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Universidade de São Paulo

PHA 5013 – Hidrologia


Determinística Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo

Amortecimento na bacia, em
canais e em reservatórios

Prof. Dr. Arisvaldo V. Méllo Jr


Bacia hidrográfica como um sistema físico

Ciclo Hidrológico

P = ET +Q  S

▪ Pode ser considerada um sistema onde a entrada é o volume


de água precipitado e a saída é o volume de água escoado
pelo exutório, considerando-se como perdas intermediárias os
volumes evaporados e transpirados e também os infiltrados
profundamente
Fluxo da água sobre a bacia

▪ Processo que varia nas três dimensões e no tempo


▪ O fluxo começa quando a água preenche as depressões
impermeáveis na superfície apresenta uma lâmina
suficiente para superar as forças de retenção
▪ Dois fluxo podem ser distinguidos
 Sobre a superfície da Terra
Escoamento Superficial
 No canal

Q
Definições

▪ Fluxo permanente: constante no tempo


 Permanente uniforme: velocidade constante no tempo e no
espaço
 Permanente e não uniforme: velocidade constante no
tempo e varia no espaço
▪ Fluxo não permanente: varia no tempo e no espaço
▪ Equação da continuidade
 Expressa o princípio da conservação da massa (volume)
entre dois pontos, pois a mesma não pode ser criada nem
destruída

𝑑𝑆 Se dS/dt = 0  fluxo é permanente


+𝑄 𝑡 −𝐼 𝑡 =0 (o volume de entrada é igual ao de
𝑑𝑡
𝑑𝑆 saída)
=𝐼 𝑡 −𝑄 𝑡
𝑑𝑡
Definições

▪ Equação da continuidade
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑉
+𝑉 +𝑦 =0 Forma não conservativa
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝐴 𝜕𝑄
+ =0 Forma conservativa
𝜕𝑡 𝜕𝑥

▪ Equação da quantidade de movimento


 Momentum do fluido: B = m.V (m – massa; V –
velocidade)
 A taxa de mudança do momentum no tempo é igual a
força líquida sobre o fluído numa dada direção
Fv

𝑑𝐵 𝑑 𝑚𝑉 Fd Fw
Fu2
= = ෍𝐹 Fu1
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Ff
Definições

▪ Equação da quantidade de movimento (por


unidade de comprimento)
𝜕𝑉 𝜕𝑉 𝜕𝑦
+𝑉 +𝑔 − 𝑔 𝑆𝑜 − 𝑆𝑓 = 0 Forma não conservativa
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
Permanente uniforme (onda cinemática)
Permanente não uniforme (onda de difusão)
Não permanente não uniforme (onda
dinâmica)

1 𝜕𝑄 1 𝜕 𝑄2 𝜕𝑦
+ +𝑔 − 𝑔 𝑆𝑜 − 𝑆𝑓 = 0
𝐴 𝜕𝑡 𝐴 𝜕𝑥 𝐴 𝜕𝑥

Aceleração Força de Força de Força de


Aceleração
local pressão gravidade atrito
convectiva
Declividade
do fundo
Tempos de resposta do hidrograma do
escoamento superficial direto

▪ Tempo de pico: desde o Chuva (mm/h)


início da ascensão até o

Precipitação
pico do hidrograma
(ponto P) – depende das P
características físicas
Centro de massa
da bacia, da chuva e
uso do solo Atraso

Vazão
▪ Tempo de base: C
duração do escoamento
▪ Tempo de atraso: desde A
o centro de massa da
Tempo de pico
chuva até o pico do
hidrograma Tempo de base
Processos envolvidos no escoamento

▪ O hidrograma de
escoamento superficial de
um rio resulta de dois
processos:
1.Translação: Relacionado com o
percurso de uma partícula de
água paralelamente ao fundo dos
rios e das superfícies da bacia
2.Amortecimento: Relacionado ao
armazenamento temporário da
água nos canais e superfícies da
bacia (movimento perpendicular
ao fundo do canal)
Tempo de Translação:
Tempo que uma gota de
precipitação excedente
leva para percorrer a
distância do ponto em
que se precipita até a
saída da bacia
Tempo de Concentração:
Tempo que uma gota de
Tc precipitação excedente
leva para percorrer a
distância do ponto mais
afastado até a saída
da bacia
Tempo de concentração

