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Nr. 209
Nitretação a Plasma
comparada à
Nitretação a Gás
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1.0 Nitretação à Gás
1.1Desenvolvimento do Processo Nitretação à Gás
A história do processo de nitretação em geral está intimamente ligada com a história da amônia. O
carbonato de Amônia foi primeiro adquirido como “sal amoníaco” pelos árabes do Oásis Ammon ( hoje
Siwa). A amônia foi apresentada em sua forma química por Priestley in 1774 e então 10 anos após
como um composto elementar de nitrogênio e hidrogênio por Berthollet. A fabricação de amônia a partir
destes elementos teve início em 1913 por Haber e Bosch. Isto introduziu a amônia para o uso industrial.
Durante o desenvolvimento da síntese da amônia, a interação da amônia com o aço foi observada e
estudada. A.Machlet dos EUA, patentiou o uso da amônia na nitretação de aços em ferros fundidos em
1913. O uso completo da nitretação no tratamento térmico ( objetivando criar uma camada superficial
dura ) foi divulgado somente após o desenvolvimento de aços especiais para nitretação por A.Fry. Este
desenvolvimento, nos anos de 1922 e 1923, é portanto visto como o nascimento do processo de
nitretação. Em 1930, Lehrer publicou sua pesquisa sobre o equilíbrio de fases entre o ferro e o
nitrogênio em uma mistura gasosa de amônia e nitrogênio. O conceito de utilizar fases específicas em
equilíbrio no processo de nitretação foi praticamente colocado em prática nas últimas duas décadas.
Nos anos 20 e 30 o processo de nitretação à gás foi exclusivamente utilizado para aumentar a
resistência mecânica na região superficial. A temperatura em torno de 500°C é necessária para criar as
propriedades exigidas de alta resistência e dureza superficial. Como esta temperatura permanece
constante, um tempo longo de tratamento é necessária para atingir uma grande espessura nitretada.
Sendo assim, pesquisadores iniciaram investigar caminhos para reduzir a duração da nitretação
mantendo a mesma camada nitretada.
Na Nitretação hoje, o nitrogênio é difundido dentro do aço com o objetivo de fornecer à superfície das
peças uma grande variedade de propriedades. Devido ao pequeno tamanho físico do nitrogênio (0,71
Å comparado com 0,77 Å do carbono) este pode facilmente encontrar espaço na rede de ferro. A única
exigência é que o nitrogênio disponível esteja na forma elementar.
Geralmente é difícil difundir o nitrogênio no ferro-γ (exceção o caso de aço austeníticos de alta liga),
diferentemente da fase-α. Assim obtemos uma resistência bem menor na camada frágil e na zona
posterior com a presença de nitrogênio que apresenta finas precipitações de nitretos. Esta camada
apresenta o que geralmente ocorre na precipitação de determinados nitretos da liga, uma dureza bem
maior, e que até supera a dureza martensítica.
Devido ao fato de que o uso técnico da camada superficial, que é dura e não tão frágil é possível por
causa da difusão do nitrogênio que ocorre de forma mais acentuada na fase-α, isto deve ocorrer em
uma temperatura abaixo de A1 (refere-se a Fig.2). Na escolha da temperatura temos que considerar
que a transformação- A1 será reduzida bastante por causa da presença do nitrogênio.
Assim a temperatura eutetóide (a mais baixa) para uma liga de nitrogênio-ferro se situa em torno de
590°C (Fig.1). Por causa da presença do carbono – no caso dos aços a serem nitretados – ainda ocorre
um pequeno deslocamento do ponto eutético e uma redução da velocidade de absorção.
Se o nitrogênio for difundido no ferro acima desta temperatura, por exemplo, numa área em
que encontramos ferro-α e ferro γ, esta área aumenta com o aumento do teor de nitrogênio e se
transformará mais e mais em ferro γ. O resultado disto são superfícies frágeis, como ocorre na
temperatura de difusão acima de A3. Por essa razão, a nitretação em uma estrutura que
consiste de ferro γ (entre as temperaturas A1 e A3) é ineficiente.
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Portanto, usa-se uma temperatura abaixo de 590°C para aços carbono de baixa liga no processo de
nitretação. Quando visarmos uma alta dureza, esta temperatura de difusão pode ser reduzida para
530°C.
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A figura 3 mostra a relação dependente entre a profundidade de nitretação e o tempo de processo, na
temperatura de nitretação de 500°C. Usando alta temperatura em um mesmo tempo de nitretação
aumentamos a espessura nitretada. Porém, ocorre uma queda na dureza superficial. Aumentando a
temperatura em 50°C (para 550°C), por exemplo, com aprox. 20 horas de nitretação, a profundidade de
tratamento é aprox. 50% maior, ou seja, aumenta de 0,30 mm para 0,45 mm. No entanto, a dureza
sofre uma redução de 100 a 200 HV ( Dureza Vickers). Entre 550°C até 570°C a redução da dureza,
em muitos casos é bastante grande. Além do mais, existe o perigo de ter uma mudança muito grande da
fase-α para fase- γ.
