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CENTRO UNIVERSITPARIO DE MARINGÁ

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE TRÂNSITO

PERFIL COMPORTAMENTAL DOS CONDUTORES QUE CAUSAM ACIDENTES


NO TRÂNSITO?

AUTOR DO ARTIGO: ROSA HELOISA COSTA DOS SANTOS1


ORIENTADOR DO ARTIGO: JEFFERSON ALENCAR DA SILVA

1
ROSA HELOISA COSTA DOS SANTOS, é psicóloga licenciada pela faculdade Superior Federação
das Faculdades Celso Lisboa, Rio de Janeiro, trabalhou durante longos anos no processo de
recrutamento e seleção e atualmente trabalha com consultora e professora.
RESUMO

Este trabalho objetivou estudar e caracterizar de forma clara e objetiva o


questionamento do perfil dos condutores de veículos automotivos que provocam
acidentes no trânsito. Para esse estudo foi utilizado como ferramenta a pesquisa de
campo, onde se buscou fundamentar em seus objetivos específicos, analisar e
identificar os fatores externos e internos, ao condutor, que contribuem para o
acidente de trânsito, subsidiado pelos aspectos referentes ao contexto: social,
econômico, familiar, trabalho e lazer. Permitiu ainda conhecer as condições
favoráveis aos acidentes e os principais fatores que contribuíram para que os
acidentes acontecessem. Houve correlação com dados referentes a faixa etária,
sexo, condições pessoais dos condutores, influência de substâncias psicoativas,
problemas de cunho emocional ou orgânico. Este estudo foi baseado numa
pesquisa de campo, sendo entrevistados de forma aleatória, motoristas da cidade de
Parauapebas/PA. Os dados obtidos permitiram uma análise mais detalhada dos
comportamentos dos condutores, e, qual seria sua relevância nesse perfil,
evolvendo os fatores comportamentais, bem como sua conduta e valores éticos.
Foram confrontadas e analisadas todas as respostas. Estudo esse que afirma que
grande parte dos acidentes estão sim ligados a situações sociais e
comportamentais.

Palavras Chaves: Trânsito; Acidentes; Psicologia; Imprudência; Social.


1 INTRODUÇÃO

O Brasil sem dúvida é um dos países que tem que o maior número de
acidentes de trânsito, com vítimas, e isso pode ser atribuído a questão social e
comportamental dos seus condutores, porém o que deixa essa estatística com a
margem assustadora é o número de vítimas, praticamente um cenário de guerra.
Mas qual seria o perfil comportamental dos condutores que causam acidentes no
trânsito?
Ainda, diante do grande número de acidentes com vítimas fatais e lesões
permanentes causadas por veículos automotores, quais os fatores e características
que possam compor esse perfil?
Vários fatores podem ser levados em consideração para responder esses
questionamentos, tais como educação, nível social, comportamental ou psicológico,
e até mesmo situações externas como, rodovias mal conservadas, má sinalização,
pouca iluminação, etc.
Vale destacar que estes aspectos estruturais, por vezes estão
correlacionados com a falta de ética e atitude política, onde recursos muitas vezes
são desviados, deixando claro o envolvimento corrupto e o descaso para melhorar
as condições das nossas rodovias, prevalecendo o desprezo, sem a merecida
preocupação com os números absurdamente dramáticos e tristes que são
apresentados diariamente nos noticiários.
Entretanto, este estudo não fará referência política ou formas de
melhoramentos estruturais nas rodovias ou na segurança dos veículos, nosso foco
será a abordagem do perfil comportamental dos condutores que causam acidente no
trânsito, destacando o crescente número de acidentes, e ao mesmo tempo como um
paradoxo, diminuir. Até que ponto nossas atitudes, no momento do acidente, Commented [U1]: Rosa, ficou confuso

contribuem para aumentar as estatísticas no Brasil.


