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MÓDULO 1 - TRANSPORTE AÉREO E AEROPORTOS:

INTRODUÇÃO

(versão: 24/01/2006)

1. Introdução

O Brasil, sexto agrupamento populacional no planeta, somando cerca de 170 milhões de


habitantes (169.590.693 pelo Censo IBGE-2000), espalhados irregularmente sobre
8.511.965 quilômetros quadrados, dotado de uma malha rodoviária mal conservada, com
ferrovias escassas e uma rede fluvial de baixa utilização, faz do transporte aéreo uma
alternativa relevante de deslocamento e, às vêzes, única de acesso a determinadas regiões.

Mas os mesmos problemas que inviabilizaram o desenvolvimento eficiente dos diversos


meios de transporte também atingem a modalidade aérea: a falta de recursos, de gerência e,
algumas vezes, de visão e de competência.

Nas tabelas a seguir podem ser extraídas algumas conclusões. Apesar de possuir o segundo
número de aeródromos públicos, comparando-se com os demais países, o Brasil apresenta
índices de performance como pax-km, ton-km, bem mais modestos. Seus principais
aeroportos não aparecem na lista dos "top-50". As companhias nacionais ficam
constantemente ameaçadas por uma conjuntura econômica desfavorável à aquisição dos
seus equipamentos e pela situação sócio-geográfica do País, distante dos principais eixos
econômicos. Mas o transporte aéreo não é apenas um negócio comercial, serve como apoio
estratégico, político e social. E para o seu desenvolvimento é necessária a evolução da
infra-estrutura e dos seus auxílios para que a prestação de serviços se efetue com eficiência,
isto é, com rapidez, conforto e segurança.

Tabela 1 - Aeródromos pelo Mundo (1987 - ref.1)

País Públicos Privados Hel.Púb. Total

EUA 5.396 10.779 115 16.507

Brasil* 739 1.408 195 2.357

Canadá 512 576 9 1.175

México 479 1.121 107 1.708

Austrália 430 n.d. 6 436

TOTAL 13.817 21.343 716 36.198


*www.dac.gov.br (março,2005) informa 2.014 aeródromos sendo 715 públicos e 1299 privados

Tabela 2 - Principais Aeroportos do Mundo (2001 - ref.2)

Aeroporto Pax/ano Variação


(x1.000.000) 01/00

Atlanta (ATL) 75,8 -5,4%

Chicago (ORD) 67,4 -6,5%

Los Angeles (LAX) 61,6 -8,5%

Londres (LHR) 60,7 -6,0%

Tóquio (HAN) 58,7 4,0%

Dallas (DFW) 55,1 -9,2%

Frankfurt (FRA) 48,6 -1,6%

Paris (CDG) 48,0 -0,5%

Amsterdam (AMS) 39,5 -0,2%

Denver (DEN) 36,1 -6,9%

Guarulhos (GRU ) 14,1 -2,6%

Tabela 3 - Performance do Transporte Aéreo (2004 - ref.3)

País Carga (Ord.) Ton-km (*) Pax (Ord.) Pax-km


(*)

EUA 1 145 1 1.164

Alemanha 2 25 4 170

China 3 24 3 176

Japão 4 22 5 154

Reino Unido 5 22 2 183

França 6 17 6 124
Singapura 7 15 9 79

Coréia 8 14 12 66

Holanda 9 13 10 76

Austrália 10 11 7 95

Canadá 11 10 8 87

Rússia 12 7 14 62

Brasil 17 6 16 47

(*) (x 1 000 000 000)

Tabela 4 - Principais Companhias Aéreas (2002 - ref.4)

Companhia Aérea Bilhões de Pax.milhas

United Airlines 126

American Airlines 116

Delta Air Lines 107

Northwest Airlines 79

British Airways 73

Continental 62

Lufthansa 58

Air France 57

Japan Airlines 55

US Airways 46

VARIG Brazilian 16
(26.&δεγ; )
Companhia Aérea Milhões de
Tons.milhas
Federal Express 7.837
Lufthansa 5.251
United Parcel Services 4.339
Cargolux 2.606
Nippon Cargo 1.654
Polar 1.242
Emery 1.048
Evergreen 792
Airborne Express 648
AHK 623

