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Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.

551
Advogada
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.

Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145

GERALDO LAERTE COELHO, devidamente qualificado nos autos do processo


em epígrafe, vem respeitosamente à presença de V.Exa., por sua procuradora “in fine” assinada,
em atendimento ao r. despacho de fls. 89,

Requer o prosseguimento do feito.

Nestes Termos,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 17 de Abril de 2019

Iracy Ferreira – OAB/MG 55.551

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.

Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada

GERALDO LAERTE COELHO, devidamente qualificado nos autos do processo


em epígrafe, vem respeitosamente à presença de V.Exa., por sua procuradora “in fine” assinada,
em atendimento ao r. despacho de fls. 89, informar o nome e qualificação da esposa do réu,
conforme segue abaixo:

MARIA JOSÉ CASSIMIRO COELHO, brasileira, do lar, portadora do


CPF 052.664.056-19, RG 18.044.639-PC/MG, residente na Rua Antônio Joaquim
da Silva, 755, bairro Santa Cruz, nesta cidade.

Requer o prosseguimento do feito.

Nestes Termos,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 17 de Agosto de 2018

Iracy Ferreira – OAB/MG 55.551

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.

Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada

GERALDO LAERTE COELHO, devidamente qualificado nos autos do processo


em epígrafe, vem respeitosamente à presença de V.Exa., por sua procuradora “in fine” assinada,
em atendimento ao r. despacho de fls. 85v, apresentar comprovação da hipossuficiência do réu e
informar o seguinte:

Que o réu se encontra incapacitado de exercer atividade laborativa por problemas


de saúde e, percebendo benefício do INSS, Auxílio-Doença, no valor mensal de um salário
mínimo, um seja, R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), conforme comprovam os
documentos em anexos.

Requer o prosseguimento do feito.

Nestes Termos,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 17 de Maio de 2018

Iracy Ferreira – OAB/MG 55.551

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.

Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada

GERALDO LAERTE COELHO, devidamente qualificado nos autos do processo


em epígrafe, vem respeitosamente à presença de V.Exa., por sua procuradora “in fine” assinada,
em atendimento ao r. despacho de fls. e fls., especificar as provas que pretende produzir que são
as seguintes:

a) Reque-se a realização de prova pericial requerendo, se digne V. Exa, nomear perito


judicial para que possa comprovar que a construção do muro é segura e não oferece
risco de desabamento e nem prejuízo ao autor;

b) Depoimento pessoal do requerente como forma de comprovar suas alegações;

c) Provas documentais, as já acostadas aos autos e, por ventura, outras que surgirem até a
data da audiência;

d) Prova testemunhal conforme rol abaixo que, as quais têm conhecimento e presenciou
alguns dos fatos alegados em contestação.

ROL DE TESTEMUNHA:

- CARLOS ALBERTO DOS SANTOS, residente e domiciliado na Rua Dr. Antônio de Souza
Ferreira nº 287, bairro Progresso, nesta cidade, CEP 36050-370;

- FLÁVIO ANTÔNIO VITÓRIA, portador do CPF nº 057.823.856-00, residente e domiciliado na


Rua Paulo Rodrigues nº 161, bairro Milho Branco, nesta cidade, CEP 36083-310.

Requer intimação das testemunhas nos endereços supracitados.


Nestes Termos,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 02 de Fevereiro de 2018

Iracy Ferreira – OAB/MG 55.551

ROL DE TESTENUNHA SR. GERALDO:


segue os dados para testemunha á pedido Geraldo Laerte Coelho
Carlos Alberto dos Santos
Rua dr Antonio de Sousa Ferreira n°287
Bairro Progresso

Flávio Antonio Vitória


MG 13.185.102
CPF057.823.856-00
Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
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Advogada
R Paulo Rodrigues-161
Milho branco

 Depoimento pessoal do requerente como forma de comprovar a ma-fé


do mesmo;
 Prova testemunhal conforme rol, para comprovar os fatos alegados em
contestação;
 provas documentais já juntadas nos autos e as demais que surgirem até
a data de audiência a ser marcada;
E dispensa
I - PROVA PERICIAL
Requer-se a realização de prova pericial, que se digne V.Exa., nomear perito judicial para que....
II – PROVA DOCUMENTAL.....
III – TESTEMUNHAL

.................
IV – DEPOIMENTO PESSOAL

DA PROVA PERICIAL

Requer-se a realização de prova pericial consistente em agrimensurar o terreno do requerente,


indicando para seu assistente técnico o Dr _____________, com endereço profissional à Rua
____________, ____, sala ____, bairro ____________, CEP ______-___, ____________, ___,
Fone/Fax ____________, desde já apresentando seus quesitos, em anexo.

II - DA PROVA DOCUMENTAL

Requerendo também nesta oportunidade a juntada dos seguintes documentos: __________


(documentos em anexos), para contrapor os fatos produzidos nos autos às fls. ____, dando-se ciência
à parte contrária, para que se manifeste a respeito no prazo de 5 (cinco) dias.

III - TESTEMUNHAL

Pleiteia-se igualmente a admissão de prova testemunhal, cujo rol encontra-se também em anexo, em
conformidade com o art. 407 da Lei dos Ritos.

IV - DEPOIMENTO PESSOAL

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
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Advogada
Requer-se o depoimento pessoal do representante legal do autor, sob pena de confissão na matéria
de fato, caso não compareça ou se comparecer se recuse a depor, conforme o art. 343, § 2º da Lei
dos Ritos.

V - Isso Posto, requer-se a CONFIRMAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO do pedido probatório que consta dos
autos;

vem respeitosamente à presença de Vossa excelência apresentar,


especificação de provas conforme solicitação de ato ordinário;
 Depoimento pessoal do requerente como forma de comprovar a ma-fé
do mesmo;
 Prova testemunhal conforme rol, para comprovar os fatos alegados em
contestação;
 provas documentais já juntadas nos autos e as demais que surgirem até
a data de audiência a ser marcada;
 E dispensa de prova pericial, pois em momento algum a requerida em
sua contestação disse que as assinaturas dos canhotos de notas fiscais
eram do requerente e sim de um funcionário que representava a
empresa no momento da entrega das mercadorias.
Termos em que

pede e espera

Defrimento.

Joaquim Távora 10 de junho de 2013

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA DE ... DA COMARCA


DE ..., ESTADO DO .
AUTOS Nº .....

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
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Advogada

XXXX, vem mui respeitosamente, nos autos de ação de investigação


de paternidade c/c alimentos, em que contende com .....,
representado por sua genitora ....., à presença de Vossa Excelência
requerer a produção das seguintes provas:
a) o depoimento pessoal da representante legal do menor;

b) a oitiva das testemunhas, cujo rol segue em anexo, as quais comparecerão na audiência
independentemente de intimação:

1. ..............
2. ..............
3. ..............

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Local

Assinatura do Advogado
OAB

Modelo de manifestação - prova testemunhal


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA
COMARCA DE __________.

Processo nº: _______________

______________, devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vêm respeitosamente à


presença de Vossa Excelência por intermédio de seu advogado abaixo assinado, em atenção ao despacho
retro, informar que pretende produzir prova testemunhal, com relação à alegação de que nada devia aos seus
patronos, pretende também provar que desconhecia o acordo firmado em processo trabalhista, em que pese
os poderes expressos para transigir conferidos no mandato, foram cometidos sem autorização da autora,
razão pela qual declina o rol de testemunhas abaixo que tem conhecimento e presenciou alguns dos fatos:

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
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Advogada
Rol de Testemunha:

1 – [NOME], RG: __________, inscrita no CPF/MF sob nº __________, atendente de telemarketing, residente
e domiciliado na Rua _______ nº ___, Bairro ______, [Município], CEP: _________.

Termos em que,

Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]

[Número de Inscrição na OAB]

ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS - CONFIRMAÇÃO DO PEDIDO PROBATÓRIO

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca de _______________________-__

Proc. n.º ____

___________________, já devidamente qualificada, nos autos da Ação de Desapropriação que lhe


move _______ por seu advogado "in fine"assinado, vem à presença de V. Exa., atendendo-se ao
despacho de fls. __, dizer que pretende produzir as seguintes provas:

I - DA PROVA PERICIAL

Requer-se a realização de prova pericial consistente em agrimensurar o terreno do requerente,


indicando para seu assistente técnico o Dr _____________, com endereço profissional à Rua
____________, ____, sala ____, bairro ____________, CEP ______-___, ____________, ___,
Fone/Fax ____________, desde já apresentando seus quesitos, em anexo.

II - DA PROVA DOCUMENTAL

Requerendo também nesta oportunidade a juntada dos seguintes documentos: __________


(documentos em anexos), para contrapor os fatos produzidos nos autos às fls. ____, dando-se ciência
à parte contrária, para que se manifeste a respeito no prazo de 5 (cinco) dias.

III - TESTEMUNHAL

Pleiteia-se igualmente a admissão de prova testemunhal, cujo rol encontra-se também em anexo, em
conformidade com o art. 407 da Lei dos Ritos.