Muitos países tiveram suas mazelas resolvidas através da educação,
exemplos como Coreia do Sul e Finlândia que permearam seus esforços nesse
segmento social, que sem dúvida é o principal pilar para qualquer mudança, que
seja social e ou psicológica, mudanças essas que foram fundamentadas na
educação básica. É claro que são investimentos de longo prazo, mas no país como
o Brasil com uma cultura baseada na Lei de Gerson, onde se quer levar vantagem Commented [U2]: É bom evitar
em tudo, será que a longo prazo pode-se realmente diminuir o número de acidentes
baseados simplesmente na mudança educacional? Provavelmente sim.
Nesta perspectiva esse trabalho busca identificar e caracterizar os fatores que
compõe o perfil comportamental do condutor que causa acidente no trânsito.
Sabemos que a educação, como citado, é fator primordial para mudanças. Porém,
será abordado questões suscintamente baseadas em pesquisa de campo, para
traçar o perfil desses condutores e relacionar a existência de características
intrínsecas da personalidade do condutor, bem como fatores relacionados a idade,
sexo, profissão, condição econômica e social, trabalho e lazer, que possam
influenciar o perfil dos condutores que causam acidentes de trânsitos e relacionar as
substâncias psicoativas, que após ingestão influenciam na capacidade psicomotora
do condutor.
Esse estudo não trará uma referência que possa ser aplicada imediatamente,
a fim de reduzir o número de acidentes, mas, busca refletir e demonstrar que se
pode mudar hábitos, costumes e atitudes, conhecendo um pouco o perfil dos nossos
condutores.
Para complementar o projeto de pesquisa, a principal metodologia utilizada foi
a pesquisa de campo, além das referências bibliográficas. Foram entrevistados 110
condutores dos mais diversos níveis, desde estudantes a profissionais. As perguntas Commented [U3]: Gostaria de ver o questionário.

tiveram cunho informativo a fim de conter dados que possam servir de contestação,
comparação e análise, segmentando assim o principal argumento do trabalho: Qual
é o Perfil Comportamental dos condutores que causam acidentes no trânsito.
Nos próximos capítulos será demonstrando os resultados dessa pesquisa
com dados e gráficos correlacionados. Commented [U4]: Antes dos resultados deve apresentar um
breve aporte teórico.
2 USO DA PSICOLOGIA NO TRANSITO

Conhecer o “eu”, saber que cada indivíduo tem suas características, e mesmo
baseado nos costumes impostos pela sociedade somos únicos. De acordo com
estudos da Psicologia Social.
Os humanos não nasceram humanizados; foram se humanizando
no processo histórico de transformação do mundo. Esse aspecto é aqui de
grande importância, pois não há uma natureza humana que já carregue
todas as possibilidades do humano, elas apenas se desenvolvem no
decorrer da vida.
Os seres humanos conquistaram a humanidade e fizeram isso
atuando sobre o mundo e se relacionando com outros seres. Atividade,
relações sociais e cultura são categorias prioritárias para a análise do
processo e a compreensão do que faz o ser humano ser como é e o que
explica seu comportamento. (Psicologias, Ana Mercês Bahia Bock,
Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira,2009, p. 184.).

