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Resumo:
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Disciplina Evolução do Pensamento Geográfico, I Semestre, ministrada pelo Ms. Cleidnilson de Jesus
Cunha.
Introdução
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PCN - O Ensino de Geografia no XXI, de J. W. Vessentini, e R. L. Corrêa.
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PCN - O Ensino de Geografia no XXI, de J. W. Vessentini, e R. L. Corrêa.
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PCN - O Ensino de Geografia no XXI, de J. W. Vessentini, e R. L. Corrêa.
profundamente os liberais e conservadores, alcançando maior espaço e repercussão por
meio da imprensa, gerando descontentamentos e revolta por parte da elite dominante.
Durante o século XIX várias reformas escolares foram realizadas, em “1993
Inaugurado o Núcleo de Pesquisa Sobre Espaço e Cultura da Universidade Estadual do
Rio de Janeiro, que divulga estudos e pesquisas realizados de acordo com essa
abordagem” 5. Com estas inovações estabelecidas, procurou-se melhorar os métodos de
ensino de Geografia nas escolas, o acesso à cultura, e pouco a pouco ocorreram
reivindicações prioritárias, uma verdadeira mudança no ensino de Geografia como um
todo. Em 1998 instituem-se diretrizes e parâmetros curriculares para o ensino de
Geografia, “a publicação dos PCN’s lista os objetivos da disciplina. Assim, os estudantes
da disciplina de geografia tinham que compreender as relações entre a formação da
sociedade e o funcionamento da natureza como base na paisagem”6.
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PCN - O Ensino de Geografia no XXI, de J. W. Vessentini, e R. L. Corrêa.
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PCN - O Ensino de Geografia no XXI, de J. W. Vessentini, e R. L. Corrêa.
e Francesa. Assim, a partir da segunda metade do século XIX a Geografia se
desenvolveu apoiada pelo Estado francês sendo colocada em sala de aula como
disciplina; nessa época também vimos surgir as cátedras e os institutos de Geografia no
sentido de o Estado desenvolver os estudos em Geografia, visto que na guerra entre
França e Alemanha havia colocado para a classe dominante francesa a necessidade de
se pensar o espaço. Essa necessidade de pensar o espaço proporcionou um
expansionismo que acabou por deslegitimar a reflexão geográfica alemã. Paulo Vidal de
La Blache foi o constitucional formulador da Escola francesa da Geografia, e por meio
deste, a ciência positivista cumpriu um papel importante, nesse movimento ideológico:
Foi posta como distante dos interesses sociais, envolvida num manto de
neutralidade. E, através dessa pretensa objetividade, legitimou autoritárias
doutrinas da ordem. Assim, a França foi o país que demonstrou, de modo
mais claro, as etapas de avanço, domínio e consolidação da sociedade
burguesa. (MORAES, 2005, p. 22).
Desta forma, podemos afirmar que o pensamento geográfico francês nasceu com a
tarefa de combater a Geografia de Ratzel, que lamentavelmente demonstrava-se de modo
autoritário ao tratar abertamente de questões políticas. Tanto Ratzel quanto La Blache
difundiu através do discurso científico o interesse das classes dominantes de seus
respectivos países. Assim:
A proposta de Ratzel exprimia o autoritarismo, que permeava a sociedade
alemã; o agente social privilegiado, em sua análise, era o Estado, tal como
na realidade que este autor vivenciava. A proposta de Vidal manifestava
um tom mais liberal, consoante com a evolução francesa, e sua análise
partiu do homem abstrato do liberalismo. (MORAES, 2005, p. 23).
Em vista disso, não se faz pesquisa, nem se constrói conhecimento cientifico sem
domínio teórico e metodológico, pois são os ingredientes fundamentais para a
compreensão e dialogo da realidade prática; teoria e método são lentes que ajudam a ter
um olhar de cima, dando uma visão privilegiada dos fatos geográficos para uma melhor
compreensão dos conceitos. Pois, a geografia na visão Positivista nada mais é que: “uma
ciência empírica, pautada na observação, (...) uma ciência de contato entre o domínio da
natureza e o da humanidade, (...) uma ciência de síntese, (...) uma prática social referida
ao espaço terrestre.” (MORAES, 2005, p.7-8).
Podemos perceber que, na idéia positivista, o pesquisador em analogia ao objeto
sente-se limitado, pois suas lentes não lhes permitiam uma visão ampliada com inúmeros
ângulos a partir do seu interesse ou do interesse que deseja a sociedade. Assim, por
meio dos interesses diversos, o conhecimento muitas vezes é contestado, ou mantido se
não haver comprovações contrarias à idéia posta anteriormente.