▪ A chuva excedente uniformemente distribuída


em toda bacia produz o escoamento no
exutório, que se concentra na saída da bacia
▪ Dados de difícil obtenção
▪ Estimativa: método cinemático
 Soma dos tempos dos escoamentos superficiais - tes
(relação comprimento / velocidade)
 A velocidade é obtida pela equação de Manning

𝑛
𝐿 1 2 Τ3 1 Τ2
𝑡𝑐 = ෍ 𝑡𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑠 =
𝑉 𝑉= ∙𝑅 ∙𝑆
𝑖=1 𝑛
R é o raio hidráulico (área/perímetro molhado), S é a declividade e n é o coeficiente
de rugosidade de Manning
Coeficiente de Manning (n)
Uso do solo/ Condição do escoamento n de Manning
Planície de inundação
Pastagem 0,035
Campos de cultivo agrícola 0,040
Campo com arbustos e ervas daninhas 0,050
Campo com arbustos densos 0,070
Campo com árvores densas 0,100
Canal natural
Limpo com curso retilíneo 0,030
Limpo e sinuoso 0,040
Sinuoso e com ervas daninhas e empoçamentos 0,050
Arbustos e árvores pesadas 0,100
Canal revestido
Concreto 0,012 Fonte: Chow et al, 1998

Fundo de cascalho lados de concreto 0,020


Fundo de cascalho com lados de argamassa 0,023
Fundo de cascalho com lados de pedra bruta 0,033
Equações empíricas para cálculo do Tc para
regiões determinadas

Nome Equação Unidades Obs


Onda  n0,6 L0,6  Tc – min; L – m; n - adm Utilizar sempre que possível
Tc  6,92  0,4 0,3  l – mm/h; S- m/m
cinemática I S 
0,7
SCS L0,8  1000  Tc – min; L – m; S - Bacias rurais com áreas de até 8 km²,
Tc  0, 0136. 0,5 .   9 m/m; CN – 40 a 95 super estima Tc para CN baixo
S  CN 
Dooge A0,41 Tc – h; A – km2; S – Bacias rurais de 140 a 930 km2,
Tc  1,18  0,17 m/km escoamento predominante em canais
S
Bransby- L  1  Tc – min; L – m; A – km2;
Tc  76,86    0,1 0,2  S- m/m
Willians 5280  A  S 
Kerby Tc – min; L – m; c – Bacias pequenas (<4 ha), predomina
 Lc 
0,467

Tc  1, 44   0,5  adm; S - m/m escoamento superficial, para S<1% (c<


S  0,8)
Kirpich L0,77 Tc – min; L – m; S – m/m Áreas agrícolas de até 0,5 km2,
Tc  0, 019 0,385
S declividade de 3 a 10%
Federal Avition L0,5 Tc – min; L – m; C – 0,1 L < 150m, áreas pequenas, Coef.
Tc  3, 26 1,1  C 
Agency (1970) S 0,333 a 0,95; S - m/m Runoff (C), escoamento superficial
(sem canalizações)
Califórnia L1,155 Tc – min; L – km; H - m
Tc  57 0,385
Culverts Pratice H
Encaminhamento do hidrograma
(Amortecimento do fluxo – Flow routing)

▪ Procedimento para determinar o tempo e a magnitude


do fluxo em um ponto do curso d´água a partir de um
hidrograma que entrada em um ou mais pontos de
montante
▪ Análise do traçado do fluxo através do sistema
hidrológico dado uma entrada
▪ Modelo de amortecimento
 Aglomerado (concentrado): o fluxo é calculado em
função do tempo para um dado ponto (Hidrológico)
 Distribuído: o fluxo é calculado em função do espaço
e do tempo através do sistema (Hidráulico)
Modelo de amortecimento concentrado
𝑑𝑆
=𝐼 𝑡 −𝑄 𝑡
𝑑𝑡
Entrada Saída do
Armazenamento
conhecida hidrograma

