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ABSTRACT: The search for greater optimization of buildings process production, related
KEYWORDS: to simplification and reduction of lead times and reducing of waste, has intensified the
use of industrialized constructive systems in Brazil. Repeatedly it is seem the availability
Energy;
of sealing system in drywall in recent housing releases. By requirement of NBR 15575
CO2; (ABNT, 2013) it is necessary to evaluate the performance of constructive systems, both
Drywall; conventional as industrialized, considering, among others, sustainability requirements
Energy Consumption; under aspects of durability, maintainability and environmental suitability. Thus, the
industrialized systems as drywall must comply with the requirements and criteria set out
CO2 Emission. in that standard. In this context, the present study aimed to evaluate the energy
consumption and CO2 emissions of a vertical sealing system in drywall, type 140/90. The
methodology was based on quantification of embodied energy and CO 2 emissions,
through the energy life cycle assessment-LCEA and CO2 emissions-LCCO2A, respectively,
considering the steps of manufacturing, transportation and maintenance of the system.
This paper seeks to contribute to increase awareness of the use of rationalized
constructive systems and, especially, more environmentally sustainable.
* Contato com os autores:
1 e-mail: antoniosbjr@gmail.com ( A. S. Branco Jr. )
Engenheiro Civil, Mestrando, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília.
2 e-mail: juliasanttiago@gmail.com ( J. S. M. M. Lira )
Engenheira Civil, Doutoranda, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasíia.
3 e-mail: rmsposto@unb.br ( R. M. Sposto)
Engenheira Civil, Doutora, Professora permanente do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília.
descargas ambientais (saídas), inclusive emissões somatório das energias consumidas nas etapas de
de CO2 e resíduos da construção durante as extração, manufatura, construção, operação,
diferentes fases do ciclo (ATMACA et al., 2015; demolição, reciclagem e disposição final dos
PEDROSO, 2015). materiais. Já Tavares (2006) esclarece que a ACVE
A NBR ISO 14040 (ABNT, 2009) apresenta prioriza o inventário de dados de consumo
esta metodologia, indicando as etapas que devem energético, diretos e indiretos. Além disso, por ter
ser executadas, a partir de um objetivo e escopo. uma estrutura mais simples do que uma ACV
Considerando que os produtos ou completa, demanda menos custos e tempo na sua
processos avaliados possuem uma função, é execução.
definida uma unidade funcional para os mesmos, Uma ACVE é uma forma simplificada,
bem como limites ou fronteiras para o estudo; a porém significativa, para a condução de uma
seguir, procede-se ao levantamento do inventário análise de impactos ambientais. Baseada na ACV
das entradas e saídas do sistema de produto ou preconizada na norma ISO 14040, esta análise
processo. Por fim, estes dados são transformados prioriza o inventário de dados de consumo
em impactos (mais globais), os quais são energético, diretos e indiretos. Além disso, por ter
analisados, podendo ser transformados em perfis uma estrutura mais simples do que uma ACV
ambientais; por fim, avalia-se a qualidade final dos completa, demanda menos custos e tempo na sua
dados obtidos para o estudo. execução (TAVARES, 2006).
A aplicação de uma ACV completa leva Para a ACVCO2 faz-se necessária a
em consideração todas as etapas envolvidas ao quantificação e a avaliação das emissões de CO2
longo da vida de determinado material, desde a geradas nas principais etapas ao longo do ciclo de
extração da matéria-prima até a disposição final vida de um produto ou processo.
do produto, o que dificulta sobremaneira a De acordo com Chau et al. (2015), a
determinação acurada dos valores envolvidos. ACVCO2 considera toda a emissão de carbono de
Nesse sentido, algumas pesquisas têm utilizado um produto em diferentes fases do seu ciclo de
recortes tanto das fases envolvidas ao longo do vida. A quantidade de emissões de carbono pode
ciclo de vida como dos impactos ambientais ser representada como a soma das emissões
gerados ao longo dessas fases. De forma devido à extração, manufatura, construção,
recorrente tem-se buscado avaliar a energia operação, demolição, reciclagem e disposição
incorporada nos produtos e as respectivas final. Ainda segundo esse autor, as emissões de
emissões de CO2 por meio das avaliações do tipo carbono incluem não só as emissões de carbono
ACVE e ACVO2. fóssil, mas também as emissões de carbono
Com relação as etapas envolvidas ao produzidas como resultado de reações químicas
longo do ciclo de vida das edificações, Caldas inerentes ao processo de produção industrial.
(2016) as elenca como pré-uso, uso e pós-uso,
bem como as respectivas energias envolvidas em 3. METODOLOGIA DA PESQUISA
cada uma, quais sejam: Energia Incorporada Inicial,
Energia de Operação, Energia Incorporada de De forma esquemática, a metodologia é
Manutenção e Energia de Demolição. apresentada na Figura 1.
O conceito de ACVE pode ser entendido Inicialmente foi feito o levantamento dos
como uma forma simplificada de ACV que diversos sistemas de vedação vertical em drywall
busca avaliar somente o consumo de energia ao disponíveis no mercado da construção civil
logo das fases do ciclo de vida de um produto. brasileira. De posse desses dados buscou-se na
Chau et al. (2015) apresenta uma equação que literatura científica os resultados do desempenho
define que a Energia Total consumida durante acústico para cada sistema e comparou-se com as
todo o ciclo de vida da construção é igual ao exigências de atendimento acústico da NBR 15575
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QUADRO 2: Índice de redução sonora ponderado, Rw, de componentes construtivos utilizados nas
vedações entre ambientes.
