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POLÍTICAS PÚBLICAS DE INFORMAÇÃO E

artigo de revisão
BIBLIOTECAS ESCOLARES:
panorama brasileiro

Barbara Coelho Neves*


Niliane Cunha Aguiar**

RESUMO O estudo apresenta um levantamento das políticas públicas


de informação no Brasil que ofereceram contribuições para a
área da Biblioteconomia Escolar. Por meio de levantamento
bibliográfico e observação sistemática, propõe reflexões sobre * Doutora em Educação pela Universi-
os aspectos teóricos que abrangem os conceitos relacionados dade Federal da Bahia, Brasil. Professora
do Instituto de Ciência da Informação da
às políticas públicas de informação e destaca o panorama das Universidade Federal de Sergipe, Brasil.
políticas públicas de informação brasileiras que se encontram Pesquisadora Líder do Laboratório de
pesquisas em Tecnologias Informacionais
em processo de desenvolvimento. Propõe o exame dos e Inclusão Sociodigital – LTI.
interessados pelas temáticas políticas públicas de informação E-mail: babi.coelho7@gmail.com.
e Biblioteconomia Escolar acerca da necessária mobilização ** Mestre em Ciência da Informação
destes, tanto para a promoção e desenvolvimento de tais pela Universidade Federal de Pernam-
políticas, quanto para a reinvindicação da plena execução em buco, Brasil. Professora do Instituto de
Ciência da Informação da Universidade
benefício da sociedade. Federal de Sergipe, Brasil. Doutoranda
no Programa de Pós-Graduação em
Ci~encia da Informação da Universi-
Palavras-chave: Políticas públicas. Política de Informação - Brasil. Bibliotecas dade Federal de Minas Gerais, Brasil.
Escolares. E-mail: nilianeaguiar@gmail.com.

1 INTRODUÇÃO nas atuais formas e ambientes de comunicar os


conhecimentos.
Contudo, como explica Baptista, Noronha

P
ara levantar uma reflexão sobre a e Cruz (2013), para que isso aconteça, não
implementação de políticas públicas que basta assegurar materiais, tempos e espaços
possam atender a demanda da sociedade destinados à leitura, nem é suficiente, tampouco,
da informação, especialmente no que diz respeito a constituição de um acervo literário apropriado.
às bibliotecas escolares, é preciso compreender Todos esses elementos são importantes, mas
que tal questão não está relacionada apenas é primordial que, durante a educação básica,
à emergência de novas formas de produzir, também seja iniciado o trabalho sistemático de
distribuir e receber signos, mas é, sobretudo, um letramento literário e informacional.
novo modo de nos definir, de ser, de estar e de As políticas públicas de informação podem
nos relacionarmos com o mundo, como explicam ser consideradas instrumentos de democratização
Perrotti e Pieruccini (2013). do acesso à informação e ao conhecimento e
O contexto atual da sociedade demanda ainda uma forma de legitimar a importância da
dos profissionais competências, habilidades e biblioteca escolar para a construção dos rumos
atitudes, para se relacionar como também para as que essa sociedade, marcada pela produção,
atividades que envolvem ensino-aprendizagem acesso e disseminação da informação, trilhará.
e laborais. O profissional bibliotecário precisa Desse modo, dentre as definições de política
estar atento a tais demandas e se familiarizar pública de informação apresentadas neste texto,
com as novas competências para operacionalizar, utiliza-se como perspectiva o entendimento
informar e participar como um dos elos essenciais de Braman (2011), considerando que a política

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de informação envolve aspectos relacionados Conforme Viana (2014), o termo política


