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Aula 3º

O surgimento e a
importância da escrita
como prática social

Olá, caros(as) alunos (as),

Vocês já pararam para imaginar como seria nossa
sociedade sem a escrita? Difícil imaginar, né? Vivemos
em uma sociedade grafocêntrica, precisamos da escrita
para a realização de atividades básicas e complexas.
Desse modo, nesta primeira aula iremos discorrer
sobre o surgimento da escrita, visto que entender esse
processo é fundamental pra refletirmos sobre sua
importância e sua constituição enquanto prática social.
Preparados(as)? Então, avante!
Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

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‡ FRQVWDWDUDLPSRUWkQFLDGDHVFULWDHQTXDQWRSUiWLFDVRFLDOHIRUPDGRUDGRLQGLYtGXRFUtWLFRHDWXDQWHHPVXDFRPXQLGDGH
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Seções de estudo ( ȴQDOPHQWH K£ TXHP DȴUPH TXH D HVFULWD SOHQD «

produto de uma longa evolução da escrita antiga
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1 – O surgimento da escrita
2 – A escrita enquanto prática social
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1 - O surgimento da escrita VHOHYDUPRVHPFRQWDTXHRLPSRUWDQWHQ¥R«TXDQGRHODVXUJLXPDV
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Caros(as) alunos (as), D VRFLHGDGH HP GLIHUHQWHV DVSHFWRV VRFLDO HFRQ¶PLFR DFDG¬PLFR
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É difícil imaginar como nos organizaríamos sem a 3ULPHLURSRUPHLRGRVV¯PERORVJU£ȴFRVHGHVHQKRVIHLWRVDLQGDSHORV
escrita, uma vez que já estamos tão habituados com essa KRPHQVSULPLWLYRVQDVSDUHGHVGDVFDYHUQDVQDVW£EXDVHRVVRVYHMDP
prática que não paramos para pensar em sua importância e DEDL[RDOJXPDVȴJXUDVTXHLOXVWUDPHVVD«SRFD
o quanto ela está presente nos detalhes do nosso cotidiano.
Prova disso é a escrita deste guia de estudos, certo? Afinal,
quantas aprendizagens aconteceram e acontecerão por meio
dele? Espero que muitas.
Vocês já imaginaram o que seria de nós sem as placas
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os registros das leis que regem nossa sociedade? Tudo isso é
permeado por meio da escrita e, consequentemente, da leitura
enquanto prática social (acabamos de ver na aula 02).
Mas, a escrita não surgiu assim, “do nada”, como um
passe de mágica, ela é fruto da criação de nossos ancestrais, e, Figura 1: Pré-história/ pintura rupestre. Imagem disponível em: <http://
para entendermos o quanto tem se desenvolvido e se tornado SURȴVDEHODJXLDUEORJVSRWFRPEUPXVHXGDHVFULWDHPIRUWDOH]D
html>. Acesso em: 10 Dez. 2015.
um símbolo de poder, convido vocês a lerem e refletirem Figura 2:Pré- história 2. Imagem disponível em:<http://evolucaohumana6.
blogspot.com.br/2009/01/arte-rupestre.html>. Acesso em: 10 Dez. 2015.
sobre a nossa primeira discussão acerca deste tema!
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D&HHQW¥RSDVVRXDVHUSUDWLFDGDQRVSDSLURVHDUJLODV
O poder transformador da escrita

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nossas vidas, posto que vivemos em uma sociedade permeada por
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não?
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importância desse ato antes de compreendemos algumas questões
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Figura 3:Tabuletas de argila
$HVFULWDQ¥RVXUJLXGRQDGD0XLWRVSRYRVSUHIHUHP Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=escrita+em+ossos>.
Acesso em: 10 Dez. 2015.
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aceita por certas comunidades nos Estados Unidos
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escrita completa a um esforço grupal ou descoberta
DFLGHQWDO ([LVWHP RXWURV SDUD TXHP D HVFULWD Figura 4: Papiro. Disponível em: <http://traduzca.com/voce-inventou-livro/>.
Acesso em 10 Dez. 2015.
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 19 79