IV - DEPOIMENTO PESSOAL

Requer-se o depoimento pessoal do representante legal do autor, sob pena de confissão na matéria
de fato, caso não compareça ou se comparecer se recuse a depor, conforme o art. 343, § 2º da Lei
dos Ritos.

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada
V - Isso Posto, requer-se a CONFIRMAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO do pedido probatório que consta dos
autos;

Termos em que

Pede juntada e deferimento.

____________, ___ de __________ de 20__.

Advogado

Nº OAB

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA


VARA CÍVEL DA COMARCA DE /PR
Autos:

TTTTTTTTTTTT, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no C. N. P. J


sob n. 00.974.731/0001-38, com sede e foro na RUA CIDADE Estado do
Paraná, vem por intermédio de seu advogado “in fine” assinado com
escritório profissional na Avenida Maringá nº 445, onde recebe citações,
intimações e notificações, vem respeitosamente à presença de Vossa
excelência apresentar, especificação de provas conforme solicitação de ato
ordinário;
 Depoimento pessoal do requerente como forma de comprovar a ma-fé
do mesmo;
 Prova testemunhal conforme rol, para comprovar os fatos alegados em
contestação;
 provas documentais já juntadas nos autos e as demais que surgirem até
a data de audiência a ser marcada;
 E dispensa de prova pericial, pois em momento algum a requerida em
sua contestação disse que as assinaturas dos canhotos de notas fiscais
eram do requerente e sim de um funcionário que representava a
empresa no momento da entrega das mercadorias.
Termos em que

pede e espera

Defrimento.
Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada
Joaquim Távora 10 de junho de 2013

__________________________________________

Paulo Arthur Teixaira Monteiro

Oab/Pr 55.416

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.

Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145

GERALDO LAERTE COELHO, brasileiro, casado, autônomo, portador do CPF 615.986.156-


53, RG MG-4.320.041-SSP/MG, residente na Rua Antônio Joaquim da Silva, 755, bairro Santa Cruz, CEP
36088-120, nesta cidade, vem respeitosamente, à presença de V.Exa., por sua procuradora “in fine”
assinada, apresentar

CONTESTAÇÃO

à AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA E INDENIZAÇÃO


POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, proposta por EVERALDO MOREIRA GONÇALVES, qualificado
nos autos do processo acima identificado, e o faz pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS
Breve síntese, move o autor Ação de Nunciação de Obra Nova c/c Indenização por Danos
Morais e Materiais contra o requerido, objetivando a retificação de embargo emitido pela Prefeitura,
requerendo seja ordenada a demolição do muro construído pelo réu e pagamento de danos.
Contudo, não resta nenhuma razão ao autor, merecendo que seja julgada improcedente a
presente ação com a condenação do autor aos ônus sucumbenciais, como se passa a analisar.
Primeiramente, é de suma importância esclarecer que, para construiu sua residência o autor
escavou seu terreno até a divisa do lote de propriedade do réu, formando na divisa, um barranco de
cinco metros de altura, barranco esse que antes da escavação não existia e não construiu o muro
divisório.

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Como o autor escavou seu lote formando um barranco na divisa do terreno vizinho, sua
obrigação era construir o muro divisório para evitar o deslocamento de terra no lote do réu, sendo que os
demais moradores do local, que escavaram seus lotes, eles próprios construíram o muro divisório.
Sem o muro, no barranco crescia mato e para limpar o mato o autor, frequentemente,
colocava fogo, que as frequentes queimadas danificou o tronco de árvore localizada acima do barranco,
levando-a a queda.
E, como o autor escavou seu terreno até a divisa do terreno do réu, não construiu o moro e,
vinha colocando fogo no mato, danificando o terreno vizinho, o requerido não teve alternativa senão
construir o muro para evitar o deslocamento de terra e as frequentes queimadas nos fundos de seu
terreno e, em nenhum momento, teve a intenção de prejudicar o requerente. Como se vê, a obra não
causa nenhum prejuízo ao autor.
Importante ainda esclarecer que, após devidamente intimada da decisão de fls. 50, a qual
embargou a obra objeto deste litígio, o requerido imediatamente cessou sua construção, não devendo
incidir, portanto, a multa diária de R$ 300,00 (trezentos reais) fixada em caso de descumprimento da
ordem judicial.
Quanto ao dizer que, com o transcorrer da obra inconvenientes foram sucedendo, como a
queda da árvore no terreno do autor, a quebra de vidro da janela e a não retirada de materiais, montes
de área e britas no terreno do autor, não procede.
Eis que, a queda da árvore deu-se em consequência do fogo que o autor, frequentemente,
colocava no terreno do requerido, nada tem a ver com a construção do muro, conforme prova o troco da
árvore queimado (fotos anexas).
Quanto ao dizer que, com a queda da árvore causou a quebra de vidros das janelas, é
totalmente descabida.
Ora, os vidros das janelas foram quebrados muito antes do inicio da obra e da queda da
árvore, há tempos que os vidros estão quebrados e colados com fitas para não cair e, como a árvore
caiu no terreno do réu, não tinha como atingir as janelas da casa do autor, desta forma, não há que se
falar em danos materiais.
Aduz ainda que não foram retirados matérias de seu terreno, como montes de área e britas.
Não foram retidados porque o réu nunca utilizou o terreno do autor para depositar nenhum tipo de
material, os materiais utilizados na obra, foram todos depositados no terreno do réu, podendo ser provado
pelos operários da obra.
Que os materiais mostrados nas fotos trazidas pelo autor, são dele próprio. Nem tinha como o
réu colocar qualquer tipo de material no terreno do autor, eis que, desde o início da obra vinha discutindo
com os operários, chegou até ameaça-los, ao contrário do que diz na inicial, o autor nunca zelou pelo
bom convívio com réu, sempre fez tudo para prejudica-lo.
Quanto alegar que o réu não observou os padrões técnicos necessários e que gera
insegurança na família do autor, é totalmente descabida, uma vez que a obra estava sendo acompanhada
por engenheiro civil (doc. fls.41) e, trata-se apenas de muro divisório dos terrenos com objetivo de evita
as constantes queimadas e deslocamento de terra, não tendo nenhum objetivo de construção acima do
moro, não causando insegurança e nem prejuízo ao autor.
Quanto ao parecer do perito da Defesa Civil (fls. 38) não deve ser considerado, tendo em vista
que em seu parecer, não descreveu que encontrou irregularidade na obra podendo colocar em risco a
vida do autor e de sua família, ou que venha causar danos ao imóvel do autor.

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Deixou bem claro em seu parecer que, descreveu, em seu laudo, o que relatou o solicitante da
vistoria, ou seja o autor, podendo observar:
“( ... segundo o solicitante da vistoria, executado em fundação rasa, ....sem responsável
técnico pelo serviço ..., vizinho encontra-se depositando terra para aterramento e nivelamento do
terreno ...)”
Cabe descrever o parecer pericial para maior clareza:
“Discorre-se sobre um muro de divisa, construído aos fundos do terreno, em bloco de
cimento e cintas de amarração, construído pelo vizinho aos fundos do terreno, segundo
o solicitante da vistoria, executado em fundação rasa, construído à época,
provavelmente sem responsável técnico pelo serviço, sendo que, segundo o
solicitante da vistoria, o vizinho encontra-se depositando terra para aterramento e
nivelamento do terreno, o que poderá causar um esforço de empuxo de terra no painel
de alvenaria do muro, que não foi construído como muro de contenção o que poderá
causar estabilidade estrutural do mesmo.”
Ora, o parecer pericial não deixa dúvida de que o perito não encontrou irregularidade na obra
objeto da nunciação. Descreveu em seu laudo o que o autor diz e não o que ele próprio constatou.
Quanto alegar que o réu encontra-se depositando terra para aterramento e nivelamento do
terreno, é uma inverdade, podendo provar as fotos dos fundos do lote trazidas aos autos (fotos anexas).
Assim, conclui-se que o nunciado não teria a necessidade de iniciar a obra, não fosse os
danos em seu terreno provocado pelo nunciante e, está executando a obra conforme as orientações de
profissional da área, para evitar queimadas e prevenir deslocamento de terra entre os dois lotes, e não
causou nenhum prejuízo ao vizinho.
DO DIREITO:
Da Ilegitimidade do autor para Alegar Irregularidades Administrativas
Alegou o autor que a obra realizada pelo requerido encontra-se irregular, por não ter
aprovação da Prefeitura. Ocorre que a legitimidade para alegações de irregularidades administrativas
interessam apenas ao Poder Público, neste sentido:
"Ao contrário das demandas de cunho coletivo, a ação de nunciação de obra nova
intentada pelo particular deve ter por objeto unicamente a proteção decorrente dos
direitos de vizinhança. Não pode servir ela para atacar eventual irregularidade
administrativa da construção” (TJSC, AC n. 2008.005832-8, da Capital, rel. Des. Ronei
Danielli, j. em 06/10/2011)
"A legitimidade do autor para propor a ação de nunciação de obra nova está relacionada
à violação aos direitos de vizinhança, não às irregularidades administrativas da
construção, as quais interessam apenas ao Poder Público" (TJSC, Ag n. 2002.026735-5,
da Capital, rel. Des. Wilson Augusto do Nascimento, j. em 11/08/2003)
Assim, constata-se que não cabe à parte autora a alegação de que não há licença junto à
Prefeitura e que a obra está sendo realizada sem assessoria técnica, uma vez que tais análises cabem ao
Município.
Além disso, não há que se falar em irregularidade na construção, eis que a obra estava sendo
executada com acompanhamento de Engenheiro Civil, Sr. Anderson Wagner Silva.
DA INEXISTÊNCIA DO DANO MORAL E MATERIAIS
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Não há que falar em dano moral e materiais, a obra embargada não causou ao autor prejuízo
de ordem moral e nem material, nenhuma atitude cometida pelo réu teve o condão de macular a honra e
boa fama do autor, não se observando assim qualquer lesão em seu patrimônio moral e material.

