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RELATÓRIO PARCIAL:
Jardins Históricos de Aprendizado e Execução: Jardim histórico da Escola de
Música Lilah Lisboa.
São Luís
2018
GABRIELA COSTA BRITO
São Luís
2018
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO............................................................................................4
1.1 Dados de identificação do projeto...................................................................4
2 RESUMO............................................................................................................5
3 INTRODUÇÃO.................................................................................................6
4 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................10
5 METODOLOGIA..............................................................................................12
6 RESULTADOS..................................................................................................13
6.1 Análise histórica...........................................................................................13
6.2 Análise do local.............................................................................................15
6.3 Andamento do projeto de requalificação do Jardim da EMEM – Lilah
Lisboa...........................................................................................................17
7 CONCLUSÃO....................................................................................................22
8 REFERÊNCIAS.................................................................................................23
1 APRESENTAÇÃO
O palacete Lilah Lisboa foi construído ainda no século XIX, mas sofreu alterações
arquitetônicas e funcionais ao longo do tempo. Além disso, a edificação é constituída por
quatro pavimentos, ocupa dois lotes e é adjacente a Rua da Estrela, Rua 14 de Julho e Rua
28 de Julho e é caracterizada como um tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico do Maranhão, abrigando um pouco mais de 700 alunos.
Por fim, é importante ressaltar que este projeto surgiu do interesse do grupo do Trade
Turístico de São Luís. Dessa forma, realizou-se uma parceria entre esta instituição e o
Laboratório de Paisagem da Universidade Estadual do Maranhão, para elaboração de um
projeto de paisagismo para o jardim da Escola de Música do Estado do Maranhão – Lilah
Lisboa.
O palacete Lilah Lisboa foi construído no ano de 1908 pelo arquiteto Gaspar Isoloni
e denominava-se Palacete Wadih Sawaia, em referência ao dono. No entanto, o casarão
fechou e permaneceu abandonado, devido a um trágico acidente que ocorreu com o filho
de Sawaia, que preparou todo o palacete para o aniversário de 18 anos de seu filho, que
morreu no mesmo dia. Com o passar de anos, o local passou a ser propriedade de Emílio
Lisboa, grande comerciante português na época e passou a ser denominado de Palacete
Emílio Lisboa. Na época, o primeiro pavimento do edifício funcionava como comércio e
os outros espaços como residência.
Quando Emílio Lisboa faleceu, a herdeira do local, consequentemente, foi sua filha
Lilah Lisboa, pianista que nasceu em 1898, estudou na Inglaterra e Portugal, foi aluna de
Heitor Villa-Lobos, e não menos importante, permitiu a valorização e criação de
instituições no campo da música no Maranhão, como a Sociedade de Cultura Artística do
Maranhão, em 1948, a Escola de Música e Artes Plásticas, 1952 e também contribuiu
como professora de música no Liceu Maranhense, na Escola Técnica e no Colégio São
Luís. No entanto, a artista viveu no palacete até seus 60 anos, quando voltou para Portugal
e faleceu em 1979.
Figura 10: Detalhe do muro quebrado e sem manutenção. Figura 11: Infiltração
Para além de um conceito estético, os jardins detém uma bagagem histórica, fruto
do reflexo das transformações na relação homem e natureza. Dessa forma, como uma
manifestação artística, se torna testemunha dos estados culturais, das riquezas e
religiosidades de diferentes povos. Desse pensamento compartilha Burle Marx ao
declarar que "Jardim é sinônimo de adequação ao meio ecológico para atender às
exigências naturais das civilizações" (MARX, 1935).
Desde a tradição ocidental judaico – cristã até os resquícios dos jardins mais
antigos, a ideia de jardim conflui em um mesmo significado representado na etimologia
do próprio termo, sendo ele de origem hebraica unindo “gan” que significa proteger,
defender e “éden” que sugere deleite, encantamento ou satisfação. Sendo assim, o termo
jardim tornou – se universal e adquiriu conceitos ao longo dos anos e em diferentes
culturas como constituinte de espaços livres, abrangendo tanto os públicos como
privados. No entanto, para se alcançar tal definição, foi fundamental o estudo dos jardins
desde as civilizações antigas, transpassando dos jardins egípcios até os contemporâneos.