'HVVD IRUPD ȊQR SHU¯RGR GH PLO DQRV D HVFULWD IRQ«WLFD M£ KDYLD VH 2 - A escrita enquanto prática social
tornado a ferramenta mais fundamental das civilizações em ascensão”
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Lembram-se que no início desta aula afirmamos que a
linguagem escrita também se transformou em um símbolo
de poder? Vocês imaginam por quê? Roland Barthes, em
OLWWHUDWXUD ȆDOIDEHWR JUDP£WLFDȇ Ȃ WHYH LQ¯FLR 2V Aula (1989), afirma que a linguagem é uma espécie de poder
textos literários mais antigos do mundo aparecem e também de subordinação, visto que ela está a serviço do
HPWDEXOHWDVVXPHULDQDVSRHPDVȆQDUUDWLYDVȇTXDVH ensino, da política, do comércio, entre outros.
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9RF¬V VDELDP TXH D HVFULWD OLWHU£ULD WHYH LQ¯FLR DQWHV GH &ULVWR"
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Perceberam, então, que as possibilidades são imensas
diante do papel e caneta/lápis? Ou mesmo do teclado?
Perceberam o quanto podem ser ouvidos por meio da escrita?
Visto que, o sujeito que tem essa prática, ao se deparar
com um repertório de vocabulário, está também diante da
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Com o passar dos anos, a escrita deixou de ser registrada em papiro
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TXH SRVWHULRUPHQWH « VXEVWLWX¯GR SHOR FµGH[ DQFHVWUDO GR OLYUR
FRQWHPSRU¤QHR de considerarem o escritor como um ser especial, como se
Figura 5: Pergaminho. Imagem disponível em:<http://luiz-eleno.blogspot.com.
br/2011_01_01_archive.html>. Acesso em: 15 Dez. 2015.
Figura 6:Codex. Imagem disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_
Petropolitanus>. Acesso em 12 Dez. 2015.
Vejam que não foi só a escrita que se desenvolveu, mas
também o objeto em que ela é praticada. Sobre isso, Roger
Chartier (2002, p. 61) constata que o material é tão importante
e merece tanto destaque quanto o que está escrito, visto que
“os textos não existem fora dos suportes materiais (sejam eles
quais forem) de que são os veículos”.
Atualmente, a escrita presentifica-se em tabletes,
computadores, celulares, etc. No entanto, como observa Fisher
(2009, p. 278), qualquer que seja a forma que a escrita tenha no
futuro, permanecerá central à experiência humana, registrando
memórias, culturas e histórias, pois, “como já deixou registrado
com pincel e tinta, um escriba egípcio, cerca de quatro mil anos
atrás: um homem morreu e seu corpo se tornou terra. Todos
os seus parentes se desintegraram no pó. É pela escrita que será
lembrado”.
Ou seja, a escrita é uma das responsáveis por eternizar a
nossa história, hoje ainda temos o vídeo, mas antes, essa era uma
função apenas da escrita, visto que com a oralidade muita coisa
se perde ou pode ser facilmente modificada. Portanto, o acesso
ao passado remoto, as histórias das grandes guerras, perdas e
vitórias, isto é, parte daquilo que nos constituiu enquanto a
sociedade que formamos está registrada e assim como permitiu
a nós, permitirá as futuras gerações a compreensão dessa
constituição.
possibilidade de resistência permitida por meio da mesma.
Assim, é possível perceber que o texto não é fechado em si
mesmo, pelo contrário, ele está impregnado de marcas sociais
e históricas e, por isso, expressa o coletivo, denuncia, exalta e
reivindica.
No entanto, infelizmente, essa escrita é praticada por
poucos, um dos fatores que contribuem para isso, é o fato
apenas algumas pessoas fossem escolhidas para este ato tão
significativo! Mas, não se engane! Não é necessário ser um
escritor profissional, ou publicar livros para ser ouvido! As
redes sociais, por exemplo, estão aí para mostrar que qualquer
indivíduo crítico pode opinar, criticar e exigir seus direitos!
Os textos que produzimos, por exemplo, nas
universidades, precisam levar nossas mensagens, opiniões,
afinal, são eles que nos representam nos estudos,
principalmente na modalidade EAD! Por isso, ele deve ser
planejado! E, é isto que aprenderemos também ao longo desta
disciplina! Mas, antes é necessário nos conscientizarmos da
validade da escrita, precisamos deixar de ver este ato como se
fosse algo automático, feito apenas para cumprir exigências.
Sim, concordamos que essa consciência deveria ter sido
adquirida lá no ensino fundamental, os próprios PCN’s que
se referem ao ensino de primeira a quarta série reconhecem
que “ser um usuário competente da escrita é, cada vez mais,
condição para efetiva participação social” (BRASIL, 1997, p.
16). Portanto, nem sempre isso acontece! Mas, nunca é tarde
para a aquisição desta consciência e desta prática! Por isso
estamos convidando vocês para refletirem sobre este assunto
tão importante quando forem produzir seus textos!
Neste sentidos, comungamos da ideia da escrita ser
uma ferramenta fundamental para que vocês consigam se
expressar de forma apropriada. Ou seja, defendemos nesta
aula uma escrita autônoma capaz de reproduzir nossos
pensamentos, ideias, objetivos, entre outros. E, esta escrita
que o convidamos a produzir nesta disciplina caro(a) aluno(a)
escritor, esperamos que você seja capaz de ser representado
por suas palavras inscritas na superfície do papel ou da tela
do computador, “seja para reivindicar direitos, denunciar a
sociedade ou mesmo pelo prazer em criar textos literários,
principalmente nos dias atuais, com a facilidade de tornar
público qualquer texto por meio das redes sociais” (HOKI,
2014). Estão prontos para esse desafio? Tenho certeza que
sim!
80 20

Retomando a aula Minhas anotações

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1 – O surgimento da escrita

Esta seção trouxe importantes informações sobre

o surgimento e desenvolvimento da escrita, destacamos
algumas datas importantes bem como a importância da
escrita em nosso cotidiano desde as tarefas mais básicas até
as mais complexas.

2 – A escrita enquanto prática social

Na seção II abordamos a escrita enquanto legitimadora

do poder, portanto, ao mesmo tempo em que é dominadora
é também libertadora. Nesse sentido, demonstramos a
importância de vocês praticarem uma escrita crítica e reflexiva.

Vale a pena

Vale a pena ler

CHARTIER, Roger. Os desafios da escrita. São Paulo:
Editora UNESP, 2002.

Vale a pena acessar

A História da Palavra - O Nascimento da

Escrita. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=TVxmJoi-DDg>. Acesso em: 16 dez. 2015.

Vale a pena assistir