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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO

ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

O FORRÓ COM INSPIRAÇÃO NA MODA E EM LUIZ GONZAGA

RECH, Gabriela Consoladora¹


gabriielarech@gmail.com
BORBA, Giovana De²
designdemoda@ideau.com.br
LEMOS, Ana Maria²
analemos@ideau.com.br
CAUDURO, Alexandra Bortolotto²
xandamoda@gmail.com

¹ Discente do Curso Tecnólogo em Design de Moda, Nível V 2016/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio
Vargas/RS.
² Docentes do Curso Tecnólogo em Design de Moda, Nível V 2016/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio
Vargas/RS.

RESUMO: Este trabalho tem como principal objetivo construir um look masculino inspirado no gênero musical
Forró e em seguida, desenvolver o modelo em tamanho real. O termo Forró é composto por três versões que
definem sua origem, uma diferente da outra. No Nordeste, a região foi constituída pela memória e pela música que
teve papel fundamental na construção dessa identidade, pois era uma cultura natural e espontânea. As identidades
nacionais, regionais ou locais apresentam vínculos com a história, com a cultura e com os costumes daquele povo.
O forró foi uma marca pela qual delimita a região e o identifica perante aos outros espaços brasileiros. Luiz
Gonzaga, o “rei do baião” foi um líder folk, através de sua personalidade, atuação, cultura social e política, e
juntamente com os governantes da época, o Nordeste teve mais visibilidade. A proposta era a construção do
figurino contendo todas as etapas do processo de produção do produto têxtil. Além disso, para relacionar o tema
da pesquisa, buscou-se pesquisas bibliográficas sobre características e detalhes do gênero, o que auxiliou o
desenvolvimento da peça confeccionada.

Palavras-chave: Nordeste; Forró; Luiz Gonzaga; e o Baião;

ABSTRACT: This work aims to build a masculine look inspired by the musical genre Forró and then develop the
life-size model. The term liner is composed of three versions that define its origin, different from each other. In
the Northeast, the region was formed by memory and music that played a key role in building this identity, it was
a natural and spontaneous culture. National, regional or local identities have ties to the history, the culture and
customs of the people. The forró was a mark by which delimits the region and identifies it to other Brazilian areas.
Luiz Gonzaga, the "king of the balloon" was a folk leader, through his personality, acting, social and political
culture, and with the rulers of the time, the Northeast had more visibility. The proposal was the construction of the
wardrobe containing all stages of the textile product production process. In addition, to relate the subject of
research, we sought to bibliographic research on characteristics and gender details, which helped the development
of the piece made.

Keywords: Northeast; Lining; Luiz Gonzaga; and Baiao;


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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Forró ficou conhecido por conter três versões que definem sua origem, uma bem
distinta da outra. A primeira, a mais conhecida, surgiu no final do século XIX, quando os
ingleses estavam no estado nordestino construindo as ferrovias, eles costumavam fazer festas
abertas para a população, sempre tinha uma placa na entrada escrito “For All” que significava
“para todos”, assim o termo forró teria surgido a partir dessa expressão inglesa. A segunda era
bem parecida, mas os responsáveis seriam os soldados norte-americanos que estavam instalados
em Natal durante a Segunda Guerra Mundial. A terceira teria surgido a partir do historiador e
folclorista Luís da Câmara Cascudo, que dizia que o termo forró teria surgido a partir do termo
“Forrobodó” que significava arrasta-pé, farra e confusão.

O vestuário dos forrozeiros era bem amplo, com roupas confortáveis usadas com a
intenção de não atrapalhar os movimentos na hora da dança. As mulheres usavam, vestidos,
saias com muitos babados, cropped, regatas com flores e muitas estampas, saltos ou calçados
confortáveis, etc. Os homens usavam, calças, bermudas, camisas listradas, xadrez, costumavam
usar botinas, tênis, chinelos. Não usavam calças jeans e roupas mais apertadas pois atrapalhava.

