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Livro Eletrônico

Aula 00

Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP p/ MPU (Todos os Cargos - Analista) Com


videoaulas

Professor: Renan Araujo

00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo

AULA DEMONSTRATIVA
AULA DEMONSTRATIVA: O MINISTƒRIO PòBLICO NA
CONSTITUI‚ÌO DA REPòBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MP.

SUMçRIO
1 O MINISTƒRIO PòBLICO NA CONSTITUI‚ÌO FEDERAL ............................... 6
1.1 Natureza .............................................................................................. 6
1.2 Estrutura e abrang•ncia ....................................................................... 9
1.3 Fun•›es institucionais ........................................................................ 14
1.4 Princ’pios Institucionais..................................................................... 22
1.4.1 Princ’pio da Unidade ........................................................................... 23
1.4.2 Princ’pio da Indivisibilidade ................................................................. 23
1.4.3 Princ’pio da independ•ncia funcional ..................................................... 25
1.5 Garantias e veda•›es aos membros do MP ......................................... 25
1.5.1 Garantias dos membros do MP ............................................................. 25
1.5.2 Veda•›es constitucionais aos membros do MP ........................................ 28
1.6 Autonomia do MP ............................................................................... 30
1.6.1 Da autonomia funcional ...................................................................... 30
1.6.2 Da autonomia administrativa ............................................................... 32
1.6.3 Da autonomia financeira e or•ament‡ria ............................................... 33
1.7 CNMP ................................................................................................. 35
2 RESUMO DO CONCURSEIRO ...................................................................... 38
3 EXERCêCIOS DA AULA ............................................................................... 42
4 EXERCêCIOS COMENTADOS ....................................................................... 55
5 GABARITO ................................................................................................ 83

Ol‡, meus amigos!

ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo
ESTRATƒGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir
para a aprova•‹o de voc•s no concurso do MINISTƒRIO PòBLICO DA
UNIÌO. N—s vamos estudar teoria e comentar exerc’cios sobre
LEGISLA‚ÌO INSTITUCIONAL (ORGANIZA‚ÌO DO MP), matŽria que
ser‡ cobrada para TODOS OS CARGOS DE ANALISTA.
E a’, povo, preparados para a maratona?
O edital ainda n‹o foi publicado, mas h‡ fortes expectativas
no sentido de que seja publicado em breve! A Banca,
provavelmente, ser‡ o CESPE!
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, n‹o Ž?

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Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de
Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da
UERJ. Antes, porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde
exerci o cargo de TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito
pela UNESA e p—s-graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama
Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos
Pœblicos. Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria
para a minha vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas
pessoas me perguntam como consegui sucesso nos concursos em t‹o
pouco tempo. Simples: Foco + For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡
f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente secreto! Basta querer e correr atr‡s do
seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de
concurseiro, poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos
concurseiros, como um dia eu fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a
aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas por falar. O EstratŽgia Concursos
possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o em todos os concursos!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para
que possam ter sucesso no concurso do MPU. Acreditem, voc•s n‹o v‹o
se arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com sua
aprova•‹o, com sua vaga, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc•
ainda n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos
Ž a melhor escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador.
Ës vezes Ž dif’cil escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo,
alguns colegas de caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:

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Esse print screen acima foi retirado da p‡gina de avalia•‹o do curso.
De um curso desta mesma matŽria (Legisla•‹o Institucional do
MP). Vejam que, dos 53 alunos que avaliaram o curso, todos o aprovaram.
Um percentual de... 100%. Logo abaixo existem alguns depoimentos.
N‹o deu para colocar todos, pois s‹o inœmeros! Estes s‹o s— os primeiros.
Vejam que tambŽm tivemos cr’ticas, e s‹o estas cr’ticas que nos
permitem aprimorar nosso material a cada dia!
Mas se voc• ainda acha que isso pode ter sido mera coincid•ncia,
vejam o que disseram os meus alunos do MP-RJ (ministrado em 2016):

Percebam que 0,87% dos alunos n‹o gostaram do curso.


Entendemos esses alunos e buscamos, sempre, melhorar a qualidade do
produto que oferecemos. Essa Ž a nossa meta, melhorar SEMPRE.
Sabemos que a perfei•‹o Ž inating’vel, mas o importante Ž busc‡-la
sempre.
Ainda n‹o est‡ convencido? Continuo te entendendo. Voc• acha
que pode estar dentro daqueles 0,87%. Em raz‹o disso, disponibilizamos
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que voc• possa
analisar o material, ver se a abordagem te agrada, etc.
Acha que a aula demonstrativa Ž pouco para testar o material?
Pois bem, o EstratŽgia concursos d‡ a voc• o prazo de 30 DIAS para
testar o material. Isso mesmo, voc• pode baixar as aulas, estudar,
analisar detidamente o material e, se n‹o gostar, devolvemos seu dinheiro.
Sabem porque o EstratŽgia Concursos d‡ ao aluno 30 dias para
pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso n‹o vai acontecer!
N‹o temos medo de dar a voc• essa liberdade.
Bom, como j‡ adiantei, neste curso estudaremos todo o conteœdo de
Legisla•‹o Institucional estimado para o Edital. Vamos nos basear
no edital do œltimo concurso. Estudaremos teoria e vamos trabalhar
tambŽm com exerc’cios comentados.
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo:

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!
AULA CONTEòDO DATA
Aula O MP na Constitui•‹o Federal. O
15/09
DEMO CNMP na Constitui•‹o.
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 01 25/09
75/93) Ð Parte I
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 02 05/10
75/93) Ð Parte II
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 03 15/10
75/93) Ð Parte III
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 04 25/10
75/93) Ð Parte IV
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 05 04/11
75/93) Ð Parte V

As aulas ser‹o disponibilizadas no site conforme o cronograma


apresentado. Em cada aula eu trarei algumas quest›es que foram
cobradas recentemente em concursos pœblicos. Como nossa
matŽria possui um Banco de quest›es MUITO reduzido, em algumas
aulas eu mesmo irei elaborar algumas quest›es.
Outro detalhe importante: Como n‹o sabemos ainda qual ser‡ a
Banca que ir‡ organizar o concurso, vamos utilizar quest›es de diversas
Bancas consagradas do pa’s, dando •nfase ˆs quest›es do CESPE
(prov‡vel Banca do certame).
AlŽm da teoria e das quest›es, voc•s ter‹o acesso a duas
ferramentas muito importantes:
¥! RESUMOS Ð Cada aula ter‡ um resumo daquilo que foi
estudado, variando de 02 a 08 p‡ginas (a depender do tema),
indo direto ao ponto daquilo que Ž mais relevante! Ideal
para quem est‡ sem muito tempo.
¥! FîRUM DE DòVIDAS Ð N‹o entendeu alguma coisa? Simples:
basta perguntar ao professor Vin’cius Silva, que ir‡
responder suas dœvidas no f—rum de dœvidas exclusivo para os
alunos do curso.

AlŽm do material em PDF, teremos tambŽm videoaulas, que ficar‹o a


cargo do Prof. Tiago Zanolla.

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Teoria e quest›es
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No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos!
Prof. Renan Araujo

E-mail: profrenanaraujo@gmail.com

Periscope: @profrenanaraujo

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Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br
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Observa•‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
legisla•‹o sobre direitos autorais e d‡ outras provid•ncias.

Grupos de rateio e pirataria s‹o clandestinos, violam a lei e prejudicam os


professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe
adquirindo os cursos honestamente atravŽs do site EstratŽgia Concursos.
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1! O MINISTƒRIO PòBLICO NA CONSTITUI‚ÌO


FEDERAL
1.1!Natureza
Quando o termo ÒMinistŽrio PœblicoÓ vem ˆ mente, alguns tendem a
associ‡-lo ao Poder Judici‡rio, como acontece com a Defensoria Pœblica.
PorŽm, isso Ž um erro grave, pois nem o MP nem a Defensoria Pœblica
integram o Judici‡rio.
Nos termos da Constitui•‹o:
Art. 127. O MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, essencial ˆ fun•‹o
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jur’dica, do
regime democr‡tico e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.

O que se entende por Òessencial ˆ fun•‹o jurisdicional do EstadoÓ?


Alguns de voc•s j‡ devem saber, outros n‹o, que o Estado (em sentido
amplo, sin™nimo de Governo Soberano) possui algumas fun•›es:
Administrativa, legislativa e jurisdicional. Cada uma Ž exercida por um
Poder: A primeira pelo executivo, a segunda pelo legislativo e a terceira
pelo Judici‡rio. Nas aulas de Constitucional voc•s ver‹o que, na verdade,
cada Poder exerce ÒprecipuamenteÓ e n‹o exclusivamente cada fun•‹o,
mas isso n‹o Ž para o nosso bico, por enquanto!
Bom, partindo dessa premissa, ao Judici‡rio incumbe exercer a
fun•‹o jurisdicional, que Ž, grosso modo, dizer quem tem o direito num
determinado caso concreto. O MinistŽrio Pœblico, assim, Ž uma
Institui•‹o (n‹o um ÒenteÓ, pois esse termo s— se aplica aos entes
federados: Uni‹o, estados, DF e munic’pios) que caminha
paralelamente ao Judici‡rio, contribuindo para o bom exerc’cio da
fun•‹o jurisdicional.
Mas professor, se ele contribui de maneira Òt‹o essencialÓ ˆ
fun•‹o jurisdicional do Estado, por que n‹o enquadr‡-lo como
integrante do Poder Judici‡rio? Por que:
§! O MP n‹o tem o Poder de dizer o Direito O MinistŽrio Pœblico
n‹o tem a atribui•‹o de, no caso concreto, dizer quem est‡ amparado
pelo Direito, isso Ž privativo dos —rg‹os de execu•‹o do Judici‡rio
(Ju’zes, colegiados dos Tribunais, etc.); O MP funciona apenas
como parte e custos legis (fiscal do fiel cumprimento da lei),
ou seja, contribui para que o Judici‡rio fa•a seu papel. Quando se
ouve pela m’dia que ÒO Promotor fulano decretou a pris‹o preventiva
de alguŽmÓ, estamos a ouvir (ou ler!) um tremendo absurdo! O
promotor n‹o decreta a pris‹o de ninguŽm, ele apenas
ÒrequerÓ (pede) a pris‹o de alguŽm, e isso constitui uma de suas
principais fun•›es de aux’lio ao Judici‡rio;!
!

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§! O MinistŽrio Pœblico est‡ FORA do cap’tulo destinado pela
Constitui•‹o ao Judici‡rio A Constitui•‹o Ž dividida em T’tulos,
Cap’tulos, Se•›es, etc. O Poder Judici‡rio est‡ inclu’do no T’tulo IV
(Da Organiza•‹o dos Poderes), Cap’tulo III (Do Poder Judici‡rio).
J‡ o MP est‡ inserido no mesmo T’tulo IV (Da Organiza•‹o dos
Poderes), mas no cap’tulo IV (Das Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a),
Se•‹o I (Do MinistŽrio Pœblico). Vejam que, embora o MP esteja no
mesmo T’tulo em que est‡ o Judici‡rio (Da organiza•‹o dos Poderes),
ele est‡ em outro cap’tulo (Das Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a). ÒIsso
quer dizer que, embora n‹o seja parte do Judici‡rio, ele Ž um Poder
aut™nomo?Ó N‹o! Os Poderes s‹o apenas tr•s, o Executivo, o
Legislativo e o Judici‡rio, e n‹o sou eu quem diz, Ž a pr—pria
CRFB/88, vejamos: ÒArt. 2¼ S‹o Poderes da Uni‹o, independentes e
harm™nicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judici‡rio.Ó
Assim, podemos concluir que:!

¥! O MP n‹o Ž institui•‹o integrante do


Judici‡rio;!
¥! O MP n‹o Ž um Poder da Repœblica Federativa
do Brasil;!
¥! O MP Ž uma Institui•‹o, cuja finalidade Ž
auxiliar no exerc’cio da Jurisdi•‹o, seja como
parte ou como fiscal do cumprimento da lei no
processo (Custos legis), em sua atua•‹o judicial.
AlŽm disso, o MP atua fora do processo, fora do
Judici‡rio, quando sua atua•‹o Ž chamada de
extrajudicial. De toda forma, em sua atua•‹o o MP est‡
SEMPRE DEFENDENDO OS INTERESSES DA
SOCIEDADE, e nunca de um indiv’duo isoladamente.!

Algumas pessoas pensam, ainda, que o MinistŽrio Pœblico integra o


Executivo. ABSURDAMENTE ERRADO! Eu vou falar bem alto para voc•s
n‹o se esquecerem: O MP n‹o faz parte de NENHUM Poder! E tambŽm
n‹o Ž um ÒquartoÓ Poder!

HISTîRIA. O MP n‹o integra nenhum dos Poderes, mas nem sempre foi
assim. Sob a vig•ncia da Constitui•‹o de 1967, o MinistŽrio Pœblico era
parte integrante do Poder Judici‡rio. Com a Constitui•‹o de 1969, o
MP deixou de fazer parte da estrutura do Judici‡rio e passou a
integrar o Poder Executivo. Essa situa•‹o perdurou atŽ a promulga•‹o
da Constitui•‹o de 1988, que vige atŽ hoje, quando o MinistŽrio Pœblico

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passou a n‹o mais integrar qualquer dos tr•s poderes, sendo al•ado ˆ
condi•‹o de Institui•‹o independente, a fim de que sua atividade fosse
desempenhada sem qualquer amea•a.
Imaginem se o MP fosse vinculado ao Executivo? A possibilidade
de exist•ncia de press›es internas e manobras pol’ticas para que n‹o
houvesse uma atua•‹o rigorosa contra os Òamigos do governoÓ seria
grande! Desta forma, podemos dizer que o MP vive hoje a plenitude
de sua independ•ncia.
E mais, meus caros alunos, o MP tambŽm NÌO SE ASSEMELHA AOS
DEMAIS MINISTƒRIOS. Os diversos MinistŽrios que conhecemos (Da
Justi•a, da Economia, do Planejamento) s‹o —rg‹os vinculados ao Poder
Executivo, podendo ser criados, extintos, ter suas fun•›es delegadas. O MP
n‹o pode ser extinto (isso est‡ expresso na Constitui•‹o) nem ter suas
fun•›es delegadas a qualquer outro —rg‹o ou Institui•‹o.
Grifei a palavra Ò—rg‹oÓ para que voc•s percebam que utilizei um
termo diferente do que utilizo para definir o MP. O MP n‹o Ž îrg‹o, e sim
Institui•‹o. Mas qual a Diferen•a? A diferen•a Ž que um îrg‹o Ž algo
dotado de algumas fun•›es e que comp›e uma determinada Organiza•‹o.
No caso dos MinistŽrios, eles s‹o —rg‹os que comp›em a Organiza•‹o do
Poder Executivo. J‡ o MP n‹o Ž îrg‹o porque simplesmente n‹o comp›e
nenhuma Organiza•‹o. O MP Ž a pr—pria Organiza•‹o, e dentro do MP h‡
seus pr—prios îrg‹os (De administra•‹o, de execu•‹o, etc.).
Mas professor, se o MP n‹o Ž um Òquarto PoderÓ nem integra
nenhum dos outros tr•s, a quem est‡ vinculado o MP? O MP n‹o est‡
vinculado a Poder nenhum. Como j‡ disse, Ž Institui•‹o independente.
ƒ, juntamente com a Defensoria Pœblica, e com a Advocacia (Pœblica e
Privada), uma das Fun•›es essenciais ˆ Justi•a. Cada uma dessas fun•›es
contribui de uma forma para a Justi•a do nosso pa’s. A Defensoria Pœblica
atende aos interesses dos hipossuficientes (aqueles que n‹o possuem
recursos para pagar um advogado), seja judicial ou extrajudicialmente. A
Advocacia Pœblica Ž formada pelas Procuradorias dos Entes federados
(Uni‹o, estados e munic’pios), que s‹o —rg‹os cuja fun•‹o Ž DEFENDER
OS INTERESSES DOS ENTES PòBLICOS (INTERESSES DO
GOVERNO). A advocacia privada Ž formada pelos advogados particulares,
que representam as pessoas (que podem pagar por eles) em Ju’zo ou fora
dele.
J‡ o MP tem a fun•‹o de DEFENDER OS INTERESSES DA
SOCIEDADE, OS INTERESSES COLETIVOS E DIFUSOS. O MP n‹o
defende os interesses do Governo, e sim da SOCIEDADE, de todos n—s!
Vejam o esquema sobre as Fun•›es essenciais ˆ Justi•a e o Judici‡rio:

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MINISTÉRIO
PÚBLICO

ADVOCACIA
PRIVADA
JUDICIÁRIO DEFENSORIA
PÚBLICA

ADVOCACIA
PÚBLICA

Observem que o MinistŽrio Pœblico gravita ao redor do Judici‡rio. Isso


quer dizer que ele Ž dependente do Judici‡rio? N‹o! Isso quer dizer
que, assim como as demais Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a, o MP
auxilia o Judici‡rio em seu dever Constitucional de fazer Justi•a. E
o MP pode fazer isso quando atua em Ju’zo ou quando, mesmo fora de um
processo judicial, contribui para a Justi•a, fazendo um acordo com alguŽm
que esteja causando dano ambiental, por exemplo, evitando que seja
iniciado um processo judicial.
Pronto! Agora voc• que voc• j‡ conhece a Natureza Jur’dica do MP,
podemos estudar a abrang•ncia do MinistŽrio Pœblico.

1.2!Estrutura e abrang•ncia
Nos termos da Constitui•‹o:
Art. 128. O MinistŽrio Pœblico abrange:
I Ð o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, que compreende:
a) o MinistŽrio Pœblico Federal;
b) o MinistŽrio Pœblico do Trabalho;
c) o MinistŽrio Pœblico Militar;
d) o MinistŽrio Pœblico do Distrito Federal e Territ—rios;
II Ð os MinistŽrios Pœblicos dos Estados.

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A partir da leitura deste artigo, podemos compreender que existem
duas grandes divis›es: O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o e o MinistŽrio Pœblico
dos Estados.

MP RAMOS DO
RAMOS
BRASILEIRO MPU

MPF
MPM
MINISTÉRIO
MPU
PÚBLICO MPT
MPE
MPDFT

O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, como o pr—prio nome j‡ diz, Ž vinculado


ˆ Uni‹o (Um dos entes federados da nossa Federa•‹o), e possui quatro
ramifica•›es: O MinistŽrio Pœblico Federal, o MinistŽrio Pœblico do Trabalho,
o MinistŽrio Pœblico Militar e o MinistŽrio Pœblico do DF e Territ—rios.

Sobre o MinistŽrio Pœblico junto ao TCU, este Ž um ponto que merece


destaque. Este ÒMinistŽrio PœblicoÓ, apesar do nome, NÌO INTEGRA O
MINISTƒRIO PòBLICO DA UNIÌO, TAMPOUCO O MINISTƒRIO
PòBLICO DOS ESTADOS. Esse —rg‹o, apesar do nome, n‹o faz parte
do MP. Ele integra a estrutura do TCU, que Ž vinculado ao legislativo, e
sua fun•‹o Ž fiscalizar o cumprimento das leis que se referem ˆs finan•as
pœblicas. Ele auxilia o TCU na execu•‹o de sua fun•‹o, que Ž a fiscaliza•‹o
cont‡bil, financeira, or•ament‡ria, operacional e patrimonial da Uni‹o e
das entidades da administra•‹o direta e indireta.
O mesmo racioc’nio se aplica aos MinistŽrios Pœblicos que atuam
junto aos TCE (Tribunais de Contas dos Estados).

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O MPU tem por chefe o Procurador-Geral da Repœblica.
Lembrem-se, o chefe do MPU n‹o Ž o Presidente da Repœblica, esse Ž o
chefe do Poder Executivo da Uni‹o. O Procurador-Geral da Repœblica (PGR)
Ž nomeado pelo Presidente da Repœblica, ap—s aprova•‹o por maioria
absoluta do Senado Federal, dentre membros da carreira, maiores de 35
anos, para mandato de dois anos, permitida a recondu•‹o.
CUIDADO! No caso de recondu•‹o, DEVE HAVER NOVA
APROVA‚ÌO PELO SENADO!
O fato de o PGR ser nomeado pelo Presidente da Repœblica n‹o
faz com que o PGR (E o MPU) seja vinculado ao Presidente, nem ao
Executivo, pois quando o presidente o faz, o faz como Chefe de
Estado, e n‹o como Chefe de Governo. Como Chefe de Estado, o
Presidente ÒpresentaÓ a Repœblica Federativa do Brasil. J‡ como Chefe de
Governo ele Ž o Chefe do Executivo da Uni‹o. Para os que ainda n‹o sabem,
Repœblica Federativa do Brasil e Uni‹o s‹o coisas distintas. A primeira Ž o
Estado Soberano, o Brasil. J‡ a segunda Ž um dos entes federados que
fazem parte da Repœblica. A primeira Ž soberana, a segunda Ž meramente
aut™noma (Isso deve ser aprofundado em Direito Constitucional).
Alguns autores dizem que a nomea•‹o do PGR pelo Presidente Ž uma
contradi•‹o, um ran•o que herdamos da Constitui•‹o anterior, pois l‡ o MP
integrava o executivo, ent‹o faria algum sentido a nomea•‹o pelo
Presidente. Eu discordo, prefiro a explica•‹o que dei a voc•s, pois entendo
que seja doutrinariamente mais apropriada.
Assim, o processo de escolha do PGR deve preencher alguns
requisitos: Membro da Carreira + possua mais de 35 anos +
Nomea•‹o pelo Presidente da Repœblica + Aprova•‹o por maioria
absoluta do Senado Federal.
Atentem para o fato de que a aprova•‹o se d‡ por maioria absoluta
do SENADO FEDERAL, n‹o da C‰mara, nem do Congresso! O Congresso
Nacional Ž composto por duas casas: O Senado Federal e a C‰mara dos
Deputados. ƒ a primeira delas (O Senado Federal) quem deve aprovar a
nomea•‹o do PGR.
Mas professor, qualquer membro do MinistŽrio Pœblico da
Uni‹o pode ser PGR? POLæMICA! Embora a Constitui•‹o fale em
Òmembro da carreiraÓ, o que daria a entender que qualquer membro do
MPU (Do MPF, MPT, MPM ou MPDFT) poderia ser nomeado, somente os
membros do MinistŽrio Pœblico Federal podem vir a ser Procurador-
Geral da Repœblica, pois o PGR Ž o chefe do MPU e do MPF. O MP brasileiro
n‹o possui um ÒchefeÓ, mas cada MP possui o seu. O chefe do MPU e do
MPF Ž o PGR e os chefes dos MPÕs dos Estados s‹o os Procuradores-
Gerais de Justi•a de cada estado-membro.
Mas se o PGR Ž o chefe do MPU e do MPF, quem Ž o chefe do
MPT, do MPM e do MPDFT? Cada um possui seu chefe, que Ž um
Procurador-Geral. O esquema abaixo pode ajudar:

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CHEFIA DO
CHEFES DOS
CHEFIA DO MPU E DOS
RAMOS DO
MP MPs
MPU
ESTADUAIS

MPF (PRÓPRIO
PGR)

MPT (PGT)
MPU (PGR)
CHEFES DO MP MPM (PGJM)
MPEs (PGJs)
MPDFT
(PGJDFT)

Por esse esquema fica claro que o PGR acumula duas fun•›es, a
de Chefe do MPF e a de Chefe do MPU. Vemos, tambŽm, que cada um
dos MPs que comp›em o MPU tem seu chefe e que, dentre esses quatro,
SEMPRE O CHEFE DO MPF SERç O CHEFE DO MPU.
Existem, ainda, outras raz›es para acreditar que somente os
membros do MPF podem ser PGR:
¥! O PGR Ž chefe do MPU e do MPF, logo, como poderia o PGR ser chefe
do MPF e oriundo do MPT, por exemplo?
¥! O MPF Ž o œnico legitimado a atuar perante o STF e o STJ. Assim,
como poderia o PGR atuar perante o STF e o STJ pertencendo ao MPT,
MPM ou MPDFT?
¥! H‡ PEC 307/08 tramitando no Congresso com a inten•‹o de alterar a
Constitui•‹o para que o PGR possa ser escolhido dentre todos os
membros do MPU. Ora, se h‡ PEC nesse sentido, Ž porque atualmente
n‹o Ž assim que funciona.

