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Gerais pelo

Fim da violência
contra as
Mulheres
Aviso da lua que menstrua
Elisa Lucinda

“Moço, cuidado com ela! [...]


É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofia, cozinhando,
costurando e você chega com a mão no bolso
julgando a arte do almoço:
Eca!...”

SECRETARIA DE ESTADO DE DIREITOS HUMANOS,


PARTICIPAÇÃO SOCIAL E CIDADANIA
SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
Telefone: 31 3916-8006
spmulheres@direitoshumanos.mg.gov.br
www.direitoshumanos.mg.gov.br

Esta cartilha contém informações extraídas do caderno “Viver Sem Violência”, do Governo Federal.
Gerais pelo
Fim da violência
contra as
Mulheres
FICHA TÉCNICA
Fernando Damata Pimentel Assessoria de Comunicação Social
Governador do Estado de Minas Gerais da Secretaria de Estado de Direitos
Humanos, ParticipaçãoSocial e Cidadania 
Nilmário Miranda
Secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania Marília Cândido Lopes
Assessora-chefe de Comunicação Social 
Gabriel dos Santos Rocha
Secretário Adjunto de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania Renata Lauar
Jornalista
Larissa Amorim Borges  
Subsecretária de Políticas para as Mulheres Douglas Santos
Estagiário
Isabel Cristina de Lima Lisboa
Superintendente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher

Renata Adriana Rosa


Superintendente de Autonomia Econômica das Mulheres e Articulação Institucional

EQUIPE

• Andréa do Socorro Luiz – Diretora de Inclusão das Mulheres e Fortalecimento da Rede de Atendimento
• Mariany Freitas de Oliveira - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
• Edelweiss Maria Nogueira Soares – Diretora de Igualdade no Mundo do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres
• Eliane Dias Evangelista - Diretora de Articulação Institucional
• Júnia Beatriz de Araújo MaYos – Técnica da Superintendente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher
• Adriano Machado de Oliveira – Técnico Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
• Rita de Cássia Menezes Calazans – Técnica da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres
• Rita Marcia Pedro – Apoio Administrativo
• Maria da Conceição Aparecida de Jesus – Apoio Administrativo
• Eliane Quaresma Caldeira de Araújo – Analista de Políticas Públicas em Desenvolvimento
• Walter Guedes e Silva -­Técnico da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres
• Jussara de Almeida Ferreira – Estagiária da Superintendente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher
• Luísa Silva Guimarães - Estagiária da Superintendente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher
• Fernanda Romeiro Costa – Estagiária da Superintendente de Autonomia Econômica das Mulheres e Articulação Institucional
APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac) foi insti-
tuída em março de 2015. Com a pasta, foi criada a Subsecretaria de Políticas para as Mulhe-
res, como resposta às reivindicações dos movimentos de mulheres no estado e em substituição

06 – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
da Coordenadoria Estadual de Políticas para as Mulheres.

A Subsecretaria de Políticas para as Mulheres tem como principal atribuição construir políticas
para as mulheres considerando sua diversidade étnico-racial, geracional, de orientação se-
xual, de classe, entre outras especificidades. Trabalha para a ampliação e a consolidação
de enfrentamento à violência e de promoção da autonomia econômica das mulheres, com
base na articulação intersetorial, transversalidade e territorialização das políticas públicas, pau-
tando-se pelo alinhamento com os principais marcos nacionais e internacionais de Políticas
para Mulheres (Pequim, 1995; Belém do Pará, 1994; Nairobi, 1985; Copenhague,1980; México,
1975) e com a proposta do Governo do Estado de Minas Gerais.

03 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência


Para viabilizar o trabalho, a subsecretaria está composta por duas superintendências:

10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos


a) Superintendência de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres: desenvolve ações e
programas para garantir a implementação da política de enfrentamento à violência contra

01 – Dia Mundial de Combate à Aids


as mulheres e o fortalecimento da rede de atendimento e encaminhamento de mulheres em

DEZEMBRO
situação de violência no âmbito do estado.

b) Superintendência de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica e de Articulação Insti-


tucional: desenvolve ações e programas para garantir o acesso, a permanência e a ascensão
das mulheres no mundo do trabalho, assim como a igualdade de homens e mulheres nas ci-
dades e no campo, considerando a necessidade de romper com as múltiplas jornadas femini-
nas e a invisibilidade do trabalho doméstico, aquele não remunerado, realizado por mulheres,
e que garante a reprodução da sociedade.
5
VIOLÊNCIAS
VIOLÊNCIAS CONTRA
Violências
VIOLÊNCIAS

