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Resumo
Neste trabalho é feito um levantamento comparativo acerca das características de produção e
produtividade, velocidade construtiva, mão de obra, impacto ambiental, desperdício,
desempenho térmico e acústico e patologias construtivas entre o sistema convencional em
alvenaria e os sistemas construtivos a seco, steel frame e wood frame, a fim de buscar
respostas sobre qual sistema construtivo é mais vantajoso para o mercado com relação aos
custos, velocidade de construção e qualidade. O trabalho contextualiza a atual circunstância
em que se encontra a construção civil no Brasil com relação ao emprego de tecnologias
produtivas e o uso do sistema convencional de construção. Para a proposta deste trabalho
foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, artigos científicos, teses e dissertações
além de um estudo de caso em um empreendimento de construção convencional na cidade de
Uberlândia, foram coletadas informações acerca da obra e levantamento de custos para
elaboração de planilhas comparativas entre os sistemas citados. Os resultados encontrados
indicam que o sistema convencional não é a melhor opção para se construir atualmente e
conclui se que a tendência da construção civil é a industrialização de seus processos
construtivos, sendo os sistemas steel frame e wood frame opções seguras e viáveis
econômico, social e ambientalmente.
1. Introdução
O avanço tecnológico na construção civil é tão imprescindível quanto inevitável. A indústria
da construção é tida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento
econômico-social, mas em contrapartida, é uma das atividades humanas que mais geram
impactos ambientais, tanto pelo consumo de recursos naturais, quanto pela alteração da
paisagem e geração de resíduos, e a tecnologia é uma aliada para desenvolver novas práticas e
soluções na construção civil para um desenvolvimento sustentável.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
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Estima se que são consumidos por este setor de 15% a 50% de todos os recursos extraídos da
natureza (JOHN, 2000). Além do consumo muito elevado dos recursos, calcula se que no
Brasil a construção gere cerca de 20% a 30% de resíduos, dependendo do patamar tecnológico
do executor. (PINTO e LIMA, 1993).
Grandes impactos são gerados também nas emissões de carbono pela cadeia produtiva,
segundo a UNEP (United Nations Environment Programme), as edificações respondem por
40% do consumo global de energia e por até 30% das emissões globais de gases de efeito
estufa (GEEs) relacionadas ao consumo energético.
Entre os recursos naturais mais explorados pelo sistema construtivo convencional pode se
citar cinco elementos que saem da natureza e não retornam a argila, a areia, a brita, o cimento
e o ferro.
O presente artigo apresenta o desafio da indústria de construção civil em industrializar seus
processos, pois além dos impactos ambientais gerados pelo setor, percebe se nele fragilidades
referentes ao nível de controle dos processos e da execução das obras, o uso de profissionais
com pouca qualificação, a presença de patologias e a insatisfação do mercado com relação aos
prazos, fragilidades por sua vez que não podem ser admitidas em bens produzidos em larga
escala e devido ao alto valor de aquisição.
De acordo com Junior e Amaral (2008) o uso de novas tecnologias gera crescimento do setor
como um todo pela industrialização dos meios necessários a sua execução, obtendo um
produto final de melhor qualidade e a um menor custo.
Entre as inovações tecnológicas que já têm sido implementadas no país mudando o paradigma
da obra de “construção” para “montagem”, estão os sistemas construtivos a seco, conhecidos
por utilizarem pouca água durante a obra, o Steel Frame e Wood Frame.
O tema deste estudo são os sistemas construtivos: convencional, steel frame e wood frame, e
suas características no emprego de tecnologia, mão de obra, desempenho e qualidade,
racionalização, geração de desperdício e características econômicas.
O objetivo do trabalho é traçar um comparativo de custos e benefícios entre o sistema
convencional e os sistemas steel frame e wood frame. Logo a pesquisa busca responder: Qual
o sistema construtivo mais viável tecnologicamente, socialmente e economicamente para se
construir hoje?
Os questionamentos são importantes para impulsionar a evolução no setor, questionar é o que
levará a humanidade ao avanço sobre a forma que se tem construído, a conhecer o que deve
ser mudado e quais as soluções já disponíveis mais adequadas ao crescimento sustentável da
construção.
O trabalho se justifica por ser um tema ainda pouco conhecido que divide opiniões dos
profissionais do setor, por promover a reflexão para quebra de paradigmas e divulgar a
disponibilidade de construções industrializadas já presentes no país.