Podemos ver assim que é impossível aumentar a velocidade do processo significantemente. Uma
redução do tempo de nitretação, combinada a um menor aumento da espessura nitretada pode ser
obtida quando nitretamos duas vezes em temperaturas diferentes. Neste caso, para conseguimos um
efeito mensurável, a segunda temperatura deve ser um pouco mais elevada (aprox. 20°C) em relação
à primeira.
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1.2.1 O Método da Nitretação à Gás
Para a nitretação a gás, utilizamos geralmente como fonte de nitrogênio a amônia (NH3). As peças a
serem tratadas são aquecidas lentamente a uma temperatura de 500 a 520°C em um forno vedado,
envolvidas em uma atmosfera rica em amônia. Após o tratamento as peças são resfriadas lentamente.
Durante a difusão a amônia é constantemente dissociada em elementos atômicos pela reação
catalítica sobre o ferro. O elemento nitrogênio pode ser absorvido facilmente pela superfície da peça de
aço. A amônia inicia sua dissociação a aprox. 400°C, onde além do hidrogênio e do nitrogênio também
poderá ocorrer a combinação do NH. O nitrogênio atômico e o hidrogênio são difundidos na rede
cristalina composta pelo ferro α e a molécula NH é difundida ao longo do contorno de grão. Como o
nitrogênio atômico pode rapidamente transformar-se em uma molécula N2, é necessário que um grau
específico de dissociação seja atingido. Por esta razão devemos usar um fluxo de gás e não uma
atmosfera estática. A desvantagem de um grau de dissociação excessivo é que uma grande
quantidade de hidrogênio atômico é produzido.
Quando necessário as peças são temperadas e revenidas antes da nitretação. As peças têm que ser
limpas, não podendo apresentar oxidação descarbonetação ou vestígios de graxa. Isto tem que ser
removido. Têmpera e revenimento tem como efeito um aumento da resistência e tenacidade e um
refino da estrutura cristalina do núcleo. Isto tem um papel positivo no processo de nitretação e na
qualidade do produto final. A parte disto, através desta limpeza também se evita a formação da ferrita
pró-eutetóide. Isto é significante e muito importante, por que a ferrita de baixa liga leva á formação de
camadas nitretadas muito frágeis. Se a peça antes da nitretação apresentar tensões pré-existentes,
recomenda-se que se faça um alívio de tensão a temperaturas um pouco acima da temperatura de
nitretação.
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Figura 5b – Vista geral de um forno horizontal para a nitretação a gás.
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1.3 Formação da camada nitretada
Para termos uma visão global do processo necessitamos conhecer os estágios do processo. A Fig. 7
mostra esquematicamente o processo de nitretação e as reações gasosas.
A formação da camada nitretada pode ser fundamentalmente dividida em dois estágios em ordem
cronológica:
1. Difusão do nitrogênio e reação na superfície do ferro até a formação de uma camada fechada
de nitreto.
2. Crescimento da camada de nitreto e a continuação da difusão do nitrogênio.
Transporte das moléculas de amônia para a superfície do aço. Assumindo que a circulação de gás
é suficiente o bastante, a difusão da amônia através dos contornos da camada para a superfície
metálica não é considerada como um fator crítico para o tempo global de reação.
Passagem do nitrogênio adsorvido para o estado de solução. De acordo com a literatura este
processo transcorre tendo o mínimo efeito sobre a taxa de nitretação do ferro α.
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1.3 Formação da camada nitretada
Para termos uma visão global do processo necessitamos conhecer os estágios do processo. A Fig. 7
mostra esquematicamente o processo de nitretação e as reações gasosas.
A formação da camada nitretada pode ser fundamentalmente dividida em dois estágios em ordem
cronológica:
1. Difusão do nitrogênio e reação na superfície do ferro até a formação de uma camada fechada
de nitreto.
2. Crescimento da camada de nitreto e a continuação da difusão do nitrogênio.
Transporte das moléculas de amônia para a superfície do aço. Assumindo que a circulação de gás
é suficiente o bastante, a difusão da amônia através dos contornos da camada para a superfície
metálica não é considerada como um fator crítico para o tempo global de reação.
Passagem do nitrogênio adsorvido para o estado de solução. De acordo com a literatura este
processo transcorre tendo o mínimo efeito sobre a taxa de nitretação do ferro α.
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1.3.2 Crescimento da camada nitretada
Com a formação de uma camada de nitreto fechada inicia uma segunda fase de formação da camada
nitretada. Ela tem influência sobre outros processos, visto que a difusão do nitrogênio ocorre mais
lentamente através da camada nitretada. Assim o coeficiente de difusão do nitrogênio no nitreto-γ' é de
apenas 1/25 e o do nitreto-ε é de apenas 1/60 em relação ao mesmo valor para o ferro-α. As relações
entre as condições de contorno ( mencionadas acima) e a absorção de nitrogênio no ferro α, bem como
o desenvolvimento da camada nitretada, pode ser visto na Fig.11.