VIOLÊNCIAS
Violências
AS MULHERES?
IOLÊNCIAS Violências, porque são variadas.
VIOLÊNCIAS
VIOLÊNCIAS Violências Violências
VIOLÊNCIAS

Violências VIOLÊNCIAS
VIOLÊNCIAS
DOMÉSTICAS
OLÊNCIAS
Violências Física;
VIOLÊNCIAS Moral;
Patrimonial;
VIOLÊNCIAS Sexual;
Violências Psicológica.
E s t ão n a Le i Mar i a d a Pen h a.

6
VIOLÊNCIAS
Violências VIOLÊNCIAS
VIOLÊNCIAS
VIOLÊNCIAS
Violências VIOLÊNCIAS
As violências que estão na Lei Maria da
Penha são: física, moral, patrimonial, (50,30%) e parimos a outra me-
sexual e psicológica. tade. Sem nós, nada existiria nem
funcionaria, por isso devemos ser
Mas outras violências existem contra valorizadas e respeitadas.
as mulheres: a institucional, a por falta
de moradia, a violência em função da
Existem várias
S orientação sexual, a que ocorre pela
formas diferentes
inserção precária no mercado de tra-
balho entre outros tipos.
de violência.
Algumas atingem
Nós mulheres somos muitas e diversifica-
com mais força o
corpo, outras ferem

21 - Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa


das: negras e brancas; idosas e jovens;
mulheres do campo e mulheres da profundamente a
cidade; trans, lésbicas, bi e heterossexu- alma. Elas podem
ocorrer isolada-

29 - Dia Nacional da Visibilidade Trans


ais; ricas e pobres.
mente, simultane-
Cada mulher carrega em si várias amente, de forma
características que a tornam singular, breve ou também

JANEIRO
única, inigualável. As diferenças não podem durar
precisam gerar inferiorizações nem meses, até mesmo
desigualdades, pois são elas que nos anos.
humanizam.

Nós mulheres representamos mais

S Violências
da metade da população mineira
VIOLÊNCIAS 7

VIOLÊNCIAS
Origens da Violência
CONTRA AS MULHERES
Nenhuma violência é culpa da mulher
ou de algo que ela fez ou deixou de fazer.
São originadas
no poder que As violências contra as mulheres

homens têm ao são causadas e originadas no poder que


homens têm ao se julgarem superiores às
se julgarem mulheres, oprimindo-as e subjugando-as,
superiores às considerando-se, muitas vezes, donos

mulheres, dessas mulheres e de seus corpos.

oprimindo-as e
JANEIRO

13
20
27

Isso é reforçado quando os papéis de


6
S

subjugando-as... meninas e meninos são reproduzidos


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S

são fruto do dentro das famílias: Meninos são valoriza-


11
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Q

dos pela força e pela agressividade, brin-


patriarcado e do
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cam com carrinhos e armas. Meninas são


3
Q

racismo valorizadas pela doçura e pelo


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T

cuidado com a casa, com a família,


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S

com a rotina doméstica.


2018

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7
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Direitos reservados. ©2017 a 2022 Ilustrações: Cláudia Jussan, licenciadas para uso exclusivo nesta cartilha. Produção editorial: mundoaflora edições

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FEVEREIRO
24 - Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil
2018 FEVEREIRO
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25 26 27 28

1
0
Predomina a violência moral

Aparente calma

Acumulação de
tensão
Lua de Mel

Ciclo da

21 – Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial


VIOLÊNCIA
Culpabilização Explosão da

08 - Dia Internacional da Mulher

28 – Dia Mundial da Juventude


Reconciliação Violência Física

MARÇO
Arrependimento,
promessas e fantasias

As violências podem ocorrer em CICLOS


e se REPETEM cotidianamente, por um longo tempo 11
O AGRESSOR ESCONDE
OS DOCUMENTOS
da mulher
MARÇO

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S
3

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S
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9

Os agressores, às vezes, tran-


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Q
1
8

Controlar, reter ou tirar dinheiro dela;


cam a geladeira, guardam os
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Q

documentos da companheira, Causar danos de propósito a objetos de


o título de alguma propriedade que ela gosta;
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T

e até os rasgam, não permitin-


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Destruir, reter objetos, instrumentos de


5
S

do à mulher acessá-los.
2018

trabalho, documentos pessoais e outros


11
18
25
D

bens e direitos.
12
O AGRESSOR XINGA A MULHER
constantemente

Que droga de
pou
Você não lim comida!
a casa?

