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Unidade I

Código florestal

Histórico do código Florestal Brasileiro

Foi o governo Getúlio Vargas que, em 1934, criou o Código Florestal,


junto com os códigos de Água, Minas, Caça e Pesca e a primeira Conferência
Brasileira de Proteção à Natureza – uma tentativa do Estado de ordenar o uso
dos recursos naturais.

Fonte: http://www.agricultura.gov.br/

A reformulação do Código levou três anos de debates entre dezenas de


especialistas e, em 15 de setembro de 1965, o então presidente Humberto de
Allencar Castello Branco sancionou a Lei Federal 4.771. O novo Código
Florestal determinou que 50% da vegetação de cada propriedade na Amazônia
deveriam ser preservadas. Nas demais regiões do país, o exigido era 20%. Os
proprietários que eventualmente já tivessem derrubado além dessa
porcentagem teriam de se responsabilizar pela recomposição da área. A nova
lei também definiu as áreas de preservação permanente (APPs) que deveriam
ser obrigatoriamente mantidas, no campo ou nas cidades.

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Fonte: http://www.agricultura.gov.br/

Trinta anos depois, o Brasil registrou o maior índice de desmatamento


na Amazônia. Preocupado com a devastação galopante, o então presidente
Fernando Henrique Cardoso editou, em 1996, a Medida Provisória (MP) 1.511,
ampliando as restrições de desmatamento da floresta amazônica. A MP
aumentou a reserva legal nas áreas de floresta para 80%, mas no Cerrado
dentro da Amazônia Legal, reduziu de 50% para 35%.
Em 2006, O Projeto de Lei (PL) do deputado Flexa Ribeiro (PSDB-PA),
sob o número 6.424/05, inicia tramitação na Comissão de Meio Ambiente da
Câmara dos Deputados. Já em 2007, como consequências do uso indevido
dos recursos naturais, ocorrem enchentes e deslizamentos que castigam Santa
Catarina.
Em 1998, a Lei de Crimes Ambientais trouxe penas mais duras para
quem desobedecesse a legislação ambiental. A fiscalização no campo
aumentou e o Ministério Público passou a agir com mais vigor em suas
denúncias. Além disso, um conjunto de medidas voltadas a fazer valer o que
diz o código foi editado pelo governo em 2008, incluindo a restrição de
financiamento bancário para fazendas que não tivessem seu passivo ambiental
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regularizado. Alguns representantes do agronegócio começaram a se sentir


pressionados. Mas em vez de tentar se adequar e conservar os recursos
naturais, o que geraria custos e investimentos, eles optaram por insistir no
modelo baseado no retorno imediato e sem uma visão de sustentabilidade de
longo prazo.
Até hoje, um total de 36 projetos de lei já tentaram derrubar o Código
Florestal. A mais recente investida teve início em 2009, com a criação de uma
comissão especial na Câmara dos Deputados – com uma participação
desproporcional da bancada ruralista – para analisar projetos de lei que, em
sua essência, querem desfigurar a nossa legislação ambiental ao invés de
buscar o seu aperfeiçoamento.

Fonte: http://www.agricultura.gov.br

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Áreas de Preservação Permanente

Áreas de Preservação Permanente são áreas, cobertas ou não por


vegetação nativa, localizadas na zona rural ou urbana, com a função ambiental
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas.

O que aconteceu com o novo código?

Reduziu a extensão mínima das APPs dos atuais 30 metros para 15


metros de faixa marginal e demarcou as matas ciliares protegidas a
partir do leito menor do rio e não do nível maior do curso d’água.

Nos cursos de águas Naturais

Para os efeitos da aplicação da legislação pertinente, os cursos d’água são


classificados como:

 Perenes: Possuem, naturalmente, escoamento superficial durante todo


o ano;
 Intermitentes: Naturalmente, não apresentam escoamento superficial
durante todo o ano;
 Efêmeros: Possuem escoamento superficial apenas durante, ou
imediatamente após períodos de precipitação.

As faixas marginais consideradas como Áreas de Preservação Permanente


variam de acordo com a largura do curso d’água, medida a partir da borda da
calha de seu leito regular, conforme tabela abaixo:

Largura da APP RIOS (largura)

30m Com menos de 10m

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Largura da APP RIOS (largura)

50m De 10m a 50m

100m De 50m a 200

200m De 200m a 600m

500m Com mais de 600m

 Consideram-se Áreas de Preservação Permanente em zonas rurais ou


urbanas, as faixas marginais dos dois lados de qualquer curso d’água natural
perene ou intermitente.
 Não se consideram Áreas de Preservação Permanente as faixas
marginais dos cursos d’água efêmeros.
 Como o novo código estabeleceu o critério de medida da largura do rio a
partir da borda da calha de seu leito regular e não mais a partir da máxima
cheia as várzeas ou pelo menos parte delas não são mais consideradas Áreas
de Preservação Permanente.

Nas Nascentes e Olhos D’Água

Para efeito da aplicação da legislação pertinente, é considerado:

 Nascente: Afloramento natural do lençol freático que apresenta


perenidade e dá início a um curso d’água;

 Olho d’água: Afloramento natural do lençol freático mesmo que


intermitente.
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O entorno da nascente ou de um olho d’água perene considerado de


preservação permanente deve possuir um raio mínimo de 50 metros, como
demonstra a figura a baixo:

Fonte: Atlas Digital das Águas de Minas

Nos Lagos e nas Lagoas Naturais

São consideradas Áreas de Preservação Permanente o entorno de lagos


e lagoas naturais, localizados na zona rural, com largura mínima de:

 50 metros para corpos d’água com superfície inferior a 20ha;

 100 metros para corpos d’água com superfície superior a 20ha.

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São consideradas Áreas de Preservação Permanente, o entorno de


lagos e lagoas naturais, localizados em zona urbana, com largura mínima de
30 metros, independente do tamanho da superfície.

OBS: No caso de lagos ou lagoas naturais com superfície inferior a 1,0


ha, a Área de Preservação Permanente é dispensada, no entanto é vedada a
supressão da vegetação nativa existente.

Reservatórios Artificiais

Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de


reservatórios artificiais que não decorram de barramento ou represamento de
cursos d’água naturais.

No caso dos reservatórios artificiais, decorrentes de barramento ou


represamento de cursos d’água naturais, a faixa a ser considerada como Área
de Preservação Permanente deverá ser definida na licença ambiental do
empreendimento.

Para o caso de reservatórios destinados à geração de energia elétrica


ou abastecimento público, as Áreas de Preservação Permanente também
serão definidas no ato do licenciamento ambiental, no entanto terão de
obedecer aos seguintes parâmetros:

 em zona rural a largura da faixa deverá medir entre 30m e 100m

 em zona urbana, a largura da faixa deverá medir entre 15 e 30 metros

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No topo de morros, montes, montanhas e serras

O terço superior do morro é considerado Área de Preservação Permanente

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Para fins de existência de APP, para que uma elevação seja


considerado “morro” é preciso que tenha:

a. Altura mínima de 100 metros. Ou seja, é preciso que a distância entre o


cume e o ponto de sela mais próximo (para terrenos ondulados) ou que
a distância entre o cume e a base da planície regular ou curso d´água
adjacente (terrenos planos) seja igual ou superior a 100m.

b. Inclinação média mínima de 25º

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OBS: Com os critérios trazidos pelo Novo Código Florestal ficou mais difícil que
uma elevação no terreno seja considerada morro, havendo considerável
diminuição da proteção destas áreas.

Encostas

As encostas ou parte destas com declividade superior a 45°, equivalente


a 100% (cem por cento) na linha de maior declive.

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Tabuleiro ou chapada:

A paisagem de topografia plana, com baixa declividade média e


superfície superior a 10ha (dez hectares), terminada de forma abrupta em
escarpa, caracterizando-se a chapada por grandes superfícies a mais de 600m
(seiscentos metros) de altitude.

Considera-se escarpa:

A rampa de terrenos com inclinação igual ou superior a 45° (quarenta e


cinco graus), que delimitam relevos de tabuleiros, chapadas e planalto.

São consideradas Áreas de Preservação Permanente:

As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,


em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais.

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São consideradas Áreas de Preservação Permanente: As áreas em


altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a
vegetação.

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Consideram-se, ainda, Áreas de Preservação Permanente, quando


declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas
cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma
ou mais das seguintes finalidades:

I. Conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos


de terra e de rocha;
II. Proteger as restingas ou veredas;

III. Proteger várzeas;


IV. Abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V. Proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou
histórico;

VI. Formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;


VII. Assegurar condições de bem-estar público;
VIII. Auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades
militares.

IX. Proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.

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O que pode ser feito em áreas de Preservação Permanente?

 Em razão de sua função ambiental, as APP’s são de utilização muito


restrita. Não são intocáveis, mas somente pode haver intervenção no caso de
utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental.
 É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação
Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo
impacto ambiental.
 Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a
continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural
em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

Para os efeitos da aplicação desta possibilidade, entende-se por “Área Rural


Consolidada”: A área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a
22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades
agrossilvipastoris, admitida neste último caso, a adoção do regime de pousio.

O que deve ser recomposto nas áreas consolidadas:

Para os efeitos da aplicação da legislação pertinente, é considerado módulo


fiscal uma unidade de medida agrária usada no Brasil, instituída pela Lei nº
6.746 de 10 de dezembro de 1979. É expressa em hectares e é variável, sendo
fixada para cada município, levando-se em conta:

 tipo de exploração predominante no município;

 a renda obtida com a exploração predominante;

 outras explorações existentes no município que, embora não


predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área
utilizada;

 conceito de propriedade familiar.

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Anistia aos crimes ambientais

Fim da obrigação de se recuperar áreas desmatadas ilegalmente até 22


de julho de 2008, incluindo topos de morros, margens de rios, restingas,
manguezais, nascentes, montanhas e terrenos íngremes. A proposta cria a
figura da área rural consolidada – aquela ocupação existente até a data
definida, com edificações, benfeitorias e atividades agrosilvopastoris em
quaisquer espaços, inclusive áreas protegidas. Os Estados terão cinco anos,
após a aprovação da lei, para criar programas de regularização ambiental. Até
lá, todas as multas aplicadas antes de julho de 2008 ficam suspensas.

Ao longo dos cursos d’água naturais

 Para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal, será
obrigatória a recomposição das faixas marginais em 5 (cinco) metros,
contados da borda da calha do leito regular, independentemente da
largura do curso d’água.

 Para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2
(dois) módulos fiscais, será obrigatória a recomposição das respectivas
faixas marginais em 8 (oito) metros, contados da borda da calha do leito
regular, independentemente da largura do curso d'água.

 Para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até
4 (quatro) módulos fiscais, será obrigatória a recomposição das
respectivas faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da borda
da calha do leito regular, independentemente da largura do curso
d'água.

 Para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais, será
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais, conforme
determinação do PRA (Programa de Regularização Ambiental),
observado o mínimo de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) metros,
contados da borda da calha do leito regular.

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Quadro abaixo representa o esquema das áreas que devem ser feito
recomposição da mata ciliar, conforme os módulos fiscais. Na Amazônia 1
modulo fiscal equivale a 10 ha.

http://www.envolverde.com.br/

No entorno de nascentes e olhos d’água perenes

 Para qualquer imóvel rural, será obrigatória a recomposição de área com


raio mínimo de 15 metros;

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No entorno de lagos e lagoas naturais

 Para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal, será
obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de 5
(cinco) metros.

 Para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2
(dois) módulos fiscais, será obrigatória a recomposição de faixa marginal
com largura mínima de 8 (oito) metros.

 Para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até
4 (quatro) módulos fiscais, será obrigatória a recomposição de faixa
marginal com largura mínima de 15 (quinze) metros.

 Para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais, será
obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de 30
(trinta) metros.

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Como recompor as APP's localizadas nas Áreas Rurais Consolidadas

 Através da condução de regeneração natural de espécies nativas.

 Realizando o plantio de espécies nativas.

 Realizando o plantio de espécies nativas conjugado com a condução da


regeneração natural de espécies nativas.

 Para a pequena propriedade, ou posse rural familiar, poderá ser


realizado o plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo
longo, exóticas ou não, com nativas de ocorrência regional, em até 50%
da área total a ser recomposta.

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