Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
UBERLÂNDIA
2017
ANA LUÍZA FERREIRA VARGAS
UBERLÂNDIA
2017
A. CONTEXTO HISTÓRICO
A rádio se instala no Brasil em 1922, mas foi somente em 1923 que Edgar Roquette
Pinto inaugurou a primeira emissora de rádio, a Rádio Sociedade, marcada pela primeira
transmissão que era voltada principalmente para atividades não comerciais. Na década de 30
há a autorização da publicidade no rádio permitindo a ampliação da difusão o dinheiro
permitiu manter a programação no ar. Essa arrecadação com a publicidade no rádio veio à
fortalecer a economia do país.
Em 1936, no governo de Vargas e com o começo da consolidação da rádio, foi
incorporada a Rádio Nacional, oficialmente inaugurada 12 de setembro,a partir do patrimônio
estatal do Rio de Janeiro.
Nessa época, grande parte da população brasileira ainda era analfabeta, e como dito
por Roquette Pinto na inauguração da rádio“O rádio é o divertimento do pobre (...), e a
informação dos que não sabem ler”, sendo visto nas rádios uma grande mídia que traria para
quase todos os lares, informações sobre as últimas notícias que antes o jornal impresso não
propiciava a eles. A rádio trazia para muitas famílias conhecimento sobre temas culturais
além de vender produtos, lançar modas, e entreter os ouvintes com a voz de atrizes e atores
renomados da época.
Á partir desse momento, até meados da década de 40, o governo ditador de Getúlio
Vargas, começa a censurar grande parte da programação das rádios, por conta de ideologias
contrárias à do governo. Com o objetivo de aperfeiçoar e ampliar as atividades do
Departamento Nacional de Propaganda, o governo consolida a censura, com a criação do
órgão conhecido como DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) que tinha como função
primordial enaltecer os feitos positivos do governo, por meio de cartazes, notícias e imagens
que promoviam o patriotismo. Por outro lado, esse mesmo órgão era responsável pelas
censuras em todo tipo de material ou até mesmo manifestações artísticas que tinham como
objetivo criticar o governo vigente da época. O DIP tornou-se um órgão coercitivo,
manipulador que proibia toda forma de expressão que feria as ideologias ditatórias.
No final dos anos 50 e no início dos anos 60, a rádio estava se consolidando com meio
de comunicação de massa, como um personagem de grande importância na formação de
hábitos e costumes da população brasileira.
Entretanto, a partir dos anos 60, a chegada da televisão fez com que iniciasse a
decadência do rádio, vendo na mídia televisiva uma nova maneira de trazer a informação a
partir da imagem e do som, diferentemente do rádio que trabalhava apenas um sentido, o da
audição.
Todo esse processo de industrialização do Brasil gerou novos espaços de destinados ao
lazer e a cultura das classes em progresso, gerando assim muitos produtos importantes para a
bagagem cultural do país. Também ali estava a indústria de novas ideias e sons, com a
capacidade de saciar a fome de sucesso da demanda do mercado novo exigente que estava se
estalando.
C. O CONCURSO
O Rainha do Rádio foi um concurso criado pela Associação Brasileira de Rádio com o
objetivo de arrecadar recursos para criação de um hospital da época. Nessa premiação,
competiam grandes cantoras que disputavam o título através da venda de cédulas de votação
que estavam inseridas no interior da Revista do Rádio, patrocinadora do evento. Assim, a
competição, que teve início em 1937, no Rio de Janeiro, influenciava cada vez mais os
brasileiros a consumirem essa cultura, pautada pelo florescimento da Indústria Cultural no
país, que instigava a produção para massa.
As vencedoras do programa recebiam, além do título, joias, viagens, carros, entre
outros prêmios extremamente cobiçados por aquelas que sonhavam em se tornar grandes
cantoras do cenário musical brasileiro. Esse desejo instaurou-se na maioria das mulheres da
época devido a essa industrialização em desenvolvimento, já que se deparavam com
propagandas e filmes, produzidos por essa Indústria, que incentivavam o consumismo.
Dessa forma, o concurso garantiu o sucesso de inúmeras participantes, que
destacaram-se como verdadeiras “divas”, mulheres que serviam de inspiração e ambição para
as brasileiras.
D. AS RAINHAS DO RÁDIO
MARLENE- 1950
E. REFERÊNCIAS
Disponível em:
<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/118959/facchini_lda_tcc_arafcl.pdf?seq
uence=1&isAllowed=y> Acessado em: 16/07/2017
Disponível em: <https://www.letras.com.br/biografia/mary-goncalves> Acessado em:
16/07/2017
Disponível em: <http://brazilianpop1957-1964.blogspot.com.br/2012/04/mary-
goncalves_07.html> Acessado em: 16/07/2017
Disponível em: < https://www.letras.com.br/biografia/angela-maria> Acessado em:
16/07/2017
Disponível em: <http://www.radioemrevista.com/vera-lucia-rainha-em-1955/> Acessado em:
16/07/2017
Disponível em: < https://www.letras.com.br/biografia/doris-monteiro> Acessado em:
16/07/2017
Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/biografias/4784042> Acessado em:
16/07/2017