Não educa seus


filhos?

27 – Dia da Empregada Doméstica


Esta violência fere a

30 – Dia Nacional da Mulher


autoestima das
mulheres e costuma

ABRIL
ser cotidiana

13
Xingar e humilhar; ameaçar, intimidar
e amedrontar; criticar continuamente,
desvalorizar os atos e desconsiderar a “tentar fazer
opinião ou decisão da mulher, debochar a mulher ficar
publicamente, diminuir sua autoestima;
tirar a liberdade de ação, crença e de-
confusa ou
cisão; tentar fazer a mulher ficar confusa achar que
ou achar que está ficando louca; ator- está ficando
mentar a mulher, não deixá-la dormir ou
fazê-la se sentir culpada; controlar tudo
louca”
o que ela faz, quando sai, com quem
e aonde vai; impedir que ela trabalhe,
estude, saia de casa, vá à igreja ou viaje;
procurar mensagens no celular ou e-mail;
usar as/os filhas/os para fazer chantagem;
isolar a mulher de amigos e parentes.
ABRIL

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14
O AGRESSOR FALA DA MULHER
nos bares, na vizinhança...

ela é feia, gorda, não quero mais!

18 – Dia Nacional de Combate ao Abuso e de Combate à Exploração

28 – Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e


pela Redução da Mortalidade Materna
17 – Dia Internacional contra a Homofobia
Fazer comentários ofensivos na frente

Sexual de Crianças e Adolescentes


de estranhos e/ou conhecidos;

18 - Dia da Luta Antimanicomial


Humilhar a mulher publicamente;

01 – Dia da Trabalhadora
Expor a vida íntima do casal para outras
pessoas, inclusive nas redes sociais;
Acusar publicamente a mulher de

MAIO
cometer crimes;
Inventar histórias e/ou falar mal da
mulher para os outros, com o intuito de
diminuí-la perante amigos e parentes;
15
O AGRESSOR CHEGA EM CASA
e mantém relações sexuais com a mulher a força,
sem que ela queira

Forçar relações sexuais quando a mulher não


quer ou quando estiver dormindo ou doente;
forçar a prática de atos sexuais que causam
desconforto ou nojo; fazer a mulher olhar
imagens pornográficas quando ela não quer;
obrigar a mulher a fazer sexo com outra(s)
pessoa(s); impedir a mulher de prevenir a
gravidez, forçá-la a engravidar ou ainda for-
çar o aborto quando ela não quiser.
MAIO

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S
5

“forçar a
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S

prática de
4

atos sexuais
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que causam
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desconforto
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ou nojo”
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15 – Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa
O AGRESSOR ATINGE A MULHER

28 – Dia Internacional do Orgulho LGBT


com socos e tapas, cadeiras, objetos...

02 – Dia Internacional da Prostituta


JUNHO
Bater e espancar; empurrar, atirar objetos,
sacudir, bater; morder ou puxar os cabelos;
estrangular, chutar, torcer ou apertar os bra-
ços; queimar, cortar, furar, mutilar e torturar;
usar arma branca, como faca ou ferramen-
tas de trabalho, ou arma de fogo.
17
Estas violências vão ocorrendo, ora separadas, ora em conjunto. A mulher
reage e quer denunciar. O agressor pede desculpas, promete não fazer mais
e até leva presentes. A mulher acredita, acha que vai ficar bem e volta
à fase da lua de mel.
O círculo vai girando até, num dado momento,
ocorrer ameaça à vida das mulheres.
Usar COERÇÃO e AMEAÇAS Usar INTIMIDAÇÃO
Ameaçar e/ou fazer algo para te machucar; Te fazer sentir medo através de aparências,
ameaçar te deixar; ameaçar cometer suicídio; gestos e ações; quebrar coisas, destruição de
fazer você retirar as acusações; fazer você propriedade; abuso de animais de estimação;
cometer atos ilegais; Mostrar armas (brancas ou não)