▪ Equação não pode ser resolvida diretamente para obter o


hidrograma de saída porque Q e S são desconhecidos
▪ É necessário utilizar uma equação (função de
armazenamento) que relacione S, I e Q para formar um
sistema de equações com 2 incógnitas e 2 equações
▪ A função de armazenamento depende da natureza do sistema
 Amortecimento em reservatório
𝑆=𝑓 𝑄
 Amortecimento no canal
Amortecimento em reservatório
Relação invariável Relação variável
Q e S é função do nível da água no reservatório e Efeito do remanso que causa
o pico da saída (P) ocorre quando o hidrograma de retardamento do pico de saída
saída intercepta o hidrograma de entrada, porque
o armazenamento máximo (R) ocorre quando:
𝑑𝑆Τ𝑑𝑡 = 𝐼 − 𝑄 = 0
Tempo de movimento do hidrograma
Q Influxo

Saída

t
Tempo de movimento
Q
O efeito do armazenamento redistribui o
hidrograma pela mudança do centróide do
Influxo para a posição do hidrograma de
saída

t
Tempo de redistribuição
Q

Saída

t
Tempo de translação
Armazenamento no período de tempo

Variação do hidrograma de entrada (I) e saída


Ij+1 (Q) no t é aproximadamente linear e a variação
do armazenamento (Sj+1 – Sj) pode ser dada por:
Vazão

Sj+1 - Sj
Ij

𝐼𝑗 + 𝐼𝐽+1 𝑄𝑗 + 𝑄𝑗+1
Q j+1 𝑆𝑗+1 − 𝑆𝑗 = ∆𝑡 − ∆𝑡
Qj 2 2

t
t
Multiplicando todos os termos por 2/t e
rearranjando os termos:
Armazenamento

2𝑆𝑗+1 2𝑆𝑗
+ 𝑄𝑗+1 = 𝐼𝑗 + 𝐼𝑗+1 + − 𝑄𝑗
∆𝑡 ∆𝑡
Sj+1
Sj
Dados de entrada: curvas cota-volume do
t
reservatório e cota-descarga do vertedor
Vertedor de um reservatório

L= largura do vertedor
Vertedor retangular (Reservatório Pedra
do Cavalo - BA)
Curvas de descarga de vertedores
3 Q = vazão de descarga
𝑄 =𝐶∙𝐿∙ 𝐻2 C = coeficiente de descarga 𝑄 = 𝐶 ∙ 𝑊 ∙ 𝐷 ∙ 2𝑔𝐻
L = largura da crista do vertedor
Vertedor de soleira H1 = carga total referente à crista do vertedor Bueiro
livre H2 = carga total referente ao topo da abertura
C0 = coeficiente que relaciona H e RS
RS = raio de abertura do vertedor
D = altura da abertura
2  32 3

3 W = largura da embocadura Q  2 
2 g  C  L   H1  H 2 
𝑄= 𝐶𝑜 2𝜋𝑅𝑠 𝐻 2 3  
Vertedor Tulipa Vertedor com comporta

Rs
2𝑆𝑡+1 2𝑆𝑡
Cálculo: ∆𝑡
+ 𝑄𝑡+1 = 𝐼𝑡 + 𝐼𝑡+1 +
∆𝑡
− 𝑄𝑡

Tempo Tempo Influxo It + It+1 𝟐𝑺𝒕 𝟐𝑺𝒕+𝟏 Saída (Qt+1)


− 𝑸𝒕 + 𝑸𝒕+𝟏
(j) h m3/s ∆𝒕 ∆𝒕 m3/s
1 0 30 45000
2 2 45 75 45074,8 45075 1,75
3 4 75 120 45194,6 45194,8 4,55

 

 

 

 
4 6 110
5 8 140

2𝑆𝑡
1) Cota inicial H = 180 m  𝐼𝑡 + 𝐼𝑡+1 + − 𝑄𝑡 = 75 + 45000 = 45075
∆𝑡
2𝑆𝑡+1
2) Interpolando na tabela: + 𝑄𝑡+1 = 45075  𝑄𝑡+1 = 1,75 m³/s
∆𝑡
2𝑆𝑡
3) Interpolando na tabela: 𝑄𝑡+1 = 1,75 m³/s  H = 180,0812 m  − 𝑄𝑡 = 45074,8
∆𝑡