No desenvolver da pesquisa são feitas considerações sobre a Atualidade e Tendência da
Construção Civil, Gestão da Qualidade, Lean Construction, Manifestações Patológicas e
Custos de Empreendimento.
Para isto, são feitos estudos de referenciais bibliográficos sobre as questões levantadas e
estudo de caso de uma obra em sistema construtivo convencional e comparativo da mesma
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com os sistemas steel frame e wood frame baseadas na vivência profissional da autora, que já
projetou e executou obras pelos três processos construtivos.
2. Referencial Teórico
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Os dois processos a seco são tidos como sustentáveis, pois a madeira além de ser um material
renovável, atua na captação de gás carbônico da atmosfera, estimula a prática do remanejo e a
preservação de florestas nativas, já o aço é 100% reciclável. Percebe se a vital importância
dos avanços tecnológicos, tanto para a sustentabilidade quanto para a padronização da
qualidade. A produção dos materiais que compõem os sistemas a seco como a madeira, os
perfis metálicos, o gesso acartonado, a placa cimentícia, a placa de OSB (Oriented strand
board – tiras de madeira prensadas), lã mineral, entre outros são produzidos ou beneficiados
industrialmente e por isso seguem um rigoroso padrão de produção, refletindo na qualidade
dos mesmos.
Constata se também que apesar de serem sejam sistemas pré fabricados, o steel frame e wood
frame não apresentam nenhum tipo de limitação arquitetônica, sendo possível a execução de
qualquer projeto. Com relação à aparência, é possível dar o aspecto que se desejar à
construção devido às várias opções de revestimento, permitindo também que tanto
internamente quanto externamente sejam idênticas à de uma construção convencional.
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¹Este autor classificou como “empregados não qualificados” aqueles funcionários cujo grau de instrução fica restrito ao nível
médio incompleto. Isso ocorre porque na categoria de nível médio completo são incluídos cursos técnicos profissionalizantes,
que poderiam qualificar os profissionais para o mercado de trabalho da construção civil, mesmo que de forma limitada.
2.5 Comparativo sobre a Racionalização e a Velocidade Construtiva
Os sistemas SF e WF exigem nível elevado de detalhamento em projeto, sendo este de
fundamental importância já que o processo de racionalização começa nele, na análise e
especificação dos componentes, na compatibilização dos subsistemas, no detalhamento, e
continua no processo de construção, e posteriormente de utilização, através de observações,
registros e interpretação do comportamento do produto, do seu desempenho no uso, para
através da retroalimentação, otimizar sua qualidade (CRASTO, 2005). A elaboração de um
projeto detalhado facilita o acompanhamento do cronograma físico-financeiro e a montagem
das estruturas.
Segundo Everton Eltz (LP BRASIL, 2013), arquiteto da Caixa Econômica Federal que atua
na análise e acompanhamento de Propostas de Financiamento de Empreendimentos com
Sistemas Construtivos Inovadores, a produção da habitação feita por montagem de elementos
além de apresentar melhor acabamento e rapidez em função dos componentes pré-fabricados
apresentam menores erros de execução quando comparado ao processo convencional.
A rapidez obtida pela pré-fabricação é notável, o tempo da obra é reduzido significativamente
e é alcançada graças à industrialização de 70% do processo construtivo. A simultaneidade de
várias etapas da obra também reflete na redução do tempo, enquanto os painéis das paredes
são produzidos na indústria, no canteiro da obra é executada a fundação. Após a montagem
das paredes, uma equipe dá início à execução da cobertura, e outros profissionais dão
prosseguimento a outras atividades no interior da edificação.
No sistema convencional a velocidade fica comprometida pelo baixo nível de industrialização
e ainda pelo uso de ferramentas de baixa tecnologia como as colheres de pedreiro para
projeção de argamassa, níveis de bolha, prumos de face, entre outros, que influenciam na
rapidez e qualidade. O tempo de espera faz parte da execução do sistema convencional,
devido a características dos próprios materiais empregados, que precisam de tempo para
secagem e cura, como os concretos e argamassas, e a co-dependência entre a finalização de
uma etapa para se iniciar outra, além dos retrabalhos que também fazem parte do sistema.
“A fase de execução de uma obra é a que apresenta perdas de materiais mais visível.