Usar ABUSO ECONÔMICO Usar ABUSO EMOCIONAL


Te deixar pra baixo; fazer você
Evitar que você mantenha ou consiga se sentir mal sobre si mesma; usar
emprego; te fazer pedir dinheiro; te dar de apelidos pejorativos; ‘Gaslighting’
mesada; te tirar dinheiro; não permitir que fazer você achar que está louca; te
você tenha acesso à renda familiar. humilhar; fazer você se sentir culpada
JUNHO

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S
2
9

Usar PRIVILÉGIO MASCULINO


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S
1
8

Tratar você como uma serva; tomar todas Usar ISOLAMENTO


as decisões importantes; agir como o rei do
Controlar o que você faz, o
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Q

castelo; ser aquele que define o papel do


que vê, com quem sai; limitar seu envol-
homem e da mulher
vimento exterior; usar ciúme para justificar
13
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Q

ações.
MINIMIZAR, NEGAR E CULPAR
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T

Minimizar o abuso e não levar suas


Usar CRIANÇAS
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4
S

preocupações a sério; dizer que o


Fazer você se sentir culpada sobre as
2018

abuso não aconteceu/acontece; colocar


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D

crianças; usar as crianças como ponte


3

a responsabilidade do abuso em você;


dizer que você causou o abuso. comunicativa.
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1
palavras cruzadas
complet e as lacunas 2
-

25 – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha


4 -
6
- -

25 – Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra


5

JULHO
Horizontal 7. Quando a violência
Vertical
2. O agressor fala mal da 1. Número da central de
se repete diariamente,
mulher, esta é a violência... por um longo período atendimento à mulher.
3. Violência... na qual o (plural). 4 . Boletim de Ocorrência
agressor xinga a mulher 8. O que toda mulher (abreviatura).
constantemente. merece ter. 6. O que fazer em caso
5. Lei que criminaliza a
de violência.
violência contra a mulher.
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2018 JULHO
D S T Q Q S S
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22 23 24 25 26 27 28
29 30 31

20
Como
CICLO
DA
ROMPER com o
VIOLÊNCIA
A autonomia econômica é essencial para
“Incentivar a
que as mulheres possam prover seu próprio
sustento e decidir por suas próprias vidas. busca de
Ela contribui para a construção da auto- autonomia
nomia emocional, do empoderamento
desta mulher”
e do rompimento com diversas formas
de violência e dependência. Assim, não
envolve apenas a independência financei-
ra e a geração de renda, mas pressupõe
também autonomia para realizar escolhas
e tomar decisões. Além de garantir a própria ren-
da, é preciso que as mulheres
PARA ISSO É PRECISO: tenham liberdade e condições
Elevar o nível de qualificação profis- favoráveis para escolher sua
sional das mulheres e o acesso aos profissão e para se qualificar,

29 – Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil


direitos e benefícios trabalhistas;
planejar seu futuro e ter tempo
Desnaturalizar as múltiplas jorna-
das femininas e a invisibilidade do para o lazer.
trabalho doméstico;
Construir uma cultura de

AGOSTO
IGUALDADE para mulheres e O feminismo não é o oposto do
homens no mundo do trabalho, machismo. Feminismo é o
seja em empresas públicas ou nas conjunto de pensamentos das
empresas privadas. mulheres sobre o mundo, sobre as
relações de poder e suas várias
Uma mulher empoderada é aquela formas de organização. O feminis-
que gosta de si mesma, se permite
mo luta pelo fim das opressões.
aprender, consegue escolher coisas
que a favoreçam, valoriza quem é e
o que faz, se prioriza e busca sentir-se
bem consigo mesma.
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2018 AGOSTO
D S T Q Q S S
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19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 31
o que
fala Maria da
a
Lei Penha

28 – Dia Pela Discriminação do Aborto na América e Caribe


23 – Dia Internacional contra a Exploração Sexual e
contra o Tráfico de Mulheres e Crianças
05 – Dia Internacional da Mulher Indígena

23 – Dia da Visibilidade Bissexual


SETEMBRO
A Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006) é uma lei escri-
ta por mulheres e para mulheres. Ela define que a violência
doméstica contra a mulher é crime e aponta formas de evitar,
enfrentar e punir o agressor. A lei indica a responsabilidade
que cada órgão público tem de ajudar a mulher que está so-
frendo a violência. 23
Com a Lei Maria da Penha, o
juiz passou a ter poderes para conce-
der as chamadas medidas protetivas
de urgência. Como o próprio nome
diz, essas medidas servem para
proteger a mulher que está sofren-
do violência e são aplicadas quan-
do o juiz concorda com o pedido
feito pela mulher.