DA INESXISTENCIA DE RISCO AO IMÓVEL DO AUTOR


No caso em tela, o direito de construir não pode ser obstacularizado pelo vizinho, visto
tratar-se de obra destinada a evitar as queimadas em seu terreno, além de ter a essencial função de
contenção de deslocamento de terra.
Só poderá intentar ação de nunciação de obra nova aquele que tiver seu imóvel
prejudicado. Ocorre que, no caso em tela, não há qualquer prejuízo ao autor.
Assim, tendo o nunciante escavado seu terreno até a divisa, formando barranco de
cinco metros de altura, ocorrendo deslocamento de terra danificando o terreno do requerido e frequentes
queimadas provocada pelo autor, compete ao requerido o direito de fazer cessar tais interferências,
prejudiciais à sua segurança, sossego e saúde, conforme leciona o art. 1.277 do Código Civil:
“Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as
interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam,
provocadas pela utilização de propriedade vizinha.”
Resta caracterizado, pois, que o demandado age de acordo com o seu direito, porquanto
não pode ser prejudicado pelas atitudes infortunas decorrentes de vizinho. Em razão disso, pode-se
claramente afirmar que o requerido atua no exercício regular de um direito, frente ao abuso cometido pelo
autor na sua propriedade.
Sobre o assunto, pertinente é a lição de Sergio Cavalieri Filho:
“Exercício regular de um direito - o nome já diz - é o direito exercido regularmente,
normalmente, razoavelmente, de acordo com o seu fim econômico, social, a boa fé e os
bons costumes. Quem exerce o seu direito subjetivo nesses limites age licitamente, e o
lícito exclui o ilícito” (CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 9
ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 19. Grifamos.).
Oportuno, ainda, faz-se os ensinamentos de Carlos Roberto Gonçalves:
“Abusivos são os atos que, embora o causador do incômodo se mantenha nos limites de
sua propriedade, mesmo assim vem a prejudicar o vizinho [...]. Consideram-se abusivos
não só os atos praticados com o propósito deliberado de prejudicar o vizinho, senão
também aqueles em que o titular exerce o seu direito de modo irregular, em desacordo
com a sua finalidade social” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro,
volume 5: direito das coisas. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 351).
De fácil compreensão que o ato de colocar fogo em terreno vizinho a fim de limpar o imóvel
configura ato abusivo praticado pelo autor, estando a réu agindo de modo a cessar a irregularidade
praticada.
Frisa-se, ademais, que as fotos acostadas aos autos pela demandante, com o intuito de
demonstrar a plausibilidade do direito, bem como o dano iminente, não atingem esse objetivo, pois dano
não existe. Assim, percebe-se que o autor não trouxe aos autos a necessária comprovação do direito
alegado.
Nesse sentido, não havendo elementos suficientes para amparar o direito alegado, tem-se
por descabida a alegação de risco de dano ao imóvel vizinho, devendo o pedido do autor ser julgado
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improcedente, já que o dano constitui requisito essencial para a procedência da presente ação, conforme
já se decidiu:
“Daí porque a demonstração do dano experimentado pelo autor em decorrência de obra
edificada, representa requisito intransponível ao sucesso de sua pretensão” (TJSC, AC
n. 2005.042576-4, da Capital, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros, j. em 09/11/2009).
Com isso, conclui-se que o nunciado agiu em conformidade com os seus direitos no
tocante à construção embargada, tendo em vista que apenas tenta cessar abuso praticado por seu
vizinho, no caso, o nunciante, que frequentemente, coloca fogo no terreno, podendo causar enormes
prejuízos ao nunciado.
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
A Inspeção judicial Art. 481 e seguintes do CPC.
A revogação da liminar e a continuidade da obra objeto da presente lide.
Seja o pedido do autor julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE, na medida em que não
houve qualquer ilícito cometido pelo requerido quando da construção do muro divisório nos fundos
A condenação do autor ao pagamento de todas as despesas gasta pelo réu na construção
do muro divisório, acrescidos de correção monetária, juros de mora e demais cominações de direito.
A condenação do autor ao pagamento custas processuais e honorários advocatícios.
Requer ainda, o pálio da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que o Requerido não tem
condição de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família
(doc. anexo).
Protesta por todos os meios de provas em direito admitidas especialmente documental,
testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Juiz de Fora, 01 de Junho de 2017

Iracy Ferreira – OAB/MG 55.551

Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: iracy_ferreira@ig.com.br
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.

Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145

GERALDO LAERTE COELHO, brasileiro, casado, autônomo, portador do CPF 615.986.156-


53, RG MG-4.320.041-SSP/MG, residente na Rua Antônio Joaquim da Silva, 755, bairro Santa Cruz, CEP
36088-120, nesta cidade, vem respeitosamente, à presença de V.Exa., por sua procuradora “in fine”
assinada, apresentar

RECONVENÇÃO

à AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA E INDENIZAÇÃO


POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, interposta por EVERALDO MOREIRA GONÇALVES, brasileiro,
solteiro, técnico de enfermagem, portador do CPF 104.693.506-28, RG 16.395.286-SSP/MG, residente na
Rua Maria Cândida de Jesus, 522, Bairro Santa Cruz, nesta cidadeCEP 36088-300, pelos motivos de
fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

O réu, ora Reconvindo ingressou em juízo contra o ora Reconvinte, com Ação de Nunciação
de Obra Nova cumulada com dano morais e materiais danos, requerendo o embargo liminar da obra e
demolição do muro construído pelo reconvinte. O embargo foi concedido e obra está paralisada.

O reconvinte passará a demonstrar que o embargo da obra era desnecessário e a obrigação


de construir o muro era do reconvindo, pelos seguintes motivos:

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Advogada
A construção do muro divisório era de obrigação do autor- reconvindo que fez escavação do
terreno contíguo ao imóvel do réu-reconvinte formando barranco de aproximadamente cinco metros de
altura e para limpar o mato que crescia no barranco, o autor-reconvindo, colocava fogo, que as
frequentes queimadas danificou o tronco de árvore localizada acima do barranco, levando-a a queda,
danificando o terreno do ora reconvinte.

Tendo em vista os danos em seu terreno e, para evitar atrito com vizinho, o reconvinte
iniciou a construção do muro divisório entre os dois lotes, pois é necessário, para evitar os abusos
cometidos pelo vizinho ora reconvindo, que o reconvinte tomou as medidas necessária e, a construção do
muro não causou prejuízo algum ao reconvindo.

O prosseguimento da construção da construção do muros é necessário, não causa prejuízo


ao autor-reconvindo, sendo portanto o embargo da obra considerado injusto e desnecessário.

DO DIREITO

Dispõe o art. 186 do Código Civil: Art. 186: “Aquele que por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito”.

Que o reconvinte teve dispendioso gasto com a construção do muro que era de obrigação
do ora reconvindo construir, eis que, escavou o terreno formando barranco no terreno vizinho.

Prejuízos pela paralisação, pelo embargo da obra, ressarcimento de todas as empresa


suportadas pelo reconvinte..

Quanto ao entendimento:

“Cabe reconvenção na ação de nunciação de obra nova” (RJTJ ESP. 51/224, in Código de
Processo Civil, 19º edição de Theotonio Negrão, nota art. 938-1)

“A propósito, há um acórdão entendendo que as perdas e danos decorrentes da injusta


paralisação da obra devem ser pleiteadas em reconvenção, pois não se confundem com as
despesas da lide, a que se refere o art. 20.” (ROT 611/98).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer seja intimado o autor reconvindo de todos os termos da presente
Reconvenção, para querendo contestá-la no prazo legal, para ao final ,ser julgada procedente a presente
Reconvenção, com condenação do autora reconvindo ao pagamento de todas as despesas gasta pelo
réu reconvinte na construção do muro divisório, acrescidos de correção monetária, juros de mora, custas
processuais, honorários advocatícios e demais cominações de direito.
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Advogada
Requer ainda, o pálio da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que o Requerido não tem
condição de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
Para provar o alegado, protesta pela produção de todos os meios de provas em direito
admitidas especialmente documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor reconvindo.

