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O Ensino do Cálculo Diferencial e Integral e a Resolução de Problemas.

Martínez, A e Ruiz, A. I

Universidade do Estado do Amazonas CSTB.


E-mail:
amfonseca321@gmail.com
iruiz2005@yahoo.es

Resumo: No presente trabalho se faz uma análise dos aspectos fundamentais que
caracterizam um problema, as representações sucessivas ou evolução do modelo
que o caracteriza, até chegar ao modelo que mais responde a nossas expectativas.
Apresentam-se dois problemas de determinação de extremos de funções, e se faz
um estudo da metodologia a seguir para chegar às condições necessárias e
suficientes para a existência de máximos e mínimos locais de uma função.

Palavras chaves: máximo, mínimo, problema, modelagem.

Abstract:

Ket words:

INTRODUÇÃO
Em diferentes épocas se ha planteado que “fazer matemáticas é por excelência
resolver problemas”, com o qual se ha tratado de destacar que a essência do que
fazer matemático é dar solução a questões que aparecem em qualquer âmbito. Sim
embargo, segundo Rico (1988), não é até mediados da década dos 70 quando,
coincidindo com a busca de uma nova visão global para o curriculum de Matemática
no ensino obrigatório, se planteia a Resolução de Problemas como um campo
autónomo sobre o qual trabalhar e investigar sistematicamente.
A Resolução de Problemas ha sido considerada por autores como Brown (1983), a
inovação más importante da Matemática na década dos 80. Mas a pesar de isso, e
de que o mesmo foi estudado mundialmente por especialistas de diferentes ramas
do saber como filósofos, dentro os que se encontram Descartes e Dewey;
psicólogos, como Newel, Simon, Hayes e Vergnaud; matemáticos profissionais,
como Hadamard e Polya, e educadores matemáticos como Steffe, Nesther,
Kilpatrick, Bell, Fishbein e Greer, cada um dos quais tem dado um enfoque próprio à
investigação em Resolução de Problemas; queda muito por sistematizar neste
campo e um exemplo disso é que não existe ainda a caracterização universalmente
aceitada dos términos problema e Resolução de Problemas (A. TORTOSA, 1999).

Essa filosofia surgiu como consequência que nos inicios a Matemática não existia
como uma ciência, sino como uma forma de dar soluções a problemas que se
apresentavam no cotidiano, por exemplo, a geometria dos povos antigos era uma
coleção de regras obtidas a partir de experimentações e observações de analogias,
tentativas e ocasionais lampejos de intuição, para dar resposta a situações que se
apresentavam, mesmo que só nesse momento de forma aproximada.

Um problema é uma situação que contempla três elementos: um objeto com suas
características; condiciones e exigências relativas aos elementos que o compõem; e
necessidade do pesquisador que o motivem a dar resposta a essas exigências e
interrogantes. Mas para que isso represente um problema é preciso que contenha
uma dificuldade intelectual, e não só operacional ou algorítmica.

Resolver um problema novo significa criar para se mesmo um conhecimento que


não se possui ainda e para isso se precisa da aplicação de diversas estratégias que
serão úteis para a criação do novo conhecimento, para o qual tem muito que ver a
iniciativa do pesquisador, pois nas referências só aparecem os resultado, e não o
processo que permitiu chegar a tais conclusões, esses intentos lhe dará
paulatinamente as habilidades de criação para enfrentar de forma nuviosa situações
nas que nunca antes pensou.

No processo de resolução do problema está presente toda a atividade de quem o


resolverá, iniciando com a representação inicial, e continua com uma série de
representações progressivas até chegar á conclusão. Segundo Polya no processo
de resolução se distinguem diferentes etapas; a compreensão do problema, busca
de vias de solução, execução das vias, e análise da solução encontrada.

Compreender os fenômenos da natureza e suas leis, realizar previsões dos


comportamentos dessas leis e construir conceitos que expliquem os fatos que nos
rodeiam, tem sido uma das buscas constantes do homem, com o intuito de tomar
decisões que possam favorecer a vida do ser humano. Nesta busca, o homem
encontrou uma poderosa ferramenta que contribui para a compreensão destes
fenômenos: a matemática, com a qual ele elabora modelos para representar
situações concretas, muitas vezes impossíveis de serem analisadas na sua forma
real; matemática é um poderoso instrumento de análise e manipulação de fatos
reais.

Por sua parte Schoenfeld (1985), descreve os quatro enfoques que, em sua opinião,
tem seguido os trabalhos sobre resolução de problemas a nível internacional:
• Problemas apresentados em forma escrita, a minudo problemas muito
simples, mas que colocam a Matemática no contexto do “mundo real”.
• Matemáticas aplicadas o modelos matemáticos, é dizer, o uso de
matemáticas sofisticadas para tratar os problemas que refletem o “mundo real”.
• Estudo dos processos cognitivos da mente, consistente em intentos de
busca detalhada de aspectos do pensamento matemático em relação com
problemas mais o menos complexos.
• Determinação e ensino dos tipos de habilidades requeridas para
resolver problemas matemáticos complexos. Enfoque com base, em grande medida,
na obra de George Polya (1945).

Analisar situações do cotidiano construindo modelos matemáticos que permitam


essa análise tem sido um dos objetivos da área que se convencionou denominar de
matemática aplicada.

Segundo Chevallard (2001, p.50),


Um aspecto essencial da atividade matemática consiste em construir um
modelo (matemático) da realidade que queremos estudar trabalhar com tal
modelo e interpretar os resultados obtidos nesse trabalho, para responder
as questões inicialmente apresentadas. Grande parte da atividade
matemática pode ser identificada, portanto, com uma atividade de
modelagem matemática.

Para pesquisar um problema real, que pode ser de diferentes índoles: de outra
ciência, de qualquer processo técnico ou da própria Matemática; se inicia analisando
toda variante possível do modelo matemático, se resolve esse problema
matemático, se estudam as conclusões derivadas de essa solução, se interpretam
essas soluções em função do mundo real e se volta de novo ao problema inicial.

De esta forma segundo Stewart, o processo de modelagem matemático tem o


seguinte ciclo:

Ao elaborar representações, o homem está modelando o fenômeno em estudo para


melhor compreendê-lo. Neste trabalho, citamos alguns conceitos de modelo:
 D’ Ambrósio (1986), reconhece um modelo como uma estratégia a qual
oferece ao homem capacidade de exercer seu poder de análise da realidade.
 Davis (1995) considera que a característica mais importante de um modelo é
sua capacidade para imitar e predizer fenômenos. Segundo este autor, a
utilidade de um modelo é seu sucesso em imitar e predizer o comportamento
do universo.
 Para Bassanezi (1994), quando se procura refletir sobre uma porção da
realidade, na tentativa de entender ou agir sobre ela, o processo usual é
selecionar argumentos ou parâmetros essenciais e formalizá-los através de
um sistema artificial, ou seja, um modelo.

Assim, um modelo pode ser entendido como uma réplica de um objeto real. É uma
representação simplificada de uma situação concreta e é elaborado segundo
algumas regras. Sua construção tem como objetivo a visualização e a compreensão
da situação ou do objeto em estudo e a possibilidade de prever configurações
futuras ou de situações semelhantes explicitas, baseadas nas hipóteses e nos
objetivos admitidos para o estudo. Sua formulação não tem um fim em si mesmo,
mas visa resolver algum problema.

O uso da matemática como linguagem simbólica conduz a uma representação da


situação problema em termos matemáticos. Deste modo, um modelo matemático
pode ser entendido como um conjunto de símbolos e relações matemáticas que
representa uma situação, um fenômeno ou um objeto real a ser estudado. Os
modelos matemáticos podem ser expressos através de gráficos, tabelas, equações,
sistemas de equações, etc. (BASSANEZI, 2002; BIEMBENGURT, 1999).

O objetivo da Modelagem Matemática é solucionar ou representar por meio de um


modelo um problema real ou de matemática aplicada. A Modelagem Matemática
possibilita a aproximação de situações do cotidiano com a matemática, a
interpretação e a análise de vários fenômenos naturais e sociais. Ela é entendida
como sendo uma atividade de construção, validação e aplicação de modelos de uma
situação problemática, utilizando-se para isso conceitos matemáticos.

Como concluiu Bassanezi (2002), a modelagem permite a realização de previsões e


tendências e é eficiente a partir do momento que tomamos consciência de que
estamos trabalhando sobre representações de um sistema ou parte dele. Isto é, não
estamos lidando com a situação real e sim com uma representação desta situação.
A evolução de um modelo se pode considerar como as diferentes representações
que podemos ir fazendo do problema até chegar à representação definitiva, ou seja
aquela que mais responde as nossas expectativas.

Apresentamos uma proposta do uso da Modelagem Matemática como Estratégia


para interpretar e dar solução a dois problemas que se apresentam partindo do
mundo real, proporcionando, além da compreensão da teoria e da aplicação dos
conceitos matemáticos na prática, habilidades de discernimento, discussões sobre a
possibilidade de interagir com questões referentes a situações do seu dia-a-dia:

1°. Se desejam colocar um apoio no chão entre dois postes de comprimentos L


metros e 2L metros respectivamente, onde a separação entre eles é de 3L metros,
de modo que o gasto em cabo seja mínimo.
a) A representação inicial se pode dar colocando o primeiro poste coincidindo
com o eixo oy, de comprimento L e no ponto de abcissa 3L colocar o segundo
poste de comprimento 2L.
b) A posição do apoio estará no ponto P(x,0), onde 0<x<L.
c) Os pontos que representa a posição final se ambos os postes são M(0,L) e
N(3L,2L), por conseguinte aqui deseja-se minimizar a função,
f ( x)  x 2  L2  ( x  3L ) 2  ( 2 L ) 2

2°. Uma rede de água potável ligará uma central de abastecimento situada à
margem de um rio de 500m de largura a um conjunto habitacional situado na outra
margem do rio, 2.000m abaixo da central. O custo da obra através do rio é de
Re$640,00 por metro, enquanto, em terra, custa Re$312,00. Qual é a forma mais
econômica de instalar a rede de água potável?

Analisar os casos extremos:


a) Ligar os dois pontos com um segmento retilíneo.
b) Passar o rio perpendicularmente e continuar pela terra.
c) Analisar o caso geral passando o rio até um porto P(x), e continuar por
terra os (2.000-x) m restantes.
Aqui se teria uma função a minimizar,
f ( x)  (2.000  x).312  x 2  500 2 .640

Apresenta-se nesse caso a determinação do valor mínimo da função f(x). Como


podemos fazer isso?
Em sistema de transmissão para a formação conceitos de ensino e teoremas em
Análise Matemática os autores vão fazendo paulatinas representações para chegar
ao conceito da derivada em um ponto como o coeficiente angular da reta tangente à
curva no ponto considerado. No nosso problema se partirá de esse conceito para
resolver problemas de otimização.

Para determinar as condições necessárias e suficientes para a existência de pontos


de máximos ou mínimos, veja-se que:
a) Se no ponto x0  (a, b) a função tem um máximo, por exemplo, então na se

pode ter que f ' ( x 0 )  0 , pois para x  ( x 0 , x 0   ) , para algum  se teria que

f ' ( x)  f ' ( x 0 ) .

b) De igual forma não pode ser f ' ( x0 )  0 , pois x  ( x 0   , x 0 ) , se teria

f ' ( x)  f ' ( x 0 ) .

c) Assim f ' ( x0 )  0 , essa é uma condição necessária, pois, por exemplo,

y  ( x  1) 3 é tal que f ' (1)  0 , mas nesse ponto a função não tem nem

máximo nem mínimo.

Para a análise da condição suficiente tem-se que, como em x 0 a função tem um

máximo, então:
d) A função f é tal que f ' ( x0 )  0 para x  ( x 0   , x 0 ) .

e) A função f é tal que f ' ( x0 )  0 para x  ( x 0 , x 0   ) .

Para o caso do mínimo pode-se proceder de forma semelhante.

Observação: Essas condições caracterizam a existência de extremos locais ou

relativos de funções de uma variável real.


A análise anterior de existência de máximo local corresponde a análise pela primeira

derivada, más se no ponto x  x0 a função tem um extremo e

f " ( x0 )  0 , isso quere dizer que


f ' ( x0 )  0
, e essa primeira

derivada é crescente nesse ponto, por tanto f ' ( x )  0 para x  ( x 0   , x 0 ) , e

f ' ( x)  0 para x  ( x 0 , x 0   ) , por tanto teria um mínimo no ponto x  x 0 .

Assim conclui-se que se a segunda derivada é positiva em um ponto e a função tem

um extremo nesse ponto, se teria um mínimo e se a segunda derivada for negativa

se teria um máximo nesse ponto.

Observação: O primeiro problema pode ser resolvido sem necessidade de aplicar o

Cálculo Diferencial, só aplicando semelhança de triângulos, pois se poderia colocar

o segundo poste invertido, e assim teria a base no ponto (3L,0), e seu extremo no

ponto (3L,-2L).

A modelagem matemática vai além das nossas expectativas, só a modo de exemplo


se coloca esses exemplos que tem que ver com problemas do cotidiano do homem,
mas se poderiam indicar outros exemplos do uso da robótica na indústria, do pouso
suave de aeronaves em superfícies não planas, entre outras, que caracterizam
problemas de otimização de funções com extremos condicionados.

REFERÊNCIAS.

Bassanezi, R.C. Ensino aprendizagem com modelagem matemática: uma nova


estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
Bassanezi, R.C.Modelagem Matemática. Dynamis. Blumenau. v. 1, nº 7, 1994. p. 55-
83.

Brown, S. I. (1983). The art of problem posing. Philadelphia: Franklin Institute Press.
Chevallard, Y. Educar Matemática: o elo perdido entre o ensino e a aprendizagem.
Trad. Daysy Vaz de Niares. Porto Alegre: Artmed, 2001.

D’ Ambrósio, U. Da realidade à ação: reflexões sobre a educação e matemática. São


Paulo: Unicamp, 1986.

Davis, P.J; hersh, R. A experiência matemática. Ciência Aberta. Gradiva Publicações.


Primeira ed.,1995.

Niss. M. O papel da Aplicação e da Modelação na Matemática Escolar. Revista


Educação e Matemática, nº 23, terceiro trimestre de 1992.p 1-2. Lisboa, 1992.
Polya, G. Matemáticas y razonamiento Plausible.Ed. Tecnos Madrid.España. 1953.

Polya, G. (1945). How to solve it. Ed. Tecnos. Madrid. España.


Rico, L. (1988). Didáctica activa para la resolución de problemas. Sociedad Andaluza
Educación Matemática. Grupo EGB de Granada. España.

Schoenfeld, A. (1985). Sugerencias para la enseñanza de la Resolución de


Problemas Matemáticos. En Separata del libro “La enseñanza de la
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España.

Skovsmose, O. Cenários para Investigação. In: Bolema, ano 13, nº 14,2000. pp. 66-
91

Stewart,J.,Cálculo,Volume I, 5ta Edição,São Paulo,Thomson Learning,2003,707p.

Tortosa, A. (1999). Profesor versus maestro de primaria. Rev. Investigación en


el aula de Matemáticas. La tarea docente. Ed. Universidad de Granada. Dpto.
de Didáctica de La Matemática. Sociedad Andaluza de Educación
Matemática THALES. España

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