Nas diversas etapas envolvidas, elas podem ocorrer no transporte até o canteiro, no
descarregamento, no transporte interno, na produção e até mesmo após a sua
aplicação” (BRAGA e TRZESNIAK, s.d., p.10)
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As perdas no sistema convencional que ocorrem na fase de execução mais comuns são os
erros de concretagem, deformações nas fôrmas de pilares e vigas, erros de prumo, nível e
esquadro das alvenarias prejudicando o alinhamento das paredes, causando engrossamento do
reboco para regularização que podem atingir 5 cm de espessura ou mais, além das perdas
associadas à reexecuções de tarefas, seja por erro do profissional na atividade seja por
retrabalhos durante os serviços de instalações elétricas e hidráulicas. Outras perdas menos
visíveis também podem ocorrer na fase de projeto com superestimativa dos índices de
armadura ou de concreto da estrutura, falta de projeto específico de paginação de pisos, que
geram sobras e perdas pela necessidade de fragmentação, entre outros.
No Brasil, as informações hoje disponíveis permitem confirmar a significância das perdas na
construção e quantificar a geração dos Resíduos de Construção e Demolição, demonstrando
sua supremacia na composição dos Resíduos Sólidos Urbanos em cidades de médio e grande
porte (PINTO, 1999).
De acordo com Pinto (1999) a massa estimada das edificações executadas predominantemente
pelo sistema convencional é de 1.200 kg/m², 25% deste valor é o percentual de perda média
de materiais em relação à massa de materiais levados ao canteiro de obras, isso significa que a
cada metro quadrado construído são gerados 300 quilos de resíduo/ desperdício.
No Brasil, Lucena (2005) constatou que os resíduos de construção civil são compostos,
principalmente, de tijolos, areias e argamassas (em torno de 80%). Numa menor proporção
foram encontrados ainda restos de concreto (9%), pedras (6%), cerâmica (3%), gesso (2%) e
madeira (1%). Os resíduos de tijolo, argamassa e areia ainda são os mais gerados,
independentemente do tipo de obra considerada, uma vez que as suas porcentagens não
variam significativamente entre um tipo e outro.
A grande incidência de perdas de materiais seja no transporte, estocagem ou processamento é
um fato ambientalmente insustentável, a população deve se posicionar por mudanças nas
práticas e na adoção de práticas mais viáveis. Percebe se a necessidade do setor de construção
civil de se esforçar na diminuição das perdas, mas também se atentar à minimização do
dispêndio de quaisquer recursos que não agreguem valor ao produto, sejam eles vinculados às
atividades de conversão ou de fluxo, desta forma gerando custos menores com a obra e
aumentando a qualidade final da mesma.
Nota se que os sistemas steel frame e wood frame apresentam como vantagem sobre a
construção convencional a redução do número de insumos, substituídos por materiais
industrializados com alto padrão de qualidade e garantia, simplificando e reduzindo o número
de passos na execução. Pelo fato de suas paredes não serem maciças e a estrutura ser mais
leve, há uma redução de consumo de materiais inclusive nas fundações, que por receberem
menos peso demandam estruturas menos robustas e super estruturadas de fundação.
O papel desempenhado pelo projeto nos sistema SF e WD é muito importante para mitigar o
desperdício de materiais e tempo. O projeto prevê e corrige possíveis incompatibilidades e
antecipa soluções e informações necessárias para a execução, antevendo todo o processo da
fabricação e montagem, eliminando a decisão por parte do funcionário sobre o que deve ser
feito e como deve ser feito. O projeto funciona como um manual de montagem, simples e
prático, cujo planejamento permite a redução de 85% na geração de resíduos (LP BRASIL,
2015).
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A norma ainda prevê a questão da durabilidade da edificação, que em geral é entendida como
a manutenção da capacidade funcional, ou manutenção do desempenho, durante a Vida Útil
de Projeto (VUP) do sistema construtivo.
O atendimento à vida útil de projeto (VUP) vai depender, dentre outros fatores, da
composição e concepção dos elementos construtivos, das respostas dos materiais às diversas
ações atuantes e de intervenções periódicas de manutenção a serem realizadas pelo usuário do
edifício. Destaca se o quão é importante a escolha do sistema construtivo para cumprir todos
os requisitos da norma, a fim de proporcionar uma construção mais durável e de melhor
desempenho.
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Este material funciona como uma barreira contra umidade e vapor d’água, protegendo a
estrutura e seus subsistemas, e aumentando a qualidade da edificação construída.