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O processo na superfície influencia o resultado final da nitretação, especialmente para o tempo que
relaciona o crescimento da camada branca. A camada branca é afetada pela geometria da superfície, e
o crescimento da camada pela consistência da camada branca. Quando uma peça tem um superfície
fina para propósitos mecânicos tais como uma rugosidade R < 1 então durações mais longas de
processo são necessárias para atingir uma camada branca mais estável. O estado químico da
superfície pode também ter uma grande influência na taxa de nitretação especialmente nos estágios
iniciais. Pelo “estado químico” nós entendemos como a existência de uma camada de óxidos
resistentes à difusão originadas de depósitos ligados ao processo de limpeza. Uma camada de óxidos
teria uma baixa influência em muitos casos, se não em todos então, estes seriam removidos por um
processo de oxidação antes da nitretação com o objetivo de acelerar o processo. A literatura lista
muitos métodos e tratamentos para remover a camada superficial passiva de aços inoxidáveis.
Figura 13 – Influência da nitretação sobre as características da camada superficial e características de uso das peças
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1.4 Características do crescimento da camada nitretada
O ponto de partida para esta análise são as curvas de crescimento para os diferentes aços e condições
de nitretação da Figura 17. Geralmente os seguintes fatores influenciam o crescimento da camada
branca:
Temperatura de nitretação;
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Figura 16– Curvas de profundidade de dureza de uma grande variedade de aços nitretados à gás à 550°C por 32 hs.
Figura 17– Crescimento da Camada Branca para uma Figura 18 – Dependência da espessura nitretada
variedade de diferentes aços e parâmetros de nitretação de diferentes aços na nitretação à 550°C.
Para termos uma visão global da camada de precipitados necessitamos considerar a curva dureza x
profundidade determinada após a nitretação. Esta curva é influenciada pelos parâmetros aplicados
durante a nitretação (duração da nitretação, temperatura de nitretação, atmosfera de nitretação e se
aplicável a composição química do material base. A Fig 16 mostra a profundidade de nitretação de uma
gama de vários aços nitretados à 550ºC por 32 horas. Isto não só caracteriza a dependência da
profundidade de dureza e a classe de aço mas também mostra claramente os diferentes tipos de
nitretos nas zonas através do gradiente da curva de dureza ( relacionado com a concentração de
nitretos). Os elementos de liga (p. ex. Cr, Al, Mo, V, Ti, W) apresentam comportamentos diferentes que
se manifestam em diferentes comportamentos de dureza-profundidade. Aqui podemos observar seus
diferentes comportamentos. Podemos observar que o aumento da profundidade da camada recebe
fortes influências do tempo de nitretação, conforme mostrado na Fig. 13. Tanto a profundidade e a
dureza, são parâmetros que determinam a escolha do aço e dos parâmetros de nitretação a serem
usados.
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2.0 Estudo da nitretação a plasma
Este processo foi desenvolvido na década de trinta e atualmente é oferecido por várias empresas com
pequenas variações. Este processo se baseia numa descarga luminosa de alta voltagem. As peças são
tratadas num recipiente ligado ao anodo e montadas conectadas a cátodos. A área de reação é
evacuada e preenchida com 0,52 a 10 mbar de nitrogênio. O nitrogênio é ionizado com aplicação de
uma tensão. Os íons acelerados na superfície da peça colidem com uma energia cinética relativamente
alta sobre a superfície da peça, onde aprox. 90% da energia dos íons são transformadas em energia
térmica. Assim o plasma pode aquecer a peça até a temperatura de nitretação desejada. A taxa de
energia pode ser controlada e regulada através de fontes de energia elétrica externas. A menor parte de
energia cinética dos íons é usada para a liberação de átomos da rede do material. Podem ser
desprendidos tanto elementos metálicos, como por exemplo, ferro, como também elementos não
metálicos, como carbono, oxigênio, nitrogênio, etc. da superfície.
Assim a superfície é limpa e ativada. Esta ativação permite uma nitretação sem problemas de materiais
de altas ligas, como por exemplo, X5CrNi1810, X10CrNis189, entre outros.
Segundo Köbel, com a presença de íons de gás na superfície catódica ocorrem os seguintes processos
na superfície que podem ser divididos da seguinte forma:
1. Descarga de elétrons no cátodo;
A Fig. 20 mostra de maneira simplificada as reações geradas pelo processo. Numa primeira
aproximação, todas as reações transcorrem de maneira independente da temperatura da peça, onde
podemos entender por que a ação de nitretação inicia apenas a partir de 350°C. A difusão do nitrogênio
na peça depende da temperatura como ocorre em todos os processos de nitretação. A transferência do
nitrogênio a partir do plasma para a superfície da peça ocorre quando se torna possível, ainda que em
pequena quantidade, a inserção direta dos íons na peça. Segundo Köbel, a quebra das moléculas de
Fe-N é responsável pela inclusão direta de nitrogênio. Este processo, a combinação de nitrogênio livre
( encontrado no plasma ) com o ferro atômico ( liberado pela superfície catódica) , e a quebra da
molécula resultante, são decisivas na transferência de nitrogênio. O processo de nitretação à plasma
pode portanto ser considerado como uma integração e desintegração de moléculas e ligações
químicas. Este efeito de troca aplica-se não somente à nitretação, mas também similarmente para
carbetos e carbonitretos. A liberação de carbono para fora da superfície nitretada ( através do uso de
certas misturas de gases de nitrogênio, hidrogênio, metano e argônio) e sua subseqüente difusão ao
longo do contorno de grão significa que uma mínima quantidade de carbonitretos e formada nesta área.
