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Alcorão (em árabe: ‫القرآن‬, transl. al-Qurʾān, lit.

"a recitação") ou Corão (forma considerada


errada por alguns linguistas e não presente em alguns dicionários de referência)[1][2][3][4] é
o livro sagrado do Islã. Os muçulmanos creem que o Alcorão é a palavra literal
de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e
três anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou
recitar; Alcorão é portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado.
É um dos livros mais lidos e publicados no mundo. É prática generalizada na maioria das
sociedades muçulmanas que o Alcorão não seja vendido, mas sim dado[carece de fontes].
Patronos dos Estados Unidos como Thomas Jefferson tiveram o livro em seu acervo.[5]

Índice

 1Designação em português
 2Estrutura do Alcorão
o 2.1Ordenação cronológica
o 2.2Divisão para leitura e recitação
 3A compilação do Alcorão
 4Conteúdo temático do Alcorão
 5Importância do Alcorão na cultura islâmica
o 5.1O Alcorão na vida dos muçulmanos
 6Ver também
 7Referências
 8Bibliografia
 9Ligações externas

Designação em português[editar | editar código-fonte]


Há duas variantes para o nome do livro usadas comumente: "Alcorão" e "Corão". Por
vezes se afirma que, como o prefixo "al-" designa o artigo definido no árabe, o seu uso
seria desnecessário. No entanto, nas muitas palavras portuguesas de origem
árabe com "al-" na sua origem, como "almanaque" ou "açúcar", a partícula não foi
suprimida, e ainda menos em nomes próprios como "Almada" ou "Algarve". José Pedro
Machado nota que a palavra Alcorão surge em documentos portugueses do século
XIII,[2] ao contrário da forma Corão, recentemente importada. O Dicionário Houaiss, que
alude ao argumento da "desnecessidade" de "al-" por corresponder ao artigo árabe,
confirma o surgimento de "Alcorão" no século XIII e o seu uso constante nos séculos
seguintes. O Houaiss afirma que "Corão" é importação francesa no final do século XIX,
desde logo criticada pelos puristas. O próprio termo francês terá surgido apenas no século
XVII. O site português Ciberdúvidas da Língua Portuguesa considera aceitável apenas a
forma "Alcorão", invocando Rebelo Gonçalves e Rodrigo de Sá Nogueira.[3] Já o site
brasileiro Sua Língua, editado pelo Prof. Cláudio Moreno, não condena o vocábulo
"Corão", mas defende a preferência por "Alcorão".[4] A primeira versão escrita do livro foi
encontrada no Iêmen e destruída pela Arábia Saudita durante um ataque ao país em
2015.[6]

Estrutura do Alcorão[editar | editar código-fonte]


Mais informações: Sura
O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros,
seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta
Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de
acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação.[7]
Cada sura pode por sua vez ser subdividida em versículos (ayat). O número de versículos
é de 6536 ou 6600, conforme a forma de os contar.
A sura maior é a segunda, (A Vaca) , com 286 versículos; as suras menores possuem
apenas três versículos.
Os capítulos são tradicionalmente identificados mais pelos nomes do que pelos números.
Estes receberam nomes de palavras distintivas ou de palavras que surgem no inicío do
texto, como por exemplo A Vaca, A Abelha, O Figo ou A Aurora. Contudo, não é habitual
que o conteúdo da sura esteja relacionado com o título do capítulo.

Ordenação cronológica[editar | editar código-fonte]


A ordenação cronológica dos capítulos do Alcorão interessa não só aos historiadores,
dado muitas das revelações estarem ligadas a episódios da vida de Maomé, mas também
aos religiosos, dado que as contradições do Alcorão são resolvidas dando a primazia ás
suras mais recentes - é a doutrina da revogação (ou ab-rogação) fixada no próprio Livro
Sagrado[8] Além das dos clérigos muçulmanos, numa época mais recente várias
ordenações têm sido propostas por exemplo por Theodor Nöldeke, Richard Bell, Mehdi
Bazargan, e Régis Blachère. Uma tradução do Corão para língua inglesa, feita por J.M.
Rodwell, apresenta uma ordem cronológica.[9] A ordenação que se segue é uma das mais
habitualmente aceites.[10][11][12]

