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INTRODUÇÃO
(versão: 24/01/2006)
1. Introdução
Nas tabelas a seguir podem ser extraídas algumas conclusões. Apesar de possuir o segundo
número de aeródromos públicos, comparando-se com os demais países, o Brasil apresenta
índices de performance como pax-km, ton-km, bem mais modestos. Seus principais
aeroportos não aparecem na lista dos "top-50". As companhias nacionais ficam
constantemente ameaçadas por uma conjuntura econômica desfavorável à aquisição dos
seus equipamentos e pela situação sócio-geográfica do País, distante dos principais eixos
econômicos. Mas o transporte aéreo não é apenas um negócio comercial, serve como apoio
estratégico, político e social. E para o seu desenvolvimento é necessária a evolução da
infra-estrutura e dos seus auxílios para que a prestação de serviços se efetue com eficiência,
isto é, com rapidez, conforto e segurança.
Alemanha 2 25 4 170
China 3 24 3 176
Japão 4 22 5 154
França 6 17 6 124
Singapura 7 15 9 79
Coréia 8 14 12 66
Holanda 9 13 10 76
Austrália 10 11 7 95
Canadá 11 10 8 87
Rússia 12 7 14 62
Brasil 17 6 16 47
Northwest Airlines 79
British Airways 73
Continental 62
Lufthansa 58
Air France 57
Japan Airlines 55
US Airways 46
VARIG Brazilian 16
(26.&δεγ; )
Companhia Aérea Milhões de
Tons.milhas
Federal Express 7.837
Lufthansa 5.251
United Parcel Services 4.339
Cargolux 2.606
Nippon Cargo 1.654
Polar 1.242
Emery 1.048
Evergreen 792
Airborne Express 648
AHK 623
• COMAR -- Comando Aéreo Regional. São sete: I - Belém, II - Recife, III - Rio de
Janeiro, IV - São Paulo, V - Porto Alegre, VI - Brasília e VII - Manaus.
• COMARA -- Comissão de Aeroportos da Região Amazônica com sede em Belém.
• DAC -- Departamento da Aviação Civil, regionalmente representado pelos
SERACs, serviços regionais. O IAC, Instituto da Aviação Civil, foi criado em 1986,
absorvendo a CECIA, Comissão de Estudos e Coordenação da Infra-Estrutura
Aeronáutica. Deve ser incorporada a ANAC - Agência Nacional da Aviação Civil.
• DECEA -- Departamento de Controle do Espaço Aéreo que sucedeu a DEPV
(Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo), regionalmente representada pelos
SRPVs, serviços regionais. Em algumas localidades esse serviço é executado pela
antiga TASA, Telecomunicações Aeronáuticas S.A., hoje, incorporada pela
INFRAERO.
• DIRENG -- Diretoria de Engenharia, regionalmente representada pelos SERENGs,
serviços regionais. O SCI, Serviço Contra Incêndios, também está atrelado a essa
diretoria.