Isto explica o aumento da dutilidade da superfície nitretada a plasma comparada com aquela nitretada
à gás.
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2.2 Influência dos parâmetros na nitretação
a plasma
660°C. Isto mostra o fato que o intervalo de possíveis temperaturas de nitretação é muito amplo e a
temperatura usada é somente limitada por restrição de outro tratamento térmico. Se, por exemplo,
temperatura abaixo de 350°C é usada então a difusão do nitrogênio será mínima mas o
desenvolvimento de várias camadas finas de nitretos é possível e em alguns casos tecnicamente útil.
O intervalo de temperatura normal na nitretação a plasma neste caso é 400°C para 500°C. As
vantagens deste intervalo de temperatura são: um alto nível de resistência do núcleo e tenacidade,
uma boa estabilidade dimensional e uma zona estável de borda.
Fig.19 mostra o gráfico dureza versus profundidade comparando o comportamento do aço 31 CrMoV9
após a nitretação a gás em 72hs e nitretação a plasma em 30hs. Vê-se que uma igual espessura
nitretada é atingida mas também para o aço nitretado a plasma é aproximadamente 170 HV mais duro
do que a superfície.
Nitretação a plasma em baixas temperaturas tem especial importância quando usado com aços que
tenham sido recozidos a 500°C. Estes incluem peças de ferramentas e maquinas feitas de aço para
trabalho a frio e aços martensíticos. A freqüente alta dureza de núcleo (acima de 60 HRC) do material
base é mantida intacta através deste processo, enquanto a dureza superficial é substancialmente
aumentada. A baixa temperatura da nitretação a plasma (abaixo da temperatura de recozimento) é
também usada nas peças tratadas a frio feitas de aços fabricados usando a nova metalurgia do pó e
métodos antigos.
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Figura 19 – Diferença entre aço 31 CrMoV9 nitretado a gás comparado a
aço nitretado a plasma.
Hoje a nitretação a plasma é feita dentro deste intervalo de temperatura. Os principais fatores são:
temperatura do tratamento térmico anterior, composição da liga, espessura da camada branca exigida
e profundidade de difusão. A tabela de materiais do capítulo 5 nos permite uma visão global de
diferentes aços e as relações das diferentes temperaturas sobre a dureza superficial e a espessura
nitretada.
Nitretação a plasma em temperaturas mais altas são realizadas em peças que não tem uma tolerância
de distorção restrita. O processo torna-se mais rápido e portanto mais barato. Para peças com
tolerância à distorção restrita (menores do que 0.05 ɥm / m), a temperatura abaixo de 500°C é exigida.
Nos casos de curta duração da nitretação (menores que 24horas) a distorção pode ser mantida bem
baixa em torno de 10 µm / m. Como a nitretação é a escolha mais econômica quando peças tratadas a
frio ainda tem que ser acabadas, o intervalo de temperatura abaixo de 500°C vem se impondo como
regra no dia a dia.
O tempo de nitretação a plasma é, nos dias de hoje, entre 10 minutos e 48 horas, e em casos especiais
70 horas ou mais. A escolha da duração da nitretação é determinada em conjunto com a temperatura de
tratamento e a espessura nitretada exigida. Os componentes de ligas dos aços também afetam o
tempo de nitretação quando uma certa espessura endurecida é necessária (observar a tabela no
capítulo 5). A espessura nitretada de aproximadamente 1mm é possível por nitretação quando o tempo
de nitretação atinge 60 horas ou mais.
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Nitretação a gás com amônia à 500°C produz uma camada branca muito frágil que via de regra
necessita ser removida após o tratamento. Isto, entretanto, não é aplicável na nitretação a plasma, pois
este processo cria uma camada branca monofásica resultando em uma superfície muito dura e de alta
resistência ao desgaste. Vários testes (por exemplo, teste de torção) tem confirmado este fato e
provado a tenacidade e estabilidade da camada branca formada por nitretação a plasma. Na nitretação
a plasma de 8 horas na temperatura de 510°C, o aço 31CrMoV9 aumenta a camada de difusão de 300
vickers e uma dureza absoluta de superfície de 1200 HV.
A combinação de alta dureza e alta tenacidade resulta em muitas vantagens que são aplicadas em
vários usos mecânicos. Observa-se que esta superfície tenaz atingida por uma camada branca
monofásica, no e suficiente o bastante para algumas cargas mecânicas (como tensões de
impacto).Neste casos, a camada branca deve ser reduzida para uma espessura menor do que 4 µm ou
mesmo suprimida. A consistência do gás moderno é uma das razoes pelo uso deste método – cuja
disponibilidade de nitrogênio é controlada - é agora largamente usada.
Em geral um alto nível de nitrogênio resulta em uma alta dureza e baixa resistência ao impacto. Neste
caso, nota-se um decréscimo de 30% na resistência ao impacto como resultado da nitretação a gás.
As diferenças entre as camadas brancas de nitreto γ' e de nitretos ε não são significantes. A completa
remoção da camada branca, entretanto é de grande importância pois com a presença da camada
branca perde-se 12% na resistência ao impacto.