Tabela 5 - Principais Aeroportos do Brasil em 2004 (Infraero - site março 2005)

Aeroporto Pax (milhão) Aeroporto Anv (mil) Aeroporto Cargo (mil.ton)


1. Congonhas 13,6 1. Congonhas 217 1. Guarulhos 435
2. Guarulhos 12,9 2. Guarulhos 149 2. Campinas 235
3. Brasília 9,9 3. Brasília 133 3. Manaus 135
4. Galeão 6,0 4. Marte 81 4. Galeão 93
5. Santos Dumont 4,8 5. Salvador 81 5. Salvador 72
6. Salvador 4,1 6. Santos Dumont 79 6. Brasília 64
7. Porto Alegre 3,2 7. Galeão 77 7. Recife 49
8. Pampulha 3,1 8. Pampulha 76 8
9. Recife 3,1 9. 9.
10. Curitiba 2,8 10. 10.

Pax = passageiros; Anv = aeronaves

2. Organismos Nacionais e Internacionais

Diferente da grande maioria dos países no mundo, no Brasil, o transporte aéreo é


gerenciado através do Ministério da Defesa (Comando da Aeronáutica) que tem como uma
de suas finalidades apoiar, controlar e desenvolver a aviação civil no Brasil. São diversos
componentes que dispõem de atividades específicas:

• COMAR -- Comando Aéreo Regional. São sete: I - Belém, II - Recife, III - Rio de
Janeiro, IV - São Paulo, V - Porto Alegre, VI - Brasília e VII - Manaus.
• COMARA -- Comissão de Aeroportos da Região Amazônica com sede em Belém.
• DAC -- Departamento da Aviação Civil, regionalmente representado pelos
SERACs, serviços regionais. O IAC, Instituto da Aviação Civil, foi criado em 1986,
absorvendo a CECIA, Comissão de Estudos e Coordenação da Infra-Estrutura
Aeronáutica. Deve ser incorporada a ANAC - Agência Nacional da Aviação Civil.
• DECEA -- Departamento de Controle do Espaço Aéreo que sucedeu a DEPV
(Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo), regionalmente representada pelos
SRPVs, serviços regionais. Em algumas localidades esse serviço é executado pela
antiga TASA, Telecomunicações Aeronáuticas S.A., hoje, incorporada pela
INFRAERO.
• DIRENG -- Diretoria de Engenharia, regionalmente representada pelos SERENGs,
serviços regionais. O SCI, Serviço Contra Incêndios, também está atrelado a essa
diretoria.

Em consonância com essas organizações, a partir da década de setenta, a administração


aeroportuária foi atribuída à empresa de economia mista INFRAERO, Empresa Brasileira
de Infra-Estrutura Aeroportuária, ou a órgãos criados pelos Estados como o DAESP,
Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, e o DAB, Departamento de Aviação da
Bahia.

No exterior, mas ditando normas e regulamentações as quais o Brasil se orienta tem-se as


seguintes associações:

ICAO -- Organização da Aviação Civil Internacional, com sede em Montreal, congrega


mais de 150 países, aonde se discutem e fixam direitos e deveres de seus membros,
homogeneizando o transporte aéreo internacional.

IATA -- Associação Internacional do Transporte Aéreo, congregando companhias aéreas de


quase todo o mundo, definem tarifas e condições de serviço para os transportadores.

ACI -- Conselho Internacional dos Aeroportos, reúne as principais companhias


administradoras de aeroportos, a INFRAERO é a representante brasileira.

FAA -- Administração Federal da Aviação, órgão regulamentador norte-americano cujos


padrões são reconhecidos internacionalmente.

3. Histórico

A evolução do transporte aéreo durante este século não pode ser confundida com uma
simples seqüência de eventos. Seu inter-relacionamento e a compreensão do seu
desenvolvimento pode elucidar dúvidas de hoje e evitar alguns problemas para o futuro. Eis
uma versão da seqüência de fatos (ref 7 e 8):

1890 -- Leopoldo da Silva tenta organizar uma empresa de transporte aéreo com balões no
Brasil;

1905 -- Irmãos Wright , em Norfolk, realizam o primeiro vôo do mais pesado que o ar;

1906 -- Alberto Santos-Dumont com seu 14-Bis vence concurso na França, plaina e
aterrissa com seus próprios meios. Primeiro aeroplano;