Dá a causa o valor de R$ 20.000,00

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Juiz de Fora, 01 de Junho de 2017

Iracy Ferreira – OAB/MG 55.551

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Advogada

A construção do muro divisório entre os dois lotes é necessária, para evitar os abusos cometidos
pelo vizinho ora reconvindo, que o reconvinte tomou as medidas necessária e, a construção do muro não
causou prejuízo algum ao reconvindo.

A construção do muro divisório entre os dois lotes é necessária, para evitar os abusos cometidos
pelo vizinho ora reconvindo, que o reconvinte tomou as medidas necessária e, a construção do muro não
causou prejuízo algum ao reconvindo.

Dá-se à causa, o valor de R$ ….

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]

Diante do exposto requer-se seja julgada improcedente a presente AÇÃO DE


NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA cumulada com perdas e danos, condenando-se a autora em
custas judiciais, honorários advocatícios que Vossa Excelência saberá arbitrar e demais
cominações de direito.

Para provar o alegado, requer-se a produção de prova pericial, juntada de novos documentos,
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Advogada
oitiva de testemunhas que arrolará em tempo oportuno, depoimento pessoal do representante
legal da autora, sob pena de confissão e demais provas em direito admitidas.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA - DIREITO DE


VIZINHANÇA - EXISTÊNCIA DE JANELAS NA DIVISA DOS IMÓVEIS HÁ
VÁRIOS ANOS - CONSTRUÇÃO DE MURO PELO NUNCIADO -
POSSIBILIDADE - SERVIDÃO DE LUZ E AR - INEXISTÊNCIA. Nos
termos do artigo 1.299 do Código Civil, o proprietário pode levantar em
seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito de vizinhos,
que impede apenas que se invada área contígua ou sobre ela se deitem
goteiras, ou que, a menos de metro e meio se abram janelas, ou se faça
eirado, terraço ou varanda, conforme imposição do art. 1.301 do Código
Civil. Constatada abertura irregular de janelas na divisa dos imóveis, e
transcorrido o prazo de ano e dia do art. 1.302 do Código Civil, para
desfazimento das janelas, o confinante poderá levantar, a todo tempo, a
sua casa ou contramuro, ainda que vede a claridade do imóvel vizinho,
nos termos do art. 1.302, parágrafo único, do Código Civil. Não há que se
falar em servidão aparente, de luz e ar, a obrigar o recuo de metro e meio
do prédio nunciado, tendo em vista que o reconhecimento de tal servidão,
caracterizada como não aparente, dependeria de registro imobiliário,
insuscetível de aquisição via usucapião, nos termos do art. 1.378 do
Código Civil.

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Advogada
(TJ-MG - AC: 10570100016247002 MG, Relator: Aparecida Grossi, Data de
Julgamento: 27/05/2015, Câmaras Cíveis / 16ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 10/06/2015)

//////////////////////////

APELAÇÃO. AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA.


CONSTRUÇÃO DE MURO. EMBARGO DA OBRA - LIMINAR
DEFERIDA - PRESENÇA DOS REQUISITOS - MANUTENÇÃO
DA DECISÃO A ação de nunciação de obra nova destina-se a
solucionar conflitos surgidos no confronto do direito de construir
com o direito de vizinhança, sendo mister que a construção, a ser
embargada, se realize em um imóvel vizinho, moleste o possuidor
ou o proprietário, e a ação seja intentada antes que a obra esteja
acabada. Aquele que propõe ação de nunciação de obra nova
com fundamento no prejuízo que esta venha a causar ao seu
prédio, deve demonstrar, de forma clara, o alegado como fato em
que repousa o seu direito.

(TJ-MG - AC: 10542120001863001 MG, Relator: Newton


Teixeira Carvalho, Data de Julgamento: 27/03/2014, Câmaras
Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 04/04/2014).

EMENTA: APELAÇÃO. AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA.


CONSTRUÇÃO DE MURO. EMBARGO DA OBRA - LIMINAR DEFERIDA -
PRESENÇA DOS REQUISITOS - MANUTENÇÃO DA DECISÃO

A ação de nunciação de obra nova destina-se a solucionar conflitos


surgidos no confronto do direito de construir com o direito de vizinhança,
sendo mister que a construção, a ser embargada, se realize em um imóvel
vizinho, moleste o possuidor ou o proprietário, e a ação seja intentada
antes que a obra esteja acabada.

Aquele que propõe ação de nunciação de obra nova com fundamento no


prejuízo que esta venha a causar ao seu prédio, deve demonstrar, de forma
clara, o alegado como fato em que repousa o seu direito.
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APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0542.12.000186-3/001 - COMARCA DE RESENDE


COSTA - APELANTE (S): ANTENOR NOÉ DE SOUSA - APELADO (A)(S):
DILMA MARIA DE SOUSA

ACÓRDÃO

Vistos etc., acorda, em Turma, a 13ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de


Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos
julgamentos em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

DES. NEWTON TEIXEIRA CARVALHO

RELATOR.

DES. NEWTON TEIXEIRA CARVALHO V O T O

ANTENOR NOÉ DE SOUZA recorreu, às ff.93/99, pleiteando a reforma da


sentença (ff.86/90) proferida pelo MM. Juiz da Vara Única da Comarca de
RESENDE COSTA, que julgou procedente o pedido formulado na inicial da
Ação de nunciação de obra nova em favor de DILMA MARIA DE SOUZA,
nos seguintes termos:

"(...) Em face de todo o exposto e com fundamento no artigo 934 e seguintes


do Código de Processo Civil Julgo Procedente, em parte, o pedido
formulado na inicial para tornar definitiva a liminar concedida e, via de
conseqüência, determinar que o requerido proceda a demolição do murro
divisório no prazo máximo de 30 (trinta) dias do Trânsito em julgado, sob
pena de incorrer em multa diária de R$100,00 (cem reais)."

Sustenta, o apelante, em suas razões recursais que, ao refazer o muro


divisório simplesmente deu continuidade ao já existente, fazendo, o
alinhamento, em obediência aos marcos antigos. A edificação, por
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conseguinte, foi realizada em linha reta, como constatado pelo termo de
inspeção judicial.

Segue afirmando que cuidou, portanto, em não adentrar na propriedade da


apelada, almejando tão somente fechar imóvel dela.

Afirma que não houve qualquer tipo de invasão, como assegura as


testemunhas.

Com essas afirmações pede-se a reforma da sentença.

Contrarrazões apresentadas às ff.105/107, pugnado pela manutenção da


sentença. Para tanto, afirma que esta ação não está alicerçada em meras
alegações, mas sim através de documentos probatórios da invasão
praticada pelo requerido/apelante ao construir o muro e adentram, em
diagonal, em 0,20m na frente por 1,00m ao fundo.

É o relatório. Decido.

O recurso preenche os requisitos de admissibilidade.

No presente caso não tem razão o apelante. É patente que os embargos à


construção em andamento é perfeitamente possível à luz dos institutos
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jurídicos que visam proteger a propriedade residencial e o direito de
vizinhança, principalmente quando a obra coloca em risco a vida do
lindeiro.

Compulsando os autos verifica-se que o MM. Juiz deferiu a liminar de


Embargos (ff.288), para suspender a obra, sob pena de multa diária, nos
termos do art. 936, inciso II, do Código de Processo Civil. Também foi feita
inspeção judicial, conforme nota-se à f.75.

Neste sentido, acertada foi a decisão monocrática ao decidir a lide.


Vejamos , a respeito,a doutrina:

"Nunciação de obra nova consiste na providência tomada em juízo para o


fim de embargar ou impedir o prosseguimento de construção que prejudica
o imóvel de outrem. O manejo da operis novi nuntiatio pressupõe um
prejuízo a um prédio, cuja consumação se busca evitar. Corresponde esse
prejuízo a uma violação ou diminuição do direito de propriedade do autor
sobre o imóvel, sobre servidão dele ou sobre imóvel comum ao autor e
réu."(JUNIOR, Humberto Theodoro, Curso de Direito Processual Civil -
Editora Forense, 17ª edição, vol. III,p.174/175).

Consoante o dispositivo legal, art. 1.299 do Código Civil, é cediço que o


proprietário pode edificar construções sobre o seu terreno, desde que
respeite o direito de vizinhança e os regulamentos administrativos
municipais, estaduais e federais.

Apreende-se, da norma acima insculpida, como corolário dos atributos do


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Advogada
direito fundamental de propriedade, que "a liberdade de construir é a
regra. As restrições e limitações ao direito de construir formam as exceções,
e, assim sendo, só são admitidas quando expressamente consignadas em lei
ou regulamento" (Hely Lopes Meirelles, Direito de Construir, 8. ed., São
Paulo: Malheiros Editores, 2000, p. 29).

Assim, a interpretação sistemática do direito pátrio, desde as normas


existentes na Constituição da República, bem como da de direito privado e
do regime jurídico publicista, autoriza a concluir que o direito de construir
encontra limitações administrativas, bem como restrições de vizinhança de
caráter legal ou de caráter convencional.

