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a meiose reduz a quantidade de material genético de diploide para haploide e proporciona variabilidade genética.
Mitose e Meiose
Prófase
Metáfase
Anáfase
Telófase
T. Montanari
Adaptado de Browder, L. W.; Erickson, C. A.; Jeffery, W. R. Developmental Biology. Philadelphia: Saunders College, 1991. p.25.
Mitose Meiose
Ocorre em células somáticas e germinativas. Ocorre em células germinativas.
Uma divisão por ciclo, onde há a separação das cromátides-irmãs. Duas divisões por ciclo. Na primeira meiose, há a separação dos
cromossomos-homólogos, e, na segunda meiose, ocorre a
separação das cromátides-irmãs.
Não há crossing-over na prófase. Há crossing-over na prófase.
O MPF é uma fosfoproteína com duas subunidades: ciclina B e Cdk1 (cyclin-dependent kinase 1). A ciclina ativa a Cdk1, a qual é
uma enzima quinase que fosforila proteínas, como a histona H1 e as laminas, levando à condensação da cromatina e à
desintegração do envoltório nuclear, respectivamente.
O MPF induz a transição da fase G2 para a fase M (mitose) do ciclo celular de células somáticas e, por isso, é também denominado
fator promotor da fase M (M-phase promoting factor).
Espermatogênese
Espermatogônia
Espermatócito
primário
Espermatócito
secundário
No ser humano, a espermatogênese demora 64-74 dias: quase 16 dias no período de mitoses das espermatogônias; 24 dias na primeira
meiose; cerca de 8h na segunda meiose, e quase 24 dias na espermiogênese.
Oogênese
Oócito secundário e
corpúsculo polar Óvulo e corpúsculos polares
T. Montanari
Adaptado de Browder et al., 1991. p.27.
oogônia
oogônia
Interfase
oócito primário
Adaptado de Carr, B. R. Disorders of the ovary and female reproductive tract. In: Wilson, J. D.; Foster, D. W.; Kronenberg, H. M.; Larsen, P. R.
Williams textbook of Endocrinology. 9.ed. Philadelphia: W. B. Saunders, 1998. p.753.
Espermatogênese (testículos) Oogênese (ovários)
Os túbulos seminíferos possuem o epitélio seminífero (ou germinativo), especializado na produção de espermatozoides.
Ao redor dos túbulos, há a túnica própria, composta pela membrana basal, pelas fibras colágenas e pelas células mioides
peritubulares, que são miofibroblastos.
Entre os túbulos, há o tecido intersticial, um tecido conjuntivo frouxo, com as células de Leydig (secretoras de testosterona), vasos
sanguíneos e linfáticos.
meiose I
espermatócitos secundários
meiose II
espermátides redondas
espermiogênese
espermátides alongadas
espermiação
espermatozoide
T. Montanari
Adaptado de Larsen, W. J. Human Embryology. New York: Churchill Livingstone, 1993. p.10.
Roberta Davis, Z. B. R. Dacás & T. Montanari, UFRGS T. Montanari, UFRGS
A B
Cortes de testículo de camundongo, onde são indicados no túbulo seminífero: espermatogônia (1), espermatócito (2), espermátide
redonda (3), espermátide alongada (4) e célula de Sertoli (S). Em torno dos túbulos seminíferos, há as células mioides peritubulares
(M) e, no tecido intersticial, as células de Leydig (L). A - 7µm de espessura, HE; B - 1µm de espessura (corte semifino), Azul de
toluidina.
E
M
S
Eletromicrografia do epitélio germinativo, onde é indicada a ponte citoplasmática interligando duas espermátides
redondas.
Células de Sertoli:
- presentes no epitélio seminífero, são alongadas, piramidais, com núcleo grande e claro e nucléolo proeminente, com heterocromatina
associada;
- contribuem para a formação da membrana basal;
- são responsáveis pela sustentação e translocação das células germinativas da base para o ápice do epitélio germinativo;
A B
Cortes de testículo de camundongo: A - 7µm de espessura, HE; B - 1µm de espessura (corte semifino), Azul de toluidina.
- conseguem realizar as funções de sustentação e translocação das células germinativas pela união por junções de adesão e
desmossomos;
- através de junções gap, nutrem as células germinativas e regulam a espermatogênese;
- formam a barreira hematotesticular através de junções de oclusão, protegendo a espermatogênese de macromoléculas provenientes
do sangue e evitando uma resposta autoimune contra as células germinativas diferenciadas;
T. Montanari
Luiz Renato França, UFMG
Eletromicrografia de segmento de testículo, onde é apontada a junção de oclusão entre células de Sertoli, logo acima do
compartimento basal com as espermatogônias (E). Cortesia do Prof. Dr. Luiz Renato França, ICB, UFMG.