Algumas medidas são vol-


tadas para a pessoa que pratica a
violência, como afastamento do lar,
proibição de chegar perto da víti-
ma e suspensão de porte de armas.
Outras medidas são voltadas para a
SETEMBRO

mulher que sofre a violência, como


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29
S
1
8

encaminhamento para programa


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28
S

de proteção ou atendimento.
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Q

Visto que muitas vezes a mu-


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Q

lher depende economicamente da


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4
T

pessoa que a agride, o juiz pode de-


terminar, como medida protetiva, o
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2018

pagamento de pensão alimentícia


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D

2
9

para a mulher e/ou filhos/as.


24
Além disso, quando a violência promovidos pelo governo, incluindo

10 – Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher


é conjugal (maridoXmulher, compa- atendimento médico, serviços que pro-
nheiroXcompanheira, companheiraX- movam sua capacitação, geração de
companheira), o juiz pode tomar provi- trabalho, emprego e renda e, caso a

15 – Dia Internacional das Mulheres Rurais


dências para evitar que a pessoa que mulher precise se afastar do trabalho

11 – Dia Internacional das Meninas


agride se desfaça do patrimônio do por causa da violência, ela não pode-
casal e prejudique a divisão de bens, rá ser demitida pelo período de até seis

OUTUBRO
em caso de separação. A pessoa que meses.
comete a violência também pode ser Caso a pessoa que cometeu a
presa preventivamente, se houver ne- violência seja condenada, a pena apli-
cessidade. cada será correspondente ao crime
cometido, de acordo com o previsto
A lei garante a inclusão da mu- no Código Penal. O juiz pode obrigar a
lher que sofre violência doméstica e pessoa que cometeu a agressão a fre-
familiar em programas de assistência quentar programas de reeducação.
25
Por que as Mulheres
permanecem muito tempo
numa relação VIOLENTA ?
ca ?
É fra
MUITAS MULHERES:

a r? • São ameaçadas e têm medo de serem mor-


an h tas ou sofrerem mais violência ao se separa-
e a p rem;
ta d
Gos • Dependem financeiramente do companheiro
e acham que não conseguem se manter e
aos filhos sozinhas;
OUTUBRO

• Têm vergonha dos amigos, filhos, parentes,


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27
S
6

vizinhos, quando estes souberem da violência;


NÃO É ISSO!
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S
5

• Sentem-se culpadas e sozinhas;


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Q
4

• Sofrem ameaças quanto à perda da guar-


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Q
3

da dos filhos e à propagação de mentiras


sobre elas, entre outras situações constran-
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T
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9

gedoras;
Nossa sociedade,
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1
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S

patriarcal e
2018

• Acreditam quando o agressor diz que não vai


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machista, reforça
D

mais bater nelas e que está arrependido.


estas questões.
26
Situações

viver sem violência!


Toda mulher tem o direito de
que as mulheres
PRECISAM SABER

27
NOVEMBRO
20 – Dia Nacional da Consciência Negra
25 – Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher
SE EU DENUNCIAR, ELE SERÁ
MESMO PRESO?

Depende. Em caso de flagrante, ou seja, se a


polícia chegar enquanto o agressor estiver come-
tendo a violência, ele pode ser preso. Além dis-
so, o juiz pode pedir a prisão preventiva se houver
necessidade e para garantir o cumprimento das
medidas protetivas de urgência. De qualquer for-
ma, essas prisões são temporárias. No final do pro-
cesso criminal, o agressor pode ser condenado à
prisão, mas, em alguns casos, ele pode cumprir
outras penas, em liberdade.
NOVEMBRO

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2018

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D

28
E COMIGO, O QUE VAI ACONTECER
NA DELEGACIA?

Em primeiro lugar, a autoridade policial registrará


seu relato na forma de um boletim de ocorrência
(BO). É importante que você dê todos os detalhes,
como o tipo de agressão, se ele faz ameaças, se
possui armas, se a violência também atinge as/os

06 – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo


03 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
filhas/os etc. Além disso, é bom indicar pessoas que

10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos


testemunharam essa agressão ou agressões ante-
riores. Se houver alguma lesão, ferimento ou he-

01 – Dia Mundial de Combate à Aids

Fim da Violência contra as Mulheres.


matoma, você será encaminhada para o Instituto

DEZEMBRO
Médico Legal para realizar um exame de corpo de
delito. A delegacia vai iniciar um inquérito policial
para apurar os fatos, ouvir testemunhas e reunir pro-
vas. Esta investigação será encaminhada ao promo-
tor de justiça. Se a mulher pedir uma medida proteti-
va na delegacia, a polícia deve encaminhar ao juiz
em até 48h, e o juiz também tem o prazo de até 48
horas para decidir se aplicará medidas protetivas de
urgência.
29
COM QUEM EU FALO PARA PEDIR UMA
MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA?