Dessa maneira, a funcionalidade dos jardins foi se alterando no decorrer do
tempo, e atualmente, a propagação dos jardins se justifica por meio do crescente
processo de urbanização nas cidades que trouxeram tanto embelezamento quanto
higienização a qual se relaciona com a arborização urbana.
Chamado por uns Solar Santa Terezinha e por outros, Palacete Lilah Lisboa, o
edifício sede da Escola de Música do Estado do Maranhão é datado do século XIX,
possuindo características do estilo colonial e do Art Nouveau, este último, inserido no
ano de 1908 pelo arquiteto Gaspar Isolani.
Entretanto, o nome atual do local homenageia a Lilah Lisboa que morou por anos
no solar e contribuiu por inúmeras formas para o reconhecimento da música no Maranhão.
A musicista nasceu no ano de 1898, estudou na Inglaterra, Portugal e retornou ao Brasil,
onde viveu até seus 60 anos no palacete herdade de seu pai, antes de voltar à Europa,
vivendo até 1979.
Outra questão a ser pontuada são os canos que, em outro momento, eram
utilizados para irrigação dos canteiros, distribuídos nas paredes, mas, estão quebrados e
entupidos por folhagens, logo, não fazem o papal que deveriam exercer. Não só os canos
apresentam fragilidade, mas também encontram-se infiltrações nas paredes, o que
provoca bolhas na tintura e presença de limo na extensão das alvenarias.
Figura 20: Detalhes 05. Figura 21: Detalhes 06. Figura 22: Detalhes 07.
Figura 27: Levantamento Métrico – PARTE 01. Figura 28: Levantamento Métrico – PARTE 02.
Figura 29: Levantamento Métrico – PARTE 03. Figura 30: Levantamento Métrico – PARTE 04.
Figura 32: Levantamento topográfico – 01. Figura 33: Levantamento topográfico – 02.
Dessa forma, esta análise e elaboração projetual paisagística para o local poderá
oferecer à cultura maranhense novos horizontes ainda inexplorados, bem como gerar
maior fluxo de turistas neste ambiente, favorecendo então, a economia local. Por isso,
este de projeto de revitalização busca atrelar a história local ao projeto, assim como,
também, incorporar novas tecnologias – aplicação de QR CODE incorporada a um site-
ao projeto paisagístico no Maranhão.
Enfim, é possível findar que este relatório parcial de andamento do projeto apresenta
o início da concepção paisagística, vinculada à história local, que, inicialmente, resolve
parte dos problemas existentes, contudo, o andamento deste projeto concluirá o a
elaboração de um novo local de lazer, turismo e transmissão de cultura no território
ludovicense.
8 REFERÊNCIAS
VILAÇA, J. Plantas tropicais: Gia prático para o novo paisagismo brasileiro. Editora:
Nobel, 2005.
PUDELKA, K.; MIROSLAW, A. The richness of plants in Art Nouveau Gardens.
Editora: Acta Agrobotanica, 2015.
G1 MARANHÃO. Escola de Música do Maranhão comemora 40 anos de fundação.
Disponível em: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/05/escola-de-musica-
do-maranhao-comemora-40-anos-de-fundacao.html. Acesso em: 08 de junho de 2018.
IMIRANTE. Exposição “Mulher em destaque” homenageia 13 maranhenses.
Disponível em: http://imirante.com/namira/maranhao/noticias/2014/03/08/exposicao-
mulher-em-destaque-homenageia-13-maranhenses.shtml. Acesso em: 04 de junho de
2018.
TV BRASIL. 27 de fevereiro é comemorado os 120 anos de Lilah Lisboa de Araujo.
Disponível em: http://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-maranhao/2018/02/27-de-fevereiro-e-
comemorado-os-120-anos-de-lilah-lisboa-de-araujo. Acesso em: 06 de maio de 2018.
FERREIRA, A. N. A. O ensino de música no nordeste: um estudo histórico -
organizacional sobre a Escola “Lilah Lisboa de Araújo” em São Luís do Maranhão. São
Luís, 2014. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade). Coordenadoria de Pós-
Graduação, Universidade Federal do Maranhão.
SILVA, P. F. D. Uma história do piano em São Luís do Maranhão. São Luís, 2013.
Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade). Coordenadoria de Pós-Graduação,
Universidade Federal do Maranhão.
PREFEITURA DE SÃO LUÍS + FUMPH + IPHAN. São Luís do Maranhão e Alcântara
– guia de arquitetura e paisagem. São Luís, 2008.