As limitações administrativas ao direito de construir, consoante o saudoso


Professor Hely Lopes Meirelles, constituem "toda imposição geral, gratuita,
unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direito ou de
atividades particulares às exigências do bem-estar social" (Op. Cit., p. 85) e
podem ser de natureza urbanística, de higiene e segurança ou militares.

Para compreensão das restrições de vizinhança, nas lições de Aldemiro


Rezende Dantas Júnior, necessário se faz "apresentar os direitos de
vizinhança como sendo um complexo formado pelos direitos atribuídos a
cada um dos proprietários ([...], de modo mais amplo, cada um dos
ocupantes) de prédio e as restrições correspondentes que são impostas a
cada um dos proprietários (idem) dos prédios que lhe são vizinhos, tendo
por finalidade regular a convivência entre os vizinhos, evitando os conflitos
ou apresentando-lhes a solução. Esses direitos e restrições são recíprocos,
vale dizer, são atribuídos e impostas, respectivamente, a todos os vizinhos,
e se manifestam com relação a cada um desses proprietários quando o
respectivo prédio se enquadra na situação prevista em tese na norma
legal." (O Direito de Vizinhança, Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 62).

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Advogada

Em que pese a causa de pedir inicial esteja alicerçada em limitações


administrativas e restrições de vizinhança, a matéria devolvida com o
recurso de apelação se circunscreve às restrições de vizinhança.

Aqui, cabe distinção sobre as restrições de vizinhança de natureza legal e de


natureza convencional:

"Além das restrições legais de vizinhança, impostas pelas leis civis, [...]
podem os interessados estabelecer, convencionalmente, outras restrições ao
direito de construir, em relação às suas propriedades, visando a fixar a
natureza das construções admitidas, assim como a altura, o recuo, o
afastamento, o tipo de edificações e o que mais convier aos confrontantes e
ao bairro. Essas limitações apresentam-se, comumente, sob duas
modalidades: individuais e gerais. As primeiras objetivam condições de
interesse particular dos contratantes; as segundas impõem requisitos de
interesse comum do bairro, pelo quê são operantes entre todos os seus
moradores beneficiários diretos de suas vantagens." (Hely Lopes Meirelles,
Op. Cit., p. 78).

Em função disso e considerando-se que não foram apresentadas provas


capazes de afastar a certeza dos fatos consubstanciados e colacionados nos
autos pela apelada, deve-se negar provimento ao recurso do apelante, eis
que ficaram comprovados os fatos alegados no pleito inicial.

ISSO POSTO, NEGO PROVIMENTO ao recurso de apelação, para manter a


sentença proferida pelo juiz a quo, pelos seus próprios fundamentos.

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Advogada

DES. CLÁUDIA MAIA (REVISOR) - De acordo com o (a) Relator (a).

DES. ALBERTO HENRIQUE - De acordo com o (a) Relator (a).

SÚMULA: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO."

PROCURAÇÃO

GERALDO LAERTE COELHO, brasileiro, casado, autônomo,


portador do CPF 615.986.156-53, RG MG-4.320.041-SSP/MG, residente na Rua Antônio
Joaquim da Silva, 755, bairro Santa Cruz, nesta cidade , nesta cidade; pelo presente
instrumento de procuração, nomeia e constitui sua bastante procuradora a advogada Dra.
IRACY FERREIRA, OAB/MG 55.551, brasileira, solteira, advogada, com escritório profissional
à Rua Halfeld nº 828 sala 1010 - Centro, Ed. Clube Juiz de Fora, fone (32) 32l5-0890, Juiz
de Fora-MG. CEP 360l0-903; a quem confere amplos poderes para o foro em geral, com a
cláusula “ ad-judicia”, em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem
de direito as ações competentes e defendê-lo(s) nas contrárias, seguindo umas e outras, até a
final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe, ainda poderes
especiais para confessar, desistir, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar
quitação, podendo ainda substabelecer esta em outrem, com ou sem reservas de iguais
poderes, dando tudo por bom, firme e valioso, especialmente para Contestar Ação de
Nunciação de Obra Nova.

Juiz de Fora, 24 de Julho de 2015

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Advogada

.......................................................................................

D E C LARAÇ Ã O

GERALDO LAERTE COELHO, brasileiro, casado, autônomo,


portador do CPF 615.986.156-53, RG MG-4.320.041-SSP/MG, residente na Rua Antonio
Joaquim da Silva, 755, bairro Santa Cruz, nesta cidade, nesta cidade, declara para os devidos
fins que não tem condições de suportar o pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.

Juiz de Fora, 24 de Julho de 2015

.....................................................................

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.

Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145

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Advogada

GERALDO LAERTE COELHO, brasileiro, casado, autônomo, portador do CPF


615.986.156-53, RG MG-4.320.041-SSP/MG, residente na Rua Antônio Joaquim da Silva, 755,
bairro Santa Cruz, CEP 36088-120, nesta cidade, vem respeitosamente, à presença de V.Exa.,
por sua procuradora “in fine” assinada, apresentar

CONTESTAÇÃO

à AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA E


INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, proposta por EVERALDO MOREIRA
GONÇALVES, qualificado nos autos do processo acima identificado, e o faz pelos motivos de
fato e de direito a seguir expostos.

BRÉVE SÍNTESE DA INICIAL

Propõem o Autor Ação de Nunciação de Obra Nova contra o Réu informando


que ser proprietário de um imóvel confinante com o imóvel de propriedade do réu.

Que, o convívio entre autor e réu sempre se deu de maneira pacífica até o
momento em que o réu deu início a construção de um muro na divisa dos terrenos sem o
acompanhamento de profissional.

Afirma o autor que, com o transcorrer da obra sucedeu a queda de uma


árvore no terreno do autor, causando a quebra de vidro da janela e que, o autor não providenciou
a retirada de areia e britas do terreno do autor.

Alega o autor que, tal construção não observou os padrões técnicos


necessários e que, passou a gerar insegurança na família do autor.

Aduz ainda que, procurou o réu para perguntar-lhe da possibilidade de


retificação do muro e que foi ignorado e pôs-se fim ao bom convívio.

Sendo assim, o autor acionou a Defesa Civil e veio a juízo pleitear:

a) Embargo liminar da obra e sua demolição;


b) Condenação em indenização em danos morais e materiais;
c) Condenação em honorários advocatícios e custas judiciais.

Contudo, não resta nenhuma razão ao autor, merecendo que seja julgada
improcedente a presente ação, como se passa a analisar.

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Advogada
Entretanto, no presente caso não está comprovado que a construção do
muro não observou os padrões técnicos necessários e também, não está comprovado que
ocorreu danos para o autor e que havia motivo para gerar insegurança na família do auto.

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Advogada
DA SÍNTESE DA DEMANDA DA AUTORA

Propõem a Autora Ação de Nunciação de Obra Nova contra o Réu informando


que é locatária de imóvel situado à Rua (XXX), nº (XXX), na cidade de Cachoeira, desde o
dia 01.02.2005, para funcionar o seu estabelecimento.
Decerto, afirma que no imóvel vizinho, localizado na mesma rua, com numero de
porta 25, está sendo promovida desde meados do mês de junho de 2010 obra/reforma de
grande porte, através do projeto MONUMENTA DO MINISTÉRIO DA CULTURA DO
GOVERNO FEDERAL.
O Autor afirma que na obra estão sendo realizados desabamentos e desvios de
águas, que atingiram e atingem diretamente a sede do seu estabelecimento, passando o
imóvel a ter avarias, apresentando rachaduras, alagamentos.
De acordo com o Requerente, em 19.03.2011, o Réu deixou que a parte lateral do
sobrado desabasse sobre o imóvel em que se encontra estabelecido, o que,
supostamente, aumentou os prejuízos.
Informa a Autora que diante da obra em imóvel vizinho, teve que alugar outro
imóvel para instalar sua sede, e encontra-se atualmente pagando dois alugueis,
afirmando que teve prejuízos de ordem patrimonial e moral.
Sendo assim, a Autora veio a juízo pleitear:

a) o embargo liminar da obra, para que cesse a sua realização até que providencias
necessárias sejam tomadas, bem como pagamento mensal do valor de R$ 800,00
(oitocentos reais) a título de aluguel suportado pela Requerente;

b) inspeção judicial do imóvel;

c) condenação em indenização em danos patrimoniais e lucros cessantes;

d) condenação em indenização em danos morais;

e) condenação em honorários advocatícios e custas judiciais.

Contudo, não resta nenhuma razão a Autora, merecendo que seja julgada
improcedente a presente ação, como se passa a analisar.

