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Nampula
2019
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Nampula
2019
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Índice
Introdução.................................................................................................................................... 4
Conclusão .................................................................................................................................. 11
Bibliografia................................................................................................................................ 12
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Introdução
O presente trabalho tem como tema as variações de Moçambique, com este tema pretende-se ter
como objetivo geral, falar do tropo em causa duma forma sincrética e conceptual. E temos como
objetivos específicos falar analiticamente o tema em causa abordando as dimensões possíveis
desta referida variação linguística.
Para a elaboração deste trabalho, foi necessário o uso do método hermenêutico na recolha de
dados em obras que sustentam o tema em causa suficientemente e que as obras consultadas serão
referenciadas na bibliografia final.
Conceitos básicos
Língua
É um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticas que possibilitam de
determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e
compreender-se.
Variação linguística
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação de um sistema de uma
língua em relação as possibilidades de mudança de seus elementos.
A variação linguística
Fonético, morfológico, sintático, semântico e lexical fato comprovado pelos estudos recentes. Com
isso pretende-se dizer que um “dialeto” não é uma língua, pois esse termo traz uma sensação de
preconceituosa, uma sensação de inferioridade.
Esses fenômenos linguísticos são causados pelo contato entre línguas, pelo surgimento de
realidades sociais, culturais, políticas e econômicas bem diferentes ou mesmo pela diferença de
classes sociais.
Entendemos por variação linguística a forma como uma determinada comunidade linguística se
diferencia de outra, sistemática e coerentemente tendo em conta os contextos sociais. A variação
se manifesta em diversos níveis:
Variação fonético-fonológica
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Variação morfológica
Segundo Pestana, (2013, p193): “morfologia é a parte da gramatica que estuda a forma dos
vocábulos”
A morfologia é uma disciplina que descreve e analisa a estrutura interna das palavras e os processos
morfológicos da variação e de formação das palavras.
Rituais religioso só conheço um. [PM] vs Rituais religiosos só conheço um. [PE] A diferença que
se observa nestas duas frases é a falta de concordância no PM se compararmos com o PE. O
importante a reter é que esta variação está inerente à norma-padrão.
Variação sintática
Exemplos da variação sintática:
✓ PM: Eles elogiaram a uma pessoa. PE: Eles elogiaram uma pessoa
✓ PM: Elogiaram lhe muito. PE: Elogiaram-na muito.
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Variação semântica
De acordo com Martinho (2014, p299) afirma que:
“Sem(a), semato, elemento composto do grego, sema-atos “sinal, marca significação”, que se
documenta em vocs. Formados no próprio grego, como semiótica, e em muitos outros introduzidos
na linguagem cientifica internacional, a parti do sec. XIX”.
Portanto a semântica é o estudo do sentido das palavras, a variação semântica seria o estudo as
diferenças dos sentidos das palavras. Um mesmo referente pode ter várias palavras e uma palavra
pode ter vários significados.
A unidade lexical “chapa para além dos significados conhecidos na LP significa “transporte
semicoletivo de passageiros.” A palavra camisola, no PB significa vestimenta feminina usada para
dormir enquanto que no PM, camisola é vestimenta de malha de lã ou algodão com mangas
compridas que é usada para se proteger do frio.
Variação lexical
Para um único referente podem existir várias palavras. Por exemplo: a palavra “neca”, no PM
refere-se a “amarelinha” no PB. Estas variações lexicais são causadas por razões culturais, sociais
e geográficas.
No caso de Moçambique, quando uma unidade lexical for inexistente no português, os falantes
vão buscar do acervo das suas LB para completar o espaço em branco ou vazio. As unidades
lexicais: matapa (folhas de mandioqueira ou prato feito com folhas de mandioqueira), kwassa-
kwassa (dança tradicional africana), mamba (cobra perigosa e venenos), matorritorri (cocada),
nembo (seiva viscosa que é usada para apanhar pássaros), ntchuva (jogo tradicional no qual o
jogador move pedrinhas colocadas em filas de covas) refletem a realidade local. Mata-bicho entre
muitas outras unidades lexicais
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Variação estilístico
Esta variação é inerente as diferentes formas de falar entre diferentes idades (jovens vs adultos)
ou entre grupos sociais distintos ou entre áreas profissionais específicas.
Exemplo: “E aí malta, tá-se bem”“oi pessoal, mbora-lá tchilar para não nholar!”“Tcheca-lá antes
de bazarmos. Esse gai-gai pode tchunar as cenas e ficarmos a mbunhar!”. O que acabamos de
ver nos exemplos dereflete a variante PM.
Variação diastrática
É uma variação que se encontra quando se comparam diferentes estratos de uma população.
semântico. São exemplos: bichar (fazer a fila), esquinar (esperar alguém na esquina), boatar
(propagar mentiras), depressar (andar/ fazer rápido), estilar (exibir-se), afinar (apertar as pessoas
no chapa100 ou van), bala-balar (correr, andar rápido), anelar (pagar dote, lobolar), panhar
(contrair
Variação diamésica.
Esta variação se centra na comparação entre a língua falada e língua escrita. Na comunicação a
língua oral é a mais susceptível de expressar variações e, nela, os critérios de aceitabilidade social
são mais elásticos.
Variação diacrônica
É a comparação das diferentes etapas da história de uma língua, quer dizer, aquela que se dá através
do tempo comparando gerações. É através do estudo da variação diacrónica que percebemos que
a língua que falamos hoje é resultados longos anos ou épocas diferentes. Em muitos estudos o
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estudo da variação e da mudança se faz com a observação da fala e de textos escritos antigos. Há
que mostrar a relação fala e escrita na documentação do passado.
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Conclusão
Depois da experiência contraída através da composição prestada neste trabalho remete-nos a
concluir que pelo facto da língua ser um transporte das culturas e uma identidade cultural ela é
variada em função do tempo e espaço pois em cada espaço equivale a uma identidade cultural e
assim também procede o fator tempo, e algo com capital importância que temos por evidenciar é
de que neste fator tempo é por causa das fases etárias e gerações que fazem com que uma mesma
língua seja variada no espaço e no tempo.
Portanto pelo que atrás esta pasmado pelos impulso da nossa conclusão retemo-nos também na
questão do combate à intolerância linguística no contexto moçambicano que passa
necessariamente pela valorização, uso e ensino em língua bantu na escola, quer dizer, uma
educação bilíngue principalmente nas zonas rurais onde a maioria das crianças têm o português
como língua 2.
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Bibliografia
BECHARA, Evanildo. Modena gramatica portuguesa. 13ª ed. Rio de Janeiro, Nove Fronteira,
2009.