Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
1
ROSA HELOISA COSTA DOS SANTOS, é psicóloga licenciada pela faculdade Superior Federação
das Faculdades Celso Lisboa, Rio de Janeiro, trabalhou durante longos anos no processo de
recrutamento e seleção e atualmente trabalha com consultora e professora.
RESUMO
O Brasil sem dúvida é um dos países que tem que o maior número de
acidentes de trânsito, com vítimas, e isso pode ser atribuído a questão social e
comportamental dos seus condutores, porém o que deixa essa estatística com a
margem assustadora é o número de vítimas, praticamente um cenário de guerra.
Mas qual seria o perfil comportamental dos condutores que causam acidentes no
trânsito?
Ainda, diante do grande número de acidentes com vítimas fatais e lesões
permanentes causadas por veículos automotores, quais os fatores e características
que possam compor esse perfil?
Vários fatores podem ser levados em consideração para responder esses
questionamentos, tais como educação, nível social, comportamental ou psicológico,
e até mesmo situações externas como, rodovias mal conservadas, má sinalização,
pouca iluminação, etc.
Vale destacar que estes aspectos estruturais, por vezes estão
correlacionados com a falta de ética e atitude política, onde recursos muitas vezes
são desviados, deixando claro o envolvimento corrupto e o descaso para melhorar
as condições das nossas rodovias, prevalecendo o desprezo, sem a merecida
preocupação com os números absurdamente dramáticos e tristes que são
apresentados diariamente nos noticiários.
Entretanto, este estudo não fará referência política ou formas de
melhoramentos estruturais nas rodovias ou na segurança dos veículos, nosso foco
será a abordagem do perfil comportamental dos condutores que causam acidente no
trânsito, destacando o crescente número de acidentes, e ao mesmo tempo como um
paradoxo, diminuir. Até que ponto nossas atitudes, no momento do acidente, Commented [U1]: Rosa, ficou confuso
tiveram cunho informativo a fim de conter dados que possam servir de contestação,
comparação e análise, segmentando assim o principal argumento do trabalho: Qual
é o Perfil Comportamental dos condutores que causam acidentes no trânsito.
Nos próximos capítulos será demonstrando os resultados dessa pesquisa
com dados e gráficos correlacionados. Commented [U4]: Antes dos resultados deve apresentar um
breve aporte teórico.
2 USO DA PSICOLOGIA NO TRANSITO
Conhecer o “eu”, saber que cada indivíduo tem suas características, e mesmo
baseado nos costumes impostos pela sociedade somos únicos. De acordo com
estudos da Psicologia Social.
Os humanos não nasceram humanizados; foram se humanizando
no processo histórico de transformação do mundo. Esse aspecto é aqui de
grande importância, pois não há uma natureza humana que já carregue
todas as possibilidades do humano, elas apenas se desenvolvem no
decorrer da vida.
Os seres humanos conquistaram a humanidade e fizeram isso
atuando sobre o mundo e se relacionando com outros seres. Atividade,
relações sociais e cultura são categorias prioritárias para a análise do
processo e a compreensão do que faz o ser humano ser como é e o que
explica seu comportamento. (Psicologias, Ana Mercês Bahia Bock,
Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira,2009, p. 184.).
3 O COMPORTAMENTO HUMANO
2Segundo Fernando Capez, em seu livro “Curso de Direito Penal Legislação Penal Especial”, volume
4, a imprudência:
“Consiste na violação das regras de condutas ensinadas pela experiência. É o atuar sem precaução,
precipitado, imponderado. Há sempre um comportamento positivo. É a chamada culpa in faciendo.
Uma característica fundamental da imprudência é que nela a culpa se desenvolve paralelamente à
ação. Deste modo, enquanto o agente pratica a conduta comissiva, vai ocorrendo simultaneamente a
imprudência. ”
É claro que o estado no seu direito aplica as devidas punições baseadas
na Lei, porém por que não reduz esse número de acidentes?, será que é, a certeza
da impunidade. A Lei é bem clara conforme Código de Transito Brasileiro que diz:
Artigo 306 da Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob a
influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano
potencial a incolumidade de outrem:
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando
com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis)
decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência:
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei
nº 12.760, de 2012)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a
equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de
caracterização do crime tipificado neste artigo.
(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por:
(Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por
litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar
alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova
testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o
direito à contraprova. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo,
prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos,
observado o direito à contraprova. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
2014) (Vigência)
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos
testes de alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos
testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime
tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
(Vigência)
Mesmo já sendo severa, essa Lei foi alterada, aumentada a pena e multa
para os “imprudentes”, sancionada em dezembro de 2017 pelo atual Presidente
Michel temer, visa endurecer as punições, para os motoristas que cometem esse
crime sob o efeito do álcool, a Lei 13.546, entrou em vigor 17/11/2017. Porem para
refletir, será que meramente o aumento nas punições podem puxar para baixo esses
indicadores? Não seria o fator de certeza que a fiscalização e o cumprimento das
penas julgadas fossem exercidos na sua totalidade. Sabendo que seu “crime será
punido”.