Ordem Capítulo e Designação Número de Revelado Ordem


Cronológica em Português versos em Tradicional

1 Al-Alaq -O Coágulo 19 Meca 96

2 Al-Qalam - O Cálamo 52 Meca 68

Al-Muzammil - O
3 20 Meca 73
Acobertado

Al-Mudathir - O
4 56 Meca 74
Emantado

5 Al-Fatiha - A Abertura 7 Meca 1

6 Al-Masad - O Esparto 5 Meca 111

7 Al-Takwir -O Enrolamento 29 Meca 81

8 Al-A'la - O Altíssimo 19 Meca 87


9 Al-Lail -A Noite 21 Meca 92

10 Al-Fajr - A Aurora 30 Meca 89

Al-Dhuha - As Horas da
11 11 Meca 93
Manhã

12 Al-Inshirah -O Conforto 8 Meca 94

13 Al-Asr -A Era 3 Meca 103

14 Al-Aadiyat - Os Corcéis 11 Meca 100

Al-Kauthar - A
15 3 Meca 108
Abundância

16 Al-Takathur - A Cobiça 8 Meca 102

17 Al-Ma'un - Os Obséquios 7 Meca 107

18 Al-Kafirun - Os Incrédulos 6 Meca 109

19 Al-Fil - O Elefante 5 Meca 105

20 Al-Falaq -A Alvorada 5 Meca 113

21 Al-Nas - Os Humanos 6 Meca 114

22 Al-Ikhlas - A Unicidade 4 Meca 112

23 Al-Najm - A Estrela 62 Meca 53

24 Abasa - O Austero 42 Meca 80


25 Al-Qadr - O Decreto 5 Meca 97

26 Ash Shams - O Sol 15 Meca 91

Al-Burooj - As
27 22 Meca 85
Constelações

28 At- Tin - O Figo 8 Meca 95

29 Al-Coraixe - Os Coraixitas 4 Meca 106

30 Al-Qariah - A Calamidade 11 Meca 101

Al-Qiyamah -A
31 40 Meca 75
Ressurreição

Al-Humazah - O
32 9 Meca 104
Difamador

Al-Mursalat - Os
33 50 Meca 77
Enviados

34 Qaf - A Letra Caf 45 Meca 50

35 Al-Balad - A Metrópole 20 Meca 90

Al-Tariq - O Visitante
36 17 Meca 86
Nocturno

37 Al-Qamar - A Lua 55 Meca 54

38 Sad - A Letra Sad 88 Meca 38

39 Al-A'Raf - Os Cimos 206 Meca 7


40 Al-J'nn - Os Génios 28 Meca 72

41 Ya seen - Ya Sin 83 Meca 36

Al-Furqan - O
42 77 Meca 25
Discernimento

43 Fatir - O Criador 45 Meca 35

44 Maryam - Maria 98 Meca 19

45 Ta Ha - Ta Ha 135 Meca 20

Al-Waqiah - O Evento
46 96 Meca 56
Inevitável

47 Ash Shu'ara - Os Poetas 226 Meca 26

48 Al-Naml - As Formigas 93 Meca 27

49 Al-Qisas - As Narrativas 88 Meca 28

Al-Israa - A Viagem
50 111 Meca 17
Noturna

51 Yunus - Jonas 109 Meca 10

52 Hud - Hud 123 Meca 11

53 Yusuf - José 111 Meca 12

Al-Hijr - O Lugar da
54 99 Meca 15
Rocha
55 Al-An'am -O Gado 165 Meca 6

56 Al-Saffat - Os Enfileirados 182 Meca 37

57 Luqman - Luq Man 34 Meca 31

58 Saba - Sabá 54 Meca 34

59 Az-Zumar - Os Grupos 75 Meca 39

60 Ghafir - O Remissório 85 Meca 40

61 Fussilat - Os Detalhados 54 Meca 41

62 Ash-Shura - A Consulta 53 Meca 42

Al-Zukhruf - Os
63 89 Meca 43
Ornamentos

64 Al-Dukhan - A Fumaça 59 Meca 44

65 Al-Jathiyah - O Genuflexo 37 Meca 45

66 Al-Ahqaf - As Dunas 35 Meca 46

Adh-Dhariyat - Os Ventos
67 60 Meca 51
Disseminadores

Al-Ghashiya - O Evento
68 26 Meca 88
Assolador

69 Al-Kahf - A Caverna 110 Meca 18


70 An-Nahl - As Abelhas 128 Meca 16

71 Nuh - Noé 28 Meca 71

72 Ibraim - Abraão 52 Meca 14

73 Al-Anbiya - Os Profetas 112 Meca 21

74 Al-Muminun - Os Fiéis 118 Meca 23

75 As-Sajda - A Prostração 30 Meca 32

76 At-Tur - O Monte 49 Meca 52

77 Al-Mulk - A Soberania 30 Meca 67

78 Al-Haaqqa - A Realidade 52 Meca 69

Al-Maarij - As Vias de
79 44 Meca 70
Ascenção

80 An-Naba - A Notícia 40 Meca 78

Al-Naziat - Os
81 46 Meca 79
Arrebatadores

82 Al-Infitar - O Fendimento 19 Meca 82

83 Al-Inshiqaq - A Fenda 25 Meca 84

84 Ar-Rum - Os Bizantinos 60 Meca 30

85 Al-Ankabut -A Aranha 69 Meca 29


Al-Mutaffifin - Os
86 36 Meca 83
Fraudadores

87 Al-Baqarah - A Vaca 286 Medina 2

88 Al-Anfal - Os Espólios 75 Medina 8

Al-Imran - A Família de
89 200 Medina 3
Imran

90 Al-Ahzab - Os Partidos 73 Madina 33

Al-Mumtahana - A
91 13 Medina 60
Examinada

92 Al-Nisa - As Mulheres 176 Medina 4