ao acesso à informação governamental, a no idioma português, comporta as três acepções,
propaganda, a leis e regulação que convergem o que por vezes pode dificultar a compreensão
em toda a sociedade, nos processos da criação de da terminologia, dado o entrelaçamento de
informação, processamento, fluxos, acesso e uso. suas dimensões conceituais. Compreendendo,
portanto, a existência dessas dimensões:
estrutural (sistema político), processual
2 MÉTODO (processos políticos) e material (programas),
pode-se dizer que é nessa última abordagem que
Para elaboração deste artigo de revisão se encontram as análises a respeito das políticas
de literatura utilizou-se como abordagem a públicas.
perspectiva qualitativa, o método foi descritivo, De acordo com Souza (2006), não existe
a metodologia bibliográfica, com observação uma única, nem melhor, definição sobre o que
sistemática. seja política pública, assim, pode-se destacar
De acordo com a seleção de métodos como referência central para a análise desse
aplicáveis aos trabalhos contextualizados na Ciência trabalho, a síntese feita por Secchi (2010, p.1), que
da Informação (MUELLER, 2007), as técnicas de assim a define: política pública é uma diretriz
pesquisa para a coleta de dados utilizadas nesta elaborada para enfrentar um problema público.
comunicação engendram-se no referencial teórico Outras definições também são
políticas públicas de informação. Como explanado apresentadas por Souza (2006): a de Mead (1995),
anteriormente, a revisão da literatura contribuiu que a entende como um campo de estudo da
para uma compreensão acurada do tema no política que analisa o governo à luz das grandes
contexto da biblioteca escolar, assim como para questões públicas; a de Lynn (1980), que a define
delimitar os contornos epistemológicos assumidos. como um conjunto de ações governamentais
O arcabouço teórico se constitui elemento essencial que produzem efeitos específicos; já para Peters
para desenvolver as reflexões em torno desta (1986), é a soma das atividades dos governos
problemática. que agem diretamente ou através de delegação
e que influenciam a vida dos cidadãos e por fim
3 POLÍTICAS PÚBLICAS DE Dye (1984), que sintetiza a definição de política
pública como “o que o governo escolhe fazer ou
INFORMAÇÃO não fazer”. No Brasil, a expressão política pública
começa a ser discutida a partir da década de
A ciência política apresenta três 1970, substituindo, de certa forma, o espaço antes
abordagens de acordo com Frey (2000): em ocupado pela expressão “planejamento estatal”
primeiro lugar, o questionamento clássico se (FERREIRA, 2006 apud NEVES, 2010).
refere ao sistema político e seu papel no Estado Howlett, Ramesh e Perl (2013, p. 6), por
(polity); em segundo lugar, está o questionamento sua vez, afirmam que a política pública “[...] é
político que se refere à análise das forças políticas um processo técnico-político que visa definir
no processo decisório (politics) e por fim, estão e compatibilizar objetivos e meios entre atores
as investigações voltadas para os resultados que sociais sujeitos a restrições”. Enquanto Jekins
um dado sistema político vem produzindo, cujo (1978), citado também por Howlett, Ramesh e
interesse primordial consiste na avaliação das Perl (2013, p. 8), define política pública como
contribuições que certas estratégias escolhidas
podem trazer para a solução de problemas
específicos (policy). [...] um conjunto de decisões inter-
relacionadas, tomadas por um ator ou
Política se define como sistema de regras grupo de atores políticos, e que dizem
que envolvem o Estado e a (res) pública ou coisa respeito à seleção de objetivos e dos
pública. É a esfera de atividades humanas que meios necessários para alcançá-los,
se referem de algum modo às coisas do Estado. dentro de uma situação específica em
(NEVES, 2017). Nesse contexto, trata-se de uma que o alvo dessas decisões estaria, em
princípio, ao alcance desses atores.
atividade, uma práxis, que envolve o poder do (JEKINS 1978 apud HOWELETT;
homem sobre outro homem. RAMESH, PERL 2013, p.8)

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Políticas públicas de informação e bibliotecas escolares

Os atores das políticas públicas, isto É importante ressaltar, que existe uma
é, os sujeitos que influenciam a elaboração e diferença entre políticas públicas de Estado
implementação dessas políticas, de acordo e políticas de governo: as políticas de Estado
com Secchi (2010), são os indivíduos, tratam de políticas mais permanentes, que
grupos ou organizações que desempenham ultrapassam o período de um governo. Em
um papel na arena política, tais como os contraposição, as políticas de governo tendem a
políticos, as empresas e as organizações não ser passageiras, sendo vigentes apenas durante o
governamentais. mandato de seus idealizadores.
Dessa forma, resumidamente, é possível Outra questão que merece destaque é a
dizer que as políticas públicas podem ser vistas compreensão de que as políticas públicas são
como um comportamento orientado para o desenvolvidas através de: planos, programas,
alcance de objetivos específicos que resultam em projetos, ações e atividades.
decisões tomadas pelo governo.
Por esse motivo, ainda de acordo com
Quadro 1: Formas de apresentação das políticas
Secchi (2010), foi desenvolvido um processo que
públicas
organiza a vida de uma política pública em fases
sequenciais e interdependentes, denominado POLÍTICAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO
“ciclo de políticas públicas” e sob tal concepção PÚBLICAS
do ciclo de políticas, a política pública é vista PLANO O plano de acordo com Majone
como “[...] resultante de uma série de atividades e Wildavsky (1984) pode ser
políticas que, agrupadas, formam o processo entendido como um conjunto
de disposições que pretendem
político”, explica Rua (2012, p.35).
funcionar como ponto de partida
Para Secchi (2010) o ciclo de políticas para o processo de experimentação,
públicas possui sete fases principais: a) auxiliando a procura pela estratégia
identificação do problema; b)formação da que melhor se adaptará às
agenda; c) formulação de alternativas; d) tomada circunstâncias particulares.
de decisão; e) implementação; f) avaliação; g) PROGRAMA O programa é um conjunto de
extinção. atividades “organizadas para serem
Rua e Romani (2013) distinguem as realizadas dentro de cronograma e
políticas públicas de acordo com as suas orçamento específicos disponíveis
características setoriais, que abrangem dinâmicas para a implementação de políticas,
e agendas próprias para cada área e desse modo ou para a criação de condições
as classifica em: que permitam o alcance de metas
políticas desejáveis” (ALA-HARJA;
a) políticas sociais: destinadas a promoção
HELGASON, 2000, p.8).
do exercício de direitos sociais, como
educação, habitação, etc.; PROJETO O projeto por sua vez, conforme
Garcia (1997), é um instrumento
b) políticas econômicas: objetivam gerir a
de planejamento para alcançar
economia interna e promover a inserção os objetivos de um programa,
do país na economia externa. ex. política que envolvem um conjunto de
monetária e cambial; operações, limitadas no tempo,
c) políticas de infraestrutura: procuram das quais, pretende-se alcançar um
assegurar as condições para a produto final que visa expandir e
implementação e a execução das políticas aperfeiçoar as ações do governo.
econômicas e sociais: ex. política de E “quando essas operações se
transporte, mineração, saneamento básico, realizam de modo contínuo ou
permanente, são denominadas de
etc.
atividades” (GARCIA, 1997, p. 6).
d) políticas de estado: visam garantir o
exercício da cidadania, a ordem interna Por fim, as ações, visam o alcance de
AÇÕES determinado objetivo estabelecido
do estado, a defesa externa e todas as
pelo programa, e a atividade,
condições necessárias à soberania nacional. conforme, explica Pereira (2014) é o
ex. política de direitos humanos, segurança que dá concretude à ação.
pública, meio ambiente, etc. Fonte: Elaboração própria (2017).