3. Histórico
A evolução do transporte aéreo durante este século não pode ser confundida com uma
simples seqüência de eventos. Seu inter-relacionamento e a compreensão do seu
desenvolvimento pode elucidar dúvidas de hoje e evitar alguns problemas para o futuro. Eis
uma versão da seqüência de fatos (ref 7 e 8):
1890 -- Leopoldo da Silva tenta organizar uma empresa de transporte aéreo com balões no
Brasil;
1905 -- Irmãos Wright , em Norfolk, realizam o primeiro vôo do mais pesado que o ar;
1906 -- Alberto Santos-Dumont com seu 14-Bis vence concurso na França, plaina e
aterrissa com seus próprios meios. Primeiro aeroplano;
1912 -- Tentativas de se estabelecer uma linha de balões para servir a Bacia Amazônica
(Nelson Guillobel);
1914 -- Início do transporte de passageiros nos EUA, através de hidroaviões num percurso
de 30 km, S.Petersburg Tampa Airboat Line (operou durante 4 meses);
1919 -- Primeira linha regular de passageiros: Key West (Flórida) e Havana com
hidroaviões Liberty, 160 km cobertos em 90 minutos. Na Europa, a primeira ligação
internacional regular: Londres-Paris em bom tempo diariamente com 8 passageiros e 3
tripulantes. Fundada a IATA por 6 companhias em Haia. Dessas pioneiras, hoje, resta a
KLM;
1927 -- Fabricada pela Ford Motor Co. a primeira aeronave destinada ao uso comercial de
passageiros (trimotor Tin Goose). Fundada a VARIG. A Latécoere inicia a linha Toulouse-
Buenos Aires. Fundado o Sindicato Condor, depois Cruzeiro, que foi incorporada à
VARIG;
1930 -- A Nyrba (depois incorporada a Pan Am) com os hidros Comodore, percorre Belém-
Porto Alegre pelo litoral em 4 dias. Cai a influência francesa com a disputa germano
(Condor ) - norte-americana (Pan Am) pela América do Sul;
1931 -- Primeiro vôo do CAM, depois CAN, ligando Rio-São Paulo. Criado o DAC -
Decreto 19.920;
1934 -- Ligação Brasil - Europa com dirigíveis. Fundada a VASP: início da linha aérea
Marte-Ponta do Calabouço (Santos Dumont) com os Junkers de 17 lugares;
1960 -- Inicia-se com o B707 a ligação: Londres-Los Angeles. Introdução dos jatos no
transporte comercial traz problemas para os aeroportos, muitas cidades deixam de ser
servidas. Concomitantemente, governo incentivando a indústria automobilística e rasgando
estradas pelo Brasil;
1978 -- Instituída a CECIA, núcleo do IAC de hoje, para estudar os problemas de infra-
estrutura aeronáutica;
2001 - Entra em serviço a Gol, empresa aérea regular que atua como low-fare. Interrompido
o serviço da Transbrasil;
Constata-se que a evolução histórica pode ser segmentada em, pelo menos, 4 fases distintas.
FASE DOIS --- final da década de trinta, início da de quarenta, os avanços tecnológicos
decorrentes dos esforços de guerra fizeram as aeronaves voarem mais velozes e a
requererem cada vez mais infra-estrutura de terra. Nessa fase, a ADOLESCÊNCIA, os
padrões aeroportuários a serem seguidos variavam em alta velocidade, levando um projeto
de aeroporto rapidamente à obsolescência.
FASE TRÊS --- início da década de setenta, a crise do petróleo muda o panorama industrial
e tecnológico na busca de alternativas de energia. Nota-se uma inversão dos papéis, a
indústria aeronáutica preocupa-se em atender as restrições do mercado e o estágio de sua
infra-estrutura, visam-se aspectos de economia, segurança e de defesa do meio ambiente.
Observa-se nessa fase, a MATURIDADE, preocupações da indústria com os aviônicos, com
os novos materiais que se adequam a perfis aerodinâmicos mais eficazes e com os motores
em termos de eficiência e de poluição sonora. São modelos que se compatibilizam com os
aeroportos implantados. Na prática essa fase ainda permanece nos dias de hoje.
FASE QUATRO --- a da OPORTUNIDADE, afinal, os mercados dos países desenvolvidos
voltam a exigir aeronaves com um desempenho mais arrojado. Estudam-se equipamentos
para vôos orbitais, fazendo ligações comoTóquio-Nova Iorque, Londres-Sydney em menos
de 3 horas. Porém, continua a imagem de se adequar uma nova geração de aviões que possa
ser operada nos grandes aeroportos já existentes. Hoje, somente no Japão, ousa-se estudar a
implantação de um espaçoporto, no caso para Tóquio. Os NLA ("New Large Aircraft")
associam indústrias de países diferentes com o objetivo de satisfazer a um mercado já
disponível. Mas, a maior movimentação se encontra no meio das companhias aéreas diante
de uma conjuntura cada vez mais liberalizada. Empresas se associam buscando mercados e
aumentos de produtividade. Grandes alianças estão sendo formadas. Os acontecimentos de
11 de setembro de 2001 causam grande impacto na aviação. Uma crise sem precedentes
estanca novos projetos. Megaempresas pedem concordata. Empresas "low-cost" passam a
ganhar mercados.