1912 -- Início do transporte aéreo comercial, dirigíveis, organizado pelo Conde de


Zeppelin, foram 19.100 passageiros até 1913. DELAG - primeira companhia aérea
comercial;

1912 -- Tentativas de se estabelecer uma linha de balões para servir a Bacia Amazônica
(Nelson Guillobel);

1914 -- Início do transporte de passageiros nos EUA, através de hidroaviões num percurso
de 30 km, S.Petersburg Tampa Airboat Line (operou durante 4 meses);

1918 -- Início do serviço aéreo regular: Nova Iorque-Washington (correio)

1919 -- Primeira linha regular de passageiros: Key West (Flórida) e Havana com
hidroaviões Liberty, 160 km cobertos em 90 minutos. Na Europa, a primeira ligação
internacional regular: Londres-Paris em bom tempo diariamente com 8 passageiros e 3
tripulantes. Fundada a IATA por 6 companhias em Haia. Dessas pioneiras, hoje, resta a
KLM;

1920 -- Funda-se a Sociedade Colombo-Alemanha de Transporte Aéreo, a SCADTA, hoje


Avianca, uma das mais antigas empresas do setor ainda em operação. Na América do Sul, a
primeira linha regular, Bogotá-Barranquilla, na Colômbia;

1925 -- Contratada a Companhia Brasileira de Empreendimentos Aeronáuticos para


exploração da linha Recife-Jaguarão. A Compagnie Generale d'Entreprises Aeronautiques
realiza vôos comerciais Rio-Buenos Aires-Rio em 7 dias. Inicia-se a implantação da infra-
estrutura aeronáutica no Brasil pela Latécoere que, nove anos depois, foi incorporada à Air
France;

1927 -- Fabricada pela Ford Motor Co. a primeira aeronave destinada ao uso comercial de
passageiros (trimotor Tin Goose). Fundada a VARIG. A Latécoere inicia a linha Toulouse-
Buenos Aires. Fundado o Sindicato Condor, depois Cruzeiro, que foi incorporada à
VARIG;
1930 -- A Nyrba (depois incorporada a Pan Am) com os hidros Comodore, percorre Belém-
Porto Alegre pelo litoral em 4 dias. Cai a influência francesa com a disputa germano
(Condor ) - norte-americana (Pan Am) pela América do Sul;

1931 -- Primeiro vôo do CAM, depois CAN, ligando Rio-São Paulo. Criado o DAC -
Decreto 19.920;

1934 -- Ligação Brasil - Europa com dirigíveis. Fundada a VASP: início da linha aérea
Marte-Ponta do Calabouço (Santos Dumont) com os Junkers de 17 lugares;

1936 -- Inaugurado o Aeroporto de Congonhas;

1939/1945 -- Prejuízos às companhias aéreas nacionais que utilizavam material alemão.


Melhorias nos aeródromos desde o Amapá até o Rio Grande pelos norte-americanos;

1941 -- Criação do Ministério da Aeronáutica;

1944 -- Criação da ICAO em Chicago;

1946 -- Fundação desordenada de dezenas de empresas aproveitando as sobras da guerra;

1952 -- Entrada comercial dos jatos na BOAC (Comet);

1955 -- Fundada a Sadia, hoje Transbrasil;

1956 -- Criação da COMARA (Comissão de Aeroportos da Região Amazônica). Maior


número de cidades servidas pelo transporte regular na história do Brasil: 346;

1958 -- FAA estabelece-se para regulamentação do espaço aéreo, certificação de pessoal e


equipamentos nos Estados Unidos;

1959 -- Caravelle da VARIG liga Buenos Aires a Nova Iorque (dezembro);

1960 -- Inicia-se com o B707 a ligação: Londres-Los Angeles. Introdução dos jatos no
transporte comercial traz problemas para os aeroportos, muitas cidades deixam de ser
servidas. Concomitantemente, governo incentivando a indústria automobilística e rasgando
estradas pelo Brasil;

1967 -- Criação da CCPAI para coordenação do projeto do aeroporto internacional


principal do País no Rio de Janeiro;

1970 -- Fundada a EMBRAER;

1972 -- Criada a INFRAERO para administrar aeroportos do Brasil;