Ainda falando de comportamento, os fatores externos também podem alterar


esse nível ou fases do comportamento. Para Walter Mischel, em seu estudo deixa
claro que “analisar o comportamento humano em diferentes situações, observando-o
em diversas oportunidades, proveria dados sobre o padrão comportamental, que,
por sua vez revelariam uma assinatura característica de determinada personalidade,
e não apenas uma lista de traços genéticos”. (O LIVRO DA PSICOLOGIA Ed Globo,
2012 Pag; 327).
Quando estudamos a motivação para o trabalho, percebemos que é
resultante de uma interação entre os motivos internos das pessoas e os estímulos
da situação ou ambiente.
Segundo a percepção de Maximiano (2011), motivos fazem cada pessoa ser
capaz de realizar certas tarefas e não outras”. Podemos então concluir que cada
indivíduo, sendo um universo único e exclusivo, em suas necessidades, seleciona
em seu contexto de referências e estímulos aprendidos, conforme seu padrão
psicológico, influenciado por fatores sociológicos, aquilo que o satisfará e realizará
internamente, em cada circunstância ou situação.
Suponhamos alguém atrasado para um importante compromisso, a pressa
em chegar na hora certa, muda o seu comportamento no trânsito. Ter que ir mais
rápido, consequentemente aumenta o risco de acidente. A ansiedade, as condições
do trânsito, as consequências de tal atitude, aumentam o estresse, e a postura;
podendo estimular a agressividade e alteração do nível de concentração.
Maximiano (2011) ressalta que quando as necessidades da pessoa não são
atendidas, isso gera frustração. A frustração pode ser uma motivação poderosa para
a ação humana, que é refletida em comportamentos negativos.
Cada pessoa em seu universo singular, possui motivação e atitudes
direcionadas por suas características individuais, como competências, interesses,
emoções e personalidade.
Entretanto, para essas afirmativas, podemos então entender que o
comportamento das pessoas se divergem no trânsito, mesmo perenate uma
infinidade de normas, regras, leis e sanções, devido seu universo pessoal, e
discernimento apresentado nesse contexto.