93 Al-Zalzala - O Terramoto 8 Medina 99

94 Al-Hadid - O Ferro 29 Medina 57

95 Muhammad - Maomé 38 Medina 47

96 Ar-Ra'd - O Trovão 43 Medina 13

97 Al-Rahman - O Clemente 78 Medina 55

98 Al-Insan - O Homem 31 Medina 76

99 Al-Talaq - O Divórcio 12 Medina 65

100 Al-Bayyina - A Evidência 8 Medina 98


101 Al-Hashr - O Desterro 24 Medina 59

102 An-Noor - A Luz 64 Medina 24

103 Al-Hajj - A Peregrinação 78 Medina 22

Al-Munafiqoon - Os
104 11 Medina 63
Hipócritas

105 Al-Mujadila - A Discussão 22 Medina 58

106 Al-Hujurat Os Aposentos 18 Medina 49

107 Al-Tahrim - As Proibições 12 Medina 66

Al-Taghabun - As
108 18 Medina 64
Defraudações Recíprocas

109 As-Saff - As Fileiras 14 Medina 61

110 Al-Jumua - A Sexta-Feira 11 Medina 62

111 Al-Fath - O Triunfo 29 Medina 48

Al-Ma'ida - A Mesa
112 120 Medina 5
Servida

At-Tawba - O
113 129 Medina 9
Arrependimento

114 An-Nasr - O Socorro 3 Medina 110

Divisão para leitura e recitação[editar | editar código-fonte]


Tendo como objetivo a recitação o Alcorão, pode também ser dividido em partes de igual
tamanho (7,30 ou 60), que tem como objectivo a leitura conforme as possibilidades de
cada pessoa (leitura em 7, 30 ou 60 dias). A divisão do Alcorão em 60 dias é a mais
habitual, sendo utilizada no ensino. Cada divisão em sete partes recebe o nome
de Manzil e em trinta o nome de Jus. As fracções são também divididas em meios, quartos
e oitavos.

Início Início
Manzil Jus Manzil Jus
Sura versículo Sura versículo

1 I 1 15 XVII 1

2 II 142 16 XVIII 75

3 II 253 4 17 XXI 1
1
4 III 92 18 XXIII 1

5 IV 24 XXV 21
19
IV 148 XXVII 26
6
V 1 20 XXVII 56
5
7 V 82 21 XXIX 45

8 VI 111 XXXIII 31
2 22
9 VII 88 XXXV 1

10 VIII 41 23 XXXVI 22
6
11 IX 93 24 XXXIX 32

3 11 X 1 25 XLI 47
12 XI 6 XLVI 1
26
13 XII 53 L 1

14 XV 1 27 LI 31

7 28 LVIII 1

29 LXVII 1

30 LXXVIII 1

A compilação do Alcorão[editar | editar código-fonte]


O Alcorão não foi estruturado como um livro durante parte da vida de Maomé. À medida
que o profeta recebia as revelações, ele solicitava a jovens letrados que integravam a sua
comitiva que transcrevessem os textos. O chefe desta equipe de secretários, que surgiu de
forma institucionalizada após a Hégira, em Meca, foi Zayd ibn Thabit.
O texto foi preservado em materiais dispersos tão variados como folhas de tamareira,
pedaços de pergaminho, omoplatas de camelos, pedras e também na memória dos
primeiros seguidores.[13] Durante as noites do Ramadão, Maomé recapitulava as
revelações, numa conferência onde estavam presentes os logógrafos (escritores
profissionais) e os hafizes, ou seja, pessoas que conheciam passagens de memória (que
escutaram nas prédicas do profeta).[14]
Após a morte de Maomé em 632 iniciou-se o processo de recolhimento dos vários
extratos.
Para alguns, o Alcorão teria sido reunido na sua forma actual sob a direcção
do califa Abacar nos dois anos que se seguiram à morte de Muhammad; outros defendem
que foi o califa Omar o primeiro a compilar o Alcorão. Considera-se que a verdade está a
meio termo: Abacar foi aconselhado por Omar a compilar um primeiro manuscrito,
auxiliado na tarefa por logógrafos e por dois hafizes.
Consta que os Primeiros Alcorões escritos no mundo estão em 3 diferentes museus,
sendo destes um no Iraque, outro no Cairo e o último no Uzbequistão. Para os
Muçulmanos, isso é a maior prova de que o Alcorão nunca foi modificado em sua
existência.
Somente em 1694 uma versão completa do Alcorão foi publicada no Ocidente, na cidade
de Hamburgo, por Abraham Hinckelmann, um estudioso não muçulmano.