H (m) Q (m3/s) S (m3) 𝟐𝑺/∆𝒕 + 𝑸


180 0 16,2.107 45000,00
181 21,55 16,52.107 45921,55
182 60,95 16,85.107 46860,95
Piscinão do Pacaembu
Bacia do Alto Tietê
Vista antes das obras (1993)

Vista durante as obras (1994)

Fonte: Canholi, 2005


Método Hidrológico

Amortecimento em canal
Abordagens de modelação

▪ Hidrológico Conceito de armazenamento


 Predição
• Conhecido: Hidrograma de entrada e parâmetros do canal
• Objetivo: Calcular o hidrograma de saída
 Calibração
• Conhecidos: hidrogramas de entrada e saída
• Objetivo: calcular os parâmetros do canal
 Inversão
• Conhecidos: hidrograma de saída e parâmetros do canal
• Objetivo: calcular o hidrograma de entrada

▪ Hidráulico Princípio de conservação de massa e momentum

𝜕𝑉 𝜕𝑉 𝜕𝑦
+𝑉 +𝑔 − 𝑔 𝑆𝑜 − 𝑆𝑓 = 0
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
Permanente uniforme (onda cinemática)
Permanente não uniforme (onda de difusão)
Não permanente não uniforme (onda
dinâmica)
Método de Muskingum

I-Q Volume da Cunha = K . X . (I - Q)

Volume do Prisma = K . Q Q

- Existe um armazenamento em prisma que é formado pelo fluxo de seção transversal


constante ao longo do comprimento do canal. A área da seção é diretamente
proporcional a vazão. K é o coeficiente de proporcionalidade.
- Durante o avanço da onda de cheia o influxo excede a vazão de saída produzindo um
armazenamento em cunha. O volume é ponderado pelo fator X (0 ≤ X ≤ 0,5) que
expressa a influência relativa do influxo sobre o armazenamento.
- Armazenamento total: S = K . Q + K . X . (I – Q)
- X = 0: não existe cunha ou remanso, é o caso de reservatório (modelo linear)
- 0 ≤ X ≤ 0,3 para rios naturais
- K é o tempo de viajem da cheia através do canal
- K e X são assumidos constantes ao longo do trecho
Método de Muskingum
𝑆 = 𝐾𝑄 + 𝐾𝑋 𝐼 − 𝑄
t
𝑆 = 𝐾 𝑋𝐼 + 1 − 𝑋 𝑄
Sj+1
Ij+1 Q j+1
O armazenamento nos tempos j e j+1 resulta j+1
nas seguintes equações:

𝑆𝑗 = 𝐾 𝑋𝐼𝑗 + 1 − 𝑋 𝑄𝑗
Ij Sj Qj
𝑆𝑗+1 = 𝐾 𝑋𝐼𝑗+1 + 1 − 𝑋 𝑄𝑗+1 j
Comp. trecho
A mudança do armazenamento é Sj+1 – Sj:

𝑆𝑗+1 − 𝑆𝑗 = 𝐾 𝑋𝐼𝑗+1 + 1 − 𝑋 𝑄𝑗+1 − 𝑋𝐼𝑗 + 1 − 𝑋 𝑄𝑗

𝐼𝑗 +𝐼𝑗+1 𝑄𝑗 +𝑄𝑗+1
Como: 𝑆𝑗+1 − 𝑆𝑗 = ∆𝑡 − ∆𝑡  𝑄𝑗+1 = 𝐶1 𝐼𝑗+1 + 𝐶2 𝐼𝑗 + 𝐶3 𝑄𝑗
2 2

∆𝑡/𝐾 − 2𝑋 ∆𝑡/𝐾 + 2𝑋 2 1 − 𝑋 − ∆𝑡/𝐾


𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 =
2 1 − 𝑋 + ∆𝑡/𝐾 2 1 − 𝑋 + ∆𝑡/𝐾 2 1 − 𝑋 + ∆𝑡/𝐾

