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Violão: expressão musical inglesa

Vídeo de referência: https://www.youtube.com/watch?v=6lVLzr4LbtA


“Laura Snowden plays Lennox Berkeley Sonatina”

As performances de Laura Snowden, em especial a da gravação da Sonatina


op. 52 nº 1 de Lennox Berkeley, realizada em Janeiro de 2015 na antiga igreja londrina
St John’s Smith Square, são repletas de virtuosismo, musicalidade e originalidade.
Previamente à análise dos fraseados realizados pela violonista e compositora,
destacamos um fator interessante, que é a relação entre compositor-intérprete.
Berkeley e Snowden não tiveram contato, o que não significa que eram
completamente estranhos: os conterrâneos britânicos tiveram sua relação mediada
por ninguém menos que Julian Bream. Laura Snowden conheceu o renomado
violonista enquanto cursava o mestrado no Royal College of Music, em Londres,
quando foi patrocinada pela bolsa Julian Bream Trust, escolhida pelo próprio; Bream,
por sua vez, foi colaborador de Lennox Berkeley em vários trabalhos.
Quanto à sonatina em si, a obra foi encomendada por Julian Bream e,
consequentemente, dedicada a ele. Este texto abrangerá apenas o primeiro
movimento da sonata (allegretto), com o injusto objetivo de não estender a análise da
obra - afinal, a Sonatina mereceria um trabalho analítico completo, dada a sua
importância no repertório violonístico.
Logo nos fraseados dos primeiros compassos da obra já se observam os arcos
de dinâmica, sem deixar dúvidas quanto ao discurso musical proposto. Além disso, o
motivo rítmico é repetido, mas a intérprete assume um contraste agógico
completamente coerente em relação à harmonia. O rallentando no compasso 16
demonstra a elegância e a clareza do material musical, já que prepara a retomada do
primeiro tema da peça em um curto desenvolvimento de 5 compassos que culmina
no tema B da exposição.
Como em toda forma-sonata clássica, a exposição com temas contrastantes A
e B é repetida. Na Sonatina de Berkeley, neoclássica por influência de Igor Stravinsky,
não acontece diferente. Após a o ritornello, vem o desenvolvimento, onde aparecem
referências aos dois temas da exposição. Compositor e intérprete conseguem, aqui,
chegar ao ponto culminante da peça: o primeiro trecho rítmico, que se apresenta em
oitavas; as escalas rápidas e limpas de Laura Snowden, que mostram que a violonista
possui uma técnica esplêndida; o contraste de timbre em pianíssimo no trecho em
andamento quasi lontano que cresce até os trechos de técnica em rasgueado,
explorando os limites texturais extremos que o violão permite (excetuando os
experimentos texturais realizados pelas obras que aplicam técnica estendida).
Finalizando a obra, compositor e intérprete retomam a reexposição, não
idêntica à exposição, mas com equivalente expressividade. O primeiro movimento
termina em dinâmica piano, preparando o ambiente para o segundo movimento,
Lento.

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