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O entendimento dos conceitos de política transformações pelas quais essa sociedade passa,
pública pode, portanto, conforme explica Silva devido ao avanço tecnológico, também afetem as
(2004), favorecer a percepção do problema políticas públicas e novas estratégias tornam-se
para o qual a mesma foi estabelecida, de seus indispensáveis para orientar ações afirmativas no
possíveis conflitos, da trajetória a ser seguida e âmbito da informação.
principalmente do papel dos indivíduos, grupos A definição clássica restrita a política
e instituições que estão envolvidos na decisão e de informação envolve aspectos relacionados
que certamente serão afetados por ela. ao acesso à informação governamental, a
Desse modo, voltando-se para a questão propaganda, a leis e regulação. Segundo
informacional, é possível basear-se na ideia Braman (2011, tradução livre), o primeiro uso da
de Wersig e Neveling (1975, p.11) quando expressão ‘política de informação’, por parte dos
abordam os fenômenos de interesse para a governos, se refere aos esforços de propaganda
Ciência da Informação, ressaltam o problema de durante a Primeira Guerra Mundial.
transferência do conhecimento para aqueles que A política de informação emerge como
dele necessitam. Para os autores, isso é “[...] uma tema e domínio relativamente autônomo, em
responsabilidade social e esta responsabilidade nível nacional e internacional, no cenário do
social parece ser o motivo real da ciência da pós-guerra, associada às políticas de ciência e
informação”. tecnologia, de acordo com Gonzáles de Gomez
É possível acreditar, portanto, que é a (2002). Historicamente, no Brasil, o tema política
partir de tal responsabilidade, que as políticas de informação está ligado à Ciência e Tecnologia,
públicas de informação podem se sustentar, sendo o Instituto Brasileiro de Informação
preparando o Estado para as necessidades e em Ciência e Tecnologia (IBICT), o principal
demandas da sociedade da informação. catalizador de ações e práticas voltadas para esse
Neste contexto, as políticas públicas contexto, explica Neves (2016).
de informação podem ser consideradas ainda No Brasil, de acordo com Schwarzelmuller,
como uma decisão governamental, cuja Gesteira e Bulcão (2004), os anos 1950 marcam
responsabilidade está na regulação de todas o surgimento das primeiras políticas de
as atividades e direitos do setor informacional informação que focavam o crescimento científico
conforme explicam Schwarzelmuller, Gesteira e e tecnológico. Na década de 1980, na América
Bulcão (2004). Latina, uma nova geração de políticos chega
O regime de informação é um dos aspectos ao poder – Menen na Argentina, Salinas no
relevantes, geralmente destacado nos estudos México, José Sarney no Brasil, dentre outros – e
de política de informação, e que envolve o assim há uma revisão da estratégia econômica
âmbito governamental. Tal regime mantém e das políticas de informação e comunicação,
o domínio que reúne governo, governança e conferindo novos rumos dessas políticas com as
governabilidade, como destaca Braman (2006): relações sociais e entre Estado e sociedade, relata
• Governo: instituições formais, regras, Neves (2010).
normas, práticas e histórias de entidades Atualmente, segundo Schwarzelmuller,
geopolíticas; Gesteira e Bulcão (2004), as propostas de
• Governança: instituições formais e implementação de políticas públicas de
informais, regras, acordos e práticas (ações informação brasileiras carecem de articulação
e comportamentos) de atores estatais e entre as esferas cultural, educacional e de
não-estatais com efeito constitutivo na comunicação que se entrelaçam com as relações
sociedade; socioeconômicas, e por esse motivo devem ser
• Governabilidade: contexto social e flexíveis o bastante para permitir a participação
cultural no qual modelos de governança dos mais diversos setores da sociedade brasileira.
emergem e são sustentados. Nesse contexto, as iniciativas não devem
partir unicamente do Estado, mas também da
Se em conformidade com a afirmação atuação da sociedade civil em torno de suas
de Castells (2000), a sociedade da informação necessidades para viabilizar a elaboração e a
é uma sociedade em rede e, portanto, plural prática de políticas de informação que promovam
nas suas formas de poder, é admissível que as seu desenvolvimento científico, cultural e social.