A base para este artigo, foi a região nordestina, origens e tipos de Forró, Luiz Gonzaga
e o Baião. Teve como objetivo buscar conhecimentos em relação ao gênero musical, Forró.
Criar um croqui conceitual inspirado no gênero e em seguida, modelar e desenvolver a peça no
manequim 38.

A relevância deste trabalho está no fato de que a moda hoje nada mais é do que uma
constante releitura do passado, da cultura e do comportamento dos povos, por isso estudar as
tendências passadas nos leva a aumentar e desenvolver cada vez mais nosso conhecimento e
criatividade.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Referencial Teórico


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2.1.1 A região Nordestina e o termo Forró

No Nordeste, a região foi constituída pela memória e pela música que teve papel
fundamental na construção dessa identidade, pois era uma cultura natural e espontânea. As
identidades nacionais, regionais ou locais apresentam vínculos com a história, com a cultura, e
com os costumes daquele povo.

Para compreendermos o forró, é necessário procurar entender o migrante e seu


imaginário, bem como a sua relação com a cidade grande e as pessoas que moram
nela, sua busca de identidade. O forró é música urbana, mas de origem rural, e
funciona como ponte conectando culturas e gostos estéticos distintos. (SILVA, 2003,
P. 76)

O forró foi uma marca pela qual delimita a região e o identifica perante aos outros
espaços brasileiros. Luiz Gonzaga, o “rei do baião” foi um líder folk, através de sua
personalidade, atuação, cultura social e política, que juntamente com os governantes da época,
o Nordeste teve mais visibilidade.
O For All conviveu com muitas variáveis e os espaços eram diversos. Existe o forró
tradicional e o forró eletrônico cheios de modismos. Exemplo disso era o trio-elétrico da banda
“Aviões do Forró” nos carnavais fora de época que aconteciam em capitais nordestinas, como
Natal e Fortaleza. O carnaval misturava-se com o forró eletrônico em ritmo de axé baiano.

2.1.2 Forró e suas origens

O forró é composto por três versões que definem sua origem. A primeira, a mais
conhecida surgiu no final do século XIX no Nordeste, quando os ingleses estavam construindo
as ferrovias no estado. Eles realizavam várias festas e sempre eram abertas para a população,
nessas festas escrevia-se na entrada “for all” que significava “para todos”. Desta forma, o forró
teria surgido através da pronúncia da expressão inglesa.
A segunda era bem parecida, porém os responsáveis pelas festas seriam soldados norte-
americanos da Base Militar que estava instalada em Natal durante a Segunda Guerra Mundial.

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A terceira era uma versão antiga, diferente das outras. Luís da Câmara Cascudo, era
historiador e folclorista, dizia que a palavra forró teria surgido a partir do termo Forrobodó, que
era de origem africana e significava “bailes ordinários e sem etiqueta”, também conhecidos
como arrasta-pé, farra e confusão. Nesses bailes, tocava tudo quanto era música regional, como
baião, coco, xaxado, xote, entre outras, sempre ao som de uma sanfona de oito baixos.
Existe também certo preconceito entre aqueles que se referem “tendenciosamente ao
termo forrobodó como sinônimo de festa marginal e ordinária, dando a entender que o
povo não sabe se divertir e é desunido, portanto, ‘não tem cultura'. Por conta disso,
reflete um fundo sociológico comum, que nos apresenta um universo de entretenimento
e lazer voltado a jornada de trabalho”. (SILVA, 2003, p.72)

O Forró popularizou-se em todo o Brasil com intensa imigração dos nordestinos, para
outras regiões do país. Com a imigração de vários nordestinos para o sul do país, começou a
surgir várias casas de forró nas periferias das capitais. No início, eram apenas para divertir o
povo nordestino que buscavam uma vida melhor longe de casa, e depois de um tempo virou
moda entre os jovens.