Entretanto, muitas peças exigem uma resistência ao desgaste como característica principal. Para cada
aplicação, a presença da camada branca é muita mais vantajosa. Para cada aço de baixa liga e de alta
liga como 16MnCr5, 42CrMo4 ou X 40CrMoV5-1, uma camada branca produz alta dureza enquanto
retém um alto nível de endurecimento.
O plasma baseia-se no método de descarga podendo ser usado para nitretar ou nitrocarbonetar
qualquer material ferroso. Devido ao fato que a ionização torna o nitrogênio hiperativo, inclusão de
nitrogênio deve ocorrer independente do seu estado. A parte do tempo de nitretação, temperatura,
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atmosfera, e de potencia elétrica por cm de plasma, a composição química do material e estado devido
ao anterior tratamento térmico também tem efeito sobre a nitretação a plasma. Devido ao extenso
intervalo das temperaturas de nitretação (400°C a 600°C), é possível variar a temperatura de acordo
com o tratamento térmico anterior do material base (alivio de tensões, recozimento, revenimento).
Geralmente fala-se que não existe mudanças no estado de um núcleo não nitretado através da
nitretação a plasma.
O nível de tecnologia hoje é aquele que permite nitretarmos outros aços além dos aços para nitretação
por processo à plasma. Alguns podem obter freqüentemente propriedades de resistência ao desgaste
similares, se não melhores, do que os aços para nitretação.
A Fig. 22 mostra curvas de endurecimento para aços endureciveis normais como o 16MnCr5 quando
nitretados em diferentes temperaturas e tempo. A dureza superficial de 700 à 750Hv é igual ou mais alta
do que os aços endureciveis com liga contendo 1% ou mais. A dureza produzida em um curto tempo por
nitretação à plasma em aços baixa liga é maior em comparação com aquela atingida por aços carbono
não ligados.
Peças de aço endurecíveis por nitretação são usadas na indústria de máquinas e automotivas, bem
como, por exemplo, na indústria do plástico para injeção de moldes. Nitretação de aços submetidos a
alívio de tensões resultam em distorção insignificante.
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Aços para nitretação ou aços para trabalho à quente são recomendados quando as relações entre as
propriedades do núcleo do material e aquelas das bordas da camada são prescritas. Esses aços são,
então, tratados termicamente primeiro com a temperatura de alívio de tensão mais ou menos
competindo com a temperatura de nitretação. Absorção de nitretos é possível no plasma em baixa
temperatura. Isto pode ser utilizado quando um alto nível de tenacidade exigido na peça em que ela é
primeiro submetida a alívio de tensões em baixa temperatura. O aumento da resistência a tração do
núcleo tem um efeito positivo de estabilização da camada superficial endurecida.
A camada superficial da nitretação à plasma feitas por nitretação ou tratamento térmico tem a
vantagem da alta durabilidade e tenacidade. A causa disto é a camada branca monofásica y com a
reduzida formação de nitretos precipitados.
A construção de camadas tem sido testada e realizada em todos os setores industriais de máquinas,
em particular setores industriais que empregam diferentes tamanhos de rodas, pinhões e
engrenagens, bem como ferramentas para o ramo metal mecânico.
Os aços 30CrMoV9 e 14CrMoV6 são recomendados para pinhões que sofrem altas tensões.
a grande utilização da nitretação à plasma em peças utilizadas na indústria do plástico pode ser
explicada pelo significante aumento da resistência ao desgaste. Isto consideravelmente aumenta a
vida em serviço de roscas sem fim e cilindros. Também acompanha o aumento da resistência à
corrosão da camada γ, e um aumento das propriedades de deslizamento (fricção reduzida e reduzida
tendência a fusão). Tudo isso leva a um considerável aumento na vida em serviço e na segurança das
peças. Uma taxa lenta de resfriamento em vácuo, presente na nitretação à plasma minimiza a
deformação. Isto tem especial relevância para peças longas e de proporções difíceis como roscas sem
fim e pistões hidráulicos etc. Estes podem ser muitas vezes nitretados à plasma sem nenhuma
usinagem subseqüente.
Testes têm mostrado que a resistência ao desgaste da camada branca γ é igual ou maior do que a
camada branca ε. Entretanto – quando nos falamos em aços ligados – com o objetivo de preservar a
resistência dinâmica associada com a nitretação à plasma nos deveríamos formar a camada branca ε
para resistir ao desgaste e ao desplacamento.
2.3.2 Nitretação a plasma de aços alta liga (> 5% de elementos formadores de nitretos)
Este grupo inclui aços ferramenta para trabalho a quente, para trabalho a frio e endurecidos
martensiticos, bem como aços resistentes à corrosão e ácido. Nitretação à plasma é o método preferido
para melhorias na qualidade da dureza superficial e da resistência ao desgaste. Muitas camadas
nitretadas consistentes são atingidas quando a superfície é ativada nestes aços. Esta ativação é
estimulada durante o aquecimento e a atual nitretação.