DO MÉRITO

A priore, insta salientar que o pai dos autores abandonou o lar conjugal e foi
morar no Consultório Dentário situado na Rua Halfeld, Galeria Pio X, sala 123 - Centro, nesta
cidade, local em que o mesmo trabalhava na época, e não com a Ré conforme relata os autores,
e lá residiu até 1986.
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Em 26 de setembro de 1986, Dante João Bellei fez um Contrato e Promessa
de Casamento assinando com 06 (seis) testemunhas, comprometendo a requerer o divórcio e
casar civilmente com a Requerida; pois que, a Requerida era solteira, de família tradicional e,
Dante João Bellei, estava separado de fato há 03 anos, mais ainda não havia requerido o
divórcio.
DOS BENS

No Contrato e Promessa de Casamento que o próprio “de cujos” fez e


assinou perante 06 (seis) testemunhas, (doc.anexo) relata que a partir da data do contrato, ou
seja, 26 de setembro de 1986, passava a residir em companhia de Luzia Augusta do
Nascimento, no endereço e residência da mesma à Rua Santo Antonio, 1465 Ap. 210 e que
a partir daquela data o casal passou a viver como se casado fossem. Pois que, o referido
imóvel já era de propriedade da Requerida, adquirido através de contrato particular de compra e
venda (contrato de gaveta), exclusivamente, com seu trabalho e antes da convivência com o de
cujus, conforme prova a procuração que D. LAURA DOS SANTOS DE OLIVEIRA e seu
marido Sr. JOSÉ MOREIRA DE CARVALHO, antigos proprietário do referido imóvel,
outorga ao Sr. JACIMAR DE SOUZA MOREIRA, “com poderes para junto ao S.B.H. e ao
BANCO ECONOMICO, retirar a cédula hipotecária mediante recibo de quitação do
imóvel ... dar baixa no cartório, da Hipoteca, de seus nomes e assinar a escritura definitiva
para LULZIA AUGUSTA DO NASCIMENTO, cujo imóvel já lhe foi cedido e vendido através
de contrato particular de compra e venda e tudo fazer para que a cessionária se torne
legítima titular do referido imóvel”.

Dos lotes de nº 10 e 107 citados na inicial. O lote de nº 10, quadra C,


situado na rua Santa Clara, bairro Aracy, nesta cidade, adquirido em 21-09-1994 e vendido em
20 de dezembro de 1994, para o Sra. LUCIANA DE SOUZA FRANCO, através de Contrato
Particular de Compromisso de Compra e Venda (doc. anexo) e o lote de nº 107, quadra G,
situado na rua J. na Colônia de São Pedro, no loteamento popular Parque São Pedro, nesta
cidade, adquirido em 17-03-1989 e vendido para o Sr. MANOEL RANGEL DA SILVA, em 23 de
março de 1990, também através de Contrato Particular de Compromisso de Compra e Venda
(doc. anexo), que os compradores tomaram posse dos lotes na data do contrato, já construíram
e residem nos imóveis; se os compradores não providenciarão o registro dos lotes passando-os
para seus nomes, não cabe a Requerente providenciar.

Não cabendo aos herdeiros direito a divisão de bens adquiridos e vendidos


na constância da união do casal.

Quanto ao dizer que a Requerida vendeu o imóvel situado na Rua Santo


Antonio no ano de 2004 sem a anuência do “de cujus” , que por tal razão requer o direito a 50%
(cinqüenta por cento) do valor da venda, está comprovado que os autores não tem nenhum
direito a reclamar, haja vista ter sido adquirido antes da convivência com de cujus , conforme seu
relata no inicio da convivência estável.

Do apartamento nº 203, situado na da Rua Padre Tiaga, 22, bairro São


Mateus, nesta cidade. A Requerente adquiriu o referido imóvel com a venda do apartamento de
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nº 210, situado na Rua Santo Antonio, 1465 – Centro, nesta cidade, que conforme relato do pai
dos autores e demais provas acostadas aos autos, já era de propriedade da Requerida quando
iniciou a convivência.

Decisão abaixo:

“CIVIL - PARTILHA DE BENS - UNIÃO ESTÁVEL


Devem ser partilhados os bens adquiridos na constância da união
estável, todavia aqueles adquiridos em período de separação
intercorrente do casal e sem a comprovação da ajuda mútua dos
companheiros para tanto, não entram na meação. Recurso improvido
(TJ/DF – 1ª T. Cív., Ap. Cív. nº 20010410102394, Rel. Des. Hermenegildo
Gonçalves, DJ 01.06.2004, p. 85)”

Do investimento financeiro em banco desconhecido e bens móveis. A


Requerente não tem nenhum investimento em banco e quanto aos bens móveis, tem os móveis
que guarnece o lar, adquiridos antes da convivência com ex-companheiro, eis que, quando
iniciou a convivência a Requerida já tinha o apartamento mobiliado.

Cabe ressaltar que o pai dos autores foi viver na companhia da Requerente,
levando apenas roupas, pois que, deixou todos seus bens móveis e imóveis para ex- mulher,
filhos e neto, indo morar no seu local de trabalho (consultório dentário) e ainda pagando pensão
para ex-mulher de 30% (trinta por cento) de todos seus rendimentos, valor este que a mesma
continua recebendo, conforme documentos relacionados:

Termo de audiência de conciliação e julgamento (cópia anexa), consta que o


pai dos autores pagaria para sua ex-mulher pensão alimentícia no valor de 30% de seus
rendimentos líquidos junto ao INSS e a Prefeitura de Municipal de JF-MG.

Seus bens, uma área de 101,64 hectáres correspondente ao quinhão 1, na


fazenda “Passo da Pátria” no Município de Chácara e casa situada na rua São Mateus nº 1.159 e
seu respectivo terreno foram doados aos filhos e neto, sem reserva de usufruto para o “de cujus”.
deixou todos seus bens móveis e imóveis, mais 30% de todos seus rendimento para ex-esposa,
neto e filhos todos já casados, conforme consta dos documentos em anexo. Passou a viver,
desde a separação com 70% de seus rendimentos para moradia, lazer, medicamentos, pois
que, era cardíaco e fazia uso dos seguintes medicamentos: Sustrate, Seloken, Isordil e
medicamentos para tratamento de próstata: Eviprost e outros antibiótico e, também
medicamentos para gastrite: Antac e etc.

Cumpri ressaltar que, com 70% de seus rendimentos, o “de cujus” não
conseguia arcar com suas próprias despesas, inclusive, com seu plano de saúde, que foi cortado
por falta de pagamento, haja visto que, era irreverente e perdulário, gastando seu dinheiro com
jogos e bebidas, motivo pelo qual, a Requerida o colocou como seu dependente no plano de
saúde da mesma, que era especial dos funcionários da UFJF. E que, perdurou até 28-07-2008,
pois o mesmo, quando da separação com a Requerida, a pediu que não o tirasse de seu plano,
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pois, não tinha condições de pagar outro plano e em troca a manteria como sua dependente
junto ao INSS, a Requerida concordou, pois sabia que sua saúde era frágil, e que durante a
convivência do casal o de cujus já havia submetido a 02 cirurgias de revascularização e uma de
cineangioplastia.

Ressalta ainda que, o casal separou amigavelmente e que, como não tinha
constituído bens comuns e que o ex-companheiro morava com a Requerida no imóvel que ela
havia adquirido antes da convivência, não houve partilha, o de cujus mudou-se levando seus
pertences, indo viver em companhia de outra mulher (ex-empregada doméstica da Requerente)
e contraindo com ela novo matrimônio, conforme certidão de casamento anexa.

CONCLUSÃO

Por tudo que consta dos autos, Nobre Julgador, não resta dúvida que os
bens da Requerida foram construídos com seus próprios esforços e antes da convivência com o
pai dos autores, não há, portanto, que falar em divisão de bens.

DO PEDIDO

Ex positis, REQUER A V.EXª., seja o pedido dos Autores julgado


TOTALMENTE IMPROCEDENTE, vez que não restou provado que os bens da Requerida
foram adquiridos com esforços comum no período da convivência estável.

Requer ainda, o pálio da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que a


Requerida não tem condições de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu
próprio sustento (doc. anexo).

Protesta por todos os meios de provas em direito admitidas especialmente


documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal dos autores.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Juiz de Fora, 16 de Abril de 2009.

Iracy Ferreira – OAB/MG 55.551

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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA
NOVA - DIREITO DE VIZINHANÇA - EXISTÊNCIA DE JANELAS NA
DIVISA DOS IMÓVEIS HÁ VÁRIOS ANOS - CONSTRUÇÃO DE MURO
PELO NUNCIADO - POSSIBILIDADE - SERVIDÃO DE LUZ E AR -
INEXISTÊNCIA.

Nos termos do artigo 1.299 do Código Civil, o proprietário pode levantar em


seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito de vizinhos, que
impede apenas que se invada área contígua ou sobre ela se deitem goteiras,
ou que, a menos de metro e meio se abram janelas, ou se faça eirado, terraço
ou varanda, conforme imposição do art. 1.301 do Código Civil.

Constatada abertura irregular de janelas na divisa dos imóveis, e


transcorrido o prazo de ano e dia do art. 1.302 do Código Civil, para
desfazimento das janelas, o confinante poderá levantar, a todo tempo, a sua
casa ou contramuro, ainda que vede a claridade do imóvel vizinho, nos
termos do art. 1.302, parágrafo único, do Código Civil.

