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ADMINISTRANDO O TEMPO PARA A FAMÍLIA

De todas as mordomias que Deus confiou ao obreiro, a mais difícil de


administrar é a do tempo. É comum a familia do obreiro ficar em segundo plano.
Muitas vezes de um lado o obreiro desempenha um ministério público e bem
sucedido, mas por outro uma vida familiar fragmentada e até mesmo
desestruturada. É comum que por trás de obreiros queridos e admirados estejam
esposas e filhos carentes que sofrem. Para muitos ministros a fé cristã tornou-se
algo institucional, ativista e pragmática, deixando de atentar para os vínculos,
intimidade e interatividade dos relacionamentos familiares.
Para todas as pessoas, inclusive para o obreiro, o casamento envolve muita
coisa: interesses comuns, convicções firmes e, principalmente, maturidade. O
casamento não é só satisfação de instintos: é uma aliança que leva em conta a
missão1.
A familia não é perfeita; e a familia do obreiro tampouco; está sujeita aos
desencontros, ás crises pessoais e mesmo relacionais. As vezes, movidos pelo
desejo de ver o trabalho crescer o obreiro investe todo o seu tempo nas
atividades eclesiásticas deixando contudo sua familia desprovida de sua
compahnia em virtude de suas prolongadas ausências, e pela superficialidade das
demonstrações de afeto e ternura quando está junto com os seus. O ativismo tem
seu preço: o obreiro muitas vezes torna-se fatigado, esgotado, calado para com a
sua esposa e sempre ausente para os filhos.

1. A IMPORTÂNCIA DE SEPARAR TEMPO PARA A FAMILIA


Feliz o obreiro que tem em seu lar um abrigo de paz e amor. Feliz o obreiro que
dispõe do apoio e cooperação de sua esposa e filhos. Embora a crise moral e
espiritual tenha desmantelado a família em nossa sociedade, a Bíblia estabelece
como requisito fundamental para o ministério pastoral uma família exemplar. Diz o
Dr. A. R. Crabtree que “de todas as influências que ajudam ou prejudicam a vida

1
Daí a palavra submissão = "estar debaixo [sub] da mesma missão", cf. Cl 3.18; 1Pe 3.1,5; Ef 5.22,24; 1Pe 1.22; 4.8; Cl
5.13; Rm 15.7.
ministerial do pastor, talvez a do seu lar seja a mais poderosa. Se fracassar como
pai é impossível que seja eficiente como pastor 2.”
Não existe na terra outra instituição que seja mais semelhante à igreja de Cristo
que a família cristã. Foi o Senhor Jesus quem deu a mulher o devido valor, bem
como a criança. Os laços de amor que prendem os membros da família um ao
outro também são necessários na igreja do Senhor. O poder do amor que pode
resolver os problemas familiares é o mesmo que deve caracterizar os membros
da igreja de Cristo. E diante de tudo, conclui-se que é imprescindível para o
obreiro separar tempo para sua esposa e filhos. Diz um pastor e terapeuta familiar
que “o tempo que investimos na família mostra a importância que damos a ela.”
Uma pesquisa publicada nos Estados Unidos apresentou as dificuldades que
mais produzem problemas conjugais entre pastores:
81% - Tempo insuficiente em conjunto;
71% - Uso do dinheiro;
70% - Nível de renda;
64% - Dificuldades de comunicação;
63% - Expectativas da congregação;
57% - Diferenças quanto ao lazer;
53% - Dificuldades na criação de filhos;
46% - Problemas sexuais;
41% - Rancor do pastor em relação à esposa;
35% - Diferenças quanto à carreira ministerial;
25% - Diferenças quanto à carreira da esposa3;
Um evangelista americano disse com muita tristeza que durante muitos anos,
havia viajado em cruzadas para ganhar as almas dos filhos de outros homens, e
havia deixado os seus filhos à própria sorte. O pastor tem obrigações para com
sua família que são inadiáveis. Não é fácil criar filhos, especialmente quando o
tempo que se tem é gasto quase todo na igreja e no seu trabalho.
Um lar forte começa com o pastor, ele deve valorizar e investir tempo nas
instituições familiares mais do que as outras pessoas. Um lar precário é sinônimo
de um ministério falido. Além de o pastor possuir esta perspectiva em mente, a

2 A Doutrina Bíblica do Ministério, pág.88


3
Extraído de Ministério Pastoral (CPAD), pags. 163-164.
sua esposa deve compartilhar o mesmo ideal de ministério. Ela precisa dar apoio
incondicional ao esposo senão as pressões ministeriais atingirão a todos no lar.
Os Obreiros precisam se conscientizar que o casamento deve ser alimentado
cotidianamente, seja através de palavras e atos. Tomar decisões de investir
tempo para estar com a esposa a sós, seja num passeio diário ou semanal, nas
comemorações de aniversário de casamento são importantes para se construir
uma vida conjugal saudável.
O pastor que demonstra publicamente amar a esposa é um bom exemplo para
os homens da igreja; deve dar tempo a esposa, pois ela tem necessidade de
intimidade. A esposa do pastor não deve competir com a igreja pelo tempo do
marido. É bom lembrar que o pastor e a esposa precisam de amigos com quem
confidenciar.
O obreiro não é apenas o pastor de dezenas, centenas ou milhares de pessoas
é o pastor de sua família. Como pai deverá ser cabeça da família (Ef 5.23; 1Co
11.3). A figura bíblica do esposo como cabeça evoca a responsabilidade de:

a) Provedor – Tem a responsabilidade de suprir todas as necessidades da família.