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Políticas públicas de informação e bibliotecas escolares

A partir desse entendimento, e em concordância Porém, como explica Viana (2014), a


com Silva (1991, p.12) entende-se que as políticas biblioteca escolar ainda pode ser considerada um
públicas que privilegiam a importância da problema público, visto que se no século XIX,
informação, contribuem “[...] para a melhoria do resumia-se a um acervo de materiais para leitura,
nível educacional, cultural e político, elementos em pleno século XXI ainda é visualizada de modo
básicos para o exercício pleno da cidadania”. semelhante nos textos legislativos que ressaltam a
A esse respeito, num contexto geral, de disponibilidade de seus recursos informacionais,
acordo com Schwarzelmuller, Gesteira e Bulcão como se tal fornecimento caracterizasse por si só
(2004) nos últimos anos é possível destacar no uma biblioteca escolar.
Brasil, algumas importantes medidas: criação As bibliotecas escolares, tais como são
do Programa Nacional de Incentivo à Leitura - conhecidas hoje, são relativamente recentes na
Proler (1992); Programa Sociedade da Informação história brasileira. De acordo com Silva (2011),
(2000); criação da Política Nacional do Livro somente a partir de 1870 as escolas particulares
(2003) e a criação do programa Fome de Livro passaram o desenvolver acervos gerais e
(2004). não mais especificamente religiosos como as
bibliotecas dos colégios católicos, passando
a oferecer materiais científicos e materiais de
4 POLÍTICAS PÚBLICAS variadas denominações religiosas, tornando a
DE INFORMAÇÃO PARA biblioteca escolar um espaço de aprendizagem
mais democrático.
BIBLIOTECAS ESCOLARES
Apesar da constituição de 1824 garantir
que a educação seria um direito de todos
Inserida neste contexto informacional e (BRASIL, 1824), foi somente nos anos de 1930
social, a biblioteca escolar, também necessita que o Governo Federal Varguista através do
da atuação das políticas públicas para o Ministério da Educação comandado por Gustavo
desenvolvimento de suas atividades, pois Capanema, iniciou a apresentação de alguns
“[...] somente o estado pode assegurar a marcos legislativos salutares para o desenho da
universalização dos direitos à cultura e à biblioteca nas gestões públicas, explica Oliveira
informação para a população [...]” e por esse (2013).
motivo, as políticas públicas devem propiciar Contudo, algumas iniciativas isoladas
ao cidadão uma melhoria de vida na área foram realizadas principalmente no Distrito
educacional, social e cultural, promovendo a Federal e também no Rio de Janeiro, que pelo
transformação da realidade do povo (FURTADO, Decreto 2940, de 29 de novembro de 1928,
2011, p. 2). determinava que todas as escolas do Rio de
Desse modo, e para a mesma autora, as Janeiro deveriam possuir duas bibliotecas, uma
políticas públicas instituem oportunidades dos para alunos e outras para os professores. Este
diversos grupos excluídos socialmente exercerem decreto ainda estipulou o cargo de bibliotecário,
a sua cidadania e serem favorecidos por ações que seria o responsável pela conservação dos
democráticas e libertadoras capazes de valorizar livros, organização do catálogo, elaboração de
esses indivíduos, proporcionando a igualdade de relatórios sobre a movimentação da biblioteca
acesso aos meios e bens culturais. e atendimento aos professores e alunos, relata
Sobre a intenção de participação da Vidal (2000 apud ALONSO, 2007).
sociedade no contexto das políticas públicas, Silva (2011) também destaca o estado de
Cunha (2006, p. 2) aborda que os resultados Santa Catarina nas décadas de 1940 a 1950 como
do processo de transição política a partir da referência para a instituição de procedimentos
saturação do regime militar instalado em 1964 legais e pedagógicos para a instalação de
no Brasil têm colocado os conceitos de “[…] bibliotecas, mostrando que a Secretaria da
democracia e descentralização no centro das Educação e Saúde de Santa Catarina já em 1943
discussões políticas e acadêmicas, ratificando- estabelecia critérios para as coleções de suas
os como valores necessários à cristalização bibliotecas escolares.
dos ideais de participação da sociedade na Com a criação de um Plano Nacional
formulação e execução das políticas públicas”. de Educação, a obrigatoriedade e gratuidade