Conteúdo temático do Alcorão[editar | editar código-fonte]


O Alcorão descreve as origens do Universo, o Homem e as suas relações entre si e o
Criador. Define leis para a sociedade, moralidade, economia e muitos outros assuntos. Foi
escrito com o intuito de ser recitado e memorizado. Os muçulmanos consideram o Alcorão
sagrado e inviolável.
Alcorão do Alandalus(século XII)

Para os muçulmanos, o Alcorão é a palavra de Deus, sagrada e imutável, que fornece as


respostas acerca das necessidades humanas diárias, tanto espirituais como materiais. Ele
discute Deus e os seus nomes e atributos, crentes e suas virtudes, e o destino dos não
crentes (kuffar); até mesmo temas de ciência. Os muçulmanos não seguem apenas as leis
do Alcorão, eles também seguem os exemplos do profeta, o que é conhecido como
a Sunnah, e a interpretação do Corão contida nos ensinamentos do profeta, conhecida
como hadith.
Aos muçulmanos é ensinado que Deus lhes enviou outros livros. Para além do Alcorão, os
outros são o livro de Abraão (que se perdeu), a lei de Moisés (a Torá), os Salmos
de David (o Zabûr) e o evangelho de Jesus (o Injil). O Alcorão descreve cristãos e Judeus
como "povos do Livro" (ahl al Kitâb).
Os ensinamentos do Islão englobam muitas das mesmas personagens do judaísmo e
do cristianismo. Personagens bíblicas bem conhecidas
como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus, Maria (a mãe de Jesus) e João Batista são
mencionados no Alcorão como profetas do Islão. No entanto, os muçulmanos
frequentemente se referem a eles por nomes em língua árabe, o que pode criar a ilusão de
que se trata de pessoas diferentes (exemplos: Iblis para Diabo, Ibraim para Abraão, etc).
A crença no dia do julgamento (ver: escatologia) e na vida após a morte (Akhirah) também
fazem parte da teologia islâmica.

Importância do Alcorão na cultura islâmica[editar | editar


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O Alcorão na vida dos muçulmanos[editar | editar código-fonte]
Quando uma criança nasce no seio de uma família muçulmana, os seus pais são
saudados com a fórmula "Que esta criança possa estar entre os anunciadores do Alcorão".
As crianças muçulmanas aprendem desde cedo a começar determinados atos da sua vida,
como as refeições, com a fórmula "Em nome de Deus" (Bismillah) e a concluí-los com a
expressão "Louvado seja Deus" (Al-Hamdu Lillah). Estas frases são as mesmas que se
encontram nos dois primeiros versículos da primeira sura.
Algumas partes do Alcorão são recitadas durante momentos especiais da vida como
o casamento ou no leito de morte. Em muitos países muçulmanos certos aspectos da vida
pública começam com a recitação de passagens deste livro considerado sagrado.
Os muçulmanos não tocam no livro sagrado senão após a ablução, conhecida como wudu.
Normalmente, os muçulmanos guardam o Alcorão numa prateleira alta do quarto, em sinal
de respeito pelo Alcorão e alguns transportam pequenas versões consigo para seu
conforto ou segurança. Apenas a versão original em árabe é considerada como o Alcorão;
as traduções são vistas como sombras fracas do significado original (visto que a tradução
do Árabe para outras línguas é muito difícil). Contudo, no mundo actual, há muçulmanos
em mais de 170 países, sendo que apenas 1/3 sabe ler e escrever em língua árabe.[15]
Uma vez que os muçulmanos tratam o livro com reverência, consequentemente é
proibido reciclar, reimprimir ou deitar cópias velhas do Alcorão para o lixo. Como solução
alternativa, os volumes do Alcorão devem ser enterrados ou queimados de uma maneira
respeitosa.
É considerado um pecado gravíssimo modificar, cortar, excluir ou adicionar as palavras do
Alcorão. Também é considerado ilícito vender este livro em idioma árabe.

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