A placa cimentícia como material de revestimento apresenta desempenho superior comparado
ao reboco, trata se de um material de alta durabilidade por ser um concreto de tecnologia
CRFS (cimento reforçado por fibras sintéticas) com características de microconcreto, é
impermeável, sem presença de poros e com baixa absorção de água, é resistente a intempéries,
incombustível (ISO 1182/90), não apodrece e sua composição não favorece o
desenvolvimento de micro-organismos, como fungos e bactérias. (ETERNIT, 2015 e
BRASILIT, 2015)
3. Estudo de Caso
O objeto de estudo é um projeto residencial construído pela Cima Construtora, no município
de Uberlândia-MG, utilizando o sistema convencional de construção em alvenaria e estrutura
de concreto armado in loco.
Trata se de um empreendimento de condomínio fechado com a construção das casas
disponíveis em três modelos de planta, totalizando 86residências. Os terrenos possuem 250
m² de área total e o condomínio oferece academia, salão de festas, churrasqueira, espaço
gourmet, quadra de peteca e playground, visando atender um público de classe média e alta.
O projeto escolhido é o modelo "Dream" de 79,88 m², possui 3 quartos sendo 1 suíte, sala e
cozinha conjugados, banheiro social com lavabo externo e área de serviço.O preço
determinado para venda é de R$ 400.000,00.
Na fundação foi utilizado o radier, um tipo de fundação em concreto armado, rápida e
econômica, visto que a própria “laje” pode funcionar como contra piso. A espessura adotada
foi de 10 cm e resistência de 25 MPa. Na superestrutura foram utilizados pilares e vigas em
concreto armado e fechamento com alvenaria de tijolos cerâmicos 10x20x25 cm, com
espessura da parede de 10 cm.
A cobertura é de meia água com telha de fibrocimento ondulada de 6mm de espessura,
embutida em platibanda, com estrutura metálica em aço metalon.
Nas janelas foi utilizado vergas e contra vergas pré moldadas.
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1 Custo direto é todo custo (material, mão de obra, equipamento) diretamente associado com o serviço que está sendo orçado,
ou seja, o custo dos insumos necessários para a construção, mais os custos da infra-estrutura necessária para a realização da
obra.
2 O BDI é o resultado de uma operação matemática para indicar a “margem” que é cobrada do cliente incluindo todos os
custos indiretos, tributos, etc. e a sua remuneração pela realização de um determinado empreendimento.
3 É um componente do Custo Direto constituído por todas as despesas incorridas na montagem e na manutenção da infra-
estrutura da obra necessária para a execução da edificação.
Para as paredes do sistema steel frame foram adotados perfis metálicos tipo montante Ue
90mm x40mm x12mm com espessura de 0,95 mm e espaçamento entre os montantes de 40
cm. Para a cobertura é mantido projeto com uso de telha de fibrocimento de 6 mm e são
adotados para a estrutura de telhado perfis metálicos Ue 90x40x12mm com 0,80 mm de
espessura para os caibros e perfis Ue 140x40x12mm com 0,80 mm de espessura para as vigas.
A laje convencional é substituída por forro de gesso acartonado com 12,5 mm de espessura,
estruturado por perfis metálicos canaletas tipo C de aço galvanizado, espaçados a cada 60 cm
e sustentados por pendurais compostos de suporte nivelador associado a tirantes de aço
galvanizado fixados à estrutura da cobertura, dispostos com o espaçamento máximo de 120
cm. O forro estruturado é fixo e proporciona uma superfície monolítica. Sobre o forro é
colocado o tratamento termo acústico em lã de vidro com 50 mm espessura.
Para o apoio da caixa d’água é prevista uma laje composta por estrutura de perfis montantes
tipo Ue 90x40x12mm, espaçados a cada 40 cm. Transversalmente, sobre estes perfis, é fixada
uma placa cimentícia de 10 mm para distribuição do peso da caixa d’água.
As vergas de janelas e portas são treliçadas com o mesmo perfil metálico das paredes, Ue
90x40x12mm com espessura de 0,95 mm.
A quantidade de ombreiras, peças que sustentam as cargas recebidas pelas treliças presentes
nos vãos de aberturas, são calculadas pelo número de perfis interrompidos pela abertura,
divididos por dois, somando-se um se o resultado for ímpar, distribuídos igualmente em cada
lado da abertura(FREITAS; CRASTO, 2006).
Para as paredes do sistema wood frame foram adotadas peças com a seção de 5 x 10 cm de
madeira pinus de reflorestamento tratada quimicamente e seca em estufa, espaçadas a cada 40
cm. A cobertura é a mesma do projeto com adoção de vigas de madeirade5 x 20 cm e caibros
de5 x 5 cm do mesmo material.