Perguntado informalmente aos entrevistados sobre a punição para quem
causa acidentes no trânsito disseram: “O motorista bebe, mata um pai de família e
fica solto e não tem nada”.
Para justificar os maus condutores responderam de forma irresponsável
quando questionados sobre a motivação dos acidentes.
Frequência de justificativas de infratores segundo relato dos policiais militares:
Eu fiquei aqui apenas cinco minutinhos.
A culpa é do governo que não faz estacionamento para a gente parar.
Eu não sabia que não podia estacionar nesse local.
Eu estava falando no celular porque era uma emergência.
Se todo mundo para aqui, por que eu também não posso parar?
A culpa não foi minha, pois não há placas indicando que eu não
poderia estacionar aqui.
Eu bebi só um pouco e acho que isso não faz mal para ninguém.
Você sabe com quem está falando?
Não tem como a gente dar um jeitinho de reverter essa situação?
Eu estava correndo porque precisava salvar uma pessoa com
problema de saúde.
Que mal há em dirigir sem o cinto de segurança?
Se muitas pessoas não usam o cinto de segurança, porque só eu tenho
que ser multado?
A culpa é do DETRAN que colocou a placa no lugar errado.
Não estou causando mal a ninguém, ao dirigir sem o capacete, só a
mim mesmo.
Meu filho não quer usar o cinto.
Não sabia o que estava fazendo.
Não tem policial aqui, eu pensei que pudesse.
Foi sem querer, eu não vi você.
O celular é para o trabalho.
Estou esperando uma pessoa.
Acabei de ficar menstruada.
<http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/4806/1/2009_
IngridLuizaNeto_Dissertacao.pdf > Disponível em: 4 mai. 2015
Retirado do livro: Planejamento e Gestão de Trânsito – EaD - 1. Educação 2.
Psicologia. 3. EaD. I. Título
4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
mas será que tempo de habilitação tem referência com a taxa de acidentes?
Escolaridade
64
3 1 2
Um dos fatos que chamou a atenção na pesquisa foi a faixa salarial, 63% tem
uma média salarial menor que dois mil reais, do qual 27% menor que mil. Ou seja
segundo o site <https://noticias.r7.com/economia/salario-medio-do-brasileiro-cai-em-
2017-e-fica-em-r-2112-11042018> acessado em 08/07/2018, em relação a essa
informação DIZ: “O rendimento médio do trabalho brasileiro recuou de R$ 2.124 para
R$ 2.112 entre 2016 e 2017, queda de 0,56%” Dado relevante que se comparado
com essa informação, a maioria dos condutores entrevistados estão fora desse
padrão dos quais superam a taxa de desemprego no Brasil, dos entrevistados 44%
estavam desempregados ou estavam trabalhado sem registro profissional e na
informalidade.
Renda Familiar
36%
27%
25%
12%
Menor que 1.000,00 Maior que 1.000,00 Maior que 2.000,00 Maior que 3.000,00
R$ (mil reais) R$ (mil reais) R$ (dois mil reais) R$ três mil reais)
26%
19%
4% 4%
38%
8%
Para que o projeto de estudo e pesquisa fosse finalizado com uma ideia
de que os confrontos das perguntas e análise dos dados fossem devidamente
analisada, é obvio que o contexto final se trada basicamente nas atitudes
comportamentais, levando em consideração que a maioria leva a crer que a
imprudência e desatenção são as principais causas e que a motivação para isso
pode ser a falta de uma instrução maior na educação, em sua maioria com ensino
médio completo, reflete que não somente a educação mas sim a ética e educação,
provida de respeito a vida sejam sempre levadas como fase primordial no respeito a
vida, e que as Leis realmente sejam cumpridas.
Enfim, essa pode ser a grande mola impulsionadora desse número
alarmante O fator comportamental provocado pela falta de princípios mediante a um
costume secular do “jeitinho brasileiro, alinhada a irresponsabilidade e impudência
com a certeza da impunidade.
Como aprendizado, fica claro que se as pessoas não tiverem a
consciência e a capacidade de empatia, revendo seus conceitos como cidadão e
valorizando a vida, nada vai mudar, é isso que deve ser aplicado, atitudes de
valorizar a vida, pois ela é breve.
6 REFERENCIAS
<https://noticias.r7.com/economia/salario-medio-do-brasileiro-cai-em-2017-e-fica-em-
r-2112-11042018> acessado em 08/07/2018