Não há que se falar em servidão aparente, de luz e ar, a obrigar o recuo de


metro e meio do prédio nunciado, tendo em vista que o reconhecimento de
tal servidão, caracterizada como não aparente, dependeria de registro
imobiliário, insuscetível de aquisição via usucapião, nos termos do
art. 1.378 do Código Civil.

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0570.10.001624-7/002 - COMARCA DE SALINAS -


APELANTE (S): GERALDO ALMEIDA COSTA ESPÓLIO DE - APELADO (A)
(S): MARIA APARECIDA FERREIRA MIRANDA, ESPÓLIO DE HELVÉCIO
MIRANDA BARBOSA E OUTRO (A)(S), HÉLBER MIRANDA BARBOSA

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a 16ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça


do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, em
NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

DESA. APARECIDA GROSSI

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Advogada
RELATORA.

A SRA. DESA. APARECIDA GROSSI V O T O

Trata-se de recurso de apelação interposto por ESPÓLIO de GERALDO DE


ALMEIDA COSTA contra a sentença nos autos da ação de nunciação de obra
nova ajuizada pelo ESPÓLIO de HELVÉCIO MIRANDA BARBOSA e
OUTROS, que julgou improcedente o pedido inicial nos seguintes termos:

Isto ocorre porque não há que se falar em servidão aparente, de luz e ar, a
obrigar o recuo de metro e meio do prédio nunciado, tendo em vista que o
reconhecimento de tal servidão, caracterizada como não aparente,
dependeria de registro imobiliário, insuscetível de aquisição via usucapião,
nos termos do art. 1.378 do Código Civil.

[...]

Pelo exposto, e pelo mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE a
pretensão deduzida na inicial e por conseqüência, revogo a liminar deferida
nestes autos de f. 124/127 que determinou a suspensão da obra que vinha
sendo edificada pelo réu.

Em face da sucumbência, condeno o autor a arcar com honorários


advocatícios fixados em R$1.000,00 (um mil reais), na forma do artigo 20, §
4º, do CPC.

O autor interpôs apelação nas fls. 255/266, argüindo em síntese a ocorrência


de revelia.

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No mérito aduz que "[...] a servidão de luz e ventilação restou configurada
pelo imóvel dominante, na forma dos arts. 1.378 e segs. Do Código Civil, já
que há mais de 38 (trinta e oito) anos as janelas são utilizadas de forma
contínua e pacífica, sendo lhe garantida a servidão por usucapião.

Aliás, nesse sentido o art. 1.383 do CC/02 dispõem que o dono do prédio
serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo da
servidão. Se o dono do prédio serviente impedir de alguma forma o exercício
da servidão, o dominante poderá utilizar das medidas judiciais cabíveis." (f.
265)

Contrarrazões nas fls. 269/273, pela manutenção da sentença.

É o relatório.

Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso e passo à


análise das razões recursais.

A controvérsia que assoma dos autos resume-se a ocorrência de servidão de


luz e ventilação do imóvel dominante do artigo 1.378 do CC que proíbe o
embaraço do exercício da servidão.

É sabido que a revelia tem como efeito principal a presunção legal de


veracidade dos fatos alegados pelo autor (art. 319 do CPC), não importando,
no entanto, em automático julgamento de procedência do pedido inicial.

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A propósito, Theotônio Negrão, em sua obra "Código de Processo Civil e


Legislação Processual Civil em Vigor", 37ª edição, Editora Saraiva, à p. 422,
anota:

"A falta de contestação conduz a que se tenham como verdadeiros os fatos


alegados pelo autor. Não, entretanto, a que necessariamente deva ser julgada
procedente a ação. Isso pode não ocorrer, seja em virtude de os fatos não
conduzirem às conseqüências jurídicas pretendidas, seja por evidenciar-se
existir algum, não cogitado na inicial, a obstar que aquelas se verifiquem."
(STJ - 3ª Turma, REsp 14.987-CE, rel. Min. Eduardo Ribeiro, j. 10/12/91,
deram provimento, v.u., DJU 17/2/92, p. 1.377

Portanto, deve-se observar o princípio da verdade real e do livre


convencimento do Juiz, positivado no art. 131 do CPC, onde prevê a
possibilidade de julgar conforme seu livre convencimento, e também de
determinar as provar que achar necessárias, podendo fazê-las até mesmo, "ex
officio".

Quanto ao mérito, o apelante aduz que o apelado construiu um muro e tapou


06 janelas do seu imóvel, sendo a obra irregular por não atender a distância
prevista no art. 1.301 do Código Civil.

Afirma a ocorrência de usucapião da servidão de luz e ar do seu imóvel e que


o apelado afaste a construção do muro ao mínimo exigido pelo
art. 1301 do CC, in verbis:

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Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a
menos de metro e meio do terreno vizinho.

Releva assinalar que foi o apelante que ergueu as janelas do seu imóvel na
divisa e apesar do apelado não ter exigido, no prazo de ano e dia, o
desfazimento das janelas, nos termos do art. 1.302 do Código Civil (O
proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que
se desfaça janela, sacada, terraço, ou goteira sobre o seu prédio.), o apelado
pode edificar nos limites de sua propriedade, mesmo que eventualmente
vede a claridade do imóvel lindeiro, conforme dispõe o parágrafo único do
art. 1.302 do Código Civil, que assim disciplina:

Art. 1.302. Em se tratando de vãos ou aberturas para luz, seja qual for a
quantidade, altura e disposição, o vizinho poderá, a todo tempo, levantar sua
edificação, ou contramuro, ainda que lhes vede a claridade.

Conclui-se, portanto, que apesar de não ter havido qualquer oposição à


abertura das janelas pelo apelado no prazo de ano e dia, admissível a
realização de construção nos limites de sua propriedade, conforme
disposição do art. 1.299 do Código Civil, verbis:

Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que


lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.

Percebe-se segundo o artigo supracitado, que o proprietário pode levantar


em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito de vizinhos,
que impede apenas que se invada área contígua ou sobre ela se deitem
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goteiras, ou que, a menos de metro e meio se abram janelas, ou se faça
eirado, terraço ou varanda, conforme imposição do art. 1.301 do Código Civil,
o que não se verifica na hipótese dos autos.

Portanto, o proprietário do prédio nunciado, poderá levantar, a todo tempo,


a sua casa ou contramuro, ainda que vede a claridade do imóvel do agravado,
nos termos do art. 1.302, parágrafo único, do Código Civil.

Isto ocorre porque não há que falar em servidão aparente, de luz e ar, a
obrigar o recuo de metro e meio do prédio nunciado, tendo em vista que o
reconhecimento de tal servidão, caracterizada como não aparente,
dependeria de registro imobiliário, insuscetível de aquisição via usucapião,
nos termos do art. 1.378 do Código Civil:

Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava


o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante
declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente
registro no Cartório de Registro de Imóveis.

A propósito, Sílvio de Salvo Venosa leciona:

O decurso de prazo de ano e dia no silêncio do vizinho estabelece situação


semelhante à servidão, mas que não pode ser assim conceituada (Rizzardo,
1991, v. 3:734). Passado o prazo de ano e dia, consolida-se o direito do
construtor da janela ou similar em mantê-la. Não nasce, porém, para ele
servidão de luz, porque não estão presentes os requisitos desse instituto.
Desse modo, não fica impedido o proprietário prejudicado pelo transcurso do
prazo de ano e dia de construir integralmente em seu terreno, junto a sua
divisa. O curto prazo de ano e dia não perfaz usucapião e não permite a
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conceituação de servidão (RTJSTF 83/559, RT 557/188). Após esse prazo, o
vizinho não pode mais reclamar, mas pode edificar em seu imóvel "que, a
todo tempo, levantará, querendo a sua casa, ou contramuro, ainda que lhes
vede a claridade". (Venosa, Sílvio de Salvo; Direito Civil: direitos reais. 4ª ed.
São Paulo. Atlas, 2004.)

No mesmo sentido a jurisprudência do TJMG:

APELAÇÃO - ABANDONO DA CAUSA - ART. 267, III, DO CPC -


INOCORRÊNCIA - NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA - SERVIDÃO DE AR E
LUZ - INEXISTÊNCIA - REDUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS -
IMPOSSIBILIDADE - SENTENÇA MANTIDA. Não há que se falar em
abandono da causa pelo autor, quando não há nos autos comprovação da
intimação do mesmo para que desse andamento ao feito, na conformidade do
que dispõe o § 1º, do art. 267, do CPC. Abertas janelas a menos de metro e
meio do terreno vizinho, e decorrido o prazo previsto no art. 1302 do Código
Civil para a sua impugnação, opera-se a decadência da pretensão ao seu
desfazimento, circunstância que não gera, por si só, servidão de luz e ar em
favor do seu dono. Não há que se falar em redução dos honorários
advocatícios da sucumbência, quando a sua fixação se deu em rigorosa
consonância com o disposto no § 4º, do art. 20, do CPC. (TJMG - Apelação
Cível 1.0377.04.000317-2/001, Relator (a): Des.(a) Rogério Medeiros , 14ª
CÂMARA CÍVEL, julgamento em 19/03/2009, publicação da sumula em
12/05/2009)

Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO, para manter a


sentença por seus próprios e jurídicos fundamentos.