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Barbara Coelho Neves e Niliane Cunha Aguiar

do ensino básico, a regulamentação do ensino coordenar as ações referentes à produção, edição


primário, secundário e o ensino da língua e distribuição do livro didático.
portuguesa, a leitura passa a ser escolarizada Em 1968 foi criada a Fundação Nacional
de modo mais formal e surgem programas para do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), que segundo
a distribuição de livros pelo Instituto Nacional Perrotti (1990) visava promover o livro, a leitura
do Livro (INL), e a Constituição Federal de 1934 e a literatura infantojuvenil. A trajetória da
apresenta um capítulo exclusivo para a educação, FNLIJ, segundo o autor, foi marcada por um
conforme explicam Oliveira e Adrião (2007). reconhecimento internacional no ano de 1984, ao
Tal manifesto repercute com a inserção receber uma menção honrosa do prêmio Iraque
do artigo 150 da Constituição Federal de 1934, de alfabetização, realizado pela Organização das
indicando a necessidade de estabelecer um plano Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
de educação para todos os níveis e em todos os (UNESCO).
estados do país. Cria-se, assim, um primeiro De acordo com Campello (2003), a
documento nomeado como Plano Nacional promulgação da Lei 5692 de 11 de agosto de
de Educação (PNE), reformulado em 1965, 1971, que modificou a LDB de 1961 e fixou as
estabelecendo, às esferas estaduais e municipais, diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus,
direcionamentos para a educação brasileira, entusiasmou os bibliotecários com as novas
conforme explica Oliveira (2013). possibilidades de ação, que se apressavam
Desse modo, de acordo com Silva (2011, na tentativa de reforçar o fato de que a nova
p.497), observa-se no período de 1930 até a concepção de aprendizagem não poderia ignorar
década de 1980, a falta de uma “[...] política a contribuição da biblioteca. Porém, o avanço
nacional específica para bibliotecas” e assim, em não foi como esperado, pois na contramão dessa
1944, Lourenço Filho pertencente ao movimento expectativa, devido à questão política brasileira,
da Escola Nova, iniciado em 1932, manifesta o de acordo com Alonso (2007, p.45), foi deliberado
seu entendimento sobre o papel da biblioteca o decreto Lei 1.070 de 06 de janeiro de 1971,
escolar no processo educativo e afirma que “[...] determinando que a leitura, acesso e o acervo
uma escola sem biblioteca é um instrumento de bibliotecas deveriam ficar a disposição da
imperfeito.” (LOURENÇO FILHO, 1944, p.4 Polícia Federal que analisaria a existência de
citado por ALONSO, 2007). materiais que pudessem ofender a moral e os
A primeira Lei de Diretrizes e Bases bons costumes.
(LDB) brasileira data de 1961, estabelecida Sendo assim, somente com a reabertura
pela lei n. 4024 de 20 de dezembro de 1961 e democrática, marcada pelo Constituição de
surge na intenção de descentralizar o ensino, 1988, a educação volta a apresentar um discurso
atribuindo responsabilidades e colaborações mais universalizante, marcado pelo caráter
entre os estados e municípios, explicam Haidar ideológico liberal, buscando atender à demanda
e Tanuri (2004). De acordo com as autoras, outra do mercado, explica Oliveira (2013).
lei que pode ser considerada importante para o Outro marco legislativo para a educação
segmento da biblioteca escolar, foi a Lei 4.084 brasileira se deu com a Lei 9.394/96 – Lei de
de junho de 1962, que regulamentou o exercício Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que
do profissional bibliotecário brasileiro, apesar subordinada a Constituição de 1988, estabeleceu
de ainda não garantir a exclusividade de sua de forma específica os rumos que ainda hoje
atuação nas bibliotecas escolares. estruturam a atual organização do sistema
Oliveira (2013) acrescenta, porém, que educacional brasileiro.
durante a ditadura militar iniciada no golpe Em seguida, no ano de 1997 estabelecem-
de 1964, as políticas de livro e leitura são se os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
diretamente impactadas pela censura do Estado que de acordo com Silva (2011), contemplam o
e desse modo a educação e, por consequência, discurso da biblioteca escolar como espaço de
as bibliotecas, sofrem uma forte repressão com estímulo à leitura e aprendizado.
tal mudança política. Ainda nesse período de No mesmo ano, destaca-se a criação do
censura, o Ministério da Educação (MEC) cria Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE),
em 1966 uma Comissão do Livro Técnico e cuja principal missão seria a distribuição de
Livro Didático (COLTED), com o objetivo de livros e não uma política mais ampla para a