1975 -- Criada a Aviação Regional. Inaugurado o Aeroporto Internacional de Manaus;


1977 -- Inaugurado o novo AIRJ;

1978 -- Instituída a CECIA, núcleo do IAC de hoje, para estudar os problemas de infra-
estrutura aeronáutica;

1979 -- Criadas comissões específicas para o planejamento e projeto de aeroportos,


COPASP (São Paulo) e COPAER (Belo Horizonte);

1981 -- Instituído grupo para desenvolvimento de equipamentos aeroportuários


nacionalizáveis no DEPED (Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, órgão do
Ministério da Aeronáutica);

1983 -- Criada comissão para coordenar pesquisas no setor, CCPIAR, na DIRENG.


Inaugurado o Aeroporto Internacional de Confins, Belo Horizonte;

1985 -- Inaugurado o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos;

1986 -- IV CONAC inicia a eliminação do regime de indexação e encerra a fixação de


preços e tarifas;

1989 -- Entrada da Transbrasil e da VASP no mercado internacional com ligações


regulares;

1991 -- Falência da Pan American , um dos símbolos norte-americanos, início da


"globalização"; V CONAC promove a redução gradual da regulação sobre o transporte
aéreo;

1995 – Inaugurado o terminal 2 do Aeroporto Internacional de Brasília (primeiro satélite).


Aberto o Aeroporto de Kansai em Osaka (primeiro "off-shore");

1996 – Inaugurado o novo terminal do Aeroporto Afonso Pena em Curitiba. Aeroporto de


São José dos Campos é incorporado à rede INFRAERO;

1998 – VARIG passa a integrar a Star Alliance;

1999 – Criado o Ministério da Defesa. Licitação para construção (e posterior


transferência/operação) pela iniciativa privada do TPS 3 do Aeroporto Internacional de São
Paulo/Guarulhos;

2001 - Entra em serviço a Gol, empresa aérea regular que atua como low-fare. Interrompido
o serviço da Transbrasil;

2001 - Atentado terrorista no WTC em Nova Iorque estanca crescimento do transporte


aéreo;

2004 - Interrompido o serviço da VASP.


A seguir, por curiosidade histórica, são mostrados os 6 eventos tidos como pioneiros,
dentro dos quesitos: regularidade (RE), aviação civil (AC), frequência diária (FD),
passageiros (PA), internacional (IN) e sustentado, com cobrança de tarifa (SU).

Tabela 6 - Eventos Pioneiros (ref.7)

Data Empresa Ligação RE AC FD PA IN SU


Jan.1914 SPTAL Tampa-S.Petersburgo X X X X
Mar.1918 AHMilLine Viena-Kiev X X X X
Mai.1918 US Post Washington-NY X X X X
Fev.1919 DLReederei Berlim-Weimar X X X X X
Mar.1919 Farman Paris-Bruxelas X X X X X
Ago.1919 AT&T Londres-Paris X X X X X X

4. Reflexos para Infra-Estrutura

Constata-se que a evolução histórica pode ser segmentada em, pelo menos, 4 fases distintas.

FASE UM --- época do pioneirismo, da aventura, quando a novidade do vôo atraía


multidões. Balões e hidroaviões foram seus principais personagens. Os raides aéreos se
constituíam em coqueluche. Nessa fase, a INFÂNCIA, não haviam padrões aeroportuários a
serem utilizados, qualquer descampado ou área livre servia como alternativa para pouso.

FASE DOIS --- final da década de trinta, início da de quarenta, os avanços tecnológicos
decorrentes dos esforços de guerra fizeram as aeronaves voarem mais velozes e a
requererem cada vez mais infra-estrutura de terra. Nessa fase, a ADOLESCÊNCIA, os
padrões aeroportuários a serem seguidos variavam em alta velocidade, levando um projeto
de aeroporto rapidamente à obsolescência.