3 O COMPORTAMENTO HUMANO

Há vários condutores que dirigem por profissão, que passam horas


diariamente no trânsito. Deste modo, alguns precisam de cursos especializados para
habilitá-los a conduzir determinados veículos como: transporte coletivo de
passageiros; transporte de escolares; transporte de produtos perigosos; emergência
e outros. Esses cursos estão regulamentados pelo Contran através da resolução
285.
Entre os motoristas profissionais, cabe ressaltar os caminhoneiros, eles
percorrem as rodovias brasileiras de norte a sul, transportando mercadorias. Entre
eles há vários motoristas cuidadosos, éticos e responsáveis, mas há também os que
fazem parte das estatísticas dos envolvidos na violência viária.
A causa dessa violência, é justificada pelas atitudes incorretas dos
condutores, entre elas o uso de álcool, de drogas, distúrbio do sono, excesso de
velocidade, ultrapassagem perigosa, excesso de confiança e outras.
O direito de ir e vir é direito adquirido de todo cidadão, esteja ele de
automóvel, de moto, a pé, de barco ou de bicicleta, deve ser respeitado e sua vida
valorizada. Portanto é preciso estar preparado para aprender, descontruir e construir
novos conceitos, valores éticos e morais.
Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, os acidentes começaram se
apresentar como um problema para a sociedade, desde os anos 70, em decorrência
do processo de dependência do transporte motorizado em especial dos automóveis
para a mobilidade humana e de mercadorias (VASCONCELLOS, 2005, p.81).
A OMS estima que em 2020 a terceira causa de mortes no mundo será o
acidente de trânsito (VASCONCELLOS, 2005, p.81)
No contexto das pessoas, estão a dor e o sofrimento das vítimas do acidente,
dos parentes e amigos. No contexto econômico, destaca – se as perdas materiais e
tempo de vida das pessoas, os custos hospitalares, a perda de produção para a
sociedade e os custos do governo para atender os feridos, reorganizar o trânsito e
repor a sinalização danificada. (VASCONCELLOS, 2005,p.86)
A caracterização das vítimas dos acidentes de trânsito pode variar desde a
ausência de lesões até o óbito, variando conforme as particularidades do acidente.
O indivíduo que sobrevive ao acidente pode também evoluir com sequelas
imediatas e/ou tardias. (MELLO JORGE apud Dornelas, 1997, p. 89).
O suporte legal referente está contido no Código de Trânsito Brasileiro, Lei
9.503, de 23 de setembro de 1997, dispondo no art. 78, sobre o seguro obrigatório
de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres
(DPVAT), “Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do Trabalho, dos
Transportes e da Justiça, por intermédio do Conselho Nacional de Trânsito, deverão
desenvolver e implementar programas de prevenção de acidentes”,
Sob esta diretriz, observamos que a atuação sinérgica e efetiva, destes
órgãos devem atuar concomitantemente em ações educativas e permanentes, que
visem conscientizar e sensibilizar os condutores de veículos automotivos, no que diz
respeito ao que temos de mais precioso “A vida”.
Será que simplesmente a educação pode mudar as pessoas em relação ao
seu comportamento no transito? Podemos responder a essa pergunta com uma
reflexão de Paulo Freire, que diz, “Educação não transforma o mundo. Educação
muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”.
É sabido que já foi até citado em algumas emendas ou propostas de leis, a
inserção da educação de transito nas escolas, em alguns municípios, inclusive já se
transformaram em lei, exemplo Projeto de Lei nº 017/2017 – Institui o “Programa
educação no trânsito” na cidade de Rondonópolis/MT, demostrando claro o interesse
nesse quesito. Mas a grande questão hoje é: como esse comportamento pode
influenciar nos acidentes de trânsito?
Sabemos das nossas responsabilidades, o senso ético leva a crer que
devemos agir sempre de forma correta respeitando claro os direitos e deveres
porem em alguns casos ”O desaparecimento do senso de responsabilidade é a
consequência mais poderosa da submissão à autoridade”, afirma MARKUS WEEKS,
SE LIGA NA PSICOLOGIA pag. 135, ed Globo, 2014.
Se eximir das responsabilidades, no trânsito, essa não seja o ponto chave dos
acidentes provocados, porem traz à tona que a maioria dos condutores
entrevistados acham que a imprudência2 atenua esse nível de irresponsabilidade,
mas o que realmente é impudência? Será que não é notório que o risco não se
estende para todos? Principalmente os condutores, ele ´que poderá ser a principal
vítima. Pode se falar é claro em caráter, saber que o risco é claro, porém achar que
pode conseguir. Essa linha tênue entre Impudência e negligência
 Abaixo é citado alguns exemplos de Imprudência:
 Ultrapassar veículo pelo acostamento;
 Não utilizar equipamentos de proteção individual;
 Tocar ou aproximar-se em demasia de condutores energizados.
< http://blog.inbep.com.br/diferencas-entre-imprudencia-negligencia-e-
impericia/ .> DIsponível em 08/07/2018.
Então pode se afirmar que os acidentes na sua maioria são provocados pela
impudência e, que esse tipo de comportamento está ligado principalmente aos
princípios sociais, educacionais e comportamental, essas posturas são a
combinação de valores e crenças. Para ilustrar melhor essa afirmação segue como
exemplo o condutor que mesmo sabendo que é crime transitar e conduzir veículo,
tendo ingerido bebida alcoólica ou outra droga psicoativa, não se reluta a executar
sabendo dos riscos que pode provocar, e mesmo assim seguem adiante.

2Segundo Fernando Capez, em seu livro “Curso de Direito Penal Legislação Penal Especial”, volume
4, a imprudência:

“Consiste na violação das regras de condutas ensinadas pela experiência. É o atuar sem precaução,
precipitado, imponderado. Há sempre um comportamento positivo. É a chamada culpa in faciendo.
Uma característica fundamental da imprudência é que nela a culpa se desenvolve paralelamente à
ação. Deste modo, enquanto o agente pratica a conduta comissiva, vai ocorrendo simultaneamente a
imprudência. ”
É claro que o estado no seu direito aplica as devidas punições baseadas
na Lei, porém por que não reduz esse número de acidentes?, será que é, a certeza
da impunidade. A Lei é bem clara conforme Código de Transito Brasileiro que diz:
Artigo 306 da Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob a
influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano
potencial a incolumidade de outrem:
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando
com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis)
decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência:
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei
nº 12.760, de 2012)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a
equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de
caracterização do crime tipificado neste artigo.
(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por:
(Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por
litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar
alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran,
alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova
testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o
direito à contraprova. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo,
prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos,
observado o direito à contraprova. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de
2014) (Vigência)
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos
testes de alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos
testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime
tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
(Vigência)

