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ORDEM AURUM SOLIS

Conforme o histórico de nossa Ordem indica, foi em 1897 que a Ordem do Aurum
Solis foi oficialmente constituída sob a forma atual.
Com bastante zelo para com os mistérios, nossa Ordem transmitiu durante
numerosas gerações sua filosofia e suas práticas, sem divulgar nada dos seus
ritos, e portanto, sem perder o que lhe propiciava sua riqueza e sua potência. É
por essa razão que o grande público que há alguns anos tomou conhecimento
de sua existência, continua sem saber nada sobre as roupagens específicas da
Ordem antes de sua revelação. Essa ausência de divulgação foi voluntária e
motivada pelos costumes teúrgicos de nossa tradição.
Contudo, nossa Ordem não pode deixar pairar dúvidas sobre suas origens
quando alguns grupos pretendem transmitir o que de fato eles ignoram. É por
essa razão que vamos fornecer oficialmente alguns esclarecimentos sobre
certas características da Societas Rotae Fulgentis.
A Sociedade da Roda Ardente (S.R.F. - Société de la Roue Ardente) surgiu no
século XVIII, reunindo os adeptos da Ordem do Elmo, sobre a qual falamos em
outra ocasião. George K. Stanton, foi um dos eminentes membros da S.R.F. e
constituiu a Aurum Solis com Charles Kingsgold em 1897. Este tornou-se o
primeiro Grande Mestre de nossa Ordem. O mais provável é que o nome
da S.R.F foi tirado do palíndromo que se encontra no solo do batistério de
Florença.
Por um longo período foi requisitado aos membros que não utilizassem as
diferentes práticas, e se limitassem em transmitir a iniciação e o Corpus que eles
possuíam arquivado. Nós podemos dizer que isso é ao mesmo tempo verdadeiro
e falso.
A tradição hermetista e teúrgica que nós
transmitimos se fundamenta na prática e na
filosofia da tradição mediterrânea. Alguns
estudantes que descobriram uma ou outra
obra da Ordem e iniciam o trabalho
teúrgico, se dão conta de duas coisas
depois de um certo tempo. Inicialmente há
uma conexão com a nossa tradição, uma
sensibilidade muito intensa e
completamente característica; mas depois,
parece que não há nada mais de novo para
acrescentar. Portanto, para os grupos que
se declaram ligados diretamente com a
nossa tradição, em maior or menor grau,
mas que não têm o liame real e contínuo,
encontram-se na mesma situação. A explicação dessa falta de impacto encontra-
se na parte invisível do trabalho, aquele que está justamente associado ao que
constitui as nossas origens.
Nossa tradição herdou importantes técnicas fundamentadas nas energias
associadas aos ciclos da natureza. É absolutamente verdadeiro o fato de que o
batistério de Florença sintetize um certo número de elementos simbólicos que
fazem parte da tradição da Aurum Solis. Assim, o pavimento mostra um
interessante traçado que os orientais qualificariam como uma mandala. Sobre
ela, encontra-se uma grande roda, semelhante às rosas dos vitrais. No centro
encontra-se um sol de doze raios. Em torno desse sol, nós podemos ler uma das
frases chaves da Ordem: En Giro Torte Sol Ciclos Et Rotor Igne (eu sou o sol,
eu sou essa roda movida pelo fogo, cuja torção dá vida às esferas - O Sol
Espiritual compele os Éons a girarem na periferia de uma Roda, a qual ele impele
a girar com a força do Fogo!). Ao redor, encontram-se doze gravuras
intercaladas; e num segundo círculo exterior, encontramos os doze signos do
zodíaco. Não entraremos numa análise cristã desse símbolo, mas nós podemos
destacar que a posição central do sol era uma heresia na época da elaboração
desse mosaico.
Como sabemos, a Academia Platônica animada por Marsílio Ficino deu uma
grande importância às formas tradicionais da teurgia astrológica. Os adeptos
dessa época trabalhavam no ser interior pela reharmonização planetária
segundo as técnicas tradicionais das correspondências, dos gestos, dos sons,
dos hinos, da música, das cores, etc.
Essa contribuição fundamental das técnicas de harmonização com o universo
está no cerne de nossa tradição. Uma das contribuições fundamentais
da Sociedade da Roda Ardente foi a transmissão dessa herança da Academia
Platônica, assim como seu aprofundamento. Você pode ter uma idéia mais
externa na publicação que o antigo Grande Mestre fez em sua obra « Magia
Planetária (Planetary Magick ) » que nós lhe recomendamos. De fato, é nele que
publicamos sobre as harmonizações planetárias diárias. Obviamente, esse
ensinamento está integrado às práticas da Ordem desde o início do percurso.
De fato, seria estranho deixar esperar pelo final do percurso para se colocar em
harmonia com a roda do mundo, e restabelecer assim nosso equilíbrio interior.
Na Primeira Morada, nossa Ordem se estabelece na cabala da renascença; na
Segunda Morada, no hermetismo helenístico; e na Terceira, na tradição egípcia
primordial. Essa coerente progressão integra assim, desde o início, técnicas de
harmonização astrológica, transpondo-as em cada um dos sistemas de estudo.
O « Banquete » de Platão, comentado por diversos iniciados, dentre os quais o
próprio Ficino, foi e permanece uma importante base de trabalho, de reflexão e
de prática para a Societas Rotae Fulgentis.
Porém sejamos ainda um pouco mais
precisos quanto às técnicas
veiculadas pela S.R.F.. A mensagem
que o batistério de Florença nos
propicia não é somente externa a nós.