2.1.3 O ícone do Forró, Luiz Gonzaga

O Forró passou a ser conhecido em todo o Brasil a partir do final da década de 40,
através das rádios e do músico Luiz Gonzaga do Nascimento, que nasceu em Exu no sertão de
Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Era filho do sanfoneiro Januário, que animava os
bailes da cidades nos finais de semana.
Durante sua infância, trabalhava na roça para ajudar os pais e ajudava a consertar
sanfonas na oficina em que seu pai tinha. Na oficina ele demonstrava suas habilidades e o gosto
em ser músico. Em todos os lugares que ia, Gonzaga experimentava tocar acordeom ou a
zabumba.
Em 1930, com 18 anos motivado pela conquista de sua independência financeira em
relação aos pais, Gonzaga saiu de casa para alistar-se ao Exército, no Ceará. Entrou para o
exército e virou cabo corneteiro. Permaneceu no Exército durante nove anos e pode percorrer
por vários estados do Brasil. Em Minas Gerais foi onde encerrou sua carreira, seguiu destino
para o Rio de Janeiro e após iria para o Recife.

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Enquanto esperava sua embarcação para o Recife, teve a oportunidade de conhecer junto
à um soldado, algumas coisas do porto: o mangue, o ambiente, prostitutas, entre outros.
Chegando nos bares, observou que os músicos não tinham contratos, tocavam na calçada e a
maioria deles tinham seus próprios conjuntos. Luiz Gonzaga então, decidiu não seguir viagem
para o Recife. Ficou no porto e ali começou a tocar sanfona de oito baixos e passou a ganhar
dinheiro com isso. O primeiro local em que tocou foi na esquina do mangue.
Antes de se inscrever no programa de Ary Barroso, em 1941, com a canção “Vira e Mexe”, a
qual ganharia o primeiro prêmio e seria contratado pela Rádio Nacional, ele tocava em bares de
pouca categoria.
No Rio iniciou tocando em restaurantes, cabarés, gafieiras do mangue e em zonas de
prostituição, os ritmos eram diversos: valsa, tango, bolero, polca, mazurca e vários estilos de
origem estrangeira. A cultura musical da cidade era muito diversa, as músicas costumavam ser
de tradição europeia, norte-americana, africana e de origem rural. Foi questionado por um grupo
de jovens cearenses pelo motivo de não tocar músicas relacionadas ao pé-de-serra, foi aí que
compôs a canção “No meu pé-de-serra” e então passou a dedicar-se ao estilo nordestino baião.
A música nordestina de Luiz Gonzaga sofreu preconceito no início. O diretor artístico
da rádio nacional não o deixava sequer usar o chapéu de couro e a roupa de
cangaceiro, que fariam parte de seu visual durante toda a carreira no futuro.
Em suas primeiras gravações cantava em parceria com Zé Dantas e Humberto Teixeira.
Após ser contratado para cantar em programas de rádio, Gonzaga mudou-se saiu do morro e foi
morar no bairro Catete. Criou um estilo próprio que era denominado como “xamego”.
Tinha como propósito valorizar a cultura da região em suas canções. Gonzaga
juntamente com o advogado Humberto Teixeira, que era autor de várias letras das suas músicas,
criou uma nova marca para sua música: o “baião”, gênero que surgiu a partir do lançamento de
uma canção com o mesmo nome. Gonzaga considerava-se como o responsável pela criação do
baião em gênero musical.
Antes de mim o baião já existia, só que de forma ainda indefinida. Era conhecida
como “baiano” em algumas regiões do Nordeste. Quer dizer, o baião em sua forma
primitiva não era um gênero musical. Ele existia como uma característica, como uma
introdução dos cantadores de viola. Era um ritmo, uma dança. Antes de afinar a viola,
o cantador faz uma introdução (...) começava a cantar e logo falava: ‘agüenta lá meu
baião/ Que eu agüento aqui o teu rojão'. Rojão, por exemplo, foi uma criação do
Jackson do Pandeiro. Rojão também é uma coisa do cantador. Se é que essas coisas
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(baião e rojão) ainda não tinham sido definidas, faltava uma definição musical. Então
nós, eu e o Jackson do Pandeiro, definimos, urbanizamos, aprimoramos essas coisas.
(GONZAGA apud ÂNGELO, 1990, p.53-55)

Consolidou-se como cantor, produtor e empresário de sua obra e atuação. E deste modo
tinha como fonte de inspiração as manifestações populares de sua região. Em 1991 ocorreu o
falecimento de Luiz Gonzaga e de outros forrozeiros importantes e diante disso, o forró foi
desaparecendo da mídia.