Custas recursais, pelo apelante. Suspensa a cobrança nos termos do art. 12 da


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Lei nº 1.060/50.

DES. PEDRO ALEIXO (REVISOR) - De acordo com o (a) Relator (a).

DES. OTÁVIO DE ABREU PORTES - De acordo com o (a) Relator (a).

SÚMULA: "NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO"

1111111111111111111111111

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ...... Vara da Comarca de (cidade) - (UF)

(deixar aproximadamente, 20 linhas em branco)

Processo nº ...........................

(NOME DO RÉU) e sua mulher ........................................, devidamente qualificados nos autos do


processo em epígrafe, da AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA, movida por (NOME DO AUTOR) e
sua esposa ........................, vêm, mui respeitosa e tempestivamente, perante V. Excia., por seu
advogado firmatário, dizer que é esta para

CONTESTAR

a presente ação, face ao r. Mandado de fls. ......, pelos motivos fáticos e de direito a seguir expostos.

Inobstante a diligência e percuciência do ilustre e culto patrono “ex adverso”, qualidades essas que
abrilhantam e enobrecem seu ministério privado, não merecem acolhida as alegações constantes da
exordial, eis que extreme de dúvidas, serem incongruentes, além de inepta ser a inicial, como se
provará a seguir.
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Advogada

Inicialmente, os Requeridos vêm, à presença de V. Excia, arguir a inépcia da inicial, com fincas no
parágrafo único, inciso II do art. 295 do CPC, que assim preconiza:

Art. 295

...............................................................................................................

Parágrafo Único

“Considera-se inepta a petição inicial quando:

...............................................................................................................

II – da narração dos fatos não decorrer logicamente o


pedido.”

“Data maxima respecta”, atente o ilustre julgador, que o presente pedido fundamenta-se em fatos
que narram a construção de um muro e ofende o direito de posse dos Autores, por se tal ato,
considerado pelos mesmos, ilegal, arbitrário e truculento, que o direito civil tripudia.

Ao narrar os fatos e obedecendo ao disposto no art. 282 do CPC, ao Autores apresentam, como
fundamentação jurídica, tudo o que concerne à posse, tanto é que no item 10, da inicial, se escoram
no art. 502 do CC que ampara o possuidor turbado ou esbulhado e fundamentam o pedido como se vê
às fls. ..., no art. 499 e seguintes do CC, que regula o instituto da posse e, ao final, pedem o embargo
da obra.

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Fica então a dúvida: pela fundamentação, demonstram os Autores, ser a discussão, possessória, não
decorrendo daí a conclusão lógica do pedido, eis que não se discute nesta, o direito de posse e sim,
eventual prejuízo, que diga-se de passagem, não o comprovaram.

Assim, clara e evidente, que sendo inepta a inicial, deverá a mesma ser indeferida, com base no art.
295, inciso I do CPC, pois a via eleita, para dirimir questão possessória é manifestamente inadequada,
devendo os Autores, procurar agasalho, se assim entenderem, em qualquer das ações próprias para o
caso.

Entretanto, caso V. Excia., não seja do mesmo entendimento, não acolhendo a preliminar arguida, os
Suplicados adentram ao mérito, demonstrando, a seguir, que neste, melhor sorte não tiveram os
Autores.

Em síntese, alegam os Suplicantes que desde ............., os Réus vêm construindo no corredor, um
muro, que o divide em dois, reduzindo o direito de uso dos Autores, com posse pessoal de
aproximadamente 30 anos.

Alegam ainda, nos itens 8 e 9 da inicial, que a alteração do imóvel é arbitrária e unilateral e que tal
ato, não lhe seriam permitido nem mesmo se os Réus fossem condôminos e, logo em seguida,
afirmam terem estes, apenas os direitos de uma mera servidão de passagem.

Veja, o ilustre julgador, que a “mera” servidão constitui-se em direito real, principalmente, quando se
encontra gravada em uma escritura pública, documento este, anexado pelos próprios Autores,
gerando assim, tal direito, proteção “erga omnes”.

Se os Autores, eles próprios afirmam, comprovando não serem os Réus condôminos, não se entende
como fundamentaram a presente ação, no inciso II, do art.

934 do CPC, uma vez que este dispositivo legal só empresta legitimidade ao comproprietário, que não
é o caso.

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Admissível apenas seria a fundamentação no inciso I, do art. 934 do CPC, mas para a procedência do
pedido, mister se faz a comprovação inequívoca do prejuízo sofrido, o que os Autores não lograram
êxito em provar, eis que o muro em construção está rigorosamente dentro da medida de 1 (hum)
metro, que garante a servidão e nem impede o uso e passagem dos Autores e possíveis locatários às
suas residências.

Por outro lado, verifica-se pelo que consta do petitório inaugural, que os Autores e seus inquilinos é
quem impedem o uso da servidão, fazendo do corredor, estacionamento de seus veículos, como eles
próprios confessam no item 6, fls. ...., da peça vestibular.

Ora, a construção do muro rigorosamente dentro da distância de 1 (hum) metro, obedece a servidão
de passagem, instituída na escritura acostada aos autos, fls.

......, deixando livre as duas entradas que existem para os locatários do sobrado, à frente da casa dos
Réus.

Os Suplicados, entendendo ter sido tal ação ajuizada muito próximo das eleições, compreendem que o
ínclito magistrado, assoberbado por suas responsabilidades, não teve tempo suficiente para uma
análise mais acurada da questão e, com base única e exclusivamente nas fotos apresentadas,
determinou liminarmente o embargo da obra, fotos essas que não permitem uma visualização clara
para o deslinde da celeuma, eis que foram tiradas de ângulos cuidadosamente escolhidos, para
inverter a realidade dos fatos e, não se pode deixar de alertar o ínclito julgador, para fato
incontestável, de que a servidão está prejudicada ao longo do sobrado, pois foi construído muro, pelos
Autores, adentrando naquela, deixando livre apenas 90 (noventa) centímetros e não 1 (hum) metro
como deveria ser.

Ante o alegado não se pode entender que fique decidida a lide, sem que o ilustre magistrado se inteire
totalmente da realidade, para formar seu convencimento e decidir à luz do direito, uma vez que
prejuízo para os Autores não existe, não merecendo pois, prosperar a presente, sendo curial a
inspeção judicial, para a confirmação plena e inequívoca do alegado.

Assim, demonstrado está que a construção do muro, foi feita única e exclusivamente para resguardar
a servidão de passagem, a que tem direito os Suplicados, não existindo, por outro lado, o prejuízo
para os Autores, para que encontrem amparo no art. 934, I do CPC, sendo que “in casu”, o prejuízo
existente é dos Requeridos, quando os Autores fazem do corredor, estacionamento.

Encontram os Suplicados, ainda, amparo na norma contida no art. 695 do CC, que impõe a servidão
predial a um prédio em favor de outro, pertencente a diverso dono. Por ela perde o proprietário do

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prédio serviente o exercício de alguns de seus direitos dominicais, ou fica obrigado a tolerar que dele
se utilize, para certo fim, o dono do prédio dominante.

Além do mais, o mesmo diploma legal, em seus arts. 699 e 702, determina que o dono de uma
servidão tem direito a fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso. Se a servidão
pertencer a mais de um prédio serão as despesas rateadas entre os respectivos donos e o dono do
prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o uso legítimo da servidão.

Finalizando, os Suplicados buscam amparo, também, em escorreita decisão

o Egrégio TRIBUNAL DE ALÇADA DE MINAS GERAIS, que assim, já decidiu: POSSESSÓRIA –


SERVIDÃO DE PASSAGEM NÃO DETERMINADA – IMPOSSIBILIDADE

-À servidão predial, por ser direito real sobre coisa alheia e, sobretudo, por gravar propriedade de
outrem, impõe-se maior rigor quanto ao caráter de sua determinação: impossível, destarte, instituir
servidão de passagem sem que se trace o seu rumo e se precise o prédio gravado.

(TAMG – AC 27.708 – Rel. Juiz Haroldo Sodré) (RJM 28/90).

Mediante ao exposto, os Requeridos vêm, com o devido acato, perante este ínclito Juízo, requererem:

a) a inspeção judicial, nos termos do art. 440 e seguintes do CPC; (NCPC art. 481 a484 0

b) a improcedência da presente ação, com a consequente condenação dos Autores ao pagamento das
custas e verba sucumbencial, na razão de 20%, sobre o valor da causa;

c) a consequente revogação do embargo para a continuidade da obra.

Protestam, os Suplicados, por todo o gênero de prova em direito admissível, em especial o


depoimento pessoal dos Autores, cuja intimação desde já requerem.

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Termos em que

Pedem e esperam deferimento.

(Local e data)

(Nome do advogado)

(Número da OAB)

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