- secretam um fluido para a luz do túbulo seminífero, o fluido testicular, que leva os espermatozoides para fora dos testículos;
- produzem fatores que regulam a espermatogênese, como a proteína de ligação ao andrógeno (ABP), e a ativina e a inibina, que
regulam a secreção do hormônio folículo estimulante (FSH);
- realizam fagocitose dos restos citoplasmáticos que se desprendem das espermátides (corpo residual).
T. G. Loureiro e T. Montanari
Adaptado de Fawcett, D. W. The ultrastructure and functions of the Sertoli cell. In: Greep, R. O.; Koblinsky, M. A. Frontiers in reproduction and
fertility control. Cambridge: MIT Press, 1977. p.302-320.
Células de Leydig:
- localizadas no tecido intersticial;
- produzem testosterona sob a influência do LH.
E. Leite e T. Montanari
- são miofibroblastos;
- localizam-se em torno da base dos túbulos seminíferos;
- servem como primeira barreira à entrada de macromoléculas;
- devido à presença de filamentos contráteis, a sua contração
ajuda no transporte dos espermatozoides pelos túbulos.
- do complexo de Golgi surgem vesículas com enzimas que resultam no acrossoma (ou capuz acrossômico);
- RNAm é armazenado como corpo cromatoide ( ).
- finalizando a espermiogênese, há a perda do excesso de citoplasma, o corpo residual (CR), que será fagocitado pelas células de
Sertoli. Uma porção de citoplasma permanece na região do pescoço do espermatozoide: é a gota citoplasmática (G). Ela será perdida
no epidídimo.
CR
Peça intermediária
Peça terminal
T. Montanari & H. Dolder, UNICAMP
T. Montanari & H. Dolder, UNICAMP
Controle hormonal da espermatogênese
O hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), que atua sobre a hipófise, a qual secreta o hormônio folículo
estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH).
As células de Sertoli, sob influência do FSH, desenvolvem seu citoesqueleto e suas organelas, aumentando a síntese de fatores que
regulam a espermatogênese, como a proteína de ligação ao andrógeno (ABP). Ainda produzem ativina e inibina, que ativam e
suprimem a liberação de FSH, respectivamente, regulando esse processo.
As células de Leydig são estimuladas pelo LH e produzem testosterona. Esse hormônio promove a espermatogênese e é responsável
pelas características sexuais secundárias.
Controle da espermatogênese por apoptose
- criptorquidia;
- desnutrição e álcool;
- radioterapia e quimioterapia;
- substâncias químicas, como os pesticidas, medicamentos , drogas, ftalatos (usados em plásticos) e dioxina
(produto da combustão).
T. Montanari & H. Dolder, UNICAMP T. Montanari & H. Dolder, UNICAMP
A B
Cortes de testículo de camundongo. A – controle, B – tratado com extrato de Achillea millefolium. HE.
T. Montanari & H. Dolder, UNICAMP T. Montanari & H. Dolder, UNICAMP
A B
Cortes de testículo de camundongo. A – controle, B – tratado com extrato de Achillea millefolium. HE.
HISTOFISIOLOGIA DOS OVÁRIOS
Tuba uterina
Ovário
Ligamento
ovariano
Útero
Ligamento largo
E. Leite e T. Montanari
Baseado em Population Reports, série C, n. 8, junho de 1981, p. C-3.
Os ovários são um par de órgãos em forma ovoide, com cerca de 3cm de comprimento e 2cm de largura e 14g de peso.
Estão ligados ao aparelho reprodutor pelo ligamento ovariano e pelo ligamento largo do útero. O mesovário, uma prega do
peritônio visceral, fixa os ovários ao ligamento largo e transporta os vasos linfáticos e sanguíneos e os nervos para o hilo das
gônadas.
T. Montanari, UFRGS
ZC
CL
ZM
CL
T. Montanari, UFSM
Ovário de camundonga no 18º dia de gestação, Corte de ovário de camundonga, onde são indicadas a zona cortical (ZC),
fotografado ao microscópio estereoscópico. com os folículos ovarianos e os corpos lúteos (CL), e a zona medular (ZM),
CL - corpo lúteo. com vasos sanguíneos e linfáticos. HE.
Classificação dos folículos
T. Montanari
Esquema do desenvolvimento dos folículos ovarianos: folículo primordial, unilaminar, multilaminar, antral, maduro e atrésico.
Adaptado de Erickson, G. F.; Magoffin, D. A.; Dyer, C. A. The ovarian androgen producing cells: a review of structure/function relations. Endocr. Rev.,
v.6, p.371-9, 1985 apud Carr. In: Wilson et al., 1998. p.759.