𝐶1 ≥ 0 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 = 1 𝐶3 ≥ 0
Estimativa dos parâmetros
Arm Cunha
Perfil da superfície da água

Arm Prisma
Arm Prisma
Arm Prisma

Velocidade no trecho Número de trecho


𝐿 𝐿 ∆𝑥 𝐿 𝐿 ∆𝑥 𝐿 𝐾
𝐾= ∴𝑉= 𝑉= 𝑛= = ∴ =
𝑉 𝐾 ∆𝑡 ∆𝑥 𝐾 ∆𝑡 ∆𝑥 ∆𝑡

- Deve-se escolher adequadamente o passo de tempo (t) e distância (x) e K e X para satisfazer
as restrições em C1, C2, C3
- K e X devem ser escolhidos de modo que a combinação caia dentro da região viável

∆𝑡
1
𝐾

0
0 0,5 1,0
X
Método de Muskingum-Cunge

Cunge (1969): Solução linear da onda cinemática


t
𝜕𝑄 𝜕𝑄 𝑑𝑄 𝑄 Q jn+1 Qj+1n+1
+ 𝛽𝑉 =0 =𝛽
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝑑𝐴 𝐴

∆𝑡
𝑋 𝑄𝑗𝑛+1 − 𝑄𝑗𝑛 + 1 − 𝑋 𝑄𝑗+1
𝑛+1 𝑛
− 𝑄𝑗+1 𝑛
𝑄𝑗+1 − 𝑄𝑗𝑛 + 𝑄𝑗+1
𝑛+1
− 𝑄𝑗𝑛+1
+𝑐
∆𝑡 2∆𝑥 Qjn Q j+1n

𝑛+1 x
𝑄𝑗+1 = 𝐶1 𝑄𝑗𝑛+1 + 𝐶2 𝑄𝑗𝑛 + 𝐶3 𝑄𝑗+1
𝑛 ∆𝑥

𝑐 ∆𝑡 Τ∆𝑥 − 2𝑋 𝑐 ∆𝑡Τ∆𝑥 + 2𝑋 2 1 − 𝑋 + 𝑐 ∆𝑡 Τ∆𝑥


𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 =
2 1 − 𝑋 + 𝑐 ∆𝑡 Τ∆𝑥 2 1 − 𝑋 + 𝑐 ∆𝑡 Τ∆𝑥 2 1 − 𝑋 + 𝑐 ∆𝑡 Τ∆𝑥

∆𝑥 1 𝑞𝑜 𝑞𝑜 ∆𝑡 1 𝑑𝑄
𝐾= 𝑋= 1− 𝐷= 𝐶=𝑐 𝑐=
𝑐 2 𝑆𝑜 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝑥 𝑆𝑜 𝑐∆𝑥 ∆𝑥 𝐵 𝑑𝑦

−1 + 𝐶 + 𝐷 1+𝐶−𝐷 1−𝐶+𝐷
𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 =
1+𝐶+𝐷 1+𝐶+𝐷 1+𝐶+𝐷
Método de Clark

Amortecimento na Bacia
4 horas

Isócrona:
Linha que representa
o lugar comum dos
pontos da bacia que
têm mesmo tempo de
3 horas translação até a saída
Isócrona de 2 horas

Isócrona de 1 hora
4 horas

Ai representa a área da
A4 bacia compreendida
entre duas isócronas
A3 AB=A1+A2+A3+A4
3 horas
Uma precipitação
t
A2 2 horas excedente h sobre uma área
Ai provocará a
A1 vazão de escoamento
1 hora
superficial:

Q= Ai x h/t
Uma precipitação excedente h com duração D
= 1 hora provocará na saída da bacia:

4 horas Na hora 1:
Q1= A1 x h/Dt
A4
Na hora 2:
Q2= A2 x h/Dt
A3
Na hora 3:

3 horas Q3= A3 x h/Dt

A2 Na hora 4:
2 horas
Q4= A4 x h/Dt
A1 1 2 3 4 horas
1 hora
O hidrograma desta Como h/t = constante,
chuva será portanto: o hidrograma será:

Q2
Q3 = (h/t) x A2
A3

Q1 Q4 A1 A4

Q1= A1 x h/t
Q2= A2 x h/t
Q3= A3 x h/t
Q4= A4 x h/t

Curva TEMPO x ÁREA


A3
A2
T h1 h2 h3 h4  Soma
t1 (h1/t1)A1 (h1/t1)A1 A1
t2 (h1/t2)A2 (h2/t2)A1 (h1/t2)A2 (h2/t2)A1
t3 (h1/t3)A3 (h2/t3)A2 (h3/t3)A1 (h1/t3)A3 (h2/t3)A2 (h3/t3)A1
t4 (h2/t4)A3 (h3/t4)A2 (h4/t4)A1 (h2/t4)A3 (h3/t4)A2 (h4/t4)A1
t5 (h3/t5)A3 (h4/t5)A2 (h3/t5)A3 (h4/t5)A2
t6 (h4/t6)A3 (h4/t6)A3
Total
Chuva

Área
h3 A3
h2 h4 A2
h1 A1

Tempo Tempo
Para uma chuva com intensidade constante
e grande duração (D > Tc)
A3
A2
h1 x A1
Chuva h1 h2 h3 ... A1

Curva Tempo-Área A1 A2 A3

h1x
Na hora 1 A1
Para uma chuva com intensidade constante
e grande duração (D > Tc)
A3
A2
chuva h1 h2 h3 ... A1

Curva Tempo-Área A1 A2 A3

h1x
A2

h1x h2x
Na hora 2 A1 A1
Para uma chuva com intensidade constante
e grande duração (D > Tc)

A3
A2
chuva h1 h2 h3 ...
A1
Curva Tempo-Área A1 A2 A3

h1x
A3
h1x h2x
A2 A2

h1x h2x h3x


Na hora 3 A1 A1 A1
Para uma chuva com intensidade constante
e grande duração (D > Tc)

A3
chuva h1 h2 h3 ... A2

A1
Curva Tempo-Área A1 A2 A3

h1x h2x h3x ...


A3 A3 A3
h1x h2x h3x h4x ...
A2 A2 A2 A2

Nas horas 4, 5,... h1x h2x h3x h4x h5x ...


A1 A1 A1 A1 A1
Conclusão

Quando o efeito de amortecimento é desprezível o


hidrograma é igual à curva Tempo-Área multiplicada
pela precipitação excedente.

E quanto ao amortecimento?
Clark propõe que o efeito de amortecimento seja
introduzido por um reservatório fictício colocado na
saída da bacia

A3 O hidrograma obtido pela translação da


A2
chuva é então jogado no reservatório
A1 que introduz o efeito de amortecimento

Hidrograma transladado
(sem amortecimento)

Hidrograma amortecido
pelo reservatório
Clark admitiu comportamento linear para
o reservatório, ou seja:

Vazão de entrada Constante que depende das


(hidrograma transladado) características físicas da bacia
(dimensão de tempo)
I
S=kxQ
S Q Vazão de saída
(hidrograma amortecido)

Exprimindo I e Q de forma discreta:

𝐼1 + 𝐼2 𝑄1 + 𝑄2
𝐼= 𝑄=
2 2
No intervalo t a variação de volume dS no reservatório será:

S2 - S1= t (I - Q)
𝐼1 + 𝐼2 𝑄1 + 𝑄2
𝑆2 − 𝑆1 = ∆𝑡 −
2 2
I
Da equação (1): 𝑆2 = 𝐾𝑄2 e 𝑆1 = 𝐾𝑄1

dS 0,5 𝐼1 + 𝐼2 ∆𝑡 − 0,5 𝑄1 + 𝑄2 ∆𝑡 = 𝐾 𝑄2 − 𝑄1
Q
Isolando Q2: 𝑄2 = 𝐶1 𝐼2 + 𝐶2 𝐼1 + 𝐶3 𝑄1