Mesmo já sendo severa, essa Lei foi alterada, aumentada a pena e multa
para os “imprudentes”, sancionada em dezembro de 2017 pelo atual Presidente
Michel temer, visa endurecer as punições, para os motoristas que cometem esse
crime sob o efeito do álcool, a Lei 13.546, entrou em vigor 17/11/2017. Porem para
refletir, será que meramente o aumento nas punições podem puxar para baixo esses
indicadores? Não seria o fator de certeza que a fiscalização e o cumprimento das
penas julgadas fossem exercidos na sua totalidade. Sabendo que seu “crime será
punido”.
Perguntado informalmente aos entrevistados sobre a punição para quem
causa acidentes no trânsito disseram: “O motorista bebe, mata um pai de família e
fica solto e não tem nada”.
Para justificar os maus condutores responderam de forma irresponsável
quando questionados sobre a motivação dos acidentes.
Frequência de justificativas de infratores segundo relato dos policiais militares:
 Eu fiquei aqui apenas cinco minutinhos.
 A culpa é do governo que não faz estacionamento para a gente parar.
 Eu não sabia que não podia estacionar nesse local.
 Eu estava falando no celular porque era uma emergência.
 Se todo mundo para aqui, por que eu também não posso parar?
 A culpa não foi minha, pois não há placas indicando que eu não
poderia estacionar aqui.
 Eu bebi só um pouco e acho que isso não faz mal para ninguém.
 Você sabe com quem está falando?
 Não tem como a gente dar um jeitinho de reverter essa situação?
 Eu estava correndo porque precisava salvar uma pessoa com
problema de saúde.
 Que mal há em dirigir sem o cinto de segurança?
 Se muitas pessoas não usam o cinto de segurança, porque só eu tenho
que ser multado?
 A culpa é do DETRAN que colocou a placa no lugar errado.
 Não estou causando mal a ninguém, ao dirigir sem o capacete, só a
mim mesmo.
 Meu filho não quer usar o cinto.
 Não sabia o que estava fazendo.
 Não tem policial aqui, eu pensei que pudesse.
 Foi sem querer, eu não vi você.
 O celular é para o trabalho.
 Estou esperando uma pessoa.
 Acabei de ficar menstruada.

<http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/4806/1/2009_
IngridLuizaNeto_Dissertacao.pdf > Disponível em: 4 mai. 2015
Retirado do livro: Planejamento e Gestão de Trânsito – EaD - 1. Educação 2.
Psicologia. 3. EaD. I. Título
4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

A Pesquisa foi feita na cidade de Parauapebas, PA, com uma população de


196.259, segundo site do IBGE, tem como principal fonte de economia a industria
extrativista, sendo referencia mundial na produção de minério de ferro, tem como
particularidade uma população formada por pessoas de diversos estados, com
características e costumes específicos da sua região. O que deixou a pesquisa mais
interessante.

4.1 TÉCNICA UTILIZADA

Foi usado um formulário com perguntas fechadas e abertas, as quais


poderiam trazer algo de concreto para análise e, consequentemente formalizar a
ideia proposta no tema. Os entrevistados eram naturalmente profissionais liberais,
autônomos e alunos do curso técnico de eletromecânica, com um rol de dados com
60% masculinos.
Para ilustrar alguns dados relevante da pesquisa, gráficos serão
apresentadas a fim de visualizar melhor os dados registados.

4.2 ANÁLISE DOS DADOS

Como dado importante da pesquisa foi a relação do nível educacional, no


caso 91,43% dos entrevistados tem nível médio, a maioria tem menos de 40 anos, a
média é extremante jovem com média de idade de 26,5 anos, o que quer dizer que
são formados por condutores sem experiência,
Outro dado importante é que dos entrevistado as mulheres se destacaram
pelo nível educacional, quase x% tem nível superior e pós graduação,esse dado se
reflete na pesquisa em relação ao numero de evolvidos ou observados acidentes, é
claro que entre as mulheres a maioria são profissionais liberais e autônomos com
uma estabilidade econômica bem definida.

mas será que tempo de habilitação tem referência com a taxa de acidentes?