2.1.4 Baião

Teve início na década de 40 e a sua temática era o cotidiano dos nordestinos e as


dificuldades da vida. Recebeu em sua origem, influências das modas de viola, das músicas
caipiras e de danças indígenas. Tornou-se popular através dos músicos Luiz Gonzaga o “rei do
baião” e Humberto Teixeira o “doutor do baião”.

O baião foi uma dança popular muito apreciada durante o século XIX no Nordeste
Brasileiro. Era dançada em pares e os passos eram improvisados com habilidades aos pés
velozes e aos movimentos corporais, era permitido o sapateado, palmas, umbigadas, meneios e
o uso de castanholas ou estalos de dedos. Os instrumentos que faziam parte do baião, eram a
viola caipira, a sanfona, o triângulo, a flauta doce e o acordeom.

2.1.5 Tipos de Forró

Em 1964, Luiz Gonzaga era uma grande influência para a música nordestina. Mas nessa
época não se tinha uma definição clara sobre o que era a palavra forró. Quando era pronunciada,
referiam-se à uma festa com dança, e aos poucos foi designando-se como um gênero musical.
Em 1975, a música nordestina consolidou-se ao mercado brasileiro apresentando outra vez Luiz
Gonzaga como interlocutor desta nova fase do forró. O Nordeste, estava presente na “terra
seca”. No sertão, acabou sendo oposição à música estrangeira e hoje em dia tem se um novo
fenômeno, o forró eletrônico.

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O Forró Eletrônico surgiu em 1993 e era inspirado na música sertaneja romântica, no


romantismo dito brega e no axé music. As bandas eram compostas por músicos, bailarinos e
por dezenas de integrantes. Tem uma linguagem e visual estilizado, apresentam-se com muito
brilho e iluminação. A sanfona foi substituída por um órgão eletrônico além da guitarra,
saxofone, baixo, teclados, bateria e percussão. Há em média mais de 600 bandas de forró em
todo o Brasil, maioria delas são produzidas no Nordeste e algumas das principais são:
“Magníficos”, “Calcinha Preta” e “Aviões do Forró”.

Um dos fatores da origem do novo forró tem ligação à morte do principal líder do
gênero, Luiz Gonzaga. O estilo tradicional foi reorganizado diante à exclusão do forró
tradicional por parte da mídia. O novo forró foi criado a partir do tradicional e incorporou-se
com conceitos de outros gêneros musicais, como o axé music, o sertanejo e o pagode. As bandas
desse forró surgiram com a maquiagem do romantismo e o apelo sensual. Atribuíram ao seu
repertório músicas românticas, regravações de músicas de artistas tradicionais com ritmos e
arranjos atuais.

Há mais dois tipos de forró, o pé-de-serra e o universitário. O Forró Pé-de-Serra surgiu


entre 1940 e 1950, foi caracterizado por ter como fonte de inspiração o universo rural sertanejo
e por ter como divulgador Luiz Gonzaga. O ritmo era tocado em sua forma tradicional por
apenas três instrumentos, a sanfona, zabumba e o triângulo. Algumas das bandas são: “Forró
Pé de Chinelo” e “Os Muriga”.
O Forró Universitário foi dividido em duas fases, uma iniciou em 1975 e a outra em
1990. Foi adaptado a modernização e a urbanização, pois seu público eram os jovens. O novo
ritmo foi uma junção do Forró Tradicional com a musicalidade do Pop, do Rock e em especial
os músicos do MPB. Violão, contrabaixo, percussão e bateria foram os instrumentos
introduzidos na música. Alguns dos principais nomes da primeira fase eram: “Gilberto Gil”,
“Zé Ramalho”, “Elba Ramalho”. E da segunda fase: “Falamansa”, “Trio Rastapé”,
“Forrocacama”.