0,5∆𝑡 𝐾 − 0,5∆𝑡
𝑆 = 𝐾 ∙ 𝑄 (1) 𝐶1 = 𝐶2 = 𝐶3 =
𝐾 + 0,5∆𝑡 𝐾 + 0,5∆𝑡

t = tempo de viagem da água do fim de uma isócrona para a outra


𝐼1 + 𝐼2 𝑄1 + 𝑄2
𝐼= 𝑄= Q1 e Q2 = vazões inicial e final no t
2 2 I1 e I2 = histograma tempo x área inicial e final no t
K = coeficiente de armazenamento

Desta forma o hidrograma amortecido poderá ser obtido por recorrência,


desde que se conheça o hidrograma de entrada e a vazão de saída Q1 no
instante anterior.
Os valores de K podem ser obtidos por calibração
(quando existem dados de hidrogramas de cheia
observados) ou por meio de fórmulas empíricas:
Usualmente estes valores estão na faixa:

Bacias urbanas: K = 0.2 a 0.3 Tc

Bacias rurais

𝐴0,23
𝐾 = 16,1 ∙ 0,7 Fórmula de Dooge (A = km2; S = m/km)
𝑆
−1
𝐿2
𝐾 = 𝑇𝑐 ∙ 1,46 − 876 ∙ 10 −10
∙ Fórmula de Sabol (A = km2; L = m; Tc = h)
𝐴
Modelo ABC
Análise de bacias complexas
Exercício

APLICAÇÃO

52
Bacias complexas

▪ Formas diferenciadas de ocupação,


presença de Barragens, transferências
entre bacias, etc

53
Ciclo Hidrológico Completo

PRECIPITAÇÃO

Evapotranspiração Evaporação Evaporação

Inundação
VEGETAÇÃO SUPERFÍCIE SOLO CORPOS D’ÁGUA

Infiltração Capilaridade Vazão


Superficial
SUBSOLO Vazão RIO
Subsuperficial

Percolação Capilaridade Vazão


Básica

AQUÍFERO Recarga

DESCARGA DA BACIA

54
Ciclo Hidrológico Parcial

PRECIPITAÇÃO
Evapotranspiração Evaporação Evaporação

Inundação
VEGETAÇÃO SUPERFÍCIE SOLO CORPOS D’ÁGUA

Infiltração Capilaridade Vazão


Superficial
SUBSOLO Vazão
Subsuperficial RIO

Percolação Capilaridade Vazão


Básica

AQUÍFERO Recarga

DESCARGA DA BACIA

55
Entrada de Dados de no Modelo ABC6

Propriedades

Propriedades

56
Elementos da rede de fluxo do ABC6

▪ A representação da topologia do sistema é


concebida como rede de fluxo contendo os
seguintes elementos:
Nó: pontos de início, pontos de fim e confluências de
bacias.

Res. Lateral: vertedor de descarga do canal para um


reservatório fora do curso d’água.

Reservatório: represa no curso d’água com sistema de


vertimento livre e afogado.

Bacia: bacia hidrográfica e trecho de canal natural e


artificial.
57
Interface do ABC6 - Dados das Bacias

58
59
Interface do ABC6 – Dados de Reservatórios
Paralelos

60
Interface do ABC6 – Dados de Reservatórios

61
Parâmetros do ABC6

62
Parâmetros do ABC6

63
Entrada de Dados da Bacia no ABC6

64
Entrada de Dados de Chuva no ABC6

4 4 3 3
1
2
3
3
2
1 10 1 3
1
1

3
11 2
1
61
23
6

14

65
Áreas de Drenagem

NC
AP AI
DC

AP = Área permeável da bacia NC = Área impermeável da bacia não conectada


AI = Área impermeável da bacia aos rios
DC = Área impermeável da bacia diretamente
conectada aos rios
66
Entrada de Dados de Infiltração no ABC6

67
Método de cálculo da infiltração - SCS

( P  0,2.S ) 2 (1000  10.CN ) * 25,4


Pe  para P  0,2.S S
( P  0,8.S ) CN

onde
Pe = Precipitação excedente acumulada (mm);
P = Precipitação acumulada (mm);
S = capacidade potencial de infiltração do solo (mm);
CN = número de curva de infiltração do SCS.