FASE TRÊS --- início da década de setenta, a crise do petróleo muda o panorama industrial
e tecnológico na busca de alternativas de energia. Nota-se uma inversão dos papéis, a
indústria aeronáutica preocupa-se em atender as restrições do mercado e o estágio de sua
infra-estrutura, visam-se aspectos de economia, segurança e de defesa do meio ambiente.
Observa-se nessa fase, a MATURIDADE, preocupações da indústria com os aviônicos, com
os novos materiais que se adequam a perfis aerodinâmicos mais eficazes e com os motores
em termos de eficiência e de poluição sonora. São modelos que se compatibilizam com os
aeroportos implantados. Na prática essa fase ainda permanece nos dias de hoje.
FASE QUATRO --- a da OPORTUNIDADE, afinal, os mercados dos países desenvolvidos
voltam a exigir aeronaves com um desempenho mais arrojado. Estudam-se equipamentos
para vôos orbitais, fazendo ligações comoTóquio-Nova Iorque, Londres-Sydney em menos
de 3 horas. Porém, continua a imagem de se adequar uma nova geração de aviões que possa
ser operada nos grandes aeroportos já existentes. Hoje, somente no Japão, ousa-se estudar a
implantação de um espaçoporto, no caso para Tóquio. Os NLA ("New Large Aircraft")
associam indústrias de países diferentes com o objetivo de satisfazer a um mercado já
disponível. Mas, a maior movimentação se encontra no meio das companhias aéreas diante
de uma conjuntura cada vez mais liberalizada. Empresas se associam buscando mercados e
aumentos de produtividade. Grandes alianças estão sendo formadas. Os acontecimentos de
11 de setembro de 2001 causam grande impacto na aviação. Uma crise sem precedentes
estanca novos projetos. Megaempresas pedem concordata. Empresas "low-cost" passam a
ganhar mercados.

5. O Aeroporto e sua Implantação

Existiam épocas em que o aeroporto era traçado conforme as exigências que os aviões
faziam. Hoje, o vulto da obra e as restrições de áreas próximas aos centros geradores de
demanda transformaram o terminal aeroportuário num verdadeiro complexo dotado de vida
própria e que vem ditando, assessorado pelas limitações impostas pela comunidade (contra
o ruído, por exemplo), pela economia e pelos níveis de segurança junto às indústrias
aeronáuticas, os padrões a serem perseguidos pelos avanços da tecnologia.

Portanto, a definição não pode se prender a: "uma faixa de terra ou água destinada a
operação de pouso e decolagem de aeronaves e dotada de instalações para o processamento
adequado de passageiros e/ou cargas''. Suas fronteiras estão além, muito além dos limites
físicos do terreno, o que dificulta a gerência de todo o complexo aeroportuário.

Segundo a Portaria 1019/GM 5 de 27/08/80, os projetos de implantação de aeródromos


precisam ser aprovados pela DECEA e pela DIRENG. Sendo Público, torna-se necessária
sua Homologação pelo DAC. Sendo Privado, torna-se necessário seu Registro que é
efetuado pelo COMAR. Para que um aeródromo se transforme num aeroporto precisa
dispor das instalações adequadas a passageiros e cargas. O aeródromo também é
denominado de campo de pouso. Segundo a IMA 58-10 de 16/07/1990 o aeródromo
público para ser construído precisa ter autorização do DAC e o privado, do COMAR.

O Brasil, segundo o site do DAC, consultado em janeiro de 2006, tem 739 aeródromos
públicos. Em Minas Gerias se concentram 97, enquanto em Alagoas e Sergipe, apenas 3,
cada. Na região norte, o estado do Amazonas conta com 44, no nordeste a Bahia tem 81, no
sudeste, São Paulo tem 86. Na região sul o Rio Grande do Sul dispõe de 63 e no centro-
oeste, o Mato Grosso aparece com 42, esses são os estados brasileiros com maior número
de aeródromos públicos.

6. Classificações
Para o atendimento das mais diversas finalidades foram criadas várias classificações de
aeroportos e/ou pistas:

• OPERACIONAL

Segundo o Anexo XIV da ICAO (5) temos:

A) Pista de Pouso por Instrumentos

Destinada a operação de aeronaves utilizando auxílios não visuais e podendo ser:

A.1) Pista de Aproximação por Instrumentos — servida por um auxílio não visual e
possuindo pelo menos orientação direcional adequada a uma aproximação reta;

A.2) Pista de Aproximação de Precisão — CAT 1 — servida por auxílios de aproximação


