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PRAGMATISMO

Um dos inimigos da educação é o pragmatismo.

Os Sabe aquelas perguntas: para que serve este

conteúdo; quando vou usar isso na minha vida?

caminhos Engana-se quem crê que seja apenas desculpa de

aluno preguiçoso. A partir dos anos 60 do século

do nosso passado, aspectos do ensino tradicional foram

jogados no lixo como sendo inúteis, irrelevantes,

cérebro são ou sem sentido. Retiraram tudo o que era esforço

e repetição.

mais Os mestres abriram mão de exercícios de fixação

e memória.

complexos Exemplo de algo hoje desvalorizado: caligrafia.

O senso comum já a colocou no reino dos

do que os hábitos em extinção. O teclado seria uma

evolução, e talvez, no futuro, as crianças não

pragmátic sejam iniciadas na arte da escrita manual. Afinal,

para que serviriam horas de domesticação da

os motricidade fina?

Porém, os caminhos do nosso cérebro são mais

imaginam complexos do que os pragmáticos imaginam.

Caligrafia não melhora apenas o desenho das


Os cérebros são letras, ela está ligada, posteriormente, ao
desnivelados, todos temos aumento da velocidade e fluência na leitura e na
algumas funções cerebrais
fala. É um exercício que treina o cérebro para a
mais fracas
intimidade com os símbolos.
20/08/2018 - 13h41minAtualizada
em 20/08/2018 - 13h41min
Experimentos clínicos revelaram conexões

impensáveis entre a escrita manual, desenho, e

outras aptidões verbais. O mesmo se deu com


MÁRIO CORSO
decorar, que virou decoreba.O apelido pejorativo abstração e concentração é aquisição cultural e

já diz tudo. As habilidades com a memória precisa ser desenvolvida. Mas como, se frustrar-

foram desdenhadas. O importante seria entender. se é pecado e o mínimo tédio um castigo?

Óbvio, mas por que não treinar também a Sem saudade do ensino autoritário, no qual não

memória? É tolo pensar que, se decoramos um havia lugar para criatividade e individualidade.

poema, ficamos limitados a isso. Aprendemos Mas, na pressa de mudar, jogaram fora o bebê

também a manter mais coisas na nossa cabeça ao com a água suja.

mesmo tempo. O pragmatismo confundiu andaimes e escoras

O psiquiatra e psicanalista Norman Doidge, de com o futuro prédio.

quem cito as teses, considera o cérebro

assemelhado a um músculo, necessitando de

exercícios de repetição para desenvolver seu

tamanho e capacidade. Fala, escrita e leitura

estão conectadas em um centro de

processamento. Portanto, uma ajuda, ou

atrapalha, a outra. Por isso, segundo ele, o

abandono de certas práticas do ensino tradicional

contribuiu para o declínio da eloquência.

O aumento do número de crianças com

problemas de aprendizagem deve- se a que antes

inúmeros transtornos eram sanados pelo assentar

tijolos da repetição. Nem todos precisam disso,

mas os cérebros são desnivelados, todos temos

algumas funções cerebrais mais fracas. O

exercício regular com as letras automatizava e

arrumava conexões desajustadas.

Parte das crianças hiperativas nunca foi ensinada

a ter foco. A multitarefa e a dispersão são

características naturais. A capacidade de

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