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Políticas públicas de informação e bibliotecas escolares

biblioteca escolar, deixando que em muitas executivo pela criação anual de programas para
escolas tais livros fossem perdidos por falta de a manutenção e atualização do acervo (BRASIL,
local e tratamento adequado, explica Garcez 2003).
(2007, p. 28). Cinco anos após a aprovação do Manifesto
Conforme mostra Pereira (2006), o da Biblioteca Escolar, a IFLA e a UNESCO
interesse de auxiliar os trabalhos das bibliotecas estabelecem as diretrizes para a biblioteca
escolares brasileiras, fez com que em 1998, o escolar, objetivando informar os tomadores de
Ministério da Educação e o Fundo Nacional de decisão e dar suporte à comunidade bibliotecária,
Desenvolvimento da Educação apresentassem auxiliando as escolas que se encontram em
dois manuais: o manual da biblioteca da escola e processo de implementação (IFLA; UNESCO,
o manual pedagógico da biblioteca da escola. 2005).
Também em 1998, outra lei oferece sua Buscando oferecer sua contribuição para
contribuição para a área da Biblioteconomia, e o panorama brasileiro, o Conselho Federal de
consequentemente para a biblioteca escolar: a Biblioteconomia, (CFB) junto aos Conselhos
Lei n° 9.674, de 26 de junho de 1998, que dispõe Regionais de Biblioteconomia (CRB), elaborou em
sobre o exercício da profissão de bibliotecário e 2008, um projeto mobilizador para sensibilizar a
determina outras providências (BRASIL, 1998). sociedade e os bibliotecários para a promoção da
Em 1999, a Federação Internacional de qualidade no ensino público através da criação e
Associações de Bibliotecários e Instituições implantação de uma rede de bibliotecas escolares,
(IFLA) e a UNESCO aprovaram o Manifesto dinâmica e eficaz (CFB; CRB, 2008).
da Biblioteca Escolar intitulado “A biblioteca Ainda em 2008, a redação do projeto de
escolar no ensino e aprendizagem para todos”, Lei 3044/2008 de autoria do deputado federal
que ofereceu grande contribuição para a reflexão Sandes Junior (BRASIL,2008), propõe a alteração
sobre as políticas públicas para bibliotecas da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei
escolares também no Brasil. de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
No entanto, a principal legislação referente para instituir a obrigatoriedade de criação e
à biblioteca escolar brasileira foi iniciada a partir manutenção de bibliotecas escolares em todas as
da publicação do Projeto de Lei 3549/2000 instituições públicas de ensino.
apresentado no dia 14 de setembro de 2000, que No entanto, o mesmo deputado, apresenta
pretendendo contribuir com a discussão sobre em 24 de abril 2012, o projeto de Lei 28/2012,
o ato da leitura, apresentou uma definição para no qual propõe a inserção de dois artigos (27-
biblioteca escolar, caracterizando-a como “[...] a e 27-b) na LDB que excluem as bibliotecas
a coleção de livros, materiais videográficos e escolares da rede particular de ensino e viabiliza
documentos congêneres para estudo, consulta para o empregador a possibilidade de contratar
e leitura recreativa, considerando como acervo um bibliotecário para atuar em mais de uma
mínimo quatro livros por aluno matriculado” biblioteca sem definir o número máximo de
(BRASIL, 2000). estabelecimentos que um profissional poderá
Em 2001 a Lei Federal 10172 de 09 de atuar, causando um descontentamento na classe
janeiro, aprovou o Plano Nacional de Educação bibliotecária (BRASIL, 2012). O projeto ainda está
(PNE), um plano de estado e não de governo, em tramitação, e encontra-se em fase de análise
com duração de dez anos (2001 a 2010), que na Comissão de Educação, Cultura e Esporte
apesar de não mencionar especificamente o (Secretaria de Apoio à Comissão de Educação,
papel da biblioteca escolar, objetiva a elevação Cultura e Esporte), tendo sido analisado pela
do nível de escolaridade da população; melhoria última vez em 12 de março de 2015, de acordo
da qualidade da educação; democratização com o site do Senado Federal.
educacional, em termos sociais e regionais e a De acordo com Oliveira (2013), em 20
democratização da gestão do ensino público de dezembro de 2010 ocorre a apresentação do
(BRASIL, 2001). Projeto de Lei 8035/2010, que aprova o Plano
Em 2003, a Lei 10.753 de 30 de outubro, Nacional de Educação (PNE) para o decênio
institui a política nacional do livro - PNL, 2011-2020, sendo composto, composto de 10
mencionando a biblioteca escolar em seu diretrizes e 20 metas, ele demonstrou força
terceiro capítulo e responsabilizando o poder de lei e utilizou os indicadores do índice de

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Barbara Coelho Neves e Niliane Cunha Aguiar