A tenacidade destas peças pode ser exatamente atingida na nitretação à plasma, desde que a camada
branca γ possa ser mineralizada (<4 µm) ou mesmo totalmente eliminada. Isto é atingido pelo ajuste da
atmosfera da nitretação à plasma. Se um específico nível de resistência ao desgaste é solicitado, então
a formação da camada branca γ é recomendada. Uma total negação da camada branca é
aconselhada no caso de ferramentas com tendência a formação de micro trincas. Como comentado
acima, esta total eliminação da camada branca leva a uma alta tenacidade.
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Fig. 21a – Através da baixa temperatura de tratamento, não existe nenhuma recristalização mesmo quando o núcleo sofre
um alto nível de deformação plástica. V=1000:1. Klemm 1
Fig. 21b – Nitrocarbonetação em plasma. Uma superfície porosa pode ser produzida em casos especiais.
V= 1000:1 Klemm I
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Fig. 22 – Perfil de Dureza
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2.3.2.1 Aços para trabalho à quente
2.3.2.1.1 Geral
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Figura 25: Matriz para forjamento de anéis
Temperado e
425 405 375 355 300 370 215
Revenido (45HRC)
Temperado, revenido
1125 1040 870 670 525 455 365
e nitretado
Figura 26 – Relação entre comportamento de uso de aços conformados a quente e as características do material
Também as peças forjadas e nitretadas a plasma apresentam boa vida útil, conforme análises
relacionadas abaixo:
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2.3.2.2 Aços para trabalho à frio
2.3.2.2.1 Geral
Os aços de conformação a frio possuem composição química bastante distinta e são aplicados para os
mais diferentes propósitos. Na prática, podemos fazer uma divisão em três grandes grupos. O primeiro
subgrupo abrange os aços temperados já abordados acima, o segundo subgrupo abrange os aços com
teor de carbono entre 0,35 e aprox. 0,65% e o terceiro subgrupo abrange os aços restantes com teor de
carbono entre 0,80 até 2,20%.
Na escolha de um aço de conformação à frio para um ferramenta, que depois deverá ser nitretada à
plasma, recomenda-se escolher aços que ainda forneçam a desejada dureza acima da temperatura de
revenimento de 450 °C.
Aqui devemos mencionar os aços que através do aumento da temperatura de têmpera, p. ex. de 1020
°C para 1080 °C, possuem á 520 °C um aumento de dureza secundária (Fig. 28), de modo que as
mesmas durezas básicas sejam obtidas como no revenimento a 150 °C. Estes são os aços do terceiro
grupo. São principalmente utilizados para a fabricação de ferramentas de corte. Mas também são muito
adequados para as conformação a frio, como dobramento, rolagem, laminação, prensagem, trefilação,
etc.
Por isso, estes aços devem ser altamente resistentes ao desgaste e apresentar uma excelente
tenacidade. Além do mais, precisam manter a capacidade de corte e pouca variação dimensional após
a têmpera. Quando as variações dimensionais são importantes para a aplicação da ferramenta,
devemos observar as seguintes recomendações:
Quando for exigida uma alta estabilidade dimensional, as peças precisam ser submetidas a um de
alívio de tensões para aliviar as tensões que foram introduzidas na peça durante o processamento.
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Este alívio de tensão é feito a uma temperatura
Aço Aplicação
entre 600 e 650 °C. A duração deste alívio é de
50 CrMoV 4 Chave de fenda aproximadamente 1 hora. O resfriamento é feito
dentro do forno.
X 45 CrMo 4 Ferramenta de cunhagem
Facas para corte de madeira Peças frágeis e com paredes finas devem ser
60 Ecr V 7
Talhadeiras pneumáticas temperadas na temperatura limite inferior,
enquanto que as peças com paredes espessas
145 V 33 Matrizes de estampagem a frio
têm que ser temperadas nos limites de
Ferramentas de embutimento, temperaturas superiores.
Laminadores de rosca,
X 165 CrV 12
Ferramentas de extrusoras, Uma considerável influencia sobre as alterações
Ferramentas de corte e de estampagem.
dimensionais e também sobre o comportamento
X 210 Cr 12 Corte de alta potência, da ferramenta em uso e exercida pela tempo na
Agulhas de limpeza,
Ferramenta de embutimento, temperatura de enxarque. Principalmente os
Matrizes de trefilação e matrizes de trefilação, aços de alta liga tem que ser mantidos
suficientemente durante um período adequado
Figura 29 – Aplicação de aços ligados para conformados a frio. nesta temperatura de enxarque para depois
serem submetidos a um resfriamento adequado.
A Fig. 30 mostra as curvas de nitretação de aços de conformação a frio com 12% de cromo que foram
nitretados a plasma sem influênciar a resistência do núcleo e a tenacidade. As ferramentas assim
produzidas apresentam uma alta resistência ao desgaste, oriundo do alto teor de carbonetos além da
alta dureza superficial devido à nitretação à plasma.
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2.3.2.3 Aços resistentes à corrosão e ao ácido
2.3.2.3.1 Geral
Os aços resistentes a ferrugem e a ácidos são subdivididos segundo a sua estrutura. A sua estrutura
são assumidas como tendo sido obtidas usando a método de tratamento térmico mais vantajoso para
cada caso particular.