No que diz respeito ao alimento, educação e ensino no temor do Senhor.

b) Sacerdote - Efésios 5.22-33 revela-nos que o marido está para a esposa como
Cristo para a Igreja. Se Cristo é o sumo sacerdote da família espiritual, o marido
(nesse caso, um pastor) é o sacerdote da família terrena. Como sacerdote, o pai
tem o dever de levar seus filhos à verdade "Instrua a criança segundo os objetivos
que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles"
(Pv 22.6 NVI; Is 38.19b; Gn 18.19; Dt 6.7; Dt 6.6,7).

c) Pastor da família - Servir de exemplo é mais uma responsabilidade (1 Pe 5.3;


1Tm 4.12).Como pastor de sua família, o pastor há de ter três alvos para as
questões espirituais: Conduzir seus filhos a Cristo; ajudá-los a amadurecer na fé;
ensinar-lhes que o serviço cristão ajuda o crente a se renovar e reafirmar suas
convicções.
2. O SEGREDO PARA A CURA DOS RELACIONAMENTOS
O obreiro por mais encargos que possua, jamais deve delegar a
responsabilidade da direção de seu lar. Isto significa que ainda que tenha uma
agenda de compromissos cheia, sempre deverá ter um tempo para a sua esposa
e filhos.
As vezes o obreiro chega tão cansado e esgotado com os problemas das
pessoas que perde a paciência em ouvir a esposa e os filhos. Em muitos casos a
família do obreiro fica negligenciada. Não basta que o obreiro seja líder da igreja,
primeiro ele deve ser líder de seu lar e que esta liderança seja exemplar.

 TEMPO DE LAZER
Muitos obreiros tem a noção equivocada de que o lazer com a família é uma
perda de tempo. É preciso deixar o ativismo de lado e passar algum tempo com a
esposa, com os filhos, com os amigos; pois isso restaura e amplia os
relacionamentos. Passeios, viagens, ou mesmo uma simples refeição juntos
servirão para fortalecer os laços familiares.

 TEMPO DE INTERAÇÃO
A falha na comunicação tem sido uma das principais causas do fracasso na
familia. O obreiro que busca uma boa comunicação com sua esposa e filhos
resolverá os problemas que surgem no lar com mais facilidade. O obreiro deve
dialogar com a esposa e os filhos com muito carinho, pois a familia tem
sentimentos que precisam ser entendidos com sensibilidade e isto é demosntrado
através de:
a) Expressão verbal - Dizer a esposa e aos nossos filhos que os amamos é o
mínimo que podemos fazer. Expressões como: “Eu amo você”, “você é muito
importante para mim”, “sou grato a Deus por tua vida”, “você é um presente de
Deus para nós”, são simples mas produzem um resultado maravilhoso.
b) Gestos Carinhosos - Palavras muitas vezes não expressam tudo. É preciso
gestos! Um afago, uma carícia, segurar com carinho as mãos podem ser
expressões mais fortes que as palavras. Juntas, produzem uma revolução de
amor.
c) Valorizar Suas Idéias e Coisas - Ouvir a esposa e os filhos: suas idéias e
ideais. Interessar-se pelo que eles se interessam. Buscar suas opiniões e
sugestões. Dar oportunidade para que se expressem e participem das decisões.
Tudo isso são formas de dizer: “O que vocês são e dizem são importantes para
nós”. Respeitando seus gostos e desejos e, levando-os a alcançarem seus alvos,
ajudaremos na formação da auto-estima deles.
d) Diálogo em familia – ensinando os filhos sobre: educação sexual, o perigo
das drogas, comportamento social (evitando as más companhias), tarefas
domésticas, habilidades manuais, conduta frente ao sexo oposto, bem como as
decisões profissionais. Ensinar as sagradas escrituras aos filhos (2Tm 1.5; 3.14-15).

 TEMPO DE ORAÇÃO E MEDITAÇÃO NA PALAVRA DE DEUS


A familia que ora e adora a Deus unida; que fala e medita no lar a respeito da
Palavra de Deus num ambiente de amor cristão genuíno descobre que toda área
problematica da vida familiar tem solução em Deus. O lar constituído em Deus
sempre encontra um caminho para resolver qualquer conflito que possa
aparecer.
Em virtude dos muitos compromissos, nas residências de muitos obreiros já não
há culto doméstico, Lutero o reformador do século XVI não abria mão do tempo
com sua familia. Lutero sua esposa e seus seis filhos ficavam a volta do harmônio
louvando a Deus e meditando na Palavra de Deus que traduzira para o povo
alemão.
Pratique o que as Escrituras dizem ao invés de sentimentos ou da sabedoria
humana. “Confie no SENHOR de todo o seu coração e não se apóie em seu
próprio entendimento. Reconheça o SENHOR em todos os seus caminhos, e ele
endireitará as suas veredas” (Pv 3.5-6). Muitas familias no momento da crise
preocupados buscam fontes de orientação fora da Bíblia. Os obreiros aceitam a
autoridade da Palavra de Deus no que diz respeito à salvação, adoração ou
governo da igreja. Por que seria diferente a respeito da familia?

Paulo André Barbosa da Silva, bacharel em Teologia com especialização em


Teologia e Ministério Pastoral pela ULBRA, é pastor-auxiliar na AD de Guaíba/RS,
é membro do Conselho de Educação e Cultura Religiosa da CIEPADERGS, é
professor de teologia bíblica e sistemática no Instituto Bíblico Esperança,
conferencista e escritor de livros teológicos.

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