Escolaridade
64

3 1 2

Fundamental Médio Superior Pós Graduação

Gráfico 01 Escolaridade. Fonte. Pesquisa pessoal.

Um dos fatos que chamou a atenção na pesquisa foi a faixa salarial, 63% tem
uma média salarial menor que dois mil reais, do qual 27% menor que mil. Ou seja
segundo o site <https://noticias.r7.com/economia/salario-medio-do-brasileiro-cai-em-
2017-e-fica-em-r-2112-11042018> acessado em 08/07/2018, em relação a essa
informação DIZ: “O rendimento médio do trabalho brasileiro recuou de R$ 2.124 para
R$ 2.112 entre 2016 e 2017, queda de 0,56%” Dado relevante que se comparado
com essa informação, a maioria dos condutores entrevistados estão fora desse
padrão dos quais superam a taxa de desemprego no Brasil, dos entrevistados 44%
estavam desempregados ou estavam trabalhado sem registro profissional e na
informalidade.
Renda Familiar
36%

27%
25%

12%

Menor que 1.000,00 Maior que 1.000,00 Maior que 2.000,00 Maior que 3.000,00
R$ (mil reais) R$ (mil reais) R$ (dois mil reais) R$ três mil reais)

Gráfico 02 – Renda Média Familiar dos Entrevistados – Fonte Pesquisa Pessoal

Para que os questionamentos tivessem a relevância correlacionada com a


condução dos veículos e proposta da pesquisa, 64% dos entrevistados são
habilitados e tem em média 5 anos de habilitação, o que comprova que são
condutores jovens. Desses, 88% tem veículos próprios, porém um dado já
comprovado no cenário nacional é o tipo de veículos, 60% utilizam motos, isso
reflete questões econômicas, por se tratar de um veiculo barato, e de fácil acesso
financeiro para aquisição, seu numero é crescente em todo o Brasil. Para confrontar
e dar prova do uso desses veículos, 52% usam para trabalhar e lazer. Deixando de
lado o transporte público o que naturalmente contribui para o numero de veículos em
trânsito alargando assim a estatística apresentada.
Ao relacionar nas entrevistas o uso das substâncias psicoativas, que após
ingestão influenciam na capacidade psicomotora do condutor e, que causa os
acidentes de trânsito, a resposta foi até positiva, cerca de 56% ou seja 39 pessoas
não bebem ou nunca beberam, e dos que bebem, apenas a maioria apenas uma vez
por semana e socialmente. Essa informação para a pesquisa teve sua fundamental
importância, pois ao se comparar com dados da maioria dos acidentes tem como
efeito direto a presença de álcool ou outra substancia em algum dos condutores
envolvidos.
De acordo com o Relatório Global sobre Álcool e Saúde da
Organização Mundial da Saúde (OMS), 15% das mortes decorrentes de
acidentes de trânsito no mundo foram atribuídas ao álcool em 2012. Ainda,
conforme destacado na tabela 1, estima-se que 18% e 5,2% dos acidentes
de trânsito entre homens e mulheres, respectivamente, no Brasil foram
causados pelo uso de bebidas alcoólicas
Fonte: < http://cisa.org.br/artigo/4692/alcool-transito.php> acessado em
08/07/2018

