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CENA I
NATHAN (Aflição) - Me ajudem, por favor! O meu amigo não quer acord...
CATÁSTROFE (Com maldade em seu tom de voz) - Tenha uma boa estadia no
inferno, garoto!
CENA II
LEI - Dizem por aí que sou defensora dos fracos e incapazes, dos cidadãos de bem
e dos marginalizados, dos revolucionários e incapacitados. Eu dito uma sociedade,
e venero o zelo pela biodiversidade. Eu luto pelo respeito e pelos bons e
exemplares conceitos. Eu batalho pela educação e pelos direitos da População. Eu
sou a juíza do Tribunal Superior do bem e do mal, eu sou a Lei e estou aqui para
lutar pelo que é bom e moral. (Lei toma o seu lugar no tribunal)
Consciência volta para o seu lugar com um sorriso no rosto, esperando uma
reação positiva de Nathan.
CONSCIÊNCIA - Exatamente!
NATHAN (Diz para si mesmo) - Será que o inferno é tão ruim quanto Dizem?...
CONSCIÊNCIA - O que disse?
LEI - Vamos dar andamento ao caso. O réu em questão está sendo julgado por
dirigir embriagado e por tirar a vida de Alan Siqueira, Marcelo Fernandes e seu
filho que estava prestes à nascer, e também por dar fim a sua própria vida.
LEI (Observa ambos com suspeita) - Pois bem. Como este julgamento não é como
os outros, iremos iniciar o processo com o depoimento das testemunhas. Senhor
Remorso, pode chamar a primeira testemunha.
IMPRUDÊNCIA (Audácia) - Com muito prazer! (Se levanta perante a todos) Meu
nome é Imprudência. Sou frequentemente invocada pelos homens, sejam eles
bem ou malfeitores. Consigo me infiltrar em pequeninas brechas e momentos de
distração, e quando consigo me impor, um grande estrago é feito. Eu sou a
provocadora dos noventa e quatro por cento dos acidentes fatais que são
provocados por falha humana. E nos tempo livres costumo ser o anti-herói de
minha irmã gêmea Prudência.
LEI - Ordem! Sente-se agora Nathan! A testemunha está sendo interrogada, deve-
se ter respeito! (Se acalma) Prossiga, por favor.
SEGUNDO ATO
Uma mulher com face esbranquiçada, olhos repletos de olheira e com uma
expressão melancólica se senta ao lado da Lei.
JULIANA (Desprezo) - Felizmente não conheço este verme. Mas foi por culpa dele
que eu e minha família nos tornamos parte da estatística, o juri está de prova!
NATHAN - Ah, sabe é?! Mas que bela advogada fui arrumar!
CONSCIÊNCIA - Eu realmente sinto muito pelo que aconteceu, senhorita. Mas tem
algo que ainda não consigo entender. Porque você, que estava prestes a dar a luz
à uma criança, conseguiu sobreviver à esse este acidente cruel e seu marido não?
Aliás, com o impacto, a senhora poderia ter sido lançada para fora do carro
também, como o seu marido...
LEI - Aqui é um Tribunal, senhora Fernandes. Aqui nada poderá ser escondido em
hipótese alguma. O que a senhorita tiver para falar, necessita ser falado.
JULIANA - Ok. É que... Bem... Como todos sabem, eu estava em trabalho de parto,
meu marido estava desesperado e em alta velocidade, se não me engano, estava
à cem em uma pista de quarenta e... E... Eu não fui lançada para fora do veículo
porque... Estava com o cinto de segurança. Mas meu marido infelizmente estava
sem o cinto e tinha tido uma mera distração no instante que o carro do Nathan se
aproximou do nosso. O telefone começou à tocar. Eu avisei para ele não atender,
mas ele não me me deu ouvidos. Foi quando colidimos.
NATHAN - Como não me arrepender diante de uma situação como esta? Eu sinto
nojo de mim mesmo!
REMORSO - Agora eu chamo para depôr, uma das vítimas desta infeliz fatalidade.