Metodologia

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O presente trabalho tem como objetivo buscar conhecimentos em relação ao gênero


musical Forró, através de pesquisa bibliográfica. Criar um croqui conceitual inspirado no
gênero atribuído e em seguida desenvolver a modelagem e a peça.
Durante os meses de março à maio foram realizadas pesquisas bibliográficas, em sites
de internet e em artigos científicos para a coleta de dados e para o desenvolvimento deste
projeto. Essas pesquisas devem abordar as origens, os instrumentos e os detalhes das roupas
usadas pelos forrozeiros, e como conclusão chegar à confecção da peça.
A desenvoltura prática do trabalho foi criada a partir de várias características do forró,
o enfoque era representar as origens e tipos de forró, o vestuário, a vida de Luiz Gonzaga, o
baião e as festas nordestinas. (Figura 1 e 2)
O processo de desenvolvimento das peças iniciou através da criação de um croqui
masculino, com inspiração no gênero musical. (Figura 3)
Para a confecção das peças foi feito a modelagem e foram utilizados alguns tecidos e
aviamentos. O tecido branco 100% algodão foi cortado em forma de um quadrado e foi utilizado
como base para a confecção da parte da frente e das costas da regata. Para a parte da frente, a
malha visco lycra bege, foi cortada em tiras e costurada na lateral do tecido branco. A malha
visco lycra amarela também foi cortada em tiras e costurada na parte superior do tecido branco.
Essas tiras foram entrelaçadas dando a aparência de uma estampa xadrez, pois foram inspiradas
nas camisas masculinas que haviam com essa estampa. (Figura 4 e 5)
Para a parte das costas somente tiras amarelas foram costuradas na parte superior e em
seguida costuradas em linha reta até o fim do tecido, pois foi inspirada nas camisas masculinas
listradas. Foram aplicadas flores de tule rosa e neon, malha visco lycra amarela e rosa, e sarja
com elastano bege, inspiradas nas flores que haviam nas roupas femininas. O decote é em forma
de um U e nele foram costuradas várias bandeiras, que tiveram como inspiração as bandeiras
das festas juninas. (Figura 6)
A bermuda foi feita com neoprene preto. Uma das pernas a autora optou por fazer pregas
manualmente, dando uma aparência de sanfona à qual foi inspirada na sanfona de Luiz
Gonzaga. Na outra perna foram costurados alguns babados com malha visco lycra amarela e
rosa, os quais foram inspirados nos vestidos e saias femininas. O cós é duplo e com elástico,
tornando a peça mais confortável para o modelo.

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Figura 1.

Imagem: Painel de Inspiração.


Autora: Gabriela Rech.
Fonte: Gabriela, 2016.

Figura 2.

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Imagem: Painel de Inspiração.


Autora: Gabriela Rech.
Fonte: Gabriela, 2016.

Figura 3.

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Imagem: Croqui conceitual masculino.


Autora: Gabriela Rech.
Fonte: Gabriela, 2016.

Figura 4.

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Imagem: Moldes.
Autora: Gabriela Rech.
Fonte: Gabriela, 2016

Figura 5.

Imagem: Passo a passo frente regata.


Autora: Gabriela Rech.
Fonte: Gabriela, 2016.

Figura 6.
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Imagem: Costas. Decote. Flores.


Autora: Gabriela Rech.
Fonte: Gabriela, 2016.

