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AULA
Introdução ao planejamento
e ao controle de estoques
Metas da aula
Definir o papel do estoque para a gestão
da produção; apresentar a classificação de
estoque; identificar o principal dilema do
planejamento e do controle de estoques.
objetivos
Pré-requisitos
Para melhor compreensão do conteúdo desta aula, você
deverá recordar assuntos tratados em aulas anteriores, como:
os tipos de resposta à demanda que as empresas podem
utilizar (Aula 5); o conceito de rede de operações produtivas
e as políticas de cooperação no fluxo de materiais (Aula 7);
a influência do planejamento da capacidade produtiva sobre
os níveis de estoque da empresa (Aula 9).
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Fornecimento Fornecimento
Estoque Estoque
Consumo Consumo
Figura 14.1: Diferentes ritmos entre fornecimento e consumo podem causar falta
ou estoque.
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Conforme você viu, pelo exemplo da caixa d´água, podemos ter “estoque” e
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falta de água. No caso de uma empresa real, tanto o estoque quanto a falta de
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mercadorias podem gerar problemas. Um estoque muito grande é caro demais,
enquanto a falta de produtos pode fazer a empresa perder clientes.
!
exemplos de estoques mantidos por diferentes tipos de empresas.
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VALOR DE ESTOQUE
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?
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Você saberia
responder que tipo de empresa
possui estoque de matéria-prima maior
que de produto acabado? E que tipo de empresa
mantém estoques maiores de produtos acabados?
Lembrando-se da Aula 5, você pode perceber que
as características do processo produtivo influenciam o
planejamento e o controle de estoque de uma empresa.
Uma empresa que produz sob encomenda deverá focar o
planejamento e o controle dos estoques de matérias-
primas. Inversamente, um processo que produz
para estoque (com base em uma previsão de
demanda) terá mais trabalho para gerir
seu estoque de produtos
acabados.
Atividade 1
Com o objetivo de tornar mais clara esta classificação, analise uma padaria, uma
empresa bastante comum, e seus “materiais”. Tente classificar o estoque dos materiais
a seguir de acordo com a fase de que tomam parte no processo de transformação:
Respostas Comentadas
a. Os ingredientes do pão – a farinha de trigo, o
fermento e a gordura vegetal – são considerados
estoque de matéria-prima. Provavelmente
comprados de um fornecedor da padaria, eles
ficam estocados até serem utilizados. Você
consegue imaginar como seria se, a cada vez
que um cliente fizesse um pedido de pão, o dono
também tivesse de pedir ao seu fornecedor estes
ingredientes e só então começar a fabricar o pão?
Figura 14.2: Matérias-primas.
O cliente não esperaria tanto tempo! Ao contrário
disso, o dono faz pedidos freqüentes das matérias-
primas ao fornecedor e deixa-as armazenadas.
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É importante conhecer e entender essas classificações de estoque
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porque, para a empresa, o tratamento dado para cada uma dessas classes
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é diferenciado e estrategicamente relevante.
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UM EXEMPLO PRÁTICO
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Estoque Recebimentos Consumo Estoque
Dia
inicial (em unidades) (unidades/dia) final
Segunda-feira 830 + 2.500 – 450 = 2.880
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Bem, vamos por partes. Primeiro, esse exemplo é didático e nos ajuda
a entender como a dinâmica do estoque funciona na prática.
Segundo, ele foi apresentado justamente para dar chance de
explorar os conceitos vistos até o momento, ao mesmo tempo que forma
uma base sólida de conhecimentos para os futuros conceitos relativos a
planejamento e controle de estoque. Vamos às questões pendentes.
A demanda da maioria das organizações é extremamente variável
e inconstante, restando à organização utilizar métodos de previsão de
demanda para estimá-la, ou melhor, para prevê-la, considerando uma
margem de erros. Este assunto será visto com mais detalhes na Aula 16,
que tratará de previsão de demanda.
Quanto e quando pedir são questões muito delicadas que uma
empresa enfrenta constantemente. Normalmente, essas questões fazem
parte de um plano de produção que leva em consideração a capacidade
de produção atual, o plano de vendas (estimativas de vendas) e o próprio
estoque atual. Portanto, ela analisa o que tem “em mãos” (estoque),
verifica a previsão da demanda e agenda, então, os pedidos a serem feitos
nos momentos e nas quantidades necessárias para atender a seus clientes
satisfatoriamente. Este assunto será discutido ainda nesta disciplina, nas
aulas sobre planejamento das necessidades de materiais (MRP).