desenvolvimento da educação básica (IDEB) ofereceu uma publicação com os padrões para
para o estabelecimento de metas através dos criação e avaliação de bibliotecas escolares,
números do índice. Este projeto de lei depois da que posteriormente se tornou uma resolução
tramitação levou a aprovação do PNE em 2014 do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB,
através da Lei 13.005 de 25 de junho. Esse aspecto 2011) 119 de 15 de julho de 2011, estabelecendo
será tratado com mais detalhe mais a diante neste os Parâmetros para as Bibliotecas Escolares
texto, visando apontar se este PNE trata das brasileiras sendo publicada no Diário Oficial da
bibliotecas escolares dentre suas estratégias. União de 18/07/2011, nas páginas 193 e 194.
Também em 2010, especificamente no Por esse motivo não se pode estacionar
dia 25 de maio, a mesa diretora da Câmara nas dificuldades existentes, mas ao contrário,
dos Deputados publicou no Diário Oficial da precisamos destacar os casos de sucesso que
União a Lei ordinária 12.244/2010, que dispõe podem ser observados na Rede Escolar de
sobre a universalização das bibliotecas nas Bibliotecas Interativas da cidade de São Bernardo
instituições de ensino no país (BRASIL, 2010), do Campo (VIANA, 2014), que apresentou
contando com quatro artigos e um parágrafo resultados concretos e inovadores de gestão e
único, “construídos em nove anos e oito meses organização, alcançando a admiração de alunos,
de tramitação, desde a sua publicação como pais e da comunidade em geral; no Sistema
PL359/2000”, ressalta Oliveira (2013, p. 81). Estadual de Bibliotecas de Goiás (FIALHO et al,
No primeiro artigo da lei ficou 2013) que administra de modo eficiente todas as
esclarecido que, as instituições de ensino regidas bibliotecas escolares do Estado de Goiás e que
pela lei, pertencem à educação básica, visto que por meio de audiência pública inseriu o conceito
na LDB fica expresso que a educação superior é de biblioteca escolar na Resolução n. 05, de 10 de
ministrada em instituições de ensino superior. No junho de 2011 do Conselho Estadual de Educação
segundo artigo da lei, apresenta-se a definição de e no Sistema Estadual de Bibliotecas escolares
biblioteca e determina a quantidade de um título do Rio Grande do Sul (VIEIRA, 2012), que foi
para cada aluno da escola, proposto no parágrafo legitimado desde 1989 e até hoje se responsabiliza
único. pela integração, coordenação e fomentação do
Ainda no parágrafo único fica expressa a desenvolvimento dos serviços bibliotecários no
responsabilidade de desenvolvimento do acervo Estado do Rio Grande do Sul.
aos sistemas de ensino conforme a realidade Em 2014, a Lei 13.005 aprova o Plano
de cada um e dispõe orientações de guarda, Nacional de Educação, em de 25 de junho.
preservação, organização e funcionamento das Prevê a construção, planejamento e metas
bibliotecas. para implementação de políticas públicas
O texto do terceiro artigo apresenta a educacionais nacionais no período de vigência de
obrigação dos sistemas de ensino em desenvolver 10 anos (2014 a 2024). A previsão de avaliação do
a universalização das bibliotecas escolares no PNE, com relação as suas metas, ficou prevista
prazo máximo de 10 anos, respeitando a profissão para o quarto ano de sua vigência, ou seja em
do bibliotecário, conforme a regulamentação e 2017. Desse modo, no tocante a biblioteca escolar,
conselho competente e por fim, o quarto artigo destaca-se a Meta 16 do PNE, que visa:
decreta o vigor da lei a partir da data de sua
publicação (BRASIL, 2010). Garantir, em regime de colaboração
Além dessa lei específica, sabe-se que entre a União, os Estados, o Distrito
em todo país, há inúmeros esforços individuais Federal e os Municípios, no prazo de 1
(um) ano de vigência deste PNE, política
e coletivos, por meio de instituições, sindicatos nacional de formação dos profissionais
e associações, que compreendem a importância da educação de que tratam os incisos
da biblioteca escolar no processo de ensino I, II e III do caput do art. 61 da Lei no
e aprendizagem. Dentre os quais se pode 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
destacar no Brasil, o trabalho desenvolvido pelo assegurado que todos os professores
e as professoras da educação básica
Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar, como possuam formação específica de nível
explica Campello (2010). Pertencente à Escola superior, obtida em curso de licenciatura
de Ciência da Informação da Universidade na área de conhecimento em que atuam
Federal de Minas Gerais (UFMG), esse Grupo (BRASIL, 2016).

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Políticas públicas de informação e bibliotecas escolares

Para tanto, a estratégia da meta 16 previsão de formação, dentre outros, também o


pretende implantar, no prazo de 1 (um) ano de envolvimento do Programa Nacional Biblioteca
vigência desta Lei, política nacional de formação da Escola (PNBE).
continuada para os (as) profissionais da educação Também percebe-se o envolvimento e
de outros segmentos que não os do magistério, importância da biblioteca escolar, em estratégias
construída em regime de colaboração entre das metas 6, 7, 16 e 19, conforme detalhado por
os entes federados. Neste ponto inclui como Silva e Cunha (2016) no quadro 2.

Quadro 2: Biblioteca escolar no PNE 2016

Fonte: Silva e Cunha (2016).