Existiam épocas em que o aeroporto era traçado conforme as exigências que os aviões
faziam. Hoje, o vulto da obra e as restrições de áreas próximas aos centros geradores de
demanda transformaram o terminal aeroportuário num verdadeiro complexo dotado de vida
própria e que vem ditando, assessorado pelas limitações impostas pela comunidade (contra
o ruído, por exemplo), pela economia e pelos níveis de segurança junto às indústrias
aeronáuticas, os padrões a serem perseguidos pelos avanços da tecnologia.
Portanto, a definição não pode se prender a: "uma faixa de terra ou água destinada a
operação de pouso e decolagem de aeronaves e dotada de instalações para o processamento
adequado de passageiros e/ou cargas''. Suas fronteiras estão além, muito além dos limites
físicos do terreno, o que dificulta a gerência de todo o complexo aeroportuário.
O Brasil, segundo o site do DAC, consultado em janeiro de 2006, tem 739 aeródromos
públicos. Em Minas Gerias se concentram 97, enquanto em Alagoas e Sergipe, apenas 3,
cada. Na região norte, o estado do Amazonas conta com 44, no nordeste a Bahia tem 81, no
sudeste, São Paulo tem 86. Na região sul o Rio Grande do Sul dispõe de 63 e no centro-
oeste, o Mato Grosso aparece com 42, esses são os estados brasileiros com maior número
de aeródromos públicos.
6. Classificações
Para o atendimento das mais diversas finalidades foram criadas várias classificações de
aeroportos e/ou pistas:
• OPERACIONAL
A.1) Pista de Aproximação por Instrumentos — servida por um auxílio não visual e
possuindo pelo menos orientação direcional adequada a uma aproximação reta;
A.4) Pista de Aproximação de Precisão — CAT 3 — não sendo aplicável altura de decisão
e
. com auxílios visuais destinada a operar com RVR de até 200 m (700 pés) — { A }
. com auxílios visuais destinada a operar com RVR de até 50 m (150 pés) — { B }
• FÍSICA
A partir de 1983, a classificação adotada pela ICAO em seu Anexo XIV ("Aerodromes")
tem uma composição alfanumérica com um código de referência do aeródromo, em que se
baseia quase todos os requisitos geométricos. Tal código depende do comprimento básico
de pista da aeronave de referência (código numérico) e da condição crítica entre
envergadura dessa aeronave e a distância entre as bordas mais externas dos pneus que
compreendem o conjunto dos trens principais de pouso, trata-se de uma distância pouco
superior a bitola da aeronave (código alfabético).
A aeronave de referência seria aquela para a qual está sendo planejado o uso da pista e que
requeira as maiores dimensões para sua operação regular. O comprimento básico requerido
por uma aeronave está registrado em manuais da aeronave como a distância mínima
necessária para operação numa pista sem declividade, sem efeito de ventos, sob as
condições da atmosfera padrão, isto é, 15 graus Celsius ao nível do mar.
Número Código Comprimento (m) Letra Código Envergadura (m) Bitola (m)
1 até 799 A até 14,9 até 4,4
2 de 800 a 1199 B de 15,0 a 23,9 de 4,5 a 5,9
3 de 1200 a 1799 C de 24,0 a 35,9 de 6,0 a 8,9
4 1800 em diante D de 36,0 a 51,9 de 9,0 a 13,9
E de 52,0 a 64,9 de 9,0 a 13,9
F de 65,0 a 79,9 de 14,0 a 15,9
• COMERCIAL
( B ) Código de referência
• Federal
• Regional
• Comunitário
Referências
( 8 ) GAVIES, R.E.G. - A history of the world’s airlines. Oxford University Press, 1967.