Eu convoco agora para depôr, Alan Siqueira. (Neste instante começa à tocar “The
Night We Met”, de Lord Huron, enquanto Alan entra em cena)
ALAN - sim. Meu nome é Alan Santos Siqueira, sou estudante de jornalismo e nas
horas vagas, sustento a minha mãe que está com leocemia graças á alguns
trabalhos de Design que faço por conta própria.
Antes de Alan sair de cena, ele olha para Nathan, que sussurra um "me perdoe",
porém, Alan só responde negando com a cabeça.
NATHAN - É sim, Consciência! Foi eu quem bebi, foi eu quem dirigiu aquela droga
de carro e exterminei todas aquelas pessoas! Eu transformei um homem de bem,
uma professora, um bebê e o meu melhor amigo em estatísticas, mórbidas e
dolorosas estatísticas! Eu os matei e mereço pagar por isso! (Nathan chorando) E
por mais que eu fosse lançado no fogo ardente, que eu morresse queimado
lentamente, nada disso seria o suficiente para pagar pela vida daquelas pessoas!
Eu me arrependo por ser egoísta, me arrependo por ter colocado a minha
vontade acima da vida de outras pessoas, eu me arrependo.
É feita uma pausa repleta de tensão.
LEI - Pois bem, agora irei me reunir ao juri para discutir o destino do réu.
TERCEIRO ATO
Haverá uma mudança na iluminação para algo mais escuro, terá um pouco de
névoa. Nathan está ajoelhado e despido de toda honra que havia lhe restado.
Consciência toca o ombro de Nathan. Começa à tocar "There Are Worse Games
To Play”, de James Newton Howard.
NATHAN - Já sei o que vai dizer, que eu sou um idiota, um trouxa e que isto foi
praticamente um suicídio judicial, porém, eu faria tudo novamente e do mesmo
modo.
CONSCIÊNCIA - Não. Eu não ia dizer isto. (Ela ajuda Nathan a levantar) Eu tenho
orgulho de você, tenho muito orgulho por ser sua consciência e advogada, você
fez a coisa certa, Nathan. Você se arrependeu. E o arrependimento é uma das
atitudes mais honrosas que um homem pode ter.
Lei e Trânsito entram em cena, Nathan e Consciência voltam para os seus lugares.
NATHAN - Tudo bem. Acho que irei conseguir lidar com a minha punição.
TRÂNSITO - Porém, eu propus à minha velha amiga Lei uma alternativa para o réu.
Nós vimos que realmente este julgamento resultou em algo que os outros jamais
resultaram. No puro arrependimento do Réu. Não é sempre que isto acontece.
Sendo assim, iremos dar uma segunda chance ao Réu.
TRÂNSITO - Você irá voltar para o momento onde o caminho duplicou. Você terá a
chance de escolher entre a prudência e a irresponsabilidade. A vida das pessoas
que aqui deporam serão postas em suas mãos novamente. Espero que você faça a
escolha certa, Nathan. Está será a sua primeira e última chance.
NATHAN - Eu prometo! Prometo que farei tudo certo dessa vez! Muito obrigado!
(Nathan abraça Lei e Trânsito) Muito obrigado!
Dois seres brancos e reluzentes entram em cena. Na direção que Nathan sair da
cena, haverá uma luz branca para simbolizar ele voltando no tempo.
CENA III
ALAN (Bêbado) - Cara... (Ele segura na gola da blusa de Nathan) Chame... Chame
um táxi, não dá para você... Não... (Ele desmaia novamente)
A música é deligada e trocada pela música "There Are Worse Games To Play”, de
James Newton Howard. Nathan deita o amigo no chão. Ele fica no centro da cena.
Ele observa a latinha e a chave. Era o momento da escolha. Ele fica tentado para
voltar com o carro de seu pai. Ele olha para o amigo e em seguida para a platéia.
NATHAN - Não. Não vale à pena. (Ele joga a lata de cerveja no lixo e guarda a
chave em seu bolso. Ele pega o seu amigo e o carrega para fora da cena)
LEI - Em 2016, o Brasil apresentou uma taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada
100 mil habitantes.