É possível perceber que a referencias representa um dos maiores avanços, no sentido


às bibliotecas escolares aparece nas metas e do Estado se posicionar frente ao Manifesto
estratégias do PNE de forma indireta. da IFLA/UNESCO para biblioteca escolar.
De acordo com Silva e Cunha (2016), outra Porém, os autores ainda ressaltam que cabe
estratégia instituída pelo PNE para o alcance à comunidade escolar, aos professores, aos
da décima sexta meta, é necessário fomentar bibliotecários, reivindicar a aplicação desta lei, de
a capacitação de professores e professoras em forma a impedir que seja esquecida e suprimida
atividades do Plano Nacional do Livro e da Leitura por outros interesses.
(PNLL). Tais iniciativas estão contribuindo para Agora a biblioteca escolar subsidiada
efetivar o papel das bibliotecas escolares e para pelas leis e projetos apresentados, encontra
valorizar sua importância no contexto brasileiro. novas motivações para avançar, e os próximos
passos provavelmente serão voltados a criação
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS de sistemas estaduais e municipais de bibliotecas
escolares, a exemplo do Rio Grande do Sul que já
Diante do exposto, é possível concordar está amparado pela Lei 8.744 de 9 de novembro
com Castro Filho e Coppola Júnior (2012, p.39) de 1988 e do Rio de janeiro pelo Projeto de
quando acreditam que a Lei n.º 12.244/2010 Lei nº 903/2015.

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Barbara Coelho Neves e Niliane Cunha Aguiar

O que se espera é desenvolver a biblioteca d) e do Projeto de Lei do deputado Flávio


escolar para que alcancem patamar daquilo que Serafini (PSOL/RJ), 597/2015 que institui
Perrotti e Pieruccinni (2008) entendem como o sistema estadual de bibliotecas escolares
biblioteca escolar: uma unidade de informação do estado do Rio de Janeiro (SEBE - RJ).
de estabelecimento de ensino, que tem em
vista a contribuição para a melhoria do ensino A expectativa é mesmo, que tais discussões,
público e da apropriação cultural, por meio do associadas à efetivação da Lei 13.005-2014, que
desenvolvimento de novos conceitos de serviços institui Plano Nacional de Educação, com metas
de informação em educação, entendendo seus decenais, prossigam rumo ao desenvolvimento
usuários como protagonistas culturais. de bibliotecas escolares de excelência, capazes de
Sendo assim, é possível observar que, cumprir sua função educacional, social e cultural
mesmo sem a utilização específica do termo na sociedade contemporânea.
biblioteca escolar, a legislação brasileira Prevalece, portanto, a necessidade de re-
apresenta espaço para a atuação dessas unidades flexão sobre os melhores instrumentos a serem
de informação, nos rumos da Educação no utilizados para promover o avanço das políticas
Brasil, e diante dessa realidade, as discussões públicas de informação no Brasil e cabe a todos os
continuam: interessados, uma pausa para a avaliação e mo-
a) através do Projeto de Lei 3088/2012 de nitoramento das políticas existentes, entendendo
autoria do Senador Paulo Bauer (PSDB/ que o exercício de tal mensuração não resulta ape-
SC) que objetiva regular o programa nas de uma necessidade científica, mas objetiva
de seleção, aquisição e distribuição de dar significado à complexidade dos fenômenos.
material didático para a educação básica Desse modo, espera-se que as futuras políti-
do Programa Nacional do Livro Didático cas públicas de informação no Brasil sejam sustenta-
(PNLD); das pela demanda da atual sociedade, fortalecendo
b) do Projeto de Lei 5808/2013 de autoria do o letramento informacional que deve ser iniciado na
Deputado Federal Valadares Filho (PSB/ biblioteca escolar, abrangendo, além das questões
SE) que pretende regular a alocação de cognitivas e educacionais, outras questões como a
recursos para atualização de acervos das inclusão digital, conceitos de transferência de infor-
bibliotecas públicas nas esferas municipais, mação, acesso e domínio das tecnologias de informa-
estaduais, federais e do Distrito Federal, ção e comunicação (TIC), promoção da cidadania,
como também das unidades de informação apropriação e protagonismo cultural e competência
universitárias, escolares e as pertencentes a informacional. Tais questões, devem se aliar à cons-
organizações não governamentais; cientização por parte de todos os interessados pela
c) do Projeto de Lei do Senador Cristovam biblioteca escolar, mobilizando-os para exigir que se
Buarque, 28/2015 que pretende instituir a cumpra o papel que o estado possui de promovê-las
Política Nacional de Bibliotecas; por meio de políticas públicas.

Artigo recebido em 13/03/2017 e aceito para publicação em 10/11/2017

PUBLIC POLICY INFORMATION AND LIBRARIES SCHOOL:


Brazilian panorama

ABSTRACT The study presents a survey of public information policy in Brazil that offered contributions to the
field of school librarianship. Through literature and systematic observation, it proposes reflections
on the theoretical aspects covering concepts related to public policy information and highlights the
panorama of Brazilian public policy information that are under development. Proposes examination of
the thematic interested public policies of information and library science school about the necessary
mobilization of these, both for the promotion and development of such policies, as to the claims of full
implementation for the benefit of society.

Keywords: Public Policies. Information Policies - Brazil. School Library.

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Políticas públicas de informação e bibliotecas escolares

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