Contudo, embora esse entendimento seja o correto, o CESPE, por


exemplo, entende que QUALQUER MEMBRO DO MPU pode se tornar
PGR, seguindo a literalidade do que consta na Constitui•‹o Federal.
Inclusive, isso j‡ foi objeto de prova, e o CESPE adotou este
entendimento!
Como agir na prova, ent‹o? Sugiro que voc•s adotem como
CORRETA qualquer alternativa que diga exatamente o que est‡ na
Constitui•‹o, ou seja, que o PGR pode ser qualquer Òmembro da carreiraÓ,

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que seria sin™nimo de Òmembro do MPUÓ, mesmo, na pr‡tica, estando isso
errado.
O PGR s— pode ser destitu’do por iniciativa do Presidente da Repœblica
ou por vontade pr—pria. Na primeira hip—tese, a destitui•‹o s— ocorre se
houver aprova•‹o por maioria absoluta do Senado Federal. Isso
ocorre porque essa Ž a forma pela qual o PGR Ž nomeado. Assim, para sua
destitui•‹o, Ž necess‡rio que seja adotado o mesmo procedimento. Esse Ž
o que chamamos de Princ’pio do paralelismo das formas (ou
homologia).
J‡ vimos que o PGR Ž nomeado pelo Presidente da Repœblica, ap—s
cumpridos alguns requisitos. Mas, como se d‡ a nomea•‹o dos chefes
dos outros MPs que comp›em o MPU? Vamos l‡:
O Procurador-Geral do Trabalho e o Procurador-Geral da
Justi•a Militar, Chefes do MPT e do MPM, respectivamente, s‹o
nomeados pelo Procurador-Geral da Repœblica, dentre membros das
respectivas carreiras. J‡ o Procurador-Geral de Justi•a do DF e
Territ—rios NÌO ƒ NOMEADO PELO PGR! O Procurador-Geral de
Justi•a do DF e Territ—rios Ž nomeado pelo PRESIDENTE DA
REPòBLICA, dentre uma lista tr’plice encaminhada ap—s escolha pelos
membros do MPDFT. O PGR apenas d‡ posse ao novo PGJDFT.

CUIDADO! Algumas pegadinhas podem ser feitas com rela•‹o a isso.


Como os Procuradores-Gerais de Justi•a dos MPÕs dos estados s‹o
nomeados pelo Governador do estado, e como o DF tem natureza jur’dica
assemelhada a um estado-membro, fiquem atentos, pois a banca pode
lan•ar uma quest‹o dizendo que o Procurador-Geral de Justi•a do DF Ž
nomeado pelo Governador Distrital do DF. Isso est‡ ERRADO!
A forma de destitui•‹o do Procurador-Geral de Justi•a do MPDFT
tambŽm Ž a mesma prevista para a destitui•‹o dos Procuradores-Gerais
dos MPÕs dos estados-membros. Nos termos da Constitui•‹o:
Art. 128 (...)
¤ 4¼ - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territ—rios
poder‹o ser destitu’dos por delibera•‹o da maioria absoluta do Poder
Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

Com a ressalva de que no caso dos Procuradores-Gerais de Justi•a dos


estados, quem delibera sobre a destitui•‹o Ž a Assembleia Legislativa. J‡
no caso do PGJDFT quem delibera sobre a destitui•‹o n‹o Ž o Poder
Legislativo do DF (C‰mara Legislativa), mas o Senado Federal.
Terminamos, assim, mais uma etapa da nossa aula. Vamos para a
pr—xima etapa?

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1.3!Fun•›es institucionais

O MP, enquanto Institui•‹o constitucionalmente criada, tem suas


fun•›es tambŽm definidas pela Constitui•‹o. Primeiro, vamos conhecer
quais s‹o e, ap—s, estudaremos cada uma delas em particular:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
I - promover, privativamente, a a•‹o penal pœblica, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pœblicos e dos servi•os de relev‰ncia
pœblica aos direitos assegurados nesta Constitui•‹o, promovendo as medidas
necess‡rias a sua garantia;
III - promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para a prote•‹o do
patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos;
IV - promover a a•‹o de inconstitucionalidade ou representa•‹o para fins de
interven•‹o da Uni‹o e dos Estados, nos casos previstos nesta Constitui•‹o;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es ind’genas;
VI - expedir notifica•›es nos procedimentos administrativos de sua
compet•ncia, requisitando informa•›es e documentos para instru’-los, na
forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar dilig•ncias investigat—rias e a instaura•‹o de inquŽrito policial,
indicados os fundamentos jur’dicos de suas manifesta•›es processuais;
IX - exercer outras fun•›es que lhe forem conferidas, desde que compat’veis
com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representa•‹o judicial e a consultoria
jur’dica de entidades pœblicas.

A)! I - promover, privativamente, a a•‹o penal pœblica, na


forma da lei;
Alguns de voc•s talvez n‹o saibam a que se refere este inciso. O que
seria Òa•‹o penal pœblicaÓ? Alguns crimes, por sua natureza, ofendem
mais a sociedade (como um todo) do que o pr—prio indiv’duo, a v’tima.

EXEMPLO: No caso de um homic’dio, n‹o Ž s— a v’tima e sua fam’lia que


foram atacados, mas a sociedade de um modo geral, pois Ž um crime
cuja repercuss‹o extrapola o ‰mbito individual da v’tima. Quando
estamos falando desses crimes, a puni•‹o do criminoso interessa a todos,
n‹o s— ˆ v’tima.

Outros crimes, no entanto, por n‹o serem t‹o graves, afetam mais a
v’tima do que a sociedade. Nesses crimes, a puni•‹o do autor do fato
interessa mais ˆ v’tima do que ˆ coletividade.
No primeiro caso, a lei estabelece que a legitimidade para ajuizar a
a•‹o penal (a•‹o que visa ˆ apura•‹o do fato e, se for o caso, condena•‹o
do acusado) Ž do Estado (em sentido amplo, como conceito de Pa’s, poder
soberano). E Ž do Estado exatamente por que a ele interessa a puni•‹o

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deste criminoso, em raz‹o da natureza do crime. E alguŽm (alguma
Institui•‹o do Estado) tem que cumprir esse papel de ajuizar a a•‹o penal
pœblica. Esse alguŽm Ž o MP. ƒ o MinistŽrio Pœblico, E SOMENTE ELE
(GUARDEM ISSO!), quem pode propor a a•‹o penal pœblica. Por
qu•? Porque a Constitui•‹o assim determina.
Nesta hip—tese (a•‹o penal pœblica), n‹o interessa se a v’tima perdoou
o criminoso, se n‹o tem interesse em process‡-lo, pois, como j‡ disse, esse
interesse Ž primeiramente do Estado, que atuar‡ atravŽs do MP.
A a•‹o penal pœblica pode ser INCONDICIONADA ou
CONDICIONADA. No primeiro caso, o MP pode ajuizar a a•‹o penal
mesmo contra a vontade da v’tima, n‹o precisando de sua autoriza•‹o. No
segundo caso, o MP precisa de autoriza•‹o da v’tima (representa•‹o) para
que possa ajuizar a a•‹o penal. Esta Ž a chamada Òa•‹o penal pœblica
condicionada ˆ representa•‹oÓ.1
No segundo caso Ž a v’tima quem tem que processar o criminoso, por
ser seu o interesse em v•-lo punido. Mas o estudo acerca dos tipos de a•‹o
penal fica para a aula de Processo Penal. Aqui, utilizei alguns conceitos,
grosso modo, apenas para que voc•s entendam o que Ž a fun•‹o do MP
no que se refere ˆ propositura da a•‹o penal pœblica.

CUIDADO! A titularidade da a•‹o penal pœblica (poder-dever de


promover a a•‹o penal pœblica) Ž EXCLUSIVA do MP. NÌO PODE SER
DELEGADA A NENHUMA OUTRA INSTITUI‚ÌO.
Assim:
ATUA‚ÌO DO MP NA A‚ÌO PENAL
A‚ÌO PENAL AUTOR PARTICIPA‚ÌO DO MP
PòBLICA (condicionada e MINISTƒRIO Autor do processo e
incondicionada) PòBLICO fiscal da lei
PRIVADA VêTIMA Apenas fiscal da lei

O que Ž ser fiscal da Lei? Nada mais Ž que acompanhar o


desenvolvimento do processo, de forma a verificar se todas as disposi•›es
legais est‹o sendo cumpridas corretamente.
A a•‹o penal pœblica Ž de titularidade exclusiva do MP (seja a•‹o penal
pœblica incondicionada, seja a•‹o penal pœblica condicionada). Contudo, a
CF/88 utiliza o termo ÒprivativaÓ. Contudo, n‹o h‡ possibilidade de
delega•‹o. Somente o MP, e mais ninguŽm, pode ajuizar a a•‹o penal
pœblica.

1
Existe, ainda, a a•‹o penal pœblica CONDICIONADA ˆ requisi•‹o do Ministro da Justi•a. Esta Ž,
contudo, uma hip—tese prevista para rar’ssimos casos.

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Mas, o que Ž a a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica? Pode
ocorrer de o MP perder o prazo legal para ajuizar a a•‹o penal pœblica (ou
seja, deixar passar em branco o prazo, sem ajuizar a a•‹o penal nem pedir
o arquivamento do IP). Neste caso, a Lei faculta ˆ v’tima ajuizar a•‹o penal
privada no lugar do MP.
Neste caso, o ofendido Ž quem aju’za a a•‹o penal, de fato. Contudo,
ELE NÌO ESTç AJUIZANDO A‚ÌO PENAL PòBLICA. Ele estar‡ ajuizando
uma a•‹o penal PRIVADA que ser‡ aceita no lugar da a•‹o penal pœblica,
exatamente porque o MP n‹o ajuizou no prazo legal. Vejam: o ofendido
NÌO aju’za a•‹o penal pœblica.

B)! II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pœblicos e dos


servi•os de relev‰ncia pœblica aos direitos assegurados nesta
Constitui•‹o, promovendo as medidas necess‡rias a sua garantia;
Esse inciso representa a fun•‹o que tem o MP de proteger ˆ sociedade
contra os abusos do Poder Pœblico que, como sabemos, muitas vezes n‹o
respeita os direitos constitucionalmente previstos.
EXEMPLO: Quando um prŽdio pœblico n‹o possui acessibilidade ideal a
deficientes f’sicos (rampas, banheiros adaptados, etc.), h‡ uma viola•‹o
aos direitos dos deficientes f’sicos e, de um modo geral, ˆ Constitui•‹o,
que tem na Isonomia, um dos seus princ’pios basilares. Ora, se n‹o est‹o
tratando os deficientes f’sicos da maneira que necessitam para que
possam ter o mesmo acesso que os demais ˆquele local pœblico, n‹o est‡
havendo um tratamento ison™mico. Assim, o MP poder‡ ajuizar uma a•‹o
civil pœblica para que o infrator (estado, munic’pio, etc.) seja condenado
a realizar as obras necess‡rias ˆ adapta•‹o do ambiente.

Vejam que a norma n‹o se refere apenas ao ÒPoder PœblicoÓ, mas


tambŽm aos Òservi•os de relev‰ncia pœblicaÓ. O que seriam estes?
S‹o servi•os que, por sua natureza, deveriam ser prestados pelo Estado,
mas n‹o o s‹o (Servi•o de g‡s canalizado, transportes, ilumina•‹o,
distribui•‹o de ‡gua, etc.). Se uma companhia de transportes n‹o est‡
respeitando os direitos assegurados aos idosos, por exemplo, de terem
gratuidade, ao MP cabe tomar as medidas cab’veis a fim de que essa
viola•‹o seja sanada.
Lembrando que nem sempre ser‡ necess‡ria a propositura de uma
a•‹o judicial. Como j‡ estudamos, o MP tambŽm atua
EXTRAJUDICIALMENTE. Assim, Ž poss’vel que, constatada uma viola•‹o
aos direitos de um grupo social, o MP se reœna com os respons‡veis e
ambos firmem um acordo atravŽs do qual estes se comprometam a resolver
os problemas em um determinado prazo. Assim, poupa-se tempo e dinheiro
(Um processo custa caro aos cofres pœblicos!).

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C)! III - promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para
a prote•‹o do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos;
Este inciso Ž repleto de termos que, se f™ssemos parar para estudar,
ter’amos que ter uma verdadeira aula s— para isso. Como esse n‹o Ž nosso
objetivo, por ora, e nesta matŽria, voc•s precisam saber, apenas, que a
A•‹o Civil Pœblica Ž uma a•‹o de cunho coletivo, cujo objetivo Ž defender
alguns direitos da sociedade ou de um determinado grupo da sociedade.
EXEMPLO: Quando alguŽm est‡ causando um dano ambiental e o MP
aju’za uma A•‹o Civil Pœblica (ACP), ele est‡ defendendo os interesses
de toda a sociedade (pois n‹o d‡ para dividir quem ser‡ e quem n‹o ser‡
beneficiado pela a•‹o). Logo, estar‡ defendendo um interesse DIFUSO.
J‡ quando o MP aju’za uma ACP para condenar uma Universidade a
garantir que a lei seja cumprida, destinando o percentual legal de cotas
estabelecido, n‹o est‡ defendendo os interesses de toda a sociedade,
mas apenas de um determinado grupo (aqueles candidatos que se
encaixem nos requisitos para obten•‹o de cota). Logo, estar‡ defendendo
um interesse COLETIVO.

O InquŽrito Civil Ž meramente um procedimento preparat—rio


de natureza administrativa, instaurado no ‰mbito interno do MP, por
ordem de um membro do MP, quando este tem not’cia de que est‡ havendo
alguma viola•‹o a um direito difuso (toda a sociedade) ou coletivo
(determinado grupo da sociedade). Tem a finalidade de investigar se, de
fato, h‡ ou n‹o a viola•‹o. Se n‹o houver, o InquŽrito Civil Pœblico (ICP) Ž
arquivado. Se houver, as provas reunidas ir‹o servir para a instru•‹o da
A•‹o Civil Pœblica que ser‡ ajuizada pelo MP. Lembrando que s— ser‡
ajuizada caso n‹o seja poss’vel, ou n‹o seja do interesse da sociedade, a
realiza•‹o de um acordo (Termo de ajustamento de Conduta Ð TAC).

Fiquem atentos a um detalhe! O ICP n‹o Ž obrigat—rio! O membro do


MP pode ou n‹o o instaurar. Se quando o membro do MP tiver not’cia do
fato, analisando as provas, entender que n‹o h‡ necessidade de obten•‹o
de outras provas, n‹o instaurar‡ o ICP. Ou seja, a ACP pode
perfeitamente ser ajuizada sem que tenha havido previamente a
instaura•‹o de um ICP.

Mas e se durante a instru•‹o do ICP o membro do MP verificar


que o fato tambŽm se enquadra como crime? Nesse caso, poder‡
mandar extrair pe•as e instaurar um PIC (procedimento investigat—rio
criminal) ou simplesmente oferecer denœncia, caso haja provas suficientes

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e ele tenha atribui•‹o para isso (Dentro do MP, Ž poss’vel a divis‹o de
tarefas, de forma que muitas vezes um membro do MP s— ter‡ atribui•‹o
para atuar na defesa de interesses coletivos, ou s— ter‡ atribui•‹o para
atuar na ‡rea criminal, etc.).
Bom, como disse a voc•s, essas s‹o apenas linhas gerais acerca deste
tema, pois n‹o Ž nosso objetivo estud‡-lo minuciosamente aqui.

CUIDADO! Enquanto a titularidade da a•‹o penal pœblica Ž privativa


do MP, a legitimidade para o ajuizamento da A•‹o Civil Pœblica
(ACP) n‹o Ž privativa do MP, Ž concorrente (outras institui•›es
tambŽm t•m legitimidade). Uma destas institui•›es Ž a Defensoria
Pœblica. Entretanto, SOMENTE O MP PODE INSTAURAR INQUƒRITO
CIVIL PòBLICO! Muitos outros detalhes existem, mas, repito, isso n‹o
ser‡ objeto do nosso estudo.
O MP, porŽm, sempre atua na a•‹o civil pœblica, seja como autor da a•‹o
ou apenas como fiscal da lei.

D)! IV - promover a a•‹o de inconstitucionalidade ou


representa•‹o para fins de interven•‹o da Uni‹o e dos Estados, nos
casos previstos nesta Constitui•‹o;
Este Ž outro inciso que demandaria horas de estudo para darmos cabo.
Entretanto, a an‡lise deste inciso est‡ mais ligada ao Direito Constitucional.
PorŽm, veremos algumas linhas gerais.
A a•‹o de inconstitucionalidade Ž uma a•‹o que n‹o pode ser ajuizada
por qualquer pessoa. Assim, a lei estabelece quem pode ajuiz‡-la. O MP Ž
um destes legitimados. Esta fun•‹o Ž exercida PELO CHEFE DE CADA
MP (Procurador-Geral da Repœblica no caso do MPU e Procuradores-Gerais
dos estados no caso dos MPÕs estaduais).
Uma a•‹o de inconstitucionalidade Ž uma a•‹o abstrata (n‹o tem
partes Ð autor e rŽu), que visa ˆ declara•‹o de que uma norma est‡
ofendendo a Constitui•‹o. Declarada pelo Judici‡rio a ofensa, a norma pode
ser tirada do sistema jur’dico ou apenas ser dada a ela uma interpreta•‹o
que seja compat’vel com o texto constitucional.
H‡, ainda, a a•‹o de inconstitucionalidade por omiss‹o, que Ž ajuizada
quando um ente pœblico deixa de publicar uma lei que a Constitui•‹o
determina, ou o faz de maneira parcial. Em todos esses casos, o que se
busca Ž proteger a Constitui•‹o e seus ditames.
Mas professor, quando Ž que o PGR aju’za a a•‹o e quando Ž
que os Procuradores-Gerais de Justi•a dos estados aju’zam a a•‹o?
Simples, meu amigo concurseiro. O PGR tem legitimidade para o
ajuizamento das a•›es de inconstitucionalidade que visem a sanar
uma ofensa ˆ Constitui•‹o Federal. J‡ os PGJ dos MPs estaduais t•m

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legitimidade para ajuizar a•›es de inconstitucionalidade contra leis que
ofendam a Constitui•‹o de seus respectivos estados.
E o que seria representa•‹o para fins de interven•‹o da Uni‹o
e dos estados? ƒ uma medida tomada quando, em um determinado ente
federado, o Poder executivo (em 99% dos casos) est‡ agindo de forma
ofensiva a alguns princ’pios constitucionais.
Existem v‡rias hip—teses de Interven•‹o. O regramento constitucional
est‡ nos artigos 34 a 36 da CRFB/88. Entretanto, n‹o Ž em todos eles
que o MP pode representar. O MP apenas representar‡ no caso de
viola•‹o aos PRINCêPIOS CONSTITUCIONAIS SENSêVEIS e no caso de
RECUSA Ë EXECU‚ÌO DE LEI FEDERAL.
Nos termos da Constitui•‹o:
Art. 36. A decreta•‹o da interven•‹o depender‡:
(...) 0
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representa•‹o do
Procurador-Geral da Repœblica, na hip—tese do art. 34, VII, e no caso de
recusa ˆ execu•‹o de lei federal. (Reda•‹o dada pela Emenda Constitucional
n¼ 45, de 2004)

Mas o que s‹o PRINCêPIOS CONSTITUCIONAIS SENSêVEIS?


S‹o aqueles enumerados no art. 34, VII da CRFB/88, a saber:
Art. 34. A Uni‹o n‹o intervir‡ nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
VII - assegurar a observ‰ncia dos seguintes princ’pios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democr‡tico;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) presta•‹o de contas da administra•‹o pœblica, direta e indireta.
e) aplica•‹o do m’nimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transfer•ncias, na manuten•‹o e
desenvolvimento do ensino e nas a•›es e servi•os pœblicos de
saœde.(Reda•‹o dada pela Emenda Constitucional n¼ 29, de 2000)

Se voc•s analisarem, ver‹o que existem outras hip—teses que geram


a necessidade de interven•‹o. Entretanto, somente nestes casos depender‡
de requisi•‹o do MP.
Ali‡s, ver‹o ainda, que as hip—teses de interven•‹o variam no caso de
interven•‹o da Uni‹o nos estados e no DF, e no caso de interven•‹o da
Uni‹o nos munic’pios localizados em Territ—rio Federal e dos estados nos
seus munic’pios. No entanto, isso Ž matŽria para o Direito Constitucional.
N—s n‹o precisamos saber disso nesta matŽria!

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E)! V - defender judicialmente os direitos e interesses das
popula•›es ind’genas;
Este inciso Ž autoexplicativo, merecendo apenas um coment‡rio.
A atua•‹o do MP em favor das popula•›es ind’genas se dar‡
apenas em rela•‹o aos direitos da comunidade ind’gena, enquanto
corpo coletivo, e no que se referir ˆs suas peculiaridades, prote•‹o de sua
cultura, terras, etc.
O MP n‹o pode, por exemplo, atuar na defesa dos interesses
individuais de um integrante da comunidade ind’gena, em rela•‹o a uma
quest‹o que n‹o tenha pertin•ncia com a comunidade em que vive.
EXEMPLO: Algumas Universidades estabelecem cotas para ind’genas. No
caso de um ind’gena ter seu direito violado em raz‹o da n‹o concess‹o
de seu direito ˆ cota na Universidade, n‹o caber‡ ao MP atuar. No caso
de se tratar de pessoa hipossuficiente, a atua•‹o ser‡ da Defensoria
Pœblica.

F)! VI - expedir notifica•›es nos procedimentos


administrativos de sua compet•ncia, requisitando informa•›es e
documentos para instru’-los, na forma da lei complementar
respectiva;
Este Ž um dispositivo que tambŽm n‹o demanda muita teoria. O MP,
para instruir seus processos administrativos e ICPs, pode requisitar
documentos e informa•›es e expedir notifica•›es. O poder de requisi•‹o do
MP Ž exercido com exclusividade pelo membro do MP, ou seja, um servidor
do MP n‹o pode requisitar uma informa•‹o ou um documento. A requisi•‹o
n‹o Ž uma solicita•‹o, ela Ž mais que uma solicita•‹o. O cumprimento da
requisi•‹o Ž obrigat—rio, n‹o Ž facultativo, e o descumprimento
sujeita o infrator ˆs penalidades previstas em lei.
No caso da notifica•‹o, a ideia Ž semelhante. O cumprimento da
notifica•‹o n‹o Ž facultativo. No caso de notifica•‹o para comparecimento,
o MP pode requisitar o que se chama de Òcondu•‹o sob varaÓ, ou condu•‹o
coercitiva (art. 8¼, I da LC 75/93). Poder‡, ainda, responsabilizar
judicialmente o infrator, enquadrando-o nas penalidades legalmente
previstas.

G)! VII - exercer o controle externo da atividade policial, na


forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
Como j‡ estudamos l‡ atr‡s, o MP n‹o faz parte da organiza•‹o
policial. Entretanto, como o desempenho das fun•›es da pol’cia contribui
negativa ou positivamente para o desempenho das fun•›es do MP (Um
crime mal investigado dificilmente gera uma condena•‹o), ao MP foi
conferido o controle externo da atividade policial.

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No art. 3¼ da LC 75/93 n—s temos uma defini•‹o melhor das raz›es que
fundamentam esse controle. Este artigo regulamenta o art. 129, VII da
Constitui•‹o, tra•ando os objetivos que se pretende alcan•ar com o
exerc’cio deste controle externo pelo MPU. Vejamos a reda•‹o do art.
3¼:
Art. 3¼ O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o exercer‡ o controle externo da atividade
policial tendo em vista:
a) o respeito aos fundamentos do Estado Democr‡tico de Direito, aos objetivos
fundamentais da Repœblica Federativa do Brasil, aos princ’pios informadores
das rela•›es internacionais, bem como aos direitos assegurados na
Constitui•‹o Federal e na lei;
b) a preserva•‹o da ordem pœblica, da incolumidade das pessoas e do
patrim™nio pœblico;
c) a preven•‹o e a corre•‹o de ilegalidade ou de abuso de poder;
d) a indisponibilidade da persecu•‹o penal;
e) a compet•ncia dos —rg‹os incumbidos da seguran•a pœblica.

ƒ bom que se deixe clara uma coisa: O MP NÌO ƒ O CHEFE DA


POLêCIA! O MP apenas tem a atribui•‹o para FISCALIZAR o exerc’cio da
atividade policial. AtravŽs desta fiscaliza•‹o, caso seja constatada alguma
irregularidade, o MP pode adotar as medidas judiciais ou extrajudiciais
cab’veis para resolver o problema (seja ajuizando a•‹o penal contra os
infratores, seja requisitando a abertura de inquŽrito para apurar os fatos,
etc.).
Mal comparando, o MP atua mais ou menos como o Congresso
Nacional, que fiscaliza os atos do Poder Executivo, sem ser, contudo, seu
chefe.
Um dos objetivos mais evidentes deste controle externo realizado
pelo MPU Ž a preserva•‹o da indisponibilidade da persecu•‹o penal. O que
Ž isso? A persecu•‹o penal nada mais Ž que o exerc’cio do poder-dever
conferido ao Estado para que investigue os fatos a fim de que, l‡ na frente,
se possa punir eventuais culpados. A este procedimento de busca pelos
fatos preliminares (investiga•‹o) e processo e condena•‹o dos culpados
(processo penal) se d‡ o nome de persecu•‹o penal.
Mas o que significa a Òindisponibilidade da persecu•‹o penalÓ?
Significa a aus•ncia de discricionariedade na persecu•‹o penal. A
persecu•‹o penal n‹o Ž dispon’vel, ou seja, n‹o pode o respons‡vel por ela
simplesmente Òabrir m‹oÓ, deixar de realiza-la, seja qual for o motivo.
Assim, quando se busca garantir a indisponibilidade da a•‹o penal,
ao fim e ao cabo o que se pretende Ž evitar que fatores externos
(principalmente $$$) influenciem negativamente na condu•‹o da
persecu•‹o penal, que numa fase preliminar Ž conduzida pela Pol’cia,
atravŽs da investiga•‹o criminal, e Ž nesta fase que a persecu•‹o Ž mais
vulner‡vel.

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CUIDADO! O MPU exerce o controle EXTERNO da atividade policial, pois


o MPU NÌO INTEGRA a mesma estrutura da pol’cia. Quem exerce o
controle INTERNO da atividade policial Ž a CORREGEDORIA da
pol’cia respectiva.

H)! VIII - requisitar dilig•ncias investigat—rias e a


instaura•‹o de inquŽrito policial, indicados os fundamentos
jur’dicos de suas manifesta•›es processuais;
Esse inciso se reporta ˆ rela•‹o MP x Pol’cia. A Pol’cia possui duas
vertentes: Pol’cia Judici‡ria e Pol’cia administrativa. A primeira Ž
respons‡vel pela investiga•‹o, pelo Òp—s-crimeÓ. Sua fun•‹o Ž auxiliar o
MP, fornecendo elementos que levem ˆ responsabiliza•‹o do infrator. ƒ
exercida pela Pol’cia Civil e pela Pol’cia Federal, basicamente. J‡ a fun•‹o
de Pol’cia administrativa Ž exercida, basicamente, pela Pol’cia Militar. Sua
fun•‹o Ž de preven•‹o. Busca evitar que os crimes sejam cometidos, num
trabalho ostensivo de vigil‰ncia.
Obviamente, as fun•›es descritas no inciso transcrito se referem ˆ
Pol’cia Judici‡ria, pois a elas incumbe o dever de investigar. A requisi•‹o
ser‡ dirigida ao Delegado respons‡vel e seu cumprimento Ž
obrigat—rio.

I)! IX - exercer outras fun•›es que lhe forem conferidas,


desde que compat’veis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representa•‹o judicial e a consultoria jur’dica de entidades
pœblicas.
Aqui, temos um inciso ÒabertoÓ, pois determina que outras fun•›es
podem ser conferidas ao MP, respeitando-se a sua natureza. Como assim?
Ora, imaginemos que uma emenda constitucional estabelecesse que, de
agora em diante, o MP atuaria em Ju’zo como representante das autarquias
federais. Essa emenda seria inconstitucional, pois estaria
estabelecendo uma fun•‹o completamente dissociada das fun•›es
do MP. O MP Ž o defensor da sociedade, n‹o do Governo.

1.4!Princ’pios Institucionais
O art. 127, ¤1¼ da Constitui•‹o assim disp›e:
Art. 127. (...)
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.

Vamos estud‡-los individualmente.

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1.4.1!Princ’pio da Unidade
Por princ’pio da unidade entende-se que o MP Ž apenas um, embora
cada membro seja o Òpr—prio MPÓ. Sendo assim, a manifesta•‹o de um
membro do MP em um processo, por exemplo, representa a vontade do MP
enquanto institui•‹o. Todos os membros do MP formam um s— corpo.
N‹o se pode dizer que, num dado processo, o Procurador fulano pediu
a condena•‹o do rŽu. Quem pediu a condena•‹o n‹o foi o Procurador,
foi o MinistŽrio Pœblico, pois ele age em nome do MP. Ou melhor, o
promotor, no exerc’cio das suas atribui•›es, ƒ o MP.

O princ’pio da Unidade possui duas vertentes:


§! Administrativa Ð Cada MP comp›e uma Unidade administrativa
pr—pria. Assim, sob este prisma, a Unidade deve ser entendida dentro
de cada MP! N‹o podemos falar em Unidade (no plano
administrativo) entre MPs diferentes! N‹o existe Unidade
(administrativa), por exemplo, entre o MPU e um MP estadual.
§! Funcional Ð A atua•‹o funcional (atividade-fim) do MP Ž uma s—,
embora existam v‡rios ramos do MP. Assim, existe Unidade funcional
entre MPs diferentes. Ex.: Atua•‹o eleitoral. Na primeira inst‰ncia
quem atua s‹o os Promotores de Justi•a, membros dos MPEs. Na
segunda inst‰ncia quem atua Ž o MPF. Percebam que, aqui, n‹o temos
Òdois MPsÓ atuando. Do ponto de vista administrativo sim (duas
Unidades administrativas diferentes), mas do ponto de vista
FUNCIONAL n‹o. Quem atuou, desde o in’cio, foi o ÒMinistŽrio
PœblicoÓ.

1.4.2!Princ’pio da Indivisibilidade
Pelo princ’pio da indivisibilidade, os membros do MP (do mesmo
ramo) podem se substituir uns aos outros, sem qualquer impedimento. Na
verdade, esse princ’pio deriva do princ’pio da unidade, pois tira seu
fundamento daquele. Vejamos:
Por que os membros do MP podem se substituir uns aos
outros? Porque quem atua no processo n‹o Ž o promotor (ou Procurador
da Repœblica, Procurador do Trabalho, etc.), Ž o MP. O membro do MP Ž
apenas o meio utilizado para a materializa•‹o da vontade do MP.
Assim, se um membro do MP que atua num caso ÒXÓ sair de fŽrias, n‹o h‡
necessidade de se aguardar seu retorno. O processo tramitar‡
normalmente e, caso haja necessidade da pr‡tica de algum ato pelo MP, o

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MP ser‡ intimado e o membro que estiver designado como
substituto atuar‡.
Percebam que eu disse que o MP ser‡ intimado, e n‹o o membro
fulano ou beltrano, e Ž exatamente isso. Como j‡ disse a voc•s, quem atua
no caso Ž o MP. Quando o MP aju’za a a•‹o penal pœblica, quem aju’za a
a•‹o n‹o Ž o membro tal, Ž o MP. O membro apenas subscreve a peti•‹o,
que representa a vontade daquele MinistŽrio Pœblico.
Assim, quando houver necessidade de atua•‹o do MP para a pr‡tica
de algum ato processual, quem ser‡ intimado n‹o ser‡ o membro que
assinou a peti•‹o inicial da a•‹o, mas o MP.
Isto n‹o ocorre com a advocacia, por exemplo. Quando um advogado
representa uma pessoa em ju’zo, ele est‡ vinculado ao processo. Ele,
pessoalmente, n‹o o seu escrit—rio, nem a OAB, enquanto institui•‹o.
Assim, no caso de haver uma audi•ncia, por exemplo, quem dever‡
comparecer Ž o advogado que consta nos autos do processo, ou, caso n‹o
possa, dever‡ fazer um substabelecimento para outro advogado, a fim de
que ele pratique o ato.
No caso do MP isso n‹o acontece. O membro do MP n‹o est‡
vinculado pessoalmente ao processo e, por isso, n‹o tem que
substabelecer a outro membro do MP para que pratique o ato num
processo perante o qual atua. Porque a possibilidade de atuar num
processo e falar pelo MP decorre da posse no cargo de promotor
(ou procurador da repœblica, etc.).

CUIDADO! Voc•s ver‹o que uma das prerrogativas dos membros do MP Ž


a de receber intima•‹o pessoal nos autos do processo em que atuarem.
Contudo, o termo Òintima•‹o pessoalÓ n‹o quer dizer que a intima•‹o deva
ser realizada na pessoa de algum membro do MP, especificamente. O que
este termo significa Ž que a intima•‹o do MP s— se formaliza quando o seu
membro toma ci•ncia pessoal da intima•‹o, nos autos, ou seja, n‹o h‡
intima•‹o por publica•‹o no DO. ƒ necess‡rio que um membro do MP
(qualquer membro, n‹o necessariamente o que ajuizou a a•‹o) seja
pessoalmente intimado para que a intima•‹o se formalize!

EXEMPLO: JosŽ Ž Promotor de Justi•a do MPRJ e est‡ atuando num


determinado processo criminal XXX. O Juiz designa audi•ncia de
instru•‹o e julgamento para determinada data, e determina a intima•‹o
pessoal do MP. O Oficial de Justi•a comparece atŽ o MPRJ e entrega a
intima•‹o ˆ Maria, Promotora de Justi•a que estava respons‡vel pelo
plant‹o naquele dia. Nesse caso, o fato de a intima•‹o ter sido recebida
por Maria e n‹o por JosŽ Ž absolutamente irrelevante. Considera-se que
foi cumprida a intima•‹o pessoal do MP.

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1.4.3!Princ’pio da independ•ncia funcional
O princ’pio da independ•ncia funcional Ž de assimila•‹o mais f‡cil que
os dois primeiros. Este princ’pio garante que os membros do MinistŽrio
Pœbico, no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se submetem ˆ nenhuma
hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica. O membro do MP tem
liberdade total para atuar conforme suas ideias jur’dicas.
EXEMPLO: Imaginem que em determinado estado da Federa•‹o, um
Procurador-Geral de Justi•a elabore uma portaria, determinando que, a
partir daquela data, seria vedado aos membros daquele MP arquivar
inquŽritos policiais e pedir a absolvi•‹o em processos criminais. Essa
portaria seria flagrantemente inconstitucional, pois violaria o
princ’pio da independ•ncia funcional, j‡ que cada membro do MP tem
a prerrogativa de agir conforme sua convic•‹o. Se o membro acha
que n‹o h‡ elementos que indiquem que o investigado cometeu o
crime, ele tem total liberdade para mandar arquivar o inquŽrito
ou pedir a absolvi•‹o, no caso de j‡ ter sido ajuizada a a•‹o.

CUIDADO! A independ•ncia funcional diz respeito


apenas ˆ atividade jur’dica do membro do MP. No que se refere ˆ
organiza•‹o administrativa do —rg‹o, Hç SIM HIERARQUIA.
EXEMPLO: Se o PGJ baixa uma portaria dizendo que a partir daquela
data Ž obrigat—rio aos Promotores de Justi•a o uso de terno e gravata
todos os dias em que haja expediente, essa portaria n‹o fere a
independ•ncia funcional do membro do MP, pois n‹o interfere em sua
consci•ncia jur’dica acerca de que decis‹o deve ou n‹o ser tomada.
Entretanto, embora n‹o viole o princ’pio da independ•ncia funcional,
nada impede que essa portaria viole algum outro direito dos membros
do MP, previstos em legisla•‹o pr—pria. O QUE VOCæS TæM QUE
SABER ƒ QUE A INDEPENDæNCIA FUNCIONAL Sî SE REFERE Ë
ATIVIDADE-FIM DO MEMBRO DO MP, n‹o ˆs quest›es meramente
administrativas, de organiza•‹o da Institui•‹o.

1.5!Garantias e veda•›es aos membros do MP

1.5.1!Garantias dos membros do MP


As garantias dos membros do MP est‹o previstas no art. 128, ¤5¼ da
CF/88:
Art. 128 (...) ¤ 5¼ Leis complementares da Uni‹o e dos Estados, cuja iniciativa
Ž facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecer‹o a organiza•‹o,

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as atribui•›es e o estatuto de cada MinistŽrio Pœblico, observadas,
relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, ap—s dois anos de exerc’cio, n‹o podendo perder o cargo sen‹o
por senten•a judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pœblico, mediante decis‹o do
—rg‹o colegiado competente do MinistŽrio Pœblico, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Reda•‹o dada pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
c) irredutibilidade de subs’dio, fixado na forma do art. 39, ¤ 4¼, e ressalvado o
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, ¤ 2¼, I; (Reda•‹o dada
pela Emenda Constitucional n¼ 19, de 1998)

Portanto, podemos dizer que as garantias dos membros do MP s‹o


tr•s: VITALICIEDADE, INAMOVIBILIDADE E IRREDUTIBILIDADE DE
SUBSêDIO (OU VENCIMENTOS).
A vitaliciedade Ž a garantia de que disp›em os membros do
MinistŽrio Pœblico de s— perderem o cargo em raz‹o de senten•a judicial
transitada em julgado. Ou seja, n‹o basta mero Procedimento
Administrativo Disciplinar para que o membro do MP seja punido com
demiss‹o do cargo. Essa decis‹o tem que acontecer dentro de um processo
judicial, com decis‹o que n‹o caiba mais recurso (tr‰nsito em julgado).
Essa representa uma das maiores garantias conferidas aos membros do
MP, pois confere aos membros do MP uma maior seguran•a e liberdade no
exerc’cio de suas fun•›es, j‡ que condiciona sua demiss‹o ˆ decis‹o judicial
transitada em julgado.
Mas isso n‹o seria um privilŽgio aos membros do MP, ferindo a
isonomia com os demais servidores pœblicos? N‹o, pois a natureza
das fun•›es do MP (atribui•‹o de investigar e acusar, muitas vezes, pessoas
influentes na sociedade e na pol’tica) requer que seja a eles conferida essa
seguran•a, j‡ que muitas vezes a atua•‹o destes profissionais incomodar‡
pessoas que possuem grande influ•ncia e poderiam se mobilizar para
ÒderrubarÓ o promotor.
A inamovibilidade impede que o membro do MP seja removido
compulsoriamente do seu local de atua•‹o para outro, salvo por
decis‹o da maioria absoluta dos membros do colegiado competente
(Conselho Superior do MP), ainda assim, desde que haja interesse
pœblico devidamente justificado e seja assegurada ao membro do MP a
ampla defesa, nos termos do art. 128, ¤5¼, I, ÒbÓ da CF/88.
ƒ uma das garantias conferidas aos membros do MP, e Ž aplic‡vel a
todos os membros da carreira, sejam eles vital’cios ou n‹o.
EXEMPLO: Paulo Ž Promotor em Petr—polis/RJ. Por estar exercendo
brilhantemente suas atribui•›es, acaba por denunciar um poderoso
pol’tico local. Este, por possuir forte influ•ncia e ser amigo do PGJ do
MP/RJ, pede que o promotor seja transferido para Itaperuna/RJ. Vejam

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que se n‹o fosse a garantia da inamovibilidade, Paulo poderia ser
ÒpunidoÓ com a remo•‹o para longe de sua casa e de sua fam’lia,
simplesmente por estar exercendo livremente suas fun•›es.

Desta forma, n‹o basta que aos membros do MP seja garantida a


impossibilidade de demiss‹o por procedimento administrativo, deve ser
garantido, ainda, que n‹o sejam compulsoriamente removidos, para evitar
situa•›es como a do exemplo.
A irredutibilidade de subs’dio (ou vencimentos) Ž uma garantia
financeira conferida aos membros do MP. Semelhantemente ao que ocorre
com os magistrados, os membros do MP n‹o podem ter seus subs’dios
reduzidos. Alguns pontos devem ser analisados.
Primeiramente, voc•s t•m que saber que essa irredutibilidade n‹o Ž
real, mas apenas nominal. O que quer dizer isto? Quer dizer que essa
garantia n‹o assegura a corre•‹o anual do subs’dio pelo ’ndice da infla•‹o,
para evitar a perda de poder aquisitivo. Garante apenas que o valor nominal
pago ao membro do MP n‹o sofrer‡ redu•‹o. Ou seja, n‹o garante reajuste
peri—dico. O STF j‡ decidiu sobre isso!
EXEMPLO: Imaginemos que Pedro Ž Promotor de Justi•a em
determinado estado da Federa•‹o, e recebe subs’dio de R$ 20.000,00.
Considerando que a infla•‹o no ano anterior foi de 10%, segundo os
’ndices oficiais, n‹o pode Pedro, nem qualquer membro do MP, pleitear
judicialmente o reajuste de 10%, para preservar o valor real do subs’dio,
pois a garantia se refere, t‹o-somente, ˆ manuten•‹o do valor que j‡ Ž
pago.

Em segundo lugar, como consta da pr—pria reda•‹o do dispositivo


constitucional, h‡ exce•‹o. A mais relevante delas, e a œnica que Ž cobrada
em provas de concurso Ž a possibilidade de redu•‹o do subs’dio caso este
esteja sendo pago em valor superior ao teto dos Ministros do STF, nos
termos do art. 37, XI da CF, j‡ explicado na aula 01.
PorŽm, n‹o Ž toda e qualquer parcela que entra nesse limite. Valores
recebidos a t’tulo de INDENIZA‚ÌO n‹o se submetem ao teto do
servi•o pœblico (Como dito, o subs’dio dos Ministros do STF). Mas o
que s‹o parcelas indenizat—rias? S‹o parcelas, valores, que s‹o pagos ao
membro do MP n‹o como remunera•‹o pelo seu servi•o prestado, pelo
exerc’cio de suas fun•›es, mas em raz‹o de despesas por ele efetuadas
para o desempenho de sua fun•‹o.
EXEMPLO: Se um Promotor Ž designado para atuar provisoriamente
numa outra comarca, ele ir‡ ter gastos com locomo•‹o, hospedagem,
alimenta•‹o, etc. Esses gastos s‹o ressarcidos pelo MP como di‡rias.
Essas di‡rias s‹o verbas de natureza indenizat—ria, pois se entende
que o membro do MP n‹o est‡ ÒlucrandoÓ com isso, mas apenas utilizando

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a verba recebida para custear suas despesas realizadas em raz‹o do
trabalho.
As demais exce•›es referem-se ˆ possibilidade de tributa•‹o do
subs’dio (art. 150, II; 153, III; 153, ¤2¡) e possibilidade de desconto
direto no subs’dio para ressarcimento ao er‡rio no caso de pr‡tica
de ato de improbidade (art. 39, ¤4¡). O que voc•s n‹o podem se
esquecer para esse concurso Ž que EXISTEM EXCE‚ÍES!

1.5.2!Veda•›es constitucionais aos membros do MP


As veda•›es constitucionais impostas aos membros do MP est‹o
previstas no inciso II do ¤5¼ do art. 128 da CF/88:
Art. 128 (...) ¤ 5¼ Leis complementares da Uni‹o e dos Estados, cuja iniciativa
Ž facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecer‹o a organiza•‹o,
as atribui•›es e o estatuto de cada MinistŽrio Pœblico, observadas,
relativamente a seus membros: (...)
II - as seguintes veda•›es:
a) receber, a qualquer t’tulo e sob qualquer pretexto, honor‡rios, percentagens
ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra fun•‹o pœblica, salvo
uma de magistŽrio;
e) exercer atividade pol’tico-partid‡ria; (Reda•‹o dada pela Emenda
Constitucional n¼ 45, de 2004)
f) receber, a qualquer t’tulo ou pretexto, aux’lios ou contribui•›es de pessoas
f’sicas, entidades pœblicas ou privadas, ressalvadas as exce•›es previstas em
lei. (Inclu’da pela Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)

Primeiramente, o membro do MP n‹o pode receber honor‡rios.


Esse dispositivo dispensa maiores coment‡rios, pois sua dic•‹o Ž
autoexplicativa. Frise-se que isso n‹o impede que o MP receba
honor‡rios. Quem n‹o pode receb•-los Ž o membro do MP, enquanto
pessoa f’sica. O MP, enquanto Institui•‹o, pode receber honor‡rios.
O membro do MP tambŽm est‡ proibido de exercer a advocacia.
Esta veda•‹o Ž uma das mais taxativas, e seu descumprimento pode gerar,
inclusive, o ajuizamento de A•‹o Civil para perda do cargo do membro do
MP.
Os membros do MP n‹o podem, sequer, ser inscritos na Ordem dos
Advogados do Brasil. Isto se deve ao fato de que o membro do MP deve
poder se dedicar integralmente ˆ sua fun•‹o. AlŽm disso, o exerc’cio da

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advocacia poderia gerar conflitos de interesses entre a fun•‹o pœblica e
fun•‹o privada do membro do MP.2
O membro do MP tambŽm n‹o pode participar de sociedade
empresarial, salvo na qualidade de cotista ou acionista. Assim, o
membro do MP pode investir seu dinheiro em a•›es da Petrobr‡s, da Vale
do Rio Doce, etc. O que o membro do MP NÌO PODE Ž abrir uma sociedade
empresarial e participar da gest‹o desta, sob pena de falta funcional.
Os membros do MP tambŽm n‹o podem exercer qualquer outra
fun•‹o pœblica, ainda que em disponibilidade, salvo uma de magistŽrio.
Percebam que a restri•‹o a apenas uma fun•‹o pœblica de magistŽrio
n‹o impede que o membro do MP exer•a o magistŽrio em
Institui•‹o privada de Ensino, ainda que possua mais de uma
matr’cula (Embora o CNMP tenha regulamentado isto atravŽs de
resolu•‹o).
De qualquer forma, em todos esses casos, cada um com sua
peculiaridade, uma coisa h‡ em comum: sempre ter‡ que haver
compatibilidade de hor‡rios. N‹o importa se o membro do MP foi
aprovado no concurso para professor titular de uma universidade federal,
se a carga hor‡ria for incompat’vel com o exerc’cio da fun•‹o, ele
n‹o poder‡ assumir.
Ainda que o membro do MP esteja em gozo de licen•a, fŽrias, ou em
disponibilidade, A RESTRI‚ÌO PERMANECE!
O membro do MP n‹o pode, ainda, exercer atividade pol’tico-
partid‡ria. A veda•‹o ao exerc’cio de atividade pol’tico-partid‡ria n‹o
abrange somente a candidatura a cargo pol’tico, mas tambŽm a
mera filia•‹o a partido pol’tico.
Contudo, apesar de tal previs‹o, a LONMP (Lei Org‰nica Nacional
do MP) permite a mera filia•‹o partid‡ria. Ent‹o, como fica a
situa•‹o? Apesar de tal permiss‹o na LONMP, o STF declarou a
inconstitucionalidade desta interpreta•‹o, nos seguintes termos:
(...) A•‹o julgada procedente, em parte, para, sem redu•‹o de texto,
dar ao inciso V do art. 44 da Lei 8.625, de 12.2.93, interpreta•‹o
conforme a Constitui•‹o, para fixar como œnica exegese
constitucionalmente poss’vel aquela que apenas admite a filia•‹o
partid‡ria de representante do MinistŽrio Pœblico dos Estados-
membros, se realizadas nas hip—teses de afastamento, do integrante
do Parquet, de suas fun•›es institucionais, mediante licen•a, nos
termos da lei. (ADI 1377, Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI, Relator(a) p/
Ac—rd‹o: Min. NELSON JOBIM, Tribunal Pleno, julgado em 03/06/1998, DJ 16-
12-2005 PP-00057 EMENT VOL-02218-02 PP-00122) (Grifo nosso)

2
Os membros do MP que j‡ estavam na carreira antes da promulga•‹o da Constitui•‹o Federal e
que optaram pelo regime jur’dico anterior podem advogar, mas esta Ž a œnica exce•‹o
(excepcional’ssima).

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AlŽm disso, apesar de o STF ter deixado consignado que o membro
poderia se licenciar para exercer atividade pol’tico-partid‡ria, isso s— se
aplica aos membros que Jç ESTAVAM no MP quando foi promulgada
a atual Constitui•‹o (05.10.1988)3, e que optaram por permanecer no
regime jur’dico anterior4. Com rela•‹o aos membros que entraram depois
da CF/88, fixou-se o entendimento de que Ž vedado o exerc’cio da
atividade pol’tico-partid‡ria, desde a edi•‹o da EC 45/04.5
Basicamente, ficou assim:
EXERCêCIO DE ATIVIDADE POLêTICO-PARTIDçRIA PELOS
MEMBROS DO MP
INGRESSO NA CARREIRA CONSEQUæNCIA EXCE‚ÌO

MEMBROS QUE Jç ESTAVAM NO MP ANTES DA PODEM, Mas N‹o podem


CF/88 E OPTARAM PELO REGIME ANTERIOR devem se se j‡ havia
veda•‹o na
licenciar Lei espec’fica

MEMBROS QUE ENTRARAM DEPOIS DA CF/88 NÌO PODEM

1.6!Autonomia do MP
1.6.1!Da autonomia funcional
A autonomia funcional do MP est‡ prevista, originalmente, na pr—pria
Constitui•‹o Federal. Vejamos:
Art. 127. (...)
¤ 2¼ Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional e
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder
Legislativo a cria•‹o e extin•‹o de seus cargos e servi•os auxiliares, provendo-
os por concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, a pol’tica
remunerat—ria e os planos de carreira; a lei dispor‡ sobre sua organiza•‹o e
funcionamento. (Reda•‹o dada pela Emenda Constitucional n¼ 19, de 1998)

3
Este tambŽm Ž o entendimento do TSE:
ÒRecurso especial. Membro. MinistŽrio Pœblico. Exerc’cio. Cargo. Simultaneidade. Filia•‹o partid‡ria.
Registro de candidato. Indeferimento. 1. O membro do MinistŽrio Pœblico que, tendo
ingressado na carreira antes da Constitui•‹o de 88, optar pelo regime anterior, pode filiar-
se a partido pol’tico. Deve, contudo, para faz•-lo, licenciar-se do cargo. 2. Ocorrida a filia•‹o
partid‡ria, sem o devido afastamento do integrante do parquet, n‹o se pode reconhecer sua
validade. [...].Ó
(Ac. de 25.10.2008 no REspe n¼ 32.842, rel. Min. Marcelo Ribeiro.)
4
Essa possibilidade de op•‹o pelo regime anterior est‡ prevista no art. 29, ¤ 3¼, do ADCT.
5
Existe uma decis‹o isolada do STF, de 2008, no sentido de que o membro do MP que j‡ exercia
cargo eletivo antes da EC 45/04 teria direito a concorrer ˆ reelei•‹o.

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A autonomia funcional do MinistŽrio Pœblico significa que a Institui•‹o
est‡ isenta de qualquer influ•ncia externa no exerc’cio de sua
atividade-fim.
Desta forma, poder‡ o MP adotar as medidas que entender
necess‡rias, e que sejam permitidas pelo ordenamento jur’dico, em face
de quaisquer agentes, —rg‹os ou Institui•›es, de car‡ter pœblico ou
privado, n‹o dependendo da autoriza•‹o ou anu•ncia de quem quer que
seja.
CUIDADO: NÌO CONFUNDAM AUTONOMIA FUNCIONAL DO MP
COM INDEPENDæNCIA FUNCIONAL DOS SEUS MEMBROS.
A autonomia funcional do MinistŽrio Pœblico coexiste de maneira
harmoniosa com a independ•ncia funcional dos seus membros, que Ž
opon’vel, inclusive, aos pr—prios —rg‹os da Administra•‹o Superior do MP.
ƒ importante lembrar que, conceitualmente, independ•ncia e
autonomia n‹o s‹o sin™nimas. Vejamos as palavras do saudoso mestre
Hely Lopes Meirelles:
"independ•ncia e autonomia, do ponto de vista jur’dico-administrativo, s‹o
conceitos diversos e com efeitos diferentes. A independ•ncia Ž de car‡ter
absoluto; a autonomia Ž relativa a outro —rg‹o, agente ou Poder. Ora, no que
concerne ao desempenho da fun•‹o ministerial, pelo —rg‹o (MinistŽrio Pœblico)
e seus agentes (Promotores, Procuradores), h‡ independ•ncia de atua•‹o e
n‹o apenas 'autonomia funcional'. Os membros do MinistŽrio Pœblico quando
desempenham as suas atribui•›es institucionais n‹o est‹o sujeitos a qualquer
subordina•‹o hier‡rquica ou supervis‹o org‰nica do Estado a que pertencem.
Seus atos funcionais s— se submetem ao controle do Poder Judici‡rio, quando
praticados com excesso ou abuso de poder, lesivo de direito individual ou
infringente das normas legais que regem a sua conduta. Essa submiss‹o ao
controle judicial n‹o descaracteriza a sua independ•ncia funcional, pois tem
sede constitucional no mandamento universal do artigo 153, ¤ 4¼, da Lei Maior
(EC n¼ 1/69), abrangente de toda conduta humana abusiva ou ilegal" (Parecer
sobre o MinistŽrio Pœblico, in Justitia n¼ 123/185.)

Embora os termos n‹o sejam sin™nimos, o que nos interessa, na


verdade, n‹o Ž tanto esta parte. O que nos interessa Ž que a autonomia
funcional do MP Ž sua autonomia de atua•‹o no que respeita a outros
—rg‹os, Institui•›es. O MP Ž livre para agir contra quem quer que seja.
J‡ a independ•ncia funcional dos seus membros, embora se pare•a
com a autonomia do MP, possui um viŽs mais ideol—gico, relacionado ˆ sua
liberdade de convic•‹o, ou seja, o membro do MP deve agir conforme
sua convic•‹o em cada caso, n‹o devendo seguir entendimentos
adotados pelos —rg‹os da Administra•‹o Superior do MP ou
quaisquer outros —rg‹os.

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Importante frisar que tanto a autonomia funcional do MP quanto a
independ•ncia funcional de seus membros s‹o aplic‡veis ao MP
brasileiro como um todo, ou seja, tanto ao MPU (em todos os seus
ramos) quanto aos MPs estaduais.

1.6.2!Da autonomia administrativa


A autonomia administrativa, grosso modo, assegura ao MinistŽrio
Pœblico a prerrogativa de se AUTOGOVERNAR. Para tanto, pode o MP
editar atos relacionados ˆ gest‹o dos seus quadros de pessoal (admiss‹o,
exonera•‹o, aposentadoria, etc.), ˆ administra•‹o e aquisi•‹o de bens etc.
Os atos administrativos praticados pelo MP possuem a caracter’stica
da auto-executoriedade, n‹o estando sujeitos ˆ confirma•‹o por parte
de qualquer outro —rg‹o ou Poder para que sejam exequ’veis.
Contudo, essa caracter’stica n‹o dispensa estes atos de
obedecerem aos par‰metros constitucionais e legais que regem a
matŽria e delimitam o raio de atua•‹o da Institui•‹o. Desta maneira, Ž
assegurada maior mobilidade ˆ Institui•‹o, contribuindo de forma
determinante para a efetividade de sua atividade-fim.
Nos dizeres de Eurico de Andrade Azevedo:
"autonomia administrativa de um —rg‹o ou entidade Ž precisamente sua
capacidade efetiva de assumir e conduzir por si mesmo, integralmente, a
gest‹o de seus neg—cios e interesses, respeitados seus objetivos e observadas
as normas legais a que est‹o subordinados. A autonomia administrativa Ž, pois,
incompat’vel com toda e qualquer espŽcie de interfer•ncia externa na dire•‹o
e condu•‹o dos assuntos e quest›es do —rg‹o ou entidade e exclui toda
subordina•‹o, hierarquiza•‹o ou submiss‹o. Ela n‹o Ž autonomia pol’tica,
claro, de que gozam apenas as entidades estatais, mas Ž independ•ncia, no
sentido rigoroso do termo, no campo que lhe Ž pr—prio e j‡ definido por lei".
(Parecer sobre o MinistŽrio Pœblico, in Justitia n¼ 123/185.)

PorŽm, ao mesmo passo em que a CRFB/88, consagrou a autonomia


administrativa da Institui•‹o, previu tr•s exce•›es:
a) A nomea•‹o do PGR e dos Procuradores-Gerais de Justi•a Ž
feita pelo Chefe do Executivo.
b) O PGR e os PGJs podem ser destitu’dos por —rg‹os externos;
No primeiro caso ap—s aprova•‹o por maioria absoluta do Senado, por
proposta do Presidente da Repœblica; No segundo caso, por delibera•‹o da
maioria absoluta do Poder Legislativo local. O PGJDFT tambŽm pode ser
destitu’do por —rg‹o externo, mas segue a regra do PGR, destitui•‹o pelo
SENADO FEDERAL.
c) Os membros vital’cios somente podem perder o cargo por
senten•a judicial transitada em julgado. Ou seja, quem decide sobre
a perda do cargo Ž o Poder Judici‡rio (embora, na pr‡tica, o Juiz se resuma

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a verificar se o Processo Administrativo Disciplinar respeitou o devido
processo legal).
Como decorr•ncia natural da autonomia administrativa dispensada ao
MP pela Constitui•‹o, pode o MinistŽrio Pœblico, atravŽs de sua
Administra•‹o Superior, exercer o poder regulamentar sempre que a
lei o exigir.
O que isso significa, professor? Como as Leis n‹o podem esmiu•ar
por completo toda uma determinada matŽria, por vezes, e quase sempre,
Ž necess‡rio que haja uma regulamenta•‹o ÒinfralegalÓ (por estar,
topograficamente, abaixo da Lei), esmiu•ando de forma bastante espec’fica
determinadas disposi•›es da Lei que dependem disso para sua aplica•‹o.
EXEMPLO: A Constitui•‹o e as Leis Org‰nicas dos MPs (MPU e MPEs)
estabelecem que a promo•‹o se dar‡ por antiguidade e merecimento,
alternadamente. Contudo, n‹o se diz o que ser‡ considerado para fins de
apura•‹o do critŽrio de merecimento. Cabe ao pr—prio MP, como
decorr•ncia de sua autonomia administrativa, atravŽs do —rg‹o pr—prio,
o Conselho Superior, estabelecer, de forma geral e abstrata
(caracter’sticas de um ato normativo), quais s‹o estes critŽrios, como
ser‹o apurados, etc.

ƒ bom sempre lembrar que o MP poder‡, atravŽs do Conselho


Superior, regulamentar a Lei, esmiu•ando um ponto que n‹o estava
ÒmaduroÓ para aplica•‹o imediata. Contudo, o MP n‹o pode contrariar o
que diz a Lei, de forma que seria ilegal, por exemplo, uma resolu•‹o do
que previsse a promo•‹o exclusivamente pelo critŽrio de merecimento,
abstraindo o comando Constitucional e legal de promo•‹o alternada por
antiguidade e merecimento.

1.6.3!Da autonomia financeira e or•ament‡ria


A Constitui•‹o estabelece, em seu art. 127, ¤2¼ que:
Art. 127. (...)
¤ 2¼ Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional e administrativa,
podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a
cria•‹o e extin•‹o de seus cargos e servi•os auxiliares, provendo-os por
concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, a pol’tica remunerat—ria e
os planos de carreira; a lei dispor‡ sobre sua organiza•‹o e funcionamento.
(Reda•‹o dada pela Emenda Constitucional n¼ 19, de 1998)

Vejam que a autonomia financeira e or•ament‡ria n‹o est‡ prevista


neste dispositivo constitucional. Mais adiante, porŽm, a CRFB/88 assegura
a autonomia or•ament‡ria do MP, a estabelecer que a pr—pria Institui•‹o
elaborar‡ sua proposta or•ament‡ria. Vejamos:
Art. 127. (...)

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¤ 3¼ - O MinistŽrio Pœblico elaborar‡ sua proposta or•ament‡ria dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias.

Perceba que a autonomia or•ament‡ria NÌO ISENTA O MP DE


RESPEITAR OS LIMITES ESTABELECIDOS NA LDO.
Ali‡s, a pr—pria Constitui•‹o estabelece uma sŽrie de outras regrinhas
no que tange ˆ autonomia or•ament‡ria do MP. Vejamos:
Art. 127. (...)
¤ 4¼ Se o MinistŽrio Pœblico n‹o encaminhar a respectiva proposta
or•ament‡ria dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes or•ament‡rias,
o Poder Executivo considerar‡, para fins de consolida•‹o da proposta
or•ament‡ria anual, os valores aprovados na lei or•ament‡ria vigente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do ¤ 3¼. (Inclu’do
pela Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
¤ 5¼ Se a proposta or•ament‡ria de que trata este artigo for encaminhada em
desacordo com os limites estipulados na forma do ¤ 3¼, o Poder Executivo
proceder‡ aos ajustes necess‡rios para fins de consolida•‹o da proposta
or•ament‡ria anual. (Inclu’do pela Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
¤ 6¼ Durante a execu•‹o or•ament‡ria do exerc’cio, n‹o poder‡ haver a
realiza•‹o de despesas ou a assun•‹o de obriga•›es que extrapolem os limites
estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de crŽditos suplementares ou especiais.
(Inclu’do pela Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)

O ¤4¼ estabelece uma regra em caso de INƒRCIA DO MP. Ou seja,


se o MP n‹o cumprir o que determina o ¤3¼ (encaminhar sua proposta), o
Poder Executivo considerar‡ os valores do œltimo or•amento anual para a
consolida•‹o do or•amento do ano que vai entrar. AlŽm disso, prev• que
estes valores (repeti•‹o dos limites do œltimo or•amento) dever‹o ser
adequados, caso necess‡rio, aos limites previstos na LDO.
O ¤5¼, por sua vez, prev• uma regra em caso de atua•‹o
desconforme do MP. Basicamente determina que se a proposta
or•ament‡ria for encaminhada em desacordo com os limites previstos na
LDO, o pr—prio Executivo ir‡ ajust‡-la.
Por fim, o ¤6¼ do art. 127 estabelece uma regra de execu•‹o do
or•amento. Prev• este par‡grafo que durante a execu•‹o or•ament‡ria
anual (ou seja, j‡ ultrapassadas as fases de proposta e aprova•‹o do
or•amento) n‹o poder‡ o MP ÒfugirÓ dos limites estabelecidos pelo
or•amento nem daqueles estabelecidos pela LDO, exceto se houver
autoriza•‹o prŽvia mediante abertura de crŽditos suplementares
ou especiais. Os crŽditos suplementares ou especiais s‹o uma espŽcie de
Ògrana extraÓ para a realiza•‹o de determinadas atividades para as quais
n‹o h‡ previs‹o or•ament‡ria.
Mas onde est‡ a autonomia financeira?
Diferentemente do que ocorre com o Poder Judici‡rio, a autonomia
financeira do MP n‹o est‡ prevista EXPRESSAMENTE na Constitui•‹o

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Federal, mas ela Ž uma decorr•ncia quase que inexor‡vel da autonomia
or•ament‡ria.
Assim, lembrem-se: O MP possui autonomia financeira, mas ela n‹o
est‡ expressamente prevista na Constitui•‹o Federal.
Embora n‹o esteja prevista na Constitui•‹o, as Leis Org‰nicas dos MPs
(Tanto a LC 75/93 quanto a Lei 8.625/93) previram expressamente a
autonomia financeira, exatamente pelo fato de ser uma autonomia
incontroversa, ainda que n‹o prevista expressamente na Constitui•‹o.6
Portanto, a autonomia financeira est‡ expressamente prevista,
apenas, nas Leis Org‰nicas.
A autonomia financeira nada mais Ž que a capacidade de elaborar
sua proposta or•ament‡ria e aplicar os recursos dela provenientes.
Nas palavras de Hugo Nigro Mazzilli:
Òautonomia financeira Ž a capacidade de elabora•‹o da proposta or•ament‡ria
e de gest‹o e aplica•‹o dos recursos destinados a prover as atividades e
servi•os do —rg‹o titular da dota•‹o. Essa autonomia pressup›e a exist•ncia
de dota•›es que possam ser livremente administradas, aplicadas e
remanejadas pela unidade or•ament‡ria a que foram destinadas. Tal
autonomia Ž inerente aos —rg‹os funcionalmente independentes, como s‹o o
MinistŽrio Pœblico e os Tribunais de Contas, os quais n‹o poderiam realizar
plenamente as suas fun•›es se ficassem na depend•ncia financeira de outro
—rg‹o controlador de suas dota•›es.Ó (O MinistŽrio Pœblico na Constitui•‹o de
1988Ó, S‹o Paulo: Editora Saraiva, 1989, p‡g. 61)

Portanto, como podemos perceber da pr—pria ideia de autonomia


financeira, ela nada mais Ž que uma decorr•ncia l—gica e inexor‡vel
da autonomia or•ament‡ria e atŽ mesmo, em œltima an‡lise, da
pr—pria autonomia administrativa.

1.7!CNMP
O CNMP (Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico) foi criado
pela EC 45/04, inclu’do na Constitui•‹o Federal a partir de seu art. 130-
A. Vejamos:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de quatorze
membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois
anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela Emenda Constitucional
n¼ 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da Repœblica, que o preside;
II quatro membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, assegurada a representa•‹o
de cada uma de suas carreiras;

6
Isso consta no art. 22 da LC 75/93 (Lei Org‰nica do MPU) e no art. 3¼ da Lei 8.625/93 (Lei Org‰nica
do MP).

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III tr•s membros do MinistŽrio Pœblico dos Estados;
IV dois ju’zes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo
Superior Tribunal de Justi•a;
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil;
VI dois cidad‹os de not‡vel saber jur’dico e reputa•‹o ilibada, indicados um
pela C‰mara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

Vejam, assim, que a composi•‹o do CNMP Ž HETEROGæNEA, ou


seja, inclui representantes do MP e de outras Institui•›es Pœblicas, bem
como da Sociedade Civil. No total s‹o 14 membros. A presid•ncia cabe
ao PGR.
O CNMP possui fun•‹o meramente administrativa, funcionando, como,
alŽm de um Conselho Nacional (Em contraposi•‹o aos Conselhos de cada
MP), uma grande ÒCorregedoria NacionalÓ.
Importante lembrar que o CNMP, por ser um —rg‹o NACIONAL, possui
Òjurisdi•‹oÓ sobre todos os MPs do pa’s, seja o MPU ou os MPs estaduais.
Isso se pode extrair facilmente do rol de atribui•›es conferidas pela
Constitui•‹o ao CNMP. Vejamos:
130-A (...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da atua•‹o
administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros, cabendolhe:
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MinistŽrio Pœblico,
podendo expedir atos regulamentares, no ‰mbito de sua compet•ncia, ou
recomendar provid•ncias;
II zelar pela observ‰ncia do art. 37 e apreciar, de of’cio ou mediante
provoca•‹o, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou
—rg‹os do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o e dos Estados, podendo desconstitu’-los,
rev•-los ou fixar prazo para que se adotem as provid•ncias necess‡rias ao
exato cumprimento da lei, sem preju’zo da compet•ncia dos Tribunais de
Contas;
III receber e conhecer das reclama•›es contra membros ou —rg‹os do
MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados, inclusive contra seus servi•os
auxiliares, sem preju’zo da compet•ncia disciplinar e correicional da institui•‹o,
podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remo•‹o, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subs’dios ou proventos proporcionais
ao tempo de servi•o e aplicar outras san•›es administrativas, assegurada
ampla defesa;
IV rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares de
membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ menos de
um ano;
V elaborar relat—rio anual, propondo as provid•ncias que julgar necess‡rias
sobre a situa•‹o do MinistŽrio Pœblico no Pa’s e as atividades do Conselho, o
qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

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Embora a composi•‹o do CNMP seja bastante heterog•nea, a escolha do
CORREGEDOR NACIONAL DO MP deve recair, NECESSARIAMENTE,
sobre um dos membros do MP que integram o CNMP, em vota•‹o
secreta no pr—prio CNMP. Vejamos:
¤ 3¼ O Conselho escolher‡, em vota•‹o secreta, um Corregedor nacional,
dentre os membros do MinistŽrio Pœblico que o integram, vedada a recondu•‹o,
competindo-lhe, alŽm das atribui•›es que lhe forem conferidas pela lei, as
seguintes:
I receber reclama•›es e denœncias, de qualquer interessado, relativas aos
membros do MinistŽrio Pœblico e dos seus servi•os auxiliares;
II exercer fun•›es executivas do Conselho, de inspe•‹o e correi•‹o geral;
III requisitar e designar membros do MinistŽrio Pœblico, delegando-lhes
atribui•›es, e requisitar servidores de —rg‹os do MinistŽrio Pœblico.

==0==

O Presidente do Conselho Federal da OAB n‹o integra o CNMP,


mas oficia junto a ele (art. 130-A, ¤4¼ da Constitui•‹o).
A Constitui•‹o previu, ainda, a cria•‹o de ouvidorias do MinistŽrio
Pœblico, no ‰mbito de cada um deles, cuja finalidade Ž auxiliar o CNMP,
colaborando com o exerc’cio da cidadania atravŽs de denœncia e
reclama•›es contra membros ou —rg‹os do MP, inclusive seus servi•os
auxiliares. Vejamos:
Art. 130-A (...)
¤ 5¼ Leis da Uni‹o e dos Estados criar‹o ouvidorias do MinistŽrio Pœblico,
competentes para receber reclama•›es e denœncias de qualquer interessado
contra membros ou —rg‹os do MinistŽrio Pœblico, inclusive contra seus servi•os
auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do MinistŽrio
Pœblico.!

Algumas cr’ticas foram feitas ao CNMP, ou melhor, a algumas de suas


compet•ncias, j‡ que poderiam ferir a imparcialidade necess‡ria a uma
Institui•‹o deste n’vel, uma vez que h‡ previs‹o, inclusive, da avoca•‹o de
processos administrativos que estejam tramitando nas corregedorias de
cada MP, o que poderia constituir um verdadeiro ÒTribunal de Exce•‹oÓ,
pois n‹o teria sua compet•ncia previamente delimitada pela Lei, ficando ao
seu livre arb’trio escolher quais processos avocar.
O quadrinho abaixo pode contribuir para a memoriza•‹o de alguns
pontos relevantes acerca da composi•‹o do CNMP e das fun•›es de seus
membros:
COMPOSI‚ÌO DO CNMP
MEMBRO INDICA‚ÌO FUN‚ÌO NOMEA‚ÌO
ESPECêFICA

PGR MEMBRO NATO Preside o TODOS NOMEADOS


CNMP PELO PRESIDENTE

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04 membros do 01 do MPF DA REPòBLICA,
MPU7 APîS APROVA‚ÌO
01 do MPM PELO SENADO
01 do MPT FEDERAL
01 do MPDFT Um destes ser‡ o
Corregedor
03 membros dos Cada MP escolhe Nacional do MP
MPEs8 um. Os PGJs de
todos os MPEs se
reœnem e definem
os 03 nomes.

02 Ju’zes 01 indicado pelo


STF
01 indicado pelo
STJ

02 advogados Ambos indicados


pelo Conselho
Federal da OAB

02 cidad‹os de 01 indicado pela


not‡vel saber C‰mara do
jur’dico e Deputados
reputa•‹o ilibada 01 indicado pelo
Senado Federal

TOTAL: 14
membros

2! RESUMO DO CONCURSEIRO

Natureza do MP Ð Fun•‹o essencial ˆ Justi•a. NÌO integra o Poder


Judici‡rio, nem qualquer dos outros poderes.

Hist—ria Ð O MP j‡ integrou o Judici‡rio (Constitui•‹o de 1967) e o


Executivo (Constitui•‹o de 1969). Desde a Constitui•‹o de 1988 Ž uma
Institui•‹o aut™noma.

7
Cada ramo do MPU ter‡ direito de indicar um representante. A escolha se dar‡ na forma do art. 1¼
da Lei 11.372/06 (forma•‹o de lista tr’plice pelo ColŽgio de Procuradores e escolha pelo Procurador-
Geral do ramo). Ap—s, o nome escolhido pelo ser‡ encaminhado ao PGR, que o submeter‡ ˆ
aprova•‹o do Senado Federal.
8
Os membros do MPE s‹o escolhidos por cada um dos MPs estaduais. Os membros formam listam
tr’plice e o PGJ escolhe 01. Ap—s a escolha, todos os PGJs se reœnem e decidem quais ser‹o os 03
nomes enviados ao Senado Federal. Isso Ž que consta no art. 2¼ da Lei 11.372/06.

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Finalidade do MP - O MP tem a fun•‹o de DEFENDER OS INTERESSES DA
SOCIEDADE, na esfera criminal e nas demais esferas. O MP n‹o defende os
interesses do Governo, e sim da SOCIEDADE.

Abrang•ncia do MP Ð MP se divide em MPU e MPEs. O MPU se divide em


MPF, MPM, MPT e MPDFT. Assim:
ABRANGæNCIA DO MP e CHEFIA DO MP
RAMO SUBRAMOS DO CHEFIA
MPU
MPF PGR
MPT PGT
MPU (PGR)
MPM PGJM
MPDFT PGJDFT
MPs estaduais PGJ

MPs junto aos Tribunais de Contas n‹o integram o MP brasileiro.

Nomea•‹o do PGR - O Procurador-Geral da Repœblica (PGR) Ž nomeado


pelo Presidente da Repœblica, ap—s aprova•‹o por maioria absoluta do
Senado Federal, dentre membros da carreira, maiores de 35 anos, para
mandato de dois anos, permitida a recondu•‹o (necess‡ria nova
aprova•‹o pelo Senado).

Destitui•‹o do PGR Ð Por vontade pr—pria ou por iniciativa do Presidente


da Repœblica. Neste œltimo caso, Ž necess‡ria autoriza•‹o da maioria
absoluta do Senado Federal.

Nomea•‹o do PGT e do PGJM - O Procurador-Geral do Trabalho e o


Procurador-Geral da Justi•a Militar, Chefes do MPT e do MPM,
respectivamente, s‹o nomeados pelo PGR, dentre membros das
respectivas carreiras.

Nomea•‹o do PGJDFT - Procurador-Geral de Justi•a do DF e Territ—rios


NÌO Ž nomeado pelo PGR! O PGJDFT Ž nomeado pelo PRESIDENTE DA
REPòBLICA, dentre uma lista tr’plice encaminhada ap—s escolha pelos
membros do MPDFT. O PGR apenas d‡ posse ao novo PGJDFT.

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Fun•›es institucionais do MP Ð As fun•›es do MP est‹o previstas no art.
129 da CF/88. Pode exercer outras fun•›es alŽm daquelas, desde que
compat’veis com sua finalidade.
VEDA‚ÌO: ƒ absolutamente VEDADO ao MP exercer a representa•‹o
judicial e a consultoria jur’dica de entidades pœblicas.

Princ’pios institucionais do MP Ð Os princ’pios institucionais do MP s‹o


a Unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional:

PRINCêPIOS INSTITUCIONAIS DO MP
PRINCêPIO SIGNIFICADO OBSERVA‚ÍES
RELEVANTES

UNIDADE O MP Ž apenas um, embora O princ’pio da Unidade


cada membro seja o deve ser entendido como
Òpr—prio MPÓ. Todos os Unidade dentro de cada
membros do MP formam MP (Unidade
administrativa).
um s— corpo.
Funcionalmente o MP Ž
uma Institui•‹o œnica, de
forma que nada impede
que nada impede que
MPs diferentes atuem
num mesmo processo,
em fases diferentes.

INDIVISIBILIDADE Os membros do MP (do Quem atua no processo


mesmo ramo) podem se n‹o Ž o promotor, Ž o
substituir uns aos outros, MP. O membro do MP Ž
sem qualquer impedimento. apenas o meio utilizado
Esse princ’pio deriva do para a materializa•‹o da
princ’pio da unidade, pois tira vontade do MP.
seu fundamento daquele.

INDEPENDæNCIA Este princ’pio garante que Em rela•‹o ˆ atividade


FUNCIONAL os membros do MinistŽrio administrativa, h‡
Pœbico, no exerc’cio de hierarquia. A
suas fun•›es, n‹o se independ•ncia se aplica
apenas ˆ atividade
submetem ˆ nenhuma
funcional.
hierarquia de ordem
ideol—gico-jur’dica. O
membro do MP tem
liberdade total para atuar
conforme suas ideias
jur’dicas.

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Garantias dos membros do MP Ð As garantias dos membros do MP s‹o
a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subs’dios.

GARANTIAS DOS MEMBROS DO MP


GARANTIA SIGNIFICADO OBSERVA‚ÍES
RELEVANTES

VITALICIEDADE Os membros do MP A a•‹o judicial deve ser


que j‡ passaram pelo ajuizada pelo Chefe do MP,
est‡gio probat—rio e para esta espec’fica finalidade.
s‹o vital’cios s—
perdem o cargo em
raz‹o de senten•a
judicial transitada em
julgado.
INAMOVIBILIDADE A inamovibilidade ƒ aplic‡vel a todos os
impede que o membro membros da carreira, sejam
do MP seja removido eles vital’cios ou n‹o.
compulsoriamente do Exce•‹o: pode ser
seu local de atua•‹o determinada a remo•‹o
para outro. compuls—ria, por motivo de
Visa a dar seguran•a interesse pœblico. Necess‡ria
ao membro no decis‹o de maioria absoluta
exerc’cio de suas do Conselho Superior.
fun•›es.

IRREDUTIBILIDADE Uma garantia A irredutibilidade Ž apenas


DE SUBSêDIOS financeira conferida nominal, ou seja, n‹o
aos membros do MP, assegura a corre•‹o anual do
que n‹o podem ter subs’dio pela infla•‹o, para
evitar a perda de poder
seus subs’dios
aquisitivo. Garante apenas
reduzidos. que o valor nominal pago ao
membro do MP n‹o sofrer‡
redu•‹o.

Veda•›es constitucionais aos membros do MP Ð Os membros do MP


est‹o sujeitos a veda•›es especiais:

¥! N‹o podem receber honor‡rios


¥! N‹o podem participar de sociedade comercial, exceto como cotista
ou acionista
¥! N‹o podem exercer a advocacia
¥! N‹o podem exercer outra fun•‹o pœblica, exceto uma de magistŽrio

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¥! N‹o podem exercer atividade pol’tico partid‡ria. EXCE‚ÌO: Admitida
apenas para os membros que j‡ estavam no MP antes da CF/88 e
optaram pelo regime anterior
Autonomia do MP Ð ƒ a condi•‹o de independ•ncia do MP em rela•‹o aos
Poderes da Repœblica:
¥! Autonomia funcional - Significa que a Institui•‹o est‡ isenta de
qualquer influ•ncia externa no exerc’cio de sua atividade-fim.
¥! Autonomia administrativa Ð Assegura ao MP a prerrogativa de se
autogovernar. Para tanto, pode o MP editar atos relacionados ˆ
gest‹o dos seus quadros de pessoal, ˆ administra•‹o e aquisi•‹o de
bens etc. Seus atos possuem auto-executoriedade e efic‡cia plena
(n‹o dependem de autoriza•‹o de outro —rg‹o para terem efic‡cia).
¥! Autonomia financeira e or•ament‡ria Ð Significa que o MP tem a
atribui•‹o para elaborar a proposta de sua lei or•ament‡ria, bem
como para gerir seus pr—prios recursos, respeitadas as disposi•›es
legais.

CNMP Ð Institui•‹o de ‰mbito nacional, composta por 14 membros, cuja


fun•‹o Ž o controle da atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio
Pœblico, bem como do cumprimento dos deveres funcionais de seus
membros.
Composi•‹o:
¥! PGR Ð Presidente do CNMP
¥! 07 membros do MP (04 membros do MPU e 03 membros dos MPs
estaduais) Ð Um destes ser‡ o Corregedor-Nacional
¥! 02 Ju’zes Ð Um indicado pelo STF e outro pelo STJ
¥! 02 advogados Ð Ambos indicados pelo Conselho Federal da OAB
¥! 02 cidad‹os de not‡vel saber jur’dico e reputa•‹o ilibada Ð Um
indicado pela C‰mara e outro pelo Senado

Bons estudos!
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3! EXERCêCIOS DA AULA

01.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSESSOR: DIREITO -


ADAPTADA)
Conforme o art. 128 da Constitui•‹o Federal, o MinistŽrio Pœblico abrange:
o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, que compreende o MinistŽrio Pœblico Federal,

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o MinistŽrio Pœblico do Trabalho, o MinistŽrio Pœblico Militar, o MinistŽrio
Pœblico do Distrito Federal e Territ—rios, o MinistŽrio Pœblico de Contas da
Uni‹o, e os MinistŽrios Pœblicos Estaduais e os MinistŽrios Pœblicos de
Contas dos Tribunais de Contas Estaduais.

02.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSESSOR: DIREITO -


ADAPTADA)
Segundo a Constitui•‹o Federal, s‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio
Pœblico a indivisibilidade, a unidade e a vitaliciedade de seus membros, ao
passo que as garantias funcionais s‹o a independ•ncia funcional, a
inamovibilidade e a irredutibilidade de subs’dio.

03.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSESSOR: DIREITO -


ADAPTADA)
Considerando que o MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, essencial
ˆ fun•‹o jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jur’dica, do regime democr‡tico e dos interesses sociais e individuais
indispon’veis, cabe-lhe, alŽm das fun•›es institucionais previstas no art.
129 da Constitui•‹o Federal, excepcionalmente e quando o interesse
pœblico o exigir, a representa•‹o judicial e, eventualmente, a consultoria
de entidades pœblicas.

04.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSISTENTE SOCIAL)


O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de quatorze membros
nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos,
conferindo-se ˆ presid•ncia deste Colegiado ao integrante mais antigo.

05.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð GEîLOGO)


NÌO Ž compet•ncia do Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico:
a) zelar pela autonomia funcional e administrativa do MinistŽrio Pœblico,
podendo expedir atos regulamentares, no ‰mbito da sua compet•ncia, ou
recomendar provid•ncias.
b) zelar pela observ‰ncia do artigo 37 da Constitui•‹o Federal e apreciar a
legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou —rg‹os do
MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados, podendo desconstitu’-los, rev•-
los ou fixar prazo para que se adotem as provid•ncias necess‡rias ao exato
cumprimento da lei, sem preju’zo da compet•ncia do Tribunal de Contas.
c) exercer o controle externo da atividade policial, nos termos do inciso VII
do artigo 129 da Constitui•‹o Federal, sem preju’zo da compet•ncia
disciplinar e correcional da Institui•‹o, podendo recomendar provid•ncias.

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d) rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares de
membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ mais
de um ano.
e) elaborar relat—rio anual, propondo as provid•ncias que julgar
necess‡rias sobre a situa•‹o do MinistŽrio Pœblico no Pa’s e as atividades
do Conselho.

06.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO EM INFORMçTICA)


Entre outras atribui•›es, compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio
Pœblico
a) destituir os Procuradores-Gerais de Justi•a dos Estados, quando
conveniente ao interesse pœblico, n‹o podendo faz•-lo em rela•‹o ao
Procurador-Geral da Repœblica.
b) elaborar a proposta or•ament‡ria do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o.
c) decretar a perda do cargo dos membros vital’cios dos MinistŽrios Pœblicos
dos Estados e da Uni‹o.
d) rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares de
membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ menos
de um ano.
e) designar membros dos MinistŽrios Pœblicos dos Estados para oficiar em
determinados processos judiciais, quando conveniente ao interesse pœblico.

07.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð GEîLOGO)


De acordo com a Constitui•‹o Federal, NÌO Ž fun•‹o institucional do
MinistŽrio Pœblico:
a) defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es
ind’genas.
b) promover a a•‹o de inconstitucionalidade ou representa•‹o para fins de
interven•‹o da Uni‹o e dos Estados, nos casos previstos na Constitui•‹o
Federal.
c) zelar pelo efetivo respeito dos poderes pœblicos e dos servi•os de
relev‰ncia pœblica aos direitos assegurados na Constitui•‹o Federal,
promovendo as medidas necess‡rias a sua garantia.
d) aplicar aos respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as san•›es previstas em lei, que estabelecer‡,
entre outras comina•›es, multa proporcional ao dano causado ao er‡rio.
e) expedir notifica•›es nos procedimentos administrativos de sua
compet•ncia, requisitando informa•›es e documentos para instru’-los, na
forma da lei complementar respectiva.

08.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO EM INFORMçTICA)

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No texto da Constitui•‹o Federal vigente, o MinistŽrio Pœblico, situa-se
a) dentro do Poder Judici‡rio, como —rg‹o agente.
b) dentro do Poder Executivo, em cap’tulo especial, com destaque.
c) dentro do Poder Legislativo, como —rg‹o auxiliar.
d) dentro do Poder Judici‡rio, como —rg‹o opinativo.
e) no T’tulo IV, Cap’tulo IV, Se•‹o I, como institui•‹o permanente,
essencial ˆ fun•‹o jurisdicional do Estado.

09.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO EM INFORMçTICA)


Assinale a afirma•‹o correta com rela•‹o ao MinistŽrio Pœblico, de acordo
com os artigos 127 a 132 da Constitui•‹o Federal.
a) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico Ž composto, entre outros, de
tr•s membros do MinistŽrio Pœblico Federal e de quatro membros do
MinistŽrio Pœblico dos Estados.
b) O MinistŽrio Pœblico Ž composto exclusivamente pelo MinistŽrio Pœblico
Federal, pelo MinistŽrio Pœblico do Trabalho e pelos MinistŽrios Pœblicos dos
Estados.
c) A organiza•‹o e as atribui•›es de cada MinistŽrio Pœblico s‹o
estabelecidas por lei complementar da Uni‹o, de iniciativa exclusiva do
Procurador-Geral da Repœblica.
d) Aos membros do MinistŽrio Pœblico Ž permitido participar de sociedade
comercial, exercer advocacia privada, vedado o desempenho de atividade
pol’tico- partid‡ria.
e) As fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico abrangem a promo•‹o da
a•‹o de inconstitucionalidade e o exerc’cio do controle externo da atividade
policial.

10.! (MPE-RS Ð 2013 Ð MPE-RS Ð AGENTE ADMINISTRATIVO)


Assinale a alternativa correta sobre o Conselho Nacional do MinistŽrio
Pœblico, nos termos do Artigo 130-A, da Constitui•‹o Federal.
a) ƒ composto por quatorze membros e presidido pelo Presidente da
Repœblica, dependendo a escolha de aprova•‹o por maioria absoluta do
Senado Federal.
b) Pode rever os processos disciplinares de membros do MinistŽrio Pœblico
da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ mais de um ano, de of’cio ou mediante
provoca•‹o.
c) O Conselho escolher‡, em vota•‹o secreta, um Corregedor nacional,
dentre os membros do MinistŽrio Pœblico que o integram, admitida uma
recondu•‹o.

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d) Incumbe-lhe zelar pela autonomia funcional e administrativa do
MinistŽrio Pœblico, podendo expedir atos regulamentares, no ‰mbito de sua
compet•ncia.
e) Compete-lhe receber e conhecer das reclama•›es contra membros ou
—rg‹os do MinistŽrio Pœblico e da Magistratura da Uni‹o e dos Estados,
inclusive contra seus servi•os auxiliares.

11.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO SUPERIOR DE


INFORMçTICA)
De acordo com a Constitui•‹o Federal vigente, artigo 127, par‡grafo
primeiro, s‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico:
a) a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos.
b) a autonomia funcional, o promotor natural e a vitaliciedade.
c) a independ•ncia funcional, a unidade e a indivisibilidade.
d) a indivisibilidade, a autonomia or•ament‡ria e a inamovibilidade.
e) a titularidade da a•‹o penal, a prote•‹o aos direitos difusos e a unidade.

12.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


Certo Promotor de Justi•a, um ano ap—s a sua posse, obtŽm a titularidade
de uma Promotoria de Justi•a. Insatisfeito com a sua atua•‹o, o
Procurador-Geral de Justi•a decide remov•-lo do —rg‹o de execu•‹o. ƒ
correto afirmar que:
a) somente os membros do MinistŽrio Pœblico vital’cios possuem a garantia
da inamovibilidade, indicativo de que o Procurador-Geral de Justi•a pode
remov•-lo para —rg‹o diverso;
b) a garantia da inamovibilidade alcan•a todos os membros do MinistŽrio
Pœblico, vital’cios ou n‹o, de modo que a remo•‹o involunt‡ria somente
pode ser determinada em processo judicial;
c) a inamovibilidade n‹o obsta a remo•‹o compuls—ria, desde que
determinada pelo Procurador-Geral de Justi•a, a partir de autoriza•‹o do
îrg‹o Especial do ColŽgio de Procuradores de Justi•a;
d) a remo•‹o compuls—ria somente pode ser determinada pelo Conselho
Superior do MinistŽrio Pœblico, desde que tal seja requerido pelo îrg‹o
Especial do ColŽgio de Procuradores de Justi•a;
e) a inamovibilidade pode ser excepcionada pelo interesse pœblico, desde
que tal seja reconhecido pelo Conselho Superior do MinistŽrio Pœblico, em
processo administrativo regular.

13.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


Considerando as veda•›es incidentes sobre os membros do MinistŽrio
Pœblico, Ž correto afirmar que podem:

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a) acumular suas fun•›es com aquelas inerentes a organismos estatais
afetos ˆ ‡rea de atua•‹o da Institui•‹o;
b) exercer a advocacia em causa pr—pria, vedada a representa•‹o dos
interesses de terceiros;
c) candidatar-se a cargo eletivo, desde que se licenciem atŽ um ano antes
da elei•‹o;
d) exercer outra fun•‹o pœblica, desde que haja compatibilidade de
hor‡rios;
e) receber os ™nus da sucumb•ncia, desde que o valor n‹o ultrapasse o
teto remunerat—rio.

14.! (FGV Ð 2013 Ð MPE-MS Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


Assinale a alternativa que apresenta somente princ’pios institucionais do
MinistŽrio Pœblico.
a) unidade, divisibilidade e exclusividade da a•‹o penal.
b) unidade, indivisibilidade e independ•ncia funcional.
c) indivisibilidade, independ•ncia administrativa e executividade
d) indivisibilidade, unidade e irredutibilidade vencimental.
e) indivisibilidade, inamovibilidade e unidade

15.! (FGV Ð 2010 Ð BADESC Ð ADVOGADO)


Considerando o estatuto constitucional do MinistŽrio Pœblico, analise as
afirmativas a seguir.
I. Os membros do MinistŽrio Pœblico gozam da garantia da vitaliciedade,
ap—s dois anos de exerc’cio, n‹o podendo perder o cargo, salvo por
senten•a transitada em julgado, ou por decis‹o do Conselho Nacional do
MinistŽrio Pœblico em processo administrativo, garantido o contradit—rio e
a ampla defesa.
II. Algumas das veda•›es previstas na Constitui•‹o aos membros do
MinistŽrio Pœblico s‹o: o exerc’cio de atividade pol’tico partid‡ria; o
exerc’cio, ainda que em disponibilidade, de qualquer outra fun•‹o pœblica,
salvo uma de magistŽrio; e a participa•‹o em sociedade comercial, na
forma da lei.
III. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico, dentre outras, o
exerc’cio do controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar respectiva, e a requisi•‹o ˆ pol’cia judici‡ria de dilig•ncias
investigat—rias e de instaura•‹o de inquŽrito policial, indicados os
fundamentos jur’dicos de suas manifesta•›es processuais.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

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c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

16.! (FGV Ð 2009 Ð TJ-PA Ð JUIZ)


As alternativas a seguir apresentam fun•›es institucionais do MinistŽrio
Pœblico, ˆ exce•‹o de uma. Assinale-a.
a) Exercer o controle externo da atividade policial, podendo avocar a
presid•ncia de inquŽrito policial, quando verificado desvio de poder por
parte da autoridade policial competente.
b) Promover a a•‹o de inconstitucionalidade ou representa•‹o para fins de
interven•‹o da Uni‹o e dos Estados, nos casos previstos na Constitui•‹o.
c) Expedir notifica•›es nos procedimentos administrativos de sua
compet•ncia, requisitando informa•›es e documentos para instru’-los, na
forma da lei complementar respectiva.
d) Promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para a prote•‹o do
patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos
e coletivos.
e) Defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es
ind’genas.

17.! (FGV Ð 2013 Ð SUDENE-PE Ð ANALISTA ADMINISTRATIVO)


O MinistŽrio Pœblico exerce fun•‹o essencial ˆ Justi•a. Nos termos da
Constitui•‹o Federal, o Chefe do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž escolhido,
dentre integrantes da carreira,
a) pela maioria absoluta da C‰mara dos Deputados com san•‹o do
Presidente da Repœblica.
b) por vota•‹o direta e secreta dos membros do MinistŽrio Pœblico, com
aprova•‹o do Senado Federal.
c) por indica•‹o dos —rg‹os de classe do MinistŽrio Pœblico, com nomea•‹o
do Presidente da Repœblica.
d) por indica•‹o do plen‡rio do Senado, com aprova•‹o do Presidente da
Repœblica.
e) pela Presid•ncia da Repœblica, ap—s aprova•‹o do Senado Federal.

18.! (FGV Ð 2013 Ð TJ-AM Ð AUXILIAR JUDICIçRIO)


A Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil estabelece o
MinistŽrio Pœblico, a Advocacia Pœblica, a Advocacia e a Defensoria
Pœblica, como fun•›es essenciais ˆ Justi•a.

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Em rela•‹o ao MinistŽrio Pœblico, a Constitui•‹o reconhece,
explicitamente, como seus princ’pios institucionais
a) a indivisibilidade, a soberania e a imparcialidade.
b) a unidade, a imparcialidade e o sigilo de suas delibera•›es e decis›es.
c) a unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
d) a independ•ncia funcional, a imparcialidade e a unidade.
e) a soberania, a imparcialidade e a unidade.

19.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


Pelos termos do Artigo 129 da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira, o qual
elenca as fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico, Ž correto afirmar que:
a) compete exclusivamente ao MinistŽrio Pœblico o ajuizamento das a•›es
penais pœblicas, sejam incondicionadas ou condicionadas;
b) o MinistŽrio Pœblico detŽm atribui•‹o para a instaura•‹o de inquŽritos
civis pœblicos, quando verificadas afrontas ao patrim™nio pœblico e social,
ao meio ambiente e outros interesses transindividuais;
c) a lei ordin‡ria pode conferir ao MinistŽrio Pœblico fun•›es n‹o
compreendidas na Constitui•‹o da Repœblica Brasileira, mesmo que em
disson‰ncia com o perfil constitucional que lhe foi desenhado;
d) cabe ao MinistŽrio Pœblico exercer o controle interno da atividade policial,
adotando provid•ncias de cunho administrativo e judicial para tanto;
e) cabe ao MinistŽrio Pœblico a consultoria jur’dica de entidades pœblicas
que estejam submetidas ao seu controle, caracterizando uma atua•‹o
preventiva da institui•‹o.

20.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


O MinistŽrio Pœblico, como —rg‹o que desempenha fun•›es fundamentais
em um Estado Democr‡tico de Direito, Ž incumbido da defesa da ordem
jur’dica, do regime democr‡tico e dos interesses sociais e individuais
indispon’veis. Como consequ•ncia da presente assertiva, fruto de
interpreta•‹o literal do caput do artigo 127 da Constitui•‹o da Repœblica
Brasileira, Ž INCORRETO afirmar que:
a) o MinistŽrio Pœblico pode ser considerado como o guardi‹o da sociedade,
diante do perfil que lhe foi tra•ado constitucionalmente;
b) na defesa dos interesses acima mencionados, o MinistŽrio Pœblico pode
atuar judicial e extrajudicialmente, j‡ que, alŽm de outras raz›es, quem
detŽm os fins, detŽm tambŽm os meios;
c) as fun•›es institucionais elencadas nos incisos constantes do caput do
artigo 129 da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira n‹o devem apresentar
incompatibilidades materiais com a norma estabelecida no citado artigo
127, caput, tambŽm da nossa Lex Fundamentalis;

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d) ao MinistŽrio Pœblico Ž autorizado tambŽm exercer a representa•‹o
judicial e consultoria jur’dica de outras entidades pœblicas, vez que este
papel estaria em conson‰ncia com os termos do artigo 127, caput da
Constitui•‹o da Repœblica Brasileira;
e) em virtude dos interesses que protege, o MinistŽrio Pœblico deve
obrigatoriamente atuar em a•›es penais e a•›es civis pœblicas.

21.! (CESPE Ð 2009 - MPE-RN Ð ADMINISTRATIVO)


Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos
estados e do DF.

22.! (NUCEPE Ð 2008 - MPE-PI Ð TƒCNICO ADM.)


Em rela•‹o ˆs fun•›es e ˆ estrutura do MinistŽrio Pœblico, assinale a
afirmativa correta.
A) O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o compreende o MinistŽrio Federal, o
MinistŽrio Pœblico do Trabalho, o MinistŽrio Pœblico Militar e o MinistŽrio
Pœblico do Distrito Federal e dos Territ—rios.
B) O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o compreende o MinistŽrio Federal, o
MinistŽrio Pœblico do Trabalho, o MinistŽrio Pœblico Militar e o MinistŽrio
Pœblico junto ao Tribunal de Contas da Uni‹o.
C) As fun•›es dos MinistŽrios Pœblicos dos Estados, nos termos previstos
em lei, podem ser exercidas por Defensores Pœblicos ou por Procuradores
do Estado.
D) Compete ao MinistŽrio Pœblico exercer o controle interno da atividade
policial, observado o disposto em lei complementar.
E) Os MinistŽrios Pœblicos dos Estados s‹o diretamente subordinados aos
respectivos Governadores dos Estados.

23.! (CESPE Ð 2006 - MPE-AM Ð ADMINISTRATIVO)


Um membro do MinistŽrio Pœblico estadual pode ser designado para atuar
como membro do MinistŽrio Pœblico junto ao Tribunal de Contas do estado.

24.! (CESPE Ð 2007 Ð MPU Ð ANALISTA PROCESSUAL)


O procurador-geral da Repœblica ser‡ nomeado pelo presidente da
Repœblica, ap—s aprova•‹o de seu nome pela maioria absoluta do
Congresso Nacional.

25.! (CESPE Ð 2007 Ð MPU Ð ANALISTA PROCESSUAL)


O Presidente da Repœblica, no uso de suas atribui•›es de chefe de Estado,
nomeia o procurador-geral de justi•a nos estados, o procurador-geral
militar e o procurador-geral do trabalho.

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26.! (CESPE Ð 2007 Ð MPU Ð ANALISTA PROCESSUAL)


A destitui•‹o do procurador-geral de justi•a do Distrito Federal e territ—rios
exige a delibera•‹o da maioria absoluta dos membros da C‰mara
Legislativa do Distrito Federal.

27.! (CESPE Ð 2010 Ð MPE-RO Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A)


Com refer•ncia ao instituto do inquŽrito civil pœblico, assinale a op•‹o
correta:
A) O inquŽrito civil constitui procedimento de instaura•‹o obrigat—ria pelo
MP, destinado a coligir provas e quaisquer outros elementos de convic•‹o,
de forma a viabilizar o exerc’cio respons‡vel da a•‹o civil pœblica.
B) De acordo com a jurisprud•ncia, Ž l’cito negar ao advogado constitu’do
o direito de ter acesso aos autos do inquŽrito civil, em especial aos
elementos j‡ documentados nos autos pertinentes ao investigado, desde
que analisadas a natureza e finalidade do acesso.
C) O inquŽrito civil, em que n‹o h‡, em regra, a necessidade de se atender
aos princ’pios do contradit—rio e da ampla defesa, constitui procedimento
meramente informativo, que visa ˆ investiga•‹o e ˆ apura•‹o de fatos.
D) Uma vez constatada a ocorr•ncia de il’citos penais, Ž vedado ao MP
oferecer denœncia com base em elementos de informa•‹o obtidos em
inquŽritos civis instaurados para a apura•‹o de il’citos civis e
administrativos.
E) De acordo com entendimento do STF, o habeas corpus Ž meio h‡bil para
se questionar aspectos ligados ao inquŽrito civil.

28.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


O procurador-geral da Repœblica, nomeado pelo presidente da Repœblica
entre integrantes do MPU com mais de trinta e cinco anos de idade, ap—s a
aprova•‹o de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado
Federal, exercer‡ a chefia do MPU.

29.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


A CF autoriza o MPU a exercer a representa•‹o judicial da Funda•‹o
Nacional do êndio em casos excepcionais e relacionados ˆ defesa dos
direitos das popula•›es ind’genas.

30.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Embora os MinistŽrios Pœblicos (MPs) junto aos tribunais de contas sejam
—rg‹os aut™nomos e independentes do MPU e dos MPs dos estados,

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LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
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aplicam-se aos seus membros os mesmos direitos, veda•›es e forma de
investidura.

31.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Compete ao CNMP apreciar, de of’cio ou mediante provoca•‹o, a legalidade
dos atos funcionais e administrativos praticados por membros do MPU e
dos MPs dos estados, podendo rev•-los, fixando prazo para a ado•‹o das
provid•ncias necess‡rias ˆ sua corre•‹o, ou, se for o caso, desconstitu’-los.

32.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Compor‹o o CNMP, alŽm de membros do MPU e dos MPs dos estados, da
magistratura e da advocacia, dois cidad‹os de not‡vel saber jur’dico e
reputa•‹o ilibada, um indicado pela C‰mara dos Deputados e o outro, pelo
Senado Federal.

33.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Em fun•‹o da autonomia financeira e administrativa assegurada ao MP pela
CF, o aumento do valor dos subs’dios dos membros do —rg‹o pode ser
realizado por meio de ato normativo do procurador-geral da Repœblica.

34.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


Cabe ao CNMP efetuar o controle da atua•‹o administrativa e financeira do
MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.

35.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


N‹o constitui compet•ncia do CNMP a revis‹o, de of’cio ou mediante
provoca•‹o, de processos disciplinares de servidores do MPU.

36.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


A autonomia administrativa do MPU, assegurada constitucionalmente,
compreende a possibilidade de, mediante atos normativos internos, criar e
extinguir cargos e servi•os auxiliares.

37.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


A autonomia financeira do MP abrange a capacidade de elaborar a sua
proposta or•ament‡ria e a capacidade de gerir e aplicar os recursos
or•ament‡rios destinados ˆ institui•‹o.

38.! (CESPE Ð 2006 - MPE-AM Ð ADMINISTRATIVO Ð AGENTE


TƒCNICO JURêDICO)

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LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
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A unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional s‹o princ’pios
institucionais do MinistŽrio Pœblico.

39.! (NUCEPE Ð 2008 - MPE-PI Ð 2008 Ð ANALISTA PROCESSUAL)


Quanto aos princ’pios relativos ao MinistŽrio Pœblico, assinale a alternativa
correta.
A) A indivisibilidade significa que os integrantes da carreira podem ser
substitu’dos, uns pelos outros, desde que da mesma carreira, segundo
prescri•›es legais.
B) O princ’pio da independ•ncia funcional se refere aos aspectos
administrativos do desempenho funcional do membro do MinistŽrio Pœblico,
porŽm n‹o est‡ relacionado com quest›es jur’dicas referentes ˆ sua
atividade funcional.
C) O princ’pio da unidade significa, basicamente, que os membros do
MinistŽrio Pœblico integram um s— —rg‹o, sob a dire•‹o do Conselho
Nacional do MinistŽrio Pœblico.
D) A partir do princ’pio da unidade, foi deduzida a doutrina do promotor
natural.
E) O princ’pio da independ•ncia funcional pode ser suprimido em virtude
de decis›es do Procurador Geral.

40.! (NUCEPE Ð 2008 - MPE-PI Ð 2008 Ð ANALISTA PROCESSUAL)


S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico:
A) a moralidade, a legalidade e a impessoalidade.
B) a moralidade, a legalidade e a publicidade.
C) a efici•ncia, a moralidade e a impessoalidade.
D) a unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
E) a divisibilidade, a legalidade e a independ•ncia funcional.

41.! (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA DE INFORMçTICA - BANCO


DE DADOS)
Pelo princ’pio da indivisibilidade, h‡ possibilidade de um procurador
substituir outro no exerc’cio de suas fun•›es.

42.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


De acordo com a CF, s‹o princ’pios institucionais do MP a independ•ncia
funcional, a indivisibilidade e a unidade.

43.! (FCC Ð 2007 Ð TRT23 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)

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Teoria e quest›es
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Lei que disponha sobre normas gerais para a organiza•‹o do MinistŽrio
Pœblico dos Estados, do Distrito Federal e dos Territ—rios Ž de compet•ncia
a) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa do Governador ou de
qualquer membro da comiss‹o do Legislativo estadual ou distrital.
b) da Uni‹o, com iniciativa do Procurador-Geral da Repœblica.
c) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa exclusiva dos
respectivos Procuradores-Gerais de Justi•a.
d) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Presidente da Repœblica.
e) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa privativa do Governador.

44.! (FCC Ð 2006 Ð TRT24 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


De acordo com a Constitui•‹o Federal, com rela•‹o ao MinistŽrio Pœblico Ž
correto afirmar:
a) ƒ permitido aos seus membros exercer atividade pol’tico-partid‡ria, bem
como participar de sociedade comercial.
b) O ingresso na carreira do MinistŽrio Pœblico far-se-‡ mediante concurso
pœblico de provas e t’tulos, assegurada a participa•‹o da Ordem dos
Advogados do Brasil em sua realiza•‹o.
c) Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional, porŽm n‹o Ž
assegurada a autonomia administrativa.
d) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de dez membros
nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.
e) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico ser‡ presidido pelo Presidente
do Supremo Tribunal Federal, por expressa disposi•‹o constitucional.

45.! (FCC Ð 2007 Ð TRF2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Quanto ˆs fun•›es essenciais da administra•‹o da justi•a, Ž INCORRETO
afirmar que o MinistŽrio Pœblico
a) foi constitucionalmente incumbido da defesa da ordem jur’dica, do
regime democr‡tico e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.
b) est‡ subordinado ao controle da sua atua•‹o financeira e administrativa
e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros pelo Conselho
Nacional de Justi•a.
c) da Uni‹o tem por chefe o Procurador-Geral da Repœblica.
d) elaborar‡ sua proposta or•ament‡ria dentro dos limites estabelecidos na
Lei de Diretrizes Or•ament‡rias.
e) abrange, dentre outras, as do MinistŽrio Pœblico do Trabalho e o Militar.

46.! (FCC Ð 2007 Ð TRE-SE Ð ANALISTA JUDICIçRIO)

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Lei que disponha sobre normas gerais para a organiza•‹o do MinistŽrio
Pœblico dos Estados e do Distrito Federal Ž de compet•ncia:
a) dos Estados e Distrito Federal, com iniciativa privativa do Governador.
b) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Presidente da Repœblica.
c) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Senado Federal.
d) dos Estados e Distrito Federal, com iniciativa exclusiva dos respectivos
Procuradores-Gerais de Justi•a.
e) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Congresso Nacional.

47.! (FCC Ð 2007 Ð MPU Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


ƒ certo que o Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico
a) poder‡, dentre outras atribui•›es, destituir, pelo voto de dois ter•os de
seus membros, os Procuradores-Gerais que atentem contra os princ’pios
constitucionais.
b) possui, dentre outras atribui•›es, o controle da atua•‹o administrativa
e financeira do MinistŽrio Pœblico e do cumprimento dos deveres funcionais
de seus membros.
c) comp›e-se de quinze membros com mais de trinta e cinco e menos de
sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma
recondu•‹o.
d) escolher‡, em vota•‹o secreta, um Corregedor Nacional, dentre os
membros do MinistŽrio Pœblico que o integram, para um mandato de dois
anos, admitida a recondu•‹o.
e) comp›e-se de dezesseis membros nomeados pelo Presidente da
Repœblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondu•‹o.

4! EXERCêCIOS COMENTADOS

01.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSESSOR: DIREITO -


ADAPTADA)
Conforme o art. 128 da Constitui•‹o Federal, o MinistŽrio Pœblico
abrange: o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, que compreende o
MinistŽrio Pœblico Federal, o MinistŽrio Pœblico do Trabalho, o
MinistŽrio Pœblico Militar, o MinistŽrio Pœblico do Distrito Federal e
Territ—rios, o MinistŽrio Pœblico de Contas da Uni‹o, e os MinistŽrios
Pœblicos Estaduais e os MinistŽrios Pœblicos de Contas dos
Tribunais de Contas Estaduais.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o abrange
apenas o MPT, o MPF, o MPDFT e o MPM. AlŽm disso, o MP junto ao Tribunal
de Contas n‹o integra o MinistŽrio Pœblico brasileiro.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

02.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSESSOR: DIREITO -


ADAPTADA)
Segundo a Constitui•‹o Federal, s‹o princ’pios institucionais do
MinistŽrio Pœblico a indivisibilidade, a unidade e a vitaliciedade de
seus membros, ao passo que as garantias funcionais s‹o a
independ•ncia funcional, a inamovibilidade e a irredutibilidade de
subs’dio.
COMENTçRIOS: Item errado, pois os princ’pios institucionais s‹o a
unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional, nos termos do art.
127, ¤1¼ da Constitui•‹o Federal.
As garantias dos membros do MP, por outro lado, s‹o a vitaliciedade, a
irredutibilidade de subs’dio e a inamovibilidade, nos termos do art. 128,
¤5¼ da Constitui•‹o Federal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

03.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSESSOR: DIREITO -


ADAPTADA)
Considerando que o MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente,
essencial ˆ fun•‹o jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa
da ordem jur’dica, do regime democr‡tico e dos interesses sociais
e individuais indispon’veis, cabe-lhe, alŽm das fun•›es
institucionais previstas no art. 129 da Constitui•‹o Federal,
excepcionalmente e quando o interesse pœblico o exigir, a
representa•‹o judicial e, eventualmente, a consultoria de entidades
pœblicas.
COMENTçRIOS: ƒ vedado ao MP exercer a representa•‹o judicial e a
consultoria ˆ entidades pœblicas, nos termos do art. 129, IX da
Constitui•‹o:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico: (...) IX - exercer
outras fun•›es que lhe forem conferidas, desde que compat’veis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representa•‹o judicial e a consultoria jur’dica
de entidades pœblicas.
Portanto, A AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

04.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð ASSISTENTE SOCIAL)


O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de quatorze
membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para

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um mandato de dois anos, conferindo-se ˆ presid•ncia deste
Colegiado ao integrante mais antigo.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a presid•ncia do CNMP cabe ao PGR,
nos termos do art. 130-A da Constitui•‹o Federal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

05.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð GEîLOGO)


NÌO Ž compet•ncia do Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico:
a) zelar pela autonomia funcional e administrativa do MinistŽrio
Pœblico, podendo expedir atos regulamentares, no ‰mbito da sua
compet•ncia, ou recomendar provid•ncias.
b) zelar pela observ‰ncia do artigo 37 da Constitui•‹o Federal e
apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por
membros ou —rg‹os do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados,
podendo desconstitu’-los, rev•-los ou fixar prazo para que se
adotem as provid•ncias necess‡rias ao exato cumprimento da lei,
sem preju’zo da compet•ncia do Tribunal de Contas.
c) exercer o controle externo da atividade policial, nos termos do
inciso VII do artigo 129 da Constitui•‹o Federal, sem preju’zo da
compet•ncia disciplinar e correcional da Institui•‹o, podendo
recomendar provid•ncias.
d) rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos
disciplinares de membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos
Estados julgados h‡ mais de um ano.
e) elaborar relat—rio anual, propondo as provid•ncias que julgar
necess‡rias sobre a situa•‹o do MinistŽrio Pœblico no Pa’s e as
atividades do Conselho.
COMENTçRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, h‡ DUAS
ALTERNATIVAS CORRETAS (ou seja, hip—teses em que n‹o se trata de
compet•ncia do CNMP). A primeira delas Ž a letra C. O controle externo da
atividade policial Ž uma das fun•›es institucionais do MP, n‹o do CNMP, nos
termos do art. 129, VII da Constitui•‹o Federal. Ou seja, o controle externo
da atividade policial corresponde a uma fun•‹o relacionada ˆ atividade-fim
do MP, n‹o sendo uma das fun•›es conferidas ao CNMP.
AlŽm disso, a letra D tambŽm est‡ errada. Isso porque s— cabe ao CNMP
Òrever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares de
membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ MENOS
de um anoÓ, e n‹o aqueles julgados h‡ MAIS de um ano.
Portanto, a QUESTÌO DEVERIA TER SIDO ANULADA.

06.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO EM INFORMçTICA)

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Entre outras atribui•›es, compete ao Conselho Nacional do
MinistŽrio Pœblico
a) destituir os Procuradores-Gerais de Justi•a dos Estados, quando
conveniente ao interesse pœblico, n‹o podendo faz•-lo em rela•‹o
ao Procurador-Geral da Repœblica.
b) elaborar a proposta or•ament‡ria do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o.
c) decretar a perda do cargo dos membros vital’cios dos MinistŽrios
Pœblicos dos Estados e da Uni‹o.
d) rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos
disciplinares de membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos
Estados julgados h‡ menos de um ano.
e) designar membros dos MinistŽrios Pœblicos dos Estados para
oficiar em determinados processos judiciais, quando conveniente
ao interesse pœblico.
COMENTçRIOS: A œnica das alternativas que traz uma fun•‹o do CNMP Ž
a letra D, nos termos do art. 130-A, ¤2¼, IV da Constitui•‹o:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de quatorze
membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois
anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela Emenda Constitucional
n¼ 45, de 2004) (...) ¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico
o controle da atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: (...)
IV rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares de
membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ menos de
um ano;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

07.! (MPE-RS Ð 2014 Ð MPE-RS Ð GEîLOGO)


De acordo com a Constitui•‹o Federal, NÌO Ž fun•‹o institucional
do MinistŽrio Pœblico:
a) defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es
ind’genas.
b) promover a a•‹o de inconstitucionalidade ou representa•‹o para
fins de interven•‹o da Uni‹o e dos Estados, nos casos previstos na
Constitui•‹o Federal.
c) zelar pelo efetivo respeito dos poderes pœblicos e dos servi•os
de relev‰ncia pœblica aos direitos assegurados na Constitui•‹o
Federal, promovendo as medidas necess‡rias a sua garantia.
d) aplicar aos respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as san•›es previstas em lei, que
estabelecer‡, entre outras comina•›es, multa proporcional ao dano
causado ao er‡rio.

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e) expedir notifica•›es nos procedimentos administrativos de sua
compet•ncia, requisitando informa•›es e documentos para instru’-
los, na forma da lei complementar respectiva.
COMENTçRIOS: Todas as alternativas trazem fun•›es institucionais do
MP, nos termos do art. 129 da Constitui•‹o, exceto a letra D, que traz uma
fun•‹o que n‹o cabe ao MP, mas ao TCU, nos termos do art. 71, VIII da
Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

08.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO EM INFORMçTICA)


No texto da Constitui•‹o Federal vigente, o MinistŽrio Pœblico,
situa-se
a) dentro do Poder Judici‡rio, como —rg‹o agente.
b) dentro do Poder Executivo, em cap’tulo especial, com destaque.
c) dentro do Poder Legislativo, como —rg‹o auxiliar.
d) dentro do Poder Judici‡rio, como —rg‹o opinativo.
e) no T’tulo IV, Cap’tulo IV, Se•‹o I, como institui•‹o permanente,
essencial ˆ fun•‹o jurisdicional do Estado.
COMENTçRIOS: O MP n‹o se encontra dentro de nenhum dos tr•s
poderes, sendo considerado como uma Institui•‹o aut™noma, permanente
e essencial ˆ fun•‹o jurisdicional do Estado, nos termos do art. 127 da
Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

09.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO EM INFORMçTICA)


Assinale a afirma•‹o correta com rela•‹o ao MinistŽrio Pœblico, de
acordo com os artigos 127 a 132 da Constitui•‹o Federal.
a) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico Ž composto, entre
outros, de tr•s membros do MinistŽrio Pœblico Federal e de quatro
membros do MinistŽrio Pœblico dos Estados.
b) O MinistŽrio Pœblico Ž composto exclusivamente pelo MinistŽrio
Pœblico Federal, pelo MinistŽrio Pœblico do Trabalho e pelos
MinistŽrios Pœblicos dos Estados.
c) A organiza•‹o e as atribui•›es de cada MinistŽrio Pœblico s‹o
estabelecidas por lei complementar da Uni‹o, de iniciativa
exclusiva do Procurador-Geral da Repœblica.
d) Aos membros do MinistŽrio Pœblico Ž permitido participar de
sociedade comercial, exercer advocacia privada, vedado o
desempenho de atividade pol’tico- partid‡ria.

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e) As fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico abrangem a
promo•‹o da a•‹o de inconstitucionalidade e o exerc’cio do
controle externo da atividade policial.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: S‹o quatro membros do MPU e tr•s membros dos MPs
estaduais, nos termos do art. 130-A, II e III da Constitui•‹o.
B) ERRADA: O MP Ž composto pelo MPU (que engloba MPF, MPT, MPM e
MPDFT) e pelos MPs estaduais, nos termos do art. 128, I e II da CF/88.
C) ERRADA: Item errado, pois isso deve ser feito por meio de Lei
Complementar da Uni‹o e dos estados (no caso dos MPs estaduais), cujo
iniciativa Ž facultada aos Procuradores-Gerais:
Art. 128 (...) ¤ 5¼ Leis complementares da Uni‹o e dos Estados, cuja iniciativa
Ž facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecer‹o a organiza•‹o,
as atribui•›es e o estatuto de cada MinistŽrio Pœblico, observadas,
relativamente a seus membros:
D) ERRADA: Os membros do MP n‹o podem exercer a advocacia, nem
participar de sociedade comercial, salvo na qualidade de cotista ou
acionista.
E) CORRETA: Item correto, pois estas s‹o fun•›es institucionais do MP, nos
termos do art. 129, IV e VIII da Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

10.! (MPE-RS Ð 2013 Ð MPE-RS Ð AGENTE ADMINISTRATIVO)


Assinale a alternativa correta sobre o Conselho Nacional do
MinistŽrio Pœblico, nos termos do Artigo 130-A, da Constitui•‹o
Federal.
a) ƒ composto por quatorze membros e presidido pelo Presidente
da Repœblica, dependendo a escolha de aprova•‹o por maioria
absoluta do Senado Federal.
b) Pode rever os processos disciplinares de membros do MinistŽrio
Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ mais de um ano, de
of’cio ou mediante provoca•‹o.
c) O Conselho escolher‡, em vota•‹o secreta, um Corregedor
nacional, dentre os membros do MinistŽrio Pœblico que o integram,
admitida uma recondu•‹o.
d) Incumbe-lhe zelar pela autonomia funcional e administrativa do
MinistŽrio Pœblico, podendo expedir atos regulamentares, no
‰mbito de sua compet•ncia.
e) Compete-lhe receber e conhecer das reclama•›es contra
membros ou —rg‹os do MinistŽrio Pœblico e da Magistratura da
Uni‹o e dos Estados, inclusive contra seus servi•os auxiliares.

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A) ERRADA: O CNMP Ž presidido pelo PGR, nos termos do art. 130-A, I da
Constitui•‹o.
B) ERRADA: O CNMP pode Òrever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os
processos disciplinares de membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos
Estados julgados Hç MENOS de um anoÓ, nos termos do art. 130-A, ¤2¼,
IV da Constitui•‹o.
C) ERRADA: ƒ vedada a recondu•‹o para o cargo de corregedor do CNMP,
nos termos do art. 130-A, ¤3¼ da CF/88.
D) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a previs‹o contida no art. 130, ¤2¼,
I da CF/88:
Art. 130-A (...) ¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o
controle da atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MinistŽrio Pœblico,
podendo expedir atos regulamentares, no ‰mbito de sua compet•ncia, ou
recomendar provid•ncias;
E) ERRADA: N‹o cabe ao CNMP analisar reclama•›es contra membros da
Magistratura (Ju’zes).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

11.! (MPE-RS Ð 2012 Ð MPE-RS Ð TƒCNICO SUPERIOR DE


INFORMçTICA)
De acordo com a Constitui•‹o Federal vigente, artigo 127,
par‡grafo primeiro, s‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio
Pœblico:
a) a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de
vencimentos.
b) a autonomia funcional, o promotor natural e a vitaliciedade.
c) a independ•ncia funcional, a unidade e a indivisibilidade.
d) a indivisibilidade, a autonomia or•ament‡ria e a inamovibilidade.
e) a titularidade da a•‹o penal, a prote•‹o aos direitos difusos e a
unidade.
COMENTçRIOS: Nos termos do art. 127 da Constitui•‹o Federal, s‹o
princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a indivisibilidade e
a independ•ncia funcional.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

12.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


Certo Promotor de Justi•a, um ano ap—s a sua posse, obtŽm a
titularidade de uma Promotoria de Justi•a. Insatisfeito com a sua
atua•‹o, o Procurador-Geral de Justi•a decide remov•-lo do —rg‹o
de execu•‹o. ƒ correto afirmar que:

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LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
a) somente os membros do MinistŽrio Pœblico vital’cios possuem a
garantia da inamovibilidade, indicativo de que o Procurador-Geral
de Justi•a pode remov•-lo para —rg‹o diverso;
b) a garantia da inamovibilidade alcan•a todos os membros do
MinistŽrio Pœblico, vital’cios ou n‹o, de modo que a remo•‹o
involunt‡ria somente pode ser determinada em processo judicial;
c) a inamovibilidade n‹o obsta a remo•‹o compuls—ria, desde que
determinada pelo Procurador-Geral de Justi•a, a partir de
autoriza•‹o do îrg‹o Especial do ColŽgio de Procuradores de
Justi•a;
d) a remo•‹o compuls—ria somente pode ser determinada pelo
Conselho Superior do MinistŽrio Pœblico, desde que tal seja
requerido pelo îrg‹o Especial do ColŽgio de Procuradores de
Justi•a;
e) a inamovibilidade pode ser excepcionada pelo interesse pœblico,
desde que tal seja reconhecido pelo Conselho Superior do
MinistŽrio Pœblico, em processo administrativo regular.
COMENTçRIOS: A inamovibilidade Ž uma das garantias conferidas aos
membros do MP, e Ž aplic‡vel a todos os membros da carreira, sejam eles
vital’cios ou n‹o. Contudo, a inamovibilidade n‹o impede que o membro do
MP seja removido contra a sua vontade, por motivo de interesse
pœblico. ƒ a chamada Òremo•‹o compuls—riaÓ. Esta modalidade de
remo•‹o contr‡ria ˆ vontade do membro do MP s— pode ser decretada pelo
Conselho Superior do MP, pelo voto da maioria absoluta de seus membros,
nos termos do art. 128, ¤5¼, I, ÒbÓ da CF/88 (O CNMP, atualmente, tambŽm
pode determinar tal remo•‹o).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

13.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


Considerando as veda•›es incidentes sobre os membros do
MinistŽrio Pœblico, Ž correto afirmar que podem:
a) acumular suas fun•›es com aquelas inerentes a organismos
estatais afetos ˆ ‡rea de atua•‹o da Institui•‹o;
b) exercer a advocacia em causa pr—pria, vedada a representa•‹o
dos interesses de terceiros;
c) candidatar-se a cargo eletivo, desde que se licenciem atŽ um ano
antes da elei•‹o;
d) exercer outra fun•‹o pœblica, desde que haja compatibilidade de
hor‡rios;
e) receber os ™nus da sucumb•ncia, desde que o valor n‹o
ultrapasse o teto remunerat—rio.

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COMENTçRIOS: Os membros do MP PODEM acumular suas fun•›es com
aquelas inerentes a organismos estatais afetos ˆ ‡rea de atua•‹o da
Institui•‹o, como o CNMP, o Conselho Penitenci‡rio, etc. A alternativa A,
portanto, Ž a correta. As demais est‹o incorretas, pois os membros do MP
n‹o podem exercer a advocacia em nenhuma hip—tese, exercer atividade
pol’tico-partid‡ria (salvo a exce•‹o prevista para aqueles que j‡ estavam
no MP antes da CF/88). TambŽm n‹o podem exercer outra fun•‹o pœblica,
salvo UMA de magistŽrio, nem receber os ™nus da sucumb•ncia (honor‡rios
de sucumb•ncia).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

14.! (FGV Ð 2013 Ð MPE-MS Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


Assinale a alternativa que apresenta somente princ’pios
institucionais do MinistŽrio Pœblico.
a) unidade, divisibilidade e exclusividade da a•‹o penal.
b) unidade, indivisibilidade e independ•ncia funcional.
c) indivisibilidade, independ•ncia administrativa e executividade
d) indivisibilidade, unidade e irredutibilidade vencimental.
e) indivisibilidade, inamovibilidade e unidade
COMENTçRIOS: Os princ’pios institucionais do MP est‹o previstos no art.
127, ¤1¼ da CRFB/88:
Art. 127 (...)
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
Por princ’pio da unidade entende-se que o MPU Ž apenas um, sob a dire•‹o
do Procurador-Geral da Repœblica. Sendo assim, a manifesta•‹o de um
membro do MP em um processo, por exemplo, representa a vontade do MP
enquanto institui•‹o, pois todos integram um corpo org‰nico e coeso.
Pelo princ’pio da indivisibilidade, os membros do MP (do mesmo ramo)
podem se substituir uns aos outros, sem qualquer impedimento. Na
verdade, esse princ’pio deriva do princ’pio da unidade, pois tira seu
fundamento daquele.
Por fim, o princ’pio da independ•ncia funcional garante que os membros
do MinistŽrio Pœbico, no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se submetem a
nenhuma hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica. O membro do MP
tem liberdade total para atuar conforme suas ideias jur’dicas. Outra
vertente deste princ’pio consiste na independ•ncia do MP em sua atua•‹o,
podendo atuar, inclusive, contra as pessoas jur’dicas de direito pœblico.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

15.! (FGV Ð 2010 Ð BADESC Ð ADVOGADO)

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Considerando o estatuto constitucional do MinistŽrio Pœblico,
analise as afirmativas a seguir.
I. Os membros do MinistŽrio Pœblico gozam da garantia da
vitaliciedade, ap—s dois anos de exerc’cio, n‹o podendo perder o
cargo, salvo por senten•a transitada em julgado, ou por decis‹o do
Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico em processo
administrativo, garantido o contradit—rio e a ampla defesa.
II. Algumas das veda•›es previstas na Constitui•‹o aos membros
do MinistŽrio Pœblico s‹o: o exerc’cio de atividade pol’tico
partid‡ria; o exerc’cio, ainda que em disponibilidade, de qualquer
outra fun•‹o pœblica, salvo uma de magistŽrio; e a participa•‹o em
sociedade comercial, na forma da lei.
III. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico, dentre outras,
o exerc’cio do controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar respectiva, e a requisi•‹o ˆ pol’cia judici‡ria de
dilig•ncias investigat—rias e de instaura•‹o de inquŽrito policial,
indicados os fundamentos jur’dicos de suas manifesta•›es
processuais.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: O membro vital’cio n‹o pode perder o cargo por mera decis‹o
do CNMP, sendo necess‡ria decis‹o judicial transitada em julgado, em a•‹o
civil ajuizada com esta espec’fica finalidade.
II Ð CORRETA: Item correto, pois estas s‹o veda•›es impostas aos
membros do MP, nos termos do art. 128, ¤5¼, II da CF/88.
III Ð CORRETA: Item correto, pois estas s‹o duas das fun•›es institucionais
do MP, previstas no art. 129, VII e VIII da CF/88.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

16.! (FGV Ð 2009 Ð TJ-PA Ð JUIZ)


As alternativas a seguir apresentam fun•›es institucionais do
MinistŽrio Pœblico, ˆ exce•‹o de uma. Assinale-a.
a) Exercer o controle externo da atividade policial, podendo avocar
a presid•ncia de inquŽrito policial, quando verificado desvio de
poder por parte da autoridade policial competente.

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b) Promover a a•‹o de inconstitucionalidade ou representa•‹o para
fins de interven•‹o da Uni‹o e dos Estados, nos casos previstos na
Constitui•‹o.
c) Expedir notifica•›es nos procedimentos administrativos de sua
compet•ncia, requisitando informa•›es e documentos para instru’-
los, na forma da lei complementar respectiva.
d) Promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para a prote•‹o
do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos.
e) Defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es
ind’genas.
COMENTçRIOS: Todas as alternativas trazem fun•›es institucionais do
MP, nos termos do art. 129, III, IV, V e VI da CF/88, ˆ exce•‹o da letra A,
pois embora o MP exer•a o controle externo da atividade policial, ele NÌO
PODE presidir o inquŽrito policial, j‡ que n‹o integra a estrutura da pol’cia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

17.! (FGV Ð 2013 Ð SUDENE-PE Ð ANALISTA ADMINISTRATIVO)


O MinistŽrio Pœblico exerce fun•‹o essencial ˆ Justi•a. Nos termos
da Constitui•‹o Federal, o Chefe do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž
escolhido, dentre integrantes da carreira,
a) pela maioria absoluta da C‰mara dos Deputados com san•‹o do
Presidente da Repœblica.
b) por vota•‹o direta e secreta dos membros do MinistŽrio Pœblico,
com aprova•‹o do Senado Federal.
c) por indica•‹o dos —rg‹os de classe do MinistŽrio Pœblico, com
nomea•‹o do Presidente da Repœblica.
d) por indica•‹o do plen‡rio do Senado, com aprova•‹o do
Presidente da Repœblica.
e) pela Presid•ncia da Repœblica, ap—s aprova•‹o do Senado
Federal.
COMENTçRIOS: O chefe do MPU Ž o PGR, que Ž nomeado pelo Presidente
da Repœblica, ap—s a aprova•‹o de seu nome pela maioria absoluta do
Senado Federal. O PGR deve ser membro da carreira e ter mais de 35 anos
de idade.
O termo Òpela Presid•ncia da RepœblicaÓ n‹o Ž tecnicamente o mais correto,
pois o PGR Ž escolhido pelo PRESIDENTE da Repœblica. Contudo, a quest‹o
n‹o foi anulada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

18.! (FGV Ð 2013 Ð TJ-AM Ð AUXILIAR JUDICIçRIO)

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A Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil estabelece o
MinistŽrio Pœblico, a Advocacia Pœblica, a Advocacia e a
Defensoria Pœblica, como fun•›es essenciais ˆ Justi•a.
Em rela•‹o ao MinistŽrio Pœblico, a Constitui•‹o reconhece,
explicitamente, como seus princ’pios institucionais
a) a indivisibilidade, a soberania e a imparcialidade.
b) a unidade, a imparcialidade e o sigilo de suas delibera•›es e
decis›es.
c) a unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
d) a independ•ncia funcional, a imparcialidade e a unidade.
e) a soberania, a imparcialidade e a unidade.
COMENTçRIOS: Os princ’pios institucionais do MP est‹o previstos no art.
127, ¤1¼ da CRFB/88:
Art. 127 (...)
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
Por princ’pio da unidade entende-se que o MPU Ž apenas um, sob a dire•‹o
do Procurador-Geral da Repœblica. Sendo assim, a manifesta•‹o de um
membro do MP em um processo, por exemplo, representa a vontade do MP
enquanto institui•‹o, pois todos integram um corpo org‰nico e coeso.
Pelo princ’pio da indivisibilidade, os membros do MP (do mesmo ramo)
podem se substituir uns aos outros, sem qualquer impedimento. Na
verdade, esse princ’pio deriva do princ’pio da unidade, pois tira seu
fundamento daquele.
Por fim, o princ’pio da independ•ncia funcional garante que os membros
do MinistŽrio Pœbico, no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se submetem a
nenhuma hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica. O membro do MP
tem liberdade total para atuar conforme suas ideias jur’dicas. Outra
vertente deste princ’pio consiste na independ•ncia do MP em sua atua•‹o,
podendo atuar, inclusive, contra as pessoas jur’dicas de direito pœblico.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

19.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


Pelos termos do Artigo 129 da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira,
o qual elenca as fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico, Ž
correto afirmar que:
a) compete exclusivamente ao MinistŽrio Pœblico o ajuizamento das
a•›es penais pœblicas, sejam incondicionadas ou condicionadas;
b) o MinistŽrio Pœblico detŽm atribui•‹o para a instaura•‹o de
inquŽritos civis pœblicos, quando verificadas afrontas ao patrim™nio
pœblico e social, ao meio ambiente e outros interesses
transindividuais;

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c) a lei ordin‡ria pode conferir ao MinistŽrio Pœblico fun•›es n‹o
compreendidas na Constitui•‹o da Repœblica Brasileira, mesmo que
em disson‰ncia com o perfil constitucional que lhe foi desenhado;
d) cabe ao MinistŽrio Pœblico exercer o controle interno da
atividade policial, adotando provid•ncias de cunho administrativo e
judicial para tanto;
e) cabe ao MinistŽrio Pœblico a consultoria jur’dica de entidades
pœblicas que estejam submetidas ao seu controle, caracterizando
uma atua•‹o preventiva da institui•‹o.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A a•‹o penal pœblica Ž de titularidade exclusiva do MP (seja
a•‹o penal pœblica incondicionada, seja a•‹o penal pœblica condicionada).
Contudo, a CF/88 utiliza o termo ÒprivativaÓ. A Banca, desta forma,
considerou a afirmativa como errada. Contudo, n‹o h‡ possibilidade de
delega•‹o. Somente o MP, e mais ninguŽm, pode ajuizar a a•‹o penal
pœblica. Mas, e a a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica? Neste
caso, o ofendido Ž quem aju’za a a•‹o penal, de fato. Contudo, ELE NÌO
ESTç AJUIZANDO A‚ÌO PENAL PòBLICA. Ele estar‡ ajuizando uma a•‹o
penal PRIVADA que ser‡ aceita no lugar da a•‹o penal pœblica, exatamente
porque o MP n‹o ajuizou no prazo legal. Vejam: o ofendido NÌO aju’za a•‹o
penal pœblica.
B) CORRETA: Esta Ž a exata previs‹o do art. 129, III da CF/88.
C) ERRADA: A lei atŽ pode conferir ao MinistŽrio Pœblico fun•›es n‹o
compreendidas na Constitui•‹o da Repœblica Brasileira, DESDE QUE em
disson‰ncia com o perfil constitucional estabelecido para o MP.
D) ERRADA: Cabe ao MP o controle EXTERNO da atividade policial.
E) ERRADA: N‹o cabe ao MP a representa•‹o judicial e a consultoria jur’dica
de entidades pœblicas, nos termos do art. 129, IX da CF/88.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B (com a ressalva
que fiz sobre a letra A).

20.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)


O MinistŽrio Pœblico, como —rg‹o que desempenha fun•›es
fundamentais em um Estado Democr‡tico de Direito, Ž incumbido
da defesa da ordem jur’dica, do regime democr‡tico e dos
interesses sociais e individuais indispon’veis. Como consequ•ncia
da presente assertiva, fruto de interpreta•‹o literal do caput do
artigo 127 da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira, Ž INCORRETO
afirmar que:
a) o MinistŽrio Pœblico pode ser considerado como o guardi‹o da
sociedade, diante do perfil que lhe foi tra•ado constitucionalmente;

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LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
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b) na defesa dos interesses acima mencionados, o MinistŽrio
Pœblico pode atuar judicial e extrajudicialmente, j‡ que, alŽm de
outras raz›es, quem detŽm os fins, detŽm tambŽm os meios;
c) as fun•›es institucionais elencadas nos incisos constantes do
caput do artigo 129 da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira n‹o
devem apresentar incompatibilidades materiais com a norma
estabelecida no citado artigo 127, caput, tambŽm da nossa Lex
Fundamentalis;
d) ao MinistŽrio Pœblico Ž autorizado tambŽm exercer a
representa•‹o judicial e consultoria jur’dica de outras entidades
pœblicas, vez que este papel estaria em conson‰ncia com os termos
do artigo 127, caput da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira;
e) em virtude dos interesses que protege, o MinistŽrio Pœblico deve
obrigatoriamente atuar em a•›es penais e a•›es civis pœblicas.
COMENTçRIOS:
a) CORRETA: O MP pode ser considerado, sim, como Òguardi‹o da
sociedadeÓ, j‡ que sua fun•‹o Ž proteger os interesses sociais relevantes,
por meio de atua•‹o na esfera criminal e nas demais esferas.
b) CORRETA: Se a CF/88 estabeleceu deveres, fun•›es, tambŽm deveria
trazer os meios, e o fez. Isso pode ser extra’do, por exemplo, do art. 129,
I, III e VI da CF/88.
c) CORRETA: As fun•›es previstas para o MP (notadamente aquelas do art.
129) devem sempre guardar conson‰ncia com as finalidades do MP. Ou
seja, as fun•›es do MP devem estar de acordo com sua natureza.
d) ERRADA: Item errado, pois n‹o cabe ao MP a representa•‹o judicial e a
consultoria jur’dica de entidades pœblicas, nos termos do art. 129, IX da
CF/88.
e) CORRETA: O MP deve sempre atuar na a•‹o penal (como seu titular, no
caso da a•‹o penal pœblica, ou como fiscal da lei, no caso da a•‹o penal
privada). AlŽm disso, o MP sempre atua na a•‹o civil pœblica, seja como
autor da a•‹o ou como fiscal da lei.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA D.

21.! (CESPE Ð 2009 - MPE-RN Ð ADMINISTRATIVO)


Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o
MP dos estados e do DF.
COMENTçRIO: A quest‹o pedia que se marcasse a alternativa correta.
Esse era o item ÒbÓ, tendo o gabarito apontado a afirmativa ÒeÓ como
correta, logo, essa afirma•‹o, como estudamos, ESTç INCORRETA. N‹o
vou transcrever a quest‹o por completo porque as outras afirmativas se
referem a temas que ainda n‹o abordamos, e prefiro n‹o bagun•ar a
cabe•a de voc•s!

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Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

22.! (NUCEPE Ð 2008 - MPE-PI Ð TƒCNICO ADM.)


Em rela•‹o ˆs fun•›es e ˆ estrutura do MinistŽrio
Pœblico, assinale a afirmativa correta.
A) O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o compreende o MinistŽrio Federal,
o MinistŽrio Pœblico do Trabalho, o MinistŽrio Pœblico Militar e o
MinistŽrio Pœblico do Distrito Federal e dos Territ—rios.
B) O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o compreende o MinistŽrio Federal,
o MinistŽrio Pœblico do Trabalho, o MinistŽrio Pœblico Militar e o
MinistŽrio Pœblico junto ao Tribunal de Contas da Uni‹o.
C) As fun•›es dos MinistŽrios Pœblicos dos Estados, nos termos
previstos em lei, podem ser exercidas por Defensores Pœblicos ou
por Procuradores do Estado.
D) Compete ao MinistŽrio Pœblico exercer o controle interno da
atividade policial, observado o disposto em lei complementar.
E) Os MinistŽrios Pœblicos dos Estados s‹o diretamente
subordinados aos respectivos Governadores dos Estados.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA. Como j‡ vimos, essa divis‹o proposta pela afirmativa
corresponde exatamente ao que disp›e o artigo 128, I da Constitui•‹o.
B) ERRADA. O MinistŽrio Pœblico junto ao TCU n‹o integra o MinistŽrio
Pœblico da Uni‹o, nem o MP dos estados, n‹o integrando, assim, o MP
brasileiro. Ele Ž mero —rg‹o de aux’lio ao TCU, que Ž vinculado ao
Legislativo.
C) ERRADA. Como eu adiantei l‡ atr‡s, s‹o tr•s as fun•›es essenciais ˆ
Justi•a: MP, Defensoria Pœblica e Advocacia (Pœblica e Privada). Quem
exerce as fun•›es do MP s‹o os Promotores e Procuradores de Justi•a (no
‰mbito estadual), os Procuradores da Repœblica, os Procuradores Regionais
da Repœblica e Subprocuradores-Gerais da Repœblica (no ‰mbito federal).
Os Defensores Pœblicos s‹o —rg‹os de execu•‹o da Defensoria Pœblica, e
n‹o podem exercer as fun•›es do MP. J‡ os Procuradores do Estado atuam
pela Procuradoria do Estado, que comp›e a advocacia Pœblica, e tambŽm
n‹o podem exercer as fun•›es do MP.
D) ERRADA. Ao MP compete o CONTROLE EXTERNO da atividade policial,
pois o MP n‹o faz parte da Pol’cia. O controle interno da Pol’cia Ž feito pela
sua Corregedoria.
E) ERRADA. O MP n‹o faz parte de nenhum Poder. Assim, n‹o est‡ o MP
vinculado ou subordinado ao Governador do Estado, pois o Governador Ž o
CHEFE DO PODER EXECUTIVO. (Mais uma vez: O MP NÌO FAZ PARTE DE
NENHUM PODER!)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

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23.! (CESPE Ð 2006 - MPE-AM Ð ADMINISTRATIVO)


Um membro do MinistŽrio Pœblico estadual pode ser designado para
atuar como membro do MinistŽrio Pœblico junto ao Tribunal de
Contas do estado.
COMENTçRIO: A afirmativa est‡ INCORRETA. O MinistŽrio Pœblico que
atua junto ao TCU ou aos TCEÕs n‹o integra o MinistŽrio Pœblico, apesar do
nome, e os membros do MP n‹o podem ser designados para atuar por esse
ÒMP genŽricoÓ.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

24.! (CESPE Ð 2007 Ð MPU Ð ANALISTA)


O procurador-geral da Repœblica ser‡ nomeado pelo presidente da
Repœblica, ap—s aprova•‹o de seu nome pela maioria absoluta do
Congresso Nacional.
COMENTçRIOS: A nomea•‹o do PGR se d‡, de fato, pelo Presidente da
Repœblica, porŽm, a delibera•‹o n‹o Ž da atribui•‹o do Congresso Nacional,
mas do Senado Federal.
S— para recordarmos, o Congresso Nacional Ž o Poder Legislativo da Uni‹o,
composto por duas casas, uma formada por representantes do povo
(C‰mara dos Deputados) e a outra por representantes dos estados-
membros e do DF (Senado Federal). Assim, dizer que a delibera•‹o quanto
ˆ nomea•‹o do PGR se d‡ pelo Congresso Nacional est‡ absolutamente
ERRADO!
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

25.! (CESPE Ð 2007 Ð MPU Ð ANALISTA PROCESSUAL)


O Presidente da Repœblica, no uso de suas atribui•›es de chefe de
Estado, nomeia o procurador-geral de justi•a nos estados, o
procurador-geral militar e o procurador-geral do trabalho.
ERRADA. A quest‹o j‡ come•a errada ao mencionar ÒProcurador-Geral
MilitarÓ, quando o correto Ž ÒProcurador-Geral da Justi•a MilitarÓ. Fora a
parte da nomenclatura, a parte tŽcnica Ž absurdamente errada. O
Presidente n‹o nomeia nenhum Procurador-Geral de Justi•a dos estados,
nem o Procurador-Geral da Justi•a Militar, nem Procurador-Geral do
Trabalho. Os primeiros s‹o nomeados pelos Governadores dos respectivos
estados. J‡ os dois œltimos, por integrarem o MPU, s‹o nomeados pelo
Procurador-Geral da Repœblica.

26.! (CESPE Ð 2007 Ð MPU Ð ANALISTA PROCESSUAL)

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A destitui•‹o do procurador-geral de justi•a do Distrito Federal e
territ—rios exige a delibera•‹o da maioria absoluta dos membros da
C‰mara Legislativa do Distrito Federal.
COMENTçRIOS: A destitui•‹o do Procurador-Geral do DF e Territ—rios n‹o
Ž deliberada pelo Poder Legislativo do DF (C‰mara Legislativa) e sim pelo
Senado. Lembrem-se sempre que o MPDFT, embora atue no DF, que Ž um
ente federado diverso da Uni‹o, ele (MPDFT) integra o MPU. Assim,
qualquer quest‹o que associe o MPDFT ao Governador do DF ou ao
Legislativo do DF estar‡ errada.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

27.! (CESPE Ð 2010 Ð MPE-RO Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A)


Com refer•ncia ao instituto do inquŽrito civil pœblico, assinale a
op•‹o correta.
A) O inquŽrito civil constitui procedimento de instaura•‹o
obrigat—ria pelo MP, destinado a coligir provas e quaisquer outros
elementos de convic•‹o, de forma a viabilizar o exerc’cio
respons‡vel da a•‹o civil pœblica.
B) De acordo com a jurisprud•ncia, Ž l’cito negar ao advogado
constitu’do o direito de ter acesso aos autos do inquŽrito civil, em
especial aos elementos j‡ documentados nos autos pertinentes ao
investigado, desde que analisadas a natureza e finalidade do
acesso.
C) O inquŽrito civil, em que n‹o h‡, em regra, a necessidade de se
atender aos princ’pios do contradit—rio e da ampla defesa, constitui
procedimento meramente informativo, que visa ˆ investiga•‹o e ˆ
apura•‹o de fatos.
D) Uma vez constatada a ocorr•ncia de il’citos penais, Ž vedado ao
MP oferecer denœncia com base em elementos de informa•‹o
obtidos em inquŽritos civis instaurados para a apura•‹o de il’citos
civis e administrativos.
E) De acordo com entendimento do STF, o habeas corpus Ž meio
h‡bil para se questionar aspectos ligados ao inquŽrito civil pœblico.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA. A quest‹o est‡ toda correta, o œnico erro Ž afirmar que o ICP
Ž obrigat—rio, pois, como vimos, sua instaura•‹o Ž facultativa.
B) ERRADA. Essa quest‹o envolve alguns pontos que n‹o nos interessam
por ora, mas est‡ incorreta, pois um dos princ’pios que norteiam o ICP Ž o
da publicidade.
C) CORRETA. O ICP, de fato, Ž um instrumento informativo, pois serve de
elemento de colheita de provas e, apesar de pœblico, n‹o precisa atender

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aos princ’pios do contradit—rio e da ampla defesa simplesmente porque
ainda n‹o h‡ acusa•‹o, mas, apenas, investiga•‹o.
D) ERRADA. Como disse a voc•s, se no decorrer da instru•‹o do ICP o
membro do MP tomar ci•ncia da ocorr•ncia de crime, poder‡ oferecer
denœncia com base nestas provas.
E) ERRADA: Embora este ponto n‹o seja o foco do nosso estudo, vamos
comentar. O Habeas corpus n‹o Ž o meio id™neo para se questionar
quaisquer aspectos ligados ao ICP, pois este n‹o representa uma amea•a
ˆ liberdade de locomo•‹o do indiv’duo. O instrumento h‡bil seria o
Mandado de Seguran•a.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

28.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


O procurador-geral da Repœblica, nomeado pelo presidente da
Repœblica entre integrantes do MPU com mais de trinta e cinco anos
de idade, ap—s a aprova•‹o de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, exercer‡ a chefia do MPU.
COMENTçRIOS: Muito embora, na pr‡tica, apenas membros do MPF (e
n‹o de qualquer dos ramos do MPU) sejam nomeados como PGR, j‡ que o
chefe do MPU Ž, tambŽm, chefe do MPF (e n‹o faria sentido o chefe do MPF
ser de outro ramo), o fato Ž que a Banca se baseou na literalidade da
Constitui•‹o, que prev• que o PGR ser‡ um membro da CARREIRA (logo,
de qualquer ramo do MPU).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

29.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


A CF autoriza o MPU a exercer a representa•‹o judicial da Funda•‹o
Nacional do êndio em casos excepcionais e relacionados ˆ defesa
dos direitos das popula•›es ind’genas.
COMENTçRIOS: O MP n‹o possui atribui•‹o para atuar na representa•‹o
judicial de qualquer entidade de direito pœblico, pois esta atribui•‹o (defesa
do Estado em Ju’zo) incumbe ˆ advocacia pœblica. No caso espec’fico da
FUNAI, por se tratar de autarquia federal, sua defesa em ju’zo compete ˆ
AGU Ð ADVOCACIA-GERAL DA UNIÌO, mais especificamente ˆ Procuradoria
Federal.
Vejamos o art. 129, X da CRFB/88:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
(...)
IX - exercer outras fun•›es que lhe forem conferidas, desde que
compat’veis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representa•‹o judicial e a consultoria jur’dica de entidades
pœblicas.

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Assim, podemos perceber que o MP possui diversas fun•›es institucionais,
dentre as quais n‹o se encontra a representa•‹o judicial de entidades
pœblicas (ao contr‡rio, Ž expressamente vedada).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

30.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Embora os MinistŽrios Pœblicos (MPs) junto aos tribunais de contas
sejam —rg‹os aut™nomos e independentes do MPU e dos MPs dos
estados, aplicam-se aos seus membros os mesmos direitos,
veda•›es e forma de investidura.
COMENTçRIOS: O MP junto aos Tribunais de Contas n‹o integra a
estrutura do MP brasileiro, pois se trata de —rg‹o aut™nomo, vinculado ao
Poder Legislativo.
Vejamos:
Art. 128. O MinistŽrio Pœblico abrange:
I - o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, que compreende:
a) o MinistŽrio Pœblico Federal;
b) o MinistŽrio Pœblico do Trabalho;
c) o MinistŽrio Pœblico Militar;
d) o MinistŽrio Pœblico do Distrito Federal e Territ—rios;
II - os MinistŽrios Pœblicos dos Estados.
Podemos perceber, assim, que o MP junto aos Tribunais de Contas n‹o faz
parte do MP do Brasil.
Contudo, aos seus membros s‹o assegurados os mesmos direitos,
veda•›es e forma de investidura. Vejamos:
Art. 130. Aos membros do MinistŽrio Pœblico junto aos Tribunais
de Contas aplicam-se as disposi•›es desta se•‹o pertinentes a
direitos, veda•›es e forma de investidura.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

31.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Compete ao CNMP apreciar, de of’cio ou mediante provoca•‹o, a
legalidade dos atos funcionais e administrativos praticados por
membros do MPU e dos MPs dos estados, podendo rev•-los, fixando
prazo para a ado•‹o das provid•ncias necess‡rias ˆ sua corre•‹o,
ou, se for o caso, desconstitu’-los.
COMENTçRIOS: O item est‡ errado, pois o CNMP somente pode apreciar
os atos administrativos dos membros do MP, e n‹o os atos funcionais, pois
estes est‹o protegidos pela independ•ncia funcional de cada membro do
MP.

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Vejamos o art. 130-A, ¤2¼, II da CRFB/88:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de
quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
(...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da
atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendolhe:
(...)
II zelar pela observ‰ncia do art. 37 e apreciar, de of’cio ou mediante
provoca•‹o, a legalidade dos atos administrativos praticados por
membros ou —rg‹os do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o e dos Estados,
podendo desconstitu’-los, rev•-los ou fixar prazo para que se adotem
as provid•ncias necess‡rias ao exato cumprimento da lei, sem preju’zo
da compet•ncia dos Tribunais de Contas;

Contudo, uma ressalva: O enunciado da quest‹o deu margem ˆ anula•‹o


(que n‹o ocorreu), pois Ž admiss’vel o entendimento de que o CNMP pode
apreciar a LEGALIDADE dos atos funcionais dos membros do MP. O que ele
n‹o poderia seria apreciar o MƒRITO dos atos funcionais. A quest‹o n‹o foi
anulada, mas fica o registro.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

32.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Compor‹o o CNMP, alŽm de membros do MPU e dos MPs dos
estados, da magistratura e da advocacia, dois cidad‹os de not‡vel
saber jur’dico e reputa•‹o ilibada, um indicado pela C‰mara dos
Deputados e o outro, pelo Senado Federal.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto, pois traz de maneira fiel o que diz a
Constitui•‹o a respeito da composi•‹o do CNMP. Vejamos o art. 130-A:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de
quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da Repœblica, que o preside;
II quatro membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, assegurada a
representa•‹o de cada uma de suas carreiras;
III tr•s membros do MinistŽrio Pœblico dos Estados;
IV dois ju’zes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo
Superior Tribunal de Justi•a;

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V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil;
VI dois cidad‹os de not‡vel saber jur’dico e reputa•‹o ilibada, indicados
um pela C‰mara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

33.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð TƒCNICO)


Em fun•‹o da autonomia financeira e administrativa assegurada ao
MP pela CF, o aumento do valor dos subs’dios dos membros do
—rg‹o pode ser realizado por meio de ato normativo do procurador-
geral da Repœblica.
COMENTçRIOS: O item est‡ errado, pois embora o MP possua autonomia
financeira e administrativa, o aumento do valor dos subs’dios s— pode ser
realizado por lei, de iniciativa do MPU. Vejamos:
Art. 22. Ao MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž assegurada autonomia
funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe:
I - propor ao Poder Legislativo a cria•‹o e extin•‹o de seus cargos e
servi•os auxiliares, bem como a fixa•‹o dos vencimentos de seus
membros e servidores;

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

34.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


Cabe ao CNMP efetuar o controle da atua•‹o administrativa e
financeira do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus
membros.
COMENTçRIOS: De fato, esta Ž uma das atribui•›es do CNMP, nos termos
do art. 130-A, ¤2¼ da CRFB/88. Vejamos:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de
quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
(...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da
atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendolhe:
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

35.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)

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N‹o constitui compet•ncia do CNMP a revis‹o, de of’cio ou
mediante provoca•‹o, de processos disciplinares de servidores do
MPU.
COMENTçRIOS: De fato, o CNMP n‹o possui compet•ncia para a revis‹o
de processos disciplinares de servidores do MPU, mas apenas dos processos
disciplinares dos membros do MPU. Vejamos:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de
quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
(...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da
atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendolhe:
(...)
IV rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares
de membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡
menos de um ano;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

36.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


A autonomia administrativa do MPU, assegurada
constitucionalmente, compreende a possibilidade de, mediante
atos normativos internos, criar e extinguir cargos e servi•os
auxiliares.
COMENTçRIOS: Embora o MPU possua autonomia administrativa, a
cria•‹o e extin•‹o de cargos e servi•os auxiliares somente poder‡ se dar
mediante lei, cuja proposta cabe ao pr—prio MPU.
Vejamos:
Art. 22. Ao MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž assegurada autonomia
funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe:
I - propor ao Poder Legislativo a cria•‹o e extin•‹o de seus cargos e
servi•os auxiliares, bem como a fixa•‹o dos vencimentos de seus
membros e servidores;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

37.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


A autonomia financeira do MP abrange a capacidade de elaborar a
sua proposta or•ament‡ria e a capacidade de gerir e aplicar os
recursos or•ament‡rios destinados ˆ institui•‹o.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto, pois a autonomia financeira do MP,
de fato, confere a esta Institui•‹o o poder de elaborar sua proposta

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or•ament‡ria, bem como gerir e aplicar seus recursos or•ament‡rios.
Vejamos:
Art. 22. Ao MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž assegurada autonomia funcional,
administrativa e financeira, cabendo-lhe:
(...)
IV - praticar atos pr—prios de gest‹o.
Art. 23. O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o elaborar‡ sua proposta or•ament‡ria
dentro dos limites da lei de diretrizes or•ament‡rias.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

38.! (CESPE Ð 2006 - MPE-AM Ð ADMINISTRATIVO Ð AGENTE


TƒCNICO JURêDICO)
A unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional s‹o
princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico.
COMENTçRIOS: Essa afirmativa Ž Òmam‹o com a•œcarÓ! Transcreve
exatamente o que est‡ disposto no art. 127, ¤1¡ da Constitui•‹o. Vejamos:
Art. 127. O MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, essencial ˆ fun•‹o
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jur’dica, do regime
democr‡tico e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

39.! (NUCEPE Ð 2008 - MPE-PI Ð 2008 Ð ANALISTA PROCESSUAL)


Quanto aos princ’pios relativos ao MinistŽrio Pœblico, assinale a
alternativa correta.
A) A indivisibilidade significa que os integrantes da carreira podem
ser substitu’dos, uns pelos outros, desde que da mesma carreira,
segundo prescri•›es legais.
CORRETA: Como estudamos na parte te—rica, a indivisibilidade do MP Ž
um princ’pio que deriva do princ’pio da unidade do MP, e permite que os
membros do MP, integrantes da mesma carreira, se substituam uns pelos
outros, sem que haja preju’zo ˆ atua•‹o do MP, exatamente pelo fato,
lembrem-se, de que a vontade externada n‹o Ž a vontade do promotor,
mas a vontade do MP, enquanto institui•‹o.
B) O princ’pio da independ•ncia funcional se refere aos aspectos
administrativos do desempenho funcional do membro do MinistŽrio
Pœblico, porŽm n‹o est‡ relacionado com quest›es jur’dicas
referentes ˆ sua atividade funcional.
ERRADA: A afirmativa inverte (maldosamente!) os conceitos, pois a
independ•ncia funcional se refere exatamente aos aspectos jur’dicos
relativos ˆ atividade funcional do membro do MP, n‹o ˆs quest›es
administrativas, onde n‹o essa independ•ncia, mas sim hierarquia.

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C) O princ’pio da unidade significa, basicamente, que os membros
do MinistŽrio Pœblico integram um s— —rg‹o, sob a dire•‹o do
Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico.
ERRADA: A afirmativa atŽ que come•a bem, afirmando que os membros
do MP integram um s— —rg‹o, mas erra ao afirmar que est‹o sob a dire•‹o
do Conselho Nacional do MP. O Conselho Nacional do MP Ž —rg‹o
administrativo do MP, e de car‡ter nacional, ou seja, supervisiona (como
uma corregedoria) a atua•‹o dos membros de todos os MPÕs. Na verdade,
pelo princ’pio da Unidade, embora os membros do MP representem uma s—
institui•‹o, eles s‹o chefiados pelo respectivo Procurador-Geral. (O PGJ no
caso dos MPs dos estados, o PGR no caso do MPF, o PGT no caso do MPT,
etc.)
D) A partir do princ’pio da unidade, foi deduzida a doutrina do
promotor natural.
ERRADA: N‹o vamos tratar aqui da teoria do promotor natural, porque
fugiria ao nosso escopo, mas podemos adiantar que a quest‹o est‡
incorreta, pois o princ’pio do promotor natural n‹o est‡ relacionado
diretamente a nenhum dos tr•s grandes princ’pios institucionais do MP.
E) O princ’pio da independ•ncia funcional pode ser suprimido em
virtude de decis›es do Procurador Geral.
ERRADA: Como vimos, o princ’pio da independ•ncia funcional possui
’ndole constitucional, n‹o podendo o PGJ, ou qualquer outro chefe de MP,
reduzi-lo ou suprimi-lo, pois isto seria flagrantemente inconstitucional.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

40.! (NUCEPE Ð 2008 - MPE-PI Ð 2008 Ð ANALISTA PROCESSUAL)


S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico:
A) a moralidade, a legalidade e a impessoalidade.
ERRADA: Os princ’pios da moralidade, legalidade e impessoalidade s‹o
princ’pios que se aplicam ˆ administra•‹o pœblica, de um modo geral, nos
termos do art. 37 da Constitui•‹o. Entretanto, isto n‹o quer dizer que n‹o
se apliquem ao MP. Aplicam, pois o MP tambŽm Ž administra•‹o pœblica
PorŽm, o que n‹o se pode dizer Ž que sejam princ’pios vinculados ˆ
Institui•‹o do MP, pois est‹o s‹o aqueles tr•s que estudamos no art. 127,
¤1¡ da CRFB/88.
B) a moralidade, a legalidade e a publicidade.
ERRADA: Assim como a afirmativa anterior, estes s‹o princ’pios que se
aplicam ˆ administra•‹o pœblica em geral.
C) a efici•ncia, a moralidade e a impessoalidade.
ERRADA: Ver coment‡rios ˆs afirmativas ÒAÓ e ÒBÓ.
D) a unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional.

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CORRETA: Agora sim! Esses s‹o os tr•s princ’pios institucionais do MP,
previstos na Constitui•‹o, nos termos do art. 127, ¤1¼ da Carta Magna.
Vejamos:
Art. 127. O MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, essencial ˆ fun•‹o
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jur’dica, do regime
democr‡tico e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
E) a divisibilidade, a legalidade e a independ•ncia funcional.
ERRADA: A quest‹o atŽ cita um dos princ’pios institucionais do MP
(Independ•ncia funcional), mas diz que a ÓdivisibilidadeÓ Ž um princ’pio do
MP. Como vimos, o MP Ž indivis’vel (Considerando cada MP).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

41.! (CESPE - 2010 - MPU - ANALISTA DE INFORMçTICA - BANCO


DE DADOS)
Pelo princ’pio da indivisibilidade, h‡ possibilidade de um
procurador substituir outro no exerc’cio de suas fun•›es.
COMENTçRIOS: O item est‡ CERTO. O princ’pio da indivisibilidade
significa que seus membros podem ser substitu’dos uns pelos outros, n‹o
arbitrariamente, mas segundo a forma estabelecida na lei, para que n‹o
haja viola•‹o ao princ’pio do Promotor Natural (que nem todos defendem
existir, mas a maioria sinaliza pela sua exist•ncia).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

42.! (CESPE Ð 2013 Ð MPU Ð ANALISTA)


De acordo com a CF, s‹o princ’pios institucionais do MP a
independ•ncia funcional, a indivisibilidade e a unidade.
COMENTçRIOS: De fato, estes s‹o os princ’pios institucionais do MPU,
previstos no art. 127, ¤1¼ da CRFB/88:
Art. 127 (...)
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
Por princ’pio da unidade entende-se que o MPU Ž apenas um, sob a dire•‹o
do Procurador-Geral da Repœblica. Sendo assim, a manifesta•‹o de um
membro do MP em um processo, por exemplo, representa a vontade do MP
enquanto institui•‹o, pois todos integram um corpo org‰nico e coeso.
Pelo princ’pio da indivisibilidade, os membros do MP (do mesmo ramo)
podem se substituir uns aos outros, sem qualquer impedimento. Na
verdade, esse princ’pio deriva do princ’pio da unidade, pois tira seu
fundamento daquele.

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Por fim, o princ’pio da independ•ncia funcional garante que os membros do
MinistŽrio Pœbico, no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se submetem a
nenhuma hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica. O membro do MP
tem liberdade total para atuar conforme suas ideias jur’dicas. Outra
vertente deste princ’pio consiste na independ•ncia do MP em sua atua•‹o,
podendo atuar, inclusive, contra as pessoas jur’dicas de direito pœblico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

43.! (FCC Ð 2007 Ð TRT23 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Lei que disponha sobre normas gerais para a organiza•‹o do
MinistŽrio Pœblico dos Estados, do Distrito Federal e dos Territ—rios
Ž de compet•ncia
a) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa do Governador
ou de qualquer membro da comiss‹o do Legislativo estadual ou
distrital.
b) da Uni‹o, com iniciativa do Procurador-Geral da Repœblica.
c) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa exclusiva dos
respectivos Procuradores-Gerais de Justi•a.
d) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Presidente da Repœblica.
e) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa privativa do
Governador.
COMENTçRIOS: Tal lei ser‡ de compet•ncia da Uni‹o, e a iniciativa ser‡
do Presidente da Repœblica, nos, termos do art. 61, ¤1¼, II, d da
Constitui•‹o:
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordin‡rias cabe a qualquer
membro ou Comiss‹o da C‰mara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da Repœblica, ao Supremo Tribunal Federal,
aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repœblica e aos cidad‹os, na
forma e nos casos previstos nesta Constitui•‹o.
¤ 1¼ - S‹o de iniciativa privativa do Presidente da Repœblica as leis que:
(...)
II - disponham sobre:
(...)
d) organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico e da Defensoria Pœblica da Uni‹o, bem
como normas gerais para a organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico e da Defensoria
Pœblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Territ—rios;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

44.! (FCC Ð 2006 Ð TRT24 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


De acordo com a Constitui•‹o Federal, com rela•‹o ao MinistŽrio
Pœblico Ž correto afirmar:
a) ƒ permitido aos seus membros exercer atividade pol’tico-
partid‡ria, bem como participar de sociedade comercial.

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b) O ingresso na carreira do MinistŽrio Pœblico far-se-‡ mediante
concurso pœblico de provas e t’tulos, assegurada a participa•‹o da
Ordem dos Advogados do Brasil em sua realiza•‹o.
c) Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional, porŽm
n‹o Ž assegurada a autonomia administrativa.
d) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de dez
membros nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.
e) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico ser‡ presidido pelo
Presidente do Supremo Tribunal Federal, por expressa disposi•‹o
constitucional.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Os membros do MP n‹o podem exercer atividade pol’tico-
partid‡ria, e s— podem participar de sociedade comercial na qualidade de
cotistas ou acionistas, nos termos do art. 128, ¤5¼, II, c da Constitui•‹o.
B) CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 129, ¤3¼ da Constitui•‹o.
C) ERRADA: Ao MP Ž assegurada constitucionalmente autonomia funcional
e administrativa, nos termos do art. 127, ¤2¼ da Constitui•‹o.
D) ERRADA: O CNMP comp›e-se de 14 membros nomeados pelo Presidente
da Repœblica, nos termos do art. 130-A da Constitui•‹o.
E) ERRADA: O Presidente do CNMP Ž o PGR, nos termos do art. 130-A, I da
Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

45.! (FCC Ð 2007 Ð TRF2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Quanto ˆs fun•›es essenciais da administra•‹o da justi•a, Ž
INCORRETO afirmar que o MinistŽrio Pœblico
a) foi constitucionalmente incumbido da defesa da ordem jur’dica,
do regime democr‡tico e dos interesses sociais e individuais
indispon’veis.
b) est‡ subordinado ao controle da sua atua•‹o financeira e
administrativa e do cumprimento dos deveres funcionais de seus
membros pelo Conselho Nacional de Justi•a.
c) da Uni‹o tem por chefe o Procurador-Geral da Repœblica.
d) elaborar‡ sua proposta or•ament‡ria dentro dos limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Or•ament‡rias.
e) abrange, dentre outras, as do MinistŽrio Pœblico do Trabalho e o
Militar.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 127 da Constitui•‹o:

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Art. 127. O MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, essencial ˆ fun•‹o
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jur’dica, do regime
democr‡tico e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.
B) ERRADA: Tal subordina•‹o se d‡ em rela•‹o ao CNMP, n‹o ao CNJ, nos
termos do art. 130-A, ¤2¼ da Constitui•‹o.
C) CORRETA: Esta Ž a previs‹o contida no art. 128, ¤1¼ da Constitui•‹o.
D) CORRETA: Item correto, pois esta norma est‡ prevista no art. 127, ¤3¼
da Constitui•‹o.
E) CORRETA: O MP engloba o MPT e o MPM, que fazem parte do MinistŽrio
Pœblico da Uni‹o, nos termos do art. 128, I, b e c da Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA B.

46.! (FCC Ð 2007 Ð TRE-SE Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Lei que disponha sobre normas gerais para a organiza•‹o do
MinistŽrio Pœblico dos Estados e do Distrito Federal Ž de
compet•ncia:
a) dos Estados e Distrito Federal, com iniciativa privativa do
Governador.
b) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Presidente da Repœblica.
c) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Senado Federal.
d) dos Estados e Distrito Federal, com iniciativa exclusiva dos
respectivos Procuradores-Gerais de Justi•a.
e) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Congresso Nacional.
COMENTçRIOS: Tal lei ser‡ de compet•ncia da Uni‹o, e a iniciativa ser‡
do Presidente da Repœblica, nos, termos do art. 61, ¤1¼, II, d da
Constitui•‹o:
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordin‡rias cabe a qualquer
membro ou Comiss‹o da C‰mara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da Repœblica, ao Supremo Tribunal Federal,
aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repœblica e aos cidad‹os, na
forma e nos casos previstos nesta Constitui•‹o.
¤ 1¼ - S‹o de iniciativa privativa do Presidente da Repœblica as leis que:
(...)
II - disponham sobre:
(...)
d) organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico e da Defensoria Pœblica da Uni‹o, bem
como normas gerais para a organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico e da Defensoria
Pœblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Territ—rios;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

47.! (FCC Ð 2007 Ð MPU Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


ƒ certo que o Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico

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a) poder‡, dentre outras atribui•›es, destituir, pelo voto de dois
ter•os de seus membros, os Procuradores-Gerais que atentem
contra os princ’pios constitucionais.
b) possui, dentre outras atribui•›es, o controle da atua•‹o
administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do cumprimento
dos deveres funcionais de seus membros.
c) comp›e-se de quinze membros com mais de trinta e cinco e
menos de sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos,
admitida uma recondu•‹o.
d) escolher‡, em vota•‹o secreta, um Corregedor Nacional, dentre
os membros do MinistŽrio Pœblico que o integram, para um
mandato de dois anos, admitida a recondu•‹o.
e) comp›e-se de dezesseis membros nomeados pelo Presidente da
Repœblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma
recondu•‹o.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Ao CNMP n‹o foi conferida a fun•‹o de destituir Procuradores-
Gerais.
B) CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 130-A, ¤2¼ da Constitui•‹o:
Art. 130-A (...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da atua•‹o
administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros, cabendo lhe:
C) ERRADA: Item errado, pois o CNMP Ž composto por 14 membros,
nomeados pelo Presidente da Repœblica, nos termos do art. 130-A da
Constitui•‹o.
D) ERRADA: Item errado, pois n‹o se admite a recondu•‹o para a fun•‹o
de corregedor do CNMP, nos termos do art. 130-A, ¤3¼ da Constitui•‹o.
E) ERRADA: Item errado, pois o CNMP Ž composto por 14 membros, e n‹o
16, nos termos do art. 130-A da Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

5! GABARITO

1.! ERRADA
2.! ERRADA

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3.! ERRADA
4.! ERRADA
5.! ANULADA
6.! ALTERNATIVA D
7.! ALTERNATIVA D
8.! ALTERNATIVA E
9.! ALTERNATIVA E
10.! ALTERNATIVA D
11.! ALTERNATIVA C
12.! ALTERNATIVA E
13.! ALTERNATIVA A
14.! ALTERNATIVA B
15.! ALTERNATIVA D
16.! ALTERNATIVA A
17.! ALTERNATIVA E
18.! ALTERNATIVA C
19.! ALTERNATIVA B
20.! ALTERNATIVA D
21.! ERRADA
22.! ALTERNATIVA A
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! ERRADA
26.! ERRADA
27.! ALTERNATIVA C
28.! CORRETA
29.! ERRADA
30.! CORRETA
31.! ERRADA
32.! CORRETA
33.! ERRADA
34.! CORRETA
35.! CORRETA
36.! ERRADA
37.! CORRETA
38.! CORRETA
39.! ALTERNATIVA A

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40.! ALTERNATIVA D
41.! CORRETA
42.! CORRETA
43.! ALTERNATIVA D
44.! ALTERNATIVA B
45.! ALTERNATIVA B
46.! ALTERNATIVA B
47.! ALTERNATIVA

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