• CN (Curve Number)
- Tipo hidrológico do solo.
- Uso e ocupaçãodo solo.
- Grau de saturação do solo.
68
Dados para Cálculo da Infiltração pelo Método
do SCS

69
Dados para Cálculo da Infiltração pelo Método do
SCS

70
Dados para Cálculo da Infiltração pelo Método
do SCS

71
Dados para Cálculo da Infiltração pelo Método do
SCS

Q
 P  0,2  S 
2
para P  0,2  S CN 
1000
P  0,8  S  10  S
25,4 72
Hidrograma de Clark – histograma tempo x
área

▪ A área acumulada de contribuição é


relacionada ao tempo de percurso pelas
seguintes equações:
𝐴𝑐 = 𝑎𝑇 𝑛 0 < 𝑇 < 0,5
𝑛
𝐴𝑐 = 1 − 𝑎 1 − 𝑇 0,5 < 𝑇 < 1
𝑎 = 0,5𝑛 1≤𝑛≤2
𝑡
𝑇=
𝑇𝑐

Ac = área acumulada expressa relativamente à área


total
T = tempo em unidades do tempo de concentração
n = coeficiente que varia com a forma da bacia
t = tempo de duração do evento até o Tc

73
Hidrograma de Clark – hidrograma tempo x
área

74
Entrada de Dados de Reservatório Lateral no
ABC6

75
Entrada de Dados de Reservatório no ABC6

76
Cálculo no ABC6

77
Resultados da Bacia no ABC6

78
Exercício

▪ Um canal que atravessa uma cidade próxima a


Presidente Prudente (SP) foi projetado para um período
de retorno de 50 anos, para uma chuva intensa de 5
horas de duração, considerando o coeficiente espacial
de redução de chuva igual a 1
▪ Intervalo de discretização de 30 minutos
▪ Considere duas sub bacias hidrográficas A e B em que
na seção de saída existe uma ponte sobre o canal
▪ São dadas as características das bacias
▪ Deverá ser construído um canal na seção da ponte
▪ Determinar a capacidade de vazão no canal na seção da
Ponte

79
B
A
Ponte

Canal

D=...
D=... T=...
T=... h=...
h=...
Bacia A Bacia B
A = 50 km2 A = 100 km2
Tc = 3.5 h Tc = 5 h
CN= 70 CN= 65
Velocidade = 1 m/s Velocidade= 1 m/s
Compr. Canal = 12.5 km Compr. Canal = 27 km
Fator amortec. x = 0,1 Fator amortec. x = 0,1
Hidrog. Clark: n = 1,5 e S = 10 m/km Hidrog. Clark: n = 1,5 e S = 10 m/km 80
Exercício - Parte 1
Qmax Amortecimento

A
B

A+B’ A B
B’

Canal

CNB= 65
CNA= 70

Chuva Excedente
Chuva Excedente

Determinar a vazão Qmax utilizada para dimensionar o canal

Solução no ABC6
Exercício - Parte 2

Qmax

A B

Canal extravasa

CNB= 65
CNA= 70
85

Com o crescimento da cidade e a consequente impermeabilização da bacia, levou


o valor de CN da sub-bacia A para 85. Avalie a nova vazão com período de retorno
de 50 anos.

Solução no ABC6
Exercício - Parte 3
Qmax

B
A

Canal deve deixar de


extravasar
CNB= 65
85
CNA= 60

Solução proposta: construir um reservatório de amortecimento para reduzir o


novo Qmax ao valor anterior

Determine a largura do vertedor do reservatório especificado a seguir para que


a vazão do canal, junto à ponte, volte a condição inicial
Dados de entrada do reservatório

Cotas do reservatório
775
Curva Cota x Vazão do vertedor
770,5 770,5
𝑄 = 𝐶 ∙ 𝐿 ∙ 𝐻 − ℎ0 3 Τ2
3 Τ2
𝑄 = 2,3 ∙ 𝐿 ∙ 𝐻 − 770,5
768

Curva Cota x Volume do reservatório


𝑉 = 𝑎 ∙ 106 ∙ 𝐻 − 𝐻0 𝑏
𝑉 = 0,1 ∙ 106 ∙ 𝐻 − 768 1,7

Solução a ser obtida com o ABC6

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