Outro dado que foi de grande relevância foi o envolvimento ou o


presencialmente em algum acidente, 52% já viram ou se envolveram em acidentes
dos quais tiveram vitimas fatais, dado mais uma vez que mostra o grande número de
vítimas desgarradas das suas famílias por uma guerra sem fim, sem heróis nem
bandidos, dos entrevistados 44% que passaram por isso reflete um numero de 31
vitimas fatais, é o pior, motos é o principal veiculo envolvido do sinistro.
Talvez a grande resposta do questionário fosse relacionada realmente ao
comportamento dos condutores, ao serem perguntados qual seria o principal motivo
dos acidentes presenciados ou envolvidos? Respectivamente responderam 48%
imprudência, 26% Uso do álcool e 19% Desatenção, outros como falta de
sinalização e más condições das rodovias foram mínimas.
Finalizando o questionário, uma pergunta relacionada ao que se chama a
doença do século, que seria o estresse foi perguntada qual seria o seu nível durante
o transito? 54% relataram que é médio o estresse.

Principal causa percebida nos


acidentes
48%

26%
19%

4% 4%

Uso do álcool Más condições Falta de Imprudência Desatenção


das rodovias sinalização

Gráfico 03 – Principal causa dos Acidentes presenciados – Fonte: Pesquisa Pessoal


Esse é o ponto de partida para fundamentalizar o estudo, a questão do
comportamento, o que é imprudência? Qual a relação que tem com o momento dos
acidentes do trânsito? Será que ambos não estão envolvidas? O meu
comportamento pessoal, será que as influências sofridas pela pressão do trabalho,
dos desafios do dia a dia, da busca pelo conforto, das dividas que estão à vir não
geram esse estresse e que como consequência geram a imprudência? Ou será que
realmente “somos maus motoristas” que a formação de condutores no Brasil não
preza esse autocontrole?

Nível de estresse do qual o


entrevistado se enquadra
54%

38%

8%

Baixo Médio Alto

Gráfico 04 - Nível de estresse do qual o entrevistado se enquadra Fonte: Pesquisa


Pessoal
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para que o projeto de estudo e pesquisa fosse finalizado com uma ideia
de que os confrontos das perguntas e análise dos dados fossem devidamente
analisada, é obvio que o contexto final se trada basicamente nas atitudes
comportamentais, levando em consideração que a maioria leva a crer que a
imprudência e desatenção são as principais causas e que a motivação para isso
pode ser a falta de uma instrução maior na educação, em sua maioria com ensino
médio completo, reflete que não somente a educação mas sim a ética e educação,
provida de respeito a vida sejam sempre levadas como fase primordial no respeito a
vida, e que as Leis realmente sejam cumpridas.
Enfim, essa pode ser a grande mola impulsionadora desse número
alarmante O fator comportamental provocado pela falta de princípios mediante a um
costume secular do “jeitinho brasileiro, alinhada a irresponsabilidade e impudência
com a certeza da impunidade.
Como aprendizado, fica claro que se as pessoas não tiverem a
consciência e a capacidade de empatia, revendo seus conceitos como cidadão e
valorizando a vida, nada vai mudar, é isso que deve ser aplicado, atitudes de
valorizar a vida, pois ela é breve.
6 REFERENCIAS

Educação e Psicologia de Trânsito / Professora Esp. Irene Rios da Silva/Professora


Me. Carmen Lucia Cuenca. Publicação revista e atualizada, Maringá - PR, 2014. 116
p.“Pós Graduação em Planejamento e Gestão de Trânsito - EaD
1. Educação 2. Psicologia. 3. EaD. I. Título.

<https://noticias.r7.com/economia/salario-medio-do-brasileiro-cai-em-2017-e-fica-em-
r-2112-11042018> acessado em 08/07/2018

SE LIGA NA PSICOLOGIA pag. 135, ed Globo, 2014 .


Curso de Direito Penal Legislação Penal Especial”, volume 4

< http://blog.inbep.com.br/diferencas-entre-imprudencia-negligencia-e-impericia/ .>


acessado em 08/07/2018

- BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n° 267, de 15 de fevereiro de


2008. –
Artigo 306 da Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997

O LIVRO DA PSCOLOGIA Ed Globo Pag; 327

Disponível em: <http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/4806/1/2009_


IngridLuizaNeto_Dissertacao.pdf > Acesso em: 4 mai. 2015

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