Para pedir a medida protetiva, a mulher não precisa


estar acompanhada de advogado/a. Além disso, ela
pode pedir a medida protetiva na delegacia, na pro-
motoria de justiça e também na defensoria pública. A
medida protetiva é muito importante para evitar que
o agressor cometa atos ainda mais violentos. Por isso
a denúncia e o BO são importantes.

MEU COMPANHEIRO ME AMEAÇA. SE EU


SAIR DE CASA, PERCO OS MEUS DIREITOS?
Não, a mulher não perde seus direitos. Se precisar sair
DEZEMBRO

de casa para evitar a violência, a mulher pode procu-


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29
S
1
8

rar a autoridade policial e pedir proteção, transporte


14
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28
S

para um lugar seguro e escolta para retirada dos


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27

pertences da casa. A lei diz que a mulher tem direi-


Q

to a assistência jurídica em todos os momentos. Ela


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Q

deve procurar advogado/a ou, caso não possa pa-


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T

gar, a Defensoria Pública do Estado ou um órgão que


preste esse serviço gratuitamente, para ser acompa-
10
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31
3
S

nhada no processo cível e/ou criminal.


2018

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2
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30
PARA ONDE VOU SE SÓ TENHO A
MINHA CASA?
Em algumas cidades do Brasil, existem serviços
de abrigamento, locais em que a mulher pode fi-
car por um tempo com seus filhos/as. Você pode

06 – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
se informar na delegacia da mulher ou nos cen-
tros de atendimento a mulheres de sua cidade
ou estado. Pode ainda ligar para o 180 e pedir
informações.

O AGRESSOR TEM DIREITO A VISITAR


MEUS FILHOS OU A FICAR COM
A GUARDA?

03 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos


Quando o juiz reconhece a situação de violên-
cia, dificilmente você perderá a guarda de filhas

01 – Dia Mundial de Combate à Aids


ou filhos. O direito às visitas será analisado em

DEZEMBRO
cada caso. Como é muito comum que a violên-
cia contra a mulher também atinja os filhos/as, é
importante que o juiz seja informado sobre essa
situação para que possa decidir.

31
ESCUTO PEDIDOS DE SOCORRO DE UMA
MULHER. POSSO CHAMAR A POLÍCIA?

Quando a agressão estiver ocorrendo, você pode


chamar a polícia ligando para o 190 e o agressor
pode até ser preso em flagrante. Sua iniciativa é
importante e pode incentivar a mulher a tomar
uma atitude para romper com a violência, uma
vez que se sente apoiada.

EM CASO DE DÚVIDA, LIGUE 180!


A Central de Atendimento à Mulher é um serviço
do Governo Federal gratuito, que funciona 24h
por dia, todos os dias do ano, e pode esclarecer
32 e orientar você sobre o que fazer.
Quem são os
MAIORES

Pais.
Filhos;
Noivos;
Maridos;

Ex-noivos;
Ex-maridos;
AGRESSORES

Namorados;
Ex-namorados;
nas violências domésticas
?

DEZEMBRO
01 – Dia Mundial de Combate à Aids
ser a agressora.
duas mulheres, a

03 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência


homoafetivas entre

companheira pode

06 – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
Também nas relações

10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos


Como posso AJUDAR?
Como faço para DENUNCIAR?
A DENÚNCIA DA VIOLÊNCIA

Pode ser feita, de preferência, na de-


legacia da mulher da sua cidade ou
na delegacia comum mais próxima.
Se for uma situação de emergência,
ligue para o 190 e peça apoio da po-
lícia. Neste último caso, seja bastante
enfática em relação à gravidade e à
urgência da situação.