3 RESULTADOS E ANÁLISE

O trabalho foi iniciado com pesquisa bibliográfica e a criação de um painel de


inspiração, onde tem imagens de forrozeiros, homens e mulheres com os looks usados, a
sanfona, as bandeiras de festa junina, as que serviram de inspiração para a criação do desenho
do look. As modelagens da regata e da bermuda foram feitas manualmente.
Para a regata foi desenvolvida uma modelagem através de uma regata da autora por ser
mais larga e se adequar ao corpo do modelo, o tecido escolhido foi um 100% algodão, que seria
um tecido que daria uma boa sustentação e seria a base para a peça. Para sua confecção da parte
da frente, a técnica utilizada foi a trançagem manualmente das tiras, para dar a impressão de
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que o tecido é xadrez. Para as costas utilizou-se tiras de malha para representar as camisas
listradas. A bermuda, o tecido escolhido foi neoprene como base para os babados e para a malha
visco lycra que deu uma aparência de dobras, representando a sanfona. A modelagem foi feita
manualmente e através de uma bermuda jeans do modelo. (Figura 7)
As peças ficaram de acordo com o croqui desenhado, as modelagens feitas e o objetivo
proposto foram alcançados.

Figura 7.

Imagem: Peças prontas. Look finalizado.


Autora: Gabriela Rech.
Fonte: Gabriela, 2016.

É de grande relevância para um designer de moda, ter como inspiração este trabalho,
pois é a junção da musicalidade aliada à moda. Assim, podendo desenvolver e pôr em prática
todo conteúdo aprendido em aula. Desta forma aprofundar os seus estudos, sua capacidade e
sua inspiração.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho se propôs como objetivo geral pesquisar sobre o gênero musical
Forró. Criar um look conceitual a partir dos conhecimentos obtidos através do gênero, usando
diversos materiais e usufruindo da criatividade.

Foi trabalhado por etapas, iniciando por pesquisas sobre do que se tratava o gênero e em
seguida sobre seus acontecimentos. Buscou-se informações em sites e artigos, após selecionou-
se algumas características e detalhes para a confecção da peça. A peça em tamanho real, tem
sua inspiração toda no estilo forró, desde a trançagem das tiras até a bermuda com babados e
pregas.

Ao desenvolver o trabalho, percebeu-se que algumas referências que haviam naquela


época relacionadas à moda continuam até hoje. O exemplo disso são as roupas confortáveis, os
croppeds, as estampas em xadrez e listradas. A autora teve dificuldades na procura de livros, a
maior parte das referências foram encontradas em sites, artigos, fotos e notícias. Houve também
dificuldade na confecção da regata, pois as tiras enrolavam-se e era complicado para deixá-las
em seus devidos lugares.

REFERÊNCIAS

BUARQUE, D. Conheça as origens e a evolução do forró, o ritmo da festa de São João. Disponível
em: <http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/06/conheca-origens-e-evolucao-do-forro-o-
ritmo-da-festa-de-sao-joao.html>. Acesso em: 05 abril 2016.

BUSCAI, B. F. Tudo sobre forró Suas origens e sua história. Disponível em:
<https://forrobuscai.wordpress.com/2011/01/23/3079/>. Acesso em: 05 abril 2016.

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EUGÊNIO, B.G. Discursos Sobre a Mulher em Letras de Forró de Grupos Nordestinos.


Disponível em:
<http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/47c2d842408d20bb7aad7b7d23df
ea07_2168.pdf>. Acesso em: 15 maio 2016

GONZAGA, L. Origens e a evolução do forró nas festas de São João. Disponível em:
<http://www.bahia.ws/ritmos-do-forro-na-festa-de-sao-joao-nordeste/>. Acesso em: 05 abril
2016.

OLIVEIRA, M. E de. For All, Folkmídia e a Indústria Cultural Regional. Disponível em:
<http://www.razonypalabra.org.mx/anteriores/n60/oliveiralima.htm>. Acesso em: 20 junho
2016.

QUADROS, A. C de. Forró Universitário: a tradução do forró nordestino no sudeste


brasileiro. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/12JAC.pdf>.
Acesso em 05 abril 2016.

TROTTA, F. Gêneros musicais e sonoridade: construindo uma ferramenta de análise.


Disponível em:
<http://revistaicone.hipermoderno.com.br/index.php/icone/article/viewFile/23/29>. Acesso
em: 05 abril 2016

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