ILS ("Instrumental Landing System"- sistema de pouso por instrumentos) ou GCA
("Ground Control Approach" - um radar mais utilizado pelos aeródromos militares),
destinada a operações até uma altura de decisão de 60 m (200 pés) e um RVR ("Runway
Visual Range" - um alcance visual horizontal) de até 800 m (2600 pés);

A.3) Pista de Aproximação de Precisão — CAT 2 — altura de decisão de 30 m (100 pés) e


um RVR de até 400 m (1300 pés);

A.4) Pista de Aproximação de Precisão — CAT 3 — não sendo aplicável altura de decisão
e

. com auxílios visuais destinada a operar com RVR de até 200 m (700 pés) — { A }

. com auxílios visuais destinada a operar com RVR de até 50 m (150 pés) — { B }

. destinada a operar sem o auxílio visual, com radar — { C }

B) Pista para Pouso sem Instrumentos

Destinada a operação de aeronaves usando procedimentos para aproximação visual.

• FÍSICA

A partir de 1983, a classificação adotada pela ICAO em seu Anexo XIV ("Aerodromes")
tem uma composição alfanumérica com um código de referência do aeródromo, em que se
baseia quase todos os requisitos geométricos. Tal código depende do comprimento básico
de pista da aeronave de referência (código numérico) e da condição crítica entre
envergadura dessa aeronave e a distância entre as bordas mais externas dos pneus que
compreendem o conjunto dos trens principais de pouso, trata-se de uma distância pouco
superior a bitola da aeronave (código alfabético).
A aeronave de referência seria aquela para a qual está sendo planejado o uso da pista e que
requeira as maiores dimensões para sua operação regular. O comprimento básico requerido
por uma aeronave está registrado em manuais da aeronave como a distância mínima
necessária para operação numa pista sem declividade, sem efeito de ventos, sob as
condições da atmosfera padrão, isto é, 15 graus Celsius ao nível do mar.

Tabela 7 - Código de Referência do Aeródromo (ref. 5)

Número Código Comprimento (m) Letra Código Envergadura (m) Bitola (m)
1 até 799 A até 14,9 até 4,4
2 de 800 a 1199 B de 15,0 a 23,9 de 4,5 a 5,9
3 de 1200 a 1799 C de 24,0 a 35,9 de 6,0 a 8,9
4 1800 em diante D de 36,0 a 51,9 de 9,0 a 13,9
E de 52,0 a 64,9 de 9,0 a 13,9
F de 65,0 a 79,9 de 14,0 a 15,9

• COMERCIAL

De interesse comercial, função da movimentação de passageiros ou cargas, variável


anualmente, atua como balizamento no estabelecimento de preços ou tarifas para espaços
publicitários ou para arrendamento de áreas comerciais.

• IMA 58-10 (6)

As instruções para concessão e autorização de construção, homologação, registro, operação,


manutenção e exploração de aeródromos civis e aeroportos brasileiros de 16 Jul 90,
baixadas pelo DAC, apresenta uma classificação geral baseada em:

( A ) Tipo de uso: público ou privado

( B ) Código de referência

comprimento de pista (L) < 800m →1

1.200m < (L) maior ou igual a 800m →2


1.800m < (L) maior ou igual a 1.200m →3
(L) maior ou igual a 1.800m →4

largura de pista 18-23 ou 30m ⇒A ou B


23-30 ou 45m ⇒ C
45m ⇒ D ou E

( C ) Tipo de operação: Visual ou Instrumentos (precisão ou não precisão)

( D ) Interesse do Sistema de Aviação Civil :

• Federal
• Regional
• Comunitário

Referências

( 1 ) ICAO - Bulletin. 1988.

( 2 ) http://www.infraero.gov.br/ACI (abril 2003).

( 3 ) ICAO - Journal. Vol 60, n.5, 2005.

( 4 ) Aviation Week & Space Technology - January, 2002.

( 5 ) ICAO - Aerodromes. Annex 14, November 1999.

( 6 ) DAC - Instruções para concessão e autorização de construção, homologação,


registro, operação, manutenção e exploração de aeródromos civis e aeroportos
brasileiros. IMA 58-10, 16 Jul 90.

( 7 ) TANEJA, N.K. - Introduction to civil aviation. Lexington Books, 1987.

( 8 ) GAVIES, R.E.G. - A history of the world’s airlines. Oxford University Press, 1967.

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