Ela é também interior. Os iniciados da
antiguidade tiveram numerosos
intercâmbios com o Oriente. As
teorias dos corpos de luz ou corpos
psíquicos eram conhecidas tanto no
mediterrâneo quanto no Oriente. O
próprio nome da Sociedade da Roda
Ardente, revela que não falamos
apenas da representação exterior do
universo, mas também dos centros do
nosso ser psíquico, os quais os
orientais denominaram de chacras. A S.R.F. utiliza técnicas de animação,
energização e equilíbrio das partes sutis de nosso corpo energético. Isso se fazia
essencialmente através das técnicas gestuais, de visualização e de respiração.
Se estivéssemos numa tradição oriental, falaríamos de meditação, de Hatha
Yoga e de pranayama (ou yoga da respiração). Você encontrará explicações em
certas obras dos Grandes Mestres anteriores da Ordem, assim como nas
principais obras da Ordem. Quer você seja iniciado em nossa Ordem ou não,
você poderá perceber que as técnicas respiratórias são os elementos que
constituem uma parte fundamental dos ritos da Ordem, e isso desde o início da
formação no Pronaos. No futuro, e à medida do seu avanço, técnicas cada vez
mais avançadas sobre esses aspectos são transmitidas. Nós encontramos por
exemplo um verdadeiro ensinamento de pranayama, na versão ocidental. É
necessário admitir que esses aspectos raramente se encontram em outras
Ordens iniciáticas ocidentais.
Da mesma forma, para o que corresponde ao gesto ritualístico; os
encadeamentos de posições características dos planetas, por exemplo, podem
facilmente corresponder a certas partes do Hatha Yoga, como a célebre
saudação ao sol. As meditações fundamentadas nos sons e nos hinos estão
muito próximas dos mantras. Todos esses elementos foram o centro do trabalho
e da transmissão da Societas Rotae Fulgentis e dão toda a potência que
caracteriza os rituais da Ordem do Aurum Solis. Todos essas técnicas
constituem de modo regular as formações específicas na Ordem.
Nós teremos a oportunidade de rever esses aspectos detalhadamente em
outros artigos, publicando alguns trechos desses documentos raros. Isso nos
permitirá fornecer alguns elementos externos desse importante método
ocidental. Para concluir, nós podemos acrescentar que antes de dar nascimento
à forma atual da Aurum Solis, a S.R.F. fez a síntese entre as tradições mais
xamânicas de magia natural e as técnicas internas da Ordem. É o que
denominamos a Ordem da Chama Verde. Nós teremos a oportunidade também
de fornecer mais algumas informações sobre esse aspecto de nossa tradição
durante os próximos meses.
Existem graus ou iniciações após o terceiro grau da Ordem?
Para responder a essa pergunta, é necessário compreendermos que a Ordem
visa auxiliar os estudantes a descobrirem sua própria via através de técnicas
precisas. É por isso que no futuro, e à medida da progressão, o estudante é
convidado a escrever algumas partes dos rituais sob a supervisão dos adeptos
da Ordem. Esse aprendizado é seguido por pesquisas enquadradas em uma ou
outra área da tradição iniciática. Será assim até mesmo para ir mais longe na
revelação de sua própria divindade.
A terceira iniciação da Ordem faz ingressar no sistema egípcio. É interessante
destacar que esse aspecto é bem diferente do que algumas escolas iniciáticas
fazem. Após alguns anos, o estudante torna-se capaz de vislumbrar as grandes
operações teúrgicas.
É imediatamente antes desse tipo de operação que a quarta iniciação (Adepto
Pleno - Adeptus Plenus) é conferida como uma viática iniciática, a qual pemite
avançar mais adiante na via mágicka. Essa é uma etapa durante a qual períodos
de isolamento estão previstos e que permitem o estudante preencher algumas
funções importantes da Ordem, e ir mais longe em sua própria prática.
Felizmente, a terceira iniciação só foi divulgada parcialmente, e a quarta não foi.
É fácil imaginar como é algo delicado fornecer ensinamentos sobre esses
aspectos avançados da via iniciática, mas podemos simplesmente dizer que eles
constituem o coração da via teúrgica. Eles estão diretamente associados com a
natureza da divindade, seja interior ou exterior. A leitrua de Jâmblico e do texto
Asclépio lhe fornecerá muitos esclarecimentos sobre esses aspectos.
Paralelamente, há muito tempo, a Ordem constituiu grupos de aprofundamentos
com as irmãs e os irmãos que receberam o grau de Adepto Pleno e progrediram
nas práticas correspondentes. Algumas vezes, esses grupos têm levado o nome
de Guildas, em memória à época italiana da Ordem. Nós podemos citar as
Guildas da « Cruz de Jerusalém », dos « Senhores de Topázio », da « Flor de
Liz Vermelha », dos « Cavaleiros da Cruz de Bronze », dos « Cavaleiros da cruz
vermelha », dos « Portadores da chama », dos « Imortais », dos « Adeptos da
Gnose », etc. Algumas dessas denominações tradicionais foram evidentemente
fundidas, pois elas correspondiam a elementos de estudo do curso básico.
Outras foram reunidas em grupos de aprofundamento e especialização .
Formalmente não se pode afirmar que nossa tradição transmite iniciações
superiores à de Adepto Pleno, que citamos. As especializações, às vezes, são
apenas ritos específicos. É um hábito da tradição, que os budistas conhecem
muito bem.

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