Em relação à questão do estoque zero, as firmas quase sempre
tentam evitar este tipo de situação, impedindo que a quantidade estocada
de determinado produto seja igual a zero. Existe um mecanismo, chamado
estoque de segurança ou estoque mínimo, no qual se estabelece uma
quantidade mínima que o estoque pode atingir.
Voltando ao nosso exemplo, suponha que o estoque de segurança
de nossa empresa fosse de 2.000 unidades:
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A Figura 14.5 resume de forma gráfica como os estoques variaram
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em função do tempo em nosso exemplo fictício.
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4.050 500
3.500
2.500
Quantidade
2.880 500
2.380 380
2.500
2.000 450
1.550
830
450
380
Tempo
nda rça ar
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a
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Qu Qu
Se
Atividade 2
Analise o gráfico da Figura 14.5, que representa o consumo de um determinado
produto por dia – repare que esse produto foi comprado na segunda (2.500 unidades)
e consumido nos dias seguintes (500 + 380 + 450). Agora, imagine que você é o dono
de uma banca de jornal e que o produto em questão é um determinado jornal. Na
prática, o que mudaria com o tempo, tornando, assim, o gráfico diferente em relação
à quantidade em estoque do jornal?
Resposta Comentada
Bem, por se tratar de um produto com
o tempo de vida muito curto (um dia), 30
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Compete ao gerente de produção encontrar o ponto de equilíbrio
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adequado à realidade da empresa em determinado momento. Embora
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os benefícios decorrentes do pronto atendimento sejam mais difíceis de
serem avaliados do que os custos da manutenção dos estoques, sabe-se
que, em um mercado extremamente competitivo, o custo de perda ou
o custo de reconquista do cliente é muito maior, além de poder gerar
graves problemas funcionais para as empresas.
Atividade Final
Você é gerente de uma loja de parafusos e tem a responsabilidade de planejar e
controlar o estoque. Analise a tabela abaixo e preencha-a com os valores pedidos.
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Respostas Comentadas
a. Seguindo a regra de que o estoque final de um período anterior é igual ao estoque
inicial do período imediatamente seguinte, temos:
Logo, o valor do estoque final da loja de parafusos em julho é igual a 1.700 unidades.
b. Para manter um estoque de segurança ou mínimo em 1.500 unidades/mês, a
única forma possível neste exemplo é alterar as quantidades pedidas e os meses de
recebimento. Poderia ficar assim:
Solução 1
Repare que na coluna do estoque final não existe nenhuma quantidade inferior a
1.500 unidades, pois era justamente o que desejávamos. Mas você pode se perguntar:
alguns valores estão muito acima do estoque de segurança; será que poderíamos
reduzir estas quantidades (para economizar) e ainda assim manter a regra
do estoque de segurança?
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Solução 2
Na tabela da Solução 1, nós pedimos quatro vezes 3.000 unidades, gerando um total de
12.000 unidades compradas no semestre. Na Solução 2, nós pedimos seis vezes (3.000,
1.400, 1.000, 2.000, 1.400 e 1.000), gerando um total de 9.800 unidades no semestre.
Aparentemente, a Solução 2 é a mais viável, por ser mais em conta. Ora, é melhor comprar
menos e ainda atender todos os pedidos de nossos clientes, certo?
Note que reduzimos a quantidade total pedida mas aumentamos a quantidade de vezes
de pedido (de quatro para seis vezes); e isso gera mais despesa. Além disso, existem
outras questões também envolvidas: comprando menos, podemos perder descontos por
quantidade oferecidos pelo fornecedor e ainda, em alguns casos, os fornecedores vendem
lotes preestabelecidos, não nos permitindo pedir a quantidade exata de que precisamos.
Então a Solução 1 pode ser a melhor, pois gastamos menos porque pedimos menos
vezes e ainda ganhamos descontos por comprar mais do que precisamos. Mas existe o
custo de manter estoque em níveis altos sem necessidade.
Se a empresa compra em quantidades grandes, compra menos vezes e ganha
desconto; por outro lado, gasta mais mantendo o excesso no estoque. Se compra em
quantidades pequenas, gasta menos na manutenção dos produtos armazenados, mas
em contrapartida gasta mais por comprar mais vezes e perde possíveis descontos. Então,
o que fazer?
Essa questão é uma das mais importantes sobre o planejamento e o controle dos
estoques, e será discutida na Aula 15, que tratará de custos de estoques; por agora,
basta saber que não existe uma solução que se aplique a todas as organizações;
mas existem soluções matemáticas que ajudam a tomar a melhor decisão de
acordo com a realidade de cada uma das empresas.
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RESUMO
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