Ainda em tempo, faz-se oportuno ressaltar, as dualidades presentes no
pensamento geográfico tradicional, onde ou se dava ênfase aos fenômenos humanos ou
naturais; ou se prioriza a visão global do planeta ou se busca a individualidade dos
lugares; ou se aprofunda no estudo à nível superficial do elemento ou se aprofunda o
estudos em uma classes de elementos. Desta forma era necessário sempre priorizar uma
parte em detrimento de outra, não abarcando o todo, era feito apenas estudos limitados.
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Capítulo I - TRAJETÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO. Educação a Distância (UESC).
sócio-econômicos possibilitaram uma nova forma de se pensar a geografia de forma
critica, rompendo-se com a geografia tradicional.
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1978 Milton Santos (1926-2001), considerado o maior geógrafo do Brasil, publica o livro Por Uma
Geografia Nova, no qual preconiza a importância do estudo das questões sociais.
técnicos, mecanizados e, depois cibernéticos fazendo com que a natureza
artificial tenda a funcionar como uma máquina.
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Grupo de Desenvolvimento Profissional, participante do PDP 2004. Disponível em:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&id_objeto=38807&tipo=ob&cp=3D8E33
&cb=&n1=&n2=Proposta%20Curricular%20%20CBC&n3=Fundamental%20%206%C3%82%C2%BA%20a
%209%C3%82%C2%BA&n4=Geografia&b=s
necessário entender e valorizar a geografia na escola, fazendo aumentar o interesse dos
educandos de forma que possamos atingir esses objetivos com base na analise do
contexto político educacional no Brasil; visto que é impossível dissociar o contexto político
da crise da Educação, pois sabemos que é visível a ausência de infra-estruturas e de
recursos didáticos, também a desvalorização do magistério é algo “gritante”.
CASTROGIOVANNI (2007 p. 43) diz que: “(...) Professores, atenção! É fundamental
estarmos refletindo atentamente sobre o que é e o que deve ser a ciência geográfica, não
somente como ciência, mas também como pratica escolar, pratica de vida, pratica que os
alunos (nós!) praticam (mos)”.
A educação é um “processo complexo” que depende da consciência e ação
política. Ao professor, não basta apenas ensinar geografia, mas é imprescindível oferecer
uma geografia investigadora, estimulante, provocativa, dinâmica, ativa desde o começo e
em todos os níveis de ensino, mostrando que é possível acontecer mudanças na
educação, em especial no ensino de Geografia, onde existe a todo tempo a necessidade
de atualização dos conteúdos juntos à realidade do país. A educação como um todo,
deve como prioridade ter educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas
curiosas entusiasmadas, abertas que saibam motivar e dialogar; trazendo a realidade, o
cotidiano e a própria comunidade como parte integrante de uma metodologia geográfica
efetiva, assim complementando os conteúdos didáticos fixos, para então
compreendermos o mundo em que vivemos. Assim, a prática pedagógica e didática eficaz
envolve a contextualização do conhecimento evocando fatos da vida pessoal, social e
cultural com temas geográficos que devem ser facilmente desenvolvidos visando a
veiculação da realidade local, traduzindo preocupações de todos no dia-a-dia, deste modo
envolvendo a criança, a família, a escola, o mundo animal, o mundo vegetal, o mundo
geográfico enfim, um universo de coisas que podem ser socializadas adequando uma
leitura do mundo e desenvolvendo o aprendizado e respeito a cultura dos estudantes.
E o ensino da Geografia, que outrora estivera diretamente destinado a
fortalecer o sentimento nacionalista, atualmente se encarrega de promover
a análise profunda e concreta do espaço com suas múltiplas relações
estabelecidas pelo homem na “sociedade global”. (DUTRA, 2006, p.6).
Através da leitura do espaço geográfico que nos cerca que podemos analisar a
realidade social e cultural de nossos alunos, possibilitando aos meninos e meninas uma
maior compreensão desses fenômenos, de forma real e contextualizada, permitindo a
construção de competências e habilidades necessárias ao convívio social. Hoje com a
pedagogia de projetos existe uma grande necessidade de aproximar o ensino da
realidade e para tal no Japão, por exemplo, todas as escolas são obrigadas, a realizar um
trabalho de campo, um projeto de pesquisa - “um estudo do meio, uma excursão, visitas a
fábricas ou museus etc. – por semana” (VESSENTINI, 2004, p.11). O professor por
prioridade é considerado o profissional da reconstrução do conhecimento, e tem como
prática educativa a pesquisa, assim o compromisso do educador com relação ao
estudante e fazer com que o mesmo aprenda através do conhecimento e da prática de
realidades. Essa forma de ensinar pela prática, coloca constantemente o educando em
contato com o espaço e a paisagem em que vive, podendo os mesmos ser capazes de
analisar e experimentar momentos e formas que vão ganhando os objetos passados e
presentes, ou seja, suas heranças resultado das relações entre os homens e a natureza,
descobrindo os valores e as transformações concebidas ao passar dos tempos.
Considerações finais