Estes aços não são temperáveis, se o teor de carbono se situar abaixo de 0,12% e o teor de cromo se
situar entre 16 e 20%. No caso de teores de carbono mais altos e teores de cromo mais baixos, ocorre,
além da ferrita, após o tratamento térmico uma pequena percentagem de perlita na estrutura, quando a
têmpera somente poderá ser feita em tolerâncias muito pequenas.
A estrutura destes aços é totalmente martensítico quando o teor de carbono for acima de 0,38% até
1,1% e o teor de cromo estiver entre 13 e 18%.
Uma estrutura ferrítica – perlítica, ferrítica - troostítica e/ou sorbítica-troostítica. é obtida apenas após o
tratamento térmico, quando teor de carbono se situar entre 0,10 e 0,35% e o teor de cromo estiver entre
13 e 19%. Também o molibdênio e o níquel podem estar presentes em ate 2% em alguns aços. Fazem
parte deste grupo os seguintes aços:
Os aços austenítico não podem ser temperados. Após seu resfriamento brusco, estes aços são
moles, tenazes e facilmente trabalhados a frio. Um aumento da resistência ou da dureza somente
pode ser conseguido através do trabalho a frio. Estes aços são praticamente não magnéticos em
estado resfriado. Por causa da pequena porcentagem de ferrita, a capacidade de magnetização
pode ser aumentada por trabalho a frio. Assim este aço apresenta uma característica magnética
muito baixa.
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Os aços austeníticos são tenazes quando
resfriados até uma temperatura em torno de -
200°C ( temperatura sub-zero).
Devido a eficiente limpeza da superfície através de ionização, não há necessidade de passivação para
a nitretação a plasma. Por causa da alta percentagem de 12% ou mais de formadores de nitretos
especiais (Cr, Ti, Mo, etc), estes aços apresentam na temperatura normal em torno de 530°C uma
elevada dureza superficial de até 1200 HV ou mais, o que apresenta bons resultados em aplicações
com altos esforços de desgaste abrasivo; mas também devemos considerar que as profundidades de
nitretação se situam apenas em torno de 0,1 mm.
Em alguns casos, quando a dutilidade da camada é desejada devemos realizar uma nitretação à
plasma em uma temperatura mais alta, de 570°C por exemplo. A dureza permanecerá menor que 1100
Hv e a espessura endurecida aumentará.
Aços inoxidáveis, em contraste com aços normais, tem uma queda na resistência á corrosão devido a
nitretação à plasma. Por conta disto, é possível cobrir partes da peça antes da nitretação à plasma,
para obter a nitretação unicamente na parte de interesse da peça. Nitretação à plama com baixa
concentração de nitrogênio é usada freqüentemente para manter o decréscimo na resistência à
corrosão em um valor mínimo.
Ferros fundidos diferenciam enormemente em diferentes fatores tais como: estabilidade térmica da
matriz, tamanho e forma das inclusões de grafita, quantidade e tipo de elementos de liga, etc... A
Nitretação à plasma com sua grande flexibilidade , pode trazer grandes vantagens neste campo. A
absorção de nitrogênio leva a formação de finos precipitados dispersos e com isto, um aumento da
tensão de escoamento, dureza superficial e resistência à fadiga. Estes são usados por exemplo na
indústria automotiva de peças fundidas tais como rodas, virabrequins e comandos de válvula.
A camada ε produzida pela nitretação à plasma, fornece uma proteção contra o desgaste. Mesmo
nódulos e flocos de grafita podem ser cobertos completamente pela superfície nitretada. ( ver fig 33 e
34). Isto traz aproximadamente uma melhora no comportamento ao desgaste pela maior lubricidade. A
vida em trabalho da peça pode ser significantemente aumentada através de melhorias na resistência
ao desgaste.Na prática têm-se demonstrado que nitretar duas vezes por plasma reduz o coeficiente de
atrito.
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O aumento na durabilidade , através da nitretação
à plasma de ferros fundidos faz este processo ser
indicado para os setores de construção de
máquinas, como carcaças de bombas, carcaças
de compressores, cilindros de compressores,
roscas de extrusoras, barramentos de tornos.
Figura 33
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2.3.3 Nitretação à plasma de aços sinterizados
Para a nitretação a plasma de aços sinterizados valem as mesmas regras que para os aços não
ligados. Um aumento significante na resistência ao desgaste, bem como na resistência à fadiga é
observado quando aços sinterados ligados são nitretados à plasma. O tratamento em vácuo também
tem um efeito de limpeza por causa da aspiração de microporos existentes. A densidade de aço
sinterizado a ser nitretado deve ser de no mínimo 7,0 g/cm³. A construção da camada nitretada é similar
àquela dos aços normais, embora a compactação dos aços sinterizados tenha um efeito na
consistência da camada. Adições de cobre possíveis não prejudicam o processo de plasma e alteram
minimamente a camada superficial.
As variações dimensionais das peças sinterizadas são muito pequenas. Minuciosas análises em
engrenagens de SINT D-30 mostraram que o aumento foi em média de 6+2 µm/superfície.
Anéis de sincronização de Astaloy Mo apresentam na camada de ligação com uma dureza de 500-600
HV0,5 (Fig. 36)
A nitretação da peças é feita em vácuo entre 0,5 e 10 mbar. Nesta faixa de pressão, a descarga
luminosa gera um plasma ativo independente da freqüência. Oticamente podemos dizer que se forma
uma borda luminosa ao redor da peça que acompanha a geometria da mesma.
