiências que constam métodos para facilitar o acesso, universali-
neste texto. zando o atendimento e produzindo lugares
Ao falar-se nesta importante interface, de cidadania.
Redução de Danos e Saúde Mental nos Originalmente, a Redução de Danos
Programas de Saúde da Família na Atenção estava voltada para a prevenção de doenças
interfaces, segmentos sociais e setores insti- consumo leva à dependência e que há dife-
tucionais que os abordam (educação, saúde, rentes riscos ligados ao uso de drogas. Na
justiça, entre outros). perspectiva da RD, cabe ensinar a consumir
Em geral, não se ouvem os usuários de com responsabilidade e consciência (se for
drogas, porque há “consensos” em nossa o caso), assim como ensinar a não consumir,
sociedade, resultando em ensurdecimento de acordo com a forma como as pessoas se
de possibilidades de escuta e de acolhimento colocam em relação à sua demanda de saúde:
ético e digno. A pouca disponibilidade em aos que não tomam drogas, oferecer infor-
ouvir sobre suas histórias dá-se por conta mação e apoio para que possam defender
das resistências em admitir o convívio com sua posição e ajudar aos amigos que usam; às
as drogas e usuários, pois, freqüentemente, pessoas que usam drogas, auxiliá-las para que
estão associados a práticas de irresponsabi- preservem modelos de consumo não-pro-
lidade, de prazer irrestrito, de delinqüência blemáticos; e para as pessoas que precisam
e de afronta aos hábitos e costumes social- de ajuda, facilitar-lhes o acesso a espaços de
mente aceitos. O sofrimento e o mal-estar
informação, orientação e atenção, conforme
em que vivem ficam invisíveis. A droga toma
os movimentos da RD nas experiências de-
o sentido da cena, incorporando o agente no
senvolvidas no mundo.
qual se supõe um poder e que, em decorrên-
Assim, acolhem-se as formulações de
cia, causa, nas diferentes instâncias, grande
Armani e Ceccim (2001) quanto à compre-
impotência. Se o toxicômano diz “eu sou o
ensão de Educação e Saúde.
cara”, as várias instâncias que o abordam
Educação como processo relativo aos
confirmam esta posição, à medida que se cur-
aprendizados envolve aspectos cognitivos
vam ao poder mágico de potência da droga
e afetivos de caráter sóciointerativo. Desse
quando se aterrorizam e se imobilizam.
Para ampliar as possibilidades de atenção modo, abrange tanto o campo das cons-
e acolhimento, faz-se necessário considerar truções cognitivas quanto das experiências
a articulação que ocorre em um contexto intensivas resultantes do estar junto e da
para determinado sujeito e o encontro com composição de coletivos de aprendizagem.
as substâncias. Saúde, em seu sentido mais abrangente,
A lógica repressiva coloca o acento na não é a expressão das condições de vida e
droga, resultando em baixa resolutividade e trabalho, expressando as determinações das
significativos danos. Para seguir apostando condições de alimentação, habitação, edu-
nos sujeitos que são alvo das políticas públi- cação, meio ambiente, trabalho, transporte,
cas, faz-se necessário escutá-los e aceitar o emprego, lazer, liberdade, acesso a serviços
consumo de drogas independentemente dos de saúde, mas é também a capacidade de lu-
aspectos legais que isso envolve. Trabalhar tar por qualidade de vida e mobilizar energias
com saúde pública e drogas significa aceitar para reinventar a vida – o social – políticas
que o consumo ocorre, que nem sempre o sociais.
O que se expôs até o momento exige mental, ou seja, todo portador de sofrimento
uma transformação que não é simplesmen- psíquico, incluindo aí os usuários de drogas,
te técnica, mas que envolve a formação e a não reservando esse atendimento somente
gestão do trabalho em saúde, mudanças nas ao campo dos especialistas. Um auxiliar de
relações, nos processos, nos atos de saúde enfermagem, ou um enfermeiro, ou um
e, principalmente, nas pessoas. agente comunitário, em duplas, podem fazer
Para Japiassu (1976), ao falar da patologia grupos operativos, oficinas de criatividade,
dos saberes, é preciso o reconhecimento, assembléias, visitas domiciliares, oficina
por parte de cada especialista, do caráter de geração de renda, passeios na cidade,
parcial e relativo de sua própria disciplina, de acompanhar os usuários em viagens, recre-
seu enfoque, cujo ponto de vista é sempre ação e festas. Essas atividades são escolhidas
particular e restritivo. Dessa forma, é em fun- conforme a capacitação e a habilidade do
ção de alguns pressupostos compartilhados trabalhador de saúde e do desejo dos usu-
que se torna possível entender e abordar o ários. Essa forma de trabalhar em parceria,
usuário de drogas em sua rede social, sem por exemplo, associando ações do Programa
reducionismos e na sua integralidade. de Agentes Comunitários de Saúde - PACS
Nesse entrecruzamento, é preciso con- e PSF e da Saúde Mental, tem produzido um
siderar várias condicionantes e dimensões incremento de saúde entre os profissionais
que permeiam e afetam o usuário de dro- da saúde. Muitos municípios adotaram essa
gas, devido às circunstâncias sócioculturais, perspectiva, impulsionados por cursos em
históricas e políticas em que vivemos, para Atenção Integral à Saúde Mental Coletiva.
que então se possam acolher contribuições
Esse movimento indica uma nova organiza-
que auxiliem a avançar na abordagem do
ção dos serviços que ressalta a importância
uso de drogas de forma ética e subjetivante,
das reuniões de equipe, de estudos, da inte-
produzindo espaços de cidadania.
gração entre gestão, educação, atenção e a
participação social (trabalhadores e usuários)
Redução de Danos e Saúde Mental na no planejamento das ações, do respeito aos
Atenção Básica direitos dos usuários. Criar condições para
que o sujeito venha a exercitar o cuidado de
Uma questão se coloca: como fazer a si e a desejar um projeto de vida, em lugar
mudança de abordagem centrada no atendi- de o Estado impor o acesso a seus direitos
mento especializado aos usuários de drogas como um dever. Coloca-se a necessidade da
para uma atenção integral a partir do Pro- formação que contemple esses desafios.
grama Saúde da Família e, de forma geral, A Redução de Danos e a Saúde Mental,
da Atenção Básica? voltados aos Programas de Saúde da Família
O entendimento que se deseja trans- na Atenção Básica, abordam as pessoas,
mitir é que os profissionais da saúde em famílias, grupos e instituições em sua inte-
geral podem atender aos usuários da saúde gralidade. Consideram aspectos da saúde
Boletim da Saúde | Porto Alegre | Volume 18 | Número 1 | Jan./Jun. 2004
redução de danos e saúde mental na perspectiva da atenção básica | 67
orgânica, psíquica e sua interface com o vista da saúde e dos seus aspectos sociais e
social, trabalhando com educação em saúde econômicos sem, necessariamente, reduzir
e cidadania. esse consumo.”
Os Programas de Redução de Danos É um conceito e uma abordagem que
- PRD, por meio de seus redutores, vão até podem ser percebidos como empáticos,
a população, dialogam e trocam não apenas ou seja, através de uma relação humanitária
os equipamentos, mas sentimentos, informa- busca-se auxiliar o usuário no cuidado das
ções e experiências de vida. conseqüências de seus comportamentos,
Em parceria com os PSF, os PRD de- sem jamais rotulá-lo (RIO GRANDE DO
senvolvem inúmeras atividades: distribuem SUL, 2001).
na comunidade material informativo e edu- Hoje, a Redução de Danos constitui-se
cativo, realizam oficinas em instituições para como uma estratégia de saúde pública, sendo
discutir uso de drogas e sexualidade, incluem apoiada pela Organização Mundial da Saúde
o acesso a preservativos masculinos e femi- - OMS e outros organismos das Nações Uni-
ninos e a seringas limpas, ensinam formas das (BUCHER, 1995). Ao contextualizar a
de diminuir o risco, incluindo a negociação importância dessa estratégia, o autor defende
sexual com o parceiro sobre sexo seguro e que é inconcebível deter-se na prevenção a
uso do preservativo. Dispõe-se a uma atitude drogas, esperando alcançar resultados, en-
pesquisadora, participativa, com respeito às quanto danos maiores advindos do seu uso
diferenças e com ética. se espalham rapidamente.
Contudo, seus resultados têm desperta-
do um entendimento ainda mais abrangente
Construção do conceito de Redução de do que RD significa e pode significar, dando
Danos Ampliada origem a uma noção de Redução de Danos
Ampliada, ou seja, uma ação que busca a
A Redução de Danos pode ser entendida interface com os diversos setores (judicial,
por duas vertentes principais: 1) como uma educacional, saúde, entre outros) e com uma
estratégia para reduzir danos de HIV/DST lógica que possa ser aplicada nas diferentes
em usuários de drogas e 2) como conceito demandas sociais, e não apenas na saúde.
mais abrangente que inclui ações no campo Segundo o Ministério da Saúde, a Re-
da saúde pública e de políticas públicas que dução de Danos desenvolvida entre UDI
visam a prevenir os danos antes que eles mostra-se eficaz e, portanto, em condições
aconteçam (DIAS et al., 2003). de ser ampliada junto a usuários de outras
Segundo Woodak (apud REGHELIN, drogas, tais como álcool, crack, tabaco, tan-
2002, p. 74), “redução de danos é uma to no tocante à disponibilização de insumos
tentativa de minimização das conseqüências para uso seguro, quanto no fortalecimento
adversas do consumo de drogas do ponto de do protagonismo desses consumidores para
a realização de ações entre pares e sua par- probabilidade do/a usuário/a ser acolhido/a
ticipação na formulação de políticas públicas, e estabelecer vínculo (qualidade de vida).
estratégias de comunicação e elaboração de Quando a segurança aborda o/a usuário/a
materiais educativos (BRASIL, 2003). com ética estará fazendo RD subjetiva.
A fim de articular o conceito de RD
Rose Mayer¹ (CRRD) considera a RD como um
Ampliada no Grupo Assessor, do qual partici-
paradigma a partir do qual se parte do real,
pam o Centro de Referência em Redução de
do existente para uma situação melhor e
Danos da ESP, a Seção Estadual de Controle
possível. Relaciona-se com a interdiscipli-
das DST/AIDS, a Seção Estadual de Saúde
naridade, pois o “real” e o “possível” po-
Mental e Neurológica e o Movimento Me-
dem ser vistos de vários olhares. Pressupõe
tropolitano de Redução de Danos - ONG e,
autoria, protagonismo, pois é o sujeito que
recentemente, a Coordenação Estadual de
vai poder avaliar o “real” e o “melhor”. É
PSF e a Coordenação dos Núcleos Regionais
um processo educativo, de construção de
de Educação em Saúde Coletiva - NURESC
autonomia.
da ESP, desenvolveram-se discussões a par-
tir das quais emergiram várias construções, É prevenir o HIV, além de minimizar
propostas pelos participantes, com relação à danos em relação ao uso de drogas. É um
formulação do conceito de Redução de Da- conceito ampliado que se dirige aos princípios
nos. Estas formulações permitem visualizar a do SUS com ênfase na integralidade, lógica de
pluralidade de agenciamentos da RD Amplia- trabalho que medeia um ideal imperativo que
da em direção à integralidade, ilustrando as conduz ao fracasso. É uma estratégia de saúde
possibilidades de articulação intersetorial. pública, uma transversalidade que pode per-
mitir um melhor delineamento intersetorial.
Segundo Marta Conte 1 CRRD, acredita-se que
É um conceito operador que implica territo-
Redução de Danos são estratégias que
rialização política, administrativa e técnica da
podem ser desenvolvidas em diferentes
atenção em saúde coletiva, qualificando práti-
campos e que visam à construção de pos-
cas com trabalhadores de saúde. Compreende
sibilidades de vida a partir de ações que
um paradigma de trabalho que relativiza as
considerem os processos de subjetivação.
intervenções de acordo com a realidade, que
Possibilidades de Vida pode ser traduzido
se preocupa com a escuta de demandas, dese-
por auto-estima, autocuidado, reconheci-
jos e necessidades, que viabiliza e sistematiza
mento do sujeito em um vir-a-ser (devir)
um plano de trabalho singularizado.
desejante. Quando a escola considera a
realidade com drogas e aborda esta ques- Jeanine Woycicki 1 - DST/AIDS descreve Re-
tão de forma ética, estará reduzindo danos dução de Danos como “uma estratégia
subjetivos. Quando a rede de saúde se de intervenção em saúde. É ampla, é or-
pauta pela estratégia de RD, ocorre maior gânica, é atual, é diversa, é envolvente e
respaldado pela relação com um redutor de DIAS, João Carlos et al. Redução de Danos: posições da Associação
Brasileira de Psiquiatria e da Associação Brasileira para Estudos
danos. Nesse ponto, o redutor de danos se
do Álcool e Outras Drogas. Jornal Brasileiro de Psiquiatria,
presentifica, há um maior cuidado com o Rio de Janeiro, v. 1, n. 5, p. 341-348, 2003.
toxicômano pela vulnerabilidade que o expõe JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber.
a uma situação de risco. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
Para finalizar, cabe ampliar a rede de REGHELIN, E. M. Redução de danos: prevenção ou estímulo
ao uso indevido de drogas injetáveis. São Paulo: Revista dos
recursos a ser implantada através de ações de
Tribunais, 2002.
redução de danos não-somente nas parcerias
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Saúde. Escola de Saúde
entre PACS/PSF e Saúde Mental, mas na De- Pública. Guia de redução de danos para trabalhadores da
sintoxicação Domiciliar e/ou Ambulatorial, saúde: subsídios para a abordagem em drogas e AIDS. Porto
nos CAPS AD, nos CAPS em geral, na Sala Alegre, 2001. 39 p.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Porto Alegre: Secretaria Estadual
de Acolhida Imediata, nas Unidades Básicas
da Saúde do Rio Grande do Sul, ano 6, n. 4, out./dez. 2002.
de Saúde, na Justiça Instantânea (interface
ROTELLI, Franco et al. Desinstitucionalização. São Paulo:
Justiça e Saúde), nos Hospitais Gerais, nos Hucitec, 1990.
Abrigos, nas Casas de Detenção, nos Grupos
coordenados por Agentes Comunitários, nas
Ações Intersetoriais (entre elas música, dan-
ça, esporte, lazer, profissionalização).
O que seria mais terapêutico?
REFERÊNCIAS