O forro de gesso acartonado é igual ao aplicado no sistema steel frame, e a estrutura para a
caixa d’água segue mesma concepção do steel frame porém com a estrutura de madeira em
peças de 5 x 10 cm, dispostas como vigas.
As vergas de janelas e portas são compostas por duas peças de 5 x 10 cm dispostas de forma
que desempenhem a função de viga e transmitam a carga para as ombreiras. A quantidade de
ombreiras segue o mesmo cálculo do sistema steel frame.
Para a fundação do SF e WF também foi adotado o radier, com espessura de 10 cm e
resistência de 25 Mpa.
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Outra planilha orçamentária foi elaborada para os sistemas steel frame e wood frame. Será
considerada a montagem dos quadros estruturais em central de produção localizada
externamente ao canteiro de obras.
Neste estudo de caso como o radier foi adotado pelos três sistemas, o custo permanece o
mesmo para os três.
Não foi elucidado ao certo quantos profissionais estiveram envolvidos na execução da obra
em alvenaria, mas foi informado que cerca de 95% da mão de obra para o empreendimento
era informal e contratada por empreitos. Conceitualmente, informal traduz-se por algo “não
convencional”, “não genuíno” (BOSCO, 2003, p.15). Ainda, conforme o autor é realmente
“informal” porque mascara a verdadeira relação de emprego, no sentido de se subtrair dos
trabalhadores os seus direitos, garantidos inclusive pela Constituição Federal Brasileira,
promulgada através da Assembléia Nacional Constituinte (1988).
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apresentar maior custo ou menor custo durante a vida útil da edificação, com relação às
manutenções e a economia energética na climatização dos ambientes.
Considerou se para a execução da obra uma equipe composta de quatro operários, para os três
sistemas. A partir dessa premissa foram elaborados também cronogramas expondo as etapas
construtivas de cada sistema e o tempo gasto na execução de cada uma.
Para os sistemas steel frame e wood frame não houve diferença no tempo de execução devido
a similaridade dos dois processos.
No que diz respeito ao sistema tradicional, percebe se que o seu processo produtivo
apresentou quase o dobro do número de etapas de atividades comparado aos sistemas
industrializados. Observa se também que o tempo de produção entre os processos obteve uma
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5. Conclusão
Percebe se que os sistemas SF e WF possuem um gerenciamento melhor da produção em toda
a cadeia, por possuírem etapas bem sistematizadas e por isso mais fáceis de controlar. Os
insumos são padronizados e desenvolvidos para a coordenação modular, obtendo alta
produtividade e baixo desperdício e, a mão de obra pode facilmente ser treinada, pois
obedecerá ao projeto que funciona como um manual de montagem, conforme mencionado
anteriormente.
Os processos industrializados SF e WF promovem a formalidade na construção civil e a
valorização da mão de obra através da qualificação da mesma, que atualmente tem sido
desenvolvida pelas próprias empresas fabricantes dos materiais e construtoras que trabalham
com o sistema.
Pode se observar a importância da industrialização e da racionalização no setor de construções
como meio de redução de custos, prazos e aumento da qualidade das edificações. A gestão da
qualidade por meio do constante aprimoramento dos processos permitirá um melhor
atendimento à expectativa do mercado e à necessidade de gerar menos impacto ambiental,
agregando valor ao produto final.
Percebe se que o mercado ainda apresenta certa resistência aos sistemas steel frame e wood
frame devido a falta de informação, mas que pode ser eliminada com a divulgação do
processo e seus benefícios. O conhecimento diminuirá as barreiras com relação à aceitação do
produto e promoverá um nível saudável de competitividade das empresas junto ao mercado.
Nota se que com o incentivo do Governo Federal aos sistemas industrializados a seco como
forma de construção mais rápida e mais sustentável, a demanda por este tipo de construção
tem aumentado e gerado custos menores comparado com o sistema convencional de
construção.
Acredita se que os ganhos de tempo representarão grande vantagem para as construtoras que
migrarem para o sistema de construção a seco, pois terão seus imóveis prontos para venda em
menos tempo e por isso obterão o retorno do investimento mais rápido. Já o consumidor que
em muitos casos mora em casa alugada, poderá obter economia pelos aluguéis que poupará ao
se mudar mais rápido para o imóvel próprio.
Pode se concluir que as vantagens para o cliente final que opta pelos processos
industrializados de construção são, além do menor tempo de entrega da obra, melhor
qualidade dos acabamentos e maior conforto térmico e acústico.
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6. Referências
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DATEC N° 014. Sistema Construtivo a seco Saint-Gobain – Light Steel Frame. Instituto
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015