Como são nitretadas apenas as áreas que são expostas às cargas luminosas, a nitretação a plasma
oferece a possibilidade de não nitretar áreas, cobrindo as mesmas. Mas aqui existe a necessidade de
proteger as respectivas áreas contra a descarga luminosa por meio de chapas, parafusos, pinos ou
pasta química especial.
Uma comparação de custos da nitretação a gás com a nitretação a plasma não é tão simples assim,
visto que podemos fazer o cálculo apenas para um componente individual.
Conforme já foi mencionado anteriormente, as vantagens de custo só podem ser avaliadas caso a
caso.
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Vantagens da Nitretação a Gás:
Deformação dimensional
Insignificante Sim, mas pequena
(aumento de volume)
Com 520°C a 540°C, maior do que com
Temperatura de tratamento Baixa
plasma
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5.0 Tabela de dureza superficial e profundidade de nitretação após a nitretação à plasma
A tabela abaixo apresenta os materiais mais utilizados para a nitretação plasma com os respectivos
dados técnicos obtidos após o tratamento.
Dureza após a Dureza após a
Grupo de material Designação Material N°
nitretação HVI nitretação HVI
S1 60 1.0062 350-450 max. 1,0
Aço de construção
St 37 1.0116 300-400 max. 1,0
9 S 20 1.0711 280-350 max. 1,0
9 SMnPb 28 1.0718 280-350 max. 1,0
Aço de fácil usinagem ETG 80 1.0727 450-550 max. 1,0
ETG 100 1.0727 500-600 max. 1,0
16 MnCrS 5 1.7139 650-750 max. 1,0
Ck 15 1.1141 400-500 max. 1,0
15 CrNi 6 1.5919 650-750 max. 1,0
21 NiCrMo 2 1.6523 500-600 max. 1,0
Aço endurecíveis
17 CrNiMo 6 1.6587 650-750 max. 1,0
16 MnCr 5 1.7131 650-750 max. 0,8
20 MnCr 5 1.7147 650-750 max. 1,0
Ck 30 1.1178 450-550 max. 1,0
Aços não ligados Ck 45 1.1191 500-600 max. 1,0
Ck 60 1.1221 500-600 max. 1,0
25 CrMo 4 1.7218 550-650 max. 1,0
42 CrMo 4 1.7225 600-700 max. 1,0
Aço ligados
30 CrMoV 9 1.7707 850-950 max. 0,8
50 CrV 4 1.8159 600-700 max. 0,8
34 CrAl 6 1.8504 1000-1200 max. 0,8
34 CrAlMo 5 1.8507 1000-1200 max. 0,8
Aços para nitretação
31 CrMoV 9 V 1.8519 900-1000 max. 0,8
34 CrAlNi 7 1.8550 1000-1200 max. 0,8
100 Cr 6 1.3505 1000-1200 max. 0,8
Aço para rolamento
X 102 CrMo 17 1.3543 550-650 max. 1,0
Ck 75 1.1248 500-600 max. 1,0
Aço para molas 60 SiMn 5 1.5142 500-600 max. 1,0
58 CrV 4 1.8161 600-700 max. 0,8
C 105 W 1 1.1545 550-650 max. 1,0
C 80 W 2 1.1625 550-650 max. 1,0
Aço-ferramenta sem liga
S 12-1-4 1.3302 1000-1200 max. 0,2
Aço rápido
S 6-5-2 1.3343 1000-1200 max. 0,2
S 18-0-1 1.3355 1000-1200 max. 0,2
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Dureza após a Dureza após a
Grupo de material Designação Material N°
nitretação HVI nitretação HVI
X 165 CrV 12 1.2201 1000-1200 max. 0,2
29 CrMoV 9 1.2307 850-950 max. 0,4
40 CrMnMo 7 1.2311 600-700 max. 0,8
40 CrMnMoS 8-7 1.2312 600-700 max. 0,8
Aço para trabalho à frio
X 100 CrMoV 5-1 1.2363 800-900 max. 0,4
X 155 CrVMo 12-1 1.2379 1000-1200 max. 0,2
X 45 NiCrMo 4 1.2767 600-700 max. 0,8
90 MnCrV 8 1.2842 550-650 max. 0,8
42 Cr 13 1.2083 1000-1200 max. 0,3
40 CrMoV 5-1 1.2344 850-950 max. 0,4
Aço para trabalho à quente 60 WCrMoV 9-4 1.2622 800-900 max. 0,5
55 NiCrMoV 6 1.2713 500-600 max. 0,8
15 CrCoMoV 10-10-5 1.2886 1000-1200 max. 0,3
X 30 Cr 13 1.4028 1000-1200 max. 0,2
X 14 CrMoS 17 1.4104 1000-1200 max. 0,2
Aço resistente à corrosão e
X 90 CrMoV 18 1.4112 1000-1200 max. 0,2
ácido
X 38 CrMoV 15 1.4117 1000-1200 max. 0,2
X 5 CrNi 18 10 1.4301 1000-1200 max. 0,2
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