Constituintes:
Folículo primordial
oócito primário circundado pela zona pelúcida e por uma camada de células foliculares pavimentosas
Folículo unilaminar
oócito primário circundado pela zona pelúcida e por uma camada de células foliculares cúbicas
Folículo multilaminar
oócito primário circundado pela zona pelúcida, por mais do que uma camada de células
foliculares (camada granulosa) e pela teca, derivada de fibroblastos
Folículo antral Folículo maduro
oócito primário
antro
oócito secundário
zona pelúcida
camada granulosa
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Folículo atrésico
Em cada ciclo menstrual, cerca de 20 folículos são recrutados para o crescimento, geralmente um folículo atinge o estágio
de maduro e sofre ovulação, os demais degeneram: sofrem atresia folicular.
Esse processo decorre da secreção de uma grande quantidade de inibina pela camada granulosa do folículo em
crescimento dominante, o que diminui o nível tônico de FSH necessário para a continuidade do crescimento dos folículos
antrais. Suas células entram em apoptose, enquanto o folículo dominante, que já está independente do hormônio
hipofisário, sofrerá a ovulação. O folículo dominante adquire esse estado sete dias antes da ovulação.
O processo de atresia folicular é regulado por produtos gênicos, como a proteína inibitória da apoptose neural (neural
apoptosis inhibitory protein – NAIP). Ela está presente em todos os estágios de folículos em crescimento, mas ausente
nos folículos atrésicos. A sua expressão é promovida pelos altos níveis de gonadotrofinas. Por isso, quando há a queda do
FSH, as células foliculares, sem a síntese da NAIP, entram em apoptose.
U
A P
T. Montanari, UFRGS
Corte de ovário de camundonga, onde são visíveis folículos primordiais (P) e folículos em crescimento unilaminar (U), multilaminar (M)
e antral (A). HE.
T. Montanari, UFRGS T. Montanari & Estela Bevilacqua, USP
Cortes de ovário de camundonga, com diferentes estágios do desenvolvimento dos folículos. HE.
T. Montanari, UFRGS
A oogênese é também controlada pelas gonadotrofinas produzidas pela hipófise: o hormônio folículo estimulante (FSH) e o
hormônio luteinizante (LH).
A ação dos hormônios hipofisários sobre os ovários estimula a secreção de estrógeno e progesterona que atuam sobre o restante do
aparelho reprodutor.
E. Leite e T. Montanari
Adaptado de Hedge et al., 1988 e de Bulun, S. E.; Adashi, E. Y. The phisiology and pathology of the female reproductive axis. In: Kronenberg, H.
M.; Melmed, S.; Polonsky, K. S.; Larsen, P. R. Williams textbook of Endocrinology. 11.ed. Philadelphia: Saunders Elsevier, 2008. p.559.
E. Leite e T. Montanari
Adaptado de Hedge et al., 1988 e de Bulun & Adashi. In: Kronenberg et al., 2008. p.559.
T. G. Loureiro e T. Montanari
Ciclo estral:
Nos animais monoéstricos, o ciclo estral é seguido por um longo período de anestro (cadela).
Nos animais poliéstricos, os ciclos estrais se sucedem sem intervalo (roedores, gatas, vacas e porcas) ou com um breve
anestro (égua e ovelha).
Proestro
- liberação de FSH pela hipófise;
- crescimento dos folículos ovarianos:
secreção de estrógeno;
- células nucleadas e anucleadas no esfregaço
vaginal.
T. Montanari & E. Bevilacqua, USP
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Estro
- níveis elevados de estrógeno:
queratinização do epitélio vaginal preparando para o coito;
- células anucleadas no esfregaço vaginal;
- pico de LH ovulação.
- Fase menstrual
O primeiro dia do ciclo menstrual é o primeiro dia de sangramento.
A menstruação é a descamação da camada funcional do endométrio. Esta fase dura quatro a seis dias.
estrógeno
progesterona
5 14 28
Fase Menstrual Fase Proliferativa Fase Secretora
T. Montanari
Fotomicrografia de útero humano na fase proliferativa, Fotomicrografia de útero humano na fase secretora, com
exibindo glândulas endometriais de trajeto reto. HE. glândulas endometriais tortuosas. HE.
T. Montanari, UFSM T. Montanari, UFSM
Ovário de camundonga com corpos lúteos gravídicos. Ovário de camundonga com corpus albicans.
No ser humano, o corpo lúteo tem praticamente o mesmo tamanho do folículo maduro que o originou: 1,5 a 2,5cm.
Ele é uma glândula endócrina cordonal que, sob a influência do LH, secreta progesterona e um pouco de estrógeno.
Se ocorrer a fertilização, o corpo lúteo será mantido pela gonadotrofina coriônica humana (hCG), sintetizada pelo córion do embrião,
que será parte da placenta. Esse hormônio é semelhante ao LH.
O corpo lúteo gravídico aumenta bastante o seu tamanho, atingindo 5cm de diâmetro.
A regressão do corpo lúteo forma uma cicatriz de tecido conjuntivo, o corpus albicans.
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