Nível de Desempenho
(M-mínimo;
Elemento RW (dB)
I-Intermediário e
S-Superior)
45 a 49 M
Parede entre unidades habitacionais
autônomas (parede de geminação), nas 50 a 54 I
situações onde não haja ambiente dormitório
≥55 S
50 a 54 M
Parede entre unidades habitacionais
autônomas (parede de geminação), caso pelo 55 a 59 I
menos um dos ambientes seja dormitório
≥60 S
Parede cega de dormitórios entre uma 45 a 49 M
unidade habitacional e áreas comuns de
50 a 54 I
trânsito eventual, como corredores e
escadaria de pavimentos ≥55 S
Parede cega de salas e cozinhas entre uma 35 a 39 M
unidade habitacional e áreas comuns de
40 a 44 I
trânsito eventual como corredores e escadaria
dos pavimentos ≥45 S
Parede cega entre uma unidade habitacional e 50 a 54 M
áreas comuns de permanência de pessoas,
55 a 59 I
atividades de lazer e atividades esportivas,
como home theater, salas de ginástica, salão
de festas, salão de jogos, banheiros e
≥60 S
vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas
45 a 49 M
Conjunto de paredes e portas de unidades
50 a 54 I
distintas separadas pelo hall
≥55 S
FONTE: NBR 15575 (ABNT, 2013).
Para os perfis de aço galvanizado retorna vazio. Para tanto, utilizou-se o consumo
considerou-se um espaçamento entre perfis de médio de diesel de 0,0137 L/t.km
600 mm. De acordo com um dos fabricantes, o (NABUT NETO, 2011). Para a conversão do
perfil U 90 mm (espessura de 0,5 mm) tem um consumo do diesel em energia e emissão de CO2
peso de 0,58 kg/m. Com relação aos demais considerou-se o preconizado no Balanço
materiais utilizados no drywall, como parafusos, Energético Nacional (BEN, 2016), que cada
rejunte e fita adesiva, em função da baixa litro de óleo diesel consumido equivale a 35,5 MJ
quantidade consumida por m2, seus cálculos foram de energia incorporada, e segundo IPCC (2006)
desconsiderados. que cada litro consumido de diesel emite
Para a seleção dos fabricantes foram 2,63 Kg CO2.
considerados somente fornecedores cadastrados Com relação à etapa de uso, de acordo
no Programa Setorial de Qualidade – PSQ da com a ABNT NBR 15575: 2013, a vedação vertical
construção civil, sendo considerados os mais interna deve ter uma durabilidade mínima de 20
próximos à Brasília-DF. Considerou-se que o anos. Dessa forma, procurou-se identificar o
sistema foi empregado em uma obra localizada no número de substituições dos componentes do
edifício SG12 da Universidade de Brasília – UnB, sistema drywall nesse período. Em função da não
para fins de determinação da distância de identificação de consenso nos índices de
transporte. substituição na literatura científica, considerou-se
O Quadro 4 apresenta o resumo das que há substituição de 50% das placas de gesso
distâncias de transporte considerado nesta acartonado, dos perfis galvanizados e do
pesquisa. isolamento em lã de rocha nesse período.
Para todos os fornecimentos de Por fim, calculou-se a energia
materiais considerou-se que o caminhão utilizado incorporada e a emissão de CO2 por meio da ACVE
no transporte vai cheio da fábrica ao canteiro e e da ACVCO2.
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A partir da análise da Figura 5 identifica- apresentou maiores emissões por massa em todas
se que ao considerar-se o consumo energético por elas: na fabricação 59%, no transporte 37% e na
unidade de massa do componente, considerando manutenção 59%.
todas as etapas analisadas, os itens perfil
galvanizado e lã de rocha apresenta 54,5% e 5. CONCLUSÕES
34,9%, respectivamente. Assim, o consumo
energético desses materiais por unidade de massa Conforme verificado no texto, há vários
é bem superior ao da placa de “gesso acartonado”, sistemas em drywall, com resistência sonora
que apresentou 10,6%. podendo atingir 55 dB quando utilizado com
Se considerarmos as etapas isolante acústico, o que torna sua utilização
separadamente, para o consumo energético por possível para diversas situações previstas na NBR
massa, verificou-se variações em cada etapa. Na 15575 (ABNT, 2013).
etapa de fabricação os maiores consumos de As avaliações realizadas apontam que
energia foram verificados para perfil galvanizado sob o ponto de vista de consumo energético o
com 55% e lã de rocha com 35%; na etapa de componente - placa de gesso acartonado -
transporte verificou-se tanto perfil galvanizado apresentou consumo bem superior aos demais
quanto gesso acartonado com 36% e na componentes quando se considerou o seu
manutenção verificou-se perfil galvanizado com consumo por m2 do sistema drywall, porém, ao se
54% e lã de rocha com 35%. considerar o consumo por massa de material, o
Com relação à emissão de CO2, item perfil galvanizado se sobressaiu em relação
considerando todas as etapas analisadas, o aos demais, tendo sido observado maior consumo
material gesso acartonado supera os demais energético.
componentes, tendo sido obtido 58,9% das Outra consideração importante que deve
emissões por massa de componente, sendo ser trazida é que a matriz energética brasileira é
seguido por lã de rocha e perfil galvanizado, 24,7% composta por grande parcela de recursos
e 16,4%, respectivamente. renováveis, dessa forma, a simples comparação
Quando são consideradas as etapas entre consumo energético deve ser feita com
separadamente verifica-se que o gesso acartonado ressalvas.
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