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By Simon
CHICOsoares (*)
1. Caveat
Mineiro e escaldado, entro no debate sobre competências com uma nota de precaução.
Andrei Sakharov, cientista e prêmio Nobel da Paz, disse certa vez que ideias transformadoras
aparecem apenas através de debates, nos quais há longa sequência de troca de argumentos,
e nos quais seus participantes expressam tanto ideias já solidamente justificadas, como
também dúvidas, perguntas e propostas de soluções ainda em estágio inicial de formulação.
Sei que isso é muito difícil de acontecer hoje no Brasil, um país dividido em tudo, mas
assumo que isso é verdade nessa discussão.
3. Polissemia
4. Definição – OCDE
Para a organização do PISA, a OCDE organizou um grupo de trabalho: DeSeCo – Defining and
Selecting Key Competencies. O artigo de Weinert (2001) conclui que “não existe uma
definição única do confeito de competência aceita amplamente nem uma teoria latente”.
Assim sua recomendação, aceita por muitos, foi adotar uma definição funcional do conceito.
Para ele,
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Esta definição foi recentemente reafirmada pela OCDE no texto The Future of Education and
Skills – The Future we want.
5. Nomenclatura
6. Avaliação de Competências
A opção por organizar por competências tem claro impacto na organização do ensino. Como
consequência lógica da sua definição, o ensino organizado por competências deve ser
organizado através da exposição dos estudantes a situações reais que exigem determinados
conhecimentos, habilidades, atitudes e o discernimento possibilidade pelos valores. Isso foi
formalizado com a abordagem pedagógica denominada “situated learning theory”,
introduzida por Lave e Wenger (1991), que preconiza que qualquer conhecimento é criado
apenas pela participação dos estudantes em ações concretas em diferentes contextos.
8. Vocabulário comum
Na forma atual do debate, o termo competência é usado por diferentes atores e textos
legais e normativos com sentidos diferentes. Como argumentado acima, a posição da OEDC
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não pode ser usada para justificar todas as posições no nosso debate, já que a definição
daquela organização se baseia em pontos não considerados por muitos dos atores
brasileiros: a essencialidade de problemas concretos e a impossibilidade de reduzir a
competência a seus componentes e a ênfase apenas em aspectos cognitivos. Algum acordo
conceitual é necessário.
9. Alternativas conceituais
Pessoalmente entendo que a solução para o problema dos conhecimentos inertes deve ser
construída com a contribuição da noção de competência. No entanto, isso não resolve o
problema de como organizar as recomendações curriculares comuns para os sistemas de
ensino. Nos próximos meses é importante concentrar o debate na reorganização do ensino
médio, considerando o que a lei que já estabelece.
11. Coda
Termino reafirmando meu caveat inicial, desta vez com uma licença poética em um verso de
Raul Seixas. “E para aquele que mostrar que eu estou errado, eu tiro o meu chapéu”
12. Referências
Crahay, M., & Marcoux, G. (2016). “Construir e mobilizar conhecimentos numa relação crítica
com os saberes”. Cadernos de Pesquisa, 46(159), 260-273.
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Figel, J. (2007). Key competences for lifelong learning-European reference framework.
Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities. Retrieved May,
25, 2009.
Lave, J., & Wenger, E. (1991). Situated learning: Legitimate Peripheral Participation. Cambridge
University Press.
OECD. 2018. The Future of Education and Skills – The Future we want .
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