Caso não queira procurar a polícia ou


esteja insegura se quer mesmo fazer
a denúncia policial, procure serviços
de orientação jurídica e/ou psicológi-
ca, como os Centros Especializados
de Atendimento à mulher ou de as-
sistência social. Ligue para o 180 e
verifique se há esses serviços em sua
cidade.
34
Em resumo, a Lei Maria da Penha...
Prevê medidas protetivas de:
AFASTAMENTO do agressor PROIBIÇÃO do agressor de
do lar ou sua prisão preventiva; frequentar determinados lugares;

SUSPENSÃO da posse ou PROIBIÇÃO de que o agressor


se aproxime da mulher e de seus
restrição de posse de arma pela
familiares, com limite mínimo de
pessoa que agrediu;
distância;

RESTRIÇÃO ou suspensão PROIBIÇÃO do contato com a


de visitas do agressor aos mulher e seus familiares, por
dependentes; qualquer meio de comunicação.

Determina que, no processo judicial:


O juiz poderá conceder, no prazo de 48h, O Juizado da Violência Doméstica e
medidas protetivas de urgência ou rever as Familiar contra a Mulher, terá competência
medidas já concedidas; para apreciar o crime e outros aspectos
jurídicos não criminais;
Nas varas criminais, deve-se dar preferên-
cia aos casos de violência doméstica; O juiz pode decretar ou revogar
a prisão preventiva.
O juizado deve notificar a mulher imediata-
mente sobre a saída do agressor da prisão; 35
Em resumo, a Lei Maria da Penha...
Determina que o processo policial:
Pode prender o agressor em Deve tomar medidas quando tiver conhecimento do
flagrante ou solicitar ao juiz a descumprimento da medida protetiva de urgência;
decretação da prisão preventiva;
Deve encaminhar a mulher ao hospital ou posto de
Deve garantir a proteção saúde e ao IML e, se necessário, acompanhá-la para
policial, quando necessário; retirada de seus pertences, quando for o caso; deve
fornecer transporte para a mulher e seus filhos para
Deve registrar o boletim de abrigo ou local seguro, se houver risco de vida.
ocorrência e instaurar o inquérito
policial (colher provas, ouvir o
agressor e testemunhas);

Deve enviar o inquérito policial


ao Ministério Público ao término
das investigações;

Pode requerer ao juiz que, em até


48h, sejam concedidas medidas
protetivas de urgência (suspensão
do porte de armas do agressor,
afastamento do lar, distanciamento
da vítima, entre outras medidas);
36
Em resumo, a Lei Maria da Penha...
Determina que o Ministério Público:
PODE PEDIR a concessão ou a revisão
de medida protetiva de urgência ao
Judiciário e pode pedir a decretação Determina que
da prisão preventiva; a Defensoria Pública:
PODE PEDIR força policial e serviços
necessários para a mulher; Deve acompanhar a
mulher na fase policial e
DEVE FISCALIZAR os estabelecimentos de judicial, em todos
atendimento à mulher; os atos processuais;

DEVE FISCALIZAR a atividade policial; Deve prestar orientação


jurídica à mulher.
PODE OFERECER denúncia na maioria dos
casos de violência contra a mulher, in-
dependentemente de seu consentimen-
to, pois houve a prática de um crime e
isso é um problema de Estado. A LEI MARIA DA PENHA
É UMA CONQUISTA
DAS MULHERES
37
RESPOSTAS

#MinasSEMmachismo
#GeraisportodasasMINAS
#MinascontraoFEMINICÍDIO
38
Direitos reservados. ©2017 a 2022 Ilustrações: Cláudia Jussan, licenciadas para uso exclusivo nesta cartilha. Produção editorial: mundoaflora edições
A noite não adormece nos olhos das mulheres
Conceição Evaristo

“A noite não adormece


nos olhos das mulheres;
há mais olhos que sono
onde lágrimas suspensas
virgulam o lapso
de nossas molhadas
lembranças”.

ONDE BUSCAR AJUDA: Hospitais de Referência


Centros de Referência e Assistência social - CRAS
Centros de Referência Especializados em Assistência Social - CREAS
Centros de Referência Especializados em Atendimento à Mulher. - CREAM
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher - DEAM
Núcleos de Defensorias Públicas da Mulher – NUDEM
Varas da Violência Doméstica
Juizados Especializados de Atendimento à Mulher
SECRETARIA DE ESTADO DE DIREITOS HUMANOS,
PARTICIPAÇÃO SOCIAL E CIDADANIA
SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
Telefone: 31 3916-8006
spmulheres@direitoshumanos.mg